Slides - Equilíbrio de Complexação

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Carla Beatriz Grespan Bottoli

Instituto de Química - Unicamp


COMPLEXOS OU COMPOSTOS
DE COORDENAÇÃO

Íon complexo ou composto de coordenação é uma espécie em


que um átomo central ou um cátion metálico (M) está ligado a um
ou mais grupos doadores de elétrons, chamado de ligante.

Cu2+ + 4NH3  Cu(NH3)42+

Cu(NH3)42+
LIGANTES MONODENTADOS

• Um ligante (L) monodentado é aquele que se liga


ao íon metálico (M) através de somente um
átomo do ligante (como NH3).

Exemplos:

Cu2+ + 4NH3  Cu(NH3)42+

Ag+ + 2CN-  Ag(CN)2-


LIGANTES MULTIDENTADOS

• Um ligante (L) multidentado ou quelante é aquele


que se liga ao átomo central (M) através de mais
de um átomo do ligante.

Exemplos de ligantes multidentados:

Ethylenediamine (en) EDTA4- - ethylenediaminetetraacetate ion


H2NCH2CH2NH2

Bidentado
Multidentado
LIGANTES MULTIDENTADOS

Quelato: composto formado


por um íon metálico
coordenado com 2 ou mais
grupos doadores de um único
ligante para formar um
anel heterocíclico de 5 ou 6
membros.

[Ni(NH2C2H4NH2)3]2+
Tris(ethylenediamine)nickel(II)
[Cu(NH3)4]2+

[Cu(CN)4]2-

[Ag(CN)2]-
Nomenclatur
a
Para metais cujo simbolo é derivado do seu nome latim, o
sufixo -ato é adicionado à raiz Latina

Metal Raiz Denominação do metal


em complexo aniônico
Cobre Cupr- Cuprato
Chumbo Plumb- Plumbato
Prata Argent- Argentato
Ouro Aur- Aurato
Estanho Stann- Estanato
Exceção: Mercúrio (Hg) Mercurato
[CuCl4]2- : Tetraclorocuprato(II)
16
Prever a fórmula dos seguintes íons complexos:

• [Ag(CN)2]-

• [Zn(OH)4] 2-

• [Cu(NH3)4] 2+

17
• [Ag(CN)2]-
• Ion dicianoargentato
• [Zn(OH)4] 2-
• Ion tetrahidroxozincato
• [Cu(NH3)4] 2+
• Ion tetraaminocobre(II)

18
Prever a fórmula dos seguintes íons complexos:

• Ion tetracianocuprato (I)

• Ion triaminotiocianoplatina (III)

• Ion diaminotetraaquocobre (II)

• Ion hexaaminocobalto (III)

19
• Ion tetracianocuprato(I)
• [Cu(CN)4]3-
• Ion triaminotiocianoplatina(III)
• [PtSCN(NH3)3]2+
• Ion diaminotetraaquocobre(II)
• [Cu(NH3)2(H2O)4]2+
• Ion hexaaminocobalt(III)
• [Co(NH3)6]3+

20
Equilíbrios envolvendo íons complexos

A) Constante de dissociação do complexo

Ag(NH3)2+  Ag+ + 2 NH3

[Ag ][NH3 ]2
K
[Ag(NH3 ) 2  ]
Equilíbrios envolvendo íons complexos

B) Constante de formação do complexo

Ag+ + 2 NH3  Ag(NH3)2+

[Ag(NH3 ) 2  ]
K
[Ag ][NH3 ]2
Equilíbrios envolvendo íons complexos

A constante de formação do complexo pode ser


expressa em termos de constante de formação
parcial (K)
[ML]
M + L  ML K1 
[M] [L]

ML + L  ML2 [ML 2 ]
K2 
[ML] [L]

ML2 + L  ML3 [ML 3 ]


K3 
[ML 2 ] [L]

MLn-1 + L  MLn [ML n ]


Kn 
[ML n-1 ] [L]
Equilíbrios envolvendo íons complexos

Ou em termos de constante de formação global ()


[ML]
M + L  ML 1  K1 
[M] [L]

[ML 2 ]
M + 2L  ML2  2  K1K 2 
[M] [L]2

[ML 3 ]
M + 3L  ML3  3  K1K 2 K 3 
[M] [L]3

[ML n ]
M + nL  MLn n 
[M] [L]n

Exceto para a primeira etapa, as constantes de formação globais


são os produtos das constantes de formação progressivas para as
etapas individuais que levam à formação do complexo.
Equilíbrios envolvendo íons complexos
C) Fração da espécie presente no equilíbrio ()

A função  é definida como:

Concentração da forma i
 =
Concentração total

[M ] [ ML]
M   ML 
cM cM

[ ML2 ] [ MLn ]
 ML   ML 
2
cM n
cM
Equilíbrios envolvendo íons complexos

A concentração total do metal cM pode ser escrita como:

cM = [M]+ [ML] + [ML2] +…..+ [MLn]

Da constante de formação global podemos escrever:

cM = [M]+ 1[M][L] + 2[M][L]2 +…..+ n[M][L]n

= [M]{1+ 1[L] + 2[L]2 +…..+ n[L]n }


Equilíbrios envolvendo íons complexos

[M ] [M ]
M  
CM [ M ]  1[M ][ L]   2 [M ][ L]2  ...   n [ M ][ L]n
[M ] 1
M  
CM 1  1[ L]   2 [ L]2  ...   n [ L]n

[ ML] 1[ L]
 ML  
CM 1  1[ L]   2 [ L]2  ...   n [ L]n
[ ML2 ]  2 [ L]
 ML  
2
CM 1  1[ L]   2 [ L]2  ...   n [ L]n
[ MLn ]  n [ MLn ]
 ML  
n
CM 1  1[ L]   2 [ L]2  ...   n [ L]n
Equilíbrios envolvendo íons complexos

D) Constante de formação condicional ou de formação efetiva

Considera o efeito do pH na concentração do ligante livre

Fe3+ + C2O42-  Fe(C2O4)+

O oxalato pode receber prótons para formar HC2O4- e H2C2O4,


podendo causar a dissociação do complexo.
Equilíbrios envolvendo íons complexos
Lembrando que para ácidos dipróticos, a fração do
total das espécies é dada pelo :

[ H 2Ox] [ H  ]2
 H Ox  
2
CT [ H  ]2  K a1[ H  ]  K a1 K a 2

 
[ HOx ] K [ H ]
 HOx    a1

CT [ H  ]2  K a1[ H  ]  K a1K a 2

[Ox2 ] K a1 K a 2
 Ox 2  
CT [ H  ]  K a1[ H  ]  K a1 K a 2
Equilíbrios envolvendo íons complexos

Fe3+ + C2O42-  Fe(C2O4)+

[ FeOx  ] [ FeOx  ]
K1  
[ Fe ][Ox ] [ Fe 3 ] Ox 2 CT
3 2

[Ox2 ]
 Ox 2 
CT
CT = [H2C2O4] + [HC2O4-] + [C2O42-]


[ FeOx ]
K1   Ox 2 K1 
'

[ Fe 3 ]CT
Constante de formação condicional
Efeitos da Formação de Íons
Complexos na Solubilidade

PbI2(s)  Pb2+ + 2I- Kps = 7,9 x 10-9

No entanto, altas concentrações de I- causam a dissolução de


PbI2 sólido.

Pb2+ + I-  PbI+ K1 = [PbI+]/[Pb2+][I-] = 1,0 x 102


Pb2+ + 2I-  PbI2(aq) β2 = [PbI2(aq)]/[Pb2+][I-]2 = 1,4 x 103

Pb2+ + 3I-  PbI-3 β3 = [PbI-3]/[Pb2+][I-]3 = 8,3 x 103


Pb2+ + 4I-  PbI-4 β4 = [PbI-4]/[Pb2+][I-]4 = 3,0 x 104
Exemplo

Determine as concentrações das espécies PbI+, PbI2(aq), PbI-3 e


PbI-4 em uma solução solução saturada com PbI2(s), contendo
I- na concentração de :
a) 0,0001 mol/L
b) 1,0 mol/L
Efeitos da Formação de Íons
Complexos na Solubilidade

AgCl(s)  Ag+ + Cl- Kps = [Ag+][Cl- ] = 1,6 x 10-10



[ Ag ( NH 3 ) 2 ]
Ag+(aq) + 2NH3(aq)  Ag(NH3)2+(aq) Kf   1,6  10 7

[ Ag  ][ NH 3 ]2

O equilíbrio total é a soma das reações:

AgCl(s) + 2NH3(aq)  Ag(NH3)2+(aq) + Cl-

A constante de equilíbrio da reação total é o produto das constantes


de equilíbrio das duas reações:
K = Kps x Kf
Exemplo

Calcule a solubilidade do cloreto de prata em 0,1 mol/L NH3 (aq).


ALGUNS AGENTES QUELANTES
DE APLICAÇÃO ANALÍTICA
ALGUNS AGENTES QUELANTES
DE APLICAÇÃO ANALÍTICA
H2N CH2 CH2
H
N CH2 CH2 N
H CH2 CH2 NH2

TRIEN (Trietilenotetramina)

HOOC CH2 CH2 COOH


N CH2 CH2 N
HOOC CH2 CH2 COOH

EDTA (Ácido EtilenoDiaminoTetraAcético)


Complexos com EDTA

Ligante hexadentado (6 sítios potenciais para ligações com íon metálico)


Complexos com EDTA

Quelato metal-EDTA. O íon metálico central é complexado


através das seis posições de coordenação do EDTA.

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Complexos com EDTA
EDTA: ácido fraco

 -
H4Y  H+ + H3Y- K1 = 1,010-2 =
[H ] [H3 Y ]
[H4 Y]

[H ] [H2 Y 2- ]
H3Y-  H+ + H2Y2- K2 = 2,210-3 =
[H3 Y - ]
 3-
H2 Y2-  H+ + HY3- K3 = 6,910-7 = [H ] [HY ]
[H2 Y 2- ]

HY3-  H+ + Y4- K4 = 5,510-11 = [H ] [Y 4- ]


[HY 3- ]

O sal sódico (Na2H2Y.2H2O) é solúvel em água e


usado para preparar soluções.
Coeficiente 

A função  é definida como:

Concentração da forma i
=
Concentração total

então…..
[Y 4 ]
Y 4  [EDTA] é a concentração total de todas
as espécies “livres” em solução.
[ EDTA]

[Y 4 ]
Y 4 
[ H 4Y ]  [ H 3Y  ]  [ H 2Y 2 ]  [ HY 3 ]  [Y 4 ]
Cálculo de  do EDTA
Da mesma maneira que em ácidos polipróticos, podemos definir um
valor de  para cada espécie como sendo a fração de EDTA que se
encontra na forma correspondente:

[ H  ]4 K a1[ H  ]3
 H 4Y  H Y 
CT 3 CT

K a1[ H  ]3 K a1 K a 2 [ H  ]2
H Y  
H 2Y 2
 
3 CT CT

K a1 K a 2 K a3 [ H  ]  
K a1K a 2 K a3 K a 4
 3
 Y4

HY CT CT

onde:
CT  [ H  ]4  K a1[ H  ]3  K a1K a 2 [ H  ]2  K a1K a 2 K a 3[ H  ]  K a1K a 2 K a 3 K a 4
Variações no pH mudam muito a
composição de soluções de EDTA

•A forma totalmente protonada H4Y predomina somente em meio muito ácido (pH < 3).
•Ao longo da faixa de pH, de 3 a 10, as espécies H2Y2- e HY3- são predominantes.
• A forma Y4- é significante em soluções muito básicas (pH > 10).
Cálculo de Y4- do EDTA para diferentes valores
de pH
Cálculo de Y4- do EDTA para diferentes valores
de pH

Exercicio: Calcular a concentração molar da espécie


Y4- em uma solução 0,0200 mol L-1 de EDTA
tamponado em pH 10,0.
Constante de formação de
complexos com EDTA

Mn+ + Y4-  MY (n-4)

[MY (n-4 ) ]
K
[Mn ] [Y 4- ]

Ag+ + Y4-  AgY3-


Al3+ + Y4-  AlY-
Constante de formação de
complexos com EDTA
Constante de formação de
complexos com EDTA
[MY (n-4 ) ]
K
[Mn ] [Y 4- ]

Considerando a variação de [Y4-] com o pH e


Canalítica = [Y4-] + [HY3-] + [H2Y2-] + [H3Y-] + [H4Y]

[ Y 4- ] K1 K 2 K 3 K 4
  4
Canalítica [H ]  K1 [H ]3  K1 K 2 [H ]2  K 1 K 2 K 3 [H ]  K1 K 2 K 3 K 4

[ Y 4- ]
C analítica
 4 OU [Y4-] = 4 Canalítica 4 = fração de EDTA como Y4-
Constante de formação de
complexos com EDTA

Substituindo [Y4-] em K: [MY (n  4) ]


K
[Mn ]  4 C analítica

Chega-se a K': constante de estabilidade condicional.

[MY (n-4 ) ]
K 4   K'
[Mn ] C analítica
pH mínimo para titular diferentes cátions

Para boa visualização


do ponto final,
K’ > 106 pH < 4
[MY (n-4 ) ]
K 4  n
 K'
[M ] C analítica

4 é a fração de EDTA na
forma Y4-num dado pH 4 < pH < 7
[Y 4 ]
4 
C analítica

Em pH mais altos, todos os pH > 7


cátions formam complexos
Efeito do pH em alguns valores de K’
Menor o pH, menor 4 e
menor K´
Existe pH mínimo e
ADEQUADO
para titular CADA íon metálico
Indicadores metalocrômicos
Indicadores metalocrômicos
Detecção do ponto final em titulações
com EDTA
Metal-Ind + EDTA  Metal-EDTA + Ind
cor A incolor incolor cor B

Por exemplo na titulação de Mg2+, ocorre:

Mg-Erio T + EDTA  MgEDTA + Erio Tlivre pH = 10


vermelho incolor incolor azul
 Para que um indicador possa ser usado em uma titulação de um metal com EDTA, ele
deverá ser capaz de liberar seu íon metálico para ser complexado pelo EDTA.

 Se um metal não se dissocia livremente de um indicador, dizemos que o metal bloqueia


o indicador.

 MAS PARA SER USADO COMO INDICADOR - estabilidade do complexo


metal-indicador deve ser MENOR que estabilidade do complexo metal-EDTA

 O negro de eriocromo T é bloqueado pelos íons Cu2+, Ni2+, Co2+, Cr3+, Fe3+ e Al3+
Cuidado: CN-
gera HCN em
meio ácido.
HCN é letal!
Agentes mascarantes

Formam complexos
muito estáveis com os
cátions que poderiam
interferir na titulação
(consumir EDTA,
falseando o resultado)

Complexos com agente


mascarante devem ser
mais estáveis que
complexos com EDTA
Métodos titulométricos
1-TITULAÇÃO DIRETA: utilizam indicadores que
respondem ao analito ou a adição de um outro íon metálico

 Indicadores para o analito


Exemplo: Titulação de Mg2+ com EDTA e Erio T

 Indicadores para ion metálico adicionado


• Utilizados quando não se dispõe de um bom indicador para o íon titulado
• O íon adicionado deve formar complexo menos estável que o complexo do
analito

Exemplo: Titulação de Ca2+ com EDTA, Erio T e Mg2+


O complexo de Ca-EDTA é mais estável do que o complexo de
Mg-EDTA.

64
Métodos titulométricos
2- MÉTODOS DE RETROTITULAÇÃO: São métodos
indiretos para a titulação de metais.

• Um excesso medido da solução padrão de complexante é


adicionado
• Após reação completa com o metal, titula-se o excesso de
titulante
Exemplo: Titulação de Cr(III), Co(III), Fe(III), Al(III), Ti(IV) com EDTA

Adição de um excesso medido de EDTA à solução do analito.


Após reação, titula-se o EDTA não complexado com solução padrão de Mg ou Zn
(+ Erio-T)

O complexo Mg-EDTA (ou Zn-EDTA) deve ser menos estável que o complexo
analito-EDTA
65
QUANDO A TITULAÇÃO DE RETORNO É APLICADA?

• Reação entre o íon metálico e EDTA é muito lenta.

• Analito precipita na ausência do EDTA.

• Não há indicador adequado para a titulação direta do íon.

• O analito bloqueia o indicador.


3- MÉTODOS DE DESLOCAMENTO: utilizados quando não
se tem disponível um indicador para um analito

Adiciona-se um excesso de uma solução de Mg-EDTA à solução


do íon a ser titulado
O íon titulado deve formar complexo mais estável (M-EDTA)
que o Mg-EDTA
Titula-se o Mg2+ deslocado com solução padrão de EDTA

68
O complexante auxiliar mantem o cátion em solução.
EXPERIMENTO 8
COMPLEXOMETRIA: DETERMINAÇÃO DE Cu2+ E DE Zn2+ EM LATÃO

 I. Objetivos

 Determinar a concentração de cobre e zinco em uma amostra de latão, por


complexometria, usando uma solução de EDTA como agente complexante.

 Testar a capacidade tiossulfato de sódio como agente de mascaramento em titulações


complexométricas.
LIGAS METÁLICAS
 O que são ?

 Os tipos ?

 Quais são suas propriedades ?

 As aplicações ?
LIGAS METÁLICAS
 O que são ?

 São materiais com propriedades metálicas que contêm dois ou mais


elementos químicos sendo que pelo menos um deles é metal;

 As indústrias automobilísticas, aeronáuticas e navais, são as principais


responsáveis pelo consumo de metal em grande escala;

 As ligas possuem propriedades diferentes dos elementos que as originam;

 Ex: Ponto de fusão, aumento da dureza, aumento da resistência mecânica.


LIGAS METÁLICAS
 O que são ?
 São materiais com propriedades metálicas que contêm dois ou mais
elementos químicos sendo que pelo menos um deles é metal;
 As indústrias automobilísticas, aeronáuticas e navais, são as principais
responsáveis pelo consumo de metal em grande escala;
 Os tipos ?
 Ligas ferrosas

 O ferro é o constituinte principal;

 A desvantagem dessas ligas é que elas são muito suscetíveis à corrosão;


LIGAS METÁLICAS

 Os tipos

 Ligas não ferrosas

 O ferro não é o constituinte principal;


 São resistente a corrosão e apresentam melhor resistência em
baixas temperaturas;
Suas propriedades serão determinadas pelos metais que serão
usados e pela quantidade de cada metal na liga.
LIGAS METÁLICAS

Ligas não
Ferrosas

Ligas para altas Ligas baixo


Ligas Leves Ligas Refratárias
temperaturas ponto de fusão

Al, Mg , Ti Ligas de Cu Pb ,Sn Mo, Ta, W, Nb

Latão Bronze Cu-Ni


LIGAS METÁLICAS
 Propriedades e aplicações

Aço Aço Inoxidável


Composição: Fe (≃ 98,5%), C (0,5 a Composição: Aço (≃ 74%), Cr (18%) e
1,7%) e traços de Si, S e P; Ni (8%);

Propriedade principal: Tem mais Propriedade principal: Não oxida;


resistência a tração do que o ferro puro;
Aplicação: Talheres, utensílios domésticos,
Aplicação: em peças metálicas que peças de carro, etc.
sofrem tração elevada.
LIGAS METÁLICAS
 Propriedades e aplicações

Latão
Amálgama Odontológica
Composição: Cu (67%) e Zn (33%);
Composição: Hg (43,1%), Ag (29,9%),
Sn (7,33%) e Zn (0,39%); Propriedade principal: Fácil de moldar,
flexibilidade e boa aparência;
Propriedade principal: Baixo coeficiente
de dilatação e alta maleabilidade; Aplicação: Produção de tubos, armas,
torneiras e instrumentos.
Aplicação: Usadas em obturações.
COMPLEXOMETRIA: DETERMINAÇÃO DE Cu2+ E DE Zn2+ EM LATÃO
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
 Preparo da Solução de amosta de latão (individual)

a) Em uma balança analítica, pese entre 0,15 e 0,16 g de amostra

de latão. Anote o valor da massa até a quarta casa decimal no

caderno do laboratório.
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
 Preparo da Solução de amosta de latão (individual)

b) Em um béquer, transfira a massa de latão pesada e adicione pouco a

pouco e cuidadosamente, 5 mL de ácido nítrico concentrado (70% v/v),

utilizando pipeta graduada com pêra. Aguarde até a completa dissolução

da amostra de latão.
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
 Preparo da Solução de amosta de latão (individual)
b) Em um béquer, transfira a massa de latão pesada e adicione pouco a
pouco e cuidadosamente, 5 mL de ácido nítrico concentrado (70% v/v),
utilizando pipeta graduada com pêra. Aguarde até a completa dissolução
da amostra de latão.
NA CAPELA!!!!

CUIDADO – Usar óculos e luvas


PREPARO DA AMOSTRA

Cu2+ + 2e- Cu E0= +0,337 V


Zn2+ + 2e- Zn E0= - 0,763 V
NO3- + 3H+ + 2e- HNO2 + H2O E0 = + 0,94 V

82
REAÇÕES

Cobre na presença de ácido nítrico concentrado


3Cu(s) + 8HNO3 3Cu2+ + 6NO3- + 2NO + 4H2O
Cu2+ + 4H2O [Cu(H2O) 4 ] 2+ Cor Azul
 Zinco na presença de ácido nítrico concentrado
3Zn(s) + 8HNO3 3Zn2+ + 6NO3- + 2NO + 4H2O
Zn2+ + 4H2O [Zn(H2O) 4 ] 2+ Incolor

Obs. Quando ao dissolução é feita com ácido


nítrico diluído, não há desprendimento de gás
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
 Preparo da Solução de amosta de latão (individual)
c) Adicione cerca de 70 mL de água destilada num balão volumétrico de
100 mL. Transfira quantitativamente e com CUIDADO a amostra
dissolvida para o balão e agite até a homogeneização da solução.
Complete o volume do balão com água destilada; homogeneíze
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
 Titulação da amostra de latão
Titulação com EDTA (Individual)

a) Tome uma alíquota de 15,00 mL da amostra com pipeta volumétrica e


transfira-a para um Erlenmeyer de 250 mL;
b) Adicione 20 mL de solução tampão pH 5,5 e agite; verifique o pH com
papel indicador (pH entre 5 e 6).
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
 Titulação da amostra de latão
Titulação com EDTA (Individual)

c) Adicione 5 gotas do indicador alaranjado de xilenol;


Alaranjado de xilenol

3,3 '-bis [N, N-bis (carboximetil)-aminometil]-o-


cresolsulfonephthalein Faixa de viragem
ácido-base: 1<pH<2
Hin = H + In-
Indicador de ion metálico:
3< pH <5
MIn- + Y4- = MY2- + In-
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
 Titulação da amostra de latão
 Titulação com EDTA (Individual)

d) Proceda à titulação, adicionando lentamente e com agitação constante o EDTA. A


coloração deve passar de vermelho (vinho) para verde. Adicione as últimas gotas de
titulante antes do ponto final em intervalos de 3 s a 5 s. Efetue toda a titulação no
máximo em 5 min.
e) Realize a titulação em triplicata e calcule a concentração total de íons na amostra.
Início Zona de Viragem Ponto Final
REAÇÕES
 Titulação de cobre e zinco com EDTA –

Cobre

Cu2+ + EDTA CuY2-

[𝐶𝑢𝑌 2−]
𝐾𝑓 = 2+ = 6,30 𝑥 10 18
𝐶𝑢 𝐸𝐷𝑇𝐴

Zinco

Zn2+ + EDTA ZnY2-


𝑍𝑛𝑌 2−
𝐾𝑓 = 2+ = 3,16𝑥 10 16
𝑍𝑛 𝐸𝐷𝑇𝐴

Os dois complexos são simultaneamente formados em pH 5,5 !!!


REAÇÕES
 Titulação de cobre e zinco com EDTA – Com AGENTE MASCARANTE
Cobre Zinco

Cu2+ + S2O32- CuS2O3 Zn2+ + S2O32-


ZnS2O3Kf [CuS O ] >> Kf [ZnS O ]
2 3 2 3

Apenas o complexo Zn-EDTA vai ser formado na titulação !!!


PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Titulação da amostra de latão
Titulação com EDTA após a adição de Na2S2O3 (Individual)

a) Tome uma alíquota de 15,00 mL da amostra com pipeta volumétrica e


transfira-a para um Erlenmeyer de 250 mL;
b) Adicione 20 mL de solução tampão pH 5,5 e agite; verifique o pH com
papel indicador (pH entre 5 e 6).
c) Adicione pouco a pouco tiossulfato de sódio até descoloração completa da
solução;
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

 Titulação da amostra de latão


Titulação com EDTA após a adição de Na2S2O3 (Individual)

d) Adicione 5 gotas do indicador alaranjado de xilenol;


PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

 Titulação da amostra de latão


Titulação com EDTA após a adição de Na2S2O3 (Individual)

e) Proceda à titulação, adicionando lentamente e com agitação constante o


EDTA. A coloração deve passar de vermelho (vinho) para verde. Adicione
as últimas gotas de titulante antes do ponto final em intervalos de 3 s a 5
s. Efetue toda a titulação no máximo em 5 min.

f) Realize a titulação em triplicata e calcule a concentração total de íons na


amostra.
Titulando com tiossulfato

Início Zona de Viragem Ponto Final


Titulação sem tiossulfato

15 mL amostra
20 mL tampão acetato (pH 5,5)
5 gotas de indicador (alaranjado de xilenol)
Titular em triplicata
com EDTA 0,02 mol/L

Titulação com tiossulfato

15 mL amostra
20 mL tampão acetato (pH 5,5)
5 gotas de indicador (alaranjado de xilenol)
+ ponta de espatula de tiossulfato
Titular em triplicata
96
com EDTA 0,02 mol/L
Comparação de colorações entre as amostras com e sem
tiossulafato e com e sem indicador (VEDTA = 0 mL)

Sem Com Sem Com


indicador indicador indicador indicador

Sem tiossulfato Com tiossulfato


1) Titulando sem tiossulfato

Início Zona de Viragem Ponto Final


2) Titulando com tiossulfato

Início Zona de Viragem Ponto Final


REAÇÕES E CÁLCULOS
 Titulação de cobre e zinco com EDTA – Com AGENTE MASCARANTE
Cobre
Zn2+ + EDTA ZnY2-
M = x mol L-1 EDTA
V = x mL EDTA
y mol de Zn 15,00 mL da amostra n=?
Z mol de Zn 100,00 mL da amostra

m = MM x nº moles
m = 65,38 g/mol x Z mol de Zn
% Zn = (m/mamostra) x 100% n = y mol de Zn
CUIDADOS!!!!
 O ácido nítrico é um oxidante forte e em contato com outro material pode
causar incêndio;
 O ácido nítrico é um líquido corrosivo e pode provocar queimaduras
graves em contato com o técido do corpo humano;
 A dissolução de latão em ácido nítrico concentrado libera vapores tóxicos;
 O EDTA e o tiossulfato de sódio podem causar irritaçao na pele,olhos e
vias respiratórias;
 NO é um gás tóxico. Seu excesso pode causar inúmeros problemas.
Aplicações de reações de
complexação em outras áreas
Química Forense

Balística

Na utilização de armas de fogo em episódios de crime, são produzidos


vestígios de disparo, os quais são expelidos pela expansão gasosa oriunda da
combustão da carga explosiva presente nos cartuchos que compõem a munição
dessas armas.
Aplicações de reações de
complexação em outras áreas
Química Forense

• Um teste comumente utilizado para a detecção de vestígios de disparo de arma de


fogo nas mãos de um possível suspeito consiste na pesquisa de íons ou fragmentos
metálicos de chumbo, em decorrência da maior quantidade desta espécie metálica
em relação a outras.

• O chumbo presente nos vestígios de disparo pode ser proveniente do agente detonador
da espoleta, na qual se encontra presente na forma de trinitroresorcinato de chumbo;
da carga de espoleteamento, na forma de estifinato de chumbo; bem como pode ser
gerado pelo atritamento do corpo dos projéteis de chumbo com as paredes internas do
cano da arma
Aplicações de reações de
complexação em outras áreas
Química Forense

A coleta prévia de amostra das mãos do suspeito, mediante aplicação de tiras de fita adesiva do
tipo esparadrapo nas mesmas e subseqüente imobilização dessas tiras em superfície de papel de
filtro. As referidas tiras, ao serem borrifadas com solução acidificada de rodizonato de sódio, se
apresentarem um espalhamento de pontos de coloração avermelhada, indicam resultado positivo
para o disparo. Tal exame é conhecido como residuográfico.
Aplicações de reações de
complexação em outras áreas
Química Forense

O complexo resultante apresenta coloração avermelhada intensa,


diferente da solução inicial de rodizonato de sódio, a qual
apresenta-se amarelada, nas concentrações utilizadas pelos
laboratórios de Química Forense.

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