O Transporte Marítimo e o Uso Sustentável Do Oceano
O Transporte Marítimo e o Uso Sustentável Do Oceano
O Transporte Marítimo e o Uso Sustentável Do Oceano
Por Bernardo Andrade, professor da Escola Politécnica da USP, e Tássia Biazon, pesquisadora da
Cátedra Unesco para Sustentabilidade do Oceano
Os principais tipos de carga são granéis sólidos (minério, carvão e grãos), que
representam cerca de 43% da carga e são transportados por navios graneleiros;
granéis líquidos (petróleo e seus derivados), que representam cerca de 29% da carga
e são transportados por navios tanques; e containers, que representam cerca de 17%
da carga, os quais são transportados por navios denominados porta-container.
Além das cargas, há a logística envolvida na construção dos portos, que somam mais
de 2 mil em todo o mundo. Só no Brasil, há 175 instalações portuárias (marítimas e
fluviais), das quais 36 são portos mais profundos que podem receber navios maiores e
de maior calado. O principal porto brasileiro é o de Santos, no Estado de São Paulo,
que anualmente recebe milhares de navios nos seus cerca de 15 km de cais.
Uma das metas ambiciosas da IMO é reduzir as emissões dos GEE pelos navios em
40% até 2030, comparadas às de 2008 e, para 2050, a meta é que essa redução
atinja 70%, de forma que a redução total de emissões chegue a 50% em relação às de
2008.
Para tanto, diversas medidas têm sido estudadas. Conforme o Fórum Internacional de
Transporte, as principais soluções para tornar o transporte marítimo mais sustentável
podem ser classificadas em: (i) aumento da eficiência energética, (ii) otimização
operacional e (iii) novos combustíveis.
No que tange aos novos combustíveis, uma variedade deles tem sido avaliada para
substituir o bunker. As principais opções envolvem biocombustíveis, hidrogênio,
eletricidade, amônia, gás natural liquefeito, combustíveis sintéticos e metanol. A
avaliação de aplicabilidade de cada caso se relaciona à tecnologia de produção,
potencial de redução das emissões e logística de distribuição e armazenamento.