Cap - Medida Projetiva - Cunha & Nunes (2010)
Cap - Medida Projetiva - Cunha & Nunes (2010)
Cap - Medida Projetiva - Cunha & Nunes (2010)
MEDIDA PROJETIVA I
Jurema AlcidesCunha
Maria Lucia Tiellet Nunes
Esteq)ítulo foi escrito quando a professora Jurema Alcides Cunha ainda exercia sua atividade académica na PUCRS.
358 Luiz Pasquali & cols.
tinha o
a qualidade metodológica dos chamados pessoas do mundo externo nem
"testes objetivos", uma vez que avaliam caráter de mecanismo de defesa. Admitiu
diferenças individuais em uma atividade que a projeção pode ocorrer em técnicas
cognitiva. diretas e indiretas de avaliação psicológi-
Uma série de fatores poderiam ser ca, porque as manifestações do comporta-
de sua
responsáveis pela percepção diferenciada mento do indivíduo são reveladoras
opinião, os
individualmente, enquanto comparada personalidade. Porém, em sua
ser considerados
com uma "percepção normal". O estudo instrumentos que podem
projetivos são
de tais diferenças poderia ser feito por mais especificamente como
ativa e espon-
meio de testes de apercepção ou de per- aqueles "em que o sujeito,
não estru-
cepção errônea, que permitem a investi- taneamente, estrutura material
princípios
gação "de distorções ocasionadas por ne- turado e, ao fazê-lo, revela seus
cessidades dinâmicas" e, portanto, não se estruturadores, que são
os princípios de
(Rapaport, Gill
referem apenas "às suscitadas por efeitos sua estrutura psicológica"
cognitivos, associados à inteligência ou à e Schafer, 1972, p. 225).
memória", por exemplo (Cattell, 1976, p. Rapaport (1978) aceita o que chama
psicanálise por-
131-132). Essas distorções podem resul- de modelo psicológico da
respostas dadas
tar de "estados emocionais transitórios", que o entendimento das
de desejos ou, ainda, de "traços dinâmicos a uma técnica
projetiva —que refletem a
sujeito —"impli-
permanentes" (Cattell, 1976, p. 96), que estrutura psicológica do
personalidade que pres-
hoje seriam caracterizados como egossin- ca uma teoria de
tónicos ou não. Quanto à percepção errô- suponha que grande
parte da estrutura
conscientemente expe-
nea, esta é explicada a partir de um con- psicológica não é
ele", de forma que estão em
ceito amplo de projeção. Cattell (1976, p. rienciada por
inconscientes; assim, é
99) discute as diferentes modalidadesde jogo motivações
atuação e operacionalização da percepção necessária "uma teoria de personalidade
existência dessas mo-
errônea e aplica essa classificaçãotanto que pressuponha a
as explique" (Rapaport, Gill e
para uma "inferência ingênua", para uma tivações e
228). Não obstante, uti-
distorção, em que o sujeito transforma as Schafer, 1972, p.
percepções "em algo semelhante ao obje- liza conceitos
freudianos de forma críti-
personalidade se manifesta
to de seus desejos", como para o reflexo ca, porque "a
projetivos) mediante um pro-
de uma necessidade de tornar a realida- (nos testes
pensamento ou um produto des-
de externa compatível e consistente com cesso de
e, portanto, "a exploração
aspectos subjetivos interiores ou, ainda, se processo", testes projetivos é uma
dos
para um mecanismo defensivo, caracteri- consistente
dos processos de pensamento"
zado pela atribuição de aspectos interio- exploração
é "parte da psicologia do
res inaceitáveis a objetos do mundo ex- e sua psicologia
e Schafer, p. 229). A
terior. Possivelmente seja em razão desse ego" (Rapaport, Gill
pois, lida fundamen-
sentido amplo que Exner (1989, p. 521) psicologia projetiva,
que ocorrem no
afirma que Cattell considerou a projeção talmente com processos
simplesmente "como um processo que for- ego, supondo-se, entretanto, a possibili-
nece informações sobre a personalidade". dade da emergência de material oriun-
processos, em
Rapaport (1965) aceitou a hipótese do do inconsciente nesses carece de
projetiva como embasamento dos testes especial quando o pensamentoé necessá-
consequência,
projetivos, mas deixou claro que o concei- organização. Em para o enten-
to de projeção adotado não pressupunha rio o referencial freudiano são básicos
a atribuição de sentimentos e impulsos a dimento desse material,
mas
362 Luiz Pasquali & cols.
os conceitosda psicologiado ego para a Pryer, 1959, p. 358), suas críticas, em ge-
compreensão dos processos de pensamen- ral, se centraram na definição operacional
to e dos mecanismosde defesa do ego. de projeção, afirmando que é necessário
Neste ponto, parece oportuno repetir que esta "não se afaste da significação
a pergunta levantada por Murstein e Pryer, psicológicaaceita do conceito" (Murstcin
em 1959: "Quantos tipos de projeção exis- e Pryer, p. 368). Por outro lado, a partir
tem?". Em sua ótima revisão, para a épo- da revisãoda literatura efetuada, propu-
ca, da literatura existente, concluíram que seram que a definição de projeção se limi-
há cerca de "quatro categorizações possí- tasse "à manifestação de comportamento
veis do conceitode projeção: 'clássica', do indivíduo, que indique algum valor ou
'atributiva', 'autística' e 'racionalizada"' necessidade emocional do mesmo", por-
(Murstein e Pryer, 1959, p. 353). A pri- tanto, excluindo "componentes fisiológi-
meira corresponderia ao conceito inicial cos ou cognitivos" e acrescentando que
de Freud (1987b), admitindo, porém, que "tal comportamento pode variar no grau
também traços favoráveis pudessem ser de defensividade, dependendo do con-
projetados no mundo exterior. A projeção texto situacional e da personalidade do
atributiva seria a mais amplamente utili- que percebe" (Murstein e Pryer, 1959, p.
zada no campoda personalidade,como 370).
tática de atribuição, nos termos descritos Exner (1989) também desenvolveu
por Freud (1974b) em Toteme tabu. Já a pesquisas sobre a projeção, afirmando
projeção autística ocorre quando a percep- que esta não é uma questão simples, em
ção sofre forte influênciadas necessidades vista da própria complexidade das opera-
do indivíduo, no sentido de que "os aspec- ções psicológicas que ocorrem durante o
tos formais do objeto percebido são modi- processo de resposta a estímulos, como os
ficados de modo a se tornarem consisten- do Rorschach. Por outro lado, salienta que
tes com a necessidade" (Freud, 1974b, p. não é possível partir da pressuposição de
354). A projeção racionalizada envolveria que o sujeito, frente a um campo de estí-
um processo que se mantém inconsciente, mulos não estruturado, impregna de ele-
como no caso da projeção clássica, mas o mentos subjetivos a sua percepção atual,
comportamento é consciente no indivíduo, pois, se isto fosse verdadeiro como todas
que o justifica por meio de uma raciona- as manchas de tinta do Rorschach envol-
lização. Conforme esses autores, esse tipo vem características de escassa estrutura e
de projeção foi considerado uma projeção ambiguidade, todas as suas respostas de-
complementar por Allport, uma projeção veriam conter material projetivo.
do recíproco por Piaget, e Van Lennep a de- Exner faz uma análise das operações
finiu não exatamente como projeção,mas percepto-cognitivas que se sucedem no
como seu correlato. processo de resposta, demonstrando que,
Após a discussão dessas categoriza- embora o processamentode informações
ções possíveis de projeção, conforme a seja muito rápido (1983), é possível iden-
utilização do conceito por autores varia- tificar três fases, ainda que não totalmente
dos, Murstein e Pryer passaram a exami- distintas entre si (1989), como são apre-
nar pesquisas desenvolvidas sobre o tema, sentadas no Quadro 16.1.
no período entre 1936 e 1957, analisan- A complexidade das operações psico-
do um total de 45 trabalhos. Deixando lógicas envolvidas no processo de resposta
de lado alguns em que foi difícil chegar leva a certas considerações.Por exemplo,
a conclusões em face dos "métodos varia- não se pode ingenuamenteafirmar que,
dos de mensurar o conceito" (Mursteine como se tratam de meras manchas de tinta,
4.
A.
Instrumentação psicológica 363
QUADRO 16.1
Fases e operações do processo de resposta
Fase 11 Fase III
Fase I
1
o fato de o sujeito dar a resposta de morce- (Exner, 1989, p. 524). Por outro lado, ou-
go à Lâmina I implicaria um afrouxamento tras características da mancha, além da
do juízo crítico, em uma aplicação estrita forma, podem influenciar na escolha das
do conceito de regressão a serviço do ego, respostas potenciais alternativas. Então,
que será discutido mais adiante. Além das na Lâmina I, o sujeito "mais convencional,
próprias instruções serem suficientemente preciso e conservadorem suas operações
flexíveis,o número de sujeitos que dá essa decisórias"valorizará o determinante cor
resposta, com base no contorno da man- e responderá que se trata de um morcego,
cha, torna claro que "o exemplo mais óbvio rejeitando a resposta borboleta, que impli-
da realidade da mancha e de seu impac- caria a desconsideração "da incongruência
to sobre o processode resposta é o escore do colorido" (Exner, 1989, p. 522). Assim,
do determinante F' (Peterson e Schilling, embora não se possa negar a possibilidade
1983, p. 268). Reconhece-se, portanto, de o sujeito incluir material projetado em
que elementos do estímulo tendem a com- sua tradução do estímulo, estudos de teste
pejir cenas respostas,"limitando ou inibin- e reteste realizados pela equipe de Fxner
do outras classificaçóesa (Exner, 1989, p. revelaram que a seleçáo final das respos-
522), como se evidencia claramente nas tas verbalizadas dependia basicamente de
respostas populares. Asim, resultados de dois fatores: a organizaçãopsicológicado
pesquisa de Exner e Martin, citados pelo sujeito e o seu estado psicológico.
vimeiro, demonstraramque, com a ex• Já as projeçóesque, segundo Exner,
dusáo das Od 34 da mancha se verificam conforme os processos des-
da umina j, nenhum sujeito forneceu a critos por Freud e Murray podem ocorrer
Uadu-ionajrespoga de morcego e ape. em qualquer das três fases do processo de
nas produzirama gesl»sta de aniinai resposta.
alado. Iún face disso, é Fassível concluir Na fase l, os elementos de realidade
que característicasoíticas do estúnulo assumem enorme importância, diminuin-
criam limitasOe•sna amplitude de respos- do as l»sslbllidades de projeçáo. Entre-
tas que pdem ser geradas, sem restringir tanto, eles podem "ser violados ou igno-
as propriedadesou realidades do campo» rados» na percepção. Se o fato não resulta
364 Luiz Pasquali & cols.
segundo lugar, considerou que a ambi- p. 1147), além de ser criticada por sua as-
guidade dos estímulos não familiares e a sociação com pressupostos psicanalíticos
abertura proporcionada pela natureza das e vista ceticamente por grupos de profis-
instruções incentivam uma abordagem sionaisadeptos de uma posição científica
mais imaginativa e, em terceiro lugar, a mais rigidamente sofisticada (Goldstein e
suposta reputação do teste, como um ins- Elersen, 1990).
trumento de exploração de aspectos mais Ora, considerando questões metodo-
profundos da personalidade, desencadea- lógicas, o enfoque projetivo está realmen-
ria um estado de ansiedade que eliciaria te em desvantagem na atualidade. Ainda
conteúdos do processo primário. que uma interpretação desse tipo deva ser
Esse tipo de regressão constitui, feita dentro de "limites realísticos" (Exner,
pois, uma função do ego. Se este é mui- 1989, p. 534), com base em evidências
to rígido, a capacidade de regressão pode quantificáveis e não simplesmente bus-
ser obstaculizada ou limitada; quando é cando a significaçãoisolada de indícios,
flexível, não só tolera modos de funciona- como a proposta por "livros de receita",
mento mais primitivos como é capaz de do tipo apresentado por Jolles (1992),
controlar ou de interromper a regressão, muitas pesquisas devem ser desenvolvi-
promovendo o movimento inverso, reor- das para esclarecermelhor a questão da
denando, elaborando ou sintetizando o projeção e equacioná-la mais cientifica-
material da fantasia, de acordo com os mente, antes que as técnicas projetivas
requisitosdo processo secundário e com mereçam o status que lhes foi atribuído
as exigências implícitas na tarefa. Por ou- em meados do século XXe que se possa
tro lado, a perda do controle da regres- falar em medida projetiva sem pruridos
são proporciona indícios patológicos, polêmicos.
eventualmente emergentes mesmo em
um contexto de testagem neutro. Estes
podem permitir identificar transtornos de FORÇAS E FRAQUEZAS
pensamento, de valor diagnóstico em cer- DAS TÉCNICAS PROJETIVAS
tos quadros nosológicos (Carr e Goldstein,
1981; Berg, 1983; Edell, 1987; Rosenberg Pesquisasde opinião sobre técnicas
e Miller, 1989; Gartner, Hurt e Gartner, projetivas e coletas de informações sobre
1989). Por outro lado, há muito vêm sen- o seu uso, ainda que nem sempre concor-
do feitas tentativas para criar um sistema dantes, ressaltam a sua importância.
de escore para a mensuração do material Uma investigação entre 500 psicó-
do processo primário (Klopfer et al., 1954; logos da American Psychological Associa-
Holt e Havel, 1961; Holt, 1970), Já as vi- tion (APA),cujos resultados foram divul-
cissitudes do processo fornecem subsídios gados em 1977, sugeriu que o status das
para o entendimento psicodinâmico, técnicas projetivas não sofreu modifica-
ad-
quirindo significado em uma perspectiva çáo desde um levantamento realizado em
teórica.
1960. A grande maioria dos psicólogos
Esta última
$$t. ) fase no modelo alternativa, com sua ên- utilizava técnicas projetivas, em baterias
clínico, coloca o psicólo- que incluíam também testes objetivos,
80, "mais do que o teste, no centro
cessode avaliação", criando
do pro- embora reconhecesse suas limitações psi-
.Com controvérsias cométricas (Wade e Baker, 1977). Não
profissionais mais definidamente obstante, um estudo comparativo entre as
comprometidoscom uma orientação
cométrica (Korchin e Schuldberg,
psi- opiniões de psicólogos clínicos de 103 de-
partamentos acadêmicos .com programas
368 Luiz Pasquali& cols-
aprovados pela APA),de 1968 e 1983, en- outro lado, os resultados de uma pesqui-
fatizou o desenvolvimento de uma atitude sa internacionalmais recente sobre o uso
negativa em relação às técnicas projetivas, de testes destacaram o TAT,o Rorschach
especialmente entre os profissionais mais e o MMPIcomo os instrumentos de per-
jovens. Estranhamente,embora desvalo- sonalidade mais populares (Flu, Oakland,
rizando tais instrumentos, ficou evidente 1991). Isso sugere que agora como há 50
a opinião concomitante de que deveriam anos, conforme ponto de vista de trabalho
ser oferecidos cursos sobre eles. Por ou- anterior citado por Sargent (1945, p. 282),
tro lado, os autores (Pruitt et al., 1985) "os clínicos não estão dispostos ou não são
atribuíram a posição assumida pelos psi- capazes de se basear somente em critérios
cólogos mais jovens à sua falta de treina- objetivos", o que significa que "continuam
mento, porque as opiniões negativas se a suplementar métodos ideográficos de
referiam inclusive a testes mais bem con- análise da personalidade com métodos
siderados na comunidade científica, como nomotéticos", podendo-se concluir que,
o Rorschach que, conforme Blatt (1986, p. se são usados, é "porque preenchem uma
344), tem se caracterizadopor "seu alto função" (Mundy, 1972, p. 795).
grau de refinamento e consolidação" Entretanto, em se tratando de "medi-
Outros levantamentos, revisados da projetiva", críticos poderiam afirmar,
por Weiner (1986), feitos nas décadas de com Klein (1988, p. 460), que "infelizmen-
1970 e início de 1980, sempre registra- te, a popularidade dos testes não é um ín-
ram o uso e o ensino de técnicasprojeti- dice de excelência". Na verdade, se a refe-
vas. Todavia, esse autor analisa dados de rência a teste psicológico subentende uma
1983, de Lubin, Matarazzo e Larsen, que definição tradicional mais estrita, poucos
assinalaram uma modificaçãona ordem instrumentos preencheriam critérios mais
de preferência dessas técnicas,junto com aceitáveis (Berger, 1977), e a qualidade
instrumentos objetivos,que aparentemen- das técnicas projetivas seria fortemente
te parece sugerir uma diminuição de sua questionada pela dificuldade de integrar
utilização. Porém, se forem considerados seu tipo de abordagem com outras tradi-
os percentuais, na realidade, tal diferença ções científicas da psicologia (Macfarlane
não é apreciável e há variação quanto aos e Tuddenham, 1976). Aliás, já em 1965,
"padrões de uso de testes em distintos am- Zubin, Eron e Schumer salientavam 0
bientes clínicos" (Weiner, 1986, p. 455). contraste entre "o método, o vocabulá-
De qualquer modo e por várias ra- rio e, mesmo, os requisitos dessa área"
zões, a literatura específica chega a men- das técnicas projetivas com os da psico-
cionar um declínio no interesse pela tes- metria (Zubin, Elon e Schumer, 1965, p.
tagem clínica e na utilização de técnicas 2). Deste modo, é uma tarefa complexa
projetivasnos últimosanos, tanto como tentar avaliar tais técnicas de acordo com
instrumentos de avaliação como na pes- as condições que, segundo Lanyon e Goo-
quisa, apesar de sua popularidade (Kor- dstein (1982), deveriam ser satisfeitas
Chin, Schuldberg, 1981). Já um levan- para que pudessem se caracterizar como
tamento divulgado em 1985 chegou à instrumentos padronizados de avaliação.
conclusão de que "as principais técnicas A primeira condição seria a presença
projetivas do pasado continuam sendo de estrutura da resposta. De forma muito
populares",não só entre os membros da diversa dos testes objetivos,os próprios
Society for Personality Assessment, mas estímulos envolvidos em técnicas projeti-
entre os psicólogos clínicos em geral (Pio- vas são, em maior ou menor grau, caren-
trowski, Sherry e Keller, 1985, p. 117). Por tes de estrutura,o que favorece"a liber-
Instrumentaçãopsicológica 369
pelo menos em termos que possam ser de abordagem descritos por Cronbach, vi.
satisfatórios para a tradição psicométri- sando obter melhor consistência interna
ca mais ortodoxa. Não obstante, parecem na seleçãodos dados úteis e na integra.
estar emergindo novas tendências. Assim, ção dos resultados. Também não é imposs
na edição de 1956, Cronbach,citado por sível que, com o incremento de pesquisas,
Masling (1992, p. 616), salientava a po- seja viável emprestar melhores qualida-
sição galtoniana na pesquisa com testes, des psicométricas a técnicas projetivas,
definindo teste como "uma amostra das especialmente pelo desenvolvimento de
respostas do sujeito a um estímulo padro- estudos de fidedignidade, validade e pelo
nizado impessoal". Já na edição de 1990, estabelecimento de normas que permitam
Cronbach (p. 4) escreve que, embora seu aumentar o grau de certeza nas inferên-
texto se concentre mais em testes "padro- cias clínicas. Por outro lado, além de uma
nizados", inclui, também, testes não pa- perspectiva empírica, já vêm sendo feitos
dronizados, aos quais "se aplica a maioria esforços no sentido de definir melhor a
dos conceitos usados para analisar" os formulação teórica que associa as res-
primeiros. Discute variações nos méto- postas ao teste com o comportamento na
dos de colher informações, chamando a situação de vida para a qual são necessá-
atenção, também, para diferençasna in- rias predições. Da mesma forma, também
terpretação entre os aplicadoresde testes, o referencial teórico que embasa a inter-
notando que "alguns têm como propósito pretação projetiva tem de se constituir em
'medir' o indivíduo; outros, caracterizá- um foco de novos estudos. Se não é possí-
-Io" (Cronbach, 1990, p. 34). Tais propó- vel testar uma teoria, construtosteóricos
sitos definem estilos de testagem, em uma podem ser investigados, desde que opera-
abordagem psicométrica ou impressionis- cionalmente definidos (Cunha e Werlang,
ta. Já chegando à questão da validação, 1991a), dando renovado suporte a técni-
salienta que os psicometristasconfiam em cas projetivas que provavelmente conti-
interpretações com base quantificávela nuarão a ser utilizadas, sobreviventesque
partir de normas estatísticas derivadas de são de grandes controvérsias. Aliás, nota-
estudos prévios, e não em "interpretações se, também, que mesmo instrumentos
ob-
mais subjetivas, individualizadas". Ao vistos como medidas mais diretas e
contrário, "o impressionista está menos jetivas da personalidade,comoo MMPI,
preocupado com validação formal", por- vêm sendo interpretados em seus aspec-
sínteses
que "validar 'retratos' é muito mais difícil tos configuracionais, chegando a
da per-
do que validar predições numéricas. Com clínicas inspiradas na visão global
efeito, requer a validaçãodo intérprete". sonalidade, uma das fortes características
Deste modo, "as abordagens psicométrica das técnicas projetivas. viável a
e impressionista diferem mais nitidamen- Em vista de tudo isto, parece de um
454)
te na questão da confiança no psicólogo" previsão de Millon (1984, p.avaliaçãoda
(Cronbach, 1990, p. 36). renascimento no campo da de algtv
Em resumo, no estado atual da arte, personalidade, com integração
advogando uma
não parece possível transformar técnicas mas formulações teóricas,
em que condiçõesenv
união instrumental se vinculem .com
tante, "os psicólogos,hoje em dia, não píricas e quantitativas
clinicamente dinâmicas e
apenas administram testes; eles realizam as qualidades
téc-
avaliações" (Goldstein e Hersen, 1990, p. integrativas, que caracterizam muitas
3). Nessa perspectiva, em um plano de nicas intuitivas". Se essa é a perspectiva,
avaliação, é possível utilizar os dois tipos só o futuro dirá.
Instrumentaqåo psicolögica 373
testing
Cronbach, LJ. (1990). Essentials of psychological
REFERÉNCIAS (5th ed). New York: Harper and Row.
180 pré-
Cunha, J.A. (1991). Respostasao CAT-Aem
Abt, LE- (1967). Una teoria de la psicologia proyectiva. Psico-
escolares.Anais da Reuniäo Anual da Sociedade
de
In I..F„Abt & L. Bellak, Psicologia proyectiva (pp. 37-53).
logia de Ribeiräo Preto, 21.
Buenos Aires: Paidös. de crianqas
Cunha, J.A. (1992). Problemas na avaliaqäo
Anzieu, D. (1981). Os métodos projetivos. Rio de Janei- socio-cultura-
na fase pré-escolar. Simp6sio: Diferencias
ro, RJ: Campus. Congreso
les y evaluaci6n psic016gica.Apresentado no
Arlow,J.A., & Brenner, C. (1964). Psychoanalyticcon- Iberoamericano de Psicologia,Madrid.
apts and the structural theory. Nev•,'York: International psi-
Universities Press.
Cunha, J.A. (1993a). Aspectos culturais dos testes
colögicos. Psico, 24(1), 69-74.
Bellak, L. (1967). Sobre 105 problemas del concepto de (4. ed. rev., pp.
proyecci6n:una teoria de la distorci6n aperceptiva. In Cunha, JA (1993b). Psicodiagnåstico-R
219-263). Porto Alegre, RS: Artmed.
LE. Abt & L. Bellak, Psicologia proyectiva (pp. 25-36).
BuenosAires: Paid6s. Cunha, J.A., Nunes, M.L.T.(1993). O Teste de Fåbulas:
de Ins pruebas psicot6gi- Versäoverbal e pict6rica. Säo Paulo: CETEPP
Dc:tak,L. (1979). El tro
Cunha, J.A., Nunes, Ni.L.T.,& P.c. (1000)
cas del TAT,CATy SAT. México: Manual Moderno.
As respostas ao CAT-Ana faixa pré-escolar. Resumos da
Bellak, L., & Bellak, S. (1981). Teste de apercepqäo te-
Reuniäo Anual Da SociedadeDe PsicologiaDe Ribeiräo
mdticu (comfiguras de animais). Säo Paulo, SP: Mestre
Preto, 20.
Cunha, J.A., Nunes, M.L.T., Werlang. B.G., Oliveira, M.S.,
Bellak- L., Hurvich. M., & Gediman, H.K. (1971). Ego & Wagner,A. (1993). CATe a avaliaqäoda qualidade
functions in schizophrenics, neurotics and normals. New projetiva das respostas. In J.A. Cunha, Psicodiagndstico-
York:Wiley-Interscience.
R (4. ed. rev., pp. 265-270). Porto Alegre: Artmed.
Berg, M. (1983). Borderline psychopathology as dis- Cunha. J.A., & Werlang. B.G. (1991). A estrutura ed(pica
played by psychological tests. Journal of Personality As- avaliada através do Testedas Fåbulas.Apresentado no
sessment, 47(2), 120-133. Primeiro Congresso Gaücho de Psiquiatria, Gramado.
Berger,M. (1977). Psychologicaltesting. In M. Rutter Di Lorenzo, TM. (1987). Standardized and projective
& L Herson, Child psychiatry: Modem approaches (306- tests. In C.L. Frame & J.L. Matson, Handbook of assess-
3.U)- London: Blackwell.
ment in childhood and psychopatholou: Applied issues in
Bernstein, J. (1951). Introducci6n: I. Métodos proyecti- differential and treatment evaluation (pp. 63-78). New
vos. In H.A. MutTia, Test de apercepciön temåtica (TAT) York, NY: Plenum.
(pp. 13-23). Buenos Aires: Paid6s. Edell, W.L. (1987). Role of structure in disordered think-
Blatt,S.S. (1986). Where have we been and where are ing in borderline and schizophrenicdisorders. Journal
we going? Reflectionson 50 years of personality assess- of Personality Assessment,50(1), 23-41.
ment- Journal of Personality Assessment, 50(3), 343-346. Erdberg, P (1990). Rorschachassessment In G. Goldstein
Blatt, S.S., & Berman, W.H. (1984). A methodology for & M. Hersen (Eds.), Handbook ofpsychological assessment
the use of the Rorschachin clinical research. Journal of (2nd ed., pp. 387-399). New York,NY:Pergamon Press.
PersonalityAssessment,48(3), 226-239. Exner,J.E. (1978). Sistema comprensivodel Rorschach
Carr, LC., & Goldstein, E.G. (1981). Approaches to the (Vol.2). Madrid: Pablo del Rio.
diagnosis of borderline conditions by use of psychological Exner, J.E. (1980). Sistema comprensivodel Rorschach
teqs. Journal of Personality Assessment, 45(6), 563-574.
(Vol. 1, 2. ed.). Madrid: Pablo del Rio.
Canell, R.B. (1976). Principios fundamentales de 105
Exner,J.E. (1983). Rorschach assessment. In J.B. Weiner
teqs de personalidad proyectivos o de percepci6nerro-
nea (misperception).In H.H. Anderson & G.L.Ander- (Ed.). Clinicalmethods in psychology(pp. 58-99). New
son, Técnicas proyectivas de diagn6stico psicolögico York, NY: Wiley
(pp.
88-136). Madrid: Rialp. Exner,J.E. (1989). Searchingfor projection in the Ror-
Constantino, G.I., Malgady, R.G., Casullo, M.M., & schach. Journal of Rrsonality Assessment,53(3), 530-536.
Caqillo, A. (1992). La estandardizacidn Exner, J.E., & Exner, D.E. (1972). How clinicians use
transcultural
de TEMAen tres sub-culturas hispanas, the Rorschach. Journal of PersonalityAssessment, 36, p.
Apresentado no
CongresoIberoamericano de Psicologia, Madrid. 403-408.
Constantino, G., Malgady, R.G., & Rogler, Ferreira, A.S.H. (1986). Novo dicionårio da Lingua Por-
L.H. (1988).
tuguesa (2.ed.). Rio de Janeiro, RJ: Nova Fronteira.
Angeles, CA: Western Psychological Services. Franck, K.L.(1939). Projectivemethods for the study of
Constantino. G., Malgady, R.G., Rogler.
L.H., & Tsui, E.C. personality. Journal of Psychology,8, 389-413.
(1988). Discriminant analysis of clinical Freud, A. (1971). Infåncia normal e patoldgica. Rio de
Public school children by
outpatients and
0. TEMAS: A thematic appercep-
tion test for hispanic and
blacks. Journal of Personality Freud, S. (1969a). Formulaqöessobre os dois
de funcionamento mental. In Edifäo Standard principios
brasileira
374 Luiz Pasquah & cols.
and Rorschach
Artistic
Holt, R-R- (1970). M&M.
das obras pgcolÖgicascompletasde Sigmund Freud of adapti'.e regression- In E-
measures the Rorschach tech-
12. pp. 277-286). Poode Jarrüo, RJ-. Imago.
N"ever.& B. Brawer, Harcourt
Freud. S. (196%). NMaspsicanaliticassobre cm relato rigue 3, pp- 263-320)- New York,
autobiozråfico de um caso de paranöia (dementiapara-
Brace
noides). In Edigio Standard brasileira das obras psicctö- method for assessing
%icascompletasde Sigmund Freud (W. 12, pp-23-11S). Holt, RX, & Havel, J. (1961). A Rorschach. In
Rio de Janeiro, P.J: Imago. primary and secondary proces in the
Freud, S. (1974a). O incorts&nte. In Edifäo Standard MA Rick-ers-Ovs1ankina(Ed.), Rorschach
(pp. 263-315)-NewYork, Wiley
brasileira das obras psicotögicascompletcs de Sigmund per-
Freud. (Vol. 14, pp. 185-243).Rjode Janeiro, PJ: Imago. Hu, S-, & Oakland, T- (1991). Global and regional
spectiveson testingchildrenand youth: empirical
Freud, S. (1974b). Toteme tabu- In Edifäo Standard Ps»-hoanaösis, 26(3),
brasileira das obras psicotögicascompletas de Sigmund study International Jounci
Freud (Vol. 13, pp. 20-123). Rio de Janeiro, RJ: Imago. 329-3-4_
Freud, S. (1977). Os chistes e sua relagäo com o incons- Jacquemin, A. (19S2). Les variantes du "Thematic ap-
ciente. In Mir;öoStandard brasiteira das obras psico%i- perception test" pour rétude des groupes culturels. Revue
cas cornpletas de Sigmund Freud (Vol.8). Rio de Janeiro, Bege
r de et de Pé.izogic, 135-144.
R.J: Imago. Jolles, L (1992). A catalogfor the interpreta-
Freud, S. (1987a). A interpretasäodos sonhos (segunda tion of the House-free-Person(H-T-P).Los Angeles, CA:
pane). In Ediföo Standard brasiteira das obras psicotögi- Western Psychological Services.
cas comptetas dc SigmundFreud (Vol.5, 2. ed.). Rio de Zein, A- (1988). Questioning the clinical usefulness of
Janeiro: Imago. projectil.e psychological tests foc children. In S. Chesss,
Freud, S. (1987b). As neuropsicoses de defesa. In Edifäo A. Thomas, & M. Herzig, M. Annual progress in child psy-
Standard brasiteira das obras psic016gicascomptetas de chictry and child development. New York, NY. Brunner/
Sigmund Freud (Vol. 3, 2. ed., pp. 51-72). Rio de Janei- Mazel-
ro, RJ: Imago. Klopfer, B., Ainsworth, M.D„ klopfer, W.G., & Holt, R.R.
Freud, S. (1987c). Observaqöesadicionais sobre as neu- (1954). Developmentsin the Rorschach technique (Vol.
ropsicoscs de dcfcsa. In Edifäo Standard brasileira das 1). New York,NY:Harcourt, Brace and World.
obras psic016gicascomplctas de Sigmund Fred (Vol.3, pp. Korchin, S.J., & Schuldberg, D. (1981). The future of
154-173). Rio de Janeiro, RJ: Imago. clinicalassessment-AmericanPsychologist, 36(10), 1147-
Freud, S. (1987d). Sobre os fundamentos para destacar 1158.
da ncurastenia uma sindrome especifica,denominada Lanyon, R.I., & Goodstein,LD. (1982). Personality as-
"neurose de angüstia". In Edifäo Standard brasileiradas sessment. New Cork, NY:Wiley
obras psicotdgicas completas de Sigmund Freud (Vol. 3, 2. Laplanche, J., & Pontalls, J.B. (1968). Diccionario de psi-
ed., pp. 91-112). Rio de Janeiro, RJ: Imago. coanålisis (2. ed. rev.). Barcelona: Labor.
Gartner, J., Hurt, S.W.,& Gartner, A. (1989). Psychologi- Lindzey, G. (1961). Projective techniques and cross-cul-
cal signs of borderline personality disorder: A review tural research. New York, NY:Appleton-Centuty-Crofts.
of the empirical literature. Journal of Personality Assess- Lundy,A. (1988). Instructional set and Thematic Apper-
ment, 53(3), 423-441. ception Test validity. Journal of Personality Assessment,
Goldstein, G., & Herscn, M. (1990). Historical perspec- 52(2), 309-320.
tives. In G. Goldstein & M. Hersen (Eds.), Handbook of Macfarlane, J.W, &Tuddenhah, R.D.(1976). Problemas g'
psychological assessment (2nd ed., pp. 3-17). New York, planteados en La validaci6n de Las técnicas proyectivas.
NY: Pergamon Press. In H.H. Anderson & G.L Anderson, Técnicasproyectivas
Hamshcr, K. de S. (1990). Specialized neuropsychologi- de dlagndstico psic016gico(pp. S4-87). Madrid: Rialp.
cal assessment methods. In G. Goldstein & M. Hersen Maloney, M.P., & Ward, M.P (1976). Psychologicalas-
(Eds.), Ilandbook of psychological assessment (2nd ed., sessment a conceptual approach. New York,NY.Oxford
pp. 256-279). New York, NY:Pergamon Press. University Press.
Hartmann, H. (1968). Psicologiado ego e o problema da Martin, R.P (1988). Assessmentof personality and behav-
adaptacäo. Rio de Janeiro, RJ: BUP ior problems: Infancy through adolescence.New York, NY:
Guilford.
flirt, M., & Genshaft, J.L. (1976). Personality assess-
Masling, J. (1992). The influence of situational and
ment and tests for children. In S. Sankar (Ed.), Mental
interpersonal variables in projective testing. Journal of
health in children (pp. 103-159). Westbury,NY:PJH.
PersonalityAssessment,59(3), 616-640.
Hirsch, S.B., Verthelyi, R., & Menendez De Rodriguez,
Masson, J.M. (1986). Sigmund Freud Briefeam Wilhelm
F.M. (1979). El Cat en el psicodlagnostico de nifios. Bue-
Fliess 1887-1904. Frankfurt am Main: Fischer.
nos Aires: Nueva Visi6n. as-
Millon, T. (1984). On the renaissance of personality
Hoar, M.w, & Faust, w.L. (1962). The Children's Ap- sessment and personality theoty. Journal of
Personality
perception Test: Puzzle and regular form. Journal of Assessment,48(5), 450-459.
PersonalityAssessment,37, 244-247.
Instrumentaqäopsicolögica 375
Montagaa, M-F„ ( 19S9). Amilisc e interpretG€äo do CAT (tes- Rosenberg.PH.. & Miller, G.A. (1989). Comparing bor.
cc de rcmética h'.fantil). Säo Paulo. SP: EPU. derline definitions: DSM-Ill borderline and schizotypal
Mundy, J. (1972). The use of projecti'.e techniques with personality disorders. Journal of Abnormal Psychology,
children. In B. Wolman (Ed.). Manual of chitd psychopa- 9S(2), 161-169.
th0100' (pp. 791-1119). New York, NY: MacGraw-HiII. Sargent, H. (1945). Projective mcthods: Their origins.
Murray, HA (1951). Test de Apcrcepciön Tcmåtica (TAT). theory and application in personality research. Psycho-
Buenos Aires: Paidös. Bulletin, 42(5), 257-293.
Murstein. B.L, & mer, R.R- (1959). lh concept of pro- Schafer, R. (1954). Psychoanalytical interpretation in
jection: A re.iew. A.)vhotogical Bulletin, 56(5), 353-374. Rorschach testing: Theory and application. New York, NY.
Peterson,CA, Schilllng, K.M. (1983). Card pull in Grune and Stratton.
projective testing. Journal of Personality Asscssmcnt, Schafer, R. (1978). Projective testing and psychoanalysis.
47(3), 263-2SI. New York. NY: International Universities Press.
Phares, U. (19Sß). Clinical psychotov: Concepts, meth- Shneidman, E. (1965). Projective technique. In B. WOV
ods, and profession. Homev.ood, IL: Dorsey. man (Ed.), Handbook of clinical psycho!ccv (pp. 498-
C, *err. D., Keller, J.IV. (1085). Psy- 521). New York, NY: McGraw+1ill.
chodlagnostic test usage: A survey of the Society for Per- Vane,J.R., Guarnaccla, V.C.(19S9). Personality theory
sonality Assessment. Journal of Personality Acsessment, and personality assessment measures: How helpful to the
49(2), 1 is-119. cliniclan? Journal of Clinical Psychology, 450), 5-19.
Rilyson, J., Norris. D., & Ott, F—(1985). The recent de- Wade, T.C., & Baker, T.B. (1977). Opinions and use of
cline in TAT research.ProfessionalPsycholov: Research psychological tests: A survey of clinical psychologists.
and Practice, 16(2), 26-28. American Psychologist, 874882.
Pruitt, JA, Smith. M.c., nelen, M.H., & Lubin, B. Weiner, LB. (1983). The future of psychodiagnosis revis-
(1985). Altitudes of academic clinical psydlologists ited. Jourtat of Personality Assessment, 47(5), 451-461.
toward projecti'.e technique: 1968•1983. Professional Weiner,LB. (1986). Conceptual and empirical perspec-
Psychology: Resecrch and Practice, 16(6). 781•788. ti',es on the Rorschach assessment of psychopathology
Rapaport, D. (1962). Sobre la teoria psicanalftica del Journal of Personality Assessment, 59(3), 472-479.
pensar- In M.M. Gill & D. Rapaport, Aportacionesa la Werlang, B.G., & Cunha. J.A. (1993). Avaliasäo da per-
tzcracapsuanalirica (pp. 97-117). México: Pax.México. sonalidade sob o enfoque projetivo. In JA Cunha, Psi-
Rapaport, D. (1965). rests de diagnåstico psicolögico. codiagnöstico•R (4. ed. rev., pp. 123-129). Porto Alegre.
Buenos Aires: Padås. NS:Artmed.
Rapaport, D. (1978). El modetopsicanal(tico,la teoria WOlff,W., & Precker. LA. (1976). El mosimiento ex-
del pensamiento y tas técnicas proyectiv•us. Buenos Aires: ptessivo y los métodos de la psicologia experimental
Hormé. profunda. In 11.11.Anderson & G.L. Anderson, Técnicus
Rapapott. D. Gill, M.M., & Schafer, R. (1972). Diagnos. proyectnus de diagnösttcopsicolågico (pp. 515-559).
tac psychologicaltoting (Ed. rev). New York, NY. Inter drid: Rialp.
national Cniverstties Pcess. Zubin, J.. Econ, I-D., & Schumer. F. (1963). An experi-
Rorschach, H. (1948). Psicodiagmfstico. Buenos Aires: mental approach to projective techniques. New Cork, NY
MédicoQuirürgica. Wiley