Alexandre Sales Vasconcelos - Tese (Ppgea) 2020
Alexandre Sales Vasconcelos - Tese (Ppgea) 2020
Alexandre Sales Vasconcelos - Tese (Ppgea) 2020
Campina Grande, PB
Dezembro de 2020
PLATAFORMA IoT PARA RASTREAMENTO E MONITORAMENTO
PARA BOVINOS A PASTO
Orientador:
Prof. Dr. José Wallace Barbosa do Nascimento
Campina Grande, PB
Dezembro de 2020
ALEXANDRE SALES VASCONCELOS
BANCA EXAMINADORA
___________________________________________________
Prof. Dr. José Wallace Barbosa do Nascimento – UFCG
Orientador
___________________________________________________
Prof. Dr. José Pinheiro Lopes Neto – UFCG
Examinador Interne
___________________________________________________
Prof. Dr. Dermeval Araújo Furtado – UFCG
Examinador Interno
___________________________________________________
Prof. Dr. Marcos Ricardo Alcântara Morais – UFCG
Examinador Externo
___________________________________________________
Prof. Dr. Tadayuki Yanagi Junior – UFLA
Examinador Externo
DEDICATÓRIA
A Deus, por ter me dado força e discernimento para que esse dia pude
chegar.
Aos meus pais, Joval da Costa Vasconcelos e Maria Teresa Sales
Vasconcelos (in memoriam) por todos seus esforços e dedicação para que eu
pudesse ter a oportunidade de uma boa educação.
A minha filha Amanda Gabriela e esposa Andréa pela paciência e
compreensão dos momentos que estive ausente.
Aos meus irmãos Antônio Carlos, Carlos Alberto, Luiz Gonzaga, Jomar e
João Batista, que contribuíram de forma direta e indireta em toda minha formação.
A Universidade Federal de Campina Grande – UFCG, por meio do
Programa de Pós-graduação em Engenharia agrícola, área de Construções Rurais e
Ambiência, por possibilitar a realização da presente tese.
Ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – IFPB,
Campus Campina Grande por incentivar e consentir a minha liberação para a
realização desse trabalho.
Ao meu Orientador professor. Dr. José Wallace Barbosa do Nascimento,
pela oportunidade, confiança, apoio e as orientações passadas ao longo da
elaboração deste trabalho. Minha gratidão e admiração.
Ao Professor. Dr. José Pinheiro Lopes Neto que desde o início participou
do desenvolvimento do trabalho dando valiosas contribuições e sugestões.
Ao Professor. Dr. Demerval Araújo Furtado pela ajuda e apoio nestes
momentos finais com sugestões e seus conhecimentos disponibilizados.
Aos servidores do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal da
Paraíba Campus II, Carlos Augusto de Almeida Targino Alcoforado e Evaldo de
Almeida Cardoso, que deram suporte durante a execução dos testes deste trabalho.
Aos colegas do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola, que
sempre me apoiaram com seus conhecimentos para vencer as dificuldades
encontradas durante a elaboração deste trabalho.
Aos colegas professores da área de informática do IFPB, em especial, ao
Professor. Dr. Anderson Fabiano e o Prof. Dr. Petrônio Bezerra por seu apoio.
A todos que contribuíram de forma direta ou indiretamente para a
realização desta tese.
RESUMO
Dairy cattle farming in Brazil is an important sector of Brazil's economy, which has
been contributing to the food security of the population and improving the income of
many farmers. There has been an increasing inclusion of new technologies, but it is
still a sector in which predominates the medium technology exploitation model where
animals are raised on pasture. Seeking to contribute to the development of the milk
production chain, this work proposes the application of the concepts of agriculture 4.0,
internet of things, automation, cloud computing and information & communication
systems in the development of a new hardware and firmware platform for tracking and
monitoring of animals raised on pasture. The components of hardware, firmware, cloud
servers and applications were verified by means of tracking tests and behavior
classification, carried out with animals in the pasture. After presenting the results of the
verification and validation tests, it was found that the optical sensor used to capture
the photoplethysmographic signal has a better cost / efficiency ratio when configured
for a current of 10 mA and that the accuracy of the temperature sensor is equivalent
to that of the Fluke 62Max infrared thermometer. The inertial sensor showed accuracy
similar to the sensor used in the Samsung S9 cell phone and the classification
algorithm allowed the identification of ingestive behaviors when grazing, idling and
walking. In the GPS module, a maximum error of 0.89 meters was found in a
measurement of 10 meters and the radio module LoRa obtained a transmission range
of 273 meters and with a 7.4V and 5200 mA battery it was possible to maintain the
device running for 28h25 (twenty-eight hours and twenty-five minutes). These results
allow us to affirm that the objectives proposed for this work have been achieved. The
main contributions of this work are the availability of a new instrumentation platform
that provides the expansion of the experimental field applied to research areas on
animal welfare as well as having the potential to become a commercial product of
managerial support in the milk production chain.
1 Introdução ........................................................................................................... 1
3.4 Firmware..................................................................................................... 65
1 INTRODUÇÃO
muitas vezes não é possível de ser percebida pelos sentidos humanos (DEL-CLARO;
PREZOTO; SABINO, 2008).
Os estudos sobre o comportamento animal contribuem para o
desenvolvimento de várias áreas de pesquisas importantes, tais como: compreensão
do comportamento humano, neurobiologia, conservação do meio ambiente e o manejo
de recursos naturais, educação em ciência, e o bem-estar animal (YAMAMOTO;
VOLPATO, 2007).
O estudo do comportamento dos animais se tornou uma ferramenta útil e
bastante utilizada quando se busca avaliar o nível de bem-estar de um animal. A
grande maioria dos indicadores comportamentais de bem-estar podem ser utilizados
com precisão para determinar o estado do animal dentro de uma faixa de muito bom
até muito ruim (CEBALLOS; SANT’ANNA, 2018).
Os indicadores comportamentais podem ser classificados em categorias
funcionais como comportamento ingestivo ou alimentar, comportamento relacionados
a doenças, comportamento de conforto e comportamento social que podem ser
utilizados para mensurar o nível de bem-estar (CEBALLOS; SANT’ANNA, 2018).
O indicador baseado no comportamento ingestivo ou alimentar pode ser
usado para avaliar o nível do bem-estar animal, no qual são observadas a frequência
e a duração dos tempos de alimentação para detectar objetivamente doenças como a
febre que reduz o consumo de ração (WOLFGER et al., 2015).
Estudo desenvolvido por Hart (1988) comparou o comportamento alimentar
de animais saudáveis e animais com doenças respiratórias bovina no qual foi
constatado que o tempo diário de alimentação dos animais saudáveis foi maior que
dos animais doentes. Para melhor detectar o comportamento alimentar, faz-se
necessário o uso de ferramentas automatizadas com capacidade de monitoramento
contínuo para estabelecer uma linha de base contra a qual os desvios podem ser
usados para gerar alertas (THEURER; AMRINE; WHITE, 2013).
O indicador de comportamento de conforto monitora o tempo que o animal
passa descansando ou em ócio e os relacionados ao conforto térmico quando o animal
procura locais com ou sem sombra (CEBALLOS; SANT’ANNA, 2018).
Define-se o tempo de pastejo ou de alimentação como sendo o período em
que o animal passa selecionando e recolhendo a forragem, incluindo também os
curtos intervalos no qual o animal desloca-se entre estações de pastejo (ALDRIGHI et
al., 2018; SOUZA et al., 2011).
14
As redes sem fio são caracterizadas por não utilizar cabos metálicos ou
fibra óptica para estabelecer a interligação entre os nós da rede, em seu lugar a
interligação é feita por ondas eletromagnéticas que se propagam pelo ar. Graças a
essa característica, houve redução no custo de interconexão e possibilitou a
mobilidade dos nós de rede (BUNGART, 2017).
Existem várias formas para classificar uma rede sem fio, uma das mais
comuns é quanto a sua área de abrangência que podem ser: uma rede local, em inglês
Local Area Network (LAN) utilizada em rede doméstica; uma rede metropolitana, em
inglês Metropolitan Area Network (MAN) usada por provedores de serviço de internet;
e as redes de longa distância, em inglês Wide Area Network (WAN) que são utilizadas
para interligar as redes MAN, também denominadas de backbone (VENTURY, 2016).
Outra forma de classificar uma rede de computadores é quanto aos seus
modos de operação. No modo infraestrutura, os nós para terem acesso aos serviços
de rede precisam se conectar a uma estação-base, também denominada de ponto de
acesso, em inglês Access Point (AP), sendo responsável pelo serviço de atribuição
de endereço e roteamento de pacotes (KUROSE; ROSS, 2013). Na Figura 2 é
ilustrada de uma rede no modo infraestrutura.
outros sem necessidade de um roteador. As RSSF podem ter os seus nós fixos ou
móveis, diferenciando-se das demais redes Ad hoc por apresentar um grande número
de nós, nos quais executam funções autônomas e sua alimentação é feita por baterias
(AKYILDIZ; SANKARASUBRAMANIAM; CAYIRCI, 2002).
A arquitetura de uma RSSF é basicamente composta por um grande
número de nós ou nodes conectados aos sorvedouros ou sink por meio de uma rede
sem fio. Os nodes são dispositivos eletrônicos que têm como base um
microcontrolador utilizado para controlar a coleta de dados por meio de sensores,
processando e transmitindo por meio de um rádio (HU et al., 2010). Na Figura 5 é
ilustrada uma arquitetura de um node RSSF.
2Digital Subscriber Line ou linha digital de assinante são tecnologias usadas para a transmissão de
dados digitais (internet) por meio de linhas telefônicas.
22
Figura 8 - Arquitetura típica de uma rede LoRa em topologia estrela com três tipos de dispositivos.
3 ISM, do inglês Industrial Scientific and Medial, são bandas de rádio reservadas internacionalmente
para o uso em equipamentos industriais, científicos e médicos com radiocomunicação de radiação
restrita.
24
(em inglês, Chirp4 Spread Spectrum - CSS) empregada para implementar redes de
área ampla e baixa potência (em inglês, Low Power Wide Area Network - LPWAN)
(REYNDERS; POLLIN, 2016).
A tecnologia de redes LPWAN complementa as tecnologias de redes sem
fio de curto alcance, como WiFi, Bluetooth e ZigBee e são uma alternativa viável às
redes de celulares para aplicações IoT. As redes LPWAN se sobressaem nas redes
de celulares por sua capacidade de fornecer comunicação de longo alcance a
milhares de dispositivos com recursos energéticos limitados e com custo reduzido
(CATTANI; BOANO; RÖMER, 2017).
Outros protocolos de comunicação com propostas semelhantes para serem
empregadas em IoT foram desenvolvidas e estão sendo implementadas dentre as
quais destaca-se o Sigfox uma tecnologia proprietária, desenvolvida e fornecida pela
empresa francesa Sigfox que promete uma capacidade de conexão de até um milhão
de dispositivos com cobertura de 30 a 50 km em áreas rurais (AUGUSTIN; CLAUSEN;
TOWNSLEY, 2016).
Lavric (2019) em sua pesquisa sobre a utilização dos dispositivos IoT na
implementação de infraestrutura para cidades inteligentes, buscou estudar a
escalabilidade da tecnologia LoRa e determinar o número máximo de sensores
suportados nesse tipo de arquitetura de monitoramento e controle. Os resultados
experimentais revelaram que a rede utilizada suportou 1500 dispositivos LoRa em um
único canal.
Em Ma e Chen (2018) foi abordado o desenvolvimento de uma nova
tecnologia de informação e comunicação denominada de agricultura inteligente que
vem sendo usada para atender as necessidades de agricultores na coleta de
informações, processamento de sinais, análise de dados e controle de equipamentos.
Neste trabalho foi proposto uma plataforma inteligente de serviço baseada em RSSF
com o objetivo de monitoramento ambiental para melhorar a eficiência da gestão
agrícola, no qual fez uso de tecnologia de comunicação LoRa para resolver problemas
de falha de comunicação e consumo de energia.
Ariza-Colpas et al. (2019) propuseram o desenvolvimento de uma
plataforma que combina hardware, software e sistemas de comunicação baseada em
padrões abertos para rastreamento e monitoramento de bovinos com objetivo de
2.9 Fotoplestismografia
Pesquisadores das mais diversas áreas das ciências estão cada vez mais
interessados na fotoplestismografia (em inglês, photoplethysmography - PPG),
utilizada para estimar o fluxo sanguíneo da pele usando luz infravermelha por causa
de suas vantagens como ferramenta de diagnóstico não invasiva, barata e
conveniente (ELGENDI, 2012).
A fotoplestismografia é uma técnica utilizada para detectar alterações no
volume sanguíneo no leito microvascular do tecido por meio de um dispositivo
fotoelétrico. A técnica de pletismografia fotoelétrica foi descrita pela primeira vez por
Alrick Hertzman em 1938, no qual foi reconhecido que um pletismografia fotoelétrico
poderia ser usado para monitorar o tônus simpático vascular (SHELLEY; SHELLEY,
2001).
O pletismógrafo fotoelétrico é um dispositivo extremamente simples que
são construídos com base em dois componentes, um diodo emissor de luz (LED) para
gerar um sinal eletromagnético (luz) e um sensor fotossensível (Fotodiodo) com a
função de medir o sinal gerado pelo LED. Pode ser adotadas duas técnicas: a
pletismografia de transmissão na qual o fotodiodo é colocado de frente para a fonte
de luz, e a pletismografia reflexiva em que o fotodiodo é colocado ao lado da fonte de
luz (SHELLEY; SHELLEY, 2001).
Para descrever o sinal PPG foram utilizadas algumas nomenclaturas, das
quais destaca-se a componente AC, uma modulação do sinal PPG, em que os
pesquisadores supuseram como sendo a resultante da pulsação causada apenas pela
variação do volume de sangue arterial, e a componente DC como a resultante da
absorção constante dos tecidos (osso, gordura e músculos). É da componente AC que
29
3.2.1 Nodes
Na placa TTGO T-Beam (5) já têm integrados uma memória do tipo Flash
de 4 MB, um transceptor do tipo LoRa operando na frequência de 915 MHz e um GPS
NEO-6M da U-blox (XINYUAN-LILYGO, 2020). Na Figura 14 é ilustrada a placa TTGO
T-Beam (5) utilizada neste trabalho.
A placa TTGO T-Beam também conta com 26 pinos GPIO que podem ser
usados para acesso aos recursos tais como, portas de comunicação seriais síncronas
que implementam os protocolos de interfaces de periféricos serial (Serial Peripheral
Interface - SPI) e circuito inter-integrado (Inter-Integrated Circuit - I2C) e portas de
comunicação serial assíncrona do protocolo Receptor/Transmissor Universal
Assíncrono (Universal Asynchronous Receiver/Transmitter - UART), conversores
analógico digital (ADC) e um suporte para bateria do tipo Li-Ion de uma célula 18650.
35
Figura 16- Interface principal que interliga os módulos externos à placa TTGO T-Beam.
Figura 20 - (a) Cabo manga 5x26 AWG e (b) conector SP16-6P utilizados neste trabalho.
Figura 21 - Esquema do circuito de conexão do módulo PPG (6) com a placa TTGO T-Beam (5).
Figura 22 - Local de instalação do sensor ótico para coleta do sinal PPG do animal.
Figura 24 - Módulo UMI (7) com destaque para os circuitos integrados MPU-9250 e o BMP280.
Figura 25 - Módulo UMI (7) com destaque para os circuitos integrados MPU-9250 e o BMP280.
Figura 26 - Local de instalação do sensor ótico para coleta do sinal PPG do animal.
Figura 27 - Local de instalação do sensor ótico para coleta do sinal PPG do animal.
Figura 37 - Invólucro de proteção do Node (1), (a) tampas em ABS e (b) tubo PVC 50 mm.
Figura 41 - Placa TTGO LoRa32 (14) lado superior (a) e inferior (b).
Figura 43 – Fonte CA/CC (18) do tipo chaveada 100-240 V AC para 8 V DC com 600 mA.
3.2.4 Aplicativos
Um segundo aplicativo para celular, que não faz parte da Plataforma IoT,
foi desenvolvido como uma ferramenta de apoio na coleta de informações utilizada
durante as fases de testes e desenvolvimento da Plataforma IoT. O aplicativo foi usado
para registrar o comportamento do animal, que era identificado de forma visual pelo
pesquisador, substituindo-se assim, o uso de planilhas preenchidas de forma manual.
Na Figura 48 é ilustrada a tela principal do aplicativo para registro do
comportamento. O aplicativo foi desenvolvido para registrar até três animais ao
mesmo tempo e seis comportamentos, sendo cinco opções de comportamentos
distintos e mais uma opção para os demais casos não especificados.
A utilização do aplicativo consiste em dois passos:
61
Os Módulos GPS (8) e LoRa (10) são integrados na Placa TTGO T-Beam
(5) e seus circuitos elétricos podem ser vistos na Figura 29 e Figura 33.
Já os Módulos PPG (6) e UMI (7) são módulos externos que são
conectados por meio do conector SP16-6P e o seu circuito elétrico foi apresentado na
Figura 23.
Na Figura 51 tem-se o esquema do circuito elétrico do Gateway,
componente (2), da Plataforma IoT proposta neste trabalho. No esquema observa-se
a Placa TTGO LoRa32 (14), o Módulo Regulador de Tensão (17) e o plugue P4
utilizado para a conexão da Fonte CA/CC (18) ou da Bateria (19). O Módulo LoRa (15)
é integrado na Placa TTGO LoRa32 (14) e o esquema elétrico é o mesmo já ilustrado
na Figura 33.
3.4 Firmware
Para cada um dos três animais escolhidos de forma aleatória, foi executado
o procedimento seguindo o fluxograma apresentado na ilustração da Figura 62.
Figura 63 - (a) Vista superior da plataforma de MDF, (b) Vista lateral da plataforma de MDF, (c)
Suporte articulado da placa móvel.
Tabela 2 - Comparação da TSC verificado por meio termômetro infravermelho Fluke 62Max e com
Módulo PPG (6)
Instrumento Média (°C) ±desvio padrão
Fluke 62Max 37,06 ±0,94a
Módulo PPG (6) 37,18 ±1,05a
Letras iguais na coluna não diferem entre si pelo teste t ao nível de 5% de probabilidade.
±1,07 bpm. Logo, pode-se concluir que o uso do Módulo PPG (6) é satisfatório para a
mensuração da FC do bovino.
Tabela 4 - Valor médio do ângulo Pitch para o celular Samsung S9 (ACEL) e Módulo UMI (7) (AMPPG).
Ângulo (°) ACEL (°) AMPPG (°)
23 23,00 ± 0,19a 23,25 ± 0,20a
25 25,07 ± 0,34a 25,22 ± 0,18a
33 32,92 ± 0,23a 33,13 ± 0,35a
39 38,86 ± 0,16a 38,96 ± 0,31a
49 48,78 ± 0,19a 48,76 ± 0,37a
53 52,71 ± 0,13a 52,71 ± 0,28a
63 62,58 ± 0,11a 62,46 ± 0,24a
76 75,51 ± 0,17a 75,27 ± 0,40a
83 82,58 ± 0,10a 82,37 ± 0,35a
88 87,35 ± 0,30a 86,92 ± 0,36a
Letras iguais na linha não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade.
Tabela 5 - Valores médios da distância entre dois pontos separados por 10 metros
Reta Média (m) ±desvio padrão
P1 a P2 10,05 ± 0,50 a
P2 a P3 9,91 ± 0,59 a
P3 a P4 10,48 ± 0,44 a
P4 a P1 10,17 ± 0,50 a
Letras iguais na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade.
Com relação a acurácia do Módulo GPS (8), observa-se que não existe
diferença estatística (P > 0,05) com relação aos pontos de coleta que foram
posicionados a uma distância de 10,00 m entre si formando um polígono de quatro
lados, ou seja, qualquer medida do comprimento da reta é a mesma utilizada no
87
Figura 67 - Representação de seis quadrados gerados a partir dos dados coletados pelo Módulo GPS
(8).
aplicação do Módulo GPS NEO-6M atende o propósito para o qual ele foi utilizado
neste trabalho.
Entretanto, também foi observada perda de sinal do GPS durante os
experimentos, principalmente nos dias com maior incidência de nuvens. A princípio,
essas falhas de recepção não comprometem a função de rastreamento do animal em
campo, pois as observações são realizadas a cada cinco min, tempo suficiente para
o restabelecimento do sinal GPS.
No entanto, a função de monitoramento e classificação do comportamento
perde uma das fontes de informação, pois o algoritmo classificador faz uso dos dados
gerados pelo Módulo UMI (7) e do Módulo GPS (8). É importante frisar que o algoritmo
foi desenvolvido para continuar funcionando, com prejuízo na acurácia da
classificação da atividade comportamental, mesmo na ausência dos dados gerados
pelo Módulo GPS (8).
Uma possível solução para esse problema com o Módulo GPS (8), seria a
sua substituição por outra fonte para fornecer os dados de localização. Uma proposta
para essa substituição é a implementação do rastreamento utilizando técnicas de
localização baseada no indicador de intensidade do sinal recebido (Received Signal
Strength Indicator - RSSI) como apresentados nos trabalhos de (Oguejiofor et al.,
(2013); Goldoni et al., (2019); Lam Cheung Lee, 2018).
Figura 70 – Local de fixação do Módulo UMI (7) com o diagrama de vetores do ângulo Pitch.
Figura 72 - Modelos desenvolvidos no Fusion 360 do prendedor para o Módulo PPG (6).
Figura 73 - Suporte do Módulo PPG (6) impresso na impressora 3D em material ABS na cor verde.
Figura 74 - Experimento para coleta da frequência cardíaca com o Módulo PPG (6) sendo segurado
pelo tratador.
O local escolhido nesse teste para fixar o sensor ótico foi a parte interna da
orelha do animal. A escolha desse local deveu-se principalmente a essa posição ficar
próxima ao local no qual o Dispositivo IoT (1) está instalado no cabresto. Outro motivo
foi devido o sensor ainda não ser resistente à água, o que impossibilita seu uso em
locais que tenham maior chance de ser molhado pelo animal durante sua rotina
normal.
Na Figura 74 é ilustrado o sensor ótico MAX30102 do Módulo PPG (6)
fixado na orelha do animal por meio do suporte apresentado na Figura 72
desenvolvido com o objetivo de melhorar a qualidade do sinal PPG coletado pelo
sensor do qual é extraída a frequência cardíaca do animal.
96
Figura 75 - Experimento para coleta da frequência cardíaca com o Módulo PPG (6) utilizando-se um
suporte de fixação do sensor no animal.
5.1 Conclusões
ASMARE, B. Farm animal welfare and handling in the tropics: The Ethiopia case.
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AUGUSTIN, A.; CLAUSEN, T.; TOWNSLEY, W. A study of LoRa: Long range & low
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