Candido Portinari

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Candido Portinari

Filho de imigrantes italianos, Cândido Portinari


nasceu no dia 29 de dezembro de 1903, numa fazenda
nas proximidades de Brodowski, interior de São
Paulo. Com a vocação artística florescendo logo na
infância, Portinari teve uma educação deficiente,
não completando sequer o ensino primário. Aos 14
anos de idade, uma trupe de pintores e escultores
italianos que atuava na restauração de igrejas passa
pela região de Brodowski e recruta Portinari como
ajudante. Seria o primeiro grande indício do talento
do pintor brasileiro.
Aos 15 anos, já decidido a aprimorar seus dons,
Portinari deixa São Paulo e parte para o Rio de
Janeiro para estudar na Escola Nacional de Belas
Artes. Durante seus estudos na ENBA, Portinari
começa a se destacar e chamar a atenção tanto de
professores quanto da própria imprensa. Tanto que
aos 20 anos já participa de diversas exposições,
ganhando elogios em artigos de vários jornais. Mesmo
com toda essa badalação, começa a despertar no
artista o interesse por um movimento artístico até
então considerado marginal: o modernismo. Um dos
principais prêmios almejados por Portinari era a
medalha de ouro do Salão da ENBA. Nos anos de 1926 e
1927, o pintor conseguiu destaque, mas não venceu.
Anos depois, Portinari chegou a afirmar que suas
telas com elementos modernistas escandalizaram os
juízes do concurso. Em 1928 Portinari
deliberadamente prepara uma tela com elementos
acadêmicos tradicionais e finalmente ganha a medalha
de ouro e uma viagem para a Europa.
Os dois anos que passou vivendo em Paris foram
decisivos no estilo que consagraria Portinari. Lá
ele teve contato com outros artistas como Van Dongen
e Othon Friesz, além de conhecer Maria Martinelli,
uma uruguaia de 19 anos com quem o artista passaria
o resto de sua vida. A distância de Portinari de
suas raízes acabou aproximando o artista do Brasil,
e despertou nele um interesse social muito mais
profundo.
Em 1946 Portinari volta ao Brasil renovado. Muda
completamente a estética de sua obra, valorizando
mais cores e a idéia das pinturas. Ele quebra o
compromisso volumétrico e abandona a
tridimensionalidade de suas obras. Aos poucos o
artista deixa de lado as telas pintadas a óleo e
começa a se dedicar a murais e afrescos. Ganhando
nova notoriedade entre a imprensa, Portinari expõe
três telas no Pavilhão Brasil da Feira Mundial
em Nova Iorque de 1939. Os quadros chamam a atenção
de Alfred Barr, diretor geral do Museu de Arte
Moderna de Nova Iorque (MoMA).
A década de quarenta começa muito bem para
Portinari. Alfred Barr compra a tela "Morro do Rio"
e imediatamente a expõe no MoMA, ao lado de artistas
consagrados mundialmente. O interesse geral pelo
trabalho do artista brasileiro faz Barr preparar uma
exposição individual para Portinari em plena Nova
Iorque. Nessa época Portinari faz dois murais para a
Biblioteca do Congresso em Washington. Ao visitar o
MoMA, Portinari se impressiona com uma obra que
mudaria seu estilo novamente: "Guernica" de Pablo
Picasso.
Em 1951 uma anistia geral faz com que Portinari
volte ao Brasil. No mesmo ano, a I Bienal de São
Paulo expõe obras de Portinari com destaque em uma
sala particular. Mas a década de 50 seria marcada
por diversos problemas de saúde. Em 1954 Portinari
apresentou uma grave intoxicação
pelo chumbo presente nas tintas que usava.
Desobedecendo a ordens médicas, Portinari continua
pintando e viajando com freqüência para exposições
nos EUA, Europa e Israel.

A morte
Desobedecendo as ordens médicas, Portinari
continuava pintando e viajando com freqüência para
exposições nos EUA, Europa e Israel. No começo de
1962 a prefeitura de Milão convida Portinari para
uma grande exposição com 200 telas. Trabalhando
freneticamente, o envenenamento de Portinari começa
a tomar proporções fatais. No dia 6 de fevereiro do
mesmo ano, Cândido Portinari morre envenenado pelas
tintas que o consagraram.
Seu filho João Candido Portinari hoje cuida dos
direitos autorais das obras de Portinari.

Obras:

 Os Milagres de Nossa Senhor


 Via Sacra (composta de 14 quadros)
 Jesus e os Apóstolos
 A Sagrada Família
 Fuga para o Egito
 Transfiguração
 O Batismo
 Martírio de São Sebastião

Outras pinturas conhecidas de Portinari


são :
 Meio Ambiente
 Colhedores de Café
 Mestiço
 O Lavrador de Café
 O Sapateiro de Brodowski
 Menino com Pião
 Lavadeiras
 Grupos de Meninas Brincando
 Menino com Carneiro
 Cena Rural
 A Primeira Missa no Brasil
 São Francisco de Assis
 Tiradentes
 Ceia
 Os Retirantes
 Futebol
 O Sofrimento de Laio
 Criança Morta
 Pipa

Característica da obra
Em suas obras, o pintor conseguiu retratar questões
sociais sem desagradar ao governo e aproximou-se da
arte moderna européia sem perder a admiração do
grande público. Suas pinturas se aproximam do
cubismo, surrealismo e dos pintores muralistas
mexicanos, sem, contudo, se distanciar totalmente da
arte figurativa e das tradições da pintura. O
resultado é uma arte de características modernas.

Conclusão
Percebemos que Cândido Portinari foi um artista
especial. Ele retratou em sua pintura situações do
cotidiano. Para ele a sua pintura era a melhor forma
de divulgação de idéias, ainda que por vezes isso
pudesse lhe trazer problemas. Ele também viajou por
vários países, divulgando a arte brasileira. Seus
temas eram mesmo polêmicos, pois retratava o
problema da seca no sertão, demonstrando o descaso
das autoridades para com este problema que persiste
até hoje. Também retratou o problema dos negros,
querendo com isso alertar a sociedade haja vista que
em sua época o preconceito era muito maior.
Candido Portinari

Aluno:Raphael Prata de Souza


Data:09/05/11
2°ano /ensino Médio
professora:Lívia Cristina

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