Fis05 Livro Teoria
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Fis05 Livro Teoria
Eletrostática e
Eletromagnetismo
Pré-Vestibular
Teoria e Exercícios Propostos
índice. física 5
3. Lei de Coulomb
Em 1784 o físico francês Charles Augustin
Colulomb (1736-1806), utilizando uma balança
de torção de extrema sensibilidade, obteve ex- Balança de Coulomb. A medida da
perimentalmente a relação da força de interação intensidade da força de atração ou
entre duas cargas pontiformes. Esta relação, co- repulsão entre as esferas carregadas
nhecida como a lei de Coulomb, estabelece que: A e B é feita pela torção do fio.
12 ⋅ 34 −12
F = 9 · 109 ⇒ 6 = 172 8
5 ⋅ 34 −2
Da tabela podemos construir o gráfico
Resposta: A
abaixo:
02. Duas partículas de cargas Q e q, de si-
nais opostos, separados pela distância d, se
atraem com a força F = 0,18 N.
Determine a intensidade da força de atra-
ção entre essas partículas se:
a) A distância entre elas tornar-se três
vezes maior.
b) O valor do módulo da carga de cada
partícula reduzir-se à metade, mantendo-se
inalterada a distância inicial d.
Resolução
Das condições iniciais, tem-se:
1=
2⋅3 ⋅ 4
5 1
⇒ 6 978 =
2⋅ 3 ⋅ 4
51
172
10 PV2D-06-FIS-51 Capítulo 01. Força Elétrica
Eletrostática e Eletromagnetismo
1 2
b) Fazendo 13 = 4 23 = e mantendo-se d,
5 5
tem-se:
Exercícios Resolvidos
01. Três cargas elétricas puntiformes localizam-se nos vértices de um triângulo retângulo
1 2 ⋅33 4
2
conforme mostra a figura abaixo. Sendo o meio vácuo 1 1 = 5 ⋅ 67 ⋅ 32 43
65
, determine a in-
Resolução
Q1 e q se repelem e Q2 e q se atraem, assim:
Cálculo das forças individuais sobre a carga q. Cálculo da resultante sobre a carga q.
→ → →
31
⋅ 4
⋅ 89 56 ⋅ 89 ⋅ 89 56 1 = 1 1 + 1 2
1 2 = 112 + 122
11 = 2 2 = 7 ⋅ 89 4 ⋅
513 ⋅ 89 51 3
1 2 = 3 45 2 + 3 67 2 ⇒ 1 2 = 3 89
11 = 9
6
⇒ 1 = 3 89
3 3
⋅ 4 8
⋅ 89 56 ⋅ 89 ⋅ 89 56
13 = 2 2 = 7 ⋅ 89 4 ⋅
5 33 ⋅ 89 51 3
13 = 9
6 1 = 3
2
02. Sobre uma canaleta horizontal fixam-se duas cargas puntiformes QA e QB. Uma terceira
carga puntiforme +q é colocada sobre a canaleta, permanecendo em equilíbrio estável na posi-
12 11
ção indicada na figura. Quanto aos sinais de QA e QB e à razão é correto afirmar que são:
12 21
1
a) +; ; d) ; +; 3
2
1
b) +; +; e) +; +; 9
2
1
c) ; ;
2
Resolução
Como o equilíbrio é estável as cargas QA e QB são positivas pois caso contrário, ao deslocarmos a carga
q sobre a canaleta, ela não mais retorna à posição inicial.
63 166
⋅ 46 63 66⋅ 46
11 = 2 3
12 = 2 2 3
5 7 958
34 133
⋅ 53 34 33⋅ 53
Como FA = FB tem-se 12 3 =2 23
6 76
12 11 3
=
12 21 4
Resposta: B
1 1
1 13 Vamos agora substituir a carga geradora
Dessa forma temos: = =444444 = constante,
2 23 Q positiva por uma outra geradora Q nega-
fato este que evidencia a pré-existência do tiva sendo a carga de prova q, positiva.
campo elétrico no ponto X e sua independên-
cia da carga de prova q, ali colocada.
Resumindo
1 4⋅1
de I e II vem 1 ⋅ 2 = 3 ⋅
O vetor campo elétrico 1 tem direção 51
da reta que passa pelo ponto e pela carga Q
geradora. e cancelando 1 em ambos os membros
Carga elétrica positiva sempre gera da igualdade (fato que evidencia a indepen-
campo elétrico com sentido de afastamen- dência da carga de prova no cálculo da inten-
to, em relação a ela, nos pontos ao seu redor. sidade do campo elétrico), temos:
Carga elétrica negativa sempre gera cam- 3
po elétrico com sentido de aproximação, em 1=2
41
relação a ela, nos pontos ao seu redor.
5. Gráfico: E = f(d)
Variando-se a distância d do ponto à car-
ga Q, obtemos o gráfico abaixo:
1 ⋅ 21 = 35 4 = constante
Exercícios Resolvidos
3⋅4
1 = 2⋅ (II)
51
1 2
. 11 ⋅ 2 2 = 12 ⋅ 32 2
⇒ 11 ⋅ 2 2 = 12 ⋅ 4 2 2 ⇒
12
11 =
a) Sendo a carga q negativa, o vetor campo elé- 1
1 1
trico 1 é horizontal, para a esquerda, pois a força 1, Como a carga se mantém, o sentido continua o
1
causadora da aceleração γ , é horizontal para a direi- mesmo de afastamento.
2
ta. Sua intensidade é: 1 = e como 1 = 2 ⋅ γ , então
3
Resposta: C
2⋅ γ 1 62 ⋅ 32 −1 ⋅ 4 62 ⋅ 32 2
1= ⇒1=
3 5 62 ⋅ 32 −3 6. Campo Elétrico em um
1 = 132 ⋅ 12 −1 N/C Ponto Devido a Várias Car-
b) 1 = 2 ⋅ 3 ⇒ 1 = 1 42 ⋅ 32 −1 ⋅ 342 ⋅ 32 −2 gas Elétricas
Quando numa região do espaço existir
1 = 142 ⋅ 32 −1 N mais de uma carga elétrica, os pontos dessa
02. (Vunesp-SP) A figura a seguir repre- região sofrem influência dos campos elétri-
senta uma carga elétrica pontual positiva no cos devidos a essas cargas.
ponto P e o vetor campo elétrico no ponto 1
Nesse caso, num único ponto X, existirá
devido a essa carga.
mais de um campo elétrico e o campo elétrico
resultante no ponto será a soma vetorial de
todos esses campos.
No ponto 2, a melhor representação para
o vetor campo elétrico devido à mesma carga
em P será:
1 1 1 1
E = E1 + E 2 + E 3
Resolução
Sendo:
3 1
Sendo 1 = 2 ⇒ 1 ⋅ 2 = 35 4 = constante 31 32 33
41 11 = 2 5 12 = 2 676 1 3 = 2
e como a distância do ponto 2 ao ponto P é o dobro da 412 4 22 4 23
Exercícios Resolvidos
01. Calcular a intensidade e representar o 02. Dada a distribuição de cargas da figu-
vetor campo elétrico resultante no ponto X de- ra, determinar a abscissa do ponto localiza-
vido às cargas elétricas QA e QB da figura, sa- do no eixo x, no qual o campo elétrico resul-
bendo-se que estão imersas no vácuo. tante, devido às cargas elétricas puntiformes
QA e QB , é nulo.
2 ⋅33
Dado: 1 1 = 5 ⋅ 67 2
43
Resolução
O ponto P, no qual o campo elétrico é nulo, deve
estar localizado entre as cargas, pois à esquerda de
1 1
QA ou à direita de QB os campos elétricos 1 1 2 12 ,
Resolução devido a elas, têm mesmo sentido e o campo resultan-
1 1 te nesses casos nunca é nulo.
Determinando 1 1 1212 1
1 1 1
No ponto P temos 1 1 2 12 = 3 , logo EA = EB
31 −5
1 1 = 22 ⇒ 1 = 5 ⋅ 67 4 ⋅ 8 ⋅ 67
1
4 31 3
1
8 ⋅ 67 −6 2
1 1 = 2 ⋅ 34 2 5 6 7 1
12 − 32 1
=
4
3 1 1 2
⇒ 13 1 = 2 − 3
1
31 4 68 ⋅ 67 −5
11 = 2 2 ⇒ 11 = 5 ⋅ 67 ⋅
413
18 ⋅ 67 6 23
− 4d2 = 36 12d + d2 ⇒ 3d2 + 12d 36 = 0
E = 5 · 105 N/C x = 5 cm
Exercícios Resolvidos
01. Duas esferas estão eletrizados com car-
gas QA e QB, e a figura representa as linhas de
9.2. De Mesmo Sinal força na região.
d) QA é negativa; QB é positiva e 1 1 = 1 2 .
1⋅ 2
a) positivo;
3 Uma carga de prova q situada nesse pon-
to X adquire uma energia potencial elétrica
1 ⋅2 Epel. Podemos concluir que o ponto X tem a
b) negativo; propriedade de dotar de energia potencial
3
elétrica qualquer carga elétrica nele situada.
1⋅ 2 Essa propriedade, que é denominada Po-
c) negativo;
tencial Elétrico V, é somente do ponto,
3
independe da carga de prova e pode ser me-
1 ⋅2 dida pela expressão:
d) positivo;
3
1 ⋅2
e) negativo;
3
Resolução:
2 123
1=
3
3 78⋅ 76 −4
11 = 2 2 ⇒ 11 = 5 6 ⋅ 76 3 ⋅
41 96 ⋅ 76 −5
11 = 9
⋅ 76 4 1
Vres = V1 + V2 + V3
Se substituirmos os potenciais parciais,
podemos escrever:
34 3 3 Cálculo dos potenciais elétricos parciais no ponto X:
1123 = 2 +2 5 +2 6 ou
44 45 46
11 = 2 2 ⋅ 31 ⇒ 11 = 567 ⋅ 87 3 ⋅
9
67 ⋅ 87 45 =
6 ⋅ 87 7 1
41
13 3 35 36 46
⋅ 87 46
1123 = 2
24 + +
5
4
45 4 6 11 = 2 2 ⋅ 31 ⇒ 1 1 = 567 ⋅ 87 3 ⋅
9
6 ⋅ 87 45
= 86 ⋅ 87 6 1
4
41 ⋅ 87 41
No caso de termos n cargas elétricas, o 31 9
67 ⋅ 87 45 =
8 ⋅ 87 7 1
potencial elétrico resultante num ponto 11 = 2 2 ⋅ ⇒ 1 1 = 567 ⋅ 87 3 ⋅
41
⋅ 87 46
qualquer do campo elétrico devido a essas
No ponto X, o potencial resultante é:
cargas é:
Vres = V1 + V2 + V3
5
34 Vres = 4,5 · 105 + 13,5 · 105 + (18 · 105)
1123 = 2 ⋅ ∑4 4 Vres = 0
4 =6
3 64 ⋅ 54 12 78964 ⋅ 54 12
1⋅ +1⋅ =4
a) 0,2 m 2 563 8 2
b) 0,3 m
3 84 ⋅ 54 12 6 84 ⋅ 54 12
c) 0,4 m 1⋅ = 1⋅
2 583 9 2
d) 0,6 m
5 7
e) 1,0 m = ⇒ 583 9 2 = 72
2 583 9 2
Resolução
4x = 1,2 então, x = 0,3 m
Consideremos o ponto X da figura, tal que Vx = 0.
Resposta: B
3
1 =2
4
Dessa forma, qualquer ponto em torno da carga elétrica Q, que distar d da mesma, terá o
mesmo potencial elétrico V e todos pertencerão à mesma superfície eqüipotencial.
Não é difícil imaginar essa superfície, pois eqüipotenciais são cascas esféricas, uma den-
ela seria uma superfície esférica de centro na tro da outra, com centro na carga elétrica Q.
carga Q e raio d.
VA = VB = VC = V
Uma propriedade importante relaciona
Para cada valor de d, temos uma superfície as superfícies eqüipotenciais (S.E.) e as linhas
esférica diferente. Dessa forma, as superfícies de força (L.F.) de um campo elétrico.
1
Em qualquer ponto de uma superfície eqüipotencial, o vetor campo elétrico 1 é perpendicular à superfície
e conseqüentemente à linha de força que o tangencia também.
Um agente externo movimenta uma ou- Caso a força elétrica dificulte o movimen-
tra carga elétrica puntiforme q e a faz passar to, dizemos que ele é forçado e nesse caso a
pelos pontos X e Y. carga q estará sofrendo um aumento de sua
energia potencial elétrica: 1 123 1 < 1 1232 .
3. Trabalho Nulo
Se os pontos X e Y pertencerem à mesma
superfície eqüipotencial, ou seja, a carga q ao
deslocar-se, acaba retornando à mesma su-
perfície eqüipotencial, o trabalho da força elé-
Se a energia potencial elétrica dessa carga,
trica é nulo.
ao passar no ponto X, é 1 123 1 = 2 ⋅ 34 (inicial),
e = q · (VX VY)
e ao passar no ponto Y é 1 123 1 = 2 ⋅ 34 (final), Como VX = VY, então, VX VY = 0
então o trabalho realizado pela força elétrica e assim, e = q · 0
atuante sobre ela é dado pela equação: e=0
1 = 1 123 1 − 1 123 2
Ou seja
e = q · VX q · VY ⇒ e = q · (VX VY)
Exercício Resolvido
1 1 = 2 ⋅ 34 2 1
−564 ⋅ 34 −3 2
⇒ 1 1 = −764 ⋅ 34 5 1
Uma carga elétrica puntiforme q = 4,0 µC 768 ⋅ 34 −4
é deslocada do ponto A até o ponto B do cam-
po elétrico, devido à carga elétrica puntiforme
Q = 2,0 µC, imersa no vácuo 11 = 2 ⋅ 34 2 1−564 ⋅ 34 3 2 ⇒ 1
−
5
1 = −864 ⋅ 34 1
764 ⋅ 34 −4
11 6 ⋅73 4
32 1 = 2 53 ⋅ 43 2
83
65
, conforme a figura b) Como a energia potencial elétrica da carga q
no ponto é: Epel = q · V, então,
abaixo.
1
1123 1 = 2 ⋅ 3 4 ⇒ 1123 1 = 456 ⋅ 76 −5 ⋅ −456 ⋅ 76 6 2
1123 1 = −234 5
1
11231 = 2 ⋅ 34 ⇒ 11231 = 456 ⋅ 76 −5 ⋅ −856 ⋅ 76 6 2
Nesse deslocamento, determine: 11231 = −234 5
a) os potenciais elétricos A e B;
b) as energias potenciais elétricas da car-
ga nos pontos A e B; c) O trabalho da força é igual à variação da ener-
gia potencial, logo,
c) o trabalho da força elétrica;
d) o tipo de movimento da carga (espon- 1 = 1123 1 2 1123 2 ⇒ 13 4 −567 − −869 1 2
tâneo ou forçado), justificando.
Resolução 1 = 123 ⋅ 43 −1 56
a) Sendo o potencial elétrico no ponto, devido à
3 d) O movimento da carga é espontâneo, pois o
carga Q: 1 = 2 1 , temos: trabalho é positivo.
4
VA = VB = VC = V
trizado, mais intensa será a densidade su- E é exatamente isso que ocorre na formação
perficial de cargas e, se sua carga for negati- dos raios em tempestades, pois o campo elétri-
va, poderá até ocorrer emissão de elétrons, co entre as nuvens e a Terra supera a rigidez
devido à alta intensidade do campo elétrico. dielétrica do ar, ocorrendo a descarga elétrica
(corrente elétrica), pois o ar torna-se condutor.
6. Blindagem Eletrostática
Qualquer que seja o condutor, oco ou ma-
ciço, o campo elétrico em pontos internos é
nulo, não importando se o mesmo encontra-
se eletrizado, ou não.
Quaisquer aparelhos detectores de cargas
Em aviões a jato, instalam-se hastes me- elétricas não funcionam lá dentro, pois não
tálicas finas nas extremidades das asas, vol- sofrem influência das cargas elétricas exter-
tadas para trás, justamente para permitir a nas ou na superfície do condutor.
descarga do excesso de cargas elétricas (ele- Costuma-se dizer que a superfície do con-
tricidade estática) que se forma sobre a su- dutor funciona como uma blindagem
perfície da fuselagem devido ao atrito com o eletrostática para os aparelhos que se encon-
ar durante o vôo. tram lá dentro.
Exercícios Resolvidos
01. (Unifor-CE) Analise as afirmativas
abaixo.
I. Na superfície de um condutor eletrizado,
em equilíbrio eletrostático, o campo elé-
trico é nulo.
II. Na superfície de um condutor eletrizado,
em equilíbrio eletrostático, o potencial elé-
O campo elétrico nas proximidades da pon- trico é constante.
ta da haste torna-se tão intenso que ioniza os
III. Na superfície de um condutor eletrizado,
átomos dos elementos que compõem o ar (que
em equilíbrio eletrostático, a densidade
naturalmente é isolante), tornando-o condutor.
superficial de cargas é maior em regiões
de menor raio de curvatura.
5. Rigidez Dielétrica do Meio Está(ão) correta(s):
Todo isolante suporta um máximo valor a) apenas a I.
de intensidade de campo elétrico sem se
b) apenas a II.
ionizar. A esse valor máximo dá-se o nome de
rigidez dielétrica do meio. c) apenas a III.
No caso do ar, a rigidez dielétrica é: d) apenas II e III.
Emáx = 3 · 106 N/C , ou seja, se o campo elé- e) todas elas.
trico nas vizinhanças de um condutor eletri- Resolução
zado, imerso no ar, superar esse valor, o ar Afirmativa I incorreta
torna-se condutor, permitindo descargas elé-
O campo elétrico só é nulo em pontos do interior
tricas.
do condutor.
a) EX = EY = 0 e U=0
b) EX = 0 ; EY ≠ 0 e U=0
c) EX ≠ 0 ; EY = 0 e U≠0
d) EX ≠ 0 ; EY ≠ 0 e U≠0
e) EX = EY = 0 e U≠0
Resolução
O ponto X, sendo interno, tem campo elétrico nulo:
EX = 0
O ponto Y é ponto da superfície do condutor, logo:
EY ≠ 0
Como o condutor está em equilíbrio eletrostático,
então os potenciais elétricos de X e Y são iguais. As-
sim, VX = VY ≠ 0 e a leitura no voltímetro é: Estudemos o campo elétrico e o potencial
U = VX VY = 0 elétrico em pontos do condutor esférico e em
Resposta: B pontos externos a ele.
Q
VINT = VSUP = K
R
Já o campo elétrico sofre uma redução de
metade de sua intensidade ao saltarmos de
ou seja um ponto externo infinitamente próximo
para um ponto da superfície do condutor es-
férico. Assim, temos:
2 3
1 123 = ⋅1 1 123 = 2
3 3456 54 4
9. Condutores Eletrizados
em Contato
Vejamos o caso de dois condutores esféri-
cos X e Y, isolados, eletrizados com cargas
elétricas iniciais QX e QY, respectivamente, e
raios iguais a Rx e RY.
31 31
11 = 2 11 = 2
41 41
Colocando-os em contato através de um
fio metálico de pequenas dimensões, haverá
troca de cargas elétricas entre ambos, pois
entre as extremidades do fio há uma diferen-
ça de potencial.
Essa troca implica em mudanças nas car-
gas elétricas de ambos, o que acarreta altera-
ções em seus potenciais elétricos, até que es-
tes se igualem ao atingirem novo equilíbrio
eletrostático, já com as novas cargas QX e QY.
1 67897
1
1 23435 = 78 1 =
1 79
1
132 = ⇒ 1 = 2 ⋅ 34 1 5
3
1 6
7
38 789
6 = 3
Observação O raio da Terra é R = 6,4 · 106 m,
4 logo, o raio desse condutor seria, aproximadamente
1.400 vezes o raio da Terra.
A figura abaixo representa essas placas cial até outro ponto Y de outra superfície
de perfil. eqüipotencial do campo elétrico uniforme da
figura abaixo.
1 1
Os vetores campo elétrico 1 1 2 1 2 nos pon- Sendo um campo de força conservativa, o
tos 1 e 3, externos às placas, se equilibram e trabalho da força elétrica independe da tra-
dessa forma o campo elétrico resultante é nulo. jetória e pode ser calculado pela expressão:
Já no ponto 2 entre as placas, o campo elé-
1 1 = 1 ⋅ 421 − 22 5 ⇒ 1=1⋅3 (1)
trico 1 tem valor igual a:
σ σ σ onde U será considerado em valor absoluto.
E = EA + EB, ou seja, 1 = + ⇒ 1=
2⋅ε 2⋅ε ε Ocorre que nesse deslocamento a força elé-
1
Essas placas podem ser metálicas e tão pró- trica 1 permanece constante e, dessa forma,
ximas que o campo elétrico entre elas pode ser podemos calcular seu trabalho por:
considerado um campo elétrico uniforme. Entre 1=1⋅2
elas coloca-se uma material isolante denomina-
do dielétrico que pode ser papel, vidro, isopor, Sendo sua intensidade:
cortiça, borracha ou até mesmo o ar e dessa for- F = q · E , então 1=1⋅2⋅3 (2)
ma temos o que se chama capacitor plano.
Igualando (1) e (2), fica:
q·U=q·E·d ⇒ U=E·d
Resolução
Estando a esfera em equilíbrio (encontra-se
suspensa), as forças peso e elétrica que agem sobre ela
se equilibram, logo:
Resolução
a) Considerando os potenciais elétricos dos pon-
tos A e B, temos: 1 = 2 1 − 22 .
U = 20 12 ⇒ U = 8 V
Sendo a distância entre as respectivas superfícies
eqüipotenciais: d = 20 cm ou 0,2 m.
Então: U = E · d ⇒ 8 = E · 0,2 ⇒ E = 40 V/m 1 3
F=P ⇒ q·E=m·g⇒ = e, sendo U = E · d
b) Como E = 40 V/m (constante), então: 2 4
U = E · d ⇒ VB VC = E · d 400 ( 200) = E · 0,12 ⇒ E = 5 000 V/m
12 VC = 40 · 0,5 ⇒ VC = 8 V 1 3 444 1
Então: = ⇒ = 500 kg/C
1
c) Sendo: 1 = 1 ⋅ 21 − 2 2 2 2 54 2
1
1 = 1 ⋅ 23 ⋅ 4 −5 − 136 ⇒ 1 = − 123 ⋅ 45 −1 6
−1 Como o vetor campo elétrico 1 e o vetor força
1
d) Como o trabalho da força elétrica é negati- elétrica 1 têm sentidos opostos, a carga elétrica q
vo, o movimento da carga é forçado. tem sinal negativo.
A eletrização por atrito é mais intensa entre Repetindo a experiência só que atritando
corpos isolantes do que entre condutores, pois um pedaço de lã com um pedaço de seda, no-
nos isolantes as cargas elétricas em excesso per- tamos que a seda retira elétrons da lã, o que
manecem na região atritada, ao passo que nos nos permite concluir que dependendo do
condutores, além de se espalharem por todo material com o qual será atritada, a lã pode
ele, há uma perda de carga para o ambiente. adquirir carga positiva ou negativa.
Tal fato levou à elaboração de uma tabela
Vejamos uma experiência fácil de ser feita. denominada série triboelétrica, na qual a
Materiais, inicialmente, eletricamente substância que se lê primeiro adquire carga
neutros: positiva e a seguinte carga negativa.
QA = QB
Importante Como só há troca de cargas Exercícios Resolvidos
elétricas entre os dois condutores, temos um
sistema eletricamente isolado e dessa forma 01. Dada a série triboelétrica: vidro lã
podemos aplicar o princípio da conservação algodão enxofre, e estando inicialmente
das cargas elétricas. neutros, podemos afirmar que:
a) atritando vidro com enxofre, ambos
12 1 + 12 2 = 1 1 + 1 2 adquirem cargas positivas.
1323 4 1323 4
345647 45484647 b) atritando lã com algodão, ambos ad-
quirem cargas negativas.
Repetindo o processo com o condutor A
eletrizado positivamente e B neutro. c) atritando vidro com algodão, o vidro ad-
quire carga negativa e o algodão carga positiva.
d) atritando lã com enxofre, a lã adquire
carga positiva e o enxofre carga negativa.
e) atritando vidro com lã, o vidro adqui-
re carga negativa e a lã carga positiva.
Resolução
Na série triboelétrica, a substância que se lê primeiro
Os elétrons livres irão, espontaneamente, fica eletrizada positivamente e a seguinte negativamente.
do menor potencial elétrico (potencial de B = A única alternativa em que as substâncias satis-
nulo) para o maior potencial elétrico (poten- fazem essa propriedade é a alternativa D.
cial de A = positivo). Resposta: D
Esse fenômeno ocorre até que os novos potenciais elétricos 112 e 112 dos pontos X e Y se
igualem, atingindo o equilíbrio eletrostático.
Como o condutor B não recebeu nem cedeu elétrons, ele continua eletricamente neutro,
apesar de ter sofrido uma separação de cargas e estar, dessa forma, polarizado.
O condutor A, que provoca a indução, é denominado indutor e o condutor B, que sofre
indução, é denominado induzido.
Na fase de eletrização ligamos, através de um fio condutor (fio terra), qualquer ponto do
condutor B (induzido) à Terra e observamos que ocorrerá novamente movimento ordenado
de elétrons livres, pois entre esse ponto do condutor B (VB ≠ 0) e a Terra (V = 0) haverá uma
diferença de potencial elétrico (ddp), até que seja novamente atingido o equilíbrio eletrostático,
ou seja, até que o potencial elétrico de B se iguale ao da Terra.
Apesar de agora o condutor B ter ficado eletrizado negativamente, pois recebeu elétrons
da Terra, não podemos afastar o condutor A ainda.
Devido ao excesso de cargas negativas em B, se o fizéssemos, seu potencial elétrico ficaria
negativo e todos os elétrons livres recebidos da Terra retornariam a ela até que o potencial de B se
anulasse e, dessa forma, ele retornaria à situação inicial (eletricamente neutro).
Capítulo 06. Processos de Eletrização PV2D-06-FIS-51 45
Eletrostática e Eletromagnetismo
Desfazendo a ligação com a Terra ainda Todas as linhas de força do indutor A es-
na presença do condutor A (indutor), e em tão unidas ao induzido B e sendo Q a carga
seguida afastando-o, o condutor B (induzi- elétrica de A , as cargas induzidas em B serão
do) estará agora eletrizado negativamente. +Q e Q.
Ao final do processo, o induzido sempre
se eletriza com carga de sinal contrário ao da
carga do indutor.
5. Indução Total
Um caso particular de indução ocorre
quando todas as linhas de força estão unidas
ao indutor e ao induzido. Nesse caso dize-
mos que a indução é total e a carga induzida
é igual, em quantidade, à carga indutora.
A figura representa um condutor A, ele-
trizado, que foi colocado no interior de um
outro condutor oco B, eletricamente neutro.
O condutor B da figura induz uma separação de cargas no condutor neutro A, ficando, dessa
forma, as cargas de sinais contrários mais próximas entre si do que as cargas de mesmo sinal,
ou seja, a distância d1 entre as cargas de sinais contrários é menor que a distância d2 entre as
cargas de mesmo sinal.
1
Pela Lei de Coulomb concluímos que a força de atração 1123 tem intensidade maior que a força
1
de repulsão 1123 e o condutor A, mesmo estando eletricamente neutro, é atraído por B.
Exercícios Resolvidos
01. (PUC-SP) Colocando um corpo carrega- d) Positiva; indução.
do positivamente numa cavidade no interior de e) Neutra, pois o condutor está isolado,
um condutor neutro, conforme a figura, a pola- pelo ar, do corpo carregado.
ridade das cargas na superfície externa do con- Resolução
dutor, bem como o fenômeno responsável pelo
O condutor irá sofrer indução eletrostática total, fi-
seu aparecimento, serão, respectivamente.
cando com carga elétrica negativa na sua superfície inter-
na e carga elétrica positiva na superfície externa.
Resposta: D
02. É possível atrairmos pedacinhos de pa-
pel com um canudinho de plástico, previamente
atritado com flanela. Explique os fenômenos elé-
tricos que permitem tal experiência se os peda-
cinhos de papel estavam eletricamente neutros.
Resolução
O canudinho de plástico, ao ser atritado na flane-
la, adquire carga elétrica. Os pedacinhos de papel
a) Negativa; contato. absorvem umidade do ar, o que permite que, com a
b) Positiva; fricção. proximidade do canudinho eletrizado, sofram indução
c) Negativa; indução. eletrostática, sendo, dessa forma, atraídos, mesmo con-
tinuando eletricamente neutros.
Exercícios Resolvidos
01. Carrega-se um capacitor de capacida-
343 de eletrostática 5 µF com carga elétrica de 20
1= µC. Calcule a energia potencial elétrica arma-
2
zenada no capacitor.
Resolução
Calculando a ddp U nos terminais do
A capacidade eletrostática de um capa- capacitor:
citor depende da forma e dimensões de suas
armaduras e do dielétrico (material isolante) 2 2 56 µ1
1= ⇒ 3= 3=
entre as mesmas. 3 1 7 µ4
A unidade de capacidade eletrostática, no
Sistema Internacional de Unidades (SI), é o
farad (F).
1
σ= ⇒ Q=σ·A ⇒ Q=E·ε·A (2)
2
Substituindo as equações (1) e (2) na ex-
pressão da capacidade eletrostática, temos:
2 4⋅ε⋅5 ε⋅5
1= ⇒ 1= ⇒ 1=
3 4⋅6 6
Resposta: A
a) Q/3 12 1 12 1
= = 4 = 56789
79 ⇒ = ⇒
b) Q 32 3 3 3
c) 2 Q/3 ⇒ U = 2U
d) 3Q
e) 9Q Resposta: B
7. Associação de Capacitores
Da mesma forma que os resistores, geradores e receptores, os capacitores também podem
ser associados em série, em paralelo ou em associações mistas.
U = U1 + U2 + U3
2 2 2
Sendo a ddp em cada capacitor: 1 1 = 12 = 13 =
31 32 33
2
Para o capacitor equivalente temos: 1 = e, como U = U1 + U2 + U3, então
31
1 1 1 1
= + + , ou seja, a capacidade eletrostática do capacitor equivalente pode ser
2 1 22 2 3 2 4
1 1 1 1
calculada pela expressão: = + + .
2 4 21 2 2 2 3
Observação
Regra prática válida somente para dois capacitores em série de cada vez:
1 1 1 1 2 + 21 12 ⋅ 1 3
= + ⇒ = 2
2 3 21 2 2 23 2 1 ⋅ 2 2 , que, invertendo, fica 1 1 = 1 + 1
2 3
Conectando os nós A e B aos terminais da pilha, os capacitores ficam sujeitos à mesma ddp
U e, se suas capacidades eletrostáticas forem diferentes, adquirem cargas elétricas Q1 e Q2
diferentes entre si.
Q = Q1 + Q2
essa carga elétrica é igual à quantidade de carga elétrica movimentada pela pilha das
armaduras positiva para as negativas dos capacitores da associação;
por ser uma associação em paralelo, a ddp U nos terminais A e B da associação é a mesma
para todos os capacitores.
Calculemos a capacidade eletrostática do Capacitor Equivalente dessa associação.
Essa corrente é proveniente dos elétrons que abandonam a armadura positiva do capacitor,
circulam pelo resistor e pelo gerador e alojam-se na armadura negativa do capacitor sem
atravessá-lo, devido ao dielétrico (isolante) entre as placas.
Quando o capacitor está carregado, a ddp UXZ nos terminais do capacitor é igual à ddp UXY
nos terminais do gerador, pois, no resistor, não havendo corrente não há ddp (UYZ = 0), ou seja,
os potenciais elétricos de Y e Z são iguais.
Nesse caso então UXZ = UXY = E (fem) do gerador pois este se encontra em circuito aberto.
2⋅3 2 ⋅ 34
1 123 = ou ainda 1 123 =
4 4
A polaridade do capacitor é a mesma do resistor, determinada pelo sentido da corrente
elétrica.
Exercícios Resolvidos
01. Dois capacitores de capacidades eletrostáticas C1 = 2 µF e C2 = 6 µF estão associados em
série e ligados a uma fonte que fornece uma ddp constante de 20 V. Determinar:
a) a capacidade eletrostática do capacitor equivalente;
b) a carga elétrica de cada capacitor;
c) a ddp nas armaduras de cada capacitor.
Resolução
Calculando a capacidade equivalente: 2
c) Como 1 = , podemos obter:
11 = 12 ⋅ 13 ⇒ 1 1 = 2 ⋅ 3 = 42
3
⇒ 11 = 467 µ8
12 + 1 3 2+ 3 5 2 45 µ3
11 = = ⇒ 1 1 = 89
Q2 = C2 · U = 6µF · 30 V ⇒ Q2 = 180µC
1 ⋅2
c) Sendo a energia elétrica dada por: Epel = ,
3
então, para cada um temos:
21 ⋅3 56 µ7 ⋅ 869
1234 = = ⇒ 1234 =
66 µ
1 4 4 1
21 ⋅ 3 567 µ8 ⋅ 97
1234 1 = = ⇒ 1234 = 477 µ
4 4 1
2 678
03. Dado o circuito, o valor da força Sendo 1 = ⇒1= ⇒ 1 =
5
3+4 78 + 9
eletromotriz E do gerador, estando o capacitor Como a ddp U nos terminais do resistor e do
carregado com uma carga elétrica de 10 µC, vale: capacitor é a mesma:
a) 10 V U = R · i ⇒ U = 20 · 5 ⇒ U = 100 V
b) 20 V No capacitor, a carga elétrica é:
c) 40 V
1 = 2 ⋅ 3 ⇒ 1 = 456 µ7 ⋅ 844 9 ⇒ 1 = 64 µ2
d) 50 V
E a energia armazenada é:
e) 100 V
2 ⋅3 45 µ6 ⋅ 755 8
1123 = ⇒ 1123 = ⇒
Resolução 4 4
Sendo um circuito RC-série, a ddp nos terminais do
capacitor é igual à força eletromotriz do gerador, assim: ⇒ 1123 = 7555 µ9
3 56 µ4
1=2 = ⇒ 1= ⇒ 1 =
6 Resposta: E
4 678 µ9
Resposta: D
Exercícios Resolvidos
01. Seis bússolas, quando colocadas nas 02. Represente a força magnética resul-
proximidades de uma caixa que contém um tante que os pólos N e S do imã X exercem
ímã, orientam-se conforme a ilustração. O sobre o pólo N do imã Y, situados no mesmo
posicionamento correto do ímã é: plano, conforme a figura.
Resolução
O pólo N do imã X repele o pólo N do imã Y; o
pólo S, do imã X, atrai o pólo N do imã Y. Como o
pólo N do imã Y é eqïidistante dos pólos do imã X,
então as forças de atração e repulsão têm a mesma
intensidade. Assim, representando os vetores
1 1
1123 2 1345 e utilizando a regra do paralelogramo,
1
determina-se a força resultante 11
Resolução
Desenhando as linhas de indução utilizando o
conceito de "vetor agulha":
Resposta: C
2. Campo Magnético
Foi no ano de 1820 que o físico dinamarquês Hans Christian Oersted, durante um experi-
mento de aquecimento de um fio quando percorrido por corrente elétrica, percebeu que a
agulha de uma bússola próxima ao fio sofrera deflexão e que tal acontecia só quando havia
corrente elétrica no fio. Esse fenômeno de produção de campo devido à existência de corrente
elétrica ficou conhecido como efeito Oersted.
Dependendo do sentido da corrente elétrica, a bússola pode defletir para um ou para outro
sentido, conforme as figuras a seguir.
Intensidade:
1
A intensidade do vetor 1 é dada por:
µ⋅2
1=
4⋅π ⋅3
1
Num ponto P externo ao condutor, o vetor 1
onde µ representa a permeabilidade
tem:
magnética do meio, i a intensidade de
Direção: ortogonal ao condutor corrente elétrica que percorre o condu-
Sentido: dado pela regra da mão direita tor retilíneo e d a distância do ponto P
ao condutor.
Exercícios Resolvidos
01. A figura representa um fio retilíneo e 02. Dois longos fios retilíneos e paralelos,
longo, situado no plano da folha e percorrido perpendiculares ao plano do papel, são per-
por corrente elétrica de intensidade 5 A. Sen- corridos por correntes elétricas de intensi-
do o meio o vácuo ( µ 1 = 1 ⋅ π ⋅ 23 23 Tm/A), de- dades i1= 8A e i2, como na figura abaixo.
termine as intensidades e os sentidos do cam-
po magnético nos pontos X e Y do plano do
papel e Z do fio.
µ ⋅2
Sendo 1 = e B1 = B2, então
3⋅ π ⋅ 4
Como o ponto Z encontra-se sobre o condutor e µ ⋅ 11 µ ⋅ 12 1 1
este não gera campo magnético sobre si mesmo, a in- = ⇒ 1 = 2
2 ⋅ π ⋅ 31 2 ⋅ π ⋅ 32 31 32
tensidade do campo no ponto Z é zero.
1 31
Calculando as intensidades dos campos nos pon- = ⇒ 31 = 7 8
2 456
tos X e Y.
µ22
11
32π2 4
2 ⋅ π ⋅ 34 23 ⋅ 5
11 = 24
⇒ 11 = 5 ⋅ 34 25 7
6 ⋅ π ⋅ 6 ⋅ 34
2 ⋅ π ⋅ 34 23 ⋅ 5
11 = 24
⇒ 11 = 3 ⋅ 34 25 7
6 ⋅ π ⋅ 3 ⋅ 34
Capítulo 08. Introdução ao Eletromagnetismo PV2D-06-FIS-51 63
Eletrostática e Eletromagnetismo
µ ⋅2⋅3
Intensidade: 1=
4
Exercícios Resolvidos
01. Duas espiras circulares acham-se no Resolução
vácuo, em planos perpendiculares entre si, Fazendo a representação do descrito, temos:
com seus centros coincidindo. O raio de cada para a espira horizontal
espira vale π cm e as correntes elétricas que
as percorrem têm intensidades i1 = i2 = 2 1 A.
Determine o vetor indução magnética no centro
das espiras e esboce um desenho da situação.
É dada a permeabilidade magnética do
vácuo: µ 1 = 1 ⋅ π ⋅ 23 23 T·m/A
B1 = B2 = 107 · 4 1 T
03. Qual deve ser a densidade linear de
O vetor indução magnética resultante no centro é: espiras, em espiras por metro, de um
1 1 1
1123 = 14 + 15 solenóide para que, quando imerso no vácuo
( µ 1 = 1 ⋅ π · 107 T·m/A) e percorrido por cor-
rente elétrica de intensidade 0,5A, o vetor
indução magnética ao longo de seu eixo te-
nha intensidade 1 ⋅ π ⋅ 23 12 T?
Resolução
1
Como a densidade linear de espiras é , temos:
2
µ ⋅ 2⋅ 3 2 1
1= ⇒ =
e sua intensidade: 4 4 µ⋅3
5 4 1
4 = 1 4 + 1 4 = 23 67 ⋅ 4 5
1123 24 + 123 67 ⋅ 4 524 1
=
3 ⋅ π ⋅ 45 12
2 3 ⋅ π ⋅ 45 13 ⋅ 567
4 = 64 · 1014 ⇒
1123 1123 = 2⋅ 3445 5
1
= 34555 6789
7
2
1
Essa força magnética 1 tem:
1
Intensidade: proporcional à velocidade 1
e à carga q, ou seja, sua intensidade pode ser
determinada por:
1123 = 2 ⋅ 3 ⋅ 4 ⋅ 567 θ
5⋅π⋅2
assim, 1 =
3 ⋅4
Exercícios Resolvidos
01. Uma partícula carregada negativa-
mente penetra com velocidade v = 2 · 103 m/s
no ponto X de um campo magnético unifor-
me, descrevendo a trajetória semicircular XY
da figura.
Sendo o módulo de sua carga elétrica igual
a 5 µC e sua massa igual a 10 g, determine:
a) a intensidade, direção e sentido do
vetor indução magnética que fez a partícula
descrever a trajetória indicada;
b) o tempo necessário para descrever esse
percurso.
Para facilitar o estudo desse movimento,
1
vamos decompor a velocidade 1 em duas
1 1
componentes perpendiculares 1 1 e 1 1 , que
têm direções, respectivamente, perpendicu-
lar e paralela às linhas de indução.
Podemos estudar o movimento helicoidal
uniforme da partícula como sendo resultan-
te da composição de dois movimentos:
a) Na direção perpendicular às linhas de
indução temos um movimento
1 circular
1
uniforme, pois 1 1 e 1 são perpendicula- Resolução
res (θ = 90°).
a) Como a trajetória é circular, a força magnéti-
b) Na direção paralela às linhas de indução 1
ca tem direção radial e é perpendicular
1 à velocidade 1 ;
temos um1 movimento retilíneo uniforme, logo, o vetor indução magnética 1 tem direção per-
1
pois 1 1 e 1 são paralelos (θ = 0° ou θ = 180°). pendicular ao plano da folha. Aplicando a regra
da mão direita ou a do tapa determinamos o sentido do
vetor indução.
∆1 ≅ 364 ⋅ 35 −1 2
Estudemos agora o que acontece com um fio cula, forças estas que agem como que tentan-
metálico retilíneo, percorrido por corrente elé- do retirar, pela lateral do condutor, as partí-
trica, quando imerso em um campo magnético. culas que constituem a corrente elétrica, con-
Por ser um condutor de 1ª classe, a cor- forme indica a figura abaixo
rente elétrica é constituída pelo movimento
ordenado dos elétrons-livres e, assim, sobre
cada um deles atua uma força magnética,
quando o fio não se encontra paralelo às li-
nhas de indução magnética do campo.
Essa força magnética sobre os elétrons tem
sentido determinado pela regra da mão esquer-
da ou do tapa, como foi apresentado no item 1
da página 65.
Se ao invés de cargas negativas a corrente
elétrica fosse constituída de cargas positivas,
movendo-se no sentido convencional da corren- Considere os seguintes elementos:
te, o resultado também seria obtido pelas mes- ∆t intervalo de tempo para que uma car-
mas regras (figura abaixo). ga elementar se desloque de uma extremida-
de à outra do condutor.
1
1= velocidade média dessa carga
∆2
elementar ao longo do condutor.
∆1 = 2 ⋅ 3 quantidade de cargas elemen-
tares em todo o comprimento do condutor.
Como em cada carga elementar a força mag-
θ, mes-
nética tem intensidade fmag = e · v · B senθ
ma direção e mesmo sentido que nas demais, a
Para facilitar o estudo, vamos supor o con- resultante de todas elas tem intensidade:
dutor sendo percorrido por corrente consti-
F = n · fmag ⇒ F = n · e · v · B · senθ
θ
tuída por cargas elementares positivas.
Vejamos o caso em que um condutor 1 ∆3
retilíneo de comprimento L, percorrido por
1 2 ∆3 ⋅ ⋅ 5 ⋅ 678θ ⇒ 1 2 5 ⋅ ⋅ 1 ⋅ 678θ
∆4 ∆4
corrente elétrica i, encontra-se1 imerso em um
campo magnético uniforme 1 , de modo a for- e como a corrente elétrica no condutor tem
mar ângulo θ com as linhas de indução do ∆2
campo. intensidade 1 = , a força que age no con-
∆3
Sobre cada partícula portadora de carga
dutor é: 1 2 3 ⋅ 4 ⋅ 1 ⋅ 567θ
elétrica elementar +e, que constitui a corren-
1
te elétrica, atua uma força elétrica 1 e, assim, ao Essa força magnética tem:
1
longo do condutor, teremos inúmeras forças 1 . Direção: perpendicular ao plano deter-
Dessa forma, o condutor estará sujeito à minado pelo condutor e pelo vetor indução
1 1
ação de uma força magnética 1 , que é a resul- magnética 1 , ou seja, perpendicular ao con-
1
tante de todas essas forças sobre cada partí- dutor e ao vetor 1 .
1
Sentido: dado pela regra da mão esquerda ou do tapa, substituindo-se a velocidade 1 pela
corrente elétrica i, conforme mostram as figuras abaixo.
Nelas percebemos que a corrente i1 origi- Do mesmo modo, demonstra-se que a for-
na no local
1 do condutor 2 e ao longo deste um ça sobre o condutor 1 tem essa mesma inten-
campo 11 , de modo que a força sobre esse sidade, devido ao campo originado pela cor-
condutor é: 1 = 2 1 ⋅ 3 2 ⋅ 1 ⋅ 456 78° , pois o ân- rente i2.
1
gulo entre 11 e i2 é 90°, logo, Apesar de as forças entre os condutores
terem a mesma direção e intensidade, e de
1 = 21 ⋅ 3 2 ⋅ 1 seus sentidos serem contrários, elas não são
1
Acontece que o campo 11 tem intensidade de ação e reação.
1 µ ⋅ 21 Quando as correntes nos condutores
dada por: 11 = e dessa forma, a força
3π ⋅ 4 têm mesmo sentido, a força entre eles é de
no condutor é: aproximação e quando as correntes têm
µ ⋅ 21 ⋅ 22 ⋅ 1 sentidos contrários, a força entre eles é de
11 = afastamento.
3π ⋅ 4
Resolução
Desenhando as forças sobre os corpos vem:
r
B
r Y r
F T
r
T
r Resolução
P Lembrando que,
Do equilíbrio de forças que agem no conjunto temos: quando as correntes
têm mesmo sentido, a
1 =2 13 força é de atração e,
3 2 ⇒ 1 = 45 6787
, quando têm sentidos
2 = 4 34
opostos, é de repulsão,
eliminamos as alterna-
tivas a e e.
1 ⋅ 2 ⋅ ⋅ 345 67° 8 9 ⋅
⇒ 1 ⋅ 2 ⋅ 8 9 ⋅
φ = 1 ⋅ 2 ⋅ 345 θ φ 123 = 1 ⋅ 2
Observe na figura abaixo que o número de linhas de indução magnética que atravessam a
superfície é máximo.
2. Indução Eletromagnética
Com base no efeito Oersted (1820), em que uma corrente elétrica gera campo de indução
magnética, alguns físicos do início do século XIX começaram a pesquisar a possibilidade de que
o inverso ocorresse, ou seja, de que um campo magnético podia ocasionar corrente elétrica.
A questão era saber como isso poderia ser feito e foi Faraday que, em 1831, descobriu como
fazê-lo, ao perceber que o segredo estava na variação do fluxo magnético através de uma
superfície condutora.
Vejamos o seguinte experimento realizado com uma espira circular que se aproxima de um ímã.
Temos três linhas de indução atravessando a espira no instante t1, cinco no instante t2 e
sete no instante t3 .
Verificamos, então, que o número de linhas de indução que atravessam a espira está vari-
ando com o tempo, ou seja, está ocorrendo uma variação de fluxo magnético com o tempo e é
justamente esta variação que acarreta o surgimento na espira de uma corrente elétrica deno-
minada corrente induzida.
A corrente elétrica
induzida num circuito
gera um campo magné-
tico que se opõe à varia-
ção do fluxo magnético
que induz essa corrente.
1
Exercícios Resolvidos Assim, o campo induzido 11 tem que ter sentido
1
01. Uma espira constituída por um fio contrário ao de 1 , ou seja, deve estar saindo do
condutor retangular é empurrada perpendi- plano da folha.
cularmente às linhas de indução magnética Pela regra da mão direita, verificamos que o senti-
de um campo magnético uniforme perpendi- do da corrente induzida i0 é anti-horário.
cular à folha, até sair pelo outro lado, como
mostra a figura.
Determine o sentido da corrente induzida
na espira em cada uma das representações I,
II e III.
Situação II
Nesta situação, o número de linhas de indução
que atravessam a espira permanece constante, ou seja,
o fluxo é constante e, desse modo, não há corrente
elétrica induzida na espira ( i0 = 0 ).
Resolução
Situação I
Situação III
O número de linhas de indução que atravessam a
espira está aumentando, ou seja, o fluxo está aumen- O número de linhas de indução que atravessam a
tando. espira está diminuindo, ou seja, o fluxo está diminu-
indo.
Esse aumento do fluxo é decorrente do au-
mento da área hachurada que corresponde à área Essa diminuição do fluxo é decorrente da dimi-
A efetivamente atravessada pelas linhas de nuição da área hachurada que corresponde à área A
indução. efetivamente atravessada pelas linhas de indução.
Para manter o fluxo constante, surge uma cor- Para manter o fluxo constante, surge uma cor-
rente induzida, ocasionando um fluxo no sentido con- rente induzida, ocasionando um fluxo no mesmo sen-
trário ao daquele que está aumentado. tido daquele que está diminuindo.
∆φ = 1 − 234 ⋅ 51 −1 = 234 ⋅ 51 −1 67
∆φ
Pela lei de Faraday: ε = −
∆1
ε1−
1−234 ⋅ 56 2
−1
634
ε = 9,0 · 102 V
Essa força faz com que esses elétrons adquiram movimento de X para Y, dando origem à
corrente elétrica induzida i0, como vimos no módulo anterior.
A corrente elétrica alternada na bobina A ddp entre as pontas das asas corresponde à for-
do primário ocasiona uma variação de fluxo ça eletromotriz induzida E.
magnético em todo o núcleo de ferro e conse-
qüentemente na bobina do secundário. ε = B · L · v e como v = 900 km/h = 250 m/s
Considerando desprezíveis as perdas no ε = 2 · 105 · 20 · 250 ⇒ ε = 1 · 101 V
núcleo de ferro, podemos escrever:
02. A potência nominal máxima de um
11 2 1 3 2 transformador é 1.500 W. Sabendo-se que a
= =
1 2 2 2 31 tensão originada no secundário é de 50 V e que
o número de espiras no primário e no secun-
E como U1 · i1 = U2 · i2 , as potências elétri- dário é 400 e 100, respectivamente, determine:
cas no primário e no secundário são iguais: a) a intensidade da corrente elétrica
P1 = P2 . induzida no secundário quando o transfor-
mador está funcionando em condições de
Exercícios Resolvidos potência máxima;
01. Qual a ddp entre as pontas das asas b) a tensão no primário;
de um avião metálico, voando horizontal- c) a intensidade da corrente elétrica no
mente com velocidade escalar constante de primário.
intensidade 900 km/h, sobre uma região de Resolução
campo magnético uniforme, vertical de in- a) Sendo P2 = U2 · i2 tem-se 1.500 = 50 · i2
tensidade B = 2 · 105 T? Sabe-se que a distân-
cia entre as pontas das asas é 20 m. i2 = 30 A
Resolução
11 21 1 1
b) Como = 3 456783 =
12 22 9
U1 = 200 V
i1 = 7,5 A