Simcar - Decreto 660, 06-10-2020
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Simcar - Decreto 660, 06-10-2020
GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão - SEPLAG - Imprensa Oficial - IOMAT
quarta-feira, 07 de Outubro de 2020 Diário Oficial
§ 3º Os indivíduos com circunferência a altura do peito (CAP)
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imóvel rural e localizadas em um raio de 2.500m (dois mil e quinhentos
iguais ou maiores que 15 cm (quinze centímetros) deverão ser mensurados metros) no máximo, e que corresponda a vegetação pretérita da área de
e conter placas numéricas e legíveis. estudo.
§ 4º Deverão ser amostrados todos os indivíduos arbóreos § 2º Para utilização de áreas de entorno será avaliada ainda a
com circunferência altura do peito (CAP) igual ou maior de 15 cm (quinze série histórica de imagens de satélite e/ou outras imagens mais recentes
centímetros), obtida a 1,30 m (um metro e trinta centímetros) acima da com cobertura vegetal de melhor resolução, disponibilizadas no site da
superfície do solo. Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA) ou outros, para caracteri-
zação eficiente da similaridade das vegetações original de ambos.
§ 5º No caso de árvores com 02 (dois) ou mais troncos deverão
ser mensurados todos com circunferência altura do peito (CAP) igual ou § 3º Não serão aceitas para a caracterização das fitofisiono-
maior de 15 cm (quinze centímetros). mias áreas cuja vegetação tenha sido descaracterizada em sua estrutura
e composição, devidamente conceituada no Termo de Referência Padrão
§ 6º As medidas de circunferência a altura do peito (CAP) serão (TR).
utilizadas para o cálculo de área basal da vegetação amostrada, e deverá
ser expressa em metros quadrados por hectare (m2/ha), para cada estrato § 4º Constatando-se a impossibilidade de definição da fito-
amostrado. fisionomia, conforme procedimentos descritos no disposto neste artigo,
deverá ser adotada obrigatoriamente a fitofisionomia indicada no mapa de
§ 7º Para fins do disposto no presente artigo considera-se vegetação do zoneamento socioeconômico-ecológico do Estado, após sua
distribuição sistemática de amostras a seleção das unidades amostrais conclusão e aprovação, ou pelo projeto RADAMBRASIL.
a partir de um esquema pré-estabelecido de ordenação equidistante da
localização destas com finalidade de cobertura da área analisada. CAPÍTULO IV
DA ANÁLISE E VISTORIA DE VERIFICAÇÃO DE FITOFISIONOMIAS
§ 8º As áreas escolhidas para amostragem deverão ter
vegetação nativa sem indício deáreas alteradas e/ou degradas. Art. 9º A análise do Relatório Técnico de Identificação de
Fitofisionomias se inicia com a verificação de cumprimento das exigências
§ 9º As amostras deverão possuir distância mínima de 100m contidas no Termo de Referência Padrão (TR).
(cem metros) de estradas, áreas alteradas e/ou degradadas, devendo ser
devidamente justificada quando da sua impossibilidade. Parágrafo único Estando o Relatório Técnico de Identificação
de Fitofisionomias de acordo com o Termo de Referência Padrão (TR), será
Art. 5º As árvores amostradas deverão ser identificadas de encaminhado para realização da vistoria técnica.
acordo com as regras de nomenclatura botânica.
Art. 10 A vistoria técnica levará em consideração o disposto no
§ 1º Serão admitidos, no máximo, 10% (dez por cento) das presente Decreto e no Procedimento Operacional Padrão (POP) instituído
espécies amostradas em cada estrato com identificação apenas em nível pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA).
de gênero ou família.
§ 1º A vistoria será realizada por dois ou mais técnicos da
§ 2º Para cada espécie identificada deverá ser informado o Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA), e será acompanhada pelo
bioma (ou biomas) de ocorrência natural em floresta ou cerrado, com base profissional responsável pelo relatório, ou profissional habilitado por ele
em literatura especializada devidamente indicada no Termo de Referência indicado.
Padrão (Relatório Técnico de Identificação de Fitofisionomias).
§ 2º O proprietário/possuidor deverá providenciar o acesso
§ 3º As espécies amostradas deverão ser apresentadas em de veículos até o imóvel rural onde será realizada a vistoria, bem como o
ordem decrescente de densidade relativa. acesso dos técnicos por picadas até os pontos amostrados.
Art. 6º O Relatório Técnico de Identificação de Fitofisionomias Art. 11 A vistoria será realizada através de amostragem de
deverá ser elaborado por profissional devidamente habilitado, observadas constatação dos dados apresentados no Relatório Técnico de Identificação
as exigências contidas no presente decreto. de Fitofisionomias, não possuindo cunho estatístico.
§ 1º O responsável técnico deverá apresentar Anotação de Parágrafo único Para realização da vistoria técnica serão
Responsabilidade Técnica (ART); utilizados os procedimentos definidos no Procedimento Operacional Padrão
(POP) de vistoria de fitofisionomias.
§ 2º Juntamente com o relatório deverão ser apresentados os
comprovantes de recolhimento das taxas de análise e vistoria. Seção II
Da Análise e Elaboração do Parecer Técnico
Art. 7º O relatório deverá ser apresentado no SIMCAR no
momento da inscrição do cadastro em formato digital com conteúdo da Art. 12 Após a vistoria ter sido realizada, a equipe da
caracterização fisionômico-estrutural e florística, incluindo as fichas de Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA) elaborará parecer com
campo, planilhas de resultados e mapas nos formatos dispostos no Termo base na comparação entre as informações contidas no Relatório Técnico
de Referência Padrão (TR). apresentado de Identificação das Fitofisionomias e os dados obtidos
durante a vistoria.
§ 1º A caracterização fisionômico-estrutural e florística deverá
ser apresentada de acordo com Termo de Referência Padrão (TR). § 1º O parecer técnico visa constatação de veracidade dos dados
apresentados no Relatório Técnico de Identificação de Fitofisionomias e
§ 2º Quando houver mais de uma fitofisionomia no imóvel rural não terá valor pericial.
o responsável técnico deverá apresentar a qualificação e a quantificação de
cada uma em mapa temático e Carta Imagem Interpretada, acompanhando § 2º No ato da vistoria o responsável técnico pelo relatório que
o Relatório Técnico de Identificação de Fitofisionomias. acompanhou a equipe da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA),
ou outro profissionalhabilitado por ele indicado, receberá um auto de
Art. 8º Quando a área objeto de estudo para definição da fi- inspeção, comprovando sua realização.
tofisionomia estiver totalmente desprovida de cobertura vegetal original,
avaliar-se-á a possibilidade de sua definição por meio dos remanescentes Art. 13 Para a classificação das fitofisionomias apontadas no
das áreas de entorno, considerando a similaridade da vegetação com a relatório técnico apresentado pelo requerente serão utilizados os critérios
área de estudo e as condições atuais da cobertura vegetal. técnicos complementares de análise:
§ 1º Para as áreas sem vegetação remanescente o levantamento I - área basal da vegetação amostrada;
a campo poderá ser realizado em áreas com vegetação nativa, limítrofes ao II - bioma de ocorrência das 10 (dez) espécies de maior
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quarta-feira, 07 de Outubro de 2020
densidade relativa.
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DECRETO Nº 661, DE 06 DE OUTUBRO DE 2020.
Parágrafo único As 10 (dez) espécies de maior densidade
relativa devem ser obrigatoriamente identificadas a nível de espécie. Altera o Decreto nº 840, de 10 de
fevereiro de 2017, que regulamenta as
Art. 14 Toda a vegetação com área basal maior que 22 m² (vinte modalidades licitatórias vigentes, às
e dois metros quadrados) por hectare serão caracterizados como floresta. aquisições de bens, contratações de
serviços, locações de bens móveis,
Parágrafo único Será considerada como cerrado, excepcional-
imóveis e o Sistema de Registro de
mente, a vegetação que ultrapasse 22 (vinte e dois) metros quadrados) de
Preço no Poder Executivo Estadual, e dá
área basal por hectare, desde que não ocorra nenhuma espécie exclusiva
de floresta entre as 10 (dez) de maior densidade relativa. outras providências.
Art. 15 Para a vegetação de até 22m² (vinte e dois metros O GOVERNADOR DO ESTADO DE MATO GROSSO, no uso
quadrados) de área basal por hectare, a classificação fitofisionômica será das atribuições que lhe confere o artigo 66, inciso III e V da Constituição
baseada na composição florística. Estadual, e
§ 1º Será classificada como cerrado toda a vegetação em que CONSIDERANDO o disposto nos §§ 1º e 2º do art. 1º do Decreto
não ocorram espécies exclusivas de floresta entre as 10 (dez) de maior
Estadual nº 1.047, de 28 de março de 2012, que estabelece as obrigações
densidade relativa.
por órgãos e entidades do Poder Executivo Estadual que deverão ser
§ 2º Será classificada como floresta toda a vegetação em que previamente autorizadas pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico e
não ocorram espécies exclusivas de cerrado entre as 10 (dez) de maior Social do Estado - CONDES;
densidade relativa.
CONSIDERANDO o disposto no § 1º do art. 3º do Decreto
§ 3º Será classificada como ecótono toda a vegetação que Estadual nº 840, de 10 de fevereiro de 2017, que estabelece o envio
contenha espécies exclusivas de cerrado, e exclusivas de floresta entre as de documentos mínimos de procedimentos de aquisição de bens e de
10 (dez) de maior densidade relativa. contratação de serviços e locação de bens móveis e imóveis ao CONDES,
§ 5º Para fins de aplicabilidade das regras dispostas no presente
dispositivo, consideram-se espécies de maior densidade relativa o número DECRETA:
de indivíduos total de uma mesma espécie por unidade de área.
Art. 1º Fica alterado o § 1º do art. 3º, do Decreto nº 840, de 10
Art. 16 Nos casos em que as 10 (dez) espécies de maior de fevereiro de 2017, que passa a vigorar com a seguinte redação:
densidade relativa sejam de ampla ocorrência, deverá se aumentar o
número de espécies de forma progressiva, com a finalidade de definição “Art. 3º (...)
da tipologia.
(...)
Art. 17 A vegetação enquadrada como ecótono será classificada
como floresta conforme especificado no art. 62-B, III, da Lei Complementar
nº 38, de 21.11.95. § 1º Deverão os órgãos e entidades observar e atender ao
Decreto vigente que trata dos limites de valores para envio dos procedi-
CAPÍTULO V mentos ao CONDES, contendo no mínimo os documentos descritos nos
DISPOSIÇÕES FINAIS incisos I, II, III, IV, V e XI deste artigo, acompanhados de checklist de
verificação de conformidade lavrado pelo secretário adjunto sistêmico e
Art. 18 As áreas cuja classificação da vegetação for alterada despacho de encaminhamento da autoridade do órgão/entidade.
devido a dissonância com o mapa de vegetação do Zoneamento
Socioeconômico e Ecológico do Estado ou do projeto RADAMBRASIL,
(...)”
comprovada após Parecer Técnico de vistoria sobre o Relatório Técnico de
Identificação de Fitofisionomias,comporão um banco de dados geoespaciais
específico e público disponibilizado pela Secretaria de Estado de Meio Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Ambiente (SEMA).
Palácio Paiaguás, em Cuiabá, 06 de outubro de 2020, 199º da
Art. 19 As regras estabelecidas no presente Decreto não se Independência e 132º da República.
aplicam aos processos de classificação de fitofisionomia aprovados pelo
órgão ambiental sob a égide da legislação vigente à época da realização
do ato administrativo.
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