Curso 190536 Aula 01 Grifado d5b9
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Curso 190536 Aula 01 Grifado d5b9
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NOÇÕES INTRODUTÓRIAS
Olá, pessoal! Tudo bem?
Professora Luciana Uhren por aqui! Vamos estudar juntos essa classe gramatical importante e cheia
de detalhes: verbo.
Continue firme na sua caminhada: estamos ainda no começo dos estudos de Língua Portuguesa.
Pense na sua aprovação e mantenha firme seu ritmo de estudos. Vamos lá!
Verbo é um assunto muito cheio de detalhes e cai demais em provas. Abordaremos esse assunto
de maneira mais prática, usando verbos conhecidos como referência. Esses verbos vão servir de
modelos para a conjugação daqueles que mais caem na prova, então você tem que dominar a
conjugação dos verbos modelo. Praticaremos muito!
Há outra forma de estudar a matéria: concentrar-se mais nos exemplos do que tentar gravar as
regras com todos aqueles nomes técnicos de tempos e modos verbais. Vamos economizar no
gramatiquês sempre que possível e enriquecer a aula com mais exemplos, que você deve ler e
incorporar como uma possibilidade da língua. Isso vai te ajudar a reconhecer a alternativa correta
na hora da prova.
Quando trouxermos a conjugação de um verbo, leia com atenção e grife aquelas terminações que
você não conhecia ou que soaram “estranhas”. Escreva-as no canto do material, para poder revisar.
Essas são as que podem te confundir.
Nos temas correlação e modo imperativo, é fundamental memorizar os exemplos, pois eles se
repetem muito e são mais palatáveis que a teoria que os justifica.
Aprenderemos também que, embora os tempos e modos verbais tenham seus sentidos mais
“clássicos”, muitas vezes, outros elementos do contexto podem dar a eles outras nuances
semânticas. A banca explora muito isso. Vamos começar, olho na vaga!!
Abraço,
Prof. Luciana
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Verbo é a classe variável (varia em tempo, modo, número, pessoa) que expressa ação, estado,
fenômeno e processos em geral.
O tempo se refere a quando ocorre a ação (Estudo, Estudei, Estudarei), mas nem sempre o “tempo
verbal” corresponde a um tempo cronológico real idêntico.
Por exemplo, em “vou sair” o verbo está no presente, mas o tempo real da ação é futuro.
O modo indica a atitude da pessoa que fala em relação ao fato que enuncia. Há três modos verbais:
Indicativo (certeza), Subjuntivo (dúvida/hipótese) e Imperativo (ordem/sugestão).
As categorias de número e pessoa indicam qual pessoa do discurso está relacionada ao verbo e se
está no singular ou no plural:
Primeira pessoa: a pessoa que fala (eu, nós)
Segunda pessoa: a pessoa com quem se fala (tu, vós)
Terceira pessoa: a pessoa de quem se fala (ele (a)/eles (as))
Então, aquela velha história de “eu, tu, ele, nós, vós, eles” nada mais é do que a lista das pessoas
do discurso, representadas pelos pronomes retos. O verbo vai se flexionar para concordar com
cada uma dessas pessoas.
A propósito, o fato de ser “pessoa do discurso” não significa que sejam seres humanos e estejam
“falando” de fato! Podemos dizer: “eles caíram e ficaram destruídos” e o “caíram” pode muito
bem referir-se a carros, homens, cachorros, gatos, charutos, figos, potes de Danone ou qualquer
substantivo que esteja na terceira pessoa do plural, ok?
Veja o quadro resumo a seguir:
VERBO
Palavra variável que indica ação, estado, fenômeno e processo em geral
TEMPO – momento em que ocorre a ação Presente
Pretérito
Futuro
MODO – diferentes maneiras em que um fato Indicativo – indica um fato certo.
pode se realizar Subjuntivo – enuncia um fato hipotético,
duvidoso, possível.
Imperativo – exprime ordem, conselho,
pedido, proibição.
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PESSOA – quem realiza a ação verbal Singular – eu (1ª), tu (2ª), ele (3ª)
Plural – nós (1ª), vós (2ª), eles (3ª)
Para trabalharmos com verbos, temos que dominar um verbo de cada conjugação, que nos sirva
de modelo. Esse modelo vai nos dar a estrutura geral de qualquer conjugação e se aplicará à
maioria dos verbos.
Depois estudaremos as exceções que as bancas mais gostam de cobrar, verbos que se parecem,
enganam, mas não seguem uma determinada conjugação, como verbos irregulares e anômalos.
Os verbos podem ser de:
1ª conjugação (terminam em -AR);
2ª (terminam em -ER);
3ª (terminam em -IR).
Assim mesmo, na ordem alfabética A, E, I...
VERBOS
1ª CONJUGAÇÃO 2ª CONJUGAÇÃO 3ª CONJUGAÇÃO
AMAR BEBER SORRIR
FALAR ESCREVER DORMIR
ESTUDAR CORRER IMPRIMIR
Temos então que saber um verbo de cada conjugação e usá-lo como modelo.
Por finalidade mnemônica, nesta aula vamos usar como modelo os verbos beber (2ª conjugação),
cair (3ª conjugação) e levantar (1ª conjugação) =). Essas vogais (A, E, I) são chamadas de vogal
temática e vão aparecer na maioria das formas do verbo (Ex.: tapAr, tapAsse, tapAram; olhAr,
olhAsse, olhAram).
Então, se você souber conjugar um verbo de 1ª conjugação, poderá aplicar essa conjugação a
outros verbos da mesma conjugação, pois seguirão o mesmo padrão.
Tomemos como exemplo o verbo LEVANTAR, de 1ª conjugação. Vamos conjugá-lo em três
tempos: presente, pretérito perfeito e futuro, respectivamente.
LEVANTAR
Modo indicativo
PRESENTE PRETÉRITO PERFEITO FUTURO
EU levanto EU levantei EU levantarei
TU levantas TU levantaste TU levantarás
ELE levanta ELE levantou ELE levantará
NÓS levantamos NÓS levantamos NÓS levantaremos
VÓS levantais VÓS levantastes VÓS levantareis
ELES levantam ELES levantaram ELES levantarão
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Agora, observem que se tomarmos outro verbo de mesma conjugação, nos mesmos tempo e
modo, as terminações seguirão o mesmo padrão.
AMAR
Modo indicativo
PRESENTE PRETÉRITO PERFEITO FUTURO
EU amo EU amei EU amarei
TU amas TU amaste TU amarás
ELE ama ELE amou ELE amará
NÓS amamos NÓS amamos NÓS amaremos
VÓS amais VÓS amastes VÓS amareis
ELES amam ELES amaram ELES amarão
A diferença está somente no “radical” da palavra, ou seja, da parte da palavra que traz seu sentido
original: “am” e “levant”. O restante do verbo é uma combinação de outros componentes, que
trarão informações adicionais em relação a esse sentido principal que o radical indica.
O verbo é formado de:
Radical + vogal temática + desinências modo-temporais e número-pessoais (DMT) e (DNP).
Essas “partes” do verbo vão denunciar seu sentido primário, tempo, modo, número, pessoa,
conjugação.
Por exemplo, em “Agora amamos chocolate” a desinência número-pessoal –mos revela que o
sujeito é a primeira pessoa do plural, nós, e que a ação de amar se passa no presente. A desinência
–va em “eu amava um beija-flor” revela que o verbo amar está no pretérito imperfeito, que indica
hábito no passado.
Não é necessário individualizar essas terminações nem entrar naquele mundo de tabelas com
desinências de cada tempo, pois não montamos o verbo na nossa cabeça de pedacinho em
pedacinho, mas sim comparando com outros verbos já familiares. As desinências relevantes para a
prova serão apontadas oportunamente.
MODO INDICATIVO
Modo verbal que expressa certeza, fatos vistos como certos, consumados, concretos.
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Presente do Indicativo
Fato permanente, verdade atemporal, universal, vista A água ferve a 100 graus.
como fato certo, indiscutível O Brasil faz parte do Mercosul.
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Pretérito Perfeito do Indicativo
Fato que teve início e fim num passado próximo ou Li duas aulas de constitucional hoje.
distante
Li muitos livros na minha infância.
Fato passado já concluído, mas cujos efeitos perduram Aprendi inglês na infância.
até o presente
Nunca entendi contabilidade.
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Essa última locução poderia ser substituída por “venho levantando”, pois a locução formada de
“IR/VIR no presente do indicativo + gerúndio” sugere as mesmas relações do pretérito perfeito
composto: o gerúndio mantém essa ideia de ‘continuidade’ e ‘duração’ do processo, e o auxiliar
“venho”, no presente, preserva a ideia de que a ação perdura até o presente.
Obs1: Não se assuste, “tempo composto” é apenas um tempo formado por uma combinação de
verbos (locução verbal), ou seja, é “composto” porque tem mais de uma forma verbal: Verbo
ter/haver + Verbo no PARTICÍPIO.
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Tenho estudado nos últimos meses. (auxiliar no presente!)
Tenho andado distraído... (auxiliar no presente!)
1. (PGE-PE / 2019)
Raras vezes na história humana, o trabalho, a riqueza, o poder e o saber mudaram
simultaneamente.
A coerência e a correção gramatical do texto seriam preservadas se a forma verbal “mudaram”
fosse substituída por mudam.
Comentários:
Observem que a banca está apenas falando de correção (ausência de erro) e coerência (lógica,
ausência de contradição). Então, não há nenhum problema em usar o presente “mudam” no lugar
do pretérito perfeito “mudaram”, uma vez que seria lógico também usar o presente histórico:
“mudam” indicando tempo passado, recurso utilizado para aproximar do leitor o fato passado
narrado, para dar maior dinamicidade e verossimilhança ao texto. Questão correta.
2. (PF / 2018)
No fim do século XVIII e começo do XIX, a despeito de algumas grandes fogueiras, a melancólica
festa de punição de condenados foi-se extinguindo. Em algumas dezenas de anos, desapareceu o
corpo como alvo principal da repressão penal: o corpo supliciado, esquartejado, amputado,
marcado simbolicamente no rosto ou no ombro, exposto vivo ou morto, dado como espetáculo.
Ficou a suspeita de que tal rito que dava um “fecho” ao crime mantinha com ele afinidades
espúrias: igualando-o, ou mesmo ultrapassando-o em selvageria, acostumando os espectadores a
uma ferocidade de que todos queriam vê-los afastados, mostrando-lhes a frequência dos crimes,
fazendo o carrasco se parecer com criminoso, os juízes com assassinos, invertendo no último
momento os papéis, fazendo do supliciado um objeto de piedade e de admiração.
A punição vai-se tornando a parte mais velada do processo penal, provocando várias
consequências: deixa o campo da percepção quase diária e entra no da consciência abstrata; sua
eficácia é atribuída à sua fatalidade, não à sua intensidade visível; a certeza de ser punido é que
deve desviar o homem do crime, e não mais o abominável teatro
Embora tanto o primeiro quanto o segundo parágrafo do texto tratem de acontecimentos
passados, o emprego do presente no segundo parágrafo tem o efeito de aproximar os
acontecimentos mencionados ao tempo atual, o presente.
Comentários:
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Exatamente. O texto é narrativo e histórico, então é comum a utilização do “presente com valor
de passado”, o chamado presente histórico. Esse recurso aproxima os fatos narrados do momento
da leitura, deixando a narrativa mais dinâmica e verossímil. Questão correta.
3. (CAGE-RS / 2018)
Estas memórias ficariam injustificavelmente incompletas se nelas eu não narrasse, ainda que de
modo breve, as andanças em que me tenho largado pelo mundo na companhia de minha mulher
e de meus fantasmas particulares.
Assinale a opção que apresenta uma forma / locução verbal do texto 1A9AAA que denota uma
ação / um fato que ocorreu repetidamente no passado e que se prolonga até o momento da
narração do texto.
A) “tenho largado” B) “fui possuído” C) “tem” D) “haja fugido” E) “narrasse”
Comentários:
Não havia necessidade do texto inteiro. Sabemos já que “tenho largado” é locução do pretérito
perfeito composto, que indica justamente isto: ação habitual que começa no passado e perdura
até o presente momento, o momento da fala/narração. Gabarito letra A.
4. (TRE BA / 2017)
...Esta [a discussão democrática do orçamento] tem sido uma prática, sobretudo no nível do poder
local, que tem ajudado na construção de uma democracia participativa.
A correção gramatical, a coerência e o sentido do texto CG2A1AAA seriam mantidos caso a forma
verbal “tem ajudado” fosse substituída por
a) vem ajudando. b) ajudou. c) ajudaria. d) vinha ajudando. e) pode ajudar.
Comentários:
“Tem ajudado” é locução de pretérito perfeito composto, que indica uma ação que começou em
determinado momento do passado e perdura no presente. Esta locução pode ser substituída por
“vem ajudando”, são equivalentes. Gabarito letra A.
5. (TRF 1ª REGIÃO / 2017)
As recorrentes menções a esse tema (a economia informal) refletem as dificuldades que as
organizações, os indivíduos e o coletivo social vêm enfrentando para superar, com as regras legais
vigentes ou com os procedimentos-padrão, as mudanças estruturais econômicas, políticas e sociais
em andamento.
A correção e a coerência do texto seriam mantidas caso a forma verbal “vêm enfrentando” fosse
substituída por têm enfrentado.
Comentários:
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Ambas indicam ação que ainda está em progresso no presente. Questão correta.
“Antigamente eu_____”.
Ex.: Antigamente eu bebia / eles caíam / elas levantavam...
As desinências de pretérito imperfeito do indicativo que você deve procurar são “VA A IA INHA”
(amaVA, compraVA, erA, pretendiA, IA, faZIA, vINHA, tINHA).
Fatos repetidos, frequentes, habituais no passado Antigamente eu estudava todo dia e ainda
malhava.
Quando eu era pequeno, eu achava a vida
chata.
Uma ação que estava ocorrendo (ação durativa ou Eu estava dormindo, quando o cachorro
contínua) quando outra (instantânea) aconteceu latiu.
Ação planejada, esperada, que não se realizou Eu pretendia começar hoje o curso, porém
foi tudo cancelado.
Quando eu ia avisar, já era tarde demais.
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6. (TCE-PA / 2016)
Mas o tenente Souza pensava de modo contrário!
Apontava à lua com o dedo, deixava-se ficar deitado quando passava um enterro, não se benzia
ouvindo o canto da mortalha, dormia sem camisa, ria-se do trovão! Alardeava o ardente desejo de
encontrar um curupira, um lobisomem ou uma feiticeira. Ficava impassível vendo cair uma estrela,
e achava graça ao canto agoueiro do acauã, que tantas desgraças ocasiona. Enfim, ao encontrar
um agouro, sorria e passava tranquilamente sem tirar da boca o seu cachimbo de verdadeira
espuma do mar.
Julgue o item que se segue, referente aos aspectos linguísticos do texto.
No último parágrafo do texto, o emprego das formas verbais no pretérito imperfeito do indicativo
indica que as ações do tenente Souza eram habituais. Tais hábitos acabam por caracterizar o
personagem.
Comentários:
Indica um evento perfeitamente acabado antes de outro no passado, ou seja, uma ação
passada antes de outra passada. Ex.:
Quando cheguei ao ponto, o ônibus já passara.
Já passara das dez quando o táxi chegou.
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Fique atento, sua desinência é –RA.
Esse tempo caiu em desuso na língua portuguesa. Hoje, sua principal função linguística é derrubar
o combalido candidato de concurso público. Interessa-nos saber aqui que existe o pretérito mais-
que-perfeito composto, que é semanticamente equivalente ao mais-que-perfeito simples.
O pretérito mais-que-perfeito composto é formado pela locução Tinha / Havia + Particípio. Ex.:
Quando cheguei ao ponto, o ônibus já havia passado.
Já tinha passado das dez quando o táxi chegou.
7. (SEFAZ-RS / 2019)
Os sentidos originais e a correção gramatical do texto 1A11-I seriam preservados se a forma verbal
“invertera” fosse substituída por
A) inverteria. B) teria invertido. C) invertesse. D) havia invertido. E) houve de inverter.
Comentários:
InverteRA é forma do pretérito mais-que-perfeito simples; sabemos que é possível substituir essa
forma simples pela sua forma composta: tinha ou havia invertido. Gabarito letra D.
8. (TCM-BA / 2018)
É a época em que a burguesia, que assumira o poder havia pouco tempo, executava uma espécie
de junção entre a moral e a natureza.
Julgue o item a seguir.
Com o emprego da forma verbal “assumira”, exprime-se a anterioridade de uma ação em relação
a outra.
Comentários:
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A burguesia TINHA/HAVIA ASSUMIDO o poder havia pouco tempo e executava uma espécie de
junção entre a moral e a natureza.
O evento de “assumir o poder” é anterior à ação de “executar a junção”, então temos a
anterioridade de uma ação em relação a outra. Questão correta.
9. (Polícia Científica / 2016)
Seriam mantidos os sentidos e a correção gramatical caso a forma verbal “entrara” fosse substituída
por
a) entrava. b) haveria entrado. c) tinha entrado. d) há de entrar. e) entraria.
Comentários:
Fato futuro em relação ao momento da fala Passarei no concurso dos meus sonhos.
Pode indicar incerteza ou dúvida (geralmente em Será que a prova virá fácil?
perguntas) Não estaremos sendo muito rígidos com
nossos cônjuges?
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Ressaltamos que, atualmente, praticamente não se usa o futuro do presente simples na linguagem
falada. O falante normalmente substitui esse tempo por uma expressão verbal formada por
Presente do verbo IR+Verbo no Infinitivo: “eu vou fazer” no lugar de “eu farei”.
O futuro também é usado com valor de imperativo, em frases categóricas como:
Não matarás. Honrará pai e mãe.
A pena não passará da pessoa do condenado.
Na forma composta, o futuro do presente indica que um fato é concluído antes de outro no futuro:
Quando você chegar, já terei jantado.
Em interrogativas, pode indicar também a dúvida/possibilidade sobre um fato passado:
Não terá sido em vão nosso esforço?
Terão chegado a tempo na escola?
Grave que esse tempo traz terminação –RIA. Para reconhecer esse tempo verbal,
uma dica é pensar:
“se eu pudesse, eu_____”.
Nessa lacuna você vai inserir verbos como
Ex.: Levantaria, beberia, cairia, viajaria...
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Como sugere o nome, indica fato futuro em relação a outro fato, no passado. O marco temporal é
o pretérito e após esse marco pretérito ocorre uma ação.
Assim como o futuro do presente, pode expressar Quem seria capaz de acertar essa questão?
incerteza sobre fatos passados Ela teria, segundo estimativas, 4 milhões de
libras.
Em contextos condicionais, indica fatos que não Se eu soubesse, teria contado a todos.
ocorreram e provavelmente não ocorrerão Eu continuaria trabalhando, mesmo se
(expressa fato futuro duvidoso, dependente de ganhasse na loteria.
uma condição.
Nesse ponto, percebemos que há estreita
correlação entre futuro do pretérito (-IA) e pretérito
imperfeito do subjuntivo (-SSE). Então é muito
comum em prova essa condicional correlacionando
esses dois tempos. (Se eu pudeSSE, viajaRIA).
Pode ser usado para expressar polidez em pedidos Seria bom você estudar mais português.
e conselhos Quem gostaria de uma sobremesa?
O futuro do pretérito composto (Base: teria / + particípio), funciona de forma muito semelhante.
Observe:
Se tivéssemos morado juntos, teríamos sido felizes?
(Fato que teria ocorrido no passado, se concretizada uma condição)
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Em interrogativas, pode indicar também a dúvida/possibilidade sobre um fato passado. Ex.:
Não terá/teria sido em vão nosso esforço?
Terão/teriam chegado a tempo na escola?
Simples Amei
Perfeito
Composto Tenho Amado
Simples Amara
Mais-que-perfeito
Composto Tinha amado
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Simples Amarei
do Presente
Composto Terei amado
Futuro
Simples Amaria
do Pretérito
Composto Teria amado
Comentários:
Não há dúvida, o futuro do pretérito foi utilizado pela natureza condicional das ideias do período.
Na hipótese de não emanar do Estado o poder de tributar, qualquer imposição tributária privada
seria comparável a usurpação ou roubo. Questão incorreta.
11. (EMAP / 2018)
O Juca era da categoria das chamadas pessoas sensíveis, dessas a que tudo lhes toca e tange. Se
a gente lhe perguntasse: “Como vais, Juca?”, ao que qualquer pessoa normal responderia “Bem,
obrigado!” — com o Juca a coisa não era assim tão simples.
Na linha 3, caso a forma verbal “era” fosse substituída por seria, a respectiva afirmação sobre o
comportamento de Juca seria mais categórica que a que se verifica no texto.
Comentários:
Pelo contrário. Embora seja tempo do indicativo, o futuro do pretérito indica incerteza,
possibilidade, por isso seu uso constante em estruturas condicionais ou hipotéticas:
Ex: Se eu estudasse, passaria na prova.
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Ex: O candidato estaria envolvido em um esquema de propina.
Portanto, de forma alguma deixaria a alternativa mais categórica, mais afirmativa e certa. Questão
incorreta.
12. (CGM - JOÃO PESSOA / 2018)
Nesse futuro não tão remoto, teremos conquistado a utopia de uma verdadeira justiça social.
A substituição de “teremos conquistado” por conquistaremos manteria os sentidos originais do
texto.
Comentários:
“Teremos conquistado” é forma de futuro do presente composto e indica que ação estará
concluída no momento futuro sugerido.
Trazendo para um exemplo mais simples, compare:
Às 21h, jantarei (começarei a comer).
Às 21h, terei jantado (já terei terminado de comer).
Então, “teremos conquistado” indica que a ação de conquistar já estará completa, perfeitamente
concluída. “Conquistaremos” não tem esse sentido, apenas indica a ação como algo que ocorrerá
no futuro, sem esse valor de ação “já concluída” naquele momento. Questão incorreta.
13. (TRE-TO / 2017)
Sem a invenção dos caracteres móveis de imprensa, no século XV, seria impossível haver jornais.
A forma verbal “seria” exprime uma ideia de hipótese dependente de uma condição.
Comentários:
Sim. O futuro do pretérito, embora seja um tempo do modo indicativo, expressa fato incerto,
duvidoso, hipotético ou dependente de condição. É o que ocorre aqui, observem que temos aqui
uma condicional no pretérito, na clássica correlação (Se pudesse, faria):
Se não fossem inventados os caracteres móveis da imprensa (condição), seria impossível haver
jornais (efeito hipotético dependente da condição). Questão correta.
MODO SUBJUNTIVO
Expressa possibilidade, hipótese, fato incerto, duvidoso ou irreal.
As conjunções subordinativas, como regra, levam o verbo para o subjuntivo. Ex.:
Ainda que eu estude.
Se eu pudesse.
Embora fosse você...
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Quando você vir.
Espero que passe na prova.
Esse também é o tempo clássico das orações subordinadas adjetivas: quero um emprego que me
faça bem.
Presente do Subjuntivo
Como mencionado antes, a conjunção subordinativa geralmente leva o verbo para o subjuntivo.
Porém, observe a mudança de sentido que ocorre se trocarmos um tempo indicativo por um
subjuntivo. Ex.:
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Alunos que estudam passam mais rápido. (indicativo>certeza)
Alunos que estudem passam mais rápido. (subjuntivo>dúvida)
Na primeira, o aluno estuda. Na segunda, talvez venha a estudar.
Comentários:
O sujeito é singular: o preconceito, então não há erro nem incoerência em usar ‘é’ no lugar de
“seja”. O que mudaria é o sentido, que passaria a ser mais afirmativo, pela presença de um verbo
no presente do indicativo, modo da certeza, dos fatos concretos. Questão correta.
Os professores fazem cursos, acumulam certificados, sem que isso corresponda a mudança ou
responda aos desafios que encaram na sala de aula.
Sem prejuízo das informações veiculadas no texto, a forma verbal “responda” poderia ser
substituída por atenda.
Comentários:
Responda e Atenda são verbos conjugados no presente do subjuntivo, como ambos possuem a
mesma regência (pedem preposição A) e foram conjugados no mesmo tempo, a troca mantém a
correção e o sentido. Questão correta.
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Pretérito Imperfeito do Subjuntivo
Denota ação posterior a outro fato na oração Duvidei que minha avó bebesse tanta tequila.
principal Pedia que eles se levantassem.
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Futuro do Subjuntivo
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infinitivo diferente do futuro do subjuntivo. Troque pelo verbo fazer. Ex.:
Comentários:
Na verdade, “for” e “vir” são formas flexionadas no modo subjuntivo dos verbos de movimento
ser e vEr. O modo subjuntivo do verbo “vir” seria “vier”. Questão incorreta.
Vamos relembrar a matéria com alguns quadros esquemáticos sobre o modo subjuntivo:
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Presente Indivisível Ex: amE/façA
Futuro
Quando eu Tiver
Composto
amado
MODO IMPERATIVO
Expressa ordem, conselho, pedido, convite, súplica. Divide-se em afirmativo e negativo.
O IMPERATIVO AFIRMATIVO deriva quase inteiramente do presente do subjuntivo (que eu beba,
que eu caia, que eu levante), exceto nas pessoas “tu” e “vós”, que derivam do presente do
indicativo (tu bebes, vós bebeis). Advinha o que cai mais na prova! A exceção! Naturalmente as
exceções, que estão marcadas.
Resumindo: Com “tu” e “vós”, teremos a mesma conjugação do presente do indicativo, só que
sem o “S”: Tu bebes e Vós bebeis vai virar no imperativo bebe tu e bebei vós.
AFIRMATIVO
Levantar Beber Cair
Tu levanta tu bebe tu cai tu
Ele (você) levante ele beba ele caia ele
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Nós levantemos nós bebamos nós caiamos nós
Vós levantai vós bebei vós caí vós
Eles levantem eles bebam eles caiam eles
Não há imperativo na primeira pessoa, pois não é possível dar uma ordem a si mesmo.
Abaixo temos o IMPERATIVO NEGATIVO, que segue o padrão do presente do subjuntivo
normalmente, sem aquelas exceções do “tu” e “vós” explicadas acima. Você conjuga o subjuntivo,
depois insere o “não”. Simples!
NEGATIVO
Levantar Beber Cair
Tu não levantes tu não bebas tu não caias tu
Ele (você) não levante ele não beba ele não caia ele
Nós não levantemos nós não bebamos nós não caiamos nós
Vós não levanteis vós não bebais vós não caiais vós
Eles não levantem eles não bebam eles não caiam eles
Importante é saber que não podemos misturar as pessoas, tu e você, pois a gramática exige
uniformidade de tratamento.
Cuidado com verbos terminados em –ZER /-ZIR, pois geram um imperativo “meio estranho” aos
ouvidos, mas correto: Faze tu ou Faz tu; Conduze ou conduz tu.
O verbo SER tem as seguintes formas de imperativo: Sê tu / Sede vós.
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Susanita emprega verbos no imperativo em todas as falas dirigidas a Mafalda, pois, a todo
momento, dá ordens a ela.
Comentários:
Há alguns verbos no imperativo e de fato indicam ordens: “Use” e “Pense”. Porém, nem todos
estão no modo imperativo: “Entende”, “são” e “querem”, por exemplo, estão no presente do
modo indicativo.
Questão incorreta.
As orações construídas pelas formas nominais são chamadas de orações reduzidas (de infinitivo,
gerúndio ou particípio). As formas nominais também são usadas nas locuções verbais. Ex.:
Posso tentar ajudar.
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Ele devia parar de fumar.
Venho trabalhando demais ultimamente.
Tenho andado distraído.
Eu já tinha feito o trabalho quando ela chegou.
O fato de estar no singular não quer dizer que seja impessoal, pois pode estar flexionado no
singular porque seu sujeito é singular. Vejamos:
É importante estudarmos para a prova.
(Sujeito explícito na desinência -mos = nós; o infinitivo concorda com ele)
Obs.: O uso do infinitivo pessoal é um dos assuntos mais controvertidos da gramática. Gramáticos
como Celso Cunha e Sacconi apenas listam casos de uso “recomendado” ou “conveniente”, sem
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bater o martelo em regras absolutas de concordância. Então, de modo geral, não há regras rígidas
para a concordância do infinitivo pessoal. Na maioria dos casos, se houver um sujeito explícito para
o infinitivo, é permitido concordar com ele. Na locução verbal, o infinitivo é impessoal.
REITERAMOS:
Não confunda o Infinitivo com o Futuro do subjuntivo. Em alguns verbos eles são idênticos na grafia.
Observe:
Quando o inverno chegar, eu quero estar junto a ti. (Futuro do Subjuntivo)
Ao chegar à casa dos outros, limpe os pés. (Infinitivo).
O contexto quase sempre denuncia essa diferença. Porém, se bater aquela dúvida, troque o verbo
por outro que não tenha essa identidade gráfica, troque pelo verbo FAZER. Se o verbo virar “fizER”,
é subjuntivo. Se permanecer “fazER”, é infinitivo.
Quando eu vir o trabalho. (Quando eu fizer o trabalho: futuro do subjuntivo)
Está na hora de vir o resultado. (Está na hora de fazer o resultado: Infinitivo)
Repare que o futuro do subjuntivo do verbo “ver” é idêntico ao “infinitivo” do verbo "vir". Fique
atento a esses verbos e teste a substituição!!!
Para expressar continuidade, é possível usar locução de gerúndio (Ele vem buscando a aprovação),
ou, alternativamente, locução de infinitivo (Ele está a buscar a aprovação) e particípio (Ele tem
buscado a aprovação).
O gerúndio também pode funcionar com valor adjetivo. Ex.:
Tenho um livro ensinando essa questão (um livro que ensina).
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Particípios Abundantes
Há verbos que trazem mais de um particípio, um regular, terminado em –do, e um não regular, que
pode ter diversas terminações. Isso sempre gera muita dúvida no dia a dia e nas provas. Segue
uma pequena lista deles.
Infinitivo Particípio Regular Particípio Irregular
Aceitar Aceitado Aceito
Acender Acendido Aceso
Afligir Afligido Aflito
Assentar Assentado Assento
Corrigir Corrigido Correto
Encher Enchido Cheio
Entregar Entregado Entregue
Expressar Expressado Expresso
Extinguir Extinguido Extinto
Fixar Fixado Fixo
Fritar Fritado Frito
Limpar Limpado Limpo
Misturar Misturado Misto
Morrer Morrido Morto
Pagar Pagado Pago
Submeter Submetido Submisso
Suspender Suspendido Suspenso
Tingir Tingido Tinto
Vagar Vagado Vago
Imprimir Imprimido Impresso
Veja o uso dos particípios:
Regular Serão usados na voz ativa, com Tenho pagado minhas dívidas em
os verbos TER / HAVER. débito automático.
(terminação -do)
Eu nunca havia aceitado bem
críticas.
Irregular Serão usados na voz passiva, O boleto foi pago em dinheiro vivo.
com os verbos SER / ESTAR.
(com outras terminações) Estive suspenso do trabalho, por
desafiar ordens sem sentido.
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Ex.: Tenho impresso meus cursos em PDF!
Ex.: Meu cigarro foi acendido.
Um último alerta: “trago” e “chego” não existem (na prova)! Os particípios corretos são “trazido”
e “chegado”.
Comentários:
Sim. O gerúndio exprime justamente a ação em seu aspecto durativo, contínuo, indica que o verbo
é visto como uma ação/evento/processo em progresso, em andamento. Questão correta.
19. (MPE-PI / 2018)
Eis que se inicia então uma das fases mais intensas na vida de Geraldo Viramundo: sua troca de
correspondência com os estudantes, julgando estar a se corresponder com sua amada.
Os sentidos do texto seriam alterados caso o trecho “estar a se corresponder” (l.2-3) fosse assim
reescrito: estar se correspondendo.
Comentários:
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Não seriam. São formas equivalentes: a+infinitivo equivale à forma de gerúndio.
Estou a cantar=Estou cantando. No português brasileiro, contudo, a forma realmente utilizada é o
gerúndio. Questão incorreta.
20. (PF / 2018)
Os programas mostram diversos detetives, técnicos e cientistas dedicando toda sua atenção a uma
investigação. Na realidade, cada cientista recebe vários casos ao mesmo tempo.
A substituição da forma verbal “dedicando” por que dedicam manteria os sentidos originais do
texto.
Comentários:
O gerúndio indica que a ação é vista como em andamento, em progresso, durativa, contínua.
Então, quando dizemos “mostram detetives dedicando toda sua atenção a uma investigação”, o
verbo sugere que o detetive é visto praticando a ação, é visto enquanto ela está em andamento.
Veja com um exemplo mais simples:
Vi no trabalho o servidor bebendo (estava bebendo quando foi visto, a ação estava em progresso,
foi flagrado durante a ação).
Vi no trabalho o servidor que bebe (apenas sabemos que bebe, não necessariamente estava
bebendo no trabalho)
Então, há alteração de sentido sim. Questão incorreta.
TRANSITIVIDADE VERBAL
A TRANSITIVIDADE de um termo diz respeito à sua necessidade de ter um complemento. Na
prática, se o verbo é “transitivo”, isso significa que “pede um complemento”. Isso é aprofundado
nos tópicos de sintaxe e regência. Vejamos aqui de maneira objetiva:
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VERBO TRANSITIVO complemento diretamente, geral.
INDIRETO COM PREPOSIÇÃO
VERBOS IMPESSOAIS
Verbos impessoais são aqueles que não possuem “pessoa”, não possuem um sujeito. O efeito
prático é que não vão ao plural. Vejamos os principais:
Verbos que indicam fenômenos da natureza: chover, nevar, amanhecer, anoitecer, trovejar ou
formas indicativas de tempo e aspectos climáticos, como “faz sol”, “está frio”, “está tarde”, "ainda
é cedo”, ...
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1) “existir”: Há (existem) pessoas com sudorese no trem.
2) “ocorrer”: Houve (ocorreram) acidentes graves.
3) “tempo decorrido”: Há (faz) 2 anos não me drogo.
No caso 3, o verbo “fazer” também é impessoal e também não se flexiona.
VERBOS UNIPESSOAIS
Verbos unipessoais são aqueles que, pelo sentido, só admitem sujeito na terceira pessoa do
singular ou do plural, por exemplo:
Sem prejuízo da correção gramatical e do sentido original do texto CG1A1-II, a forma verbal “há”
(1º parágrafo) poderia ser substituída por
A) existe. B) ocorre. C) têm. D) tem. E) existem.
Comentários:
Há exceções=Existem exceções. O verbo haver fica no singular, por ser impessoal. Existir faz
concordância normal com o sujeito Exceções. Gabarito letra E.
Candeia era quase nada. Não tinha mais que vinte casas mortas, uma igrejinha velha, um
resto de praça. Algumas construções nem sequer tinham telhado; outras, invadidas pelo mato,
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incompletas, sem paredes. Nem o ar tinha esperança de ser vento. Era custoso acreditar que
morasse alguém naquele cemitério de gigantes.
O único sinal de vida vinha de um bar aberto. Duas mesas de madeira na frente, um
caminhão, um homem e uma mulher na boleia ouvindo música, entre abraços, beijos e carícias
ousadas. Mais desolado e triste que Juazeiro do Norte aquele povoado, muito mais. Em Juazeiro
tinha gente, a cidade era viva. E no meio daquele povo todo sempre se encontrava uma alma boa
como a de sua mãe, uma moça bonita, um amigo animado. Candeia era morta.
Samuel ao menos ficou um pouco feliz por ouvir a música do caminhoneiro. Quase sorriu. O
esboço de alegria durou até aparecer pela porta mal pintada de azul uma mulher assombrosa,
praguejando com uma vassoura na mão e mandando desligar aquela música maldita. O
caminhoneiro a chamou pelo nome:
— Cadê o café, Helenice? Deixa de praguejar, coisa-ruim!
Pela mesma porta saiu uma moça, bem jovem, com uma garrafa térmica vermelha e duas
canecas. Foi e voltou com rapidez, agora trazendo dois pratos, quatro pães pequenos, duas
bananas cozidas e um pote de margarina.
— Cinco reais — ordenou Helenice, com a mão na garrafa térmica. — Só come se pagar.
O homem pagou, sempre rindo da cara de Helenice, visivelmente bêbado.
Samuel ou o caminhoneiro. Não tinha tanto dinheiro para comer naquele fim de tarde, fim
de vida.
No texto CB1A1-I, poderia ser substituído por havia o verbo ter empregado em
A) “Não tinha mais que vinte casas mortas” (L. 1).
B) “Algumas construções nem sequer tinham telhado” (L. 2).
C) “Nem o ar tinha esperança de ser vento” (L. 3).
D) “Em Juazeiro tinha gente” (L. 7-8).
E) “Não tinha tanto dinheiro para comer” (Último parágrafo).
Comentários:
Em “Em Juazeiro tinha gente”, o verbo “ter” é impessoal, com sentido de existir: havia
gente/existia gente.
Nas demais hipóteses, o “ter” tem sentido de posse, então não caberia a substituição por “haver”.
Na letra A, embora haja sentido de posse, entendo que não haveria nenhum problema em usar o
verbo haver: Não havia (existiam) mais que vinte casas mortas. Esse, contudo, não é o melhor
gabarito e a banca deve considerar a letra D. Gabarito letra D.
[...] ocorreram diversos avanços, como, por exemplo, a diminuição da mortalidade infantil e do
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analfabetismo.
A correção gramatical e os sentidos do texto seriam preservados caso a forma verbal “ocorreram”
fosse substituída por
A) existiu. B) aconteceu. C) sucederam. D) tiveram. E) houveram.
Comentários:
Ocorrer é sinônimo de suceder. As letras A e B não poderiam ser a resposta, porque os verbos
estão no singular e o sujeito é “diversos avanços”. Tiveram, na letra D, é informal. Houveram, na
letra E, causaria erro de concordância, uma vez que o verbo haver impessoal, no sentido de
suceder, não vai ao plural.
Gabarito letra C.
O ano de 2017 foi o mais seguro da história da aviação comercial, de acordo com a organização
holandesa Aviation Safety Network (ASN). Foram dez acidentes — nenhum deles envolvendo linhas
comerciais regulares —, com 79 mortos, 44 entre passageiros e tripulantes e outras 35 pessoas
que estavam em terra.
A correção gramatical do texto seria preservada caso se substituísse a forma verbal “Foram” por
Houveram.
Comentários:
A forma correta seria “houve”: o verbo “haver” com sentido de “acontecer” é impessoal e não vai
ao plural:
Houve acidentes.
Aconteceram acidentes. Questão incorreta.
No período “É um orgulho poder contar com você”, a terceira pessoa do singular empregada na
forma verbal “É” justifica-se por tratar-se de um verbo impessoal, como em É tarde.
Comentários:
No primeiro caso, o verbo “ser” não é impessoal e está no singular para concordar com a oração:
[Isto] (“Poder contar com você”) é um orgulho.
Já no segundo caso ("É tarde") o verbo ser é impessoal, indicando tempo. Questão incorreta.
VERBOS AUXILIARES
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Verbos auxiliares são aqueles se unem ao verbo principal em locuções verbais, formando uma
oração única. Então, eles auxiliam na formação da locução e também adicionam algum sentido
extra ao verbo principal.
O verbo auxiliar se flexiona para concordar com o sujeito, enquanto o verbo principal permanece
invariável, numa de suas formas nominais: infinitivo, particípio ou gerúndio.
O sentido principal está no verbo principal, ao passo que o auxiliar traz especificações semânticas
da ação, como duração, aspecto, modo, possibilidade. Ex.:
Os Verbos Auxiliares podem trazer matizes semânticos de modo, “refinando” o sentido do verbo
principal com informação extra sobre a “atitude” do locutor em relação ao verbo. Ex.:
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Estou para tirar férias (sentido de iminência, intuito).
Está para chegar o avião (sentido de iminência, ação por iniciar).
As pessoas iam chegando (ação sucessiva, pouco a pouco).
Venho tratando essa doença há anos (desenvolvimento gradual).
O trabalhou ficou por terminar (ação que deveria ter se realizado).
O avião acabou de aterrissar (ação recém-concluída).
Esses auxiliares podem ser chamados de modalizadores, pois podem ser utilizados para suavizar ou
intensificar o “tom” de verdade, certeza e possibilidade de uma afirmação.
Comentários:
Pela leitura do texto, entendemos que os servidores públicos devem ser submetidos a julgamento
ético-moral por decorrência do princípio constitucional da moralidade. Se essa submissão decorre
de norma constitucional, o verbo “dever” indica obrigação, imposição. Gabarito letra D.
VERBOS DE LIGAÇÃO
Os verbos que indicam ação são chamados de “nocionais". Os verbos de ligação, por sua vez, são
chamados verbos copulativos ou verbos relacionais, porque “ligam” o sujeito a um termo que
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indica um estado ou característica (esse termo é chamado de “predicativo do sujeito”).
Ex: João é feliz / Maria está alegre / O Rio de Janeiro continua lindo.
As bancas têm cobrado as “variações semânticas” dos estados expressos pelos verbos de ligação,
como mudança e permanência. Vejamos:
Estado permanente:
Ex: Minha mãe é mal-humorada.
Estado continuado:
Ex: Minha mãe continua/permanece mal-humorada.
Estado transitório/circunstancial:
Ex: Minha mãe está feliz.
Ex: Minha mãe anda silenciosa ultimamente.
Mudança de estado:
Ex: Minha mãe ficou mal-humorada.
Ex: Minha mãe tornou-se organizada por causa do concurso.
Ex: Minha mãe virou síndica do prédio.
Estado aparente:
Ex: Minha mãe parece distraída.
Ex.: Ana anda deprimida. (“anda” é um verbo de ligação, indica estado transitório e liga o sujeito
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ao predicativo “deprimida”).
Ex.: Ana anda no parque (“anda” é um verbo nocional intransitivo, indica uma ação).
Fique ligado!!!
Comentários:
Exatamente. O verbo “continua” dá ideia de estado continuado, o que é reforçado pelo caráter
durativo do gerúndio “sendo”. Se algo “continua sendo”, então “ainda é”, ou seja, não mudou.
Questão correta.
Anômalos Apresentam total diversidade de radicais Eu sou, tu és… eu fui… eu era… (que)
(Ser, Ir) eu seja… (se) eu fosse… (quando) eu
for…
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faltam algumas formas (normalmente no
presente do indicativo e no presente do
subjuntivo). Veremos os principais em um
tópico separado.
A principal estratégia da banca para enganar o candidato é conjugar um verbo irregular como se
fosse regular. Vejamos:
Os verbos terminados em EAR são irregulares, recebem um “i” em algumas formas. Sejamos
práticos, vamos seguir a conjugação do verbo passear, NAS FORMAS EM QUE TEMOS “I”.
PRESENTE IMPERATIVO
PRESENTE SUBJUNTIVO
INDICATIVO AFIRMATIVO
Eu passeio que eu passeie NÃO HÁ
tu passeias que tu passeies passeia tu
ele passeia que ele passeie passeie ele
nós passeamos que nós passeemos passeemos nós
vós passeais que vós passeeis passeai vós
eles passeiam que eles passeiem passeiem eles
A conjugação do verbo passear é importante para alguns verbos excepcionais que são terminados
em IAR, mas se conjugam como se terminassem em EAR. São as famosas exceções MARIO!
Mediar
Ansiar
Remediar Se conjugam como passear/odiar
Incendiar/intermediar
Odiar
O verbo “mobiliar” se pronuncia da seguinte maneira no presente do indicativo: Eu moBÍlio, tu
moBÍlias, ele moBÍlia... Essas formas são chamadas de “rizotônicas”, nome chique que apenas
indica que a sílaba tônica está no radical...
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Os verbos terminados em UAR são regulares. Siga como exemplo o verbo “aguar” (águo, aguei,
aguamos, aguássemos....). Há duas possibilidades de grafia e pronúncia: AveriGU-E ou AveRÍgue.
O verbo “arguir” perdeu o acento gráfico nas formas sublinhadas: Eu argUo, Tu ArgUis, Ele ArgUi,
Nós arguÍmos, Vós arguÍs, Eles ArgUem....
A conjugação deve seguir o modelo de “influir”, mais familiar.
Quanto aos verbos terminados em OAR, use como modelo o verbo “Doar” e não esqueça que o
hiato “OO” não é acentuado (Doo, Enjoo, Voo...).
Vir e derivados
O verbo vir também é irregular. Outros importantes verbos que caem em prova derivam dele.
Devemos ficar atentos:
Provir
Intervir
Convir Se conjugam como vir
Advir
Sobrevir
Então, acostume-se com sentenças como: ele conveio, ele interveio, se ele proviesse..
Em suma, “PROVER” funciona como “VER” no presente, futuro, pretérito perfeito e futuro do
pretérito do indicativo. Siga o verbo “BEBER” nos outros tempos. Fique ligado!!
Cuidado com o futuro do subjuntivo: prover, proveres, prover, provermos, proverdes, proverem.
"Provir" significa “ter origem de”, "descender", "derivar", "resultar", conjuga-se pelo verbo "vir"
(vem/provém; veio/proveio; vêm/provêm; viesse/proviesse).
Temos absoluta necessidade de conhecer a conjugação do verbo “ver”, pois isso vai facilitar o
contraste com a conjugação do verbo “vir”, assunto cobrado em muitas questões! Trazemos aqui
a conjugação mais cobrada, a do futuro do subjuntivo do verbo “ver”, recite-a como um mantra!
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FUTURO DO SUBJUNTIVO
VIR VER
Comentários:
O verbo advir, assim como provir, convir, sobrevir e intervir, na 3ªp. do singular, é acentuado
(provém, convém, sobrevém, intervém). O sujeito é “a garantia desse preceito”, tendo como
núcleo o substantivo “garantia”, que leva, de fato, o verbo para a 3ª p.s para conco rdar com
ele. Questão correta.
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Entrever
Os demais verbos terminados em VER são regulares. Porém, teremos a seguinte diferença: Se eu
visse, se eu antevisse, se eu prescrevesse...
Deter
Entreter
Manter
Obter
Reter Se conjugam como ter
Abster
Conter
Ater
Cuidado!!! O verbo abater não segue a conjugação de “ter”, é verbo regular de segunda
conjugação e segue o verbo “beber”.
SUBJUNTIVO
Quando ele VIER Quando ele TIVER Se ele VIESSE Se ele TIVESSE
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Quando nós VIERMOS Quando nós TIVERMOS Se nós VIÉSSEMOS Se nós TIVÉSSEMOS
Quando vós VIERDES Quando vós TIVERDES Se vós VIÉSSEIS Se vós TIVÉSSEIS
Quando eles VIEREM Quando eles TIVEREM Se eles VIESSEM Se eles TIVESSEM
Só para reforçar, estão erradas as formas: deteram, detessem, entreteram, quando eu ver, se eu
propor...
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Imperativo afirmativo: adere, adira, adiramos, aderi, adiram.
Imperativo negativo: não adiras, não adira, não adiramos, não adirais, não adiram.
Infinitivo pessoal: aderir, aderires, aderir, aderirmos, aderirdes, aderirem.
Gerúndio: aderindo.
Particípio: aderido.
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29. (SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA / 2018)
Embora a perspectiva desses autores divirja entre si...
Embora haja semelhança de sentido entre os verbos divergir e diferir, a substituição da forma verbal
“divirja” por difere prejudicaria a correção gramatical do texto.
Comentários:
No presente do subjuntivo, a forma do verbo ‘diferir’ vai ser “difirA” (que eu “fira”). Questão
correta.
Querer X requerer
Vamos relembrar um verbo parcialmente regular.
Requerer não é derivado de “querer”, ele segue, de modo geral, as terminações do verbo “beber”.
Porém tem um detalhe: ele recebe um “i” na primeira pessoa do presente do indicativo (requeIro)
e também no presente do subjuntivo, que deriva do indicativo (que eu requeIra; que tu requeIras;
que ele requeIra...)
Os verbos requerer, dizer, fazer e trazer, na 2.a pessoa do singular, apresentam no imperativo
afirmativo duas formas: dize ou diz, faze ou faz, traze ou traz, requere ou requer. Vale muito a pena
memorizar a sua conjugação.
CAI DEMAIS!!! Além do presente do indicativo e do subjuntivo, atenção às diferenças nas
conjugações do pretérito perfeito do indicativo e do imperfeito do subjuntivo.
QUERER
Presente do indicativo: quero, queres, quer, queremos, quereis, querem.
Pretérito perfeito do indicativo: quis, quiseste, quis, quisemos, quisestes, quiseram.
Pretérito imperfeito do indicativo: queria, querias, queria, queríamos, queríeis, queriam.
Pretérito mais-que-perfeito do indicativo: quisera, quiseras, quisera, quiséramos, quiséreis, quiseram.
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Futuro do presente do indicativo : quererei, quererás, quererá, quereremos, querereis, quererão.
Futuro do pretérito do indicativo : quereria, quererias, quereria, quereríamos, quereríeis, quereriam.
Presente do subjuntivo: queira, queiras, queira, queiramos, queirais, queiram. (OBSERVEM A MUDANÇA
NO RADICAL)
Pretérito imperfeito do subjuntivo: quisesse, quisesses, quisesse, quiséssemos, quisésseis, quisessem.
(OBSERVEM QUE SE GRAFAM COM “S”, NÃO “Z”. )
Futuro do subjuntivo: quiser, quiseres, quiser, quisermos, quiserdes, quiserem.
Imperativo afirmativo: quer(e), queira, queiramos, querei, queiram.
Imperativo negativo: não queiras, não queira, não queiramos, não queirais, não queiram.
Infinitivo pessoal: querer, quereres, querer, querermos, quererdes, quererem.
Gerúndio: querendo.
Particípio: querido.
REQUERER
Presente do indicativo: requeiro, requeres, requer, requeremos, requereis, requerem.
Pretérito perfeito do indicativo: requeri, requereste, requereu, requeremos, requerestes, requereram.
Pretérito imperfeito do indicativo: requeria, requerias, requeria, requeríamos, requeríeis, requeriam.
Pretérito mais-que-perfeito do indicativo: requerera, requereras, requerera, requerêramos, requerêreis,
requereram.
Futuro do presente do indicativo: requererei, requererás, requererá, requereremos, requerereis, requererão.
Futuro do pretérito do indicativo: requereria, requererias, requereria, requereríamos, requereríeis,
requereriam.
Presente do subjuntivo: requeira, requeiras, requeira, requeiramos, requeirais, requeiram.
Pretérito imperfeito do subjuntivo: requeresse, requeresses, requeresse, requerêssemos, requerêsseis,
requeressem.
Futuro do subjuntivo: requerer, requereres, requerer, requerermos, requererdes, requererem.
Imperativo afirmativo: requer(e), requeira, requeiramos, requerei, requeiram.
Imperativo negativo: não requeiras, não requeira, não requeiramos, não requeirais, não requeiram.
Infinitivo pessoal: requerer, requereres, requerer, requerermos, requererdes, requererem.
Gerúndio: requerendo.
Particípio: requerido.
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30. (FUB / 2015/ Adaptada)
No trecho “A sustentabilidade (...) ambientais” (A sustentabilidade corporativa requer negócios
amparados em boas práticas de governança e em benefícios sociais e ambientais...), para expressar
um fato ocorrido em momento anterior ao atual, que foi totalmente terminado, a forma verbal
“requer” deveria ser substituída por requereu. Nesse caso, mesmo após a alteração do tempo
verbal, a referência à pessoa do discurso seria mantida.
Comentários:
A banca pede dois conhecimentos. Primeiro: o pretérito perfeito expressa fato ocorrido em
momento anterior, fato que foi totalmente terminado? Sim.
Segundo: a forma do requerer no pretérito perfeito, na terceira pessoa do singular
(sustentabilidade, ela) é mesmo requereu? Sim.
O verbo requerer não segue exatamente a forma do verbo querer; tem forma específica, com I, na
primeira pessoa do singular do presente do indicativo e nas formas do presente do subjuntivo; nos
demais tempos, segue de modo geral o verbo beber. Questão correta.
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Verbo Aprazer
Esse verbo é bastante irregular e compartilha o radical do adjetivo aprazível, com sentido de
agradável. Para lidar com ele na hora da prova, lembre-se de algumas terminações do verbo haver
em que há “V” e base “ou” na palavra, a saber:
Pretérito mais-que-perfeito: Eu aprouvera, tu aprouveras...
Pretérito imperfeito do subjuntivo: Se eu aprouvesse; se tu aprouvesses...
Futuro do subjuntivo: Quando eu aprouver; quanto tu aprouveres...
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Comentários:
Questão estilo “sabe ou não sabe”. O verbo aprazer de fato tem o mesmo radical do adjetivo
aprazível e sofre transformação no futuro e no pretérito imperfeito do subjuntivo, bem como no
pretérito perfeito e mais-que-perfeito do indicativo, assumindo a terminação –ouve+desinência.
No caso em tela, a conjunção subordinativa “como” joga o verbo para o futuro do subjuntivo:
aprazer se torna aprouver. Questão correta.
VERBOS DEFECTIVOS
São aqueles verbos que têm defeito de conjugação, pois não são conjugados em todas as pessoas,
normalmente pela semelhança que a conjugação teria com outro verbo (Falar e Falir: eu falo), ou
pelo mau som: “ela computa”... Na maioria dos casos, são conjugados só na primeira e segunda
pessoa do plural do modo indicativo, na segunda pessoa do plural do modo imperativo e não
possuem flexões no presente do subjuntivo (porque não têm o presente do indicativo).
Por não trazerem a primeira pessoa do singular do presente do indicativo, são defectivos os
verbos: abolir, banir, brandir, carpir, colorir, computar, delir, explodir, ruir, exaurir, demolir, puir,
delinquir, fulgir (resplandecer), feder, aturdir, bramir, esculpir, extorquir, retorquir, soer (costumar:
ter costume de).
Há certa controvérsia entre esses verbos, pois alguns gramáticos e dicionários listam verbos
defectivos como regulares. Não podemos entrar nessa discussão, então vamos destacar alguns
que já foram cobrados em prova.
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Reaver e Precaver não trazem “J” nem “nh” na sua conjugação. Então, estão incorretas formas
como “precaveja”, “reaveja”, “reavenha”.
Para você não ter que estudar a conjugação dele inteira, siga essa dica: o verbo Reaver só se
conjuga naquelas pessoas em que o verbo Haver tem “v” na palavra. Segue a primeira pessoa de
cada tempo em que isso ocorre, para você saber o padrão: reouve, reavia, reouvera, reaverei,
reaveria.
Obs.: Nessa mesma linha estão os verbos “falir” e “adequar”, que também só possuem as pessoas
‘nós’ e ‘vós’ no presente do indicativo.
Cuidado: Apesar de “estranhos”, estes verbos não são considerados defectivos: caber, valer,
redimir, polir, sortir, rir, escapulir, entupir, sacudir.
VERBO VICÁRIO
São chamados de Verbos Vicários aqueles que fazem as vezes de outros verbos, substituindo-os
para evitar repetição. Os mais comuns são os verbos ser e fazer.
Ex.: Eu poderia ter fugido, mas não o fiz. (“o fiz” retoma “ter fugido”)
Ex.: Se você não estudou foi porque teve preguiça. (“foi” retoma “não estudou”)
Ex.: Se ela não aceita ir ao cinema é porque não quer. (“é” retoma “aceita”)
Observe que há dois verbos e um substitui o outro, quando vicário, o “fazer” não traz seu sentido
próprio, pois assume o sentido do outro verbo.
As estruturas com esses verbos costumam ser cobradas até em questões de compreensão textual,
quando a banca pode perguntar o referente do pronome.
VERBOS PRONOMINAIS
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São aqueles que trazem um pronome “integrante” do verbo e que não podem ser conjugados sem
ele.
Há diversos verbos que podem ser usados como pronominais: lembrar-se; esquecer-se. Nesses
casos, a regência passa a exigir a preposição “DE”.
As bancas gostam de perguntar se o pronome é parte integrante do verbo e/ou, se exerce função
sintática, ou se pode ser suprimida. Nos verbos que não são essencialmente pronominais, como
lembrar e esquecer, a retirada do pronome DEVE ser acompanhada também da retirada da
preposição.
Ex: Eles não se arrependem de nada. (o “se” é parte integrante, não pode ser retirado e nem
exerce qualquer função sintática. Não pense que é reflexivo, tampouco recíproco, pois não
podemos arrepender a outra pessoa nem a nós mesmos: se arrepender não é arrepender a si
mesmo. Claro?)
Um critério importante é sempre verificar se o verbo vai ter sentido passivo, pois a banca vai tentar
confundir você afirmando que o “se” representa voz passiva sintética, como em “Alugam-se casas”
(casas são alugadas).
53
Comentários:
Sim. Aqui, temos o “pronome demonstrativo neutro usado ao lado de um verbo vicário. “Fazer”
retoma a ação anterior (agir...)”:
Fazê-lo = Fazer isso (o que foi mencionado: agir para tentar evitar uma calamidade). Questão
correta.
54
(fut.pres) (fut.subj)
Ex: Farei tudo tudo o que eu puder.
(pres.) (pres.)
Ex: Juro que não deixo mais de revisar.
(pres.subj) (fut.pres.)
Ex: Aonde quer que eu vá, eu levarei você no olhar...
(pres.subj) (pres.)
Ex: Aonde quer que eu vá, eu levo você no olhar...
(pret.imp) (pret.imp)
Ex: Eu estudava enquanto ele soltava fumaça pelo nariz.
Nos exemplos acima, uma ação interrompe a outra ou ocorre simultaneamente à outra,
respectivamente.
Recapitulando: essas são as correlações que mais caem, leiam-nas várias vezes! Ex.:
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Vejo que você malha.
É preciso que você estude.
Quando terminarem, estarei dormindo.
Se eu tivesse esse carro, já teria morrido.
Vi que você trouxe um presente.
Sugiro que procure um psiquiatra.
Sugeri que procurasse um psiquiatra.
Espero que tenha procurado um psiquiatra.
Esperei que tivesse procurado um psiquiatra.
Não é produtivo querer gravar a regra de cada correlação, foque nos exemplos
acima e nas “correlações essenciais”!
Comentários:
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pelas atividades do trabalho humano.
Comentários:
Comentários:
VOZES VERBAIS
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As vozes verbais indicam a relação do sujeito com o verbo, definindo o papel do sujeito como
agente ou paciente.
VOZ PASSIVA O sujeito é paciente, sofre a ação, [Os criminosos] foram detidos pelo
recebe o efeito da ação. policial.
Detiveram-SE [os criminosos].
VOZ REFLEXIVA Os sujeitos praticam uma ação [Os criminosos] se abraçaram na prisão.
RECÍPROCA uns nos outros, mutuamente
Há casos em que o verbo tem sentido passivo (levei um soco), mas ainda assim, sintaticamente, a
voz é ativa, porque o sujeito sintático pratica a ação.
A voz passiva se divide em analítica e sintética ou pronominal.
O que mais cai em prova é a conversão de voz ativa para voz passiva, ou entre tipos de voz passiva.
Aqui, é necessário reconhecer as funções sintáticas básicas: sujeito (entidade ligada ao verbo em
papel de agente ou paciente) e objeto direto (complemento verbal sem preposição).
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O campeão foi derrotado pelo desafiante. (voz passiva analítica)
Suj Paciente Ser + Particípio Agente da passiva
Flagraram o homem comendo Nutella escondido. (Voz ativa com sujeito indeterminado, na
terceira pessoa do plural).
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36. (MP-CE / 2020)
Comentários:
Aqui, temos voz passiva sintética: VTD + SE. Para confirmar, observe o valor passivo:
Desenvolveram-se meios técnicos =Meios técnicos foram desenvolvidos
O núcleo do sujeito passivo é “meios”, daí a forma no plural. Questão correta.
Comentários:
preservou-se, com o passar dos séculos, a associação dos atributos de beleza e expressão cultural
ao valor monetário das moedas
A correção gramatical e os sentidos do texto seriam preservados caso a forma “preservou-se” fosse
substituída por
A) teriam sido preservados.
B) tinha sido preservada.
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C) foi preservada.
D) foram preservados.
E) teria sido preservada.
Comentários:
Durante o período do Estado Novo (1937-1945), no governo de Getúlio Vargas, foram adotados
dispositivos legais para fortalecer a família numerosa, por meio de diversas medidas...
A substituição de “foram adotados” por adotou-se preservaria a correção e o sentido do texto.
Comentários:
Temos voz passiva analítica com sujeito plural: Dispositivos foram adotados. Na conversão para a
voz passiva sintética, o verbo também fica no plural:
AdotaraM-se dispositivos. Questão incorreta.
Todos esses senhores [que buscam pela violência o domínio sobre a mulher] parece que não
sabem o que é a vontade dos outros. Eles se julgam com o direito de impor o seu amor ou o seu
desejo a quem não os quer. Não sei se se julgam muito diferentes dos ladrões à mão armada
É de se supor que quem quer casar deseje que a sua futura mulher venha para o tálamo conjugal
com a máxima liberdade, com a melhor boa-vontade, sem coação de espécie alguma, com ardor
até, com ânsia e grandes desejos; como é então que se castigam as moças que confessam não
sentir mais pelos namorados amor ou coisa equivalente?
O vocábulo se recebe a mesma classificação em “se julgam” (L.2) e “se castigam” (L.6).
Comentários:
No primeiro caso, os “senhores violentos” se julgam (julgam a si próprios) com o direto de impor
o seu amor. Temos SE reflexivo.
No segundo caso, as moças “são castigadas”, recebem o castigo; então o sentido é passivo e o
SE é pronome apassivador. A classificação não é a mesma. Questão incorreta.
61
41. (IHBDF / 2018)
A vida de Florence Nightingale, a criadora da moderna enfermagem, daria um romance. [...] Aos
dezesseis anos, algo aconteceu: Deus falou-me — escreveu depois — e convocou-me para servi-
lo.
Servir a Deus significava, para ela, cuidar dos enfermos, e especialmente dos enfermos
hospitalizados. Naquela época, os hospitais curavam tão pouco e eram tão perigosos (por causa
da sujeira, do risco de infecção) que os ricos preferiam tratar-se em casa. Hospitalizados eram só
os pobres, e Florence preparou-se para cuidar deles, praticando com os indigentes que viviam
próximos à sua casa. Viajou por toda a Europa, visitando hospitais.
Sidney Herbert, membro do governo inglês e amigo pessoal, pediu-lhe que chefiasse um grupo
de enfermeiras enviadas para o front turco, uma tarefa a que Florence entregou-se de corpo e
alma...
Nos trechos “Florence preparou-se” e “Florence entregou-se”, a partícula “se” classifica-se como
pronome apassivador.
Comentários:
As ações se referem à própria pessoa: Florence entregou a si mesma e preparou a si mesma. Não
sofreu ação de algum outro agente, então não há sentido passivo. A partícula “se” classifica-se
como pronome reflexivo. Questão incorreta.
62
Choveu torrencialmente hoje.
Havia um artista na minha cela.
Levei um soco nos dentes da frente.
Se você não conseguiu, parabéns! Essas sentenças não aceitam transposição por trazerem sentido
passivo, de posse ou existência ou por trazerem verbos transitivos indiretos ou intransitivos.
Ainda que haja um “OD” em “tive um cachorro”, o verbo “ter” não vai poder assumir um sentido
passivo, por razões semânticas. Veja que incoerente: “um cachorro foi tido por mim”. Entendeu?
Excepcionalmente, verbos como “responder, obedecer e pagar” podem aparecer na voz passiva.
Ex.: A pergunta foi respondida... / A multa foi paga...
OBS: O agente da passiva pode ser introduzido pela preposição “por”, “pelo(a)(s)” e “de”.
Ex.: A quadrilha foi cercada por/pelos/de policiais.
O aluno pensa: “quem espera, espera alguma coisa, é objeto direto!!! É complemento verbal sim!
Uhulllll! Essa foi mole!!”
Dias depois, sai o gabarito ERRADO e o combalido candidato fica aos prantos: ”eu erreeeeei, vou
si matá, concurso é impossível!!!!”
Essa oração é sujeito paciente, ISTO não é esperado. Somente na voz ativa é que essa oração seria
objeto direto. Eu espero [que o governo resolva tudo sozinho] (Espero [ISTO]). Só nesse caso seria
63
um complemento verbal. Observe que há um “SE” bem grande para indicar sentido passivo.
Julgue o item subsequente, que versam sobre os sentidos e os aspectos linguísticos do texto
acima.
A substituição de “destacou-se” (l.11) por foi destacado prejudicaria o sentido original do período.
Comentários:
Prejudicaria. Cuidado! A forma “destacou-se” indica voz reflexiva, pois o autor destacou-se a si
mesmo, exerceu a ação de destacar sobre si. A forma “foi destacado” traz voz passiva analítica
(SER+Particípio). Não são equivalentes. Questão correta.
Como sabemos, somente VTD ou VTDI podem ter voz passiva, isso porque o objeto direto da voz
ativa vira sujeito paciente na voz passiva e o sujeito não pode ser preposicionado.
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Verbos intransitivos (VI) e de ligação (VL) não pedem complemento, não têm objeto, por isso
também não aceitam voz passiva. Se VIs vierem acompanhados de SE, pode apostar que é um
sujeito indeterminado. Ex.:
Vive-se bem aqui.
Sempre se está sujeito a erros.
Não custa lembrar: cuidado com a voz reflexiva, em que o agente pratica a ação e sofre seus efeitos
ao mesmo tempo. Na dúvida, troque o “se” por a si mesmo e veja se a coerência se mantém.
Na hora da análise, o tipo de verbo é uma fortíssima pista sintática sobre a presença de voz passiva
ou sujeito indeterminado. Contudo, você deve sempre conferir o sentido do texto, verificar se há
sentido passivo, reflexivo ou se há um verbo sem sujeito conhecido no texto.
Analítica
SER + PARTICÍPIO
Ex.: Casas são vendidas
VOZ PASSIVA
Sintética
VTD / VTDI + SE
Ex.: Vendem-se casas
Para ficar ainda mais claro, vamos fazer uma transposição da voz ativa com tempo composto para
voz passiva. Observe que o tempo composto não muda:
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O homem havia realizado sua missão. (voz ativa com tempo composto)
A missão havia sido realizada pelo homem. (voz passiva com tempo composto)
Na voz passiva analítica, observe que o particípio varia em gênero e número para concordar com
seu referente.
Ressaltamos que, para concurso, voz passiva sintética e voz passiva analítica são equivalentes,
constituindo alternativas sintáticas para o mesmo enunciado.
Entretanto, cuidado com a colocação pronominal na hora de substituir uma pela outra:
QUESTÕES COMENTADAS
43. (CESGRANRIO / LIQUIGÁS / 2018)
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Considere o trecho “Depois vieram as mães e avós doentes.” (l. 8-9).
A frase em que se emprega uma flexão do verbo destacado, de acordo com a norma-padrão da
língua portuguesa, é:
a) Não sei o que fazer depois que vinherem as mães e avós doentes.
b) Depois que as mães e avós doentes virem, faremos alguma coisa.
c) Depois que eu vim, as mães e avós doentes ficaram curadas.
d) Depois, as mães e avós doentes tiveram vindo até aqui.
e) Talvez seja melhor ir depois de vierem as mães e avós doentes.
Comentários:
A questão pede um verbo que esteja empregado na mesma flexão de "vieram". Além disso,
precisa estar de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa. Vamos analisar cada
alternativa:
a) Incorreto. A forma verbal "vinherem" não existe na norma culta.
b) Incorreto. "Virem" é uma conjugação do verbo VER e não do verbo VIR, como aparece no
enunciado.
c) Correto. "Vim" também está conjugado de acordo com a norma culta e, além disso, está no
mesmo tempo e modo (pretérito perfeito do indicativo) de "vieram".
d) Incorreto. "Tiveram vindo" não apresenta mesma flexão de "vieram". E, além disso, torna a
sentença incoerente.
e) Incorreto. A forma verbal "vierem" está no futuro do subjuntivo, diferente de "vieram" que está
no pretérito perfeito do indicativo.
Gabarito letra C.
44. (CESGRANRIO / TRANSPETRO / SEGUN. OFICIAL / 2016)
O distanciamento do autor em relação à história narrada para destacar um ponto de vista seu sobre
a temática em foco é marcado pelo uso do verbo ser, no período “É um exercício estranho esse
de começar a remoçar um corpo na imaginação, injetar movimento e desejo nos seus músculos,
acelerando nele, de novo, a avareza de viver cada instante.”
Caso o enunciador queira conferir ao trecho um caráter de possibilidade, a reescritura adequada à
norma-padrão e ao contexto empregará o verbo ser da seguinte forma:
a) Fosse b) Seria c) Foi d) Era e) Fora
Comentários:
O presente do indicativo é o tempo da certeza, das afirmações categóricas, feitas com caráter de
verdade universal, de fato concreto.
Já o futuro do pretérito indica algo incerto, duvidoso, hipotético, no campo das possibilidades.
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Veja como soa diferente:
“Seria (seria, não é) um exercício estranho esse de começar a remoçar um corpo na imaginação,
injetar movimento e desejo nos seus músculos, acelerando nele, de novo, a avareza de viver cada
instante.” Gabarito letra B.
No final do primeiro parágrafo do Texto III, o autor compara o tempo a um imperador sem rivais,
pois é o tempo “que diz que passa quando, de fato, quem passa somos nós”.
O presente do indicativo, empregado três vezes nessa passagem, produz o seguinte efeito de
sentido:
a) atribui validade permanente a uma afirmação.
b) confere atualidade a uma ação ocorrida no passado.
c) retrata algo ocorrido no momento da fala do imperador.
d) indica um fato próximo, cuja realização é dada como certa.
e) infere à cena apresentada uma descrição do momento vivido.
Comentários:
O presente do indicativo, além de indicar ações pontuais e habituais no presente, é o tempo
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utilizado para indicar que o autor considera suas afirmativas como fatos concretos, como verdades
universais, atemporais, sempre verdadeiras. Em outras palavras, quando autor diz “Quem passa
somos nós”, faz essa afirmativa como algo visto como uma verdade permanente. Esse é o mesmo
caso de sentenças como:
O Mercosul é formado por 5 países.
A água ferve a 100 graus.
São afirmações permanentemente válidas. Gabarito letra A.
Em “Fazia calor no Rio, 40 graus e qualquer coisa, quase 41.” (l. 1-2), o uso do pretérito imperfeito
do indicativo busca.
a) estabelecer uma relação de causa e efeito.
b) contextualizar o tempo da narrativa.
c) introduzir uma ambiência de suspense.
d) banalizar o calor que fazia no Rio.
e) projetar uma possibilidade.
Comentários:
Questão direta. O verbo “fazia” está no pretérito imperfeito do indicativo, o que indica que as
ações narradas ocorreram no passado e tiveram certa duração. As demais alternativas não têm
nenhuma relação com o uso desse tempo verbal. Gabarito letra B.
Considere-se a seguinte passagem de Texto, que está construída na voz ativa e tem verbo
transitivo: “Eu olhava tudo".
O mesmo tipo de construção ocorre em:
a) O apelido de Clarice Lispector era Flor-de-Lis.
b) Clarice virou cidadã brasileira no ano de 1943.
c) Clarice é uma das escritoras mais importantes de nossa literatura.
d) O prêmio literário Jabuti foi duas vezes concedido a Clarice Lispector.
e) Os editores da época recusaram os textos muito reflexivos de Clarice.
Comentários:
Olhava é forma do verbo “olhar”, transitivo direto. O objeto direto, complemento sem preposição,
é “tudo”. Tal relação se repete em “recusaram os textos muito reflexivos de Clarice”, sendo
“recusar” um verbo transitivo direto e “os textos muito reflexivos de Clarice” seu complemento.
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Nas demais alternativas, temos verbos de ligação. Gabarito letra E.
O emprego dos verbos destacados no trecho “'Eu me sentava bem na ponta do banco, e minha
felicidade começava." mostra as lembranças da narradora sobre um fato que ocorreu com ela
repetidas vezes no passado.
Se, respeitando-se o contexto original, a frase mostrasse um fato que ocorreu com ela uma única
vez no passado, os verbos adequados seriam os que se destacam em:
a) Eu me sentaria bem na ponta do banco, e minha felicidade começaria.
b) Eu me sentei bem na ponta do banco, e minha felicidade começou.
c) Se eu me sentasse bem na ponta do banco, minha felicidade começaria.
d) Eu me sento bem na ponta do banco para que minha felicidade comece.
e) Eu ficava sentada bem na ponta do banco, e minha felicidade estava começando.
Comentários:
A questão é longa, mas trabalha um conhecimento básico sobre os tempos verbais:
O pretérito imperfeito indica ação habitual no passado. O pretérito perfeito indica uma ação
perfeitamente acabada, com foco no seu fim, não na sua duração.
Então, para indicar que ação ocorreu uma única vez e foi concluída, deveríamos substituir “sentava”
e “começava” por “sentei” e “comecei”.
Vejamos as demais:
a) Ambos os verbos estão no futuro do pretérito, que indicam ação incerta, duvidosa.
c) O primeiro verbo está no pretérito imperfeito do subjuntivo, numa condicional. O segundo está
no futuro do pretérito, que indica ação incerta, duvidosa, pendente da condição.
d) Ambos os verbo estão no presente, não indicam ação que ocorreu uma única vez no passado.
e) Há combinação de pretérito imperfeito com gerúndio, o que reforça a ideia de continuidade no
passado. Gabarito letra B.
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Comentários:
Pegue é forma de imperativo afirmativo, que deriva do presente do subjuntivo:
Que você pegue (presente do subjuntivo) > Pegue você (imperativo afirmativo).
Nas pessoas “tu” e “vós”, o imperativo deriva do presente do indicativo, cortando-se o S:
tu pegas (presente do indicativo) > pega tu (imperativo afirmativo).
vós pegais (presente do indicativo) > pegai vós (imperativo afirmativo).
Façamos as devidas correções:
(B) É preciso que você estejA atento a situações de perigo.
(C) Será muito bom se você propUSER um outro acesso aos passageiros.
(D) SejA sempre bem-humorado com os passageiros.
(E) Gostaríamos de que você vIsse esse filme. Gabarito letra A.
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O particípio de trazer é trazido, não é trago.
c) Os financiamentos serão ampliados quando os bancos estiverem com os juros baixos.
A conjunção temporal “quando” indica uma ação no futuro, daí precisarmos usar o futuro do
subjuntivo. Estarem é forma de infinitivo.
e) Se os bancos derem mais crédito aos moradores, aumentará a construção de casas na
comunidade.
A conjunção condicional “SE” indica um fato hipotético no futuro, daí precisarmos usar o futuro do
subjuntivo, correlacionado com o futuro do presente (aumentará). Gabarito letra D.
Respeitando-se a norma-padrão, se a palavra ele fosse substituída por nós, no trecho do Texto “Ele
conta que as mudanças no clima do planeta geram secas”, o resultado seria:
a) Nós conta que as mudanças no clima do planeta geram secas.
b) Nós conteis que as mudanças no clima do planeta geram secas.
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c) Nós contamos que as mudanças no clima do planeta geram secas.
d) Nós contas que as mudanças no clima do planeta geram secas.
e) Nós contam que as mudanças no clima do planeta geram secas.
Comentários:
Mudando a pessoa, temos que adaptar a conjugação.
Ele conta- 3aP.S presente do indicativo.
Nós contamos - 1aP.P presente do indicativo.
Conteis é forma adequada à 2ª pessoa do plural: ‘vós’.
Contas é forma adequada à 2ª pessoa do singular: ‘tu’. Gabarito letra C.
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55. (CESGRANRIO / ANP / TÉCNICO / 2016)
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Fora – pretérito mais- que- perfeito do indicativo
Fosse – pretérito imperfeito do subjuntivo
Foi – pretérito perfeito do indicativo
Seja – presente do subjuntivo Gabarito letra E.
A frase em que a flexão do verbo auxiliar destacado obedece aos princípios da norma padrão é
a) Alguns estudiosos consideram que podem haver robôs tão inteligentes quanto o homem.
b) Devem existir formas de garantir a exploração de outras tarefas destinadas aos robôs.
c) No futuro, devem haver outras formas de investimentos para garantir a evolução da robótica.
d) Pode existir obstáculos que os robôs sejam capazes de superar, como a locomoção e o diálogo.
e) Pode surgir novas tecnologias para aperfeiçoar a conquista espacial.
Comentários:
O verbo “haver”, quando usado no sentido de “existir”, “ocorrer” ou tempo decorrido, é
impessoal e não tem sujeito. Logo, fica na terceira pessoa do singular, sem flexão. Numa locução
verbal, o verbo “haver” como principal “contamina” o auxiliar com sua impessoalidade, de modo
que ele também não se flexiona:
Deve haver, Pode haver. Erradas então as letras A e C.
Os verbos “existir” e “surgir” são pessoais, então se flexionam normalmente. Na locução verbal, o
auxiliar é que se flexiona para concordar com o sujeito:
Devem existir formas
PodeM existir obstáculos ; PodeM surgir novas tecnologias
Erradas então as letras D e E. Gabarito letra B.
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59. (CESGRANRIO / LIQUIGÁS / ENGENHEIRO JR. / 2014)
No trecho “Para o futuro, prenunciam-se perguntas mais difíceis, mais desafiadoras — e até
ameaçadoras — do que aquelas relativas ao uso de drones.”, o verbo prenunciar foi utilizado no
plural por se tratar de uma construção de passiva pronominal com sujeito também no plural.
O mesmo procedimento é adotado no verbo destacado em:
a) Para conquistar posição de vanguarda na corrida espacial, obedecem-se a princípios básicos de
inovação tecnológica.
b) Na missão espacial ao solo marciano, ambiente inóspito aos humanos, assistiram-se a episódios
inesquecíveis.
c) Nos livros e filmes de ficção científica do século passado, falavam-se de robôs como uma
possibilidade muito próxima e viável.
d) Com o avanço das pesquisas em robótica nas últimas décadas, delegam-se atividades
eminentemente humanas às máquinas.
e) Para evitar que o crescimento da robótica provoque distorções incontroláveis, necessitam-se de
leis protecionistas.
Comentários:
Como diz o enunciado, na voz passiva sintética, temos “prenunciaM”, no plural, porque o sujeito
paciente é plural: Perguntas mais difíceis são prenunciadas.
O mesmo ocorre em “delegam-se atividades eminentemente humanas”, porque o sujeito é
“atividades eminentemente humanas”: atividades eminentemente humanas são delegadas.
Gabarito letra D.
A forma verbal destacada está empregada de acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa
em:
a) Se os governantes verem o prejuízo causado pelas variações do clima, talvez tomem medidas
cautelares.
b) A construção de novas hidrelétricas dependia de que as verbas se mantessem inalteradas.
c) As variações do clima não afetariam o meio ambiente se a população interviesse nas políticas
públicas.
d) Todos ansiam que os eventos climáticos extremos não cheguem a causar problemas ambientais.
e) Um grupo de pesquisadores entreveu a possibilidade de prejuízos na produção de energia por
causa das alterações das chuvas na Amazônia.
Comentários:
Vejamos:
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a) Se os governantes vIrem o prejuízo causado pelas variações do clima, talvez tomem medidas
cautelares.
O futuro do subjuntivo de “ver” é “virem”. Ver é forma do infinitivo.
b) A construção de novas hidrelétricas dependia de que as verbas se mantivessem inalteradas.
Manter se conjuga como “Ter”: tivessem/mantivessem.
c) As variações do clima não afetariam o meio ambiente se a população interviesse nas políticas
públicas.
Correta. Intervir se conjuga como “vir”: viesse/interviesse.
d) Todos ansEiam que os eventos climáticos extremos não cheguem a causar problemas
ambientais.
Mediar, ansiar, remediar, incendiar/intermediar seguem a conjugação de “odiar”: odeiam/anseiam.
e) Um grupo de pesquisadores entreviu a possibilidade de prejuízos na produção de energia por
causa das alterações das chuvas na Amazônia.
Entrever se conjuga como “ver”: viu/entreviu. Gabarito letra C.
RESUMO
Presente do indicativo
“Hoje eu________”: Hoje eu corro/hoje começa/hoje nasce...
Levantar Beber Cair
Eu Levanto Bebo Caio
Tu Levantas Bebes Cais
Ele Levanta Bebe Cai
Nós Levantamos Bebemos Caímos
Vós Levantais Bebeis Caís
Eles Levantam Bebem Caem
Semântica: Indica um fato que ocorre no momento em que se fala. Veja os sentidos que seu uso
pode implicar.
O pretérito perfeito composto expressa uma ação que começou no passado e se prolonga
até o presente:
Ex: Tenho levantado cedo todos os dias ultimamente.
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Uma ação que estava ocorrendo (ação durativa ou contínua) quando outra (instantânea)
aconteceu:
Ex: Eu estava dormindo quando o cachorro latiu.
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Ex: Passarei no concurso dos meus sonhos.
Presente do subjuntivo
“Maria quer que eu______” (que eu faça, que eu fale, que eu mate, que eu caia, que eu suba, que
eu beba...)
Levantar Beber Cair
Eu que eu levante que eu beba que eu caia
Tu que tu levantes que tu bebas que tu caias
Ele que ele levante que ele beba que ele caia
Nós que nós levantemos que nós bebamos que nós caiamos
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Vós que vós levanteis que vós bebais que vós caiais
Eles que eles levantem que eles bebam que eles caiam
Futuro do subjuntivo
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Tu quando tu levantares quando tu beberes quando tu caíres
Ele quando ele levantar quando ele beber quando ele cair
Nós quando nós levantarmos quando nós bebermos quando nós cairmos
Vós quando vós levantardes quando vós beberdes quando vós cairdes
Eles quando eles levantarem quando eles beberem quando eles caírem
Imperativo
O imperativo NEGATIVO é todo derivado do presente do subjuntivo. No imperativo AFIRMATIVO,
com “tu” e “vós”, teremos a mesma conjugação do presente do indicativo, só que sem o “S”: Tu
bebes e Vós bebeis vão virar no imperativo bebe tu e bebei vós.
Afirmativo Levantar Beber Cair
Tu levanta tu bebe tu cai tu
Ele (você) levante ele beba ele caia ele
Nós levantemos nós bebamos nós caiamos nós
Vós levantai vós bebei vós caí vós
Eles levantem eles bebam eles caiam eles
GRAVE: estão corretas as formas Faze tu ou Faz tu; Conduze ou Conduz tu; Sê tu ou Sede vós.
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Verbos de Ligação
Os verbos que indicam ação são chamados de “nocionais". Os verbos de ligação, por sua vez, são
chamados verbos de estado ou verbos relacionais.
Estado permanente:
Ex: Minha mãe é mal-humorada.
Estado continuado:
Ex: Minha mãe continua/permanece mal-humorada.
Estado transitório/circunstancial:
Ex: Minha mãe está feliz.
Ex: Minha mãe anda silenciosa ultimamente.
Mudança de estado:
Ex: Minha mãe ficou mal-humorada.
Ex: Minha mãe tornou-se organizada por causa do concurso.
Estado aparente:
Ex: Minha mãe parece distraída.
OBS: O fato de um verbo de estado permanente estar no passado não faz dele um estado
temporário!
Verbos importantes
Aqui veremos verbos que servem de “modelo” e os que derivam (ou não) deles.
Os verbos terminados em EAR são irregulares. Siga o verbo passear, nas formas em que temos “I”
PRESENTE PRESENTE SUBJUNTIVO IMPERATIVO AFIRMATIVO
INDICATIVO
Eu passeio Que eu passeie NÃO HÁ
Tu passeias Que tu passeies passeia tu
Ele passeia Que ele passeie passeie ele
Nós passeamos Que nós passeemos passeemos nós
Vós passeais Que vós passeeis passeai vós
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Eles passeiam Que eles passeiem passeiem eles
Verbos excepcionais (exceções MARIO!)
Mediar
Ansiar
Remediar Por exceção, se conjugam como passear/odiar.
Provir
Intervir
Convir Se conjugam como vir.
Advir (Acostume-se: ele conveio, ele interveio, se ele proviesse, se ele adviesse,
quando ele interviesse...).
Sobrevir
Prover x Provir
"Prover" significa "tomar providências", "providenciar", "fornecer", conjuga-se pelo verbo "ver"
nos tempos presentes (vejo/provejo; vê/provê; vêem/provêem) e é regular nos outros tempos (se
eu provesse).
Em suma, “PROVER” é igual ao “ver” nos tempos presentes e igual a “beber” nos outros tempos.
Fique ligado!!
"Provir" significa “ter origem de”, "descender", "derivar", "resultar", conjuga-se pelo verbo "vir"
(vem/provém; veio/proveio; vêm/provêm; viesse/proviesse).
Memorize (futuro do subjuntivo do verbo ver): Quando... eu vir; tu vires; ele vir; nós virmos; vós
virdes; eles virem.
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Os demais verbos terminados em VER são regulares. Porém, teremos a seguinte diferença: Se eu
visse, se eu antevisse, se eu prescrevesse...
Deter
Entreter
Manter
Obter
Reter Se conjugam como ter.
Abster
Conter
Ater
Suster
VIR e TER possuem as mesmas desinências. Trazem acento diferencial de número: Ele tem/vem;
Eles têm/vêm. O mesmo vale para os derivados (Eles mantém/mantêm).
OBS: Abater não é derivado de “ter”: abateram/tiveram.
Memorize a conjugação abaixo. Despenca em prova.
Quando... eu tiver, tu tiveres, ele tiver, nós tivermos; vós tiverdes; eles tiverem.
Se... eu tivesse, tu tivesses, ele tivesse, nós tivéssemos, vós tivésseis; tivessem.
Quando... eu vier, tu vieres, ele vier, nós viermos; vós vierdes; eles vierem.
Se... eu viesse, tu viesses, ele viesse, nós viéssemos, vós viésseis; eles viessem.
Entrepor
Supor
Compor
Repor
Opor
Se conjugam como Pôr.
Transpor
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Interpor
Dispor
Impor
Sobrepor
Polir
Aderir
Repelir Se conjugam como Ferir.
Transferir
Expelir
Vamos relembrar: Eu firo, tu feres, ele fere, nós ferimos, vós feris, eles ferem...Que eu fira, tu firas,
ele fira, eles firam, vós firais, eles firam...
Também seguem essa conjugação os verbos advertir, competir, convergir, divergir, despir, digerir,
gerir, mentir, perseguir, sugerir, vestir.
86
Verbo Requerer
Presente do indicativo: requeiro, requeres, requer, requeremos, requereis,
requerem.
Pretérito perfeito do indicativo: requeri, requereste, requereu, requeremos,
requerestes, requereram.
Pretérito imperfeito do indicativo: requeria, requerias, requeria, requeríamos,
requeríeis, requeriam.
Pretérito mais-que-perfeito do indicativo: requerera, requereras, requerera,
requerêramos, requerêreis, requereram.
Futuro do presente do indicativo: requererei, requererás, requererá, requereremos,
requerereis, requererão.
Futuro do pretérito do indicativo: requereria, requererias, requereria,
requereríamos, requereríeis, requereriam.
Presente do subjuntivo: requeira, requeiras, requeira, requeiramos, requeirais,
requeiram.
Pretérito imperfeito do subjuntivo: requeresse, requeresses, requeresse,
requerêssemos, requerêsseis, requeressem.
Futuro do subjuntivo: requerer, requereres, requerer, requerermos, requererdes,
requererem.
Imperativo afirmativo: requer(e), requeira, requeiramos, requerei, requeiram.
Imperativo negativo: não requeiras, não requeira, não requeiramos, não requeirais,
não requeiram.
Infinitivo pessoal: requerer, requereres, requerer, requerermos, requererdes,
requererem.
Ex: Eu poderia ter fugido, mas não o fiz. (“o fiz” retoma “ter fugido”, isto é, FAZER retoma
FUGIR)
87
Verbos Pronominais
São aqueles que trazem um pronome “integrante” do verbo e que não podem ser conjugados sem
ele.
A banca, geralmente, pergunta se o “SE” indica voz passiva. Nesse caso, observe se o verbo é
VTD. Além disso, verifique se o sentido é passivo ou até reflexivo.
O fato de estar no singular não quer dizer que seja impessoal, pois pode estar flexionado no
singular porque seu sujeito é singular. Quando há sujeito explicito para o infinitivo, o verbo concorda
com ele.
88
Ex: É importante estudarmos para a prova.
(sujeito explícito na desinência -mos = nós; o infinitivo concorda com ele)
Nas locuções verbais o infinitivo não se flexiona, o verbo auxiliar é que se flexionará para concordar
com o sujeito.
Ex: Chegando ao banco, se assustou com a fila. (Tempo: se assustou quando chegou ao
banco.)
Ex: Lavando a louça, deixo você sair. (Condição: se lavar a louça, poderá sair.)
Ex: Desenvolveu a memória fazendo exercícios. (Modo: exercícios foram a maneira que usou
para desenvolver a memória.)
Ex: Estudando com dedicação por anos, foi aprovada em primeiro lugar. (Causa: foi
aprovada em primeiro lugar porque estudou por anos.)
Atenção: as diferenças às vezes podem parecer sutis, mas é preciso conhecer as possibilidades que
a banca explora.
Particípios Abundantes
Há verbos que trazem mais de um particípio, um regular, terminado em –do, e um não regular, que
pode ter diversas terminações. Isso sempre gera muita dúvida no dia a dia e nas provas. Segue
uma pequena lista deles.
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INFINITIVO PARTICÍPIO PARTICÍPIO
REGULAR IRREGULAR
Aceitar Aceitado Aceito
Acender Acendido Aceso
Afligir Afligido Aflito
Assentar Assentado Assento
Corrigir Corrigido Correto
Encher Enchido Cheio
Entregar Entregado Entregue
Expressar Expressado Expresso
Extinguir Extinguido Extinto
Fixar Fixado Fixo
Fritar Fritado Frito
Limpar Limpado Limpo
Misturar Misturado Misto
Morrer Morrido Morto
Pagar Pagado Pago
Submeter Submetido Submisso
Suspender Suspendido Suspenso
Tingir Tingido Tinto
Vagar Vagado Vago
Imprimir Imprimido Impresso
A regra é simples: com os particípios com terminação regular –do serão usados com os verbos
TER/HAVER:
Os particípios irregulares, com outras terminações, por exceção, serão usados com os verbos
SER/ESTAR:
90
Correlação Verbal
Grave especialmente essas duas: resolvem a maior parte das questões:
Se eu pudesse, faria/ Se eu puder, farei.
Vozes verbais
Voz passiva analítica (verbo SER+PARTICÍPIO)
Na conversão da voz ativa para a passiva, o sujeito da voz ativa vira o agente da passiva. O objeto
direto da ativa vira sujeito paciente na passiva.
91
Pron. Suj.paciente Pron. Suj.paciente
Apassivador Apassivador
A voz passiva está ligada à existência de um OD na ativa. Não é possível voz passiva com VTI, VI,
VL e verbos que já possuem sentido passivo: Ex: levar, ganhar, receber, tomar, aguentar, sofrer,
pesar (massa), ter (posse), haver (impessoal). Esses verbos, quando vêm com “SE”, geralmente
indicam sujeito indeterminado.
CUIDADO: às vezes o sujeito paciente tem a maior “cara” de objeto direto. Lembre-se. Na voz
passiva, não há mais o objeto direto que havia na ativa. Ele vira SUJEITO!
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Partícula
Sujeito
Indetermin
ado:
VTI, VI+SE
LISTA DE QUESTÕES
1. (PGE-PE / 2019)
Raras vezes na história humana, o trabalho, a riqueza, o poder e o saber mudaram
simultaneamente.
A coerência e a correção gramatical do texto seriam preservadas se a forma verbal “mudaram”
fosse substituída por mudam.
2. (PF / 2018)
No fim do século XVIII e começo do XIX, a despeito de algumas grandes fogueiras, a melancólica
festa de punição de condenados foi-se extinguindo. Em algumas dezenas de anos, desapareceu o
corpo como alvo principal da repressão penal: o corpo supliciado, esquartejado, amputado,
marcado simbolicamente no rosto ou no ombro, exposto vivo ou morto, dado como espetáculo.
Ficou a suspeita de que tal rito que dava um “fecho” ao crime mantinha com ele afinidades
espúrias: igualando-o, ou mesmo ultrapassando-o em selvageria, acostumando os espectadores a
uma ferocidade de que todos queriam vê-los afastados, mostrando-lhes a frequência dos crimes,
fazendo o carrasco se parecer com criminoso, os juízes com assassinos, invertendo no último
momento os papéis, fazendo do supliciado um objeto de piedade e de admiração.
A punição vai-se tornando a parte mais velada do processo penal, provocando várias
consequências: deixa o campo da percepção quase diária e entra no da consciência abstrata; sua
eficácia é atribuída à sua fatalidade, não à sua intensidade visível; a certeza de ser punido é que
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deve desviar o homem do crime, e não mais o abominável teatro
Embora tanto o primeiro quanto o segundo parágrafo do texto tratem de acontecimentos
passados, o emprego do presente no segundo parágrafo tem o efeito de aproximar os
acontecimentos mencionados ao tempo atual, o presente.
3. (CAGE-RS / 2018)
Estas memórias ficariam injustificavelmente incompletas se nelas eu não narrasse, ainda que de
modo breve, as andanças em que me tenho largado pelo mundo na companhia de minha mulher
e de meus fantasmas particulares.
Assinale a opção que apresenta uma forma / locução verbal do texto 1A9AAA que denota uma
ação / um fato que ocorreu repetidamente no passado e que se prolonga até o momento da
narração do texto.
A) “tenho largado” B) “fui possuído” C) “tem” D) “haja fugido” E) “narrasse”
4. (TRE BA / 2017)
...Esta [a discussão democrática do orçamento] tem sido uma prática, sobretudo no nível do poder
local, que tem ajudado na construção de uma democracia participativa.
A correção gramatical, a coerência e o sentido do texto CG2A1AAA seriam mantidos caso a forma
verbal “tem ajudado” fosse substituída por
a) vem ajudando. b) ajudou. c) ajudaria. d) vinha ajudando. e) pode ajudar.
5. (TRF 1ª REGIÃO / 2017)
As recorrentes menções a esse tema (a economia informal) refletem as dificuldades que as
organizações, os indivíduos e o coletivo social vêm enfrentando para superar, com as regras legais
vigentes ou com os procedimentos-padrão, as mudanças estruturais econômicas, políticas e sociais
em andamento.
A correção e a coerência do texto seriam mantidas caso a forma verbal “vêm enfrentando” fosse
substituída por têm enfrentado.
6. (TCE-PA / 2016)
Mas o tenente Souza pensava de modo contrário!
Apontava à lua com o dedo, deixava-se ficar deitado quando passava um enterro, não se benzia
ouvindo o canto da mortalha, dormia sem camisa, ria-se do trovão! Alardeava o ardente desejo de
encontrar um curupira, um lobisomem ou uma feiticeira. Ficava impassível vendo cair uma estrela,
e achava graça ao canto agoueiro do acauã, que tantas desgraças ocasiona. Enfim, ao encontrar
um agouro, sorria e passava tranquilamente sem tirar da boca o seu cachimbo de verdadeira
espuma do mar.
Julgue o item que se segue, referente aos aspectos linguísticos do texto.
No último parágrafo do texto, o emprego das formas verbais no pretérito imperfeito do indicativo
indica que as ações do tenente Souza eram habituais. Tais hábitos acabam por caracterizar o
94
personagem.
7. (SEFAZ-RS / 2019)
Os sentidos originais e a correção gramatical do texto 1A11-I seriam preservados se a forma verbal
“invertera” fosse substituída por
A) inverteria. B) teria invertido. C) invertesse. D) havia invertido. E) houve de inverter.
8. (TCM-BA / 2018)
É a época em que a burguesia, que assumira o poder havia pouco tempo, executava uma espécie
de junção entre a moral e a natureza.
Julgue o item a seguir.
Com o emprego da forma verbal “assumira”, exprime-se a anterioridade de uma ação em relação
a outra.
9. (Polícia Científica / 2016)
Seriam mantidos os sentidos e a correção gramatical caso a forma verbal “entrara” fosse substituída
por
a) entrava. b) haveria entrado. c) tinha entrado. d) há de entrar. e) entraria.
10. (SEFAZ-RS / 2019)
A tributação, portanto, somente pode ser compreendida a partir da necessidade dos indivíduos
de estabelecer convívio social organizado e de gerir a coisa pública mediante a concessão de poder
a um soberano. Em decorrência disso, a condição necessária (mas não suficiente) para que o poder
de tributar seja legítimo é que ele emane do Estado, pois qualquer imposição tributária privada
seria comparável a usurpação ou roubo.
No trecho “seria comparável a usurpação ou roubo”, a forma verbal “seria” expressa dúvida
quanto à possibilidade de concretização da referida comparação.
11. (EMAP / 2018)
O Juca era da categoria das chamadas pessoas sensíveis, dessas a que tudo lhes toca e tange. Se
a gente lhe perguntasse: “Como vais, Juca?”, ao que qualquer pessoa normal responderia “Bem,
obrigado!” — com o Juca a coisa não era assim tão simples.
Na linha 3, caso a forma verbal “era” fosse substituída por seria, a respectiva afirmação sobre o
comportamento de Juca seria mais categórica que a que se verifica no texto.
12. (CGM - JOÃO PESSOA / 2018)
Nesse futuro não tão remoto, teremos conquistado a utopia de uma verdadeira justiça social.
A substituição de “teremos conquistado” por conquistaremos manteria os sentidos originais do
texto.
13. (TRE-TO / 2017)
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Sem a invenção dos caracteres móveis de imprensa, no século XV, seria impossível haver jornais.
A forma verbal “seria” exprime uma ideia de hipótese dependente de uma condição.
14. (MP-CE / 2020)
Não há conclusões unânimes, mas a ciência e os especialistas caminham para o entendimento de
que o preconceito seja um conceito aprendido.
A substituição da forma verbal “seja” (1º parágrafo) por é manteria a coerência e a correção
gramatical do texto.
15. (SEDUC-AL / 2018)
Os professores fazem cursos, acumulam certificados, sem que isso corresponda a mudança ou
responda aos desafios que encaram na sala de aula.
Sem prejuízo das informações veiculadas no texto, a forma verbal “responda” poderia ser
substituída por atenda.
16. (SEDF / 2017)
O transporte é público, o corpo da mulher não.
Assédio sexual no ônibus é crime.
Se você for ou vir alguém sendo assediado, ligue 190 e denuncie.
No terceiro período, “for” e “vir” são formas flexionadas no modo subjuntivo dos verbos de
movimento ir e vir, empregadas em um jogo de palavras que aproxima o campo semântico do
movimento com o campo semântico do transporte.
17. (PM-AL / 2017)
Susanita emprega verbos no imperativo em todas as falas dirigidas a Mafalda, pois, a todo
momento, dá ordens a ela.
18. (IPHAN / 2018)
Os senhores poucos, e os escravos muitos; os senhores rompendo galas, os escravos despidos e
nus; os senhores banqueteando, os escravos perecendo à fome; os senhores nadando em ouro e
96
prata, os escravos carregados de ferros; os senhores tratando-os como brutos, os escravos
adorando-os e temendo-os como deuses; os senhores em pé apontando para o açoute, como
estátuas da soberba e da tirania, os escravos prostrados com as mãos atadas atrás como imagens
vilíssimas da servidão, e espetáculos da extrema miséria.
A forma verbal “nadando” exprime um evento com duração no tempo.
19. (MPE-PI / 2018)
Eis que se inicia então uma das fases mais intensas na vida de Geraldo Viramundo: sua troca de
correspondência com os estudantes, julgando estar a se corresponder com sua amada.
Os sentidos do texto seriam alterados caso o trecho “estar a se corresponder” (l.2-3) fosse assim
reescrito: estar se correspondendo.
20. (PF / 2018)
Os programas mostram diversos detetives, técnicos e cientistas dedicando toda sua atenção a uma
investigação. Na realidade, cada cientista recebe vários casos ao mesmo tempo.
A substituição da forma verbal “dedicando” por que dedicam manteria os sentidos originais do
texto.
21. (TJ-PA / 2020)
Sem prejuízo da correção gramatical e do sentido original do texto CG1A1-II, a forma verbal “há”
(1º parágrafo) poderia ser substituída por
A) existe. B) ocorre. C) têm. D) tem. E) existem.
22. (CGE-CE / 2019)
Candeia era quase nada. Não tinha mais que vinte casas mortas, uma igrejinha velha, um resto
de praça. Algumas construções nem sequer tinham telhado; outras, invadidas pelo mato,
incompletas, sem paredes. Nem o ar tinha esperança de ser vento. Era custoso acreditar que
morasse alguém naquele cemitério de gigantes.
O único sinal de vida vinha de um bar aberto. Duas mesas de madeira na frente, um caminhão,
um homem e uma mulher na boleia ouvindo música, entre abraços, beijos e carícias ousadas. Mais
desolado e triste que Juazeiro do Norte aquele povoado, muito mais. Em Juazeiro tinha gente, a
cidade era viva. E no meio daquele povo todo sempre se encontrava uma alma boa como a de sua
mãe, uma moça bonita, um amigo animado. Candeia era morta.
Samuel ao menos ficou um pouco feliz por ouvir a música do caminhoneiro. Quase sorriu. O
esboço de alegria durou até aparecer pela porta mal pintada de azul uma mulher assombrosa,
praguejando com uma vassoura na mão e mandando desligar aquela música maldita. O
caminhoneiro a chamou pelo nome:
— Cadê o café, Helenice? Deixa de praguejar, coisa-ruim!
Pela mesma porta saiu uma moça, bem jovem, com uma garrafa térmica vermelha e duas
canecas. Foi e voltou com rapidez, agora trazendo dois pratos, quatro pães pequenos, duas
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bananas cozidas e um pote de margarina.
— Cinco reais — ordenou Helenice, com a mão na garrafa térmica. — Só come se pagar.
O homem pagou, sempre rindo da cara de Helenice, visivelmente bêbado.
Samuel ou o caminhoneiro. Não tinha tanto dinheiro para comer naquele fim de tarde, fim de
vida.
No texto CB1A1-I, poderia ser substituído por havia o verbo ter empregado em
A) “Não tinha mais que vinte casas mortas” (L. 1).
B) “Algumas construções nem sequer tinham telhado” (L. 2).
C) “Nem o ar tinha esperança de ser vento” (L. 3).
D) “Em Juazeiro tinha gente” (L. 7-8).
E) “Não tinha tanto dinheiro para comer” (Último parágrafo).
23. (CAGE-RS / 2018)
[...] ocorreram diversos avanços, como, por exemplo, a diminuição da mortalidade infantil e do
analfabetismo.
A correção gramatical e os sentidos do texto seriam preservados caso a forma verbal “ocorreram”
fosse substituída por
A) existiu. B) aconteceu. C) sucederam. D) tiveram. E) houveram.
24. (POLÍCIA CIVIL DO MARANHÃO / 2018)
O ano de 2017 foi o mais seguro da história da aviação comercial, de acordo com a organização
holandesa Aviation Safety Network (ASN). Foram dez acidentes — nenhum deles envolvendo linhas
comerciais regulares —, com 79 mortos, 44 entre passageiros e tripulantes e outras 35 pessoas
que estavam em terra.
A correção gramatical do texto seria preservada caso se substituísse a forma verbal “Foram” por
Houveram.
25. (STM / 2018)
No período “É um orgulho poder contar com você”, a terceira pessoa do singular empregada na
forma verbal “É” justifica-se por tratar-se de um verbo impessoal, como em É tarde.
26. (TRE-PE / 2017)
A moralidade, que deve ser uma característica do conjunto de indivíduos da sociedade, deve
caracterizar de modo mais intenso ainda aqueles que exercem funções administrativas e de gestão
pública ou privada. Com relação a essa ideia, vale destacar que o alcance da moralidade vincula-
se a princípios ou normas de conduta, aos padrões de comportamento geralmente reconhecidos,
pelos quais são julgados os atos dos membros de determinada coletividade. Disso é possível
deduzir que os membros de uma corporação profissional — no caso, funcionários e servidores da
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administração pública — também devem ser submetidos ao julgamento ético-moral. A
administração pública deve pautar-se nos princípios constitucionais que a regem. É necessário,
ainda, que tais princípios estejam pública e legalmente disponíveis ao conhecimento de todos os
cidadãos, para que estes possam respeitá-los e vivenciá-los.
No texto, a forma verbal “devem”, no trecho “os membros de uma corporação profissional (...)
também devem ser submetidos ao julgamento ético-moral” , foi empregada no sentido de
A) probabilidade. B) capacidade. C) permissão. D) obrigação. E) necessidade.
27. (SEDF / 2017)
A língua continua sendo forte elemento de discriminação social, seja no próprio contexto escolar,
seja em outros contextos sociais, como no acesso ao emprego e aos serviços públicos em geral
(serviços de saúde, por exemplo).
O emprego do verbo “continua” permite que se infira que não houve mudança na caracterização
da língua como “forte elemento de discriminação social”.
28. (TCE-RN / 2015/ Adaptada)
A garantia desse preceito advém da própria Constituição...
Julgue o item seguinte.
A forma verbal “advém" está no singular porque concorda com o núcleo do sujeito da oração
em que se insere: “garantia".
29. (SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA / 2018)
Embora a perspectiva desses autores divirja entre si...
Embora haja semelhança de sentido entre os verbos divergir e diferir, a substituição da forma verbal
“divirja” por difere prejudicaria a correção gramatical do texto.
30. (FUB / 2015/ Adaptada)
No trecho “A sustentabilidade (...) ambientais” (A sustentabilidade corporativa requer negócios
amparados em boas práticas de governança e em benefícios sociais e ambientais...), para expressar
um fato ocorrido em momento anterior ao atual, que foi totalmente terminado, a forma verbal
“requer” deveria ser substituída por requereu. Nesse caso, mesmo após a alteração do tempo
verbal, a referência à pessoa do discurso seria mantida.
31. (Diplomata / 2015)
...Houve quem passasse a escrever registo, em vez de registro, e preguntar, em vez de perguntar,
porque assim se escrevia em Portugal. Já ao tempo de José de Alencar, um publicista ríspido, José
Feliciano de Castilho, viera de Lisboa para o Rio de Janeiro, com a missão de ensinar-nos a escrever
como se escrevia em Portugal. Daí a reação do romancista cearense no prefácio de seus Sonhos
d’Ouro, em 1872: “Censurem, piquem, ou calem-se, como lhes aprouver. Não alcançarão jamais
que eu escreva, neste meu Brasil, coisa que pareça vinda em conserva lá da outra banda, como a
fruta que nos mandam em lata.”
99
Com relação a aspectos gramaticais do texto acima, julgue o próximo item. Na oração ‘como lhes
aprouver’, foi empregada uma forma flexionada do verbo aprazer, cujo radical é o mesmo que o
do adjetivo aprazível, de uso corrente na atualidade.
32. (MPU / 2018)
Contudo, uma calamidade seria um caso de injustiça apenas se pudesse ter sido evitada, em
especial se aqueles que poderiam ter agido para tentar evitá-la tivessem deixado de fazê-lo. Entre
os requisitos de uma teoria da justiça inclui-se o de permitir que a razão influencie o diagnóstico
da justiça e da injustiça.
Na expressão “fazê-lo” (l.2), a forma pronominal “lo” retoma a ideia de agir para tentar evitar uma
calamidade.
33. (PRF / 2019)
Não consigo pensar em um cargo público mais empolgante que o desse homem. Claro que o
cargo, se existia, já foi extinto, e o homem da luz já deve ter se transferido para o mundo das trevas
eternas.
A correção gramatical e os sentidos do texto seriam mantidos caso a forma verbal “existia” fosse
substituída por existisse.
34. (PRF / 2019)
Se prestarmos atenção à nossa volta, perceberemos que quase tudo que vemos existe em razão
de atividades do trabalho humano.
Seriam mantidos os sentidos do texto caso o primeiro período do segundo parágrafo fosse assim
reescrito: Quando prestamos atenção a nossa volta, percebemos que quase tudo que vemos existe
pelas atividades do trabalho humano.
35. (PM-AL / 2017)
Enquanto se diz que os pobres da cidade são violentos, a atenção da violência que eles sofrem é
invertida.
A forma verbal “diz” poderia ser substituída por disser, sem prejuízo da correção gramatical do
texto.
36. (MP-CE / 2020)
Desenvolveram-se, de forma consistente, meios técnicos que também permitiram à informação
viajar independentemente dos seus portadores físicos.
O termo “Desenvolveram-se” (L.3) poderia ser substituído pela locução Foram desenvolvidos, sem
prejuízo do sentido e da correção gramatical do texto.
37. (SEFAZ-DF / 2020)
Sem prejuízo da correção gramatical e da coerência do texto, o período “Sustentabilidade é vista
como uma abordagem de negócios para criar valor a longo prazo, levando-se em conta como uma
100
companhia opera nos ambientes ecológico, social e econômico.” (2º parágrafo) poderia ser
reescrito da seguinte forma: Vê-se sustentabilidade como uma abordagem de negócios para criar
valor a longo prazo, considerando-se como uma companhia opera no ambiente ecológico, no
social e no econômico.
38. (SEFAZ-RS / 2018)
preservou-se, com o passar dos séculos, a associação dos atributos de beleza e expressão cultural
ao valor monetário das moedas.
A correção gramatical e os sentidos do texto seriam preservados caso a forma “preservou-se” fosse
substituída por
A) teriam sido preservados.
B) tinha sido preservada.
C) foi preservada.
D) foram preservados.
E) teria sido preservada.
39. (EBSERH / 2018)
Durante o período do Estado Novo (1937-1945), no governo de Getúlio Vargas, foram adotados
dispositivos legais para fortalecer a família numerosa, por meio de diversas medidas...
A substituição de “foram adotados” por adotou-se preservaria a correção e o sentido do texto.
40. (STM / 2018)
Todos esses senhores [que buscam pela violência o domínio sobre a mulher] parece que não
sabem o que é a vontade dos outros. Eles se julgam com o direito de impor o seu amor ou o seu
desejo a quem não os quer. Não sei se se julgam muito diferentes dos ladrões à mão armada.
É de se supor que quem quer casar deseje que a sua futura mulher venha para o tálamo conjugal
com a máxima liberdade, com a melhor boa-vontade, sem coação de espécie alguma, com ardor
até, com ânsia e grandes desejos; como é então que se castigam as moças que confessam não
sentir mais pelos namorados amor ou coisa equivalente?
O vocábulo se recebe a mesma classificação em “se julgam” (L.2) e “se castigam” (L.6).
41. (IHBDF / 2018)
A vida de Florence Nightingale, a criadora da moderna enfermagem, daria um romance. [...] Aos
dezesseis anos, algo aconteceu: Deus falou-me — escreveu depois — e convocou-me para servi-
lo.
Servir a Deus significava, para ela, cuidar dos enfermos, e especialmente dos enfermos
hospitalizados. Naquela época, os hospitais curavam tão pouco e eram tão perigosos (por causa
da sujeira, do risco de infecção) que os ricos preferiam tratar-se em casa. Hospitalizados eram só
os pobres, e Florence preparou-se para cuidar deles, praticando com os indigentes que viviam
101
próximos à sua casa. Viajou por toda a Europa, visitando hospitais.
Sidney Herbert, membro do governo inglês e amigo pessoal, pediu-lhe que chefiasse um grupo
de enfermeiras enviadas para o front turco, uma tarefa a que Florence entregou-se de corpo e
alma...
Nos trechos “Florence preparou-se” e “Florence entregou-se”, a partícula “se” classifica-se como
pronome apassivador.
42. (INSS / 2016)
Julgue o item subsequente, que versam sobre os sentidos e os aspectos linguísticos do texto
acima.
A substituição de “destacou-se” (l.11) por foi destacado prejudicaria o sentido original do período.
43. (CESGRANRIO / LIQUIGÁS / 2018)
102
b) Depois que as mães e avós doentes virem, faremos alguma coisa.
c) Depois que eu vim, as mães e avós doentes ficaram curadas.
d) Depois, as mães e avós doentes tiveram vindo até aqui.
e) Talvez seja melhor ir depois de vierem as mães e avós doentes.
44. (CESGRANRIO / TRANSPETRO / SEGUN. OFICIAL / 2016)
O distanciamento do autor em relação à história narrada para destacar um ponto de vista seu sobre
a temática em foco é marcado pelo uso do verbo ser, no período “É um exercício estranho esse
de começar a remoçar um corpo na imaginação, injetar movimento e desejo nos seus músculos,
acelerando nele, de novo, a avareza de viver cada instante.”
No final do primeiro parágrafo do Texto III, o autor compara o tempo a um imperador sem rivais,
pois é o tempo “que diz que passa quando, de fato, quem passa somos nós”.
O presente do indicativo, empregado três vezes nessa passagem, produz o seguinte efeito de
sentido:
a) atribui validade permanente a uma afirmação.
b) confere atualidade a uma ação ocorrida no passado.
c) retrata algo ocorrido no momento da fala do imperador.
d) indica um fato próximo, cuja realização é dada como certa.
e) infere à cena apresentada uma descrição do momento vivido.
103
Em “Fazia calor no Rio, 40 graus e qualquer coisa, quase 41.” (l. 1-2), o uso do pretérito imperfeito
do indicativo busca.
a) estabelecer uma relação de causa e efeito.
b) contextualizar o tempo da narrativa.
c) introduzir uma ambiência de suspense.
d) banalizar o calor que fazia no Rio.
e) projetar uma possibilidade.
Considere-se a seguinte passagem de Texto, que está construída na voz ativa e tem verbo
transitivo: “Eu olhava tudo".
O mesmo tipo de construção ocorre em:
a) O apelido de Clarice Lispector era Flor-de-Lis.
b) Clarice virou cidadã brasileira no ano de 1943.
c) Clarice é uma das escritoras mais importantes de nossa literatura.
d) O prêmio literário Jabuti foi duas vezes concedido a Clarice Lispector.
e) Os editores da época recusaram os textos muito reflexivos de Clarice.
O emprego dos verbos destacados no trecho “'Eu me sentava bem na ponta do banco, e minha
felicidade começava." mostra as lembranças da narradora sobre um fato que ocorreu com ela
repetidas vezes no passado.
Se, respeitando-se o contexto original, a frase mostrasse um fato que ocorreu com ela uma única
vez no passado, os verbos adequados seriam os que se destacam em:
a) Eu me sentaria bem na ponta do banco, e minha felicidade começaria.
b) Eu me sentei bem na ponta do banco, e minha felicidade começou.
c) Se eu me sentasse bem na ponta do banco, minha felicidade começaria.
d) Eu me sento bem na ponta do banco para que minha felicidade comece.
e) Eu ficava sentada bem na ponta do banco, e minha felicidade estava começando.
104
c) Será muito bom se você propor um outro acesso aos passageiros.
d) Seje sempre bem-humorado com os passageiros.
e) Gostaríamos de que você vesse esse filme.
Respeitando-se a norma-padrão, se a palavra ele fosse substituída por nós, no trecho do Texto “Ele
conta que as mudanças no clima do planeta geram secas”, o resultado seria:
a) Nós conta que as mudanças no clima do planeta geram secas.
b) Nós conteis que as mudanças no clima do planeta geram secas.
c) Nós contamos que as mudanças no clima do planeta geram secas.
d) Nós contas que as mudanças no clima do planeta geram secas.
e) Nós contam que as mudanças no clima do planeta geram secas.
105
O emprego do verbo destacado no trecho “queremos contribuir para o crescimento sustentável
das empresas” contribui para indicar uma pretensão do presidente do Sindicato dos Lojistas, que
começa no presente e se estende no futuro.
Se, respeitando-se o contexto original, a frase indicasse uma pretensão que começasse no passado
e se estendesse no tempo, o verbo adequado seria o que se destaca em:
a) quisemos contribuir para o crescimento sustentável das empresas.
b) quisermos contribuir para o crescimento sustentável das empresas.
c) quiséssemos contribuir para o crescimento sustentável das empresas.
d) quereremos contribuir para o crescimento sustentável das empresas.
e) quisera poder contribuir para o crescimento sustentável das empresas.
106
58. (CESGRANRIO / LIQUIGÁS / ENGENHEIRO JR. / 2014)
A frase em que a flexão do verbo auxiliar destacado obedece aos princípios da norma padrão é
a) Alguns estudiosos consideram que podem haver robôs tão inteligentes quanto o homem.
b) Devem existir formas de garantir a exploração de outras tarefas destinadas aos robôs.
c) No futuro, devem haver outras formas de investimentos para garantir a evolução da robótica.
d) Pode existir obstáculos que os robôs sejam capazes de superar, como a locomoção e o diálogo.
e) Pode surgir novas tecnologias para aperfeiçoar a conquista espacial.
No trecho “Para o futuro, prenunciam-se perguntas mais difíceis, mais desafiadoras — e até
ameaçadoras — do que aquelas relativas ao uso de drones.”, o verbo prenunciar foi utilizado no
plural por se tratar de uma construção de passiva pronominal com sujeito também no plural.
O mesmo procedimento é adotado no verbo destacado em:
a) Para conquistar posição de vanguarda na corrida espacial, obedecem-se a princípios básicos de
inovação tecnológica.
b) Na missão espacial ao solo marciano, ambiente inóspito aos humanos, assistiram-se a episódios
inesquecíveis.
c) Nos livros e filmes de ficção científica do século passado, falavam-se de robôs como uma
possibilidade muito próxima e viável.
d) Com o avanço das pesquisas em robótica nas últimas décadas, delegam-se atividades
eminentemente humanas às máquinas.
e) Para evitar que o crescimento da robótica provoque distorções incontroláveis, necessitam-se de
leis protecionistas.
A forma verbal destacada está empregada de acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa
em:
a) Se os governantes verem o prejuízo causado pelas variações do clima, talvez tomem medidas
cautelares.
b) A construção de novas hidrelétricas dependia de que as verbas se mantessem inalteradas.
c) As variações do clima não afetariam o meio ambiente se a população interviesse nas políticas
públicas.
d) Todos ansiam que os eventos climáticos extremos não cheguem a causar problemas ambientais.
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e) Um grupo de pesquisadores entreveu a possibilidade de prejuízos na produção de energia por
causa das alterações das chuvas na Amazônia.
GABARITO
1. CORRETA 16. INCORRETA 31. CORRETA 46. LETRA A
2. CORRETA 17. INCORRETA 32. I CORRETA 47. LETRA B
3. LETRA A 18. CORRETA 33. INCORRETA 48. LETRA E
4. LETRA A 19. INCORRETA 34. INCORRETA 49. LETRA B
5. CORRETA 20. INCORRETA 35. INCORRETA 50. LETRA A
6. CORRETA 21. LETRA E 36. CORRETA 51. LETRA D
7. c LETRA D 22. LETRA D 37. CORRETA 52. LETRA B
8. CORRETA 23. LETRA C 38. LETRA C 53. LETRA C
9. LETRA C 24. INCORRETA 39. INCORRETA 54. LETRA A
10. INCORRETA 25. INCORRETA 40. INCORRETA 55. LETRA B
11. INCORRETA 26. LETRA D 41. INCORRETA 56. LETRA E
12. INCORRETA 27. CORRETA 42. CORRETA 57. LETRA C
13. CORRETA 28. CORRETA 43. LETRA C 58. LETRA B
14. CORRETA 29. CORRETA 44. LETRA B 59. LETRA D
15. CORRETA 30. CORRETA 45. LETRA D 60. LETRA C
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