Orações

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Frase simples e frase complexa

Frase simples: frase em que existe apenas 1 predicado.

Ex.: O Rodrigo leu a carta.


predicado

Frase complexa: frase em que existem 2 ou mais predicados. Tem sempre 2 ou


mais orações.

Ex.: O Rodrigo leu a carta e respondeu-lhe com brevidade.


predicado 1 predicado 1

|-----------------------------| |--------------------------------------|
oração 1 oração 2

Numa frase complexa, as orações podem articular-se, ligar-se, através de


conjunções ou locuções conjuncionais.

Oração: unidade sintática constituída por um predicado e pelos elementos


que com ele estabelecem relações gramaticais (sujeito e complementos).

COORDENAÇÃO

Processo sintático que consiste na junção de 2 ou mais constituintes ou orações


com o mesmo estatuto gramatical, geralmente através de conjunções ou locuções
conjuncionais coordenativas.

Ex.:
A minha mãe gosta de sushi, mas o meu pai prefere uma feijoada.
A receita leva ovos, farinha, açúcar e amêndoa.
O suspeito é alto, moreno e inteligente.
Não volto lá tão cedo - nem hoje nem amanhã.
As orações coordenadas resultam da união de 2 ou mais frases simples.
Podem ser:

● sindéticas: se são introduzidas por conjunções ou locuções


conjuncionais coordenativas
○ Fui à pastelaria e comprei um bolo.
● assindéticas: se surgem separadas apenas por uma vírgula
○ Fui jogar, marquei, ganhei!

Exemplos de orações coordenadas sindéticas 👇


💬👀
Em cada uma das frases seguintes, há, como se vê, 2 orações.

A primeira exprime a ideia ou o facto principal, e chama-se, por isso, oração


subordinante. A proposição que se junta a essa, para a completar, chama-se
oração subordinada:

Não recordes nunca as boas ações / que tiveres praticado.

Achei o livro / que tu perdeste ontem.

Este é o campo / onde semeamos linho.

Tu não sabes / qual é o livro do Bernardo!

Maria disse querer comprar um avental.

Não espero por ti, porque te demorarás.

Conto-te isto para o saberes.

Procurei-te por precisar de falar contigo.

Oração subordinada

As frases complexas formadas por um processo de subordinação implicam


uma articulação entre orações subordinadas e orações subordinantes.

As orações subordinadas estão ligadas à oração subordinante e não


podem existir de forma independente, contrariamente à subordinante.
Outra particularidade das subordinadas é desempenharem uma função
sintática relativamente às orações subordinantes.
Recapitulando…
De acordo com a função sintática que assumem, é possível distinguir três
tipos de orações subordinadas:

As orações subordinadas substantivas que desempenham funções


sintáticas típicas de grupos nominais, por exemplo, a de complemento direto.
ex. Quero que me expliquem!

► As orações subordinadas adverbiais que desempenham funções típicas


de grupos adverbiais ou preposicionais, por exemplo, a de modificador.
ex. Quando me explicarem, eu perceberei.

► As orações subordinadas adjetivas que desempenham funções


sintáticas próprias de um adjetivo, por exemplo, a de modificador do nome.
ex. Percebi a explicação que me deram.

→ Oração subordinada substantiva ←

As frases complexas podem ser construídas com orações subordinadas que


desempenham funções típicas de um grupo nominal, sendo designadas por
orações subordinadas substantivas. É o caso das orações subordinadas
substantivas completivas e das orações subordinadas substantivas relativas
sem antecedente.

● Orações subordinadas substantivas completivas

As subordinadas substantivas completivas são geralmente introduzidas por


“que”, “se” ou “para”.

Estas orações podem desempenhar várias funções sintáticas:


1. sujeito – Ter ganho causou grande alegria à equipa.
2. complemento direto – Todos desejam que a equipa ganhe.
3. complemento oblíquo – O empenho levou a que a equipa saísse
vencedora.
4. complemento do nome – Alegrei-me com o facto de terem vencido.
5. complemento do adjetivo – Estavam conscientes de que tinham
merecido a vitória.

● Orações subordinadas substantivas relativas sem antecedente

No caso das subordinadas substantivas relativas sem antecedente,


encontramos orações introduzidas por advérbios relativos (“onde” e “como”),
pelo pronome “quem” ou “que” e pelo quantificador “quanto” (precedidos ou
não de preposição). A designação destas orações justifica-se pelo facto de
não terem antecedente, ou seja, não serem precedidos por uma expressão a
retomar.
ex.
Não percebi como venceu.
Dou valor a quem vence.
Lutou quanto lhe foi possível.

Estas orações podem desempenhar várias funções sintáticas:

1. sujeito – Quem vence fica feliz.


2. complemento direto – Admiro quem vence.
3. complemento indireto – Todos desejaram sorte a quem conheciam.
4. complemento oblíquo – Refleti acerca do quanto se empenharam.
5. predicativo do sujeito – Os vencedores não são quem parece.
6. complemento agente da passiva – A vitória foi obtida por quem mais
lutou.
7. modificador do grupo verbal da subordinante – Ele compete como
gosta.

De acordo com a conjugação das formas verbais, as orações subordinadas


substantivas podem ser finitas ou não finitas. Consideram-se não finitas as
orações com o verbo no infinitivo (pessoal ou impessoal). As restantes são
consideradas finitas.

→ Oração subordinada adjetiva ←

As orações subordinadas adjetivas desempenham, tal como o nome indica,


funções sintáticas próprias de um adjetivo: são modificadores do nome.

ex.
A roupa que já era usada foi retirada do armário. / A roupa usada foi retirada
do armário.
Os artistas que têm talento são rapidamente contratados. / Os artistas
talentosos são rapidamente contratados.

As orações subordinadas relativas são introduzidas por palavras relativas


como 'que', 'quem', 'o qual', 'cujo', 'quanto' e 'onde' – estas palavras remetem
para um antecedente.

ex.
Os computadores que funcionarem mal serão devolvidos ao fornecedor.

As orações subordinadas adjetivas relativas abrangem 2 tipos de orações: as


relativas restritivas e as relativas explicativas.
→ Oração subordinada adverbial ←

As orações subordinadas adverbiais desempenham a função sintática de


modificador do grupo verbal ou da frase e são assim designadas por
desempenharem uma função própria de um grupo adverbial ou preposicional.

As orações subordinadas adverbiais podem ser de diversos tipos por


exprimirem diferentes ideias:

Regra geral, as orações subordinadas adverbiais funcionam como


modificadores do grupo verbal (subordinada temporal, causal e final) ou
como modificadores da frase (subordinada condicional e concessiva). As
orações subordinadas comparativa e consecutiva são casos especiais já que
constituem construções de graduação.
Uma das características das orações subordinadas adverbiais é a sua
mobilidade. Isto é, podem, normalmente, ocupar diferentes posições em
relação à subordinante. Quando precedem a subordinante ou aparecem
intercaladas, devem ser isoladas por vírgulas. As únicas que não se podem
deslocar dentro da frase são as comparativas e as consecutivas.

As orações subordinadas adverbiais podem ser finitas ou não finitas, de


acordo com a conjugação da forma verbal. Consideram-se finitas as formas
verbais conjugadas no indicativo ou no conjuntivo, e não finitas as que
surgem no infinitivo, no gerúndio ou no particípio.

* Preposições e locuções prepositivas que funcionam neste contexto como conjunções e


locuções conjuncionais subordinativas.

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