Fichamento Obrigatório Parte 3
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Fichamentos da Unidade 3
FICHAMENTO 1 (OBRIGATÓRIO - ALTERNATIVO):
SAES, F. & SAES, A. M. História econômica geral. São Paulo: Saraiva, 2013.
cap.17
O texto nos mostra o quadro da economia mundial pós a segunda guerra mundial,
dadas as consequências também da primeira guerra e da crise surgida em decorrência
de 1929, que se extendeu à década seguinte. Os países tinham objetivo de deixar o
conflito para traz de forma diferente de como foi ao final da primeira guerra, para que
não se repetissem os mesmos conflitos.
Com isso foi adotado o Plano Marshall que se inseria como uma estratégia
antissoviética, pois os recursos concedidos aos países europeus deviam permitir sua
recuperação e consolidar naqueles países uma economia capitalista, de modo a evitar
a possível adesão ao comunismo. Recursos do Plano Marshall também foram
oferecidos à União Soviética e aos países que vinham caindo sob sua influência.
Porém Stalin recusou os recursos oferecidos à União Soviética e impediu que os
demais países do bloco os aceitassem. Assim, ao fim de 1947, a Europa estava
claramente cindida em dois blocos. Então a recuperação das economias da Europa
Ocidental, que eram aliadas dos EUA, isso era visto como um elemento crucial para
impedir o avanço soviético pela Europa. Então a definição destes dois blocos
marcava, de certo modo, o início da chamada Guerra Fria entre o Leste e o Oeste.
O autor cita que mesmo após o período do Plano Marshall, as políticas econômicas
americanas, por meio de OTAN, continuaram a exercer algum efeito sobre a atividade
econômica. As ações americanas também se extenderam à Ásia. Com o início da
Guerra da Coreia, a economia japonesa também recebeu recursos norte-americanos
por meio de gastos realizados no território japonês.
Apresentando agora o contexto geral da chamada “Era de Ouro”, o primeiro país
citado será os Estados Unidos. A supremacia americana ao fim da Segunda Guerra
Mundial era incontestável, tanto do ponto de vista econômico como do militar. Essa
supremacia garantiu a posição hegemônica dos Estados Unidos na esfera mundial
durante a Era de Ouro. No entanto, ao longo do período, a distância entre os Estados
Unidos e os principais países europeus se reduziu. Porém apesar do crescimento mais
lento da economia norte-americana em relação à europeia, não se trata de um período
de estagnação: trata-se efetivamente de “anos dourados” também para a economia
norte-americana. A expansão da economia americana (e de certo modo também a
europeia) conjugava o crescimento da renda das famílias com a oferta de novos bens
derivados da inovação e uma estrutura empresarial que oferecia esses novos bens e
induzia seu consumo por meio de intensa propaganda.
Mas houve, claro, diferença entre a atuação dos estado e a dos europeus, como por
exemplo, o planejamento na França se fundava na definição de setores-chave em que
o investimento seria concentrado ou estimulado, admitindo que a expansão da
capacidade produtiva nesses setores induziria o crescimento do conjunto da
economia. Na Grã-Bretanha, também houve substancial avanço na intervenção do
Estado, sem adesão à proposta de planejamento econômico. A aplicação dos
princípios keynesianos também se fez de forma sistemática, agregando-se a essa
política substancial nacionalização de empresas privadas durante o governo
trabalhista do pós-guerra. No caso do Japão: aí o setor produtivo estatal não teve
maior expressão, porém por meio de intervenção e planejamento, a influência do
governo sobre o desenvolvimento da economia foi fundamental.
O caso da Alemanha é um exemplo da importância da intervenção estatal nas décadas
de 1950 e 1960. No final da Segunda Guerra Mundial, os Aliados pressionaram pela
ocupação do território alemão. Durante a ocupação americana, britânica e francesa da
Alemanha Ocidental, foram tomadas medidas para reduzir a participação do estado na
economia. Apesar destas medidas de privatização, o peso do Estado na economia
alemã continua elevado. Em suma, pelo menos na década de 1960, a Alemanha
Ocidental abandonou as propostas de uma economia mais próxima do livre mercado.
Portanto, a participação do Estado foi a base para o funcionamento econômico da
idade de ouro, e assim se desenvolveu o chamado Estado de bem-estar. No entanto, os
países principalmente da Europa Ocidental vão além: o estado de bem-estar também
busca garantir condições de vida adequadas e segurança para toda a população no
futuro. Em cada país, a segurança social fornecida pelo Estado cobre um leque
específico de garantias e serviços: pensões, seguro desemprego, serviços médicos e
educativos gratuitos, subsídios à habitação ou a construção de habitação de
arrendamento de baixo custo são algumas dessas formas. proteção social.
É claro que nem tudo veio após a Segunda Guerra Mundial, e novamente o que
aconteceu foi a enorme expansão desses direitos que levou muitos autores a
posicionar o estado de bem-estar como uma característica da Idade de Ouro. A
proporção da população coberta pela seguridade social, inicialmente apenas
trabalhadores industriais, foi ampliada para incluir os autônomos, trabalhadores
agrícolas e trabalhadores domésticos; ao mesmo tempo, os gastos sociais aumentaram
significativamente. Para concluir a argumentação o autor descreve que o impacto
positivo da inovação tecnológica dependia de condições que não lhe eram inerentes.
Desse modo, para Hobsbawm, a reestruturação do capitalismo (rumo a uma economia
mista) e a internacionalização da economia foram fundamentais para a prosperidade
da Era de Ouro.
Essa combinação não foi o resultado da livre ação do mercado cita o autor, mas sim
foi uma construção política que envolveu, primeiro, um consenso entre a direita e a
esquerda dos países ocidentais. Adicionalmente, exigiu um consenso entre patrões e
organizações trabalhistas para atender as reivindicações dos trabalhadores. Estas
deveriam ser mantidas dentro de limites que não afetassem os lucros correntes, nem
as expectativas futuras de lucro de modo a garantir os investimentos que geravam o
aumento da produtividade do trabalho.
No início da década de 1970, manifestaram-se sinais de que as bases desse pacto
passaram a ser colocadas em questão. Uma expressão da crise que levaria ao fim a
Era de Ouro apareceu no sistema monetário internacional com o fim da
conversibilidade do dólar em ouro.
(4) Trechos que por alguma razão você queira destacar (com indicação de
página):
Em suma, pode-se afirmar que, com pequenas variações, os países da Europa não
comunista caracterizaram-se por elevada participação do Estado na economia e pela
adoção de políticas econômicas de caráter keynesiano com objetivo de evitar tanto a
recessão como a inflação. Ou seja, a economia europeia na Era de Ouro afastou-se
radicalmente do modelo liberal de livre mercado que ainda era defendido por influentes
segmentos das sociedades.9 Tão ou mais expressivo desse afastamento do modelo liberal foi
a constituição do chamado Estado do Bem-Estar.
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(4) Trechos que por alguma razão você queira destacar (com indicação de
página):