Manual Do Psicaologo Jaonior
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PREÂMBULO
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O Europsy começa então por definir o enquadramento e requisitos mínimos para a formação
em psicologia, discutindo de seguida as competências mais relevantes que todos os psicólogos
devem desenvolver e demonstrar antes de poderem exercer de uma forma autónoma. Existem
dois grandes grupos de competências (cf. Europsy, Anexo III): a) as competências-base, que
se referem ao exercício da psicologia em termos de conteúdo e de conhecimentos/aptidões
necessários à sua aplicação; e b) as competências profissionais, partilhadas com outros
profissionais e prestadores de serviços e respeitantes aos requisitos necessários a uma boa
gestão e desenvolvimento de carreira.
Fazendo uma distinção entre quatro grandes contextos profissionais (Clinica e Saúde,
Educação, Trabalho e Organizações e Outros), o Europsy pretende, no entanto, que a descrição
das competências possa ser aplicada de forma genérica ao trabalho de todos os psicólogos,
independentemente da sua área de actividade, apesar de poderem ser desenvolvidas de formas
específicas, em função do seu contexto – já que algumas delas são de carácter geral, enquanto
a aplicabilidade de outras dependerá, efectivamente, da especificidade do contexto de
actuação. Estas aptidões deverão, por isso, estar presentes nas diversas funções realizadas
pelos psicólogos, independentemente dos seus contextos profissionais e dos utilizadores dos
seus serviços. Um bom profissional deve ser capaz de demonstrar não apenas as competências
necessárias, mas também as atitudes adequadas ao exercício adequado da sua profissão.
Em Portugal, os estatutos da Ordem, aprovados pela Lei n.º 57/2008 de 4 de Setembro, com a
redacção dada pela Lei 138/2015 de 7 de Setembro, vieram regulamentar as regras
respeitantes à última condição de acesso ao Certificado Europeu em Psicologia, prevendo o
cumprimento de um ano de prática profissional supervisionada ( ano profissional júnior) para
todos os diplomados em psicologia que pretendam exercer a profissão:
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De acordo com a Lei n.º 138/2015 de 7 de Setembro, art. 55º, ponto 1, para a passagem a
membro efectivo da
A estrutura do projecto de estágio foi, por isso, concebida por forma a permitir espelhar as
principais competências-base e profissionais descritas no Europsy e que permitem o acesso ao
Certificado Europeu em Psicologia e que devem ser desenvolvidas por todos os psicólogos
estagiários ao longo do seu ano profissional júnior, independentemente das áreas do
estágio.
De acordo com o art. 55º, ponto 1, do Estatuto da OPP Para a passagem a membro efectivo da
Ordem, o profissional cuja formação tenha sido obtida em Portugal tem obrigatoriamente de
realizar um estágio profissional promovido e organizado pela Ordem e de acordo com um
projecto de estágio submetido e acompanhado por um Orientador de estágio. Assim, o ano
profissional júnior é um requisito indispensável e obrigatório para a formação profissional do
psicólogo, dela dependendo a inscrição na OPP na categoria de membro efectivo.
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Nos termos do art. 1º, ponto 1 do Regulamento de Inscrição (Regulamento n.º 747/2016 de 27
de Julho), a atribuição do título profissional, o seu uso e o exercício da profissional de
psicólogo, em qualquer sector de actividade, dependem da inscrição na Ordem dos
Psicólogos Portugueses, devorante abreviadamente designada como Ordem, como
membro efectivo. Assim, todos os diplomados em Psicologia que pretendam exercer a
profissão de psicólogos, em qualquer sector de actividade, devem proceder à inscrição na
Ordem.
De acordo com o art. 54º (Inscrição) do Estatuto da Ordem, devem inscrever-se na OPP
aqueles que cumpram os requisitos de uma das alíneas do ponto 1 do referido artigo,
nomeadamente: a) Os titulares do grau de licenciado em Psicologia conferido na sequência de
um ciclo de estudos com estágio curricular incluído realizado no quadro da organização de
estudos anterior ao regime de organização de estudos introduzido pelo Decreto-Lei n.º
74/2006, de 24 de Março, alterado pelos Decretos-Leis n. 107/2008, de 25 de Junho, 230/2009,
de 14 de Setembro, e 115/2013, de 7 de agosto; b) Os titulares do grau de mestre em
Psicologia conferido na sequência de um ciclo de estudos integrado de mestrado organizado
nos termos do n.º 7 do artigo 14.º da Lei de Bases do Sistema Educativo, aprovada pela Lei n.º
46/86, de 14 de Outubro, com estágio curricular incluído; c) Os titulares dos graus de licenciado
e de mestre em Psicologia conferidos na sequência de ciclos de estudo de licenciatura e de
mestrado em Psicologia com estágio curricular incluído realizados no quadro da organização de
estudos aprovada pelo Decreto -Lei n.º 74/2006, de 24 de Março, alterado pelos Decretos-Leis
n. 107/2008, de 25 de Junho, 230/2009, de 14 de Setembro, e 115/2013, de 7 de Agosto; d)
Os titulares de um grau académico superior estrangeiro no domínio da Psicologia com estágio
curricular incluído a quem tenha sido conferida equivalência a um dos graus a que se referem
as alíneas anteriores; e) Os profissionais nacionais de Estados membros da União Europeia ou
do Espaço Económico Europeu cujas qualificações profissionais tenham sido obtidas fora de
Portugal, nos termos do artigo 62.º.
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Durante o seu ano profissional júnior, o psicólogo júnior deve realizar, no mínimo, 1.600
horas no exercício de actividades específicas da Psicologia. Pelo menos dois terços do ano
profissional júnior devem ser realizados em regime presencial, podendo as restantes horas ser
realizadas em regime não presencial.
Durante o ano profissional júnior, o psicólogo júnior tem o direito de ser apoiado pela
Ordem na defesa dos seus direitos e interesses profissionais; receber um mínimo de uma hora
de orientação por semana e participar na Formação Inicial Psicólogo Júnior, organizada pela
Ordem, cuja frequência é obrigatória. No final do ano profissional júnior e da frequência,
com aprovação, da Formação Inicial Psicólogo Júnior, o psicólogo júnior transita para membro
efectivo da Ordem.
INSCRIÇÃO NA OPP
Para poder iniciar o seu ano profissional júnior, o candidato deve inscrever-se na Ordem,
efectuando o seu registo na página da Ordem através deste link
https://www.areapessoal.ordemdospsicologos.pt/login
Para efectuar o seu registo deve preencher o formulário electrónico, o qual inclui o formulário
de Projecto. No acto do registo, terá que efectuar o pagamento de 40€ (as referências serão
disponibilizadas na área pessoal, na página da Ordem, (Separador Finanças > Opção Conta
Corrente > Docs. a Pagamento).
Deverá, posteriormente, enviar por correio para a sede da OPP, ou por email
([email protected]), a documentação requerida para formalizar a Inscrição. A
listagem de documentos a enviar pode ser consultada no Anexo II do Regulamento de
Inscrição, disponível na página da Ordem para consulta. Deve remeter, juntamente com os
restantes documentos solicitados, cópia simples do Certificado de Habilitações de Licenciatura/
Mestrado Integrado / 1º e 2º ciclo em Psicologia (caso opte pelo envio por correio, alertamos
que não procedemos à devolução de documentos originais).
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Assim, a entidade receptora deve celebrar com o candidato um contrato de estágio, nos termos
do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 66/2011 de 1 de Junho, excepto quando se trate de: a) um
estágio profissional que seja objecto de comparticipação pública; b) um estágio profissional
realizado no âmbito do Programa de Estágios Profissionais na Administração Pública; c) um
estágio cuja realização seja obrigatória para o ingresso ou acesso a determinada carreira ou
categoria no âmbito de uma relação jurídica de emprego público; ou d) um estágio que
corresponda a trabalho independente.
O candidato deve começar por indicar o Orientador, escolhendo o profissional que pretende
indicar para orientar o seu ano profissional júnior (pesquisando através do nome ou do número
de cédula profissional do Orientador escolhido). De seguida, deve indicar se o Orientador
escolhido se encontra ou não integrado na entidade receptora.
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No passo seguinte, deve inserir os dados solicitados relativos à entidade receptora no campo
destinado a esse efeito, pesquisando se a entidade já possui ou não Protocolo com a Ordem,
através do nome da entidade ou do número do Protocolo. Deve ser apenas preenchido o campo
“Entidade 1”; o campo “Entidade 2” deve apenas ser preenchido nos casos em que,
excepcionalmente, o estágio se realiza em duas entidades.
Segue-se a descrição dos campos do formulário, com sinalização dos obrigatórios (*)
Introdução
- Sumário (max. 750 car.) *
- Área de Estágio *
- Local de Estágio *
- Caracterização da Entidade Receptora (max. 400 car.) *
- Carga horária *
Competências-chave
A. Definição de Objectivos
- Análise de necessidades (max. 750 car.) *
- Estabelecimento de objectivos (max. 750 car.) *
B. Avaliação preliminar
[obrigatório o preenchimento de um dos campos desta secção: avaliação
individual/grupal/organizacional (max. 750 car.), em função da natureza/público-alvo e
actividades da entidade acolhedora] *
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C. Desenvolvimento
- Definição e preparação estratégica (max. 750 car.) *
- Verificação e validação (max. 750 car.)
- Planeamento da intervenção (max. 1500 car.) *
D. Avaliação
- Planeamento da avaliação (max. 750 car.) *
- Bibliografia utilizada (máximo 10 referências) *
Competências profissionais
- Estratégia profissional (max. 500 car.) *
- Desenvolvimento profissional contínuo (max. 500 car.)
- Relações profissionais (max. 500 car.) *
- Investigação e desenvolvimento (max. 500 car.)
- Gestão de Clientes (max. 500 car.)
- Qualidade (max. 500 car.)
- Auto-avaliação (max. 500 car.) *
Caso não pretenda preencher campos não obrigatórios, deve colocar a expressão "não se
aplica".
Para tal, o candidato deve aceder à sua área pessoal na página da Ordem e, no menu Ano
Profissional Júnior (barra lateral direita da área pessoal), clicar em Plataforma de Estágios.
Será direccionado para a página onde irá submeter o seu projecto.
Encontrará, nos separadores laterais à direita os campos para submissão do Projecto de estágio
e da Declaração de compromisso do estagiário(a).
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A PLATAFORMA DE ESTÁGIOS
2. Projecto de estágio
Depois de verificar o preenchimento de todos os campos obrigatórios e de, eventualmente,
realizar alterações/adaptações aos dados submetidos na proposta de projecto (aquando do
preenchimento do formulário de Inscrição), o candidato deve clicar em Submeter (na barra
lateral direita). A partir desse momento, não será possível efectuar alterações ao projecto. O
Orientador indicado pode então aceder à área de Orientadores e validar o projecto de estágio.
O Orientador deve aceder à sua área pessoal na página da Ordem e, no menu Ano Profissional
Júnior (barra lateral direita), clicar em Plataforma de Estágios. Será direcionado para a página
onde irá efectuar o seu registo como Orientador. Para cada estágio a orientar (lembramos que
cada Orientador não poderá orientar mais do que cinco estágios profissionais em simultâneo), o
Orientador deve submeter a informação necessária para que possa de seguida avaliar e aprovar
o projecto de estágio do candidato, indicada nos separadores laterais à direita: Declaração de
compromisso do Orientador e Contrato de Orientação de estágio.
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Após submissão do projecto de estágio pelo candidato, o Orientador avalia e valida o projecto
submetido (esta operação só é possível após a submissão do projecto), seleccionando a opção
“Aceito orientar este estágio” e “Aprovado”. O projecto de estágio deve ser validado pelo
Orientador num prazo máximo de 15 dias de calendário após submissão do projecto.
Se a apreciação for negativa (se o Orientador aceita orientar o estágio, mas solicita alterações
ao projecto), o candidato é notificado de que deve aceder novamente ao formulário de projecto
para efectuar as alterações necessárias; nesse caso, o candidato deve aceder ao formulário,
efectuar as alterações sugeridas e voltar a submeter o projecto, para que o Orientador possa de
seguida reavaliá-lo. As alterações ao projecto de estágio sugeridas pelo Orientador devem ser
efectuadas num prazo máximo de 15 dias de calendário. Caso a apreciação seja positiva, o
candidato é notificado de que o projecto foi validado pelo Orientador e o projecto não poderá
sofrer mais alterações (excepto se as mesmas forem indicadas pela Comissão de Estágios,
aquando da avaliação do projecto).
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REGISTOS DE ASSIDUIDADE
O registo das horas realizadas pelo psicólogo júnior visa demonstrar e garantir o cumprimento
do número mínimo de horas no exercício de actividades específicas da Psicologia e obedece aos
princípios da boa-fé e da cooperação entre as entidades intervenientes no âmbito da realização
dos estágios profissionais.
De acordo com o REOPP, o psicólogo júnior deve, no período de estágio, realizar 1.600 horas
no exercício de actividades específicas da Psicologia, sendo que um terço poderá
eventualmente ser cumprido em regime não presencial (as horas não presenciais poderão ser
destinadas à preparação de actividades, estudo, elaboração do relatório de estágio, etc.). As
108 horas do Formação Inicial Psicólogo Júnior devem ser contabilizadas no âmbito das horas
não presenciais do ano profissional júnior.
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O registo deve ser feito por semana. Depois de registar as horas da primeira semana (clicando
em Guardar), o psicólogo júnior deve repetir o procedimento na semana seguinte, clicando em
adicionar horas. No final do mês, as horas relativas a todas as semanas do mês deverão estar
preenchidas e o psicólogo júnior deve então clicar em Submeter. Os registos passam a estar
disponíveis na área do Orientador para validação (barra lateral direita, menu Validar registos de
assiduidade).
RELATÓRIO DE PROGRESSO
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RELATÓRIO DE ESTÁGIO
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Este deve constituir uma descrição técnica e teoricamente sustentada das actividades realizadas
durante o ano profissional júnior, sempre que possível quantificadas, acompanhada de uma
reflexão crítica sobre o processo de desenvolvimento profissional.
Após submissão do relatório de estágio pelo psicólogo júnior, o Orientador avalia e valida o
relatório submetido (esta operação só é possível após a submissão do relatório). O relatório de
estágio deve ser validado pelo Orientador num prazo máximo de 15 dias de calendário após
submissão dom relatório.
Se a apreciação for negativa (se o Orientador solicita alterações ao relatório), o psicólogo júnior
deve aceder novamente ao formulário para efectuar as alterações necessárias; nesse caso, o
psicólogo júnior deve aceder ao formulário, efectuar as alterações sugeridas e voltar a
submeter o relatório, para que o Orientador possa de seguida reavaliá-lo. As alterações ao
relatório de estágio sugeridas pelo Orientador devem ser efectuadas num prazo máximo de 15
dias de calendário. Caso a apreciação seja positiva, o relatório não poderá sofrer mais
alterações e fica então disponível para avaliação, pela Comissão de Estágios.
Caso o parecer seja positivo, e após a frequência, com aproveitamento, da Formação Inicial
Psicólogo Júnior, o ano profissional júnior considera-se concluído. A data de conclusão do
estágio corresponde à data em que é atribuída classificação final ao desempenho do psicólogo
júnior, a qual deve ser comunicada ao interessado no prazo máximo de 15 dias úteis.
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Uma vez que o curso é de realização obrigatória, não é necessário o registo das horas do curso
nos registos de assiduidade a submeter na Plataforma de Estágios. As horas da formação serão
automaticamente consideradas, no âmbito das horas não presenciais do ano profissional júnior,
logo que a formação seja concluída com sucesso.
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Até lá, o interessado deverá cumprir as regras de acesso ao exercício da profissão definidas no
país onde vai trabalhar. Em resumo, não existe nestes casos a figura de projecto de estágio a
validar pela Comissão de Estágios bem como as outras exigências dos estágios em território
nacional e não existe compromisso da Comissão de Estágios relativamente ao requerimento de
equiparação a apresentar no final da experiência de estágio/trabalho fora de Portugal.
Quando cumprido no estrangeiro, o ano profissional júnior não tem que seguir os
procedimentos previstos para o seu cumprimento em Portugal, mas sim os definidos pela
entidade reguladora da profissão no país de acolhimento. Tal significa que a) não é necessário
o estabelecimento de Protocolo entre a Ordem a entidade receptora do candidato e b) se o
Orientador é estrangeiro, não terá que cumprir as regras do Regulamento de Estágios da OPP,
mas sim as regras impostas pelo organismo regulador da profissão no país de acolhimento.
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