Hanseníase
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CURSO DE
HANSENÍASE
Aluno:
AN02FREV001/REV 3.0
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CURSO DE
HANSENÍASE
MÓDULO ÚNICO
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são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
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SUMÁRIO
1 HANSENÍASE
2 MODO DE TRANSMISSÃO
3 FORMAS DA DOENÇA
4 DIAGNÓSTICO
5 TRATAMENTO
5.1 ESQUEMA PAUCIBACILAR (PB)
5.2 ESQUEMA MULTIBACILAR (MB)
6 O AUTOCUIDADO
7 ATRIBUIÇÕES DO ENFERMEIRO NO PROGRAMA DA HANSENÍASE
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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MÓDULO ÚNICO
1 HANSENÍASE
2 MODO DE TRANSMISSÃO
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No entanto, para que a transmissão do bacilo ocorra, é necessário um
contato direto com a pessoa doente não tratada.
O aparecimento da doença na pessoa infectada pelo bacilo, e suas
diferentes manifestações clínicas, dependem dentre outros fatores, da relação
parasita hospedeiro e pode ocorrer após um longo período de incubação, de 2 a 7
anos.
Pessoas de todas as idades, de ambos os sexos podem ser atingidas pela
hanseníase, no entanto, raramente ocorre em crianças. Observa-se que crianças,
menores de quinze anos, adoecem mais quando há uma maior endemicidade da
doença. Na maioria das regiões do mundo, há uma incidência maior da doença nos
homens do que nas mulheres.
Condições individuais e outros fatores relacionados aos níveis de endemia e
às condições socioeconômicas desfavoráveis, assim como condições precárias de
vida e de saúde e o elevado número de pessoas, convivendo em um mesmo
ambiente contribuem no risco de adoecer.
3 FORMAS DA DOENÇA
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Ocorrem alterações nos nervos próximos à lesão, podendo causar dor, fraqueza e
atrofia muscular.
Hanseníase borderline (ou dimorfa): forma intermediária que é resultado
de uma imunidade também intermediária. O número de lesões é maior, formando
manchas que podem atingir grandes áreas da pele, envolvendo partes da pele
sadia. O acometimento dos nervos é mais extenso.
Hanseníase virchowiana: nestes casos a imunidade é nula e o bacilo se
multiplica muito, levando a um quadro mais grave, com anestesia dos pés e mãos
que favorecem os traumatismos e feridas que podem causar deformidades, atrofia
muscular, inchaço das pernas e surgimento de lesões elevadas na pele (nódulos).
Órgãos internos também são acometidos pela doença.
Considera-se caso PB aquele no qual a pessoa adoece, mas apresenta
resistência ao bacilo, pois abrigam um pequeno número de bacilos no organismo, ou
seja, insuficiente para infectar outras pessoas. Por isso, os casos Paucibacilares não
são considerados importantes fontes de transmissão. Há casos em que as pessoas
obtêm a cura espontaneamente.
Um número menor de pessoas não apresenta resistência ao bacilo, o que
facilita sua multiplicação no organismo e sua eliminação para o meio exterior,
podendo infectar outras pessoas. Essas pessoas que são a fonte de infecção
constituem os casos multibacilares e são responsáveis pela manutenção da cadeia
epidemiológica da doença.
A partir do início do tratamento, a pessoa deixa de ser transmissora da
doença; pois as primeiras doses da medicação matam os bacilos.
O diagnóstico precoce da hanseníase e o seu tratamento adequado evitam
a evolução da doença, o que consequentemente impede a instalação das
incapacidades físicas por ela provocadas.
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4 DIAGNÓSTICO
5 TRATAMENTO
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A classificação da doença é fundamental para o início do tratamento. Há
necessidade de um esforço organizado de toda a rede básica de saúde no sentido
de fornecer tratamento quimioterápico a todas as pessoas diagnosticadas com
hanseníase.
Após essa classificação o paciente irá receber uma dose supervisionada e
os demais medicamentos que serão entregues a ele para continuar o tratamento em
casa.
Mensalmente o paciente deverá comparecer a Unidade de Saúde para
retirada das doses que tomará em casa e receber dose supervisionada que será
oferecida pelo profissional de saúde.
Nesta ocasião, o profissional também deverá avaliar o paciente para
certificar-se da eficácia do tratamento. Esta avaliação consiste em acompanhar a
evolução das lesões de pele e o comprometimento dos nervos, além de verificar a
presença de incapacidades físicas. Cabe ainda ao profissional oferecer orientações
que visam à prevenção de incapacidades físicas.
O tratamento do paciente com hanseníase é fundamental para curá-lo,
fechar a fonte de infecção interrompendo a cadeia de transmissão da doença,
sendo, portanto estratégico no controle da endemia e para eliminar a hanseníase
enquanto problema de saúde pública.
O tratamento integral de um caso de hanseníase compreende o tratamento
quimioterápico específico - a poliquimioterapia (PQT), seu acompanhamento com
vistas a identificar e tratar possíveis intercorrências e complicações da doença e a
prevenção e o tratamento das incapacidades físicas.
Não é eticamente recomendável tratar o paciente com hanseníase com um
só medicamento. A poliquimioterapia é constituída pelo conjunto dos seguintes
medicamentos: rifampicina, dapsona e clofazimina com administração associada.
Essa associação evita a resistência medicamentosa do bacilo que ocorre
com frequência quando se utiliza apenas um medicamento, impossibilitando a cura
da doença.
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5.1 ESQUEMA PAUCIBACILAR (PB)
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6 O AUTOCUIDADO
Por ser a hanseníase uma doença que pode deixar sequelas no paciente, é
válido ressaltar algumas medidas preventivas que devem ser orientadas ao paciente
pelo enfermeiro:
- Limpar o nariz internamente com soro fisiológico ou água. É importante que
seja orientado que esse líquido permaneça em cada narina por alguns instantes, a
fim de evitar ressecamento das mucosas e obstrução nasal.
- Orientar para que o paciente faça movimentos de “piscar” os olhos várias
vezes ao dia, a fim de promover fortalecimento da musculatura.
- Pedir para que feche e abra os olhos com força três vezes ao dia.
- Se o paciente apresentar triquíase (cílios invertidos voltados para dentro do
olho), solicitar que faça a retirada dos mesmos com o uso de uma pinça de
sobrancelhas.
- Orientar para que hidrate as mãos diariamente mergulhando-as em uma
bacia com água na temperatura ambiente por quinze minutos secando-as
delicadamente com uma toalha após a hidratação. Para melhorar a hidratação, após
ter secado as mãos, colocar um pouco de vaselina e espalhar bem pela pele.
- O mesmo procedimento deverá ser realizado nos pés.
- Recomendar o uso de sapatos confortáveis que não machuquem os pés.
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• Realizar a busca ativa dos casos, ou seja, identificar na comunidade as
pessoas que tenham sinais e sintomas da doença para que sejam investigadas e
tratadas caso tenham o diagnóstico confirmado.
• Realizar busca aos faltosos do programa.
• Gerenciar as ações de assistência de enfermagem.
• Fazer previsão e requisição de medicamentos do programa.
• Realizar a coleta de material para exame laboratorial.
• Aplicar técnicas simples de prevenção de incapacidades.
• Aplicar o tratamento.
• Identificar e encaminhar os pacientes com reações aos medicamentos.
• Solicitar exames para confirmação do diagnóstico.
• Prescrever os medicamentos conforme as normas e protocolos
estabelecidos.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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<http://portal.sespa.pa.gov.br/portal/page?_pageid=73,36424&_dad=portal&_schem
a=PORTAL&pagina=susprincipiosdiretrizes.html>. Acesso em: 10 jul. 2006.
FIM DO CURSO
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