Historia Dos Fariseus

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Fariseus, Saduceus, Essênios e

Zelotes na Época de Jesus


Os Fariseus ganharam proeminência no período do Segundo
Templo. Os Babilônios destruíram o Primeiro Templo, que foi
construído em Jerusalém pelo Rei Salomão, em 587 Antes de
Cristo. O tempo que se sucedeu após os Judeus retornarem do
exílio babilônico ficou conhecido como o Período do Segundo
Templo.

Neste tempo, os gentios (os Gregos e os Romanos) tentavam


constantemente mudar os costumes e a religião dos Judeus,
religião essa que adorava ao Eterno Deus de Abraão, Isaque e
Jacó.

Os Fariseus foram um grupo que surgiu com a missão de


preservar os Judeus desta ameaça iminente, de permitir que a
idolatria contaminasse profundamente o povo de Deus. O
nome “Fariseu” deriva de uma palavra Hebraica que significa
“separar“.
Os Fariseus Eram Zelosos da Lei.

Os Fariseus eram extremamente zelosos pela Lei de Moisés,


mas eles também se consideravam os guardiões das tradições
orais que os Anciãos desenvolveram por gerações. A Tradição
Oral interpretava a Lei de Moisés. Por exemplo, a Lei diz para
guardar o sábado (o Shabat). Então os Judeus não deveriam
trabalhar no sábado, dia separado e santificado por Deus.

Mas o que poderia ser considerado trabalho, e o que não


deveria ser considerado trabalho? A Tradição Oral preenchia
esses detalhes que a Lei de Moisés deixou vazia. O
problema que ocorria, era a falta de entendimento dos
Fariseus em compreender que a interpretação da Lei deveria
ser balanceada pela misericórdia. A própria Lei previa que
deveria ser assim interpretada.
Saberás, Pois, Que O Senhor Teu Deus, Ele É Deus, O Deus
Fiel, Que Guarda A Aliança E A Misericórdia Até Mil Gerações
Aos Que O Amam E Guardam Os Seus Mandamentos.
Deuteronômio 7:9

Porque Eu Quero A Misericórdia, E Não O Sacrifício; E O


Conhecimento De Deus, Mais Do Que Os Holocaustos.  Oséias
6:6

Dessa forma, os Fariseus tentavam definir regras para todos os


aspectos da vida cotidiana, no período do segundo Templo.
Um exemplo: Quantos metros uma pessoa poderia andar no
sábado, sem ser considerado como trabalho? Os intérpretes da
Tradição Oral decidiram que uma pessoa poderia andar no
máximo 2000 côvados (914,4 metros). Isto ficou conhecido
como uma jornada de sábado.

Então voltaram para Jerusalém, do monte chamado das


Oliveiras, o qual está perto de Jerusalém, à distância do
caminho de um sábado. Atos 1:12

Mas de onde eles tiraram esse número?

Bom, quando os Hebreus carregavam a Arca da Aliança, pelo


deserto, no Êxodo, Deus ordenou que o povo andasse 2000
côvados atrás da Arca. Lendo esse verso, os Fariseus
decidiram que Deus estava mostrando o quanto uma pessoa
poderia andar no dia de sábado, sem que essa caminhada se
constituísse de um trabalho.

E como é fraca e desprovida de bom senso essa interpretação!


Há muitas tradições boas que os Anciãos deixaram para o
povo de Israel. Porém algumas delas eram deliberadamente
mandamentos de homens apenas!

E de forma interessante, Jesus deliberadamente


quebrava muitas dessas tradições farisaicas (não todas),
para mostrar que não eram parte dos mandamentos de deus.

Em João 9, Jesus cura um cego, cuspindo no chão e fazendo


uma espécie de lama e depois “untando” os olhos do cego com
esta lama. Ele manda que o cego se lave no tanque de Siloé.

De acordo com a Tradição Farisaica, Jesus teria (somente


teria, e não de fato) quebrado o sábado três vezes ao curar
este cego. Os Fariseus consideravam como pecado a cura no
sábado, mas eles mesmo faziam a circuncisão de crianças no
sábado. Segundo, fazer um pouquinho de lama, que foi usada
para a cura, também era considerado trabalho pelos Fariseus.

Terceiro, fazer o cego ir e voltar do Tanque de Siloé, levaria


mais do que 2000 côvados. Assim os Fariseus se perdiam na
sua errônea interpretação da Lei e dos Mandamentos de Deus.

Essa era uma das maiores ironias das Escrituras. Os Fariseus


tinham um suposto “grande zelo” pela Lei de Deus. Mas uma
parte deles, com falso zelo, se distanciava de Deus. Eles
examinavam a Lei nos seus mínimos detalhes, mas não
conseguiam enxergar o que a Lei dizia, que era o amor ao
próximo como a si mesmo. Nisto estava toda a Lei e os
Profetas.
E estes, falsos Fariseus, foram incapazes de perceber
que Jesus era a Lei de Deus encarnada. A Lei de Deus se
tornou carne, veio em forma humana. Os falsos Fariseus
estavam diante da perfeita revelação da Lei, que estava
tentando ensinar como eles deveriam interpretar a Lei,
porque Ele mesmo era a Lei, mas ainda assim alguns deles
queriam matá-lo!

Digo isso mais pela liderança deles. Estes sim, queriam


matar Jesus, porque para ser justo,nem todos os Fariseus
rejeitaram a Jesus. De fato, muitos se tornaram discípulos
de Jesus.

Mas a Lei deveria levar ao amor de Deus e ao amor ao


próximo. Mas eles não vieram a nenhuma dessas coisas. A
relação de Jesus com os Fariseus deve servir de lição para
nós. Se o nosso zelo por Deus estiver nos levando ao ódio
contra o nosso próximo, então nós não estamos entendendo e
seguindo a Deus como deveríamos.

Fariseus x Saduceus

…os Fariseus transmitiram um legado de muitas observâncias


por meio dos pais que não são escritas na lei de Moises; e por
essa razão é que os Saduceus as rejeitam e dizem que
estimamos as observâncias obrigatórias que estão na palavra
escrita, mas não devem considerar o que é derivado da
tradição dos nossos antepassados;

e a respeito destas coisas é que grandes disputas e diferenças


surgiram entre eles, enquanto os Saduceus são capazes de
persuadir ninguém, exceto os ricos e não a subserviente
população, mas os Fariseus têm a multidão de seu lado…
(Josefo, Antiguidades 13: 297-298)

Os Saduceus

Os Saduceus Eram Helenizados.

Os Saduceus, como explicado anteriormente, se


intitulavam “discípulos de Zadoque”, o primeiro Sumo
Sacerdote do Templo que o Rei Salomão havia construído no
passado. De fato na Septuaginta, (a tradução do Antigo
Testamento para a língua Grega) Zadoque é Saddoúk.

Os Saduceus portanto, tinham descendência Sacerdotal, e se


apegavam ao entendimento literal das escrituras, sem levar em
conta possíveis interpretações. Rejeitavam a Lei Oral dos
Fariseus.

Os Saduceus pertenciam a classe aristocrática, a camada mais


rica da sociedade Judaica, e detinham o Poder Político, que
vinha desde a Época dos Macabeus, quando foi estabelecida a
dinastia dos Hasmoneus, uma descendência Sacerdotal que
também conquistou o poder Político em Israel.

Eles se tornaram Helenizados e corruptos. Os Saduceus só se


mostraram alarmados diante do vulto de Jesus, considerando-o
uma figura ameaçadora, quando notaram que ele poderia ser a
causa deles perderem a sua segurança e posição, conforme se
vê, por exemplo, quando da purificação do templo (Mc 11:18).

Foi então que resolveram agir (Jo 11:47). Violentando as suas


convicções doutrinárias e sua aversão aos fariseus, os
saduceus aliaram-se a estes últimos, no combate ao inimigo
comum, Jesus. E ambos os partidos colaboraram no
aprisionamento e julgamento de Jesus pelo Sinédrio (Mc 14:53
e 15:1).

Os Sacerdotes

No primeiro século, em Israel, não havia separação entre o


sistema religioso e o sistema político. Os sacerdotes do Templo
em Jerusalém, não somente comandavam a vida religiosa da
nação, como também eram governadores e juízes.

Herodes, que era ele mesmo um “pau-mandado” de Roma,


tinha seus próprios “paus -mandados” instalados dentro do
sacerdócio judaico da época. No primeiro século, época de
Jesus, a eleição do Sumo Sacerdote era mais um processo
político do que religioso.

Os Romanos queriam que os sacerdotes apoiassem a


ocupação Romana, e Herodes fez com que o desejo dos
Romanos fosse cumprido. Entretanto, seria injusto dizer que
todos os sacerdotes eram corruptos e simpáticos à Roma. De
fato, muitos eram contra e deram suporte à rebelião contra os
ocupantes da terra santa.

Mas sem dúvida, aqueles que ocupavam os mais altos postos


no Templo estavam coligados aos Romanos. Nós vemos
evidências dessa lealdade e também do medo de Roma, nos
textos dos Evangelhos:

“Muitos, pois, dentre os judeus que tinham vindo a Maria, e que


tinham visto o que Jesus fizera, creram nele. Mas alguns deles
foram ter com os fariseus, e disseram-lhes o que Jesus tinha
feito.

Depois os principais dos sacerdotes e os fariseus formaram


conselho, e diziam: Que faremos? porquanto este homem faz
muitos sinais. Se o deixamos assim, todos crerão nele, e virão
os romanos, e tirar-nos-ão o nosso lugar e a nação”.  João
11:45-48

“Mas eles bradaram: Tira, tira, crucifica-o. Disse-lhes Pilatos:


Hei de crucificar o vosso Rei? Responderam os principais dos
sacerdotes: Não temos rei, senão César”. João 19:15
Flavio Josefo relata em seus escritos que os sacerdotes
chegaram ao ponto de autorizar um sacrifício diário ao
Imperador César, no Templo dos Judeus. Isto era uma fonte de
angústia contínua para o povo Judeu da época.

No conflito, ocorrido mais tarde na história, entre Judeus e


Romanos, o cessar do sacrifício diário a César foi considerado
um ato de guerra e motivou a destruição de Jerusalém.

Os sacerdotes viviam em um luxo bem além do que um


cidadão comum poderia alcançar. Eles tinham um estilo de vida
esbanjador, graças ao imposto que cobravam no Templo.

Imposto esse que todo Judeu era obrigado a pagar. Richard


Horsley no seu livro “The Message and the
Kingdom” descreve o que os arqueólogos descobriram sobre
as condições de vida dos sacerdotes do tempo de Jesus:

…impressionantes achados arqueológicos de suas residências


em Jerusalém mostram o quão elegante o estilo de vida deles
se tornou. em estruturas espaçosas, sem dúvida mansões, que
os arqueólogos descobriram nos anos de 1970, nós podemos
ter pistas do estilo de vida esbanjador, com o piso feito de
mosaicos floridos, nas recepções e salas de jantar com
decorações elaborados, esculpidas nas paredes e com uma
riqueza de louça fina, copos, tampas de mesa de pedra
esculpida, e outros móveis interiores e estilos elegantes.   –
The message and the Kingdom , Richard Horsley.

Os sacerdotes esbanjavam, enquanto que uma Judeu comum


lutava para sobreviver. Os impostos do Templo, combinados
com os impostos cobrados por Herodes e os Romanos
estavam literalmente ameaçando a existência do povo Judeu.

O povo de Israel estava carregando um fardo tão pesado que


eles mal podiam tolerar (“Tomai sobre vós o meu jugo, e
aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e
encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o
meu jugo é suave e o meu fardo é leve“. Mateus 11:29,30),
fazendo com que o ambiente se tornasse um barril de pólvora
esperando para explodir.

Os sacerdotes estavam sem dúvida, com muita inveja da


popularidade de Jesus, mas o motivo principal de procurar
matá-lo foi o medo de perder suas regalias.

Se Jesus fosse proclamado Rei de Israel, eles pensavam que


poderiam perder o seu estilo de vida gastador. Eles não
entendiam que o reino de Jesus não era deste mundo e que o
seu sacerdócio não era segundo a carne ou o sangue.

Zelotes e Judeus Militantes


Os Zelotes Eram Revolucionários Armados.

Mas Judas, o Galileu, foi o autor da seita quarta da filosofia


judaica. Estes homens estão de acordo com as noções
farisaicas; mas eles têm uma fixação inviolável à liberdade;

e dizem que Deus deve ser seu único soberano e senhor. Eles
também não valorizam qualquer tipo de morte, tampouco
desejam a mortes de seus amigos e parentes.

Não temam nada ao ponto de chamar qualquer homem


Senhor; e desde que esta severa resolução deles é bem
conhecida por muitos, não falarei mais sobre esse assunto…
(Josefo, Antiguidades 18:23-24)

Muitos Zelotes eram revolucionários, cuja ideologia baseava-se


na crença farisaica da Galileia. Eles eram nacionalistas na
orientação e interpretação da Torá. Eles eram bem
comprometidos e não se atemorizavam com a morte.

Os Zelotes desprezaram o governo Romano e seus


colaboradores, engajando-se na luta armada. Havia um grupo
especial dentre os zelotes chamado sicários fanáticos.

Zelotes Entre os Apóstolos?

Estes são os nomes dos doze apóstolos: primeiro, Simão,


chamado Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e
João, seu irmão; 3 Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o
publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu; 4 Simão, o zelote, e
Judas Iscariotes, que o traiu. (Mateus 10:2-4)

Um dos discípulos de Jesus – Simão, foi descrito como um


Zelote (Lucas 6:15, Atos 1:13) Em algumas versões ele é
chamado de “Cananita” no v.4. É um erro de
tradução. Καναναῖος(kananaios) é uma transliteração do
ַ
Hebraico ‫קָּנא‬ (kana) que significa” zelo ou ciúme” (Ex. 20: 5,
Dt 04:24), então ele era um Zelote. Judas, conhecido como
Iscariotes, com base em suas ações, também pode ter sido um
Zelote.

Tiago e João da Galileia foram chamados de “filhos do trovão”


e podem ter sidos Zelotes também. Quando Jesus foi negado
hospitalidade em Samaria eles queriam fogo celestial (como
em Sodoma e Gomorra) para destruí-los.

Aproximando-se o tempo em que seria elevado aos céus,


Jesus partiu resolutamente em direção a Jerusalém. 52E
enviou mensageiros à sua frente. Indo estes, entraram num
povoado samaritano para lhe fazer os preparativos.

53Mas o povo dali não o recebeu porque se notava que ele se


dirigia para Jerusalém. 54Ao verem isso, os discípulos Tiago e
João perguntaram, ‘Senhor, queres que façamos cair fogo do
céu para destruí-los?’

55Mas Jesus, voltando-se, os repreendeu. 56e foram para


outro povoado. (Lucas 9:51-10:42)

 Judeus Helenistas

Os Helenistas ou Gregos.

Alexandre, o Grande, foi o grande responsável pela


Helenização da Antiguidade, pelas conquistas vastas, por
tornar possível e popular para os não-Gregos a aceitação de
muitos aspectos da cultura Grega. Dentre as pessoas do
Mediterrâneo, os Judeus também foram influenciados pela
força cultural do helenismo.

Muitos Judeus, na diáspora, foram Helenistas por causa de seu


ambiente. Fílon de Alexandria é um bom exemplo. Alguns
foram Helenistas por convicção e ativamente procuraram
influenciar outros admiradores com costumes Gregos.

Ora, naqueles dias, crescendo o número dos discípulos, houve


uma murmuração dos Gregos contra os Hebreus, porque as
suas viúvas eram desprezadas no ministério cotidiano. (Atos
6:1)

E falava ousadamente no nome do Senhor Jesus. Falava e


disputava também contra os gregos (helenistas), mas eles
procuravam matá-lo.  Atos 9:29

 Herodianos
Os Judeus de Herodes.

Não está claro quem exatamente eram os Herodianos. Tudo o


que sabemos é que havia uma ligação com o rei Herodes.

Alguns estudiosos acreditam que eles faziam parte de um


partido político em Israel, possivelmente conectados aos
Helenistas) que apoiavam Herodes e a submissão à Roma.

E enviaram-lhe alguns dos Fariseus e dos Herodianos, para


que o apanhassem nalguma palavra. (Marcos 12:13).

Advertiu-os Jesus: “Estejam atentos e tenham cuidado com o


fermento dos Fariseus e com o fermento de Herodes”. (Marcos
8:15)

 Essênios e/ou Qumranitas


Os Essênios Habitavam o Deserto de Qumran.

Os habitantes de Qumran não foram mencionados no Novo


Testamento, no entanto, muitos acreditam que há referências
indiretas a seus pontos de vista religiosos nos Evangelhos.

Aqueles que viveram em Qumran podem ser chamados


Qumranitas, mas os membros do movimento mais amplo
chamado Essênios viviam em assentamentos em todo Israel.

Ambos tinham crenças centrais semelhantes, mas eram


também um grupo diversificado e podem ter visto o seu papel
de forma diferente. Josefo, Filón e Plínio o Ancião os
mencionam em suas obras e suas descrições diferem
consideravelmente.

A doutrina dos Essênios é esta: Que todas as coisas são


melhores atribuída a Deus. Eles ensinam a imortalidade da
alma, e estima-se que os frutos da justiça devem ser obtidos
com sincero esforço …

eles são excluídos do tribunal comum do templo … e eles


totalmente viciados em agricultura … aficionados acerca ad
virtude, e isso em justiça, na verdade a tal ponto, que, como
nunca antes visto dentre outros homens …

a instituição deles não impede de ter tudo em comum; para que


um homem rico não goze mais de sua própria riqueza do que
aquele que tem absolutamente nada. (Josefo Antiguidades
18:18-20)

No tempo de Jesus, algumas pessoas queriam lutar contra os


Romanos. Outros queriam viver com os Romanos. Os Essênios
escolheram viver isolados, como resposta ao mundo “louco”
que se apresentava no primeiro século. Eles formaram uma
comunidade na costa noroeste do Mar Morto.

Lá os Essênios achavam que poderiam viver como o


“verdadeiro” povo de Deus. Eles rejeitavam Herodes, o Templo,
e os Fariseus. Em suas mentes, somente eles eram o
verdadeiro Israel.

E criaram uma comunidade pura, da qual sairia o Messias para


redimir a Israel (eles na verdade acreditavam que Deus
enviaria DOIS MESSIAS, um seria um sacerdote e o outro seria
um rei).

Eles se intitulavam “os filhos da luz”, e seriam utilizados pelos


Messias para restabelecer o reino de Israel. Os Evangelhos
não mencionam os Essênios. Os Romanos destruíram a
comunidade Essênia antes de partirem para Jerusalém. Muitos
acreditam que foram os Essênios que escreveram os
manuscritos do Mar Morto.

Os Essênios eram conduzidos por sacerdotes Zadoquitas que


deixaram o templo de Jerusalém corrompido. Eles salientaram
rituais de pureza, compartilhavam todas as riquezas e viveram
em comunidade. Faziam trabalhos de benevolência entre os
pobres

Os Essênios eram bem rigorosos em suas interpretações dos


mandamentos da Torá. Eles mantiveram uma perspectiva
escatológica da vida, falaram do fim dos dias, das guerras, de
Deus, da destruição final e do julgamento.

Por causa dessa crença acerca do fim iminente alguns de seus


membros escolheram ser solteiros em vez de se casar e
começar uma família.

Essênios não eram pacifistas, mas não pareciam ser violentos


e não apoiavam os esforços revolucionários dos Zelotes.

Como grupo, eles protestaram contra os Saduceus e sua


gestão corrupta do Templo. Eles também protestaram contra os
Fariseus por causa de suas tradições e abordagens inovadoras
ao interpretar a Torá.

QUATRO MOVIMENTOS ISRAELITAS EM  FLÁVIO


JOSEFO
Por um bom tempo, os Judeus tiveram três seitas com
diferentes conceitos filosóficos entre si; a seita dos Essênios e
a seita dos Saduceus e o terceira seita dos chamados
Fariseus… Judas, o Galileu foi o autor da quarta seita de
filosofia judaica…(Josefo, antiguidades judaicas 17 – séc. i ec).

Josefo escreve aos Romanos e é por isso que ele chama os


grupos Judaicos de “filosofias;” ele menciona 4 grupos
principais, mas existiam muitos grupos menores, menos
influentes.

Nesta época, havia três seitas entre os judeus com diferentes


opiniões sobre as ações humanas… os Fariseus, eles dizem
que algumas ações, mas não todas, são obras do destino e
algumas delas estão sob o nosso poder, e que dependem do
destino, mas não são causadas pelo destino.

Mas a seita dos Essênios afirma que o destino governa todas


as coisas, e que nada recai sobre os homens, exceto pela sua
determinação. os saduceus não acreditam no destino e que os
assuntos humanos não estão sob nosso domínio. (Josefo,
antiguidades, 13: 171-173)

Saduceus – Não há destino, nada é pré-ordenado, todos os


eventos são resultado do livre arbítrio.

Fariseus – Alguns eventos são pré-ordenados por Deus,


outros são resultado do livre-arbítrio humano.

Essênios – Todos os eventos são predeterminados e ocorrem


somente quando Deus deseja.

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