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DER/PR ES-OC 14/18

OBRAS COMPLEMENTARES: DEFENSAS


DE CONCRETO (BARREIRAS)

Departamento de Especificações de Serviços Rodoviários


Estradas de Rodagem
do Estado do Paraná - Aprovada pelo Conselho Diretor em 14/06/2018
DER/PR Deliberação n.º 125/2018
Avenida Iguaçu 420 Esta especificação substitui a DER/PR ES-OC 14/05
CEP 80230 902
Curitiba Paraná Autor: DER/PR (DOP/CETS)
Fone (41) 3304 8000
www.der.pr.gov.br

Palavras-chave: defensa, barreira 9 páginas

RESUMO SUMÁRIO

0 Prefácio
1 Objetivo
Este documento define a sistemática 2 Referências
empregada na execução de defensas de
3 Definições
concreto (barreiras) utilizadas como
dispositivos de segurança rodoviária. 4 Condições gerais
Aqui são definidos os requisitos técnicos
relativos aos materiais, equipamentos, 5 Condições específicas
execução, manejo ambiental, controle de 6 Manejo ambiental
qualidade, bem como os critérios para
aceitação, rejeição, medição e 7 Controle interno de qualidade
pagamento dos serviços. As dimensões
8 Controle externo de qualidade
e os detalhes construtivos são
apresentados no “Álbum de Projetos- 9 Critérios de aceitação e rejeição
Tipo” do DER/PR. Para aplicação desta
especificação é essencial a obediência, 10 Critérios de medição
no que couber, à DER/PR IG-01/18. 11 Critérios de pagamento
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0 PREFÁCIO

Esta especificação de serviço estabelece a sistemática empregada na


execução, no controle de qualidade e nos critérios de medição e pagamento do
serviço em epígrafe, tendo como base a Especificação de Serviço DER/PR ES-OC
14/05.

1 OBJETIVO

Definir e orientar os procedimentos a serem seguidos na execução de


defensas de concreto, ou barreiras, em obras rodoviárias sob a jurisdição do
DER/PR. Os dispositivos aqui considerados abrangem aqueles integrantes do
“Álbum de Projetos-Tipo” do DER/PR.

2 REFERÊNCIAS

ABNT NBR NM-67 - Concreto - Determinação da consistência pelo


abatimento do tronco de cone
ABNT NBR-5739 - Concreto - Ensaios de compressão de corpos-de-prova
cilíndricos – Método de ensaio
ABNT NBR-6118
Versão Corrigida/14 - Projeto de estruturas de concreto - Procedimento
ABNT NBR-6971 - Segurança no tráfego – Defensas metálicas –
Implantação
ABNT NBR-12655 - Concreto de cimento Portland - Preparo, controle,
recebimento e aceitação - Procedimento
ABNT NBR-14885 - Segurança no tráfego - Barreiras de concreto
ABNT NBR-14931 - Execução de estruturas de concreto - Procedimento
ABNT NBR-15486 - Segurança no tráfego - Dispositivos de contenção viária -
Diretrizes de projeto e ensaios de impacto
ABNT NBR-15823-2 - Concreto autoadensável
DER/PR ES-OA 02 - Concretos e argamassas
DER/PR ES-OA 03 - Armaduras para concreto armado
DER/PR ES-OA 05 - Fôrmas
Álbum de Projetos – Tipo do DER/PR
Manual de Execução de Serviços Rodoviários – DER/PR
Manual de Instruções Ambientais para Obras Rodoviárias do DER/PR
Normas de Segurança para Trabalhos em Rodovias – DER/PR

3 DEFINIÇÃO

3.1 Defensas de concreto, ou barreiras: são sistemas de proteção rígidos,


contínuos, com forma, resistência e dimensões projetadas para redirecionar à pista
veículos eventualmente desgovernados, atenuando danos a estes e seus
ocupantes. São empregadas em locais de risco, conforme indicação do projeto.

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Podem ser dotadas de uma única superfície de deslizamento ou duas sendo


denominadas, respectivamente, defensas, ou barreiras, simples ou duplas.

4 CONDIÇÕES GERAIS

4.1 Não é permitida a execução dos serviços objeto desta especificação:

a) sem a implantação prévia da sinalização da obra, conforme Normas de


Segurança para Trabalhos em Rodovias do DER/PR;

b) sem o fornecimento de nota de serviço pelo DER/PR;

c) em dias de chuva.

4.2 Na ausência de projeto-tipo específico, devem ser utilizados os dispositivos


padronizados pelo DER/PR, que constem do Álbum de Projetos-Tipo do DER/PR.

5 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

5.1 Material

5.1.1 Concreto

O concreto a ser utilizado para a execução do corpo da defensa, ou barreira,


deve ser dosado, experimentalmente, para uma resistência característica à
compressão mínima (fck, mín) aos 28 dias, de 25 Mpa, ou superior, se indicada em
projeto específico. A base de assentamento do dispositivo será executada em
concreto magro.
Os materiais, a execução e o controle devem estar de acordo com as ABNT
NBR 6118, ABNT NBR 12655 e ABNT NBR 14931.

5.1.2 Fôrmas

As barreiras de concreto podem ser executadas com fôrmas fixas por


moldagem “in loco”, observando-se os requisitos da ABNT NBR 14885, utilizando
vibradores de imersão.
As fôrmas devem ser fixadas ao solo para evitar seu desprendimento com a
vibração e devem obedecer as exigências da especificação DER/PR ES-OA 05 –
Fôrmas.
As barreiras podem ser executadas por processo de extrusão contínua ou
fôrma deslizante, desde que atendidos os requisitos da ABNT NBR 14885.

5.1.3 Armadura

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No caso de barreira fixa de contenção de concreto armado, a densidade de


armaduras deve ser determinada de acordo com o nível de contenção desejado para
o dispositivo, conforme dispositivos ensaiados. A armadura também pode ser
dimensionada de acordo com a ABNT NBR 6118, considerando as cargas de
impacto dos níveis de contenção requeridos na ABNT NBR 15486.
A armadura é constituída por aço CA-50 ou CA-60 (dependendo do modelo
da barreira), seguindo as disposições da especificação DER/PR ES-OA 03 -
Armaduras para concreto armado.

5.2 Equipamento

5.2.1 Todo o equipamento, antes do início da execução do serviço, deve ser


cuidadosamente examinado e aprovado pelo DER/PR, sem o que não é dada a
autorização para o seu início.

5.2.2 Os equipamentos devem ser do tipo, tamanho e quantidade que venham a


ser necessários para a execução satisfatória dos serviços. Os equipamentos básicos
necessários à execução das defensas de concreto, ou barreiras, compreendem:

a) betoneira ou caminhão betoneira;


b) caminhão de carroceria fixa;
c) depósito de água;
d) carrinho de concretagem;
e) vibrador mecânico, com no mínimo 10.000 rotações/minuto;
f) compactador manual ou mecânico;
g) ferramentas manuais;
h) máquina automotriz para a execução de perfis de concreto, quando esta
técnica for utilizada;
i) guincho, ou caminhão com guindaste, para o assentamento de dispositivos
pré-moldados.

5.3 Execução

5.3.1 A responsabilidade civil e ético-profissional pela qualidade, solidez e


segurança do serviço é da executante.

5.3.2 Moldagem “in loco”, com formas de madeira

a) Execução da base: inicialmente, deve ser procedida a escavação do terreno


nas dimensões necessárias à moldagem da base, de acordo com o projeto-
tipo. O terreno de fundação deve ser compactado através da utilização
equipamentos manuais e/ou mecânicos adequados. A seguir, procede-se ao
lançamento e adensamento do concreto magro e o posicionamento da
ferragem de espera.

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b) Instalação das guias e fôrmas de madeira: as guias e fôrmas de madeira


devem ser convenientemente instaladas, respeitando-se as dimensões
indicadas no projeto-tipo. Deve ser executado um travamento que impeça o
deslocamento das fôrmas e assegure bom acabamento. Devem ser previstas
juntas de dilatação a cada 30m, com espessura de 0,03m.

c) Umedecimento das formas e guias de madeira.

d) Instalação da armadura longitudinal.

e) Lançamento, adensamento por vibração e cura do concreto.

f) Retirada das guias e das formas.

g) Execução das juntas de dilatação, a intervalos de 30 m, com abertura de


30mm, preenchendo-as com asfalto. No caso de barreira sobre pavimento
rígido ou obras de arte, as juntas de dilatação devem acompanhar as juntas
do pavimento e/ou obra de arte.

5.3.3 Moldagem “in loco”, com fôrmas deslizantes

a) Execução da base: a execução da base em concreto magro deverá ser feita


de acordo com o disposto no subitem 5.3.1, alínea “a”, desta especificação.

b) Lançamento e disposição do concreto, através de forma metálica deslizante,


acoplada à máquina automotriz, permitindo a instalação da armadura
longitudinal.

c) Interrupção da concretagem e execução das juntas de dilatação, preenchidas


com asfalto, a intervalos de 30,0 m, com espessura de 0,03 m.

5.3.4 Pré-moldagem

As barreiras podem ser pré-moldadas, desde que os diversos componentes


sejam solidarizados na montagem, atendendo a ABNT NBR 15486.

a) Execução da base: a base, em concreto magro, deve ser executada de


acordo com o disposto no subitem 5.3.1, alínea “a”, desta especificação.
Neste caso, entretanto, a moldagem da base deve prever o necessário
“dente” para encaixe, de acordo com o projeto-tipo.

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b) A pré-moldagem da barreira, executada de acordo com projeto estrutural


específico, pode ser feita no canteiro de obras desde que sejam tomadas
todas as precauções necessárias, condizentes com a boa execução do
serviço. Podem ser utilizadas fôrmas metálicas ou de madeira revestida que
conduzam a um acabamento adequado, devendo o concreto ser adensado
por vibração. As peças devem ter, no máximo, 6 m de comprimento, no caso
de defensa, ou barreira, de face dupla, e 9 m, no caso de face simples.

c) Transporte das peças para o local de assentamento.

d) Instalação e assentamento das peças pré-moldadas sobre a base


previamente executada e curada, com auxílio de equipamento adequado
(guindastes). Nesta fase, devem ser tomados cuidados para que as peças
fiquem perfeitamente encaixadas à base e umas às outras, sem que exista
rompimento do encaixe.

5.3.5 Recomendações

a) As defensas de concreto, ou barreiras, devem ser implantadas paralelamente


ao eixo da pista de rolamento. Quando, por qualquer razão, houver
necessidade de desvio lateral, os trechos não paralelos devem manter-se
dentro de um ângulo máximo de 2°20', contado a partir do eixo da rodovia, o
que corresponde a uma relação de 1:25, aproximadamente.

b) A distância entre a pista de rolamento e a barreira deve estar compreendida


entre 1,0m e 3,6m. Admitindo-se um valor mínimo absoluto de 0,5m.

c) Os terminais, aplicáveis tanto ao início como ao final de um segmento de


barreira, devem ter altura variável com a forma e as dimensões indicadas no
projeto-tipo. A extensão mínima de cada terminal é de 24 m. Os terminais de
entrada, de acordo com a ABNT NBR 14885, podem ser: terminal abatido,
terminal ancorado, terminal absorvedor, atenuador de impacto e terminais em
barreira defletida.

6 MANEJO AMBIENTAL

6.1 Durante a execução deste serviço devem ser preservadas as condições


ambientais exigindo-se, entre outros, os procedimentos a seguir descritos.

a) Todo o material excedente da escavação, ou da própria execução do


dispositivo, deve ser removido das proximidades dos serviços, cuidando-se
que este material não seja conduzido para os cursos d’água, de modo a não
causar seu assoreamento.

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b) Durante a execução dos serviços deve ser evitado o tráfego desnecessário de


equipamentos ou de veículos por terrenos naturais, de modo a evitar a sua
desfiguração.

6.2 Além destes procedimentos, devem ser atendidas, quando cabíveis, as


recomendações do Manual de Instruções Ambientais para Obras Rodoviárias do
DER/PR

7 CONTROLE INTERNO DE QUALIDADE

7.1 Compete à executante a realização de testes e ensaios que demonstrem as


características físicas e mecânicas do material empregado e a realização do serviço
de boa qualidade, e em conformidade com esta especificação de serviço.

7.2 As quantidades de ensaios para controle interno de qualidade referem-se às


quantidades mínimas aceitáveis podendo, a critério do DER/PR ou da executante,
ser ampliadas para garantia da qualidade da obra.

7.3 Controle do material

a) A resistência do concreto à compressão é determinada através de ensaios de


corpos-de-prova cilíndricos normais, de acordo com a norma NBR-5739.

b) O ensaio de consistência do concreto é feito de acordo com a norma ABNT


NM-67 ou ABNT NBR 15823-2, sempre que ocorrer alteração no teor de
umidade dos agregados, na execução da primeira amassada do dia, após o
reinício dos trabalhos, desde que tenha ocorrido interrupção por mais de duas
horas, a cada vez que forem moldados corpos-de-prova e quando houver
troca de operadores.

7.4 Controle de execução

Deve ser estabelecido, previamente, o plano de retirada dos corpos-de-


prova do concreto utilizado, de forma a satisfazer às especificações referidas com,
no mínimo, 1 amostra a cada 100m de dispositivo implantado.
As posições e bitolas das armaduras devem ser conferidas antes da
concretagem.

8 CONTROLE EXTERNO DE QUALIDADE – DA CONTRATANTE

8.1 Compete ao DER/PR, quando julgar necessário, a realização aleatória de


testes e ensaios que comprovem os resultados obtidos pela executante, bem como
formar juízo quanto à aceitação ou rejeição do serviço em epígrafe.

8.2 O controle das condições de acabamento deve ser feito pela Fiscalização
em bases visuais. O acabamento deve ser liso, sem saliências e reentrâncias e
complementado através de pintura com nata de cimento.
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8.3 O controle geométrico consiste de medidas à trena das dimensões das


defensas, ou barreiras, executadas e das distâncias destas em relação à borda da
pista, em locais definidos aleatoriamente ao longo do trecho com, pelo menos, uma
determinação a cada 60 m.

8.4 O alinhamento deve ser verificado, pela fiscalização do DER/PR, em bases


visuais, ou com o auxílio de equipamentos de topografia, quando julgado
conveniente.

9 CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO E REJEIÇÃO

9.1 O serviço é aceito quando atendidas as condições descritas nos subitens


9.1.1 a 9.1.5.

9.1.1 Os ensaios dos materiais indicados no item 7 devem atender aos requisitos
especificados em 5.1.

A resistência característica do concreto à compressão é feita através de


cálculo estatístico, adotando-se o procedimento seguinte:

X – ks > valor admitido, sendo

x
X  i s

 xi  X 
2

n n 1

Onde:

xi – valores individuais;
X – média da amostra;
s – desvio padrão;
k – adotado o valor 1,05;
n – número de determinações, no mínimo 9.

9.1.2 O acabamento é julgado satisfatório.

9.1.3 Os dispositivos estão em perfeitas condições de conservação e


funcionamento.

9.1.4 As dimensões transversais avaliadas não são divergentes das de projeto de


mais do que 10%, em pontos isolados.

9.1.5 O alinhamento apresenta-se satisfatório e em concordância com o projeto.

9.2 No caso de não atendimento ao disposto no subitem 9.1.1, o serviço deve


ser rejeitado, devendo ser removido e substituído por dispositivo de boa qualidade.

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9.3 No caso de não atendimento ao disposto no subitem 9.1.4 e/ou 9.1.5, deve
ser providenciada a correção do dispositivo, de forma a compatibilizar suas
dimensões e/ou alinhamento com o estabelecido em projeto. Se, a critério do
DER/PR, tais correções não assegurem a eficiência esperada, o serviço é rejeitado,
devendo ser removido e substituído por dispositivo conforme com o projeto.

9.4 No caso de não atender aos subitens 9.1.2 e/ou 9.1.3, a executante deve
refazer, ou melhorar, o acabamento e/ou conferir ao dispositivo condições
satisfatórias, indicadas pelo DER/PR.

10 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO

10.1 Os serviços, executados e recebidos na forma descrita, são medidos pela


determinação da extensão executada, de acordo com o perfil adotado, expressa em
metros lineares, levando-se, ainda, em consideração o tipo executado: defensa, ou
barreira, de concreto simples ou dupla. Deve, também, ser feita a discriminação
quanto ao processo construtivo empregado: moldagem “in loco”, com fôrmas de
madeira, moldagem “in loco”, com fôrmas deslizantes, ou pré-moldagem.

10.2 Os terminais das barreiras devem ser medidos a parte, através da


transformação da seção variável, realmente executada, em seção equivalente de
barreira, conforme descrito no Manual de Execução do DER/PR.

11 CRITÉRIOS DE PAGAMENTO

11.1 Os serviços aceitos e medidos só são atestados como parcela adimplente,


para efeito de pagamento, se, juntamente com a medição de referência, estiver
apenso o relatório com os resultados dos controles e de aceitação.

11.2 O pagamento é efetuado, após a aceitação e a medição dos serviços


executados, com base no preço unitário contratual proposto para o dispositivo
considerado, o qual representa a compensação integral para todas as operações,
transportes, materiais, controle da qualidade, perdas, mão-de-obra, equipamentos,
encargos e eventuais necessários à completa execução dos serviços.

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