Manuel de NEE
Manuel de NEE
Manuel de NEE
-INCLUSÃO
“Inserção do aluno com Necessidades Educativas Especiais (NEE) na classe regular onde,
sempre que possível, deve receber todos os serviços educativos adequados, contando-se, para
esse fim, com o apoio apropriado (de docentes especializados, de outros profissionais, de pais…)
às suas características e necessidades.” (Correia,1997)
-EDUCAÇÃO
-EDUCAÇÃO ESPECIAL
Segundo Correia (2008c), podemos distribuir os alunos com necessidades especiais em 3 grupos:
-Risco educacional
-Sobredotação
“Os alunos em risco educacional são aqueles que, devido a um conjunto de factores tal como o
álcool, drogas, gravidez na adolescência, negligência, abusos, ambientes socioeconómicos e
socioemocionais mais desfavoráveis, entre outros, podem vir a experimentar insucesso escolar.
Estes factores, que de uma maneira geral não resultam de imediato numa “discapacidade” ou
problemas de aprendizagem, caso não mudem ou sejam atendidos através de uma intervenção
adequada, podem constituir um sério risco para o aluno, em termos académicos e sociais.”
(Correia, 2008c)
ALUNOS SOBREDOTADOS
“As crianças e os adolescentes sobredotados são aqueles identificados por pessoas qualificadas
profissionalmente que, devido a um conjunto de aptidões excepcionais, são capazes de atingir
um alto rendimento. Essas crianças e adolescentes requerem programas e/ou serviços educativos
específicos, dentro da designada “Educação para a sobredotação”, diferentes daqueles que os
programas escolares normais proporcionam, para que lhes seja possível maximizar o seu
potencial no sentido de virem a prestar uma contribuição significativa, quer em relação a si
mesmos, quer em relação à sociedade em que se inserem.” (Correia, 2008c) Renzulli (1979, cit.
in Correia, 2008c) afirma que a sobredotação deve congregar pelo menos 3 factores essenciais:
Uma das definições de NEE, Correia (1997), comummente usada no nosso país, diz-nos o
seguinte:
“Os alunos com necessidades educativas especiais são aqueles que, por exibirem determinadas
condições específicas, podem necessitar de apoio de serviços de educação especial durante todo
ou parte do seu percurso escolar, de forma a facilitar o seu desenvolvimento académico, pessoal
e socioemocional.”
Deste modo, todos aqueles que se encontrem em desvantagem, devido a deficiência, problemas
de saúde mental ou de aprendizagem, sobre dotação, crianças de rua ou em situação de risco,
pertençam a minorias étnicas ou culturais, ou outras (Correia, 2003), são abrangidos por este
conceito que reforça a necessidade de se criarem condições que permitam a inclusão destes
indivíduos num processo de aprendizagem acessível e universal.
É de realçar que o conceito de Necessidades Educativas Especiais começa a ser utilizado no fim
dos anos 70, mais especificamente em 1978, através da sua adopção no Relatório Warnock,
apresentado, no mesmo ano, ao Parlamento do Reino Unido.
No concreto, quanto à classificação das necessidades educativas especiais, estas podem ser:
Parciais ou transitórias: asN Educativas Especiais que ocorrem num período de tempo
relativamente curto. São aqui enquadrados os alunos que,, apresentando habitualmente
rendimento escolar regular ou acima da média, de maneira progressiva ou súbita, experimentam
dificuldades para aprender.
No que concerne às tipologias das NEEexistem várias classificações, mas no presente manual
apresentam-se as seguintes, de acordo com a problemática das deficiências ou dificuldades de
aprendizagem e comportamento: as dificuldades de aprendizagem específicas; os problemas de
comunicação; a deficiência intelectual (deficiência mental); as perturbações emocionais e de
comportamento; a multideficiência; a deficiência auditiva; a deficiência físico-motora; os
problemas de saúde; a deficiência visual; as perturbações do espectro do autismo; a surdo-
cegueira; o traumatismo craniano; e a superdotação.
O termo inclui condições como deficiências perceptivas, lesão cerebral, disfunção cerebral
mínima, dislexia, disortografia, disgrafias, discalculias, dislalias e afasia de desenvolvimento,
mas não engloba as crianças que têm problemas de aprendizagem resultantes principalmente de
deficiência visual, auditiva ou motora, de deficiência mental, de perturbação emocional ou de
desvantagens ambientais, culturais ou económicas.
Este tipo de problemas apresenta-se em quatro níveis que são: o retardo mental leve, moderado,
severo ou profundo, de acordo com a sua implicação.
O professor desempenha uma função fundamental na observação das manifestações das duas ou
mais áreas de habilidades adaptativas, tais como: comunicação; cuidado pessoal; habilidades
sociais; utilização e preservação do bem comum escolar; saúde e segurança; habilidades
académicas; lazer e trabalho com os colegas.
Os problemas de comunicação
Esses sinais têm todos em comum o facto de possuírem uma face material, passível de ser
apreendida pelos sentidos (o significante) e uma face não-material, estritamente mental,
inapreensível pelos sentidos (o significado).
Perante a dificuldade na comunicação, o professor precisa de estar atento aos factores que
condicionam a comunicação, factores físicos, fisiológicos e psíquicos, individuais e sociais. É
fundamental perceber que a linguagem é um processo cognitivo inerente a todo e qualquer ser
humano.
Assim, um aluno que apresente um forte défice na sua comunicação verbal pode requerer alguma
forma de comunicação alternativa ou aumentativa. É também importante notar que a capacidade
de o aluno se expressar está intimamente ligada a sentimentos de autonomia, autoestima e
valorização pessoal. Assim, os alunos que, devido à sua deficiência motora não conseguem
comunicar, podem desenvolver uma atitude de extrema passividade e à grande dependência dos
outros, devido às experiências negativas e à sua incapacidade de transmitir os seus desejos,
interesses e sentimentos.
As perturbações emocionais
A dificuldade inexplicável para a aprendizagem que não é causada por factores intelectuais,
sensoriais ou problemas de saúde;
Aula 1
Actualmente, a inclusão dos alunos com NEE na sala de aula está legislada com a premissa de
que a educação é um direito que assiste a todas as pessoas. Crianças, jovens e adultos com as
mais variadas necessidades educativas estão nas salas de aulas das escolas de todo o mundo.
Outrora, os alunos com necessidades educativas especiais – NEE – eram segregados das salas de
aula regulares. Na década de 70, em virtude do alargamento da escolaridade obrigatória, urgia
um ensino que respondesse às necessidades dos educandos com NEE.
A partir da década de 80, a integração começou a ser feita com o objectivo de proporcionar aos
educandos especiais as mesmas oportunidades para todos educandos. Ainda assim, existe um
longo caminho a percorrer para que a inclusão dos alunos com NEE seja plena. Questões como a
falta de recursos na escola ou a (falta de) formação dos professores no âmbito das NEE são
exemplos de barreiras à inclusão.
Alunos com NEE são alunos com capacidades de diferentes níveis, que demonstrem dificuldades
na aprendizagem e cognição, comunicação, interação, nos aspectos físicos e sensoriais, e /ou
comportamentais, emocionais e de desenvolvimento social.
(i) Deficiências – que integra alunos cuja dificuldade deriva de causas orgânicas ou biológicas;
(ii) Dificuldades – abrange alunos cujas necessidades educativas especiais não parecem decorrer
de causas orgânicas, nem de desvantagens sociais, nas sim de aspectos emocionais;
(iii) Desvantagens – abrange alunos cujas necessidades educativas especiais derivam de factores
socio-económicos, culturais ou linguísticos.
Seguem-se algumas estratégias que poderão ajudar os professores e que deverão ser adaptadas às
necessidades e especificidades de cada aluno:
• Utilizar a mediação de pares, incluindo os alunos com NEE em pequenos grupos de alunos do
ensino regular para a realização de exercícios. A colaboração traz benefícios para a
aprendizagem de todos os alunos, através da discussão e da exposição de diferentes pontos de
vista. Para além de melhorar a aprendizagem dos conteúdos, aumenta o interesse sobre os temas,
promove a socialização, melhora a capacidade de comunicação.
• Segmentar a tarefa, passo a passo, fornecendo instruções claras juntamente com demonstrações.
• Fraccionar a habilidade alvo em unidades mais pequenas e depois sintetizar as partes num todo.
Não esquecer de dar feedback para que o aluno saiba o que se espera dele.
Aula 2
A educação distingue-se dentre acções humanas enquanto um processo que exprime uma
construtiva reciprocidade de experiências e valores psicossociais entre gerações em sucessivas
etapas e contextos ao longo da vida, para efeitos da configuração da personalidade, (Piletti, 2008;
Libâneo, 2009).
Ora, à vista da idade cristã, (na Esparta, por ex:), o público com deficiência era sujeito a caça e
perseguição, isolamento, segregação, 19 Revista Onis Ciência, Braga, V. VIII, Ano VIII Nº 25,
maio/agosto 2020 – ISSN 2182-598X apedrejamento, abandono em florestas, infanticídio,
afogamento em rios e mares, enforcamento, acorrentamento. Este comportamento exprimira,
pois a inexistência de políticas públicas, a falta de suporte às famílias e o direito à escolarização
negado a este grupo social (Nhapuala, 2014). Adiante, perto de finais do séc. XVIII e emergência
do séc. XIX, a Igreja e Organizações filantrópicas proveram acções de cunho assistencialista à
pessoa com deficiência.
Neste período o mundo assistiu a edificação das primeiras instituições de assistência à pessoa
com deficiência pelo menos pelo resto do mundo no seu todo. Entre os anos da década de 60 a 70
do séc. XX (volvido quase 1 par de décadas) após a Declaração Universal dos Direitos Humanos
(1948), emergiu a institucionalização de serviços de atendimento (educação especial) a este
grupo psicossocial, conduzindo-se aos anos 80 (período de normalização). Este momento foi
marcado pela existência de turmas regulares e especiais no mesmo campo geofísico (escola).
Tal como nos lembra Nhapuala (2014), a educação inclusiva foi introduzida em Moçambique
pelo Ministério da Educação (MINED, 1998). Na altura, implementou-se um projecto-piloto
(projecto escolas inclusivas), com principais intuitos, (a) a mobilização dos representantes do
Governo em relação à educação de crianças e jovens com necessidades excepcionais e (b) a
elaboração de um projecto-piloto a partir do qual seriam constituídas as bases para o plano de
acção para a implementação das escolas inclusivas (cf., MINED, 1998).
Volvidos perto de 24 meses “concluiu-se que os resultados obtidos na então, fase piloto,
estavam alinhados aos objectivos e estratégias previamente estabelecidos para a implantação,
gestão e expansão do projecto escolas inclusivas, no território nacional” (MINED, 2000; 2012).
Criadas as bases para a formalização da educação inclusiva introduziu-se esta abordagem como
parte integrante do Plano Estratégico do Sector da Educação 1997-2001 que, sob o slogan
“Combater a exclusão e Renovar a escola”, assumiu valores como a 20 Revista Onis Ciência,
Braga, V. VIII, Ano VIII Nº 25, maio/agosto 2020 – ISSN 2182-598X inclusão e participação de
todas as crianças e jovens no sistema regular de ensino, incluindo pessoa com deficiência
(Nhapuala, 2014).
Para tanto, o ponto crucial da inclusão seria a valorização das especificidades de cada um
partindo do conhecimento real ao eminente. Volvidas duas décadas, muito se fez e aconteceu a
julgar (i) pela formação de quadros em todos os níveis; (ii) a criação de centros de recursos de
educação inclusiva a nível nacional; (iii) a mobilização de massas em campanhas de
sensibilização embora irregulares; (apenas alguns exemplos).
Na realidade, a implementação da educação inclusiva é feita no quadro das leis mais avulsas que
regem o sistema educacional. (Nhapuala, 2014). A lei 6/92 do SNE (Sistema Nacional de
Educação), moçambicana, reajustada antes da Conferência Internacional de Salamanca
(UNESCO, 1994) é desajustada à inclusão e caiu por terra, como abona Nhapuala (2014) ao
mencionar que esta, arcaica lei, defende que através do ensino especial as crianças e jovens com
deficiência de natureza física, sensorial e mental deveriam ser educados em turmas especiais em
escolas regulares e que as crianças com deficiências mais graves deviam ser escolarizadas em
modalidades extra-escolares (República de Moçambique, 1992). Nesta vertente, as políticas
educacionais inclusivas em Moçambique caracterizam-se pela ampliação expressiva do verbo
aceder à escolarização obrigatória e, por inexistência de apoios e serviços especializados no
fluxo da escolarização de alunos com deficiência. Apesar das propostas e esforços realizados, há
evidências de contradições entre as propostas políticas e a real capacidade de intervenção
estratégica e pedagógica a diversos níveis, que definham a consolidação das políticas de inclusão
no sistema educacional moçambicano (Chambal, 2011).
FINANCIAMENTO E RECURSOS
Na realidade moçambicana, a formação a nível do ensino básico, por exemplo, ocorre na lógica
de formação geral. Após independência nacional (1975), a considerar pelos estudos de
Donaciano (2006); Escrivão (2012); Niquice (2002); Nhapuala (2014) vários foram os modelos
de formação de professores com duração invariável entre 3 anos; 2 anos; e 1 ano.
O perfil de ingresso oscilou de 4.ª à 12.ª Classe. À partida, na mesma escola existiam professores
com formação inicial bastante diferenciada na sua duração e experiências. A saliência do
discurso de Nhapuala (2014) neste debate incide do reconhecimento de que a preparação de
professorares em Moçambique não permite uma pronta actuação/intervenção face a inclusão a
julgar pelas condições de formação, recursos, e o divórcio declarado entre a carga horária e a
natureza de algumas particularidades dos alunos, como é o caso de alunos sobredotados.
Ainda Matemulane (2015) faz apelo à diferenciação na prática pedagógica, ao mencionar que a
qualidade das acções nesta causa não descarta uma formação, séria, de especialistas nas áreas das
NEE (Necessidade Educativas Excepcionais), com mais horas de estudo e práticas aprofundadas
sobre as particularidades dos alunos, podendo tornar possível a diferenciação educativa e prestar-
se mais atenção especializada ao aluno com NEE.
Este posicionamento explica-se pelas evidências constatadas por Nhapuala (2014) ao mencionar
que, a progressão dos efectivos de alunos com NEE escolarizados no ensino regular, nota-se com
alguma preocupação, que o largo número de alunos … no ensino primário está longe de transitar
com os mesmos índices de participação para os níveis de ensino subsequentes (p.24).
Posteriormente, o autor refere que a inexistência de dados estatísticos sistematizados, fidedignos
e de acesso público em Moçambique, sobre o número de crianças com deficiência e outras
tipologias de NEE não associadas à deficiência, torna difícil precisar em que medida este esforço
político e social garante que nenhuma criança permaneça efectivamente fora do sistema
educativo em virtude de apresentar necessidades educativas especiais.
Esta sensação pode ser explicada pelos escores dum estudo realizado por Mangumbule (2015) ao
apontar que, os professores na sua maioria têm conhecimento da importância da inclusão escolar,
no entanto alguns não estão bem familiarizados com este fenómeno e outros resistem à recepção
de alunos em NEE, o que permeia a prevalência das práticas excludentes no contexto escolar.
Adicionalmente, Rabeca e Saar (2018) sugerem uma formação contínua baseada em seminários
de capacitação.
Em contrapartida, Nhaposse (2015) vai mais longe e roça o ensino superior (Universidade
Pedagógica, por ex:) ao revelar que, a leccionação da cadeira de NEE mostra-se ser uma cultura
reducionista e teórica, necessitando assim da articulação da teoria e a prática reflexiva como
forma de preparar o futuro pedagogo para lidar com questões do género das NEE. (p. 107). À
semelhança de Correia (2003), por exemplo, Nhaposse (2015) sentencia-nos a formação
continuada dos professores e sugere a extensão da cadeira NEE (na UP por exemplo) de 1 para 2
semestres, designadamente, NEE1 e NEE2. E, Isac (2018) propõe uma prática educativa
assegurada pela exploração de todas formas avaliativas, ao contrário do que tendencialmente
ocorre.
Para alcançar mais eficazmente as metas educativas dos alunos sugere-se o apoio educativo que
respeite uma interacção sistemática e permanente, entre sujeitos colectivos ou instituições, pela
melhoria das condições de aprendizagem e da organização dos espaços educativos. Sobre esta
realidade, e apesar de apelos e recomendações a nível internacional (cf, Sanchez, 2003;
Fernandes, 2002; Correia, 2013), Nhapuala (2014) quebra o gelo ao mencionar que, na pátria
amada moçambicana, não há, registos da existência de um conjunto de profissionais colocados
nas escolas e/ou em outras instituições que numa base estruturada e regular oferecem serviços de
apoio especializado.
Pelo facto, a participação da comunidade complementa as actividades escolares pelo apoio aos
trabalhos de casa e compensando as carências do apoio familiar. Interessa confirmar, aqui, o
papel das associações de moradores e de famílias no provimento de instalações, das associações
e movimentos da juventude, assim como o papel potencial dos idosos e outros voluntários,
incluindo as pessoas com deficiência dentro e fora da escola.
As universidades, por exemplo, podem segundo a UNESCO (1994), prover um importante papel
consultivo no desenvolvimento da educação das necessidades especiais, voltado à investigação,
avaliação, formação de formadores, elaboração de programas de formação e produção de
materiais.
A combinação das opções diferenciadas ou não, em cada um desses aspectos, consiste numa
lista complexa de probabilidades (Chambal, 2011). A identificação dum déficit genérico (por
ex:) subjacente aos alunos que necessitam de apoio adicional, os programas educativos para os
alunos com necessidades especiais, seria uma perda de tempo, pois estes programas deveriam
incidir nas adaptações curriculares, capazes de assegurar o domínio das matérias curriculares.
Por assim assumir-se, o currículo devia (i) ser adaptado às necessidades das crianças
(habilidades, interesses); (ii) as crianças mereceriam um apoio horizontal no programa vertical;
(iii) Com o objectivo de desenvolver aptidões necessárias, o conteúdo do ensino atenderia às
necessidades e relacionara-se às próprias experiências e interesses concretos dos alunos podendo
despertar a motivação; (iv) A avaliação formativa é uma a não posta para esta causa; (v) O
tratamento deve ser igualitário a todos; (vi) Quando necessário, deve-se recorrer a ajudas
técnicas apropriadas e exequíveis, para se obter uma boa assimilação do programa de estudos e
facilitar a comunicação, a mobilidade e a aprendizagem (UNESCO, 1994) uma realidade pouco
experimentada em Moçambique (Nhapuala, 2014; Matemulane, 2015).
A combinação das opções diferenciadas ou não, em cada um desses aspectos, consiste numa
lista complexa de probabilidades (Chambal, 2011). A identificação dum déficit genérico (por
ex:) subjacente aos alunos que necessitam de apoio adicional, os programas educativos para os
alunos com necessidades especiais, seria uma perda de tempo, pois estes programas deveriam
incidir nas adaptações curriculares, capazes de assegurar o domínio das matérias curriculares.
Por assim assumir-se, o currículo devia (i) ser adaptado às necessidades das crianças
(habilidades, interesses); (ii) as crianças mereceriam um apoio horizontal no programa vertical;
(iii) Com o objectivo de desenvolver aptidões necessárias, o conteúdo do ensino atenderia às
necessidades e relacionara-se às próprias experiências e interesses concretos dos alunos podendo
despertar a motivação; (iv) A avaliação formativa é uma a não posta para esta causa; (v) O
tratamento deve ser igualitário a todos; (vi) Quando necessário, deve-se recorrer a ajudas
técnicas apropriadas e exequíveis, para se obter uma boa assimilação do programa de estudos e
facilitar a comunicação, a mobilidade e a aprendizagem (UNESCO, 1994) uma realidade pouco
experimentada em Moçambique (Nhapuala, 2014; Matemulane, 2015).
Trabalho de consolidacao
Resumo de Seminários
1.1.DEFICIÊNCIA MÚSCULO-ESQUELÉTICA
É vulgar associar a deficiência motora ao uso de cadeira de rodas, embora muitas outras ajudas
técnicas possam ser necessárias para facilitar a mobilidade, como sejam as canadianas, próteses,
bengalas, etc. As principais dificuldades com que estas pessoas se confrontam são a/as: barreiras
arquitectónicas; dificuldade em transportar e/ou manusear equipamentos técnicos e/ou objectos e
volumes; dificuldade em utilizar transportes públicos; incapacidade ou dificuldade em realizar as
actividades de vida diária de forma autónoma e independente; dificuldade em aceder a casas de
banho, telefones públicos, elevadores, locais de lazer, restaurantes, lojas, centros comerciais,
locais, culturais, etc.; dificuldade em aceder à informação exposta em placards, aos balcões de
atendimento dos serviços, às caixas multibanco, entre outras.
O QUE FAZER?
Sempre que seja necessário, garantir o acompanhamento por uma segunda pessoa. Neste caso, a
comunicação deve estabelecer-se com o estudante e não com a pessoa que o acompanha; Adaptar
o meio físico de forma a torná-lo acessível (por ex. aqueles que necessitem de usar cadeira de
rodas devem ter mesas adaptadas, habitualmente mais altas do que a dos colegas); Considerar o
estudante na turma aquando da marcação de salas, ponderando factores como a sua proximidade
ou facilidade de acesso; Quando se conversa com um estudante em cadeira de rodas será melhor
sentarmo-nos ao seu nível, para que este se possa sentir mais confortável (uma vez que é
incómodo conversar com a cabeça levantada); Antes de começar a empurrar uma cadeira de
rodas, pergunte ao estudante se necessita de apoio; Sempre que conduzir uma cadeira de rodas
deve avançar com prudência, pois a pessoa poder-se-á sentir incomodada, se magoar outras
pessoas com a cadeira.
A Deficiência Visual é um dano do Sistema Visual parcial ou global podendo variar quanto às
suas causas (traumatismo, doença, malformação, deficiente nutrição) e/ou natureza (congénita,
adquirida ou hereditária), traduzindo-se numa redução ou numa perda de capacidade para
realizar tarefas visuais (ler, reconhecer rostos) (Pereira, 2008).
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a deficiência visual engloba duas grandes
categorias: a Cegueira e a Ambliopia. Neste sentido, podemos considerar uma pessoa cega como
sendo aquela que não possui potencial visual mas que pode, por vezes, ter uma perceção da
luminosidade. A ambliopia, também conhecida por baixavisão, significa uma reduzida
capacidade visual - qualquer que seja a origem - e que não melhora através de correção óptica.
O QUE FAZER?
- Escrever com (Atenção) uma cor que contraste com a cor do quadro (ex: branco/preto);
-Sempre que possível evitar os reflexos da luz no quadro e na superfície de trabalho (fechando as
cortinas ou usando posters que tapem as janelas);
-Colocar o estudante no lugar na sala de aula que lhe proporciona um melhor campo de visão e
permitir que mude de lugar, consoante as tarefas em causa e as ajudas ópticas e/ou técnicas que
utiliza;
-Permitir que o estudante faça uma pausa sempre que apresente sinais de fadiga, tais como olhos
lacrimejantes, vermelhos ou dores de cabeça;
- Sempre que possível alternar as tarefas que exigem maior esforço visual com tarefas não
visuais;
- Dar algum tempo para que o estudante se adapte às mudanças de intensidade de luz, por
exemplo quando vem do exterior;
- Conferir ao estudante o tempo necessário para que possa realizar tarefas que exijam maior
esforço visual, como a leitura;
- Evitar verbalizações de espanto quando algum cego executa tarefas diárias usuais.
É importante que possa perceber, junto do estudante, qual a estratégia mais funcional para
adaptar os materiais de estudo. Frequentemente os estudantes que chegam ao ensino superior
estão já habituados a um conjunto de estratégias que passam pela preferência de um determinado
leitor de ecrã, utilização exclusiva de braille, entre outras.
O QUE FAZER?
Fale de forma clara e com um ritmo pausado mas natural. Vire-se para a pessoa ao dirigir-se a
ela. Nunca fale enquanto está de costas para o estudante. Coloque-se num local e posição em que
o seu rosto esteja à vista e bem iluminado. Não se coloque à frente de uma fonte de luz. Isto fará
com que a sua silhueta fique escurecida e se percam detalhes do rosto e dos lábios.
-Se lhe for pedido que fale mais alto não grite. Tal será irritante para quem ouve, irá distorcer o
som e alterar a configuração labial. O gesto é tudo – use as mãos e o corpo para comunicar.
- Invista na memória visual da pessoa s/Surda, complementando a sua exposição oral com
imagens, gráficos, esquemas, formas, cores, etc
- Dirija-se sempre à pessoa s/Surda e não ao intérprete. Nunca se dirija ao intérprete dizendo
“pergunte-lhe” ou “peça-lhe”… Não assuma que o estudante s/Surdo está a acompanhar e a
compreender tudo. (Atenção) Verifique de vez em quando, fazendo-lhe perguntas directas sobre
o assunto em causa. Opte por colocar questões cuja resposta revele a compreensão efectiva da
mensagem.
Se o estudante não o entender: Repita o que disse mas usando outras palavras. Não fale mais
alto. Tal não ajudará o estudante a ouvi-lo melhor, apenas tornará mais difícil uma possível
leitura labial. Vá dando pistas sobre o contexto dos assuntos de que está a falar. Se sentir que a
comunicação não flui, auxilie-se da escrita.
O tamanho ideal de um grupo que tenha uma pessoa s/Surda é de 6 a 10 pessoas. Certifique-se
de que há boa iluminação no espaço de trabalho e organize o grupo em semicírculo para que
todos se vejam bem e a pessoa s/Surda possa fazer leitura labial.
1.4.3.Avaliação
Evite utilizar frases longas e complexas. Divida a frase em vários períodos simples. Evite fazer
rodeios ou criar enchimentos. Certifique-se de que a questão é colocada de forma concisa e clara.
Evite juntar questões múltiplas numa mesma pergunta. Escreva a frase na ordem em que a
actividade terá de ocorrer. Se possível, enumere as diferentes questões a serem abordadas numa
resposta longa/livre. Estimule a criação/utilização de esquemas conceptuais para organizar
respostas de desenvolvimento. Indique de forma clara a extensão da resposta que se pretende.
Evite utilizar estratégias de pergunta a completar por escolha múltipla. Exige que se mantenha a
primeira parte na memória para completar a ideia. Esta é uma tarefa muito difícil para a pessoa
s/Surda que tem uma memória curta pouco desenvolvida. É natural que o estudante s/Surdo
precise de mais tempo para resolver de forma satisfatória o seu teste.
Trata-se de uma dificuldade relacionada com alterações neurológicas, sendo muitas vezes
confundida com desinteresse, desmotivação, falta de inteligência, etc. Os disléxicos apresentam
boas capacidades (Reid, 2011), ao nível de: Competências visuais e visualização tridimensional;
Expressão verbal; Compreensão da linguagem; Jogos de equipas.
Quando chegam à idade adulta e/ou ao ensino superior, todos aqueles que apresentem dislexia,
já terão desenvolvido as suas estratégias (mais ou menos adaptativas) para lidar com esta
condição. No geral, os estudantes disléxicos apresentam: Reduzida velocidade de leitura; Má
soletração fonética; Pobreza na ortografia; Dificuldades na numeracia; Maiores dificuldades na
aquisição de competências de estudo; Dificuldade em tirar apontamentos, escrever trabalhos,
fazer revisões para momentos de avaliação ou compreender grandes quantidades de texto
complexo; Baixa autoconfiança e auto-estima; Elevados níveis de frustração que condicionam o
desempenho escolar; Maiores níveis de ansiedade; Sentimentos de incompetência académica e
escrita. Dificuldades na organização; Dificuldade em seguir instruções; Dificuldade na
orientação espacial – esquerda/direita; cima/baixo; Dificuldade de concentração.
Quando comparados com colegas sem dislexia, os estudantes disléxicos apresentam maiores
dificuldades na velocidade de leitura, na tomada de notas, na organização dos trabalhos e na
expressão de ideias por escrito (Mortimore & Crozier, 2006; Jamieson & Morgan, 2008). No
geral, estes estudantes baseiam o seu estudo mais na memorização do que na tomada de
apontamentos.
1.5.1. ESCRITA
Dificuldades- Letra de difícil compreensão, Falta de coerência na apresentação das ideias, Uso
pobre da pontuação, Uso incorrecto de formas verbais, Uso limitado do léxico verbal, Soletração
bizarra de palavras comuns, Troca de letras (b por d ou p por q), Confusão com letras com o
mesmo som (s por z), Incapacidade para ver erros, mesmo em programas com correcção de
1.5.1.1. Estratégias
Será importante que se dê (Atenção) feedback selectivo e positivo sobre o tipo de erros
cometidos; Deverá ser valorizado o conteúdo em detrimento da forma, sendo que o estudante não
deve ser penalizado na classificação final (excepto se tratar de uma competência básica evitáveis
comentários depreciativos acerca das competências de escrita dos estudantes disléxicos (a maior
parte tem consciência das suas dificuldades e sentem-se frustrados quando recebem feedback
pouco construtivos);
1.5.2.LEITURA
Dificuldades em reconhecer e relembrar sons de palavras, Substituição das palavras por outras
semelhantes quando lê alto (confusão semântica), Incapacidade em ler “na diagonal” um texto,
Velocidade de leitura reduzida, Dificuldade com a sequência do alfabeto.
Estratégias Poderá ser útil ajudar o estudante a seleccionar livros e textos centrais da
bibliografia; Sempre que forem apresentados conceitos técnicos e específicos poderá ser
importante a redacção de um (Atenção) glossário; O suporte na “leitura estratégica” poderá ser
também muito útil, apoiando os estudantes a aprenderem a seleccionar informação e a
definirem objectivos para a leitura; Deve evitar-se pedir ao estudante para ler em voz alta.
Tirar apontamentos nas aulas Sempre que possível o docente poderá disponibilizar os
apontamentos / apresentações / sebentas antecipadamente. Tal facilitará a tomada de
apontamentos. Caso não seja possível, poderá ser útil fazer-se um pequeno resumo do que se irá
tratar durante a aula.
1.6.Síndrome de Asperger
O estudante com Asperger pode ter um vocabulário sofisticado e falar incessantemente sobre o
seu assunto favorito, tendo dificuldade em mudar para um outro tema de conversa. Pode ter
dificuldade com as regras da conversação, desconhecendo algumas das regras implícitas no
contacto social. Pode interromper ou falar em sobreposição, fazer comentários irrelevantes, tendo
muita dificuldade em iniciar e terminar as conversas.
O que fazer?
Qualquer que seja a causa original, deve ser considerado uma manifestação de uma disfunção
comportamental, psicológica ou biológica no indivíduo. Nem o comportamento desviante (e.g.,
político, religioso ou sexual), nem os conflitos que ocorrem entre o indivíduo e a sociedade são
perturbações mentais, a não ser que a desviância ou o conflito sejam um sintoma de uma
disfunção no indivíduo, como descrito acima” (APA, 2002)
Factores pós-natais (4%): trauma físico, infecção (ex: meningite), acidentes vasculares, anóxia,
tumores... (Heward, 2000; Rodrigues, 1989; e Schleichkorn 1993, cit. in Martins, 2008)
-Linguagem explosiva, com longas pausas Atetose (20%) (desordem dos gânglios basais)
Segundo Hallahan & Kauffman, (2003) & Heward, (2000), cit. in Martins, (2008) existem 3
tipos de Espinha Bífida:
Oculta - pode não causar qualquer sintomatologia e caracteriza-se por apenas envolver a coluna
vertebral, sendo que não há envolvimento da medula e das meninges. É o tipo menos grave e o
mais comum: uma ou mais vértebras não se formam normalmente, mas a espinal-medula e as
camadas de tecido (meninges) que a rodeiam não emergem. No local podem observar-se uma
madeixa de pêlos, uma cavidade ou uma área pigmentada.
No primeiro caso há saída dos revestimentos da medula, isto é, as meninges (3 membranas que
envolvem todo o SNC. No segundo caso, pela saída, para além das meninges, da própria medula.
Nos casos mais severos de espinha bífida, o bebé é operado 24 horas após o nascimento. A
cirurgia para minimizar o risco de infecção e para preservar as funções da medula.
No caso da meningocelo que não envolve a medula, pode ser reparado cirurgicamente, sem
paralisia.
A espinha bífida oculta, na maior parte dos casos não requer tratamento.
Para além destas intervenções, as crianças com esta afecção têm de ser educadas, de modo a
aprenderem a viver com as suas limitações, aprendendo a utilizar a cadeira de rodas ou muletas,
para melhorar a sua mobilidade. Há, também, caso seja necessário, que intervir sobre o controlo
dos esfíncteres, para que elas se tornem mais independentes.
Suplementação com ácido fólico durante a fase inicial da gravidez reduz dramaticamente a
incidência da espinha bífida e dos outros defeitos do tubo neural (iniciada antes da concepção,
quando possível). Alimentação equilibrada (alguns vegetais, gema de ovo e alguns frutos e seus
sumos e em cereais e no pão, que são sinteticamente fortificados com esta substância).
Suplemento vitamínico.
(Smith, 1998; Hardman, Egan e Drew, 1996; e Cuberos, et al., 1991, cit. in Martins, 2008)
1.10.HIDROCEFALIA
“Derivação: A derivação coloca-se entre os ventrículos cerebrais e desde a cabeça vai por baixo
da pele até à cavidade abdominal ou, ocasionalmente, até outro ponto.
Esse dreno contém uma válvula que permite que o líquido saia do cérebro se a pressão aumentar
demasiado. Mesmo que algumas crianças não necessitem dele quando crescem, uma vez
colocado, geralmente não se retira.” (Smith, 1998; Hardman, Egan e Drew, 1996; e Cuberos, et
al., 1991, cit. in Martins, 2008) -Líquido cefalorraquidiano
“Líquido incolor que tem na sua composição água com traços de proteína, glicose, linfócitos e
algumas hormonas. O líquido formado diariamente é quase todo reabsorvido para o sangue. A
sua função principal é…. Almofadar o SNC, de forma a protegê-lo contra possíveis traumas.”
(Smith, 1998; Hardman, Egan e Drew, 1996; e Cuberos, et al., 1991, cit. in Martins, 2008)
1.11.DISTROFIA MUSCULAR
-DEFINIÇÃO DE DISTROFIA MUSCULAR
Fouth Edition, Text Revision, cit in Correia, 2008c) No entanto, quando uma criança não atinge
cabalmente os critérios do autismo, há pelo menos uma outra classificação, integrada nas
chamadas desordens do espectro do autismo, que importa conhecer: a síndrome de asperger.
1.12.1.CAUSAS DO AUTISMO
-Parece existir uma pré-disposição genética que pode dar origem ao aparecimento de autismo;
-Pode ter de haver uma conjunção entre o potencial genético e o meio ambiente (ex: infecções
virais; exposição a determinados componentes do ambiente; desequilíbrios metabólicos);
-Uma causa conhecida reúne o consenso: o autismo é causado por anomalias nas estruturas e
funções cerebrais.
-Persistir
-Expandir, expandir, expandir - continuar, fazer-se desentendido, fazer coisas erradas, cumprir as
ordens, interferir, …
Planeamento Motor
Simbolização
1.12.4.PERTURBAÇÕES NO AUTISMO
-Atenção – a criança com autismo responde apenas a uma parte restrita do meio envolvente
“túnel de atenção”.
-Reciprocidade – relacionada com a capacidade para iniciar a interacção social com o outro. A
criança demonstra, mesmo que com interesse na interacção, dificuldade em a iniciar e manter de
forma espontânea.
-Reciprocidade – relacionada com a utilização social da linguagem (verbal Eb não verbal) e com
a dificuldade em iniciar e/ou manter um diálogo coerente com o interlocutor (ex: pragmática do
discurso).
-Medos – surgem muitas vezes relacionados com a não compreensão do quem a rodeia.
“É uma alteração temporária e reversível do funcionamento do cérebro, que não tenha sido
causada por febre, drogas ou distúrbios metabólicos. Durante alguns segundos ou minutos, uma
parte do cérebro emite sinais incorrectos, que podem ficar restritos a esse local ou espalhar-se. Se
ficarem restritos, a crise será chamada parcial; se envolverem os dois hemisférios cerebrais,
generalizada. Por isso, algumas pessoas podem ter sintomas mais ou menos evidentes de
epilepsia, não significando que o problema tenha menos importância se a crise for menos
aparente.” (Liga Brasileira de Epilepsia)
1.13.1.SINTOMAS DA EPILEPSIA
“Em crises de ausência, a pessoa apenas se apresenta "desligada" por alguns instantes, podendo
retomar o que estava a fazer logo em seguida. Em crises parciais simples, o paciente experimenta
sensações estranhas, como distorções de percepção ou movimentos descontrolados de uma parte
do corpo. Pode sentir um medo repentino, um desconforto no estômago, ver ou ouvir de maneira
diferente. Se, além disso, perder a consciência, a crise será chamada de parcial complexa. Depois
do episódio, enquanto recupera, a pessoa pode sentir-se confusa e ter deficits de memória. Em
crises tónico-clónicas, o paciente primeiro perde a consciência e cai, ficando com o corpo rígido;
depois, as extremidades do corpo tremem e contraemse.
Existem, ainda, vários outros tipos de crises. Quando elas duram mais de 30 minutos sem que a
pessoa recupere a consciência, são perigosas, podendo prejudicar as funções cerebrais.” (Liga
Brasileira de Epilepsia)
A Liga Portuguesa Contra a Epilepsia, destaca alguns factores que podem desencadear Crises
Epilépticas:
-Mudanças súbitas da intensidade luminosa ou luzes a piscar, alguns doentes têm ataques quando
vêem televisão, jogam no computador ou frequentam discotecas
-Privação de sono
-Ingestão alcoólica
-Febre
-Ansiedade
-Cansaço
-Drogas ilícitas
-Alguns medicamentos
-Coloque a pessoa de lado com a cabeça baixa, de modo a que a saliva possa escorrer para fora
da boca.
-Ponha qualquer coisa macia debaixo da cabeça, ou ampare esta com a sua mão, impedindo-a de
bater no chão oucontra objectos.
-Permaneça junto da pessoa até que volte a respirar calmamente e comece a acordar.
Tendo como referência a Liga Portuguesa Contra a Epilepsia, aqui deixamos algumas
informações de como não se deve proceder perante uma crise de Epilepsia:
-Não coloque na boca da pessoa (colheres, objectos de madeira, lenços, nem dedos). Não puxar a
língua.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Porto Editora.
Hallahan, D., Kauffman, J., & Lloyd, J. (1999). Introduction to Learning Disabilities (2ed.).
Massachusetts: Allyn and Bacon.
Martín, M. B., & Ramírez, F. R. (2003). Visão Subnormal In M. B. Martín & S. T. Bueno
(Coords), Deficiência Visual: Aspectos Psicoevolutivos e Educativos. S. Paulo: Livraria Santos
Editora Ltda, pp. 27-44.
Manuscrito não publicado, Universidade do Minho, Braga. National Center for Learning
Disabilities. (1997). General Information on Learning
Disabilities. N. Y.: New York. Ruiz, M. C. P., Molina, D. R., Bueno, M. C. T., & Lara, R. T.
(2003). Diagnóstico e Avaliação do funcionamento Visual In M. B. Martín & S. T. Bueno
(Coords), Deficiência Visual: Aspectos Psicoevolutivos e Educativos. S. Paulo: Livraria Santos
Editora Ltda,pp, 45 a 65.
Smith, T. E. C., Doudy, C. A., Polloway, E. A., & Blalock, G. E. (1997). Children and Adults
with Learning Disabilities. Boston: Allyn and Bacon.