Direção Espiritual - A Jornada
Direção Espiritual - A Jornada
Direção Espiritual - A Jornada
- Como tirarmos as barreiras para vivermos a santidade que somos convidados por Deus?
- São João Bosco teve a inspiração do nome de sua congregação por São Francisco de
Sales.
- A santidade é como a relação do ferro e do fogo: o fogo aquece o ferro e este se torna
fogo. Nós, que temos natureza humana, começamos a agir com a natureza de Deus.
- Se não colocamos uma finalidade mais próxima, as pessoas se perdem no caminho. Para
chegar à luz, necessito construir um foguete.
- O que é devoção?
A devoção não são atos externos, mas interiores, que alimentam os atos externos;
Uma pessoa recém convertida decide deixar a vida de pecados, fazendo atos de
amor à Deus pela oração e jejum. Essa pessoa é como uma pessoa que estava
doente, que sai da UTI e vai para o ambulatório, sem muita vontade de comer e se
mexer: a pessoa já está caminhando, mas ainda é pesada;
A pessoa que inicia a vida espiritual faz atos de amor, mas ainda não é um amor
devoto. A pessoa devota está pronta e disposta para amar a Deus;
Exemplo: uma mãe que acabou de dar à luz a seu filho. Seu filho, à noite, acorda e
dá trabalho. A mãe está muito voltada à criança. Seu cérebro é modificado para
estar atenta ao filho. A mãe, diante do choro, se coloca de pé e vai ver o motivo do
choro;
A pessoa que ama a Deus faz as coisas com peso. A pessoa devota faz com
prontidão.
- A devoção pode ser comparada à pessoa que prontamente vai à academia e não troca
esse compromisso por nada e ninguém.
- A devoção é como a pérola encontrada pelo vendedor, que, ao descobri-la, vende tudo
para comprar aquele terreno.
- Santa Teresinha do Menino Jesus – nos mostra onde está o equilíbrio entre o grande
desejo e a humildade: “sou chamada a ser uma grande santa... e sei de minhas
fraquezas... e que Deus me fará santa, se for de Sua Vontade”.
- Ser devoto não é ser santo, mas é estar caminhando à caminho da santidade.
- É preciso pedir a Deus a graça de que haja a alteração em nossa vontade, aquela
disposição e prontidão para o serviço de Deus.
- A prontidão em servir ao Senhor deve entrar em nosso coração para responder aos seus
apelos.
- Muitos diretores espirituais não sabem o que é santidade. Não sabem conduzir as
pessoas para dentro de si mesmas.
- Diretor espiritual deve ter prudência: existem momentos de decisão, em que o diretor
espiritual deve decidir e discernir as coisas.
- Diretor espiritual deve conhecer a vida do dirigido para saber aplicar a teoria.
- Ser santo é crescer no amor, na caridade. Que amemos com amor divino.
- No início, esse amor, embora exista em seu coração, não é um amor devoto. É um amor
“pesado”.
- O grande problema dos diretores espirituais hoje é que se faz psicologismo, e não
orientação espiritual.
- Temos uma alma imortal, e o temos pois somo humanos. E isso já era observado e dito
pelos próprios filósofos.
- Porque nós, seremos humanos, temos síndrome do pânico ou ansiedade? Temos, pois
somos humanos. Animais não tem nada disso.
- Todas as patologias que temos estão ocorrendo pela falta de cuidado com a alma.
- O próprio do humano é ter uma alma e fazer tudo aquilo que o animal não é capaz de
fazer: olhar para trás e ver as coisas erradas que fazemos.
- O macaco não reflete sobre seu passado, sobre seu futuro e não se sente ansioso.
- Com a Revolução Francesa, começou a negar-se a existência da alma, vendo o homem
como uma máquina ou um animal.
- Eu tenho alma! Existe uma realidade dentro de mim que os animais não dão conta.
- A quantidade de gramas de massa cinza não explica o abismo que existe entre nós e os
macacos. Agora, todo o sistema cultural que vivemos, nos educa como macaquinhos. Não
podemos falar de alma, pois temos que respeitar a cultura e a religião das pessoas.
- Se formos ao pasto e perguntarmos ao bezerro o que ele quer ser, ele não responderá
nada, pois ele já está pronto para ser aquilo que ele é: bezerro.
- Um computador não reflete sobre si mesmo. Não fica angustiado sobre o futuro. Ele é
material, não tem espírito.
- Sinais funerários do homem: o corpo apodrecido não é tudo. A forma de discernir entre
um ser humano e um animal é a forma como foi enterrado.
- Se formos honestos, chegaremos à conclusão de que somos eternos e que a morte não é
o fim.
V. UM VÍRUS PROTESTANTE
- Primeira coisa a construirmos é a convicção de que temos uma alma imortal, que somos
eternos.
- Nós existimos e vamos morrer... memento mori... Recordar a morte é importante. Não
somos acostumados a pensar que vamos morrer e que seremos julgados.
- Mas existem pessoas que possuem uma vida espiritual tão pobre que realmente parecem
um animal.
- O ser humano, feito por Deus, imortal, está descompensado (desordenado). No Édem,
existia uma ordem, que foi perdida pelo pecado.
- São Francisco de Sales escreve para católicos não influenciados pelo protestantismo.
- Um “católico médio” pensa coisas protestantes, como, por exemplo: para entrar no céu
basta que Deus, por um decreto, diga “entre”, sem levar em consideração os pecados. O
homem, nessa visão, é capaz de Deus por um ato extrínseco de Sua misericórdia.
- Confissão: nos concede uma Graça santificante, ou seja, uma transformação na alma,
uma modificação verdadeira, onde o ser humano agora tem uma vida sobrenatural.
- Vida natural: o cachorro, apesar de tudo, continua sendo cachorro, com sua natureza
canina. Jamais estará sentado no sofá assistindo tv ou falando com o ser humano (se ele
fizesse isso, ele passaria a viver sobrenaturalmente).
Quando somos perdoados, Deus introduz uma semente que nos faz capazes de nos
comportamos sobrenaturalmente, divinamente: “não é mais ele, e Cristo que vive
nele”.
- Adão e Eva foram criados com a Graça. Eles tinham a Graça de Deus, que mantinha
ordenado todo o ser deles.
- Com o pecado original, não temos uma tendência para o mal. Tendemos sempre para o
bem. O que acontece é que, há uma hierarquia nos bens (sexo, comida, bens materiais), e
o pecado original inverte essa hierarquia.
- Devemos entender que não somos uma natureza perdida que queremos o mal, mas
queremos bens inferiores como se parecessem supremos.
- Confissão geral: vou confessar todos os pecados graves / mortais da minha vida inteira.
Logo, isso requer tempo para preparação.
- O que é o arrependimento?
É uma detestação ao pecado mortal
- Maria não teve pecado pessoal, mas na cruz sentiu o peso dos pecados.
- Ninguém será salvo sem arrependimento. Se um avião estiver caindo e não tiver um
padre para confessar, somente o arrependimento verdadeiro (contrição perfeita) livrará a
pessoa da condenação.
- Devo pensar que a confissão geral será minha última confissão. Devo ter comigo que
esta será minha última confissão. Quem sabe se amanhã estarei vivo?
VIII. O ARREPENDIMENTO CONFIANTE