Gn2Ea: - Escola de Limitação de Avarias
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ÍNDICE
3.4.6. Acessórios:............................................................................................................... 26
3.4.7. Manutenção.............................................................................................................. 27
3.5. SABRE CENTURION .................................................................................................... 27
3.5.1. Generalidades .......................................................................................................... 27
3.5.2. Dados técnicos ......................................................................................................... 27
3.5.3. Descrição dos componentes..................................................................................... 28
3.5.4. Sistema de circulação .............................................................................................. 30
3.5.5. Utilização do equipamento ...................................................................................... 31
3.5.6. Acessórios................................................................................................................ 35
3.5.7. Limpeza ................................................................................................................... 36
3.6. DRÄGER ......................................................................................................................... 37
3.6.1. Generalidades .......................................................................................................... 37
3.6.2. Dados técnicos ......................................................................................................... 37
3.6.3. Descrição dos componentes..................................................................................... 38
3.6.4. Utilização do equipamento ...................................................................................... 40
3.7. E. L. S. A. ........................................................................................................................ 44
3.7.1. Generalidades .......................................................................................................... 44
3.7.2. Dados técnicos ......................................................................................................... 44
3.7.3. Descrição dos componentes..................................................................................... 45
3.7.4. Utilização do equipamento ...................................................................................... 47
3.7.5. Verificações periódicas............................................................................................ 47
3.7.6. Procedimentos gerais de segurança ......................................................................... 48
1. INTRODUÇÃO
O Homem assim como todos os seres vivos necessitam do Oxigénio para poderem viver.
No caso dos seres humanos as trocas gasosas são efectuadas essencialmente ao nível dos
pulmões e em menor escala, através da pele (Fig. 1).
Se houver um controlo nos locais de trabalho na fase inicial, fazendo a detecção precoce dos
contaminantes e tomando medidas de prevenção, será possível evitar consequências gravosas
ao nível das doenças profissionais.
2. CLASSIFICAÇÃO
Filtros mistos
Sem insuflação De débito Circuito Circuito
contínuo aberto fechado
Filtros físicos
com insuflação De chamada
manual De ar comprimido Com oxigénio
tipo de chamada comprimido
Com insuflação De chamada com
motorizada pressão positiva
De ar comprimido Com oxigénio
tipo de chamada líquido
com pressão positiva
Com gerador
de oxigénio
Por sua vez, a concentração dos contaminantes não poderá exceder um determinado
valor, que é função do seu grau de toxicidade.
Nota: Nas figuras 3 e 4, está patente a classificação dos filtros anti-gás segundo a
Norma Portuguesa NP-2625; na figura 5, está patente a classificação dos filtros de
partículas.
CLASSE MÁX.
PROTECÇÃO CONCENTRAÇÃO
DO ESPECIFICAÇÕES
CONTRA ADMISSÍVEL PARA
FILTRO UTILIZAÇÃO
Poeiras e outras partículas inertes,
incluindo poeiras com um teor em
P1 Partículas sólidas. 5 x NAC* sílica livre inferior a 1% em peso.
(NAC = 10 mg/m3 **)
Poeiras nocivas para a saúde (de
Partículas sólidas toxicidade média) incluindo fibras de
10 x NAC amianto.
P2 e líquidas.
(NAC ≥ 0,1 mg/m3)
• Estes aparelhos dispõem uma capacidade praticamente ilimitada uma vez que
aproveita o ar puro proveniente de um local afastado, destinando-se o filtro
apenas a reter as impurezas sólidas (poeiras grossas).
• Apresenta no entanto a desvantagem de a resistência respiratória aumentar à
medida que cresce a distância entre o local de trabalho e o ponto de tomada de
ar fresco.
2. Circuito Fechado
o São aqueles em que os produtos da respiração não são lançados no
exterior, sendo o Dióxido de Carbono expirado absorvido. O Oxigénio
pode constituir uma provisão adicional ou ser obtido através de uma
reacção química entre o CO2 expirado e um preparado contendo
Peróxido de Potássio como componente activo.
Para se fazer uso destes aparelhos, torna-se necessário que todos os utilizadores sejam
sujeitos a intenso treino não se devendo regatear meios para que a instrução se faça com
pleno êxito, afim de evitar dissabores, nos casos de improvisações.
Nos aparelhos de circuito fechado, são usadas temperaturas mais elevadas, devido à
regeneração do ar expirado à custa da adição de oxigénio aos produtos expirados, depois
de purificado do dióxido de carbono e do vapor de água que contém.
Não pode contudo, pôr-se de lado os aparelhos isolantes de circuito fechado de modelos
de maiores capacidades; é o caso, por exemplo de o utilizador necessitar de se manter
muito tempo, 2 ou mais horas em atmosferas nocivas, pois que, para esses casos, os
aparelhos de circuito aberto seriam excessivamente pesados.
Volume de ar Volume de O2
Natureza do trabalho Volume de CO2
inspirado consumido
efectuado expirado (l/min)
(l/min) (l/min)
Homem deitado e imóvel 7,7 0,237 0,197
Homem em pé e imóvel 10,4 0,328 0,264
3,2 km/hora 18,6 0,780 0,662
Homem a andar
Como já vimos, existe uma vasta gama de material portátil destinado à protecção
individual contra atmosferas agressivas.
3.3. O.B.A.2
3.3.1. Generalidades
• Aparelho de Respiração Autónomo que se encontra distribuído, de uma forma
geral, por todas as Unidades Navais e Terrestres.
• O O.B.A. funciona em circuito fechado, sendo o Dióxido de Carbono e o vapor
de água da nossa expiração absorvido pelos produtos químicos da carga
regeneradora.
• Da reacção química resulta a libertação de Oxigénio e de calor.
• É uma unidade independente, portátil e está concebida para proteger o
utilizador em atmosferas irrespiráveis devido à presença de gases tóxicos, gases
combustíveis, vapores, poeiras,
fumos e ainda em locais com
deficiência de Oxigénio.
• Máscara:
o Em borracha moldada e tratada a
quente, com visor em plástico e
diafragma de disco em mica,
para poder comunicar com o
exterior; possui tirantes para
ajuste à cabeça.
Fig. 7 - Máscara
1
Emergency Life Support Apparatus
2
Oxigen Breathing Apparatus
o Existe ainda uma válvula de descarga manual nos modelos A1, A2 e A3;
que permite reduzir a quantidade de oxigénio nos pulmões; situação em que
se não está a fazer esforços.
• Pulmões e Traqueias:
o Os sacos respiratórios (pulmões) e os
tubos respiratórios (traqueias),
armazenam o Oxigénio e permitem a sua
circulação para o/e do aparelho.
• Alarme Sonoro:
o É um órgão muito
importante e está
localizado em posição
facilmente visível para o
utilizador.
Fig. 10 – Alarme
• Conjunto de Peito:
o Aloja o conjunto perfurante, o
alojamento para a carga e o
grampo. O conjunto perfurante
rompe a membrana protectora
da carga, colocando esta em
contacto directo com o
aparelho. O grampo actua no
mecanismo de assentamento,
posicionando a carga no
alojamento. O alojamento
protege o utilizador do calor
desenvolvido na carga.
• Tubos de arrefecimento:
Estão localizados no interior dos pulmões.
Estes dois tubos têm duas funções:
• Envergar:
o Com uma mão, agarre a máscara pelo conjunto combinado de válvulas e o
aparelho pelo grampo. Com a outra, agarre as correias de ombro e eleve-as
acima da cabeça, enquanto coloca o aparelho ao peito.
o Deixe que as correias caiam livremente para trás. Prenda o fecho existente
na extremidade de cada uma delas no respectivo olhal.
o Para prender a folga da correia, passe-a por baixo da parte fixa da correia.
Prenda as extremidades das correias de ombros debaixo da correia de
cintura, após estarem ajustadas.
• Colocar a carga:
o Retire a tampa de protecção da carga de modo a ficar exposta a membrana
de cobre.
• Colocar a máscara:
o Apoie o queixo na cavidade existente na máscara destinada a esse fim.
1 Quando retirar a tampa da vela não puxe o cabo de nylon até a cavilha sair. A remoção da cavilha provoca a ignição da vela e começa a
ser gerado oxigénio. Se isso acontecer quando a película de cobre está intacta, a pressão da carga aumenta dando a sensação de rotura da
película de cobre ou da carga.
2 Se a película de cobre for perfurada ao colocar a carga na posição de espera, ajuste a espera da carga. NÃO USE o aparelho respiratório
O.B.A. quando a carga seja perfurada na posição de espera.
• Activação da carga:
Quando estiver pronto para entrar na área contaminada active a carga do
seguinte modo:
o Quando a carga já não for mais utilizada, retire a máscara e passe-a por cima
da cabeça, em posição de espera. Desaperte o grampo até à máxima
abertura, isto é; coloque-a na posição de carregamento e espera.
o As cargas podem ser lançadas ao mar ou colocadas num balde com água,
conforme o navio se encontre no mar ou no porto. É importante que as
cargas se afundem o mais rapidamente possível depois de serem colocadas
na água.
o O fundo da carga é de folha de cobre fina pelo que será facilmente perfurada
com auxílio de um machado L.A. ou uma picadeira.
o Em porto, as cargas não devem ser lançadas à água. Para destruir a carga
usada, ela deverá ser imersa num balde com água limpa durante 24 horas,
após ser perfurada a sua base. Após as 24 horas os produtos químicos
estarão totalmente neutralizados e frios pelo que, poderá ser colocada em
qualquer recipiente vulgar para lixo. A água que se encontra dentro do balde
deve ser deitada fora com cuidado, pois estará cáustica, podendo provocar
queimaduras se contactar com a pele. O balde deve ser cuidadosamente
limpo, de modo a eliminar todos os traços da solução alcalina.
• Desenvergar o aparelho:
o Retire a máscara, aliviando os tirantes com auxílio das pontas dos dedos,
antes de a puxar para trás.
Existem anomalias de funcionamento que são habituais nos aparelhos O.B.A.. Uma
resenha dessas anomalias, assim como as possíveis causas e as acções correctivas a
efectuar são enumeradas de seguida.
o Pode não ter detectado uma fuga na máscara quando a inspeccionou. Retire-
a e inspeccione-a de novo.
• Pulmões contraídos:
o O seu controlo respiratório não é bom. Retire-se para um local não
contaminado e active o aparelho; (necessário apenas para encher os
pulmões).
o A vela de clorato não ardeu. Se tiver tempo e tiver outra carga disponível,
coloque-a no aparelho. Caso contrário, active a carga com a sua expiração.
o A máscara esteve colocada durante muito tempo sem a carga ser activada.
Proceda como indicado no primeiro item.
• Os visores embaciam-se:
o Isto acontece porque a carga está a terminar. Retire-se para um local não
contaminado e proceda à sua substituição.
• Componentes:
o As cargas de exercício são fornecidas em conjuntos.
4 tampas de protecção.
3.4.1. Generalidades
o Comprimento = 450 mm
o Largura = 320 mm
o Altura = 110 mm
1. Garrafa de Oxigénio
2. Válvula redutora HP/BP
3. Difusor
4. Sistema Venturi
5. Saco respiratório
6. Máscara
7. Carga regeneradora
8. Manómetro
9. Alarme sonoro
10. Válvula de segurança
• Garrafa de Oxigénio:
o Manufacturada em liga de alumínio resistente à pressão de prova de 250 bar. A
garrafa de O2 pode ser carregada sem
necessidade de compressor, (ver Fig. 21),
bastando ligar a outra garrafa de maior
capacidade e carregada a uma pressão mais
elevada (> 200 bar), (ver Fig. 20, item 1).
• Sistema venturi:
o Este sistema é constituído por um difusor e tubo Venturi que tem por função
deixar passar o O2 vindo da garrafa para o circuito. Esta circulação de O2
mantém-se durante todo o período de utilização (ver Fig. 20, item 4).
• Saco respiratório:
o Destinado a armazenar o O2 vindo da garrafa permite a sua circulação para a
máscara através das traqueias. Contém uma válvula de diafragma que
mantém o aparelho sob uma ligeira pressão. Este dispositivo interdita a
utilização do aparelho logo que a garrafa é fechada. Na parte inferior existe
uma válvula com a finalidade de purgar a água resultante da respiração (ver
Fig. 20, item 5).
• Máscara:
o Componente que permite isolar as vias respiratórias e os olhos dos agentes
agressivos.
• Reservatório metálico:
o Tem por finalidade armazenar o granulado de Cal Sodada que irá fixar o
Dióxido de Carbono. Este deve ser sempre substituído após cada 90 minutos
de uso; isto é, quando a garrafa atingir a reserva (ver Fig. 20, item 7).
• Alarme sonoro:
o Sinal sonoro que indicará automaticamente que se entrou no últimos 15
minutos de utilização. Após o alarme tocar o utilizador deve abandonar
imediatamente e com calma, o local onde se encontra. Este alarme necessita
de ser activado manualmente (rodando um botão), logo que a garrafa de O2 é
aberta (ver Fig. 20, item 9).
• Manómetro:
o Colocado em sup:orte próprio, tem por função indicar permanentemente a
pressão disponível após a abertura da garrafa (ver Fig. 20, item 8).
• Válvula de segurança:
o Situada no saco respiratório, deixa passar o excesso de pressão por avaria da
válvula redutora (ver Fig. 20, item 10).
• Envergar:
o Verificar o estado geral da máscara.
• Desenvergar:
o Desapertar o grampo que liga as traqueias à máscara.
3.4.6. Acessórios:
• Estojo para efectuar reparações periódicas.
• Granulado regenerador. (Cal Sodada)
• Sobressalentes.
3.4.7. Manutenção
• Limpar e lavar com água e sabão; nunca utilizar produtos voláteis ou óleos para
efectuar limpezas.
• Evitar a entrada de qualquer substância nos componentes do circuito.
• Fazer provas periódicas de estanqueidade.
• Efectuar a manutenção das garrafas de acordo com o "PTESTMAT 502".
3.5.1. Generalidades
• Aparelho utilizado na maioria das Unidades Navais e em algumas Unidades em
Terra. Funciona em circuito aberto usando o ar comprimido, contido numa
garrafa, sendo o aparelho colocado às costas.
• Possibilita a respiração do utilizador, em intervenções numa atmosfera
agressiva. Uma pressão positiva é mantida no interior da máscara durante a sua
utilização, permitindo assim, um alto grau de protecção contra a contaminação
interna da máscara. Dispõe de um sistema de redução de pressão de duas fases
formado por uma válvula redutora e uma válvula de chamada de alto
rendimento que se ajusta à máscara através de um encaixe tipo baioneta. Este
aparelho está aprovado para uso em navios de guerra ou mercantes.
Exemplo:
• Garrafa de ar comprimido:
o O aparelho dispõe de uma garrafa manufacturada em aço que pode ser
carregada a qualquer pressão, até ao limite de 300 bar. Tem uma capacidade
de 1200 litros e está fixada num suporte próprio, existente numa armadura
em aço inóx por meio de uma cinta metálica ajustável (ver Fig. 23, item 1).
• Manómetro:
o Recebe constantemente um sinal de alta pressão, desde que a válvula da
garrafa se encontre aberta. Dispõe de uma protecção em borracha e está
graduado em bar; de 0 a 350 bar, com intervalos de 10 bar. As marcações no
painel assim como o ponteiro são revestidos por uma tinta fluorescente que
permite fazer leituras em locais de fraca visibilidade (ver Fig. 23, item 3).
• Alarme sonoro:
o É um apito que se encontra acoplado ao manómetro e que é accionado
automaticamente quando é atingido aproximadamente 20% da capacidade
total da garrafa, isto é; quando a pressão atinge os 68 bar (ver Fig. 23, item
4).
• Válvula de chamada:
o Permite efectuar a ligação do conjunto à máscara. Dispõe de um mecanismo
actuante para dar início ao ciclo respiração, facilitando assim, os
procedimentos de colocação e testes com o equipamento. É neste local que
se dá a segunda fase de redução da pressão sendo a pressão reduzida de 7
bar para cerca de 1,5 a 1,8 bar. Acoplado a esta válvula existe ainda uma
válvula de by-pass, actuada manualmente e que permite obter um fluxo
contínuo de ar, quando for preciso.
o O by-pass só deve ser usado sempre que a válvula de chamada não permita o
volume de ar necessário para respirar, isto é; quando se fazem esforços
muito grandes. Neste caso a autonomia da garrafa diminui bastante (ver Fig.
23, item 5).
• Máscara:
o É concebida em materiais não irritantes à pele e é moldada à face do
utilizador através de um conjunto de cinco tirantes ajustáveis. Uma semi-
máscara onde as vias respiratórias ficam isoladas do interior da máscara,
permite reduzir o teor de dióxido de carbono na zona do visor panorâmico
além de impedir o embaciamento do mesmo. É na semi-máscara que se
encontra montada a válvula de expiração e o diafragma. Uma pressão
positiva é mantida no interior da máscara durante a sua utilização,
providenciando assim, um alto grau de protecção contra contaminação
interior. Em trabalhos que requeiram esforços físicos elevados a pressão na
máscara pode-se tornar negativa nas grandes inspirações. Para colmatar
esta situação, deve ser operada manualmente a válvula de by-pass de off
para on (ver Fig. 23, item 6).
• Verificações prévias:
o Colocar a garrafa no respectivo berço e proceder à sua correcta fixação.
o Efectuar o teste de fugas; após ter realizado a acção anterior, ler a pressão no
manómetro, não devendo esta baixar mais do que 10 bar por minuto.
• Envergar:
o Verificação visual
Tirantes aliviados.
o Testar a pressão positiva, introduzindo dois dedos entre a sua face e a máscara
(Fig. 29). Um forte fluxo de ar irá sair indicando pressão positiva. Volte à
situação de vedação da máscara.
o Após verificar se sai um forte fluxo de ar, volte a fechar a válvula de by-pass;
posição off (Fig. 31).
• Desenvergar:
Aviso: Não desenvergar o equipamento sem ter abandonado o local onde existem
agentes agressivos.
3.5.6. Acessórios
• O aparelho "Sabre Centurion" dispõe
dos seguintes acessórios:
o Kit de ferramentas.
3.5.7. Limpeza
• Limpeza da máscara:
o Retire a válvula de chamada do encaixe da máscara.
o Lave a máscara com água tépida e sabão. Não utilize detergente. Enxaguar
em água corrente, tendo atenção particular ao fluxo abundante que sai pela
válvula de expiração.
o Depois de seca, limpe bem ambas as faces do visor com um pano macio de
flanela.
• Limpeza do equipamento:
o As correias de peito e de cintura devem estar na máxima abertura. Remova a
possível sujidade com uma escova de pêlo duro ou uma esponja. Mantenha o
vidro do manómetro bem limpo.
Nota: Se tiver necessidade de limpar o exterior da válvula de chamada,
deverá ter muito cuidado de forma a evitar a entrada de água para o seu
interior. Existe uma tampa protectora que pode ser usada; não é fornecida
com o equipamento.
Aviso: Não pressurize o equipamento quando a válvula de chamada tiver
montada a tampa protectora, ou estiver tapada por qualquer outro meio.
o De modo a conseguir uma máxima resistência à corrosão, as superfícies de
aço deverão estar sempre limpas, evitando assim a formação de depósitos e
de contaminantes superficiais. Para a limpeza destas superfícies, use um
detergente suave ou sabão e água; seguido de um enxaguamento com água
limpa. Quando o aço estiver muito sujo ou estiver sujeito a ambientes
3.6. DRÄGER
3.6.1. Generalidades
• Aparelho utilizado nas Fragatas da Classe "Vasco da Gama". O ar respirado de
pressão positiva, é proveniente de duas garrafas de ar comprimido, sendo o
equipamento transportado ás costas. Uma válvula de chamada fornece
automaticamente a quantidade de ar necessário em função do esforço
despendido. O ar expirado é enviado para o exterior pela válvula de expiração,
situada no corpo da válvula de chamada. Este tipo de aparelho respiratório
permite ao utilizador respirar em locais em que a atmosfera contenha produtos
tóxicos, gases ou se houver insuficiência de Oxigénio.
o Comprimento: 620 mm
o Largura: 280 mm
o Altura: 150 mm
• Garrafa de ar comprimido:
o O aparelho dispõe de duas garrafas manufacturadas numa liga de aço
resistente à pressão de prova.
o Cada garrafa tem uma capacidade de 4 l e está fixada num suporte próprio,
existente numa armadura em liga de alumínio por meio de uma cinta metálica
(Fig. 36, item 6).
• Máscara:
o Permite isolar as vias respiratórias e os olhos dos agentes agressivos. Dispõe
de um visor panorâmico e de um diafragma de conversação. Adapta-se à
face por intermédio de cinco tirantes ajustáveis em borracha. O diafragma
permite ao utilizador comunicar com o exterior e usar equipamento de
comunicação. A união da válvula de chamada à máscara é efectuada na parte
frontal, através de uma união roscada do tipo DIN 3183 M45x3. Existe
ainda outra máscara, do tipo "Panorama Nova PE", em que o sistema de
união da válvula de chamada é efectuada através de uma união de encaixe
rápido.
• Alarme sonoro:
o Sinal do tipo apito, em que se faz ouvir sempre que a pressão atinge 50±5
bar. Encontra-se montado junto da válvula redutora e alerta o utilizador de
que entrou na reserva de ar (Fig. 36, item 5).
• Manómetro:
o Colocado na extremidade da mangueira de AP, tem por função indicar
permanentemente a pressão do conjunto das garrafas, uma vez abertas (Fig.
36, item 10).
• Armadura:
o Componente com secção em "T", feito de uma liga de alumínio resistente à
corrosão. Suporta todos os outros componentes do equipamento. A armadura
tem uma forma anatómica, adaptando-se às costas do utilizador de forma a
• Válvula de chamada:
o Permite efectuar a ligação da mangueira de BP à máscara, fornecendo a
quantidade de ar em função do esforço despendido. No corpo da válvula de
chamada está também montada a válvula de expiração e uma válvula de não
retorno.
• Verificações prévias:
o Colocação das garrafas
• Preparação da máscara:
o Verificar se os tirantes estão em boas
condições e na máxima abertura.
Fig. 38 - Interrupção da saída de ar
o Verificar se a máscara está limpa e não se
encontra danificada.
• Verificação do aparelho:
o Verificar a pressão das garrafas. A leitura da pressão no manómetro não deverá
ter um valor inferior a 180 bar.
• Preparação do Aparelho
o Colocar o equipamento às costas tendo o cuidado de ter as correias de peito na
máxima abertura.
• Utilização:
o Ter em conta o tempo que demora a chegar ao local de trabalho e o que
levará na retirada.
• Retirar o aparelho:
o Desligar a válvula de chamada da máscara.
3.7. E. L. S. A.1
3.7.1. Generalidades
• O aparelho " E.L.S.A.", é um equipamento de fuga que possibilita a respiração
do utilizador quando este for confrontado com uma atmosfera agressiva. Assim,
em situações de risco em espaços fechados; onde poderão existir gases tóxicos,
gases inertes, fumos provenientes de um incêndio ou haver insuficiência de
oxigénio, são criadas condições em que se respira artificialmente. Em caso de
emergência, são salvaguardadas as vias respiratórias e os olhos, reduzindo o
pânico do utilizador e possivelmente, evita a sua morte.
• Funciona em circuito aberto usando ar comprimido, armazenado numa garrafa.
O aparelho usado nas Unidades Navais é do tipo 10B, isto é; tem ar para 10
minutos e é do tipo bolsa.
• É importante ter em conta, que o aparelho E. L. S. A. não se destina em caso
algum, para substituir os aparelhos de respiração autónoma referidos
anteriormente.
• Modelo 10B:
o Pressão de carga: 200 bar
o Duração: 10 min
o Peso: 4,2 kg
o Fluxo: 41 l/min
1
Emergency Life Support Apparatus
• Garrafa de ar comprimido:
o O aparelho dispõe de uma garrafa manufacturada em aço que deve estar
carregada a 200 bar, permitindo assim uma autonomia de 10 minutos.
Encontra-se acondicionada no interior do saco de transporte (ver Fig. 43,
item 3).
• Válvula redutora:
o Consiste num sistema onde se efectua a redução da alta pressão existente na
garrafa. A válvula redutora é automática e auto regulável não necessitando
de ajustamentos; sendo a pressão reduzida para 2 bar (ver Fig. 43, item 5).
• Bolsa:
o Destina-se a alojar todos os outros componentes, permitindo o transporte
fácil do equipamento. É construído em PVC retardador de fogo e tem uma
cor verde fluorescente de forma a ser
facilmente detectado no escuro ou em
locais de fraca luminosidade. Quando da
sua utilização, a alça de que dispõe,
permite a colocação ao pescoço (ver Fig.
43. item 2).
• Capuz:
o Destina-se a proteger as vias
respiratórias e os olhos contra uma
atmosfera agressiva. É construído em
PVC retardador de fogo e é transparente. Fig. 44
Possui um difusor na zona frontal e uma
banda elástica ajustável ao pescoço do utilizador. A banda elástica evita
fugas significativas de ar respirável para o exterior e como a pressão no
interior é positiva, não permite a entrada de substâncias agressivas para o
seu interior.
• Mangueira:
o Tem como função transportar o ar comprimido (2 bar) da válvula redutora
para o interior do capuz. Consiste num tubo de borracha flexível com cerca
de 50 cm. Está ligada a válvula redutora através de uma braçadeira e ao
capuz através de uma união roscada. Possui um filtro silenciador que evita o
ruído de descarga do ar no interior do capuz (ver Fig. 43, item 7).
• Manómetro:
o Está fixado à válvula redutora através de uma união roscada e indica
constantemente a pressão da garrafa independentemente de a válvula desta
estar aberta ou fechada. O corpo do manómetro é metálico, dispondo de um
vidro inquebrável que protege um painel com uma escala, sendo as divisões
de 10 em 10 bar, até ao máximo de 270 bar (ver Fig. 43, item 4).
• Válvula da garrafa:
o Faz parte do conjunto que se encontra montado no topo da garrafa, (válvula
redutora, manómetro, válvula garrafa); e permite a passagem do ar para o
capuz, quando é aberta manualmente (ver Fig. 43, item 6).
Fig. 45
Fig. 46
• Semanalmente:
Fig. 47
o Verificar a pressão da garrafa. (Não deixar
descer abaixo de 180 bar)
• Mensalmente:
o Verificar a ligação correcta entre capuz e mangueira de ar.