Artigo RTST - Rossal e Baini - Chaves para Admissibilidade Do RR - Requisitos Formais - Versão Final Revista TST
Artigo RTST - Rossal e Baini - Chaves para Admissibilidade Do RR - Requisitos Formais - Versão Final Revista TST
Artigo RTST - Rossal e Baini - Chaves para Admissibilidade Do RR - Requisitos Formais - Versão Final Revista TST
2. Introdução
5
Acerca dos desafios de compreender um sistema de precedentes em um ordenamento
historicamente forjado na tradição romano-germânica, da perspectiva de um estudioso
do sistema anglo-saxônico, cf. CALABRESI, Guido. A common law for the age of
statutes. Cambridge: Harvard University Press, 1982.
6
Sob outra perspectiva, vale a pena conferir o interessante ensaio de CARRATTA,
Antonio. Funzione sociale e processo civile fra XX e XXI secolo. Rivista trimestrale
di diritto e procedura civile, ISSN 0391-1896, Vol. 71, Nº 2, 2017, pp. 579-614.
7
Não é objeto deste ensaio definir o que é um precedente. Pressupõe-se essa
compreensão e parte-se para um segundo estágio da análise da teoria, a saber, que
reflexos um precedente produz no sistema jurídico. Para uma ampla compreensão
acerca do conceito de precedente, cf. CHIASSONI, Pierluigi. Il precedente giudiziale:
nozioni, interpretazione, rilevanza pratica. Contributo al Seminario “Metodologia
nello studio della giurisprudenza”, Dottorato di ricerca in Diritto Privato, Università di
Genova, 22 giugno 2009. MacCORMICK, Neil; SUMMERS, Robert. Interpreting
precedentes – a comparative study. First published 1997, by Asgate Publishing.
Reprinted in New York: Routledge, 2016. SCHAUER, Frederick. Precedent. Stanford
Law Review. V. 39, n. 3, 1987. TARUFFO, Michele. Precedente y jurisprudencia. In:
TARUFFO, Michele. Páginas sobre justicia civil. Trad. Maximiliano Aramburo Calle.
Madrid: Marcial Pons, 2009, pp. 557 e ss. MARINONI, Luiz Guilherme. Precedentes
obrigatórios. 6. Ed. Rev. Atual. São Paulo: RT, 2019.
organograma judiciário. Não necessariamente por uma questão de hierarquia,
mas de distribuição de funções: às instâncias ordinárias competem
precipuamente o julgamento do caso concreto (feição subjetiva do processo:
tutelar os interesses particulares das partes); às extraordinárias se atribui a
tarefa principal de formar precedentes (feição objetiva do processo: tutelar
precipuamente o interesse geral da sociedade).
É inevitável que as instâncias ordinárias, por serem múltiplas, produzam
decisões variadas, pois é praticamente impossível impedir a dispersão a
respeito do significado da interpretação do Direito, duplamente indeterminado
que é. De outro lado, a instância extraordinária, por ser composta por um único
Tribunal, tem a possibilidade de conferir unidade à interpretação do Direito.
Com efeito, por encontrar-se no seu ápice, o Tribunal Superior do
Trabalho constitui a Corte de Precedentes por excelência do sistema judiciário
trabalhista, já que tem à sua disposição a prerrogativa de examinar
controvérsias oriundas de todo o país e a seu respeito estabelecer o Direito.
Essa posição panorâmica no sistema judiciário nacional é estratégica para a
promoção da Unidade do Direito, favorecendo a segurança jurídica e o
tratamento isonômico dos jurisdicionados em âmbito nacional. Assim ao julgar
um recurso, o TST, como Corte de Precedentes, deve ter interesse primário na
interpretação do Direito (o foco é “a tese” jurídica assentada no acórdão
recorrido) e apenas secundário no caso concreto.
Essa é a justificativa teórica para a incidência de um dos principais
óbices ao seguimento do recurso de revista. A Súmula n. 126 do TST (editada
há exatos 30 anos) impede a admissibilidade do recurso de revista interposto
“para reexame de fatos e provas”.8 Ora, o motivo pelo qual o TST não
8
Aqui não será abordada a espinhosa discussão acerca da imbricação das questões de
fato e de direito. As defesas das concepções unitária e dualista não cessam. Sobre
todos, conferir CASTANHEIRA NEVES, Antônio. A distinção entre a questão-de-
facto e a questão-de-direito e a competência do Supremo Tribunal de Justiça como
Tribunal de “Revista”. In: Digesta – escritos acerca do Direito, do pensamento
jurídico, da sua metodologia e outros. V. 1º. Coimbra: Coimbra, 1995, pp. 483 e ss.
Vale destacar, apenas, que as Súmulas n. 7 do STJ e 279 do STF, congêneres à Súmula
n. 126 do TST, referem apenas “provas”, e não “fatos”. Parece ser mais adequado
dizer que o TST não reexamina provas que levaram à conclusão sobre fatos, do que
dizer que o TST não reexamina fatos e provas. Por exemplo, dizer que “o adicional de
insalubridade não é devido pelo manuseio de álcalis cáusticos dissolvidos em produtos
de limpeza” é diferente de dizer que “não havia manuseio com álcalis cáusticos na
relação de trabalho”. A primeira afirmativa o TST pode rever. A segunda, não.
reexamina fatos e provas é que a sua função não é rejulgar o caso, mas
verificar se a interpretação do direito objetivo realizada pelo Tribunal Regional
se sustenta.
O precedente mais antigo referido no embasamento da Súmula n. 126 do
TST é o RR 1418/1957. 9 Nele se discutiu o cabimento do recurso de revista
quando há controvérsia acerca da caracterização de vínculo empregatício. As
palavras do Min. Relator ilustram bem essa característica do TST: “A
caracterização legal do contrato de trabalho é questão eminentemente de
direito. Se a controvérsia é sobre as condições em que foi prestado o serviço, a
matéria é de fato e de prova e isso não enseja a revista. Porém é quaestio juris
e autoriza a revista o determinar se os fatos, dados uniformemente como
provados, configuram, ou não, o contrato de trabalho, porque então não se
discute sôbre fatos e provas e sim sôbre efeitos jurídicos, a aplicação do art. 3º
da Consolidação.”
O recurso de revista, portanto, serve para submeter ao TST apenas a
quaestio juris, os “efeitos jurídicos” dos fatos assentados no acórdão recorrido.
O TST apenas mediatamente julga o caso. O interesse imediato do TST é a
tese jurídica assentada no acórdão recorrido, isto é, a interpretação do julgador
a quo sobre o direito objetivo aplicado. O TST não é uma Corte Revisora, 10
mas uma Corte de Precedentes.11
Na instância ordinária, a interpretação do Direito é o meio através do
qual o juiz julga o caso concreto (feição subjetiva, tutela do interesse das
partes): o interesse é diretamente o caso e indiretamente a tese. Na instância
extraordinária, ao contrário, o julgamento do caso concreto é o meio através do
qual o juiz realiza a interpretação vinculativa do Direito (feição objetiva, tutela
9
Ac. 1ª T 1085/1957 – Min. Edgard de Oliveira Lima, DJ 16.11.1957
10
Sobre a função revisora dos tribunais de instância ordinária, cf. CLAUS, Ben-Hur
Silveira; LORENZETTI, Ari Pedro; FIOREZE, Ricardo; ARAÚJO, Francisco Rossal
de; COSTA, Ricardo Martins; AMARAL, Márcio Lima do. A função revisora dos
tribunais: a questão do método no julgamento dos recursos de natureza ordinária.
Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região, Belo Horizonte, n. 84, jul/dez
de 2011, p. 21 e ss.
11
Profícuo paralelo com essa afirmativa e seus desdobramentos pode ser observado em
MARINONI, Luiz Guilherme. O STJ enquanto corte de precedentes – recompreensão
do sistema processual da corte suprema. 4. Ed., São Paulo: RT, 2019.
do interesse da sociedade): o foco é diretamente “a tese” e indiretamente o
caso.12
O papel do TST, portanto, não é o de funcionar como uma terceira
instância para apreciação do caso, mas é formar, confirmar e reformar
precedentes. Quando uma questão jurídica inédita ou recente se apresenta, sem
que haja uma interpretação definida ou consolidada para dissipar a sua dupla
indeterminação, o TST é chamado a formar precedente. Quando uma questão
já conhecida se apresenta, o TST poderá confirmar seu precedente se cassar o
acórdão recorrido que o contrariar (a confirmação de um precedente do TST
quando o acórdão recorrido está em sua conformidade é desnecessária e, logo,
o recurso é incabível) ou reformar seu precedente (rara hipótese do
overruling, modificando sua interpretação acerca daquela questão jurídica já
conhecida)13.
Para o TST, o direito subjetivo das partes é apenas o objeto mediato. O
objeto imediato do recurso de revista é a segurança jurídica, a igualdade e a
Unidade do Direito. O caráter duplamente indeterminado do Direito torna o
sistema jurídico propenso à dispersão e impõe reconhecer a necessidade de se
preservar a sua unidade, em nome da segurança jurídica (cognoscibilidade,
previsibilidade, estabilidade, enfim, proporcionar a autodeterminação das
pessoas e viabilizar o comércio dos bens jurídicos) e do tratamento isonômico.
Ao se identificar como uma Corte de Precedentes, o TST contribui para a
função objetiva e geral do processo judicial e para satisfazer uma das
necessidades sociais e antropológicas mais fundamentais: a autodeterminação
das pessoas. Ao fixar a interpretação do Direito antes duplamente
indeterminado, o TST densifica o ordenamento jurídico-trabalhista. Uma vez
definido, compreensível e previsível, o Direito proporciona o comércio seguro
dos bens trabalhistas: o trabalho e sua contrapartida.
12
CARNEIRO, Athos Gusmão. Anotações sobre o recurso especial. TEIXEIRA,
Sálvio de Figueiredo (org.). Recursos no Superior Tribunal de Justiça. São Paulo:
Saraiva, 1991, p. 110: “O interesse privado do litigante vencido, então, funciona mais
como móvel e estímulo para a interposição do recurso extremo, cuja admissão,
todavia, liga-se à existência de uma questão federal, à defesa da ordem jurídica no
plano do Direito Federal, assegurando-lhe, como referiu Pontes de Miranda, a
‘inteireza positiva’, a ‘autoridade’, a ‘validade’ e a ‘uniformização da interpretação’.”
13
Vale observar que a mudança de jurisprudência de um Tribunal raramente se deve a
uma efetiva superação; via de regra, a alteração da jurisprudência ocorre por simples
mudança de composição do Órgão Julgador. Isso privilegia a oxigenação do Direito,
mas fragiliza segurança jurídica e confiança da sociedade.
Especificamente no âmbito trabalhista, isso é primordial para viabilizar
o sistema econômico na relação capital-trabalho. Sem essa função o sistema
fica caótico e entra em colapso: as pessoas não se sentirão seguras para realizar
contratos de trabalho, a economia não progride, os recursos escasseiam, os
bens e serviços não se desenvolvem, as pessoas não se engajam em
empreendimentos de maior impacto social, enfim, as consequências sociais são
nefastas.
22
Exemplo clássico e mais corriqueiro de recurso com fundamentação vinculada são
os embargos declaratórios: o acolhimento dos embargos depende da demonstração de
omissão, obscuridade ou contradição, erro material ou manifesto equívoco no exame
de pressupostos extrínsecos do recurso na decisão embargada, como dispõem o art.
1.022 do CPC c/c art. 897-A da CLT. Se a parte fundamentar os embargos a partir de
qualquer outro critério, os embargos não deverão ser conhecidos.
23
Nos corredores do TST as duas primeiras costumam chamar-se sinteticamente de
“divergência”. A terceira de “violação”.
jurisdicionados. O recurso de revista, com efeito, oferecerá ao TST a
oportunidade de confirmar ou reformar precedente.
Terceiro, acerca da violação de lei federal ou da Constituição, algumas
palavras precisam ser ditas. Muito dificilmente uma decisão judicial violará a
literalidade de um dispositivo normativo. Raras são as decisões em que um
Tribunal Regional simplesmente ignora ou vulnera literalmente o texto legal
ou constitucional. O que se vê, com frequência, são interpretações mais
elásticas do que alguns aceitariam ou mais restritivas do que outros
considerariam apropriado. Essa dinâmica é inerente ao sistema jurídico, já que
o Direito é, como dito, duplamente indeterminado. As possibilidades
semânticas de um texto certamente não são ilimitadas, mas são comuns os
dispositivos normativos que admitem várias interpretações logicamente
possíveis. Ora, se o ordenamento jurídico tem como um de seus objetivos
estabelecer segurança jurídica e tratamento isonômico, então faz-se necessário
eleger uma dentre essas várias possibilidade hermenêuticas. E, como dito
acima, a escolha da interpretação prevalecente passa pela escolha do
intérprete, a saber, a Corte de Precedentes – o TST.
Pode-se dizer que o TST deu um importante passo no sentido de
reconhecer-se como uma Corte de precedentes quando, em 2012, cancelou o
item II de sua Súmula n. 221, que tinha a seguinte redação: “II - Interpretação
razoável de preceito de lei, ainda que não seja a melhor, não dá ensejo à
admissibilidade ou ao conhecimento de recurso de revista com base na alínea
"c" do art. 896 da CLT. A violação há de estar ligada à literalidade do
preceito.” Ora, a interpretação “que não seja a melhor” (leia-se: “que não seja
aquela que o TST considera a melhor”) precisa ensejar a admissibilidade do
recurso de revista para que o sistema jurídico seja seguro e isonômico. A
Unidade do Direito é refratária à possibilidade de várias interpretações
razoáveis concomitantes.
Assim, se um dispositivo legal ou constitucional admite várias
interpretações (como talvez todos os dispositivos admitam) e o TST escolhe
uma, conferindo-lhe um determinado conteúdo normativo, a interpretação que
diverge daquela fixada pelo TST viola, por assim dizer, o próprio dispositivo.
A rigor, tal interpretação divergente viola apenas a interpretação do TST sobre
aquele dispositivo. Porém, o papel da Corte de Precedentes é exatamente fixar
a interpretação vinculante24 do Direito objetivo. Por isso, embora a
24
Não necessária e propriamente uma vinculatividade “forte”, cuja contrariedade
enseja o cabimento de reclamação. Interpretação vinculante, aqui, quer dizer a
interpretação divergente quase nunca viole “a literalidade” do dispositivo,
considera-se, por ficção, que viola, para fins de admissibilidade do recurso de
revista.
Por esse motivo, o recurso de revista fundamentado na violação legal ou
constitucional, para ser admitido, deverá demonstrar que (a) a interpretação
daquele dispositivo pelo acórdão recorrido contraria a do TST ou que (b) o
TST não possui uma interpretação sedimentada e consolidada daquele
dispositivo (divergência interna no TST acerca de tal interpretação).
Desse modo, esta terceira hipótese de cabimento de recurso de revista
(“violação”), desdobra-se em duas: (i) a equivocidade do texto e a vagueza da
norma acerca daquela tese também já foram dissipados pelo TST, e a
interpretação adotada pelo Tribunal Regional destoa desse entendimento,
causando insegurança jurídica e desigualdade entre os jurisdicionados. Neste
caso, o recurso de revista oferecerá ao TST a oportunidade de confirmar ou
reformar precedente; ou (ii) a equivocidade do texto e a vagueza da norma
acerca daquela tese ainda não foram dissipados pelo TST, causando
insegurança jurídica e desigualdade entre os jurisdicionados. Aqui o recurso de
revista oferecerá ao TST a oportunidade de formar precedente.
Em resumo, se o recorrente demonstrar que seu recurso de revista
oferece a possibilidade de formar, confirmar ou reformar precedentes, seja
através da demonstração da existência de divergência jurisprudencial entre
Regionais ou de contrariedade a entendimentos já consolidados, seja através da
demonstração de que determinado dispositivo legal/constitucional ainda não
teve seu conteúdo normativo bem delimitado pelo TST, o recurso será
admissível.
Não é por outro motivo que o recurso de revista não será conhecido se a
decisão recorrida estiver de acordo com atual, iterativa e notória jurisprudência
do TST (Súmula n. 333 do TST): tal recurso não ofereceria ao Tribunal
Superior a possibilidade de formar, confirmar ou reformar precedente. 25
conformidade com o entendimento do TST sobre o tema, tal entendimento deve ser
modificado. A estrutura argumentativa do recorrente, neste caso, poderá tomar
emprestado, por analogia, o disposto no § 17 do art. 896 da CLT, demonstrando
alteração de situação econômica, social ou jurídica sobre a qual aqueles dispositivos
normativos incidem, o que, por sua vez deverá ensejar a alteração da interpretação do
Direito sobre aquela tese. Não bastará dizer “a tese recorrida não adota a melhor
interpretação!”. A parte deverá dizer: “embora a tese recorrida tenha adotado a mesma
interpretação que o TST fixou sobre esse tema, tal interpretação deverá ser
modificada, por tais e tais motivos!”.
De acordo com esse dispositivo legal, o modo pelo qual o recorrente
demonstra que o seu recurso de revista oferece ao TST a possibilidade de
formar, confirmar ou reformar precedentes tem uma estrutura bastante
simples: primeiro, o recorrente deverá demonstrar (a) qual foi a tese jurídica
adotada no acórdão recorrido; depois, ele deverá demonstrar (b) qual é o
fundamento de admissibilidade do recurso (dispositivo legal ou constitucional
violado, súmula afrontada, decisão da SDI, do Pleno ou de outro Regional em
sentido contrário, etc.); e por fim, o recorrente deverá demonstrar (c) as razões
pelas quais a tese jurídica adotada no acórdão recorrido vulnera aquilo que o
recorrente considera ser o fundamento de admissibilidade de seu recurso
(como, de que maneira, em que medida, enfim, por quais razões, o dispositivo
legal ou constitucional foi violado, a súmula foi contrariada, de que modo se
assemelham as circunstâncias fáticas dos acórdãos comparados, mas
injustificadamente divergem na conclusão jurídica, etc.).
Esses três elementos têm correspondentes formais em cada um dos três
incisos do art. 896. § 1º-A, da CLT.26
Um recurso de revista formalmente admissível (ou “bem aparelhado”),
preenche três requisitos formais: (a) adequada transcrição do trecho do
acórdão recorrido que revela a tese jurídica fixada pelo Regional; 27 (b)
26
Importante observar, uma vez mais, que os requisitos formais do § 1º-A do art. 896
da CLT apenas formalizam um entendimento antigo remansoso do TST acerca do
aparelhamento do recurso de revista. Cf.: Ag AIRR 1857 42 2014 5 01 0421 1ª Turma,
Relator Ministro Luiz José Dezena da Silva, DEJT 16-03-2020; AIRR 554 27 2015 5
23 0071 2ª Turma, Relatora Ministra Maria Helena Mallmann DEJT 21-02-2020; Ag
AIRR 11305 82 2017 5 15 0085 3ª Turma, Relator Ministro Alexandre de Souza Agra
Belmonte, DEJT 13-03-2020; Ag AIRR 187 92 2017 5 17 0008 4ª Turma, Relator
Ministro Guilherme Augusto Caputo Bastos, DEJT 13-03-2020 Ag AIRR; 101372 41
2016 5 01 0078 5 ª Turma, Relator Desembargador Convocado João Pedro Silvestrin
DEJT 13-03-2020; Ag AIRR 12364 39 2015 5 01 0482 6ª Turma, Relatora Ministra
Kátia Magalhães Arruda, DEJT 13-03-2020; RR 1246 80 2010 5 04 0701 7ª Turma,
Relator Ministro Cláudio Mascarenhas Brandão, DEJT 08-11-2019; Ag AIRR 10026
97 2016 5 15 0052 7ª Turma, Relator Ministro Luiz Philippe Vieira de Mello Filho,
DEJT 21-02-2020; RR 2410 96 2013 5 03 0024 8ª Turma, Relator Ministro Márcio
Eurico Vitral Amaro, DEJT 12-04-2019.
27
Art. 896, § 1º-A, I, da CLT: “indicar o trecho da decisão recorrida que consubstancia
o prequestionamento da controvérsia objeto do recurso de revista.”
indicação expressa e pertinente do fundamento de admissibilidade do
recurso;28 e (c) suficiente confronto analítico entre um e outro. 29
40
ABRAMOWICZ, Michael; STEARNS, Maxwell. Defining dicta. Stanford Law
Review. Vol. 57, No. 4 (Mar., 2005), pp. 953-1094. MARINONI, Luiz Guilherme.
Uma nova realidade diante do Projeto de CPC: a ratio decidendi ou os fundamentos
determinantes da decisão. Revista dos Tribunais. São Paulo, v.101, n.918, p. 351-414,
abr. 2012
41
Embora a exigência de indicar o prequestionamento da tese recorrida tenha lugar no
inciso I do § 1º-A do art. 896 da CLT, há importante correlação, sob esse aspecto da
decisão com mais de um fundamento, no inciso III desse mesmo dispositivo.
Precipuamente vinculado à exigência formal do cotejo analítico, o inciso III impõe ao
recorrente o ônus de impugnar “todos os fundamentos jurídicos da decisão recorrida”.
Esse entendimento também está estampado na Súmula n. 283 do STF, a evidenciar que
diz respeito à lógica subjacente ao funcionamento de uma Corte de Precedentes e ao
processamento de recursos de natureza extraordinária.
caso concreto, focando precipuamente na salvaguarda do direito objetivo, do
sistema jurídico como um todo.
O entendimento pacífico no âmbito do TST é de que as razões recursais
devem demonstrar de maneira explícita, fundamentada e analítica a
divergência jurisprudencial ou a violação legal. Recursos com fundamentações
genéricas, baseadas em meros apontamentos de dispositivos tidos como
violados e sem a indicação do trecho da decisão recorrida que a parte entende
ser ofensivo à ordem legal ou divergente de outro julgado, não merecem
seguimento.42.
É por esse motivo que a transcrição do trecho que demonstra o
prequestionamento da controvérsia deve ser claramente delimitado. Não
atende a esse requisito (a) transcrição integral do acórdão, sem nenhum
destaque;43 (b) transcrição integral do acórdão no início do recurso, ainda que
com destaques, mas topicamente dissociado das razões recursais; 44 (c)
transcrição integral do tópico recorrido, sem nenhum destaque 45 (salvo se o
tópico for enxuto, com poucos e curtos parágrafos); (d) indicação de folhas ou
id do acórdão; sinopse ou paráfrase do acórdão; 46 (e) ementa ou dispositivo
42
Ag-AIRR-1857-42.2014.5.01.0421, 1ª Turma, Relator Ministro Luiz José Dezena da
Silva, DEJT 16/03/2020; AIRR-554-27.2015.5.23.0071, 2ª Turma, Relatora Ministra
Maria Helena Mallmann, DEJT 21/02/2020; Ag-AIRR-11305-82.2017.5.15.0085, 3ª
Turma, Relator Ministro Alexandre de Souza Agra Belmonte, DEJT 13/03/2020; Ag-
AIRR-187-92.2017.5.17.0008, 4ª Turma, Relator Ministro Guilherme Augusto Caputo
Bastos, DEJT 13/03/2020; Ag-AIRR-101372-41.2016.5.01.0078, 5ª Turma, Relator
Desembargador Convocado João Pedro Silvestrin, DEJT 13/03/2020; Ag-AIRR-
12364-39.2015.5.01.0482, 6ª Turma, Relatora Ministra Kátia Magalhães Arruda,
DEJT 13/03/2020; RR-1246-80.2010.5.04.0701, 7ª Turma, Relator Ministro Cláudio
Mascarenhas Brandão, DEJT 08/11/2019; Ag-AIRR-10026-97.2016.5.15.0052, 7ª
Turma, Relator Ministro Luiz Philippe Vieira de Mello Filho, DEJT 21/02/2020; RR-
2410-96.2013.5.03.0024, 8ª Turma, Relator Ministro Márcio Eurico Vitral Amaro,
DEJT 12/04/2019.
43
Ag-AIRR-20798-30.2016.5.04.0019, 3ª Turma, Relator Ministro Mauricio Godinho
Delgado, DEJT 02/07/2021.
44
RR-1001045-59.2019.5.02.0039, 4ª Turma, Relator Ministro Guilherme Augusto
Caputo Bastos, DEJT 06/08/2021.
45
ARR-11860-22.2015.5.01.0033, 4ª Turma, Relator Ministro Alexandre Luiz Ramos,
DEJT 30/07/2021; AIRR-1383-18.2014.5.03.0065, 2ª Turma, Relator Ministro Jose
Roberto Freire Pimenta, DEJT 06/08/2021.
que não indiquem a controvérsia 47; (f) transcrição (apenas) dos trechos que
efetivamente consubstanciam o prequestionamento da controvérsia no início
do recurso, mas dissociados das razões recursais; 48 (g) transcrição de trecho
insuficiente para compreensão da controvérsia. 49
A transcrição do trecho que demonstra o prequestionamento da
controvérsia deve conter todos os elementos que revelam a adoção de uma
determinada tese jurídica, o embasamento em fundamentos necessários e
suficientes – e nada mais do que isso. Se o recorrente considerar relevante o
contexto (sopesamento da prova produzida, relatório das alegações das partes,
etc.), deverá, pelo menos, destacar (grifar, negritar, sublinhar, pintar, realçar) o
trecho que demonstra a tese jurídica adotada no acórdão contra a qual se
insurge.
46
Ag-E-ED-Ag-ED-RR-1004-31.2011.5.05.0161, Subseção I Especializada em
Dissídios Individuais, Relator Ministro Breno Medeiros, DEJT 14/05/2021.
47
Ag-AIRR-11385-33.2015.5.01.0044, 2ª Turma, Relatora Ministra Maria Helena
Mallmann, DEJT 06/08/2021; AIRR-10904-22.2015.5.01.0060, 7ª Turma, Relator
Ministro Renato de Lacerda Paiva, DEJT 06/08/2021.
48
RR-1001045-59.2019.5.02.0039, 4ª Turma, Relator Ministro Guilherme Augusto
Caputo Bastos, DEJT 06/08/2021.
49
Ag-AIRR-99-61.2017.5.05.0631, 5ª Turma, Relator Ministro Breno Medeiros, DEJT
02/07/2021.
Caso o recorrente pretenda levar sua irresignação ao TST por violação,
deverá eleger dispositivo legal ou constitucional que considere “literalmente” 50
violado pelo acórdão recorrido e expressamente indicá-lo no recurso, 51
referindo especificamente, se for o caso, qual parágrafo, inciso, alínea,
considera violado.
Além da especificidade, é necessário que o dispositivo tido como
violado seja pertinente à tese do recorrente. Não se admite que a parte aponte
violação a um dispositivo que não sedia a tese jurídica recorrida e nem
conforta a tese jurídica recorrente. É preciso que o dispositivo tido como
violado “conecte” as teses: a divergência entre a tese recorrida e a recorrente
deve ser de interpretação, mas o objeto interpretado há de ser o mesmo.
Por exemplo, se o acórdão recorrido traz condenação à reclamada ao
pagamento de horas extras pela extrapolação habitual do limite de jornada
diária, não serve à admissão do recurso a alegação da violação de dispositivo
que trata sobre a dignidade da pessoa humana, a competência material da
Justiça do Trabalho, ou sobre os princípios da legalidade ou da coisa julgada
(salvo se as teses recorrentes disserem respeito aos princípios da legalidade ou
da coisa julgada. Neste caso, será necessário que o Tribunal Regional tenha
emitido tese acerca de questão suscitada especificamente à luz desses
princípios, ainda que forçadamente, pela oposição de embargos declaratórios
visando ao prequestionamento).
Por outro lado, se o recorrente pretende admissão de seu recurso com
fundamento em divergência, deverá, em primeiro lugar, atender ao disposto na
Súmula n. 337 do TST, a qual define os requisitos formais necessários para
comprovação da divergência jurisprudencial.
E, em segundo lugar, deverá atender ao disposto na Súmula n. 296 do
TST, a qual define o requisito material necessário para a demonstração da
divergência, a saber, a especificidade. Divergência específica é aquela que,
50
Vale reiterar que são raras as decisões que violam a literalidade do dispositivo. A
expressão “literalmente” está entre aspas no texto para indicar o que se disse acima a
respeito: considera-se violado o dispositivo se o acórdão recorrido adota interpretação
divergente daquela emprestada pelo TST àquele dispositivo.
51
Neste caso, “indicar” não é “transcrever”. É claro que, para fins de clareza e
didática, é útil transcrever o dispositivo legal ou constitucional tido por violado.
Facilita ao julgador para avaliar se a decisão recorrida efetivamente viola aquele
dispositivo. Mas, diferentemente do prequestionamento, a falta de transcrição não é
fundamento suficiente para negativa de seguimento do recurso.
partindo das mesmas premissas fáticas, revela conclusões jurídicas distintas. O
acórdão divergente deve ter sido proferido em caso suficientemente
semelhante, no que concerne aos elementos fáticos relevantes, e extrair
conclusão jurídica distinta daquela evidenciada do acórdão recorrido.
É claro que dificilmente haverá identidade fática absoluta entre dois
casos. O recorrente deverá identificar similaridades juridicamente relevantes
para a formação da tese jurídica, argumentando, na demonstração analítica da
divergência, pela suficiência das similaridades fáticas e irrelevância das
distinções. 52
Além de específica, a divergência deve ser atual. Se estiver superada por
atual, iterativa e notória jurisprudência do TST, a divergência é inapta e o
recurso inadmissível.53 É que, sendo o TST uma Corte de Precedentes, a
decisão em consonância com o entendimento firmado pelo TST não abala a
unidade do Direito, não gera insegurança jurídica nem ofende à isonomia entre
os jurisdicionados, dispensando-se a intervenção do TST neste caso.
52
SCHAUER, Frederick. Precedent. Stanford Law Review. V. 39, n. 3, 1987, p. 577.
53
Não obstante a Súmula n. 333 e o § 7º do art. 896 da CLT refiram-se apenas a
divergência, o entendimento também é aplicável ao recurso que se fundamente em
violação. Pois que, se o acórdão recorrido interpretou dispositivo legal ou
constitucional de modo consentâneo com a interpretação dada pelo TST, então o
dispositivo não pode ser considerado violado e o recurso é inadmissível. Dito de outro
modo, o recurso não se presta a formar, confirmar ou reformar precedentes.
insegurança jurídica ou ofende a isonomia entre os jurisdicionados. O
recorrente deve argumentar como, em que ponto, por qual motivo, em que
medida, o dispositivo foi violado ou o acórdão divergente/súmula foi
contrariado.
O inciso III do § 1º-A do art. 896 da CLT é claro: para que o recurso de
revista seja conhecido, o recorrente deve “expor as razões do pedido de
reforma, impugnando todos os fundamentos jurídicos da decisão recorrida,
inclusive mediante demonstração analítica de cada dispositivo de lei, da
Constituição Federal, de súmula ou orientação jurisprudencial cuja
contrariedade aponte.”
Em primeiro lugar, o cotejo analítico deve incluir a impugnação de
todos os fundamentos jurídicos da decisão recorrida. Consoante já afirmado
acima, se a decisão se basear em mais de um fundamento, todos suficientes
para, por si só, sustentarem a decisão, o recorrente deverá insurgir-se contra
cada um desses fundamentos, realizando o cotejo analítico entre as suas razões
e as do acórdão recorrido relativamente a cada um dos seus fundamentos. A
falta de ataque a um dos fundamentos da decisão recorrida tornaria inútil o
eventual provimento do recurso de revista, já que a manutenção do
fundamento não atacado imporia a manutenção da decisão em si.
Em segundo lugar, o cotejo analítico deve dizer respeito a cada
dispositivo legal ou constitucional apontado como violado, cada Súmula do
TST que o recorrente considere ter sido contrariada, cada Orientação
Jurisprudencial, cada Súmula Vinculante, cada acórdão divergente de outro
Regional ou da SDI do TST. Isso significa que o recorrente não poderá traçar
uma linha argumentativa única e concluir, ao final, que demonstrou a violação
de vários dispositivos legais e constitucionais, ou que demonstrou a
divergência entre o acórdão recorrido e inúmeros julgados de outros Regionais
ou da SDI do TST.54
54
Sendo a SDI o órgão responsável pela uniformização interna da jurisprudência do
TST em matéria individual – especialmente em sua composição Plena, conjugando a
SDI1 e a SDI2 –, decisões recentes dessa Seção podem representar a interpretação
consolidada do TST acerca de determinados temas, dispositivos legais ou
constitucionais. Assim, além de servir como fundamento para admissibilidade
específico do recurso de revista, uma decisão da SDI que veicule tese contrária à
adotada pelo Tribunal Regional pode revelar que o acórdão recorrido viola algum
dispositivo legal ou constitucional na interpretação que lhe confere o TST. Ou seja, é
possível que um acórdão divergente da SDI não sirva como fundamento para
Especificamente para as alegações de divergência jurisprudencial, o
recorrente deverá expor de maneira clara e lógica que as duas decisões
partiram de premissas fáticas suficientemente semelhantes, descrevendo-as, e
indicar os pontos, na conclusão jurídica, em que elas divergem.
Uma técnica bastante difundida entre os advogados é a da exposição
“lado a lado”, ou “quadro comparativo”. Mediante essa técnica, os advogados
expõem, em uma coluna, o trecho do acórdão que consubstancia o
prequestionamento da controvérsia (primeiro eixo orbital do aparelhamento
formal do recurso de revista) e, em paralelo, uma coluna ao lado, indicando o
fundamento da admissibilidade do recurso (segundo eixo orbital) – sejam
dispositivos legais/constitucionais, sejam Súmulas, Orientações
Jurisprudenciais ou arestos divergentes. Esse formato, por si só, não atende, ao
terceiro eixo orbital, que é o confronto analítico. É que, embora ele possa ser
útil55 para demonstrar eventual discrepância entre uma coluna e outra, não
suplanta a necessidade de a parte argumentar. Deve a parte dizer,
textualmente, com seus argumentos, em que ponto(s) o acórdão recorrido
vulnera a ordem jurídica.56
10. Conclusão
BIBLIOGRAFIA
ABRAMOWICZ, Michael; STEARNS, Maxwell. Defining dicta.
Stanford Law Review. Vol. 57, No. 4 (Mar., 2005), pp. 953-1094.
ARAÚJO, Francisco Rossal de. A fundamentação da sentença no novo
CPC e a matéria de fato: uma análise da subsunção - concreção judicial.
Revista do Tribunal Superior do Trabalho. São Paulo, v. 83, n. 2, p. 112-126,
abr./jun. 2017.
BARBOSA MOREIRA, José Carlos. Comentários ao Código de
Processo Civil. Rio de Janeiro: Forense, 2006, 13ª ed., v. 5, p. 431 e ss.
CALABRESI, Guido. A common law for the age of statutes.
Cambridge: Harvard University Press, 1982.
CARNEIRO, Athos Gusmão. Anotações sobre o recurso especial.
TEIXEIRA, Sálvio de Figueiredo (org.). Recursos no Superior Tribunal de
Justiça. São Paulo: Saraiva, 1991.
CARRATTA, Antonio. Funzione sociale e processo civile fra XX e XXI
secolo. Rivista trimestrale di diritto e procedura civile, ISSN 0391-1896, Vol.
71, Nº 2, 2017, pp. 579-614.
CASTANHEIRA NEVES, Antônio. A distinção entre a questão-de-
facto e a questão-de-direito e a competência do Supremo Tribunal de Justiça
como Tribunal de “Revista”. In: Digesta – escritos acerca do Direito, do
pensamento jurídico, da sua metodologia e outros. V. 1º. Coimbra: Coimbra,
1995, pp. 483 e ss.
CHIASSONI, Pierluigi. Il precedente giudiziale: nozioni,
interpretazione, rilevanza pratica. Contributo al Seminario “Metodologia nello
studio della giurisprudenza”, Dottorato di ricerca in Diritto Privato, Università
di Genova, 22 giugno 2009.
CLAUS, Ben-Hur Silveira; LORENZETTI, Ari Pedro; FIOREZE,
Ricardo; ARAÚJO, Francisco Rossal de; COSTA, Ricardo Martins;
AMARAL, Márcio Lima do. A função revisora dos tribunais: a questão do
método no julgamento dos recursos de natureza ordinária. Revista do Tribunal
Regional do Trabalho da 3ª Região, Belo Horizonte, n. 84, jul/dez de 2011, p.
21 e ss.
GUASTINI, Ricardo. Interpretare e argomentare. Milano: Giuffrè,
2011, p. 39 e ss..
HENKE, Horst-Eberhard. La Cuestión de Hecho (El Concepto
Indeterminado en el Derecho Civil y su Casacionabilidad). Buenos Aires:
Editora Jurídicas Europa-América, 1979.
KAUFMANN, Arthur. Filosofía del Derecho. Bogotá: Universidad
Externado de Colombia, 1999.
MacCORMICK, Neil; SUMMERS, Robert. Interpreting precedentes – a
comparative study. First published 1997, by Asgate Publishing. Reprinted in
New York: Routledge, 2016.
MARINONI, Luiz Guilherme. O STJ enquanto corte de precedentes –
recompreensão do sistema processual da corte suprema. 4. Ed., São Paulo: RT,
2019.
_____. Precedentes obrigatórios. 6. Ed. Rev. Atual. São Paulo: RT,
2019.
_____. Uma nova realidade diante do Projeto de CPC: a ratio decidendi
ou os fundamentos determinantes da decisão. Revista dos Tribunais. São
Paulo, v.101, n.918, p. 351-414, abr. 2012.
MITIDIERO, Daniel. A tutela dos direitos como fim no processo civil
no Estado Constitucional. R. Trib. Reg. Fed. 4ª Reg. Porto Alegre, a, 26, n. 87,
13-214, 2015, pp. 131 e ss.
_____. Cortes Superiores e Cortes Supremas – do controle à
interpretação, da jurisprudência ao precedente. São Paulo: RT, 2014.
NERY JR. Nelson. Teoria geral dos recursos. 1. Ed em e-book, baseada
na 7ª ed. Impressa. São Paulo: RT, 2014, capítulo 3.5.1.
SCHAUER, Frederick. Precedent. Stanford Law Review. V. 39, n. 3,
1987.
TARUFFO, Michele. Precedente y jurisprudencia. In: TARUFFO,
Michele. Páginas sobre justicia civil. Trad. Maximiliano Aramburo Calle.
Madrid: Marcial Pons, 2009, pp. 557 e ss.