RESUMO - DÇ Arranhadura Do Gato

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Doença da Arranhadura do Gato

(Fonte: The 5-minute Pediatric Consult)

A doença da arranhadura do gato (DSC) é uma linfadenopatia regional subaguda, que ocorre após a inoculação cutânea da bactéria
Gram negativa Bartonella henselae, geralmente após um arranhão ou mordida de gato infectado pela bactéria.

É a causa mais comum de linfadenopatia crônica regional benigna.

Na anamnese:

 Perguntar se a criança teve contato com gato,


principalmente gatos com menos de um ano ou
gatos com pulgas.
 Perguntar pelo aparecimento de lesão de pele,
linfadenopatia e sintomas sistêmicos.
 Uma pápula geralmente aparece na pele no local de
inoculação 3 a 12 dias depois do contato com o
gato.
 Esta pápula frequentemente progride para o estágio
de vesícula e depois crosta.
 Dentro de 1 a 2 semanas depois do aparecimento da
lesão de pele, surge uma linfadenopatia na região
de drenagem da lesão pode ser observada. Pápula eritematosa e crostosa no local de um
 Outros sintomas: febre e sintomas sistêmicos leves arranhão de gato
(dor, mal-estar e anorexia) podem também estar
presente em até 30% dos pacientes.

No exame físico:

 Uma ou mais pápulas vermelhas no local de inoculação pode ser detectável.


  O verdadeiro sinal de CSD (presente em ∼90% dos casos) é uma linfadenite crônica ou subaguda envolvendo o 1º ou 2º
conjunto de nós drenando o local de inoculação:
 Os grupos afetados, em ordem decrescente de frequência, são axilares, cervicais, submandibular, periauricular,
epitroclear, linfonodos femorais e inguinais.
 Os nódulos afetados geralmente são sensíveis, com sinais flogísticos: eritema, calor e endurecimento.
 Cerca de 10 a 30% supuram espontaneamente ou formam um canal para a pele.

Testes diagnósticos:

 Teste de imunofluorescência indireta (IFA): para detecção de anticorpos séricos para B. henselae. Deve ser usado para
confirmar o diagnóstico de CSD.
 Em geral, os títulos IFA de IgG < 1:64 sugerem que não há infecção atual;
 Títulos entre 1:64 e 1:256 representam possível infecção precoce ou antiga (repetidos em 1 a 2 semanas);
 Títulos > 1:256 sugerem fortemente infecção ativa ou recente.
 Há menos sensibilidade com títulos de IgM, que podem não ser positivos ao diagnóstico, mesmo em vigência de
doença aguda.
 Um único título de IgG ≥ 1:512, um aumento de 4 vezes no título ou soroconversão é necessário o
diagnóstico sorológico de CSD.
  ELISA: também detecta anticorpos séricos para B. henselae. Sensibilidade e especificidade semelhantes às da IFA.
  Hemocultura: pode ser positiva em indivíduos infectados em quem a bacteremia é suspeita. O crescimento é
tipicamente obtido em ágar sangue após 12 a 15 dias, mas pode exigir período de incubação de até 45 dias.
  Reação em cadeia da polimerase (PCR): método sensível e específico para o diagnóstico de infecção por Bartonella
em amostras de tecido (aspirado por agulha fina do linfonodo). A PCR sérica é menos sensível que a sorologia IFA.

Diagnóstico Diferencial:

 Outras causas conhecidas de linfadenopatia.


 A localização dos linfonodos anormais pode fornecer uma pista forte.

Tratamento:
 Antibióticos que demonstraram ser eficazes contra B. henselae incluem:
 Sufametoxazol-trimetoprim (Bactrim)
 Macrolídeos
 Rifampicina
 Doxiciclina
 Ciprofloxacina
 Gentamicina
 Um regime recomendado para CSD sem complicações incluiria
 Azitromicina:
→ 500 mg no 1º dia e 250 mg nos 4 dias subsequentes em doentes > 45,5 kg
→ 10 mg/kg no 1º dia e 5 mg / kg nos 4 dias subsequentes nos demais.
 Alternativamente, Bactrim, 6 a 8 mg / kg de TMP 2 ou 3 vezes ao dia por 7 dias em crianças pode ser usado.
 Para pacientes imunocomprometidos e aqueles com doença grave ou sistémica (incluindo encefalite), azitromicina,
eritromicina ou doxiciclina devem ser administrado;
 Gentamicina 5 mg/kg/dia, 8/8h, IM ou IV, por pelo menos 2 semanas também deve ser administrado em casos de
endocardite.
 A duração ótima do tratamento não é clara, mas pode ser necessário até vários meses de tratamento em pacientes
imunocomprometido para prevenir a recaída.

IMPORTANTE!

Antibioticoterapia para CSD em hospedeiros imunocompetentes é controversa já que a doença é autolimitada e a maioria dos
casos apresenta pouca ou nenhuma melhora com antibióticos. Muitos especialistas sugerem tratamento conservador e sintomático,
exceto em doença grave ou sistêmica ou em pacientes imunocomprometidos.

 Considere consultar um infectologista para ajudar na avaliação e diagnóstico.


 Considere consultar um cirurgião geral para realizar aspiração por agulha, se necessário.

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