Ebook Da Unidade 3 - Internet Das Coisas - IoT - FAEL

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Internet das

Coisas - IoT
Marcelo Dalsochio Dipp
Jéssica Laisa Dias da Silva

Unidade 3

Marcelo Dalsochio Dipp


Jéssica Laisa Dias da Silva
Eletrônica e a
Internet
Conectividade
das coisas
Diretor Executivo
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Diretora Editorial
ANDRÉA CÉSAR PEDROSA
Projeto Gráfico
MANUELA CÉSAR ARRUDA
Autores
MARCELO DALSOCHIO DIPP
JÉSSICA LAISA DIAS DA SILVA
Desenvolvedor
CAIO BENTO GOMES DOS SANTOS
OS AUTORES
MARCELO DALSOCHIO DIPP E JÉSSICA LAISA DIAS DA SILVA
Olá. Somos Marcelo Dalsochio Dipp e Jéssica Laisa Dias da Silva.

Eu, Marcelo, sou formado em Técnico de Redes de Dados e Técnico


em Informática pelo CTT Maxwell, Gestão de Tecnologia da Informação
na UNISUL, onde atualmente estou cursando a segunda graduação de
Licenciatura em Matemática, assim como possuo certificação em ITIL,
com uma experiência técnico-profissional na área de Tecnologia de mais
de 25 anos. Passei por empresas como a Tim Celular, Spread, Sonda do
Brasil, SENAC, Instituto Federal do Sul do Brasil, Alcides Maya entre outros.
Escrevo livros didáticos na área de informática, já tenho registrado o livro
“Guia Básico de Informática para Iniciantes” e atualmente estou escrevendo
um segundo livro sobre Introdução às Redes de Comunicações de dados,
o qual ainda está em processo de desenvolvimento. Ministro aulas há 7
anos. Sou apaixonado pelo que faço e adoro transmitir minha experiência
de vida àqueles que estão iniciando em suas profissões.

Eu, Jéssica, possuo graduação em Sistema da Informação e


Mestrado em Sistema e Computação na UFRN. Tenho experiência na
área de Informática na educação, com ênfase em Mineração de Dados
Educacionais como também atual no estimulo dos jovens e crianças no
estudo de ensino a programação. Realizo trabalhos e pesquisas voltados
ao universo dos jogos digitais inseridos no contexto educacional, como
incentivo deles no ensino dos jovens e aos professores. Atualmente realizo
pesquisas no contexto de disseminação do pensamento computacional.
para crianças e jovens. As áreas de interesse de estudo são: Educação,
Engenharia de Software, Mineração de dados, Pensamento Computacional,
Jogos Digitais Educativos, Gerenciamento de projeto

Por este motivo, fomos convidados pela Editora Telesapiens a


integrar seu elenco de autores independentes. Estamos muito felizes em
poder ajudar você nesta fase de muito estudo e trabalho. Conte conosco!
ICONOGRÁFICOS
Olá. Meu nome é Manuela César de Arruda. Sou a responsável pelo
projeto gráfico de seu material. Esses ícones irão aparecer em sua trilha
de aprendizagem toda vez que:

INTRODUÇÃO: DEFINIÇÃO:
para o início do desen- houver necessida-
volvimento de uma de de se apresentar
nova competência; um novo conceito;

NOTA: IMPORTANTE:
quando forem as observações es-
necessários obser- critas tiveram que ser
vações ou comple- priorizadas para você;
mentações para o
seu conhecimento;
EXPLICANDO VOCÊ SABIA?
MELHOR: curiosidades e inda-
algo precisa ser gações lúdicas sobre
melhor explicado o tema em estudo, se
ou detalhado; forem necessárias;
SAIBA MAIS: REFLITA:
textos, referências se houver a neces-
bibliográficas e links sidade de chamar a
para aprofundamento atenção sobre algo
do seu conhecimento; a ser refletido ou
discutido sobre;
ACESSE: RESUMINDO:
se for preciso aces- quando for preciso
sar um ou mais sites se fazer um resumo
para fazer download, acumulativo das
assistir vídeos, ler últimas abordagens;
textos, ouvir podcast;
ATIVIDADES: TESTANDO:
quando alguma ativi- quando o desen-
dade de autoaprendi- volvimento de uma
zagem for aplicada; competência for
concluído e questões
forem explicadas;
SUMÁRIO
Mídia Multisessão ............................................................11

Eletricidade Básica ............................................................11

Eletricidade Básica ................................................13

Corrente Alternada ......................................13

Corrente Contínua .......................................14

Diferença entre elétrica e eletrônica ...................................16

Componentes eletrônicos ..................................................17

Resistor ou Resistência ..........................................17

Capacitores ............................................................18

Indutores ................................................................19

Diodos ...................................................................20

LED (Ligth-Emitting Diode – Diodo Emissor de Luz)....21

Planejando um equipamento ..............................................22

Arduino e Raspberry PI .................................................22

Automação ........................................................................22

Automação Comercial ............................................23

Automação Residencial ..........................................24


Raspberry PI .....................................................................25

Arduino .............................................................................27

Montando um projeto rápido no Arduino .............................28

Utilizando o Arduino .........................................................28

Utilizando o Fritzing .........................................................34

Conexão de Equipamentos .............................................35

Conexão por Bluetooth ......................................................35

Conexão na Rede local ......................................................36

Conexão na Internet ..........................................................39

DNS .......................................................................40

Usufruindo da Internet ...........................................41

Vantagens e desvantagens de se conectar um


equipamento à Internet ..................................................43

Ascensão ...........................................................................43

Apogeu .............................................................................45

Melhoria Contínua ............................................................47

Segurança .........................................................................49
8 Internet das coisas

03
UNIDADE

ELETRÔNICA E A CONECTIVIDADE
Internet das coisas 9

INTRODUÇÃO
Nesta unidade da nossa disciplina de IoT (Internet Of Things –
Internet das Coisas), vamos ver a diferença entre Elétrica e Eletrônica,
conceitos básicos de eletricidade, os principais componentes
eletrônicos, como transformar uma ideia em um projeto e onde adquirir
os devidos equipamentos para transformar o projeto em algo real.
Conhecerá também a diferença entre Raspberry PI e Arduinos, pois
são considerados minicomputadores e podem ajudar com automação
de nossos equipamentos. Além de tudo isso veremos também os
equipamentos e componentes necessários para conectar nosso projeto
à Internet (criando agora sim um equipamento da IoT). Se não fosse
o bastante tudo isso, passaremos para vocês também os motivos e
vantagens de se conectar estes projetos à Internet. Esperamos que goste
desta jornada de conhecimento dessa unidade que está começando
agora. Venha conosco.
10 Internet das coisas

OBJETIVOS
Olá. Seja muito bem vindo a nossa Unidade 3, e o nosso objetivo
é auxiliar você no desenvolvimento das seguintes competências
profissionais até o término desta etapa de estudos:
1. Conceituar Elétrica e Eletrônica;.
2. Conhecer as características e utilização de Raspberry PI e
Arduinos;
3. Saber como conectar os projetos e protótipos à Internet;
4. Conhecer os motivos e vantagens de se conectar um
equipamento à Internet

A nova fase deste divertidíssimo jogo dos áudios já está iniciando,


está pronto? Mãos à obra e vamos ao conhecimento! Sempre peçam
ajuda do seu professor quando estiverem com dúvidas. Contem Comigo.
Internet das coisas 11

Mídia Multisessão
Objetivo: O objetivo deste capítulo é apresentar para você
os conceitos básicos de eletricidade e a importância dela para os
equipamentos eletrônicos, além disso também apresentar a diferença
entre elétrica e eletrônica e seus componentes. Com tudo este
conhecimento será possível começar a pensar em um projeto de
equipamento.

Eletricidade Básica
Sempre que falamos de equipamentos, principalmente os
eletrônicos, temos que pensar de que forma ele será ligado. Prontamente
nos vem duas formas de ligarmos: ou colocando eles na tomada ou
carregando suas baterias.
Mas mesmo no caso das baterias, é necessário ligarmos elas nas
tomadas elétricas para que sejam carregadas e só então colocadas nos
respectivos aparelhos e os mesmos ligados.
Figura 1 - Lâmpada elétrica

Fonte: https://bityli.com/uTJsu (Acesso em 18/05/2020)


12 Internet das coisas

O problema maior de ligar os equipamentos eletrônicos nas


tomadas é que eles possuem polos positivos e neutros, e se não for
respeitado esta posição, podem ser queimados.
Para isso vamos ver como são as tomadas brasileiras, observe a
Figura abaixo:

Figura 2-Tomadas Elétricas

Fonte: Autores (2020)

Analisando essas imagens de tomadas podemos ver que tem


dois tipos de tomadas, as monofásicas e as bifásicas.
A diferença entre essas tomadas é que a monofásica é apenas
para tensões de 127V (volts) e para utilização de potência máxima de
8000W (watts), já as tomadas bifásicas são para redes de tensões de
127 a 220V e podem ser utilizados para potências máximas de 12000W e
25000W respectivamente.
Internet das coisas 13

Ainda com respeito à imagem das tomadas, tem que ser levado
em conta a posição do FASE e do NEUTRO, pois, como já falado
anteriormente, os equipamentos eletrônicos podem ser sensíveis à
troca de fase pelo neutro e, na melhor das hipóteses não funcionar
ou funcionar invertidos ou na pior das hipóteses haver a queima do
equipamento.
Passada esta informação vamos ver um pouco sobre a eletricidade
básica.

Eletricidade Básica
Segundo Sala da Elétrica (2020), “A eletricidade básica baseia-
se nos estudos de cargas elétricas originadas de duas maneiras,
Eletrostática e Eletrodinâmica.”
Na eletricidade estática, que é extremamente importante como
veremos logo mais adiante, é a geração de energia elétrica por atrito, ou
por passagem de íons de um corpo mais carregado para outro menos
carregado.
Ainda de acordo com Sala da Elétrica (2020), A eletricidade
dinâmica é a energia elétrica gerada pela movimentação de elétrons
em uma pilha.
Existem duas formas de transmissão das energias elétricas, são
elas: corrente alternada (AC) e corrente contínua (DC). E por causa destas
siglas é que surgiu a famosa banda de rock ACDC.

Corrente Alternada
A corrente alternada foi criada por Nickolas Tesla, que na época
era assistente de Thomas Edison (criador da Corrente Contínua – que
falaremos mais adiante).
Nickolas Tesla criou uma forma de transmissão de energia que
conseguia alcançar enormes distâncias com poucos geradores no
percurso, além disso não havia tantas perdas de energia ao longo do
percurso.
14 Internet das coisas

Figura 3- Nickolas Tesla

Fonte: https://bityli.com/SCZzq (Acesso em 18/05/2020)

A corrente alternada é o padrão utilizado em todas as tomadas


do mundo.

Corrente Contínua
Thomas Edison, famoso por ter criado a lâmpada e a energia
elétrica, utilizava como forma de transmissão de sua energia a corrente
contínua (DC) pois era mais segura. Após Tesla ter publicado a sua forma
de transmissão de energia (AC), Edson passou a ser completamente
contra, inclusive tendo matado elefantes com corrente alternada para
mostrar os perigos de tal modo de transmissão.
Para que a corrente contínua pudesse ser transmitida a longas
distâncias, seria necessário que tivessem múltiplas estações geradoras
de energia ao longo do percurso. Dessa forma, encarecendo o processo
de transmissão.
Mas este tipo de transmissão não foi abandonado, pelo contrário.
A corrente contínua é amplamente utilizada, inclusive nos dias atuais,
nos equipamentos eletrônicos.
Internet das coisas 15

Figura 4- Thomas Edison

Fonte: https://bityli.com/ghOnb (Acesso em 18/05/2020)

REFLITA
Mas se nas tomadas que temos em nossas residências vem
corrente alternada, como utilizamos corrente contínua nos
equipamentos eletrônicos?

Você sabe aquele carregador de celular? A “caixinha” que liga na


tomada para carregar o notebook ou outros equipamentos?
Estas “caixinhas” e até mesmo em alguns equipamentos, mesmo
sem ter estas caixinhas externamente (estando presentes dentro de
alguns equipamentos), trazem dentro delas um transformador que faz
com que a corrente alternada da tomada seja transformada em corrente
contínua para uso dos equipamentos.
16 Internet das coisas

Diferença entre elétrica e eletrônica


Veja a citação abaixo de Carlos (2020, s.p.):
Os componentes elétricos definem-se por serem dispositivos
onde circula a corrente elétrica sem ser no vácuo ou em
material semicondutor, os componentes eletrônicos, por outro
lado, transmitem a corrente elétrico no vácuo ou em material
semicondutor. Algumas definições incluem os componentes
elétricos como uma subdivisão dos componentes eletrônicos.
Vou traduzir um pouco para você o que Carlos (2020, s.p.) expôs
ao diferenciar componentes eletrônicos de elétricos.
Os componentes elétricos são peças onde a corrente elétrica
circula através de cabos ou materiais condutores, metálicos.

Figura 5 - Componentes elétricos

Fonte: https://bityli.com/2N2Kz. (Acesso em 18/05/2020)

Já os componentes eletrônicos são equipamentos que transmitem


ou recebem a corrente elétrica através de materiais semicondutores ou
então através de vácuo.
Dois exemplos destes tipos de materiais são o Silício e o
Germânio. O silício é amplamente utilizado em equipamentos e também
Internet das coisas 17

deu o nome de um local nos Estados Unidos da América (EUA) – Vale


do Silício, por ser um local onde várias empresas da área de eletrônica e
informática se instalaram ou iniciaram seus serviços.

Figura 6 - Componentes eletrônicos

Fonte: https://bityli.com/MJvLF. (Acesso em 18/05/2020)

Componentes eletrônicos
Vou apresentar para vocês agora os principais componentes
eletrônicos, e com eles você pode facilmente começar a criar seus
projetos e brincadeiras.

Resistor ou Resistência
Como o nome já indica, serve para criar uma resistência à corrente
elétrica, para fazer com que diminua a intensidade que a corrente chega
ao local onde deve chegar.
Para ficar mais claro, imagine se colocarmos um LED (aquelas
“mini lâmpadas”) ligados diretamente à tomada ou então à uma bateria
de carro? Certamente queimaríamos ele. Para evitar isso colocamos
18 Internet das coisas

uma resistência antes do LED para diminuir a intensidade que a corrente


chegará até ele.

IMPORTANTE
A resistência ou resistor serve para diminuir a intensidade da
corrente elétrica, mas não a tensão que a corrente chegará
no equipamento.

Figura 7 - Resistores

Fonte: https://bityli.com/3vLix. (Acesso em 18/05/2020)

Os resistores possuem cores em seu corpo que simbolizam o


quanto de resistência que farão à corrente elétrica.

Capacitores
Os capacitores tem como função armazenar cargas elétricas em
um campo elétrico e quando necessário descarregar esta energia de
uma única vez.
Internet das coisas 19

Figura 8 - Capacitores

Fonte: https://bityli.com/Zc56v. (Acesso em 18/05/2020)

A medida dos capacitores é dada em FARD (podendo ser


microfarad (µF), nanofard(nF) ou picofarad(pF))

Indutores
Os indutores são peças eletrônicas capazes de armazenar energia
na forma de campo magnético. Sempre são feitos com fios de cobre
fazendo voltas sobre algum material de ferrite.
A medida dos indutores é dada por HENRYS (H).
20 Internet das coisas

Figura 9 - Indutores

Fonte: Adaptada de Athos Electronics (2020)

Diodos
Os diodos são utilizados em circuitos para determinar o sentido
da corrente elétrica, ou seja, se colocarmos os polos invertidos, para não
queimar o equipamento todo, queimaria somente o diodo (é óbvio que
isso depende da intensidade da corrente elétrica que o diodo receber).

Figura 10 - Diodos

Fonte: Adaptada de Athos Electronics (2020)


Internet das coisas 21

Os diodos são componentes com tamanhos que variam de alguns


milímetros a vários centímetros.

LED (Ligth-Emitting Diode – Diodo Emissor de Luz)


É o componente mais comum utilizado para iluminação nos
dias atuais. Amplamente utilizado em lanternas, lâmpadas caseiras,
iluminação automotiva e outras tantas iluminações. Consome muito
menos energia que uma lâmpada fluorescente.

Figura 11 - LED

Fonte: Autores (2020)

Estes são os principais componentes eletrônicos que encontramos


no mercado e os que você certamente usará em praticamente todos
os seus projetos, mas existem inúmeros outros componentes e para as
mais variadas funções possíveis.
22 Internet das coisas

Planejando um equipamento
Para planejar um equipamento, antes de sairmos comprando
as peças, é necessário que saibamos o que queremos fazer, para só
então pesquisar que tipo de componente utilizaremos. Logo um bom
projeto inicia sempre no papel, seguindo de protótipos e para só então
ser colocado em prática mesmo.

RESUMINDO
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu
mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de
que você realmente entendeu o tema de estudo deste
capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve
ter aprendido que existem diferenças entre os tipos de
correntes elétricas e que a que recebemos em nossas
tomadas são as correntes alternadas e as “caixinhas” dos
nossos equipamentos transformam essa corrente em
contínua. Aprendemos quais os principais componentes
eletrônicos e para que servem cada um deles. Bom, agora
que revisamos partiremos para o nosso próximo capítulo,
continue junto e pode contar sempre conosco, afinal recém
acabamos a primeira parte deste e-book.

Arduino e Raspberry PI
Objetivo: O objetivo deste capítulo é orientar você a como
trabalhar com sistemas de automações de equipamentos e componentes
eletrônicos, para isso vou mostrar para vocês a diferença entre o Arduino
e o Raspberry PI, apresentando que os dois não são concorrentes, mas
parceiros em uma criação de automação.

Automação
Segundo Ferreira (2010, p. 80), automação é: “Sistema automático
pelo qual os mecanismos controlam seu próprio funcionamento, quase
sem a interferência do homem”.
Internet das coisas 23

Falando em outras palavras, automação é colocar um equipamento


em algum lugar, que realize tarefas sozinho, sem a necessidade, ou com
pouca interação, do ser humano.
Quando abordamos o assunto de automação, a maioria das
pessoas logo pensa em equipamentos industriais, hospitalares ou
computadores. Mas vamos muito mais além.
Podemos ver sistemas automatizados em nossas próprias
casas. Um exemplo bem básico é o micro-ondas, que ao colocarmos
um alimento nele e dissermos que queremos que apenas descongele
ou então que esse algo, ele saberá a potência de energia que deverá
aplicar a este alimento e parará após determinado tempo para que seja
apenas descongelado ou então assado, diferentemente de um forno
à gás, onde nós é que regulamos a intensidade da chama (se ficar
muito alta corremos o risco de queimar logo, ou se ficar muito baixa irá
demorar mais para o cozimento) e se o alimento colocado no forno ficar
além de um tempo ideal, este não se auto desligará, ou seja continuará
queimando.
Claro que é um exemplo simples e vamos ver mais coisas daqui
para frente.

Automação Comercial
Claro que quando falamos de automação comercial, podemos ver
muitas coisas em práticas, como por exemplo abertura e fechamentos
de portões, controle de localização por GPS e liberação do conteúdo de
determinado caminhão somente quando chegar ao destino, sistemas de
almoxarifados automatizados, onde não precisa mais um ser humano
buscar determinado item, ficando a cargo de robôs esta tarefa e para
finalizar o que quero expor, mas não a totalidade do que pode ser
automatizado, temos as cirurgias hospitalares.

REFLITA
Mas certamente você me perguntará: mas para uma
cirurgia à distância vai ter um médico do outro lado (em
qualquer parte do mundo) manuseando equipamentos, o
que faz com que isso seja automação?
24 Internet das coisas

Sim, o médico que estará em qualquer lugar do mundo deverá


manusear equipamentos virtuais para que robôs façam o trabalho dele,
mas não é esse tipo de cirurgia que estou comentando com você.
Imagine o cenário: você entra em um hospital com muita dor
abdominal, vai até uma sala onde uma máquina faz um escaneamento do
seu corpo e identifica que está com o apêndice em fase inflamatória. Os
médicos estão todos ocupados e necessita de uma cirurgia emergencial.
Você aceitaria esperar algum médico desocupar ou aceitaria que um
robô já realizasse sua cirurgia? (lembre-se que foi uma máquina que lhe
deu um diagnóstico)
Esta cena pode parecer coisa dos “Jetsons” ou de algum filme
de ficção científica, mas já é realidade. Já temos em nossa atualidade
robôs fazendo este tipo de atendimento e cirurgias de modo autônomo
e com uma precisão muito maior que os humanos, gerando assim uma
recuperação muito mais rápida.
Pense agora se já existe tudo isso para a indústria e comércio,
será que não tem automação para ambientes residenciais?

Automação Residencial
Certamente já ouviu falar de casas inteligentes, onde fazem tarefas
mesmo sem você estar presente (sendo autônomas). Já viram em muitos
filmes pessoas acordando com as cortinas abrindo sozinhas, o café
sendo passado antes mesmo de você levantar, para que quando você
estiver pronto possa bebê-lo quentinho, ou ainda, voltando do trabalho
em pleno inverno e dando um comando pelo celular para deixar a casa
em uma temperatura bem agradável, não tendo que esperar chegar em
casa para ligar aquecedor ou ar condicionado.
Internet das coisas 25

Figura 12 - Casa Inteligente ou Smart House

Fonte: https://bityli.com/lTwdB. (Acesso em 18/05/2020)

Saiba que essas casas já existem e não é um produto de


milionários, podendo algumas das coisas serem realizadas diretamente
por vocês através de placas simples como Raspberry PI ou até mesmo
um Arduíno.
A seguir vamos conhecer as características de cada uma dessas
placas, e onde podem ser encontradas, além de seu preço médio.

Raspberry PI
O Raspberry PI é um computador minúsculo, como pode ser visto
na imagem abaixo, criado com o intuito da promoção e ensino de ciência
da computação básica para jovens em escolas e universidades de toda
a Europa. Foi criado pela Fundação Rapberry PI no Reino Unido.
26 Internet das coisas

Figura 13 - Raspberry PI

Fonte: https://bityli.com/MlOOU (Acesso em 18/05/2020)

De acordo com o site do Olhar Digital, a fundação foi criada em


2006, por um grupo de cientistas da Universidade de Cambridge, quando
trabalhavam em um microcomputador com processador baseado no
ATMEL ATmega644, que serviria de base para o Raspberry Pi.
Este micro (no sentido literal da palavra, pois as medidas dele
são de 85mm x 56mm) computador vai trabalhar como qualquer outro
computador, com a diferença que pode ficar escondido, ligado em
tempo integral (gerenciando outros equipamentos da casa – como um
Arduino por exemplo) e ele estando conectado à Internet.
O Raspberry Pi pode ser adquirido com valores à partir de
US$ 35,00 (35 dólares) e chegar até US$ 150,00 (150 dólares). Tudo
dependerá da configuração que escolher e onde será adquirido, uma
vez que a própria Raspberry Pi não importa para o Brasil diretamente.
Internet das coisas 27

Arduino
Arduino é uma placa de 53mm por 68mm e sua ideia de ser algo,
uma vez programada, executar tarefas de modo autônomo, sozinho.
Essa ideia partiu de Massimo Benzi, David Cuartielles, Tom Igoe,
Gianluca Martino e David Mellis.
O Professor Benzi, de uma escola de design italiana queria uma
maneira fácil e barata que seus alunos pudessem criar dispositivos
eletrônicos e reagissem fisicamente conforme fossem provocados. Dessa
forma, nasce o Arduino, uma placa montada com um microprocessador
ATMEL, circuitos de E/S (Entrada e Saída) e que pudesse ser facilmente
conectada à qualquer computador e programada via Ambiente de
Desenvolvimento Integrado (IDE) através de linguagem baseada em C ou
C++ (linguagens essas consideradas fáceis no mundo da programação).

Figura 14 - Arduino UNO

Fonte: Autores (2020)


28 Internet das coisas

O Arduino é uma placa de hardware livre, ou seja, qualquer um


pode fazer o seu próprio tipo de “Arduino” como alguns que já existem no
mercado (por exemplo o Tcheduino - desenvolvido por profissionais de TI
e radioamadores do Rio Grande do Sul, Claudio Chicon e Marcelo Rocha).
Os arduinos podem ser encontrados à venda a partir de $19,00 (19
dólares) e pode chegar à $500,00 (500 dólares), tudo dependerá do tipo
de Arduino e qual os acessórios que quer comprar junto com ele.
Nessas placas é possível colocar sensores, como ultrassom,
termômetros, motores, outras placas controladoras (também chamadas
de Shields) e uma infinidade de periféricos.

Montando um projeto rápido no Arduino


Você aprenderá agora como montar um projeto rápido no Arduino
agora, mas não se preocupe, mostrarei também uma forma de você
treinar como usar o Arduino com um simulador gratuito desta plaquinha
maravilhosa.

Utilizando o Arduino
Para o projeto que faremos será necessário obter um LED
Vermelho, um Amarelo e um Verde, 3 resistores, alguns fios, uma placa
Protoboard para conexão, cabo USB e o software do ARDUINO IDE (que
para quem utiliza o Windows 10 já está na loja da Microsoft, e para quem
utiliza uma versão anterior do Windows é necessário entrar no site do
Arduino para fazer o download deste software).
Você irá ligar os LEDs à Protoboard (na posição que desejarem,
porém, cuidando a perninha pequena e maior dos LED), como na
imagem a seguir.
Internet das coisas 29

Figura 15- Conectando os LEDs na protoboard

Fonte: Autores (2020)

Agora na linha de baixo de onde conectaram os leds, você vai


conectar os resistores (tem que ser no buraquinho que está abaixo da
perninha menor do led), ficando como na imagem abaixo:

Figura 16 - Conectando os resistores na protoboard

Fonte: Autores (2020)


30 Internet das coisas

Como já vimos anteriormente, os resistores não são diodos, logo


não importa como são colocados, notem que eu coloquei um resistor ao
contrário para mostrar isso para você.
Na outra perninha do LED conectarei o fio que ligará no Arduino
(eu utilizei as mesmas cores dos leds para ficar mais fácil identificação).

Figura 17- Conectando os fios jumpers na protoboard

Fonte: Autores (2020)

Agora você vai ligar os fios ao seu Arduino, utilizei as portas 8, 9


e 10 para os leds e a porta GND (terra) para o jumper preto, para ser o
“fio neutro”.
Internet das coisas 31

Figura 18 - Conectando os fios jumpers ao arduino

Fonte: Autores (2020)

Agora falta pouco para acabarmos, conecte seu Arduino ao seu


computador ou à seu Raspberry Pi.
32 Internet das coisas

Após realizado o download e instalação da IDE do Arduino, copie


e cole o código abaixo:

//Projeto Arduino sinal de trânsito


//Por Professor Marcelo Dipp
 void setup() {
  pinMode(8,OUTPUT);     //define o pino 8 como saída
  pinMode(9,OUTPUT);     //define o pino 9 como saída
  pinMode(10,OUTPUT);    //define o pino 10 como saída
}
//Método loop, é executado enquanto o arduino estiver
ligado.
void loop() {
  //Controle do led verde
  digitalWrite(8,HIGH);  //acende o led
  delay(4000);           //espera 4 segundos
  digitalWrite(8,LOW);   //apaga o led
    //Controle do led amarelo
  digitalWrite(9,HIGH);  //acende o led
  delay(2000);           //espera 2 segundos
  digitalWrite(9,LOW);   //apaga o led
   //Controle do led vermelho
  digitalWrite(10,HIGH); //acende o led
  delay(4000);           //espera 4 segundos
  digitalWrite(10,LOW);  //apaga o led
}
Internet das coisas 33

Após colocarem este código na IDE, ficando com a seguinte


imagem:

Figura 19- IDE do Arduino

Fonte: Autores (2020)


34 Internet das coisas

Cliquem no botão de “check” e após cliquem no botão ao lado,


que é para encaminhar o programa para o seu Arduino.
Ao acabar certamente os leds de vocês já trabalharão como se
fossem uma sinaleira.

Utilizando o Fritzing
Você pode fazer exatamente tudo que fizemos acima, porém
virtualmente, sem ter que gastar comprando um Arduino para você.

ACESSE
Acesse o site KiCad EDA e faça o download do app KiCad
para o sistema operacional que você utiliza..

Neste aplicativo você terá tanto o Arduino virtual como qualquer


componente eletrônico.

RESUMINDO
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu
mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de
que você realmente entendeu o tema de estudo deste
capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter
aprendido que automação é a possibilidade de máquinas e
equipamentos trabalharem sozinhas e que as automações
podem ser tanto de níveis industriais e comerciais como
também residenciais. Você viu também a diferença entre o
Raspberry Pi e o Arduino e como pode ser muito divertido
trabalhar com este. Bom, agora que revisamos partiremos
para o nosso próximo capítulo, continue junto e pode contar
sempre conosco, afinal acabamos a metade deste e-book.
Internet das coisas 35

Conexão de Equipamentos
Objetivo: O objetivo deste capítulo é mostrar para você como pode
conectar os equipamentos, seja através de uma conexão PAN (Rede de
Área Pessoal) com Bluetooth, na sua rede local da sua residência ou
então indo um pouco mais além, na Internet, que a partir dela você pode
dar comandos para seus equipamentos trabalharem sozinhos.

Conexão por Bluetooth


Você viu como brincar com um Arduino, e essa é realmente a
melhor forma de aprender a criar coisas para você.
Já imaginou alterar a sua cafeteira para que com um simples
toque na tela do seu celular ela passe o seu café? Ou melhor ainda, que
quando o seu despertador tocar, seja enviado um sinal automaticamente
para seu café começar a ser passado? Ou vamos um pouco mais
além, sua porta reconhecer que é você que está chegando em casa e
automaticamente abrir para você, sem nenhuma chave mais.

REFLITA
Você está correto em parte. Eles realmente não possuem
nativo em suas placas o Bluetooth, mas é possível conectar
a elas um shield (como já comentamos anteriormente, é
uma placa extra) de Bluetooth e dessa forma atribuir a elas
esta nova funcionalidade.

Na Figura abaixo está o shield de Bluetooth para Arduino.

Figura 20 - Shield Bluetooth

Fonte: Autores (2020)


36 Internet das coisas

O melhor de tudo é que você não precisa desenvolver um


aplicativo novo para o seu telefone e nem saber programar aplicativos,
bastando apenas baixar um aplicativo padrão de comunicação via
Bluetooth para gerenciar seu Arduino, veja na imagem abaixo:

Figura 21 - app controlador de Arduino por Bluetooth

Fonte: Autores (2020)

Fácil né? Agora vamos ver como conectar o seu Arduino à sua
rede local.

Conexão na Rede local


Não estamos ainda falando de conectar direto à Internet.
Recomendo sempre que inicie conectando via Bluetooth, para
depois conectar à rede e só então à Internet, e agora é justamente o
segundo ponto, conectar à sua rede local, ao seu roteador.
Além do módulo de Bluetooth, existem ainda os módulos de rede
(tanto o módulo Ethernet, rede cabeada, e o módulo de Wifi, sem fio).
Internet das coisas 37

Figura 22 - Módulo Ethernet

Fonte: Adaptada de Robocore. Disponível em: www.robocore.net. Acesso em 18/05/2020

Figura 23 - Módulo WiFi

Fonte: Autores (2020)

Através da Rede (tanto a cabeada como a sem fio), podemos


38 Internet das coisas

mandar comandos para nossos equipamentos, e agora nossa distância


aumenta de uns 10 metros (que é o alcance do Bluetooth) para até
algumas centenas de metros, dependendo da potência do seu roteador
WiFi que você possui.
Agora fica um pouco mais fácil de criar uma fechadura para sua
porta com controle de acesso via rede, ou seja, só é liberado quem está
conectado na sua rede (podendo ter mais de um celular liberando o
acesso).
Agora podemos também controlar lâmpadas que serão acesas
ou desligadas, tudo ao toque do celular. Abaixo temos os programas
que controlam o Arduino, tanto via rede ethernet como Wifi.

Figura 24- App de controle do Arduino via WiFi

Fonte: Autores (2020)


Internet das coisas 39

Figura 25- App de controle do Arduino via Ethernet

Fonte: Autores (2020)

Todos estes softwares de controle de Arduino que estou


mostrando para vocês é voltado para ambiente Android, mas existem
também app similares para o ambiente de IOS, da Apple Co.

Conexão na Internet
Bom, se você já aprendeu a conectar seu Arduino na sua rede
local, seja de modo cabeado ou através do WiFi (sem fio), está quase
pronto para dar o próximo passo.
Vamos ver como conectar seu Arduino à Internet, para que aí
sim, você estando distante possa ligar sua cafeteira, acender luzes sem
estar em casa, ou mesmo atender à sua campainha, tudo isso pelo seu
smartphone e pela Internet.
Apesar da ideia ser simples, tem algumas coisas que nos colocam
impasses, uma delas é como acessarei o meu equipamento de fora da
minha casa? Vamos lembrar que para fazer um acesso remoto à algum
computador é necessário que os dois equipamentos tenham um mesmo
programa e os dois conectados à Internet.
40 Internet das coisas

Mas o que faz destes programas algo diferente? É que eles criam
uma espécie de rede virtual, onde os computadores “pensam” que estão
na mesma rede, mesmo estando a quilômetros de distância um do outro.
Para o Arduino teremos que fazê-lo “pensar” também que está
na mesma rede que nós. E para isso temos que entender o que é DNS.

DNS
DNS (Domain Name System), é um Sistema que gerencia nomes
de domínio.
Domínio, de acordo com (FERREIRA, 2010), é uma grande extensão
de terras pertencentes à alguém. Na Internet não é tão diferente o
significado. Significa que determinada rede pertence à alguém.
Outro exemplo do uso da palavra domínio é quando algo pertence
à alguém, como no caso da imagem a seguir que mostra alguém de
posse de uma bola, provavelmente em um jogo de futebol.

Figura 26- Domínio

Fonte: https://bityli.com/eXmuF. (Acesso em 18/05/2020)


Internet das coisas 41

Para você ter um DNS e um Domínio próprio, é necessário que


tenha IP (endereço de internet) fixo e válido por parte do seu provedor
de Internet (melhor ainda se for um IP versão 6).

SAIBA MAIS
IP é um endereço de Internet e está atualmente na versão
6. Alguns provedores de internet não colocam um IP fixo
para cada cliente, fazendo com que vários clientes utilizem
um mesmo IP.

Além do seu endereço IP fixo, é necessário registrar um domínio


através do site REGISTRO.BR. O valor da anuidade é de R$ 40,00 para
você ter um endereço do jeito como deseja (por exemplo: nome.com.br).
Por último é necessário conFigurar um servidor DNS em sua
casa (aí entra um possível Raspberry PI) em um computador que
fique constantemente ligado e conectado à internet, pois será ele que
reconhecerá o seu acesso e passará o comando para o seu Arduino.
Neste ponto, certamente é necessário um nível de conhecimento
de redes de computador avançado.
Existem outras formas também, um pouco mais complicadas
para se conectar seu Arduino à internet, mesmo sem ter os módulos de
WiFi ou Ethernet, utilizando apenas à USB, mas para isso é necessário
que o computador esteja perto do Arduino e constantemente ligado
(novamente o Raspberrry Pi é uma alternativa, por seu tamanho pequeno,
um pouco maior que o próprio Arduino, e ambos podendo ser colocados
em uma caixinha fechada e discreta).

Usufruindo da Internet
Agora uma vez que seu Arduino está conectado na Internet, você
pode fazer as automações que desejar, colocando lâmpadas para serem
acesas quando clicar em um botão, bloqueando portas e portões sem
nem sair da cama, e para os que gostam apenas de colocar coisas mais
“legais” na sua casa, podem ainda fazer com que a cortina se abra ou
feche com o toque na tela do celular e também à distância.
42 Internet das coisas

[[Figura 27 - SmartHouse (Casa Inteligente)

Fonte: https://bityli.com/1js42 (Acesso em 18/05/2020)

Claro que dependendo da versão do seu Arduino poderá colocar


mais ou menos automação.
O Arduino UNO, que é um Arduino de “entrada” para o aprendizado,
é possível colocar até 13 controles nele, para automatizarmos mais
coisas ou equipamentos mais robustos, é necessário outro modelo,
como o Arduino Mega ou o Arduino Nano.

RESUMINDO
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você
realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo,
vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido
que existem diversas formas de conectar seu Arduino com
seu celular, seja através de bluetooth, criando uma conexão
exclusiva, ou através da rede local, onde mais pessoas
podem ter acesso à sua plaquinha ou ainda através da
Internet onde você pode realmente pedir que algo seja
acionado em sua casa mesmo sem você estar presente.
Bom, agora que revisamos partiremos para o nosso próximo
capítulo, continue junto e pode contar sempre conosco,
afinal falta pouco para acabarmos este e-book, apenas um
capítulo. Não Desista agora.
Internet das coisas 43

Vantagens e desvantagens de se conectar


um equipamento à Internet
Objetivo: o objetivo deste capítulo é abordar as vantagens e
desvantagens de se conectar um equipamento novo à Internet. Pois,
por mais que pareça muito interessante algo conectado à internet e que
possamos coordenar remotamente, certamente tem suas desvantagens

Ascensão
Gosto de pensar que a Internet das coisas é algo como “Ascensão,
Apogeu” porém a parte da queda pode ou não vir, depende única e
exclusivamente de quem a utiliza.
Mas agora vou falar para você sobre a ascensão.

Figura 28 - Enchendo o balão

Fonte: https://bityli.com/YOeY1. (Acesso em 18/05/2020)

No início pode parecer que IoT é algo longe, mas muito bonito,
como os balões da imagem acima.
Ao nos aproximarmos as coisas vão ficando mais encantadoras e
chamando ainda mais a nossa atenção. Temos ciência de que para criar
44 Internet das coisas

um balão é um processo muito trabalhoso, assim como para criar um


equipamento conectado à Internet e fazendo com que fique pelo menos
semiautônomo.
Quando inflamos nosso balão das ideias, as coisas ficam ainda
mais belas e vão criando sua forma e vamos nos contagiando com
aquela alegria de que tudo está funcionando, mais ou menos como a
imagem a seguir:

Figura 29- Início da subida

Fonte: https://bityli.com/l4Bwj. (Acesso em 18/05/2020)

É este o momento mais crítico, pois podemos nos auto sabotar


com ideias erradas, esquecer de conectar algum “fiozinho” e por isso
temos que manter nosso foco, e estar sempre buscando maiores
conhecimento de alternativas, para possíveis erros que possam vir a
ocorrer.
Antes de lançarmos nosso produto na internet, é necessário que
façamos inúmeros testes, tanto localmente como na nossa rede mesmo.
Quando comentares de seu projeto com alguém, algumas
pessoas vão desvalorizar você, desencorajando, vão dizer que é mais
fácil comprar o produto pronto, mesmo que custe 10, 20 ou 100 vezes
Internet das coisas 45

mais, outras vão querer copiar seu projeto e talvez levar créditos do que
você tenha realizado, mas tem uma pessoa que não pode se deixar levar
pelos outros, é você. Certamente terá pessoas lhe apoiando.
Neste momento do seu projeto, ainda não existem vantagens,
nem desvantagens, apenas algo que está sendo criado e tomando seu
corpo e começando a iniciar seus serviços.
Agora é que entra a próxima etapa.

Apogeu
Passamos pela ascensão e agora estamos atingindo nosso
apogeu, onde nosso projeto já saiu do papel, já tomou forma, e está
funcionando, como na imagem abaixo:

Figura 30 - A beleza

Fonte: https://bityli.com/4B5sa. (Acesso em 18/05/2020)

Já passeou de balão? Até chegar no topo é um frio, um medo,


mas quando se chega lá em cima, a vista é maravilhosa. Como tem que
ser seu projeto.
46 Internet das coisas

Fazer algo que todos querem ter, todos querem usar, mas você
é que fez. Agora entra uma etapa extremamente importante do seu
projeto de TI:
•• Ter em mãos aqueles possíveis erros que você previu que
poderão acontecer;
•• Saber o rumo que está tomando o seu equipamento;
•• Saber quem é que está usufruindo dos serviços dele;
•• Saber como está o seu equipamento.
Vamos agora analisar ponto a ponto do que foi exposto.
Quando temos os possíveis erros que podem acontecer com o
nosso projeto, podemos prever quando ocorrerá e como resolvê-los.
Vamos imaginar uma situação mais prática: Você criou uma
fechadura eletrônica baseada em conexão por Bluetooth, tudo
funcionando e até tirou a opção de chave convencional da sua porta.
Você previu que um dia pudesse faltar luz? E se faltar? Vai ficar do lado
de fora da sua casa ou terá como entrar?
Isso é saber se antever aos problemas.
Saber o rumo que seu projeto está tomando é saber como andar
com ele. Como fazer as devidas manutenções como fazer novos testes.
Em uma outra situação. Seu projeto está fazendo sucesso
inclusive com seus vizinhos que querem a mesma fechadura. Você está
preparado para entrar neste novo projeto? Será que não é melhor ficar
um pouco mais em sua rota sozinho para experimentar seu equipamento
um pouco mais?
Esta seção do capítulo é sem dúvida a sessão dos questionamentos,
pois só assim podemos manter tudo funcionando.
O que nos leva a outra questão, quem está utilizando meu
produto? Certamente se você implementou uma fechadura eletrônica,
mais pessoas de sua casa à utilizarão? E vão saber utilizar tudo quando
der algum problema vão recorrer a você ou vão tentar consertar eles
mesmos? A centralização é a alma do funcionamento.
Internet das coisas 47

Responda à pergunta a seguir:

REFLITA
Porque motivo as empresas tiram a garantia de seus
produtos se levarmos para consertar em alguém que não
está autorizado?

Por último é necessário saber como está o nosso equipamento.


Fazer uma avaliação constante. Não podemos esquecer que até o
momento é um protótipo, não é um produto comercializável ainda.
Visualizem a seguinte situação-problema: você mora na praia, o
seu maior inimigo é a maresia. A maioria das pessoas que moram no
litoral não checam seus computadores e nem fazem uma limpeza neles
com frequência, gerando muita ferrugem, tanto no gabinete como nas
placas. Por este motivo é que você tem que avaliar constantemente seu
projeto e ver como está. Se as conexões estão firmes, se as soldas estão
boas ainda, se as baterias que colocou no seu projeto para em caso de
falta de luz estão boas também.
Tudo que falamos até agora vai fazer com que se mantenha em
seu “voo” pleno.
Mas complete a frase e siga para a próxima parte do nosso
capítulo: “Ascenção, Apogeu e ____!”

Melhoria Contínua
Se você respondeu queda, não vou dizer que está errado, pois
muitos que iniciam nesta jornada de criar um produto de Internet Of the
Things (Internet das Coisas), ou desistem deles ou para em no ponto
onde estão no auge.
Quantos produtos já foram lançados no mercado, tiveram
uma venda maravilhosa, mas por falta de atualizações, melhorias e
adaptações, perderam seu espaço para outros concorrentes? É o que
esperamos que não aconteça com você.
Já ouviu falar do PDCA, muito conhecido no mundo da
administração?
48 Internet das coisas

Veja a Figura abaixo.


Figura 31- PDCA

Fonte: Autores (2020)

1. Plan – Planejar: O planejamento é a primeira das tarefas, é nele


que verá se seu orçamento não vai estourar, se tudo que pensou
pode ser colocado em prática e de que forma será executado.
2. Do – Fazer: A execução do planejamento, este é o momento
de executar testes, fazer as análises das falhas e exaltar o que
deu certo.
3. Check – Checar: é o momento de checar os resultados,
entender o que deu errado e corrigir, verificar o que deu certo
e tentar melhorar um pouco mais.
4. Act – Agir: Este é o momento de implementação final do seu
projeto. Mas se fosse só isso não mostraria uma Figura circular,
ou seja, agora você tem que voltar para o planejamento do
seu projeto original para melhorá-lo. Nenhum produto que
permanece igual por muito tempo se mantém no mercado.
Internet das coisas 49

Então prefiro dizer que a sentença que completa melhor aquela


frase é: “Ascensão – Apogeu – Melhoria Continuada e mais apogeu”.

Segurança
Um detalhe muito importante que poucos se dão por conta, ou
realmente não o levam tão a sério é a questão de segurança.

Figura 32- Segurança Digital

Fonte: https://bityli.com/9Eb7R. (Acesso em 18/05/2020)

Quando vocês forem conectar seus equipamentos à Internet é


necessário que busquem informações sobre o quanto podem estar
deixando sua própria rede vulnerável, ou ainda não ter ideia de que
quanto vulnerável está o seu roteador.
Façamos agora um último exercício mental de visualização:
você conecta seu novo dispositivo na internet (digamos que seja a sua
tradicional fechadura de porta eletrônica), porém não verificou se o seu
roteador está seguro. Ao entrar nas conFigurações dele verifica que além
de você e sua família, estão conectados mais 30 outros equipamentos,
pessoas estas que você nem sabe quem são ou quão próximas estão.
Será que não tem nenhuma que pode “utilizar” do seu sistema para abrir
sua porta?
50 Internet das coisas

Por este motivo que a senha do seu WiFi tem que ser muito bem
pensada, as configurações de portas que estão liberadas para uso no
roteador revistas, criar uma política de segurança com Firewall, e até
mesmo antivírus em seus computadores estarem sempre atualizados.
Mas você pode fazer outra pergunta:

REFLITA
Mas meu gadget (equipamento conectado à internet) não
é uma fechadura, é apenas um equipamento para ligar ou
desligar luzes, tenho ainda que me preocupar?

Respondo à sua pergunta com uma outra, imagino que sua casa
tenha pelo menos duas portas para se chegar até a rua (a porta da casa
mesmo e a porta do portão). Você deixaria a porta da sua casa aberta só
porque a do portão está fechada?
Sei que a resposta será um “CLARO QUE NÃO”. Então por que
motivo tem que ser diferente com a questão da segurança digital?
Então mesmo que não conecte nenhum novo gadget na sua rede
verifique-a e esteja pronto para os novos itens que você comprará (caso
não crie nenhum), pois certamente dentro de poucos anos você terá
muitos novos brinquedos conectados à sua Internet.

RESUMINDO
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você
realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo,
vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido
que trabalhar com Internet das Coisas é maravilhoso e
até um pouco viciante, pois onde criar um que realmente
funcione irá para um próximo e assim por diante, mas
tem que sempre cuidar deles e mantê-los funcionando,
conhecer bem o que eles fazem e o que você fará em
caso de problemas e para terminar nunca descuidar da
segurança da sua rede. Bom, agora que revisamos o último
capítulo, esperamos que tenha gostado de todo o e-book
e aumentado seu conhecimento. Nos vemos em uma
próxima unidade. Até Logo!
Internet das coisas 51

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iniciantes. Disponível em: https://athoselectronics.com/componentes-
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com/blog/o-que-e-arduino/ Acesso em: 10 de maio. 2020.
Internet das coisas 53

Marcelo Dalsochio Dipp


Olá meus alunos! Nesta nova unidade iremos abordar o tema de

Aspectos
muitas Pedagógicos
vezes é esquecido e não lembraremos, mas da
Internet e Nuvem. Entenderemos o propósito da criação da Internet, que
só o Jéssica Laisa Dias da Silva
conheceremos

Educação Infantil
mais a fundo. Está aparecendo também uma possível nova Internet (uma

Internet das
nova rede paralela à Internet que conhecemos), e apresentarei ela a
vocês. Saberão a diferença entre Internet e Nuvem, que por vezes pode

Oliveira
de nuvem, ou
coisas
parecer semelhante, mas são conceitos diferentes. Como abordaremos
temasAnalice Fragoso “Cloud Computing”, irei expor
mais conhecidamente
os tipos que existem na nossa Internet. Como se não fosse bastante
conteúdo, também irei mostrar a vocês como hospedar um serviço
“on-line”. Espero que gostem dessa aventura virtual na qual estamos
embarcando. Contem comigo até o final desta unidade! Bons estudos!

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