Introdução Ao Android

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Introdução ao Android
INTRODUÇÃO AO ANDROID

ÍNDICE

Motivação ................................................................................................ 3
Objetivos .................................................................................................. 4
Introdução ................................................................................................ 5
1. O QUE É O ANDROID? .................................................................................. 7
2. UM POUCO DE HISTÓRIA ............................................................................. 10
3. ARQUITETURA ......................................................................................... 15
4. VERSÕES DO ANDROID ............................................................................... 18
5. O PROBLEMA DA FRAGMENTAÇÃO................................................................... 23
CONCLUSÃO ............................................................................................... 27
RESUMO ................................................................................................... 28
AUTOAVALIAÇÃO ......................................................................................... 29
SOLUÇÕES ................................................................................................. 33
PROPOSTAS DE DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO....................................................... 34
Bibliografia ............................................................................................ 35

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Unidade didática 1
INTRODUÇÃO AO ANDROID

MOTIVAÇÃO

Dirige-te para a tua meta sem hesitar; nós vamos ajudar-te a


alcançá-la.

Se resolveste tirar este curso é porque estás interessado em desenvolver aplica-


ções para dispositivos móveis baseados em Android.

Mas o que é o Android? Como é a sua arquitetura? Que versões existem?

Nesta unidade, e antes de entrarmos na matéria da programação propriamente


dita, vamos saber um pouco mais sobre a plataforma.

Também falaremos sobre a “fragmentação”, um problema com o qual iremos


“sofrer” enquanto programadores Android.

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Unidade didática 1
INTRODUÇÃO AO ANDROID

OBJETIVOS

Esta unidade é uma introdução ao mundo do Android, tem como objetivo dar a
conhecer um pouco mais a fundo a plataforma Android. No final estarás apto
para:

 Saber alguns dos factos mais relevantes da sua história.


 Aprender a sua arquitetura.
 Conhecer as diferentes versões.
 Aprender o problema da fragmentação e da forma como afeta os pro-
gramadores.

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Unidade didática 1
INTRODUÇÃO AO ANDROID

INTRODUÇÃO

Nesta primeira unidade, iremos analisar as origens do sistema operativo Android,


ver os principais marcos relevantes da sua evolução até a presente versão, Lolli-
pop.

Iremos também refletir sobre problemáticas inerentes ao sistema, como por


exemplo a questão da fragmentação.

Esta unidade será uma boa base de partida para a Programação Android.

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Unidade didática 1
INTRODUÇÃO AO ANDROID

1. O QUE É O ANDROID?
O Android é um conjunto de ferramentas e aplicações destinadas inicialmente a
dispositivos móveis com ecrãs touch, mas atualmente podemos encontrar o sis-
tema Android em televisões SmartTV, em consolas de jogos, em câmaras digi-
tais, smartwaches, mini pc´s e outros dispositivos eletrónicos.

Foi desenvolvido pela Open Handset Alliance (liderada pela Google) e segue a
filosofia de código aberto.

Inclui um sistema operativo, bibliotecas de abstração e aplicações finais.

As suas principais características são:

 Kernel baseado em Linux (2.6).

 Framework de aplicações que permite reutilizar e substituir os seus


componentes.

 Navegador de Internet integrado, baseado em Webkit.


 Gráficos otimizados 2D (biblioteca própria) e 3D (baseados em
OpenGL ES).
 SQLite para armazenamento de dados.
 Suporte multimédia para os formatos mais utilizados de som, vídeo e
imagem (MPG4, H.264, MP3, AAC, AMR, JPG, PNG, GIF).
 Suporte para telefonia GSM*.
 Suporte Bluetooth*.
 Suporte EDGE*.
 Suporte 3G*.

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Unidade didática 1
INTRODUÇÃO AO ANDROID

 Suporte Wifi*.
 Suporte para câmara*.
 Suporte GPS*.
 Suporte para bússola*.
 Suporte para acelerómetro*.
 Grande ambiente de desenvolvimento, que inclui: documentação, emu-
lador de dispositivos, ferramentas de debug e análise da utilização da
memória/CPU, plugin para o ambiente de desenvolvimento Eclipse e vá-
rios utilitários complementares.
 IDE1 oficial Android Studio.

(*) Se suportado pelo hardware do terminal.

Figura 1. Logótipo oficial do Android.

As vantagens de utilizar o Android são claras:

Para os fabricantes/operadoras, oferece um poderoso sistema operativo, sem


custo de licenças, para aproveitarem ao máximo os seus terminais. O facto de
ser código aberto e modular permite personalizar o sistema, substituindo os
componentes do sistema que considerem necessários.

Para os programadores oferece uma plataforma de desenvolvimento completa


com a qual é muito simples e rápido desenvolver novas aplicações. Além disso,
graças ao Google Play, é possível distribuir as aplicações, de forma simples e
barata (anuidade de 25$ (cerca de 18€) para publicação de aplicações), por mi-
lhões de potenciais clientes em todo o mundo.

Os utilizadores finais podem optar por telefones de última geração muito mais
económicos, que tiram o máximo partido da ligação à Internet, com milhares de
aplicações disponíveis que podem instalar de forma muito simples. Além disso,

1
Integrated Development Environment, na unidade seguinte iremos ver em maior detalhe o An-
droid Studio.

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Unidade didática 1
INTRODUÇÃO AO ANDROID

podem atualizar os seus terminais com novas versões (sempre que o seu hard-
ware o suportar) ou substituí-las por ROMs2 modificadas por outros utilizadores.

O código do Android é totalmente livre e está sob a licença Apache v2.0 (à exce-
ção das modificações do kernel que foram lançadas sob a licença GNU GPLv2).

2
Por exemplo, http://www.cyanogenmod.org/

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Unidade didática 1
INTRODUÇÃO AO ANDROID

2. UM POUCO DE HISTÓRIA
Em julho de 2005, a Google comprou uma pequena empresa com sede em Palo
Alto (Califórnia) chamada Android INC. Isto fez disparar os rumores. Especulava-
se sobre a possibilidade de a Google estar a desenvolver o seu próprio telefone
livre, independente das operadoras, que obteria lucros da publicidade nas pes-
quisas das pessoas.

Todos estes rumores foram finalmente desmentidos quando, em novembro de


2007, foi anunciada a criação da Open Handset Alliance (OHA), um consórcio
de 34 empresas do mundo das telecomunicações criado para “alterar a experi-
ência de utilização dos telemóveis”.

Entre as suas fileiras estavam empresas operadoras (T-Mobile, Telefónica...),


companhias de software (Google, eBay...), empresas de comercialização (Wind
River Systems, Aplix...), de microchips (Intel, Nvidia, Texas instruments...) e fa-
bricantes de telemóveis (HTC, LG...).

Ao mesmo tempo que era anunciada a sua criação, a OHA lançava o “Android
Software Development kit” e, vários meses depois (agosto de 2008), o “Android
SDK 0.9 beta”.

Eram os primeiros passos do Android, um sistema operativo para telemóveis de


código aberto concebido para concorrer com: Apple (iPhone), Microsoft (Win-
dows Mobile), Nokia (Symbian), Palm (WebOs), Research In Motion (Blackberry)
e Samsung (Bada). Sem qualquer dúvida, um objetivo muito mais ambicioso do
que criar um simples telemóvel.

O primeiro terminal a sair para o mercado com o Android foi o HTC G1, (Magic
em Portugal) lançado pela T-Mobile em setembro de 2008. Também foi lançada
uma versão modificada, com acesso Root para programadores, denominada Dev
Phone-1.

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Unidade didática 1
INTRODUÇÃO AO ANDROID

Figura 2. Mercado global de smartphones por SO. Fonte www.gartner.com.

Figura 3. Mercado global de smartphones por SO. Fonte www.gartner.com.

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Unidade didática 1
INTRODUÇÃO AO ANDROID

Figura 4. Mercado global de smartphones por SO. Fonte Strategy/Analytics, outubro 2014

Figura 5. Mercado global de smartphones por SO. Fonte Strategy/Analytics, outubro 2014

A 5 de janeiro de 2010, a Google começou a comercializar o seu próprio terminal


livre com o nome de Nexus One. Incorporava a versão 2.1 do Android e era ven-
dido através da sua própria página na Internet. A experiência não foi de todo tão
satisfatória como se esperava, uma vez que não foi alcançado o nível de vendas

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Unidade didática 1
INTRODUÇÃO AO ANDROID

desejado, e em junho de 2010 foi anunciado que esse terminal deixaria de ser
distribuído desta forma.

Em julho de 2010 foi lançado o Dev Phone-2, um Nexus com privilégios root
destinado aos programadores de ROMs.

O Android também fez incursões em tablets pela mão de companhias como a


HP, Dell, Samsumg, Acer, Notion INC ou MSI (para referir apenas algumas),
eBooks (como o Alex da Grammata ou o Nook da Barnes&Noble) e inclusiva-
mente a anunciada Google TV que baseia-se em Android.

O Android está, de forma consistente, a aumentar a sua cota de mercado nos


tablets, com cada vez mais dispositivos a surgirem com este sistema operativo,
apresentando uma boa relação qualidade/características preço.

Figura 6. Mercado global de tablets por SO. Fonte: www.statista.com

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Unidade didática 1
INTRODUÇÃO AO ANDROID

Figura 7. Mercado global de tablets por SO. Fonte:

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Unidade didática 1
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3. ARQUITETURA

Figura 8. Esquema da arquitetura Android. (Fonte: dev.android.com).

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Unidade didática 1
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O kernel do Linux

É o nível inferior do sistema. É o responsável pela interação com o hardware.


Contém todos os drivers necessários para isso. É baseado no kernel GNU Linux
2.6, ao qual a equipa da Google adicionou algumas alterações. A partir das ver-
sões 4 do Android temos a versão 3.x.x do kernel.

Bibliotecas

Por cima do kernel encontram-se as bibliotecas que incorporam o sistema. Cos-


tumam estar programadas em C/C++ e geralmente não acedemos a estas biblio-
tecas diretamente, uma vez que utilizamos as de nível superior( exemplos: as
bibliotecas Google Play Services para trabalhar com ferramentas da Google,
SQLITE para armazenamento de dados através de base de dados e WebKit
para navegação Web).

Máquina virtual (Dalvik)

A Google decidiu ter a sua própria máquina virtual com o seu próprio bytecode
para evitar polémicas com as licenças, para otimizá-la ou para tentar lutar com a
fragmentação existente em Java ME.

Com base em registos e não na pilha (pilha de processos), está otimizada para a
utilização em dispositivos móveis que, normalmente, têm menos hardware e uma
necessidade de poupança energética superior à dos restantes computadores.

Uma vez que as aplicações estão escritas em Java, a compilação é realizada em


duas fases: primeiro usa-se um compilador “normal de Java” e em seguida pro-
cede-se a uma última passagem para converter o bytecode de Java em byteco-
de de Dalvik que gera o executável (com extensão .dex).

O seu desenho permite a execução de várias máquinas virtuais simultaneamen-


te. Assim sendo, cada aplicação é executada na sua própria máquina virtual (o
que adiciona mais um nível de segurança).

Framework de aplicações

Facilita um marco de desenvolvimento que uniformiza e facilita a programação


de aplicações Android.

Estas bibliotecas estão escritas em Java e estão amplamente documentadas em


JavaDoc.

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Unidade didática 1
INTRODUÇÃO AO ANDROID

Enquanto programador terás acesso total a todas as APIs utilizadas nas aplica-
ções base, que incorporam o Android.

O desenho da framework baseia-se na reutilização de componentes. Sempre


que as regras de segurança sejam seguidas, qualquer aplicação pode publicar
as suas capacidades, para que qualquer outra aplicação possa utilizá-la.

Por exemplo, se precisarmos de selecionar um contacto, podemos abrir a agen-


da e utilizar o motor de busca, com uma única linha de código (em vez de termos
de programar o nosso próprio motor de busca).

Ao longo das unidades didáticas seguintes iremos aprofundar muitas das biblio-
tecas incorporadas nesta framework.

Aplicações

O Android, por defeito, é fornecido com uma série de aplicações pré-instaladas:


agenda de contactos, calendário, gestor de SMS, navegador de Internet, etc.

O utilizador pode instalar novas aplicações através da Play Store ou outras lojas
de aplicações3, diretamente de outros programadores ou as tuas próprias aplica-
ções.

Devido ao desenho aberto, todas as “aplicações base” podem ser substituídas


sem problema. Ou seja, se gostarmos mais de outro leitor de correio, temos
apenas de instalá-lo.

Existe uma exceção, que é imposta a partir da versão 3.0 (outubro de 2010) que
impede a substituição do launcher (lançador de aplicações) para evitar a frag-
mentação. A partir da versão 4.0 voltam a ser permitidas modificações no laun-
cher, por parte dos fabricantes, mas unicamente relativamente ao nível do UI
(User Interface).

3
Amazon App Store, Samsung Apps, MoboMarket, etc.

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4. VERSÕES DO ANDROID
Cada nova versão do Android incorpora novas funcionalidades e soluciona pro-
blemas das anteriores. Cada versão tem associado um “API Level” numérico que
permite identificá-la. Desta forma, o sistema consegue saber se é capaz de exe-
cutar ou não determinada aplicação.

Como programador deverás ter isto em conta uma vez que, dependendo do nível
de API sobre o qual estás a trabalhar, poderás utilizar ou não determinadas fun-
cionalidades e limitar a visibilidade da tua aplicação (só os terminais que execu-
tem a versão da aplicação ou uma versão posterior é que poderão instalá-la e
executá-la).

Este é um resumo das principais alterações introduzidas em cada uma das dife-
rentes versões. Para a lista completa recomenda-se a consulta da documenta-
ção oficial.4

Android 1.1

 Data: fevereiro de 2009.


 API Level: 2.

Estabilizava a versão anterior e tornava-a funcional. Era a versão que trazia o


primeiro terminal que saiu para o mercado (HTC Magic).

Android 1.5 (Cupcake)

 Data: maio de 2009.


 API Level: 3.

4 http://developer.android.com/sdk/.

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Redesenho e melhoria da interface de utilizador, melhorias de rendimento, novas


funcionalidades (teclado virtual widgets, live folders, gravação/reprodução de
vídeo, Google Talk, upload para o Youtube/Picasa...).

Android 1.6 (Donut)

 Data: outubro de 2009.


 API Level: 4.

Novas características para o utilizador (nova caixa de pesquisa, câmara e galeria


melhoradas, suporte de VPN, novos indicadores de bateria, melhoria na acessi-
bilidade), melhorias no Google Play, novas tecnologias (framework de pesquisa
aperfeiçoado, reconhecimento de voz, suporte para gestos, novas resoluções de
ecrã...).

Android 2.0/2.1 (Eclair)

 Data: janeiro de 2010.


 API Level: 7.

Novas características para o utilizador (melhorias nos contactos, e-mail, mensa-


gens, câmara, teclado virtual, calendário), novas tecnologias (bluetooth 2.1, no-
vas APIs na framework).

Android 2.2 (Froyo)

 Data: junho de 2010.


 API Level: 8.

Novas características para o utilizador (nova página inicial, suporte a Exchange


melhorado, câmara melhorada, hotspot, teclado virtual multi-idioma), melhorias
no rendimento, novas tecnologias de plataforma (media framework, bluetooth),
novos serviços para programadores (Cloud to Device Messaging, novos relató-
rios de erro), novas APIs para programadores (armazenamento externo de apli-
cações, media framework, câmara, gráficos, cópia de segurança de dados, polí-
tica de segurança do dispositivo, ui framework).

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Unidade didática 1
INTRODUÇÃO AO ANDROID

Android 2.3 (Gingerbread)

 Data: novembro de 2010.


 API Level: 9.

Melhorias na interface gráfica. Novas características para o utilizador.

Reciclagem; distribuição mais rápida; atualizações dos controladores de vídeo;


novo sensor; API aberta para áudio; gestão de gráficos; acesso à atividade do
ciclo de vida; gestão de janelas; acesso a várias câmaras; misturas de efeitos de
áudio. Near Field Communications (NFC).

Android 3.x (Honeycomb) Para tablets

 Data: fevereiro de 2011.


 API Level: 11 a 13.

Suporte para ecrãs de 7 polegadas; suporte para chips Qualcomm; correção de


erros; aceleração de hardware; melhorias gráficas e de UI; aceleração 2D e 3D
por hardware.

Android 4.0.x (Ice Cream Sandwich) Unifica tablets e telefones

 Data: novembro de 2011.


 API Level: 14/15.

Redesenho de interface de utilizador (UI) unificado para tablets e telefones; API


social; Widgets redimensionáveis, melhorias em controlo de voz; novas funções
de câmara; Face-Unlock (tm); Android Beam (NFC); Health Device Profile
(HDP). WiFi Direct; Novos Codecs multimédia; API de cliente VPN.

Android 4.1 (Jelly Bean)

Data: junho de 2012.

API Level: 16.

É a primeira versão do Jelly Bean; versão mais fluida e mais rápida de Android;
melhorias na plataforma e novas funcionalidades direcionadas para utilizadores
e programadores.

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Unidade didática 1
INTRODUÇÃO AO ANDROID

Android 4.2 (Jelly Bean)

Data: fevereiro de 2013

API Level: 17.

Efetuadas otimizações de desempenho; revisão do system UI e adicionadas no-


vas funcionalidades para utilizadores e programadores.

Android 4.3 (Jelly Bean)

Data: julho de 2013

API Level: 18.

Adiciona a funcionalidade de permitir restrições de acesso às aplicações; confi-


gurações de múltiplos utilizadores; suporte para Bluetooth 4.0 e OpenGL ES
3.0.; nova interface da câmara; melhorias da interface de telefone e melhorias
múltiplas de desempenho.

Android 4.4 (KitKat)

Data: novembro de 2013

API Level: 19.

O sistema passa a ser totalmente funcional apenas com 512 MB de RAM; supor-
te para IR (infravermelhos), poderá funcionar como comando de TV; funcionali-
dades melhoradas na aplicação Hangout; possibilidade de realizar pagamentos
NFC (telemóvel torna-se uma carteira digital).

Android 4.4 (KitKat)

Data: junho de 2014

API Level: 20.

Idêntica a versão kikkat anterior, fazendo o lançamento da plataforma Android


Wear para smartwatches.

Android 5.0 (Lollipop)

Data: novembro de 2014

API Level: 21.

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INTRODUÇÃO AO ANDROID

Apresenta um interface renovado fazendo uso de “material design”5. O sistema


de notificações sofreu melhorias, substituição da máquina Dalvik por Android
Runtime6, passou a possibilitar o uso de imagens vectoriais o que permite redi-
mensionamento sem perda de qualidade.

5
http://www.google.com/design/spec/material-design/introduction.html
6
http://source.android.com/devices/tech/dalvik/

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5. O PROBLEMA DA FRAGMENTAÇÃO
O Android é recente e está em pleno desenvolvimento, por isso, desde o lança-
mento, em 2008, até fevereiro de 2015 já foram lançadas mais de 12 versões (o
Windows, nos seus 25 anos de vida, “só” teve 20). Isso faz com que coexistam,
ao mesmo tempo, versões diferentes.

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Platform Codename API Level Distribution


Android 2.2 Froyo 8 0.4%
Android 2.3.3/Android 2.3.7 Gingerbread 10 7.4%
Android 3.2 Honeycomb 13 0%
Android 4.0.3/ Android 4.0.4 Ice Cream Sandwich 15 6.4%
Android 4.1 Jelly Bean 16 18.4%
Android 4.2 Jelly Bean 17 19.8%
Android 4.3 Jelly Bean 18 6.3%
Android 4.4 KitKat 19 39.7%
Android 5.5 Lollipop 21 1.6%
Figura 9. Uso de versões Android durante um período de 7 dias a terminar dia 2 de fevereiro de 2015.

Figura 10. Gráfico de fragmentação do Android (dados recolhidos durante 7 dias antecedendo 02/02/2015.
https://developer.android.com/about/dashboards/index.html

As operadoras modificaram o sistema, adicionando novos níveis à interface de


utilizador (Sense, Motorblur), o que torna as atualizações nos seus terminais
mais lentas (têm de adaptar estas modificações antes de lançarem as atualiza-
ções).

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Unidade didática 1
INTRODUÇÃO AO ANDROID

Isto implica um problema para os programadores, uma vez que não conseguem
aproveitar ao máximo as novidades, sem renunciar a uma quota de mercado
considerável.

Por outro lado, os utilizadores ficam frustrados porque veem que os seus termi-
nais não atualizam à velocidade que gostariam.

Para tentar resolver o problema, a Google tomou várias medidas que começa-
ram a ser aplicadas a partir da versão 2.3 (Gingerbread):

 As atualizações do sistema serão espaçadas tentando não efetuar mais


do que uma por ano. Para isso algumas aplicações do sistema serão
atualizadas através do Google Play.

 Não será permitido modificar o launcher, por isso as interfaces de utili-


zador personalizadas, pela operadora, desaparecerão e o utilizador já
não irá depender tanto delas, a nível de atualização. Em contrapartida,
os fabricantes continuarão a adicionar os seus níveis personalizados,
enquanto a Google o permitir.

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Unidade didática 1
INTRODUÇÃO AO ANDROID

CONCLUSÃO

Conduz o teu futuro. Na Master.D, acompanhamos-te incon-


dicionalmente.

O Android é uma solução completa que permite aos fabricantes equipar os dis-
positivos móveis com um sistema operativo muito poderoso.

A sua filosofia Open Source, o seu SDK completo, a sua potência, a sua facilida-
de de programação, o seu baixo custo e a sua facilidade em publicar aplicações
convertem-no numa opção muito interessante para os programadores.

Os utilizadores finais do Android encontram um sistema fácil de utilizar, comple-


tamente direcionado à interconetividade, com um grande número de aplicações
(gratuitas e pagas).

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Unidade didática 1
INTRODUÇÃO AO ANDROID

RESUMO

Enquanto programador é necessário ter em conta que o Android é um sistema


recente que está a alcançar a sua maturidade. Isto obriga-nos a estar atentos às
alterações que vão ocorrendo em cada versão, sem perder de vista o público-
alvo para o qual estamos a criar as aplicações.

A sua filosofia, baseada em código aberto, permite-nos consultar as fontes e


aprender, sendo possível verificar como os engenheiros da Google desenvolve-
ram cada uma das bibliotecas e aplicações.

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Unidade didática 1
INTRODUÇÃO AO ANDROID

AUTOAVALIAÇÃO

1. Sob que licença são livres as modificações no kernel, realizadas pela equipa do Android?

a) Creative Commons.
b) GNU GPLv2.
c) Apache 2.0.
d) GNU GPLv3.

2. O código Android encontra-se sobre que licença?

a) Apache 2.0.
b) GPLv2.
c) GPLv3.
d) Creative Commons.

3. Que nome foi dado ao primeiro terminal Android, lançado no mercado?

a) HTC Legend.
b) HTC Magic.
c) HTC Tattoo.
d) HTC Desire.

4. Que nome foi dado ao primeiro terminal, que a Google lançou no mercado, destinado ao
público em geral?

a) Nexus One.

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Unidade didática 1
INTRODUÇÃO AO ANDROID

b) Lexus One.
c) Google One.
d) Droid.

5. Em que ano apareceu o primeiro SDK beta do Android?

a) 2007.
b) 2008.
c) 2009.
d) 2010.

6. Como se chama a máquina virtual que executa as aplicações Android (antes da versão
Lollipop)?

a) JavaME.
b) Java.
c) Java Hotspot.
d) Dalvik.

7. Quem é a responsável pelo desenvolvimento do sistema Android?

a) Google.
b) Open Handset Alliance.
c) T-Mobile.
d) Sun.

8. Qual a extensão dos ficheiros executados pela máquina virtual do Android?

a) .jar.
b) .exe.
c) .dex.
d) .bin.

9. A que se refere o termo fragmentação do Android?

a) À divisão do código, em módulos pequenos, para ser reutilizado.


b) Ao problema de existirem várias versões de Android no mercado.
c) À possibilidade de substituir módulos do sistema.

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Unidade didática 1
INTRODUÇÃO AO ANDROID

d) À quantidade de fabricantes que incorporam o Android nos seus terminais.

10. Qual a versão do Sistema Android mais usada atualmente de acordo com os dados forne-
cidos nos conteúdos da unidade?

a) Lollipop.
b) KitKat.
c) Jelly Bean.
d) Ice Cream Sandwich.

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INTRODUÇÃO AO ANDROID

SOLUÇÕES

1. b 2. a 3. b 4. a 5. b

6. d 7. b 8. c 9. b 10. c

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INTRODUÇÃO AO ANDROID

PROPOSTAS DE DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO

Recomendamos-te a ler mais detalhadamente os pormenores das alterações


introduzidas em cada uma das diferentes versões.

Estes podem ser consultados nas notas oficiais


(https://developer.android.com/about/dashboards/index.html).

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Unidade didática 1
INTRODUÇÃO AO ANDROID

BIBLIOGRAFIA

 Android Developers, página consultada em 12 de fevereiro de 2015,


http://developer.android.com/guide/basics/what-is-android.html.
 Open Handset Alliance, página consultada em 12 de fevereiro de 2015,
http://www.openhandsetalliance.com/.
 Android Open Source Project, página consultada em 12 de fevereiro de
2015, http://source.android.com/.

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Unidade didática 1

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