Consoantes Tabela

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Consoantes Pares mínimos Fonemas

Oclusivas
[ˈpɑtɐ] / [ˈbɑtɐ] <pata>/<bata> /p/ /b/
[ˈtɔkɐ] / [ˈdɔkɐ] <toca>/<doca> /t/ /d/
[ˈkɑtu] / [ˈgɑtu] <cacto>/<gato> /k/ /g/

Fricativas
[ˈfɑkɐ] / [ˈvɑkɐ] <faca>/<vaca> /f/ /v/
[ˈsuʀɐ] / [ˈzuʀɐ] <surra>/zurra> /s/ /z/
[ˈɑʃɐ] / [ˈɑʒɐ] <acha>/<haja> /ʃ/ /ʒ/

Nasais
[ˈmɛtɐ] / [ˈnɛtɐ] <meta>/<neta> /m/ /n/
[ˈliɲu] / [ˈlimu] <linho>/<limo> /ɲ/ /m/

Laterais
[ˈfɑlɐ] / [ˈfɑʎɐ] <fala>/<falha> /l/ /ʎ/

Vibrantes
[ˈmuɾu] / [ˈmuʀu] <muro>/<murro> /ɾ/ /ʀ/
Semivogais
[ˈpɑj] / [ˈpɑw] <pai>/<pau> /j/ /w/

Vogais

Orais
[ˈpɔ] / [ˈpɛ] <pó>/<pé> /ɔ/ /ɛ/
[ˈʀɑsɐ] / [ˈʀisɐ] <raça>/<riça> /ɑ/ /i/
[ˈmoʀu] / [ˈmuʀu] <morro>/<murro> /o/ /u/
[ˈmedu] / [ˈmudu] <medo>/<mudo> /e/ /u/

Nasais
[ˈmɑ̃tu] / [ˈmitu] <manto>/<mito> /ɑ̃/ /i/
[ˈpetɨ] / [ˈpɔtɨ] <pente>/<pote> /e/ /ɔ/
[ˈfitɐ] / [ˈfitɐ] <finta>/<fita> /i/ /i/
[ˈsõbɾɐʃ] / [ˈsɔbɾɐʃ] <sombras>/<sobras> /õ/ / ɔ/
[ˈmudu] / [ˈmudu] <mundo>/<mudo> /u/ /u/
Este esquema aqui apresentado compõe o resultado da
aplicação sistemática do método comutativo no caso do
português, ou seja, no caso do português a aplicação
sistemática do método comutativo levou-nos à conclusão de
que o português tem estas unidades consonânticas que se
opõem entre si na nossa língua.

Nestes pares mínimos é possível perceber que ao trocar um


fone pelo outro fone obtêm-se sistematicamente alterações do
significado, o que significa que cada um destes pares permite
identificar dois fonemas do português, ou seja, duas unidades
que se opõem no português e essa ação basta para alterar o
significado.

Os fonemas são as unidades de dupla articulação e o que


podemos confirmar ao identificar todos os fonemas do
português (33) são realmente poucos e com este numero
pequeno de unidades de base o falante pode construir um
numero potencialmente de morfemas novos, de palavras novas
e de enunciados novos -> Por isso é que a dupla articulação da
linguagem humana é tão importante, porque de facto é no
domínio da dupla articulação que encontramos as peças de
base da língua, os fonemas são as peças básicas e estas peças
básicas permitem construir significantes em numero
potencialmente infinito e esses significantes podem ser usados
como palavras ou juntando-se a outros morfemas e as palavras
entre si formam os enunciados.
Numa operação de comutação quando troco um fone pelo
outro eu posso obter um significado diferente, mas também
posso continuar a perceber o mesmo significado ( diferente
foneticamente, mas o mesmo significado) nesses casos estamos
perante variantes fonéticas do mesmo fonema.

1. Há que saber distinguir os sons em geral, ou seja, ou sons


que somos capazes de produzir, daqueles que usamos na
nossa língua. = O inventário de sons que conseguimos
articular é seguramente muito mais lato do que o dos sons
que usamos.
2. Também é importante perceber que o inventário de sons
que usamos na fala também é maior do que aquele que é
o inventario de sons que existe na língua, isto porque, há
fonemas que podem ter mais do que uma representação
fonética e, portanto, isso faz com que o número de fones
seja maior do que o número de fonemas. Portanto, o
inventário fonológico sendo o inventario das unidades
que têm função gramatical têm sempre um número mais
reduzido do que o dos fones.

Disto isto, verificamos que podemos identificar não só os


fonemas da língua mas também as variantes através do
método da comutação, porque o método da comutação
vai permitir perceber se correspondem a dois fonemas da
língua ou se pelo contrário os mesmo dois fones são
apenas variantes fonéticas possíveis de um mesmo
fonema- a chave de distinção está na mudança de
significado, porque quando o significado muda então
estamos perante a tal função opositiva ou distintiva sendo
assim considerados fonemas, agora se isso não acontecer
ou seja se o significado não se alterar então não existe
fonemas diferentes, temos só um fonema que pode ter
realizações fonéticas diferentes.

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