Cálculo Diferencial e Integral
Cálculo Diferencial e Integral
Cálculo Diferencial e Integral
2º ano
Exame Normal
O conceito de derivadas surgiu com Pierre Fermat no século XVII. Com seus estudos sobre
funções, ele chegou a um empasse sobre a definição do que era uma reta tangente. Ele percebeu
que algumas das funções estudadas não batiam com a definição de reta tangente da época. Isso
ficou conhecido como “problema da tangente”.
De uma maneira mais formal, podemos definir a derivada da seguinte maneira: A derivada de
𝑓(𝑎+ℎ)−𝑓(𝑎)
uma função f em um número a, denotada por f '(a), é 𝑓 ′ (𝑎) = lim .
ℎ→0 ℎ
As aplicações da derivada são variadas, onde ela está sempre relacionada a uma taxa de
variação. Entendemos a derivada como o coeficiente angular da reta tangente, porém ela pode
ser usada para indicar a taxa que o gráfico apresenta em uma curva que deve subir ou descer.
Entre as numerosas aplicações da derivada podemos citar problemas relacionados à: tempo,
temperatura, volume, custo, pressão, consumo de gasolina, ou seja, qualquer quantidade que
possa ser representada por uma função. Esses problemas podem ser reduzidos a determinar
maior ou menor valor de uma função em algum intervalo onde esse valor ocorre. Por exemplo,
se o tempo for a questão principal de um problema, pode-se estar interessado em descobrir a
maneira mais rápida de desempenhar uma tarefa (menor valor da função), ou caso o custo seja
a preocupação principal, pode-se também querer saber o menor custo para desempenhar certa
tarefa (maior valor da função). Outra aplicação muito utilizada da derivada é com relação a
taxas de variação ou taxas relacionadas onde é possível relacionar variáveis como, por exemplo,
é possível relacionar a variação de uma variável em relação ao tempo e essa variável pode está
relacionada a um volume a uma distancia a uma velocidade entre outros, possibilitando assim
a relação entre estas variáveis.
O presente trabalho, insere-se na cadeira de Cálculo Diferencial e Integral e visa abordar sobre
as aplicações da derivada.
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2.0. Objectivos
2.1. Gerais
2.2. Específicos
Definir a derivada;
Explicar as aplicações da derivada;
Mencionar as regras de derivação;
3.0. Metodologias
Para a elaboração do presente trabalho, recorreu-se a pesquisa bibliográfica que, segundo (Gil,
1999), tem como objectivo aprofundar o conhecimento sobre o tema proposto, e contribuir para
o estudo, através da pesquisa em livros, artigos científicos e legislações referentes ao tema. A
pesquisa bibliográfica permite ao investigador a cobertura de uma gama de fenômenos mais
amplos do que se pesquisasse directamente.
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4.0. Derivada e suas aplicações
Definição: Se uma função f é definida em um intervalo aberto contendo x0, então a derivada de
f em x0, denotada por f ’(x0), é dada por:
𝑓(𝑥0+∆𝑥)−𝑓(𝑥0)
𝑓 ′ (𝑥0) = lim , se este limite existir, ∆𝑥 representa uma pequena variação em
∆𝑥→0 ∆𝑥
ⅆ𝑓 ⅆ𝑓
Notações: 𝑓 ′ (𝑥0 ), | , (𝑥0 ).
ⅆ𝑥 𝑥=𝑥0 ⅆ𝑥
Suponha que y seja uma função de x, ou seja, y = f(x). Se x variar de um valor 𝑥0 até um valor
x1, representaremos esta variação de x, que também é chamada de incremento de x, por∆𝑥 =
𝑥1 − 𝑥0, e a variação de y é dada por ∆𝑦 = 𝑓(𝑥1) − 𝑓(𝑥0), o que é ilustrado na figura a seguir:
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Δ𝑦 𝑓(𝑥1)−𝑓(𝑥0)
O quociente das diferenças, dada por = , é dito taxa de variação média de y em
Δ𝑥 𝑥1 −𝑥0
𝑓(𝑥1)−𝑓(𝑥0) 𝑓(𝑥0+∆𝑥)−𝑓(𝑥0)
𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑣𝑎𝑟𝑖𝑎çã𝑜 𝑖𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡â𝑛𝑒𝑎 = lim = lim .
𝑥1→𝑥0 𝑥1−𝑥0 ∆𝑥→0 ∆𝑥
𝑓(𝑥1)−𝑓(𝑥0)
Porém, lim = 𝑓′(𝑥0)
∆𝑥→0 ∆𝑥
Portanto, a taxa de variação instantânea de uma função em um ponto é dada pela sua derivada
neste ponto.
Exemplo: No decorrer de uma experiência, derrama-se um líquido sobre uma superfície plana
de vidro. Se o líquido vertido recobre uma região circular e o raio desta região aumenta
uniformemente, qual será a taxa de crescimento da área ocupada pelo líquido, em relação à
variação do raio, quando o raio for igual a 5 cm ?
Solução: A taxa de crescimento da área é a sua taxa de variação. Como a área varia com o raio,
seja A(r) = πr2 a área de um círculo de raio r. A sua taxa de crescimento será portanto, dada por
A’(r). Considerando um raio r qualquer, teremos:
Quando r = 5, então A’(5) = 10π, ou seja, a área aumenta 10π cm2 para cada cm de aumento no
raio, quando o raio mede 5 cm. Em outras palavras, a taxa de crescimento da área é de 10π
cm2/r.
Dada uma curva plana que representa o gráfico de f, se conhecermos um ponto P(a, f(a)), então
a equação da reta tangente r à curva em P é dada por y - f(a) = m (x - a), onde m é o coeficiente
angular da reta. Portanto, basta que conheçamos o coeficiente angular m da reta e um de seus
pontos, para conhecermos a sua equação. Mas como obter m para que r seja tangente à curva
em P?
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Consideremos um outro ponto arbitrário sobre a curva, Q, cujas coordenadas são (a + ∆x, f(a+
∆x)). A reta que passa por P e Q que é chamada reta secante à curva.
Tudo indica que quando P está próximo de Q, o coeficiente angular msec da reta secante deve
estar próximo do coeficiente angular m da reta r, ou seja, o coeficiente angular msec tem um
limite m quando Q tende para P, que é o coeficiente angular da reta tangente r.
𝑓(𝑎+∆𝑥)−𝑓(𝑎) 𝑓(𝑥)−𝑓(𝑎)
𝑚 = lim 𝑚𝑃𝑄 = lim = lim , (se este limite existe), é o coeficiente
𝑥→𝑎 ∆𝑥→0 ∆𝑥 𝑥→𝑎 𝑥−𝑎
𝑓(𝑎+∆𝑥)−𝑓(𝑎) 𝑓(𝑥)−𝑓(𝑎)
angular da recta tangente r. Porém, lim = lim = 𝑓′(𝑎).
∆𝑥→0 ∆𝑥 𝑥→𝑎 𝑥−𝑎
Logo, m = f’(a), ou seja, a derivada de uma função em um ponto, de fato, fornece o coeficiente
angular da reta tangente ao gráfico desta função, neste ponto.
Exemplo: Se f(x) = x2, determine a equação da reta tangente ao gráfico de f , no ponto P(2, 4).
𝑚 = lim (4 + ∆𝑥) = 4.
∆𝑥→0
Logo, a equação reduzida para a reta tangente no ponto P(2,4) é dada por:
Observação: A recta normal é a recta perpendicular à recta tangente neste ponto e, portanto,
seu coeficiente angular satisfaz: mn = – 1/ mt.
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Solução:
(Se ∆𝑥 ≠ 0)
1
Logo, a equação da recta tangente ao gráfico de f no ponto P é dada por 𝑦 − 2 = 4 (𝑥 − 4) ou
𝑥
𝑦 = 4 + 1 cujo gráfico é apresentado abaixo:
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Como podemos notar, o cálculo da derivada através da sua definição nem sempre é simples,
pois envolve o cálculo de um limite. Para minimizar este problema, utilizamos algumas
propriedades das derivadas, que chamaremos de regras de derivação, as quais não serão
demonstradas neste texto, porém suas demonstrações decorrem da definição de derivada e
podem ser encontradas na maioria dos livros de Cálculo.
Regras de Derivação:
1 1
11. 𝑓(𝑥) = log 𝑎 𝑥 ⇒ 𝑓 ′ (𝑥) = 𝑥 ln 𝑎 ; 𝑓(𝑥) = ln 𝑥 ⇒ 𝑓 ′ (𝑥) = 𝑥
ⅆ𝑓 1
12. 𝑓(𝑥) = 𝑎𝑟𝑐 𝑠𝑒𝑛(𝑥) ⇒ ⅆ𝑥 = √1−𝑥 2
ⅆ𝑓 −1
13. 𝑓(𝑥) = 𝑎𝑟𝑐 𝑐𝑜𝑠(𝑥) ⇒ ⅆ𝑥 = √1−𝑥 2
ⅆ𝑓 1
14. 𝑓(𝑥) = 𝑎𝑟𝑐 𝑡𝑔 (𝑥) ⇒ =
ⅆ𝑥 1+𝑥 2
ⅆ𝑓 −1
15. 𝑓(𝑥) = 𝑎𝑟𝑐 𝑡𝑔 (𝑥) ⇒ ⅆ𝑥 = 1+𝑥 2
ⅆ𝑓 1
16. 𝑓(𝑥) = 𝑎𝑟𝑐 sec(𝑥) ⇒ ⅆ𝑥 = |𝑥|√𝑥 2 , |𝑥| > 1
−1
ⅆ𝑓 −1
17. 𝑓(𝑥) = 𝑎𝑟𝑐 𝑐𝑜𝑠𝑒𝑐 (𝑥) ⇒ ⅆ𝑥 = |𝑥|√𝑥 2 , |𝑥| > 1
−1
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18. Derivada da função composta (Regra da Cadeia): Sejam duas funções diferenciáveis f e u,
ⅆ𝑦
onde f = f(u) e u = u(x), e tal que y = f (u(x)). Então, = 𝑓 ′ (𝑢) 𝑢′(𝑥).
ⅆ𝑥
Exemplos:
a) f(x) = sen(2x).
Seja u = 2x. Então f(u) = sen (u) e f ’(x) = f ’(u) u’(x) = cos(u) 2, ou seja, f ’(x) = 2 cos(2x).
Seja 𝑢 = 2𝑥 − 1. Então 𝑓(𝑢) = 𝑢3 𝑒 𝑓 ′ (𝑥) = 𝑓 ′ (𝑢)𝑢′ (𝑥) = 3𝑢2 2. Portanto, 𝑓(𝑥) = 6(2𝑥 −
1)2 .
Seja u(x) = sen x. Então 𝑓(𝑢) = 𝑢2 𝑒 𝑓 ′ (𝑥) = 𝑓 ′ (𝑢)𝑢′ (𝑥), 𝑜𝑢 𝑠𝑒𝑗𝑎, 𝑓 ′ (𝑥) = 2𝑢 𝑐𝑜𝑠 𝑥.
Obs.: Neste caso também poderíamos ter usado a regra do produto, fazendo:
𝑓(𝑥) = 𝑠𝑒𝑛2 𝑥 = 𝑠𝑒𝑛 𝑥 𝑠𝑒𝑛𝑥 ⇒ 𝑓 ′ (𝑥) = cos 𝑥 𝑠𝑒𝑛 𝑥 + 𝑠𝑒𝑛 𝑥 cos 𝑥 = 2 𝑠𝑒𝑛 𝑥 cos 𝑥.
𝑠𝑒𝑛 𝑥
f) 𝑓(𝑥) = 𝑡𝑔 𝑥 = cos 𝑥
g) 𝑓(𝑥) = log 3 (𝑥 2 − 5)
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Seja u(x) = x2 – 5. Então 𝑓(𝑢) = log 3 𝑢 𝑒 𝑓 ′ (𝑥) = 𝑓 ′ (𝑢)𝑢′ (𝑥), 𝑜𝑢 𝑠𝑒𝑗𝑎, 𝑓 ′ (𝑥) = 𝑢 ln 3 2𝑥.
1 2𝑥
Assim, 𝑓 ′ (𝑥) = (𝑥 2 −5) ln 3 (2𝑥) = (𝑥 2 −5) ln 3.
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5.0. Conclusão
Após uma indagação feita em torno do tema em causa, concluiu-se que a derivada é utilizada
para o estudo de taxas nas quais variem as grandezas físicas. De modo geral, ela nos permite
aplicar os seus conhecimentos a qualquer quantidade ou grandeza, desde que ela seja
representada por uma função.
A derivada de uma função é o conceito central do cálculo diferencial, a derivada pode ser usada
para determinar a taxa de variação de alguma coisa devido a mudanças sofridas em uma outra
ou se uma função entre os dois objectos existe e toma valores contínuos em um dado intervalo.
Por exemplo, a taxa de variação da posição de um objeto com relação ao tempo, isto é, sua
velocidade, é uma derivada. Consideremos uma função f(x) . A função f é derivável em a, se:
f(a) = lim f(x) – lim f(a)
As aplicações da derivada são variadas, onde ela está sempre relacionada a uma taxa de
variação. Entendemos a derivada como o coeficiente angular da reta tangente, porém ela pode
ser usada para indicar a taxa que o gráfico apresenta em uma curva que deve subir ou descer.
Entre as numerosas aplicações da derivada podemos citar problemas relacionados à: tempo,
temperatura, volume, custo, pressão, consumo de gasolina, ou seja, qualquer quantidade que
possa ser representada por uma função. Esses problemas podem ser reduzidos a determinar
maior ou menor valor de uma função em algum intervalo onde esse valor ocorre.
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6.0. Referências
GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5.ed. São Paulo: Atlas, 1999.
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