Oxidação e Metabolismo

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INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como ponto de vista a reflexão da Reação de Oxidação


no Metabolismo, procurando assim o seu ponto mais contundente naquilo que os
mesmos termos nos apresenta, o enfoque inicial reporta-se às regras de oxidação e
metabolismo.

As reações de oxidação são importantes estratégias em química orgânica para a


transformação de grupos funcionais. Existem várias metodologias sintéticas que
utilizam reações de oxidação para obtenção de novos produtos, porém, apesar do seu
potencial enquanto ferramenta sintética, algumas dessas reações apresentam aplicações
limitadas, devido ao uso de reagentes que acometem o meio ambiente e a saúde
humana.

As reações de oxidação se estabelecem com perdas de elétrons e a redução com


ganho de elétrons, do ponto de vista inorgânico. Na química orgânica, a oxidação
significa perda de hidrogênio, adição de oxigênio ou adição de halogênio. O símbolo
que representa a oxidação é [O]. A redução é o oposto da oxidação e é representada pelo
símbolo [H].

Toda reação química exige um gasto de energia para iniciar, isto é o que
chamamos de energia de ativação. A estratégia desenvolvida por nosso organismo para
minimizar a perda de energia e diminuir a quantidade necessária para ativar os reagentes
em uma reação química é a utilização de enzimas.

A história do estudo científico do metabolismo estende-se por quatro séculos,


tendo evoluído da observação de organismos animais inteiros até ao estudo de reacções
metabólicas individuais na Bioquímica moderna.
CAPÍTULO I – OXIDAÇÃO E REDUÇÃO

1. REAÇÕES DE OXIDAÇÃO E REDUÇÃO

A oxidação e a redução são processos contrários e que ocorrem simultaneamente


em uma reação química em que há transferência de elétrons. Esse tipo de reação é
denominado de reação de oxido redução (ou redox).

Como o próprio nome nos apresenta é algo que se converte em óxido, ou então
combinar com oxigénio. As espécies reativas do oxigénio estão envolvidas numa série
de processos degenerativos, devido à propriedade de serem ou gerarem radicais livres.

Radicais livres são definidos como qualquer espécie química capaz de existência
independente que contenha um ou mais elétrons desemparelhados, sendo assim,
altamente reativos e capazes de atacar qualquer biomolécula, e de meia vida curta. A
oxidação ocorre quando a espécie química perde elétrons para outra, ficando com a
carga mais positiva, isto é, o seu Nox (Número de oxidação) aumenta.

Nas reações de redução o processo é o inverso da oxidação, por exemplo, se uma


cetona se reduz formará um álcool secundário na presença de um catalisador. Aldeídos
são reduzidos a álcoois primários. Alcenos e alcinos podem ser reduzidos a alcanos.

Visto que os átomos e/ou íons de certas substâncias só sofrem a redução porque
a outra espécie química reagente perdeu elétrons (sofrendo oxidação), esses átomos ou
íons são então chamados de agentes oxidantes (pois foram eles que causaram a
oxidação da outra substância).

Existe porém um paradoxo, pois o oxigénio, assim como é indispensável para a


vida, pode resultar em danos reversíveis ou até irreversíveis quando seres vivos são
expostos a ele em concentrações superiores às encontradas na atmosfera, podendo
inclusive levar a morte celular. Por isto, com a evolução dos seres vivos no planeta,
surgiram mecanismo para combater estes efeitos deletérios.

É difícil fazer uma medição directa da oxidação nos componentes celulares


devido a sua alta reatividade, porém é possível uma determinação indirecta pelos efeitos
por eles causados, através da oxidação dos lípidos, dos grupamentos sulfidril das
proteínas.

CAPÍTULO II- REAÇÃO DE OXIDAÇÃO NO METABOLISMO

2. METABOLISMO

É um termo que deriva do grego metábole (mudança, transformação).

O Metabolismo é o conjunto de reações químicas que acontecem dentro das


células dos organismos vivos, para que estes transformem energia, conservem sua
identidade e se reproduzam. (Fernandes, S/d, p. 247)

Podemos definir também na perspectiva biológica como conjunto dos


fenómenos químicos e físicos-químico mediante os quais se faz a assimilação e a
desassimilação das substâncias necessárias à vida, nos animais vegetais. O metabolismo
de síntese das biomoléculas é conhecido como anabólico (anabolismo) e o de
degradação catabólico (catabolismo).

Todos esses elementos acima referidos possuem um papel importante dentro da


biomolécula, analisando de forma mais visível as células que a constituem. De facto
existem vários tipos de metabolismo, para tal começaremos por tratar dos dois que
parecem estar ligados.

Anabolismo

São os processos biossintéticos a partir de moléculas precursoras simples e


pequenas. As vias anabólicas são processos endergônicos e redutivos que necessitam de
fornecimento de energia.

Catabolismo

São os processos de degradação das moléculas orgânicas nutrientes e dos


constituintes celulares que são convertidos em produtos mais simples com a liberação
de energia. As vias catabólicas são processos exergônicos e oxidativos.

O anabolismo, ou metabolismo construtivo, é o conjunto das reações de síntese


necessárias para o crescimento de novas células e a manutenção de todos os tecidos. O
catabolismo, ou metabolismo oxidativo é um processo contínuo, centrado na produção
da energia necessária para a realização de todas as atividades físicas externas e internas.

As principais fontes de energia metabólica são os carboidratos, lipídios


(gorduras) e proteínas, produtos de alto conteúdo energético ingerido pelos animais,
para os quais constituem a única fonte energética e de compostos químicos para a
construção de células. Estes compostos seguem rotas metabólicas diferentes, que têm
como finalidade produzir compostos finais específicos e essenciais para a vida.

Metabolismo Energético

O metabolismo energético é definido como o conjunto de reações químicas que


se processam no organismo. Essas reações liberam energia que permitem o
funcionamento do nosso corpo.

O conjunto de reações que permitem a formação de moléculas de maior


complexidade é denominado reações de síntese ou anabolismo. Quando as reações se
processam na decomposição das estruturas mais complexas em novas mais simples são
conhecidas como reações de degradação ou catabolismo.

Temos como exemplo de catabolismo o processo da digestão, quando as


moléculas são degradadas em substâncias menores absorvíveis; e como exemplo de
anabolismo a união de aminoácidos para a formação de proteínas, como a melanina.

Mas como disse Lavoisier: “Na natureza nada se perde nada se cria. Tudo se
transforma!”. Sabendo que a célula é uma unidade complexa e organizada, que demanda
de energia continuamente para realizar as inúmeras reações que a mantém viva,
devemos nos questionar sobre o destino da energia produzida e sua origem.

Na célula, inúmeras reações químicas acontecem com um gasto de energia


superior àquele produzido ao final do processo, esse deficit de energia é compensado
com a absorção de energia externa para a promoção da reação. Assim, temos a reação
endergônica ou endotérmica – reações onde há absorção de energia do meio externo.

Um exemplo deste tipo de reação seria a produção de glicose a partir de


moléculas de água e gás carbônico durante o processo da fotossíntese. Existe nesse
processo a necessidade da energia luminosa para promover esta síntese.
Em contrapartida, outras reações acontecem de forma totalmente oposta às
reações endergônicas, uma vez que ocorre com liberação de energia para o ambiente,
dissipando calor ao meio externo. Esse tipo de reação é conhecido como reação
exergônia ou exotérmica. Um exemplo desse processo é a liberação da energia contida
na molécula da glicose no processo de combustão, onde é produzida energia excedente
ao sistema.

REAÇÃO DE OXIDAÇÃO NO METABOLISMO

Toda reação química exige um gasto de energia para iniciar, isto é o que
chamamos de energia de ativação. A estratégia desenvolvida por nosso organismo para
minimizar a perda de energia e diminuir a quantidade necessária para ativar os reagentes
em uma reação química é a utilização de enzimas.

Reação da energia presente em moléculas orgânicas, como a glicose, por


exemplo, acontece por meio da oxidação aeróbica. Nesse processo de degradação se
formam água e gás carbônico, liberando energia para as atividades celulares. Durante
esse processo ocorrem transferências de elétrons entre as substâncias participantes,
através de reações de oxirredução. Assim, enquanto uma substância ganha elétrons
durante a reação (redução), outra substância ganha elétrons (oxidação) durante a mesma
reação. Essa geração de energia permite a existência e o funcionamento de nosso
organismo.

Os sistemas biológicos utilizam a energia química para impulsionar os processos


da vida. Para entender um pouco melhor sobre a energia química precisamos entender o
que é a variação de energia livre (“G). A variação de energia livre é a porção da
variação de energia livre do sistema, isto é diferença entre a energia do produto e
reagentes, disponível para o trabalho.

A que compreender, que o metabolismo e a oxidação actuam de uma forma em


que possibilita as células lerem qualquer dispositivo que os dois elementos apresentam
dentro da química, levando consigo os aspectos que o constituem.

A formação destes compostos é determinada pela perda ou ganho de um elétron,


ficando com um elétron desemparelhado. A formação destas espécies reativas de
oxigénio ocorre durante os processos oxidativos biológicos, sendo assim formados
fisiologicamente nos sistemas biológicos a partir de compostos endógenos.

Da mesma forma, podem ser oriundos do metabolismo de alguns compostos


exógenos ao organismo, gerando assim diferentes radicais livres. Dentre estes processos
podemos destacar a fosforilação oxidativa, reação responsável pela geração de energia
ao organismo através do ATP na mitocôndria.

As células possuem a capacidade espetacular de sobreviverem de maneira


independente desde que lhes sejam fornecidos os substratos básicos para as reações
químicas intracelulares. Dispondo de alguns compostos carbonados (aminoácidos,
carboidratos, lipídios), vitaminas, água e minerais, a célula pode operar o processo de
síntese da maioria dos elementos necessários para seu funcionamento, sendo que em
organismos complexos, grupos celulares específicos agrupam-se formando os órgãos
com as mais diversas funções fisiológicas.

Neste momento entra em ação moléculas especializadas em captar esta energia


térmica liberada e liberá-la mais facilmente em etapas posteriores, fazendo com que as
moléculas energéticas transfiram a energia armazenada em suas ligações químicas, para
uma única molécula, que passa a funcionar como uma moeda energética, essa molécula
é denominada ATP.

As reações de oxirredução são bastante comuns em nosso cotidiano, como


quando um prego enferruja. O prego é feito de ferro, que com o tempo se oxida em
contato com o oxigênio e com a água, formando o Fe2O3 . 3H2O, que é a ferrugem:

Fe(s) → Fe2+ +2e- (oxidação do ferro)

O2 + 2H2O + 4e- → 4OH- (redução do oxigénio)

2Fe + O2 + 2H2O → 2Fe (OH)2 ou Fe2O3 . 3H2O (equação geral da formação da


ferrugem)

Portanto, nessa reação, o ferro sofre oxidação, sendo o agente redutor; e o oxigênio
sofre redução, sendo o agente oxidante.

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