Exercícios Passivos, Ativo-Assistidos e Ativos
Exercícios Passivos, Ativo-Assistidos e Ativos
Exercícios Passivos, Ativo-Assistidos e Ativos
Lesão
Aumento da dor
Imobilidade
Desuso e
substituição
Carga reduzida
Mobilidade
e função Encurtamento
diminuída Adaptativo
progressivo
Quando ocorre uma lesão ou limitação funcional deverão ser feitos exercícios físicos, dentre eles os
passivos, ativo assistidos, ativo e resistidos. O tipo de exercício a ser escolhido dependerá da fase da lesão
em que o paciente se encontra, se ele apresenta dor, se ele possui força.
Uma lesão pode gerar uma imobilidade (nem sempre irá gerar). Como ocorreu a perca de mobilidade
devido à lesão, a carga deve ser diminuída perdendo trofismo, então gera um encurtamento adaptativo
do músculo podendo apresentar uma funcionalidade diminuída. Isso tudo gera desuso e substituição das
articulações envolvidas, piorando o estado dessas articulações gerando menos funcionalidade e
movimento. Consequentemente, pode ocorrer processos inflamatórios e gerar dor. E a dor gera mais
imobilidade. É um ciclo vicioso.
Articulações sinoviais que possuem o líquido sinovial possuem o estímulo para a produção desse líquido a
partir do movimento. Quanto menos funcional e mais imóvel for a articulação menor será a produção de
líquido sinovial, e a mobilidade será menor. Podendo acarretar síndrome do imobilismo.
O líquido sinovial é um dos elementos que formam o sistema locomotor, junto com os ossos, músculos,
ligamentos e articulações. Tem a função de lubrificar as articulações sinoviais, permitindo seu movimento
suave e indolor.
COMPROMETIMENTO DA AMPLITUDE DE MOVIMENTO E DA MOBILIDADE ARTICULAR.
Muitos pacientes com condições ortopédicas, necessitam de atividades de mobilidade durante o programa
de reabilitação.
Além disso, o fisioterapeuta precisa oferecer técnicas simples de reabilitação e instruções para um
programa de exercícios domiciliares.
ATIVIDADES DE MOBILIDADE.
O movimento de uma articulação, seja ele passivo, ativo assistido ou ativo, produz carga sobre os tecidos
moles.
Essa carga pode manter a integridade do tendão, do ligamento, da cartilagem articular e do músculo.
EXERCÍCIOS DE MOBILIDADE.
Os exercícios têm início precoce no programa de reabilitação. São realizados durante todo o programa sob
a forma de manutenção.
Mover ao longo da
Garantir conforto e Realizar a ADM lenta e
amplitude mais
segurança ao paciente. ritmicamente.
completa possível.
Para descrever a amplitude articular são usados termos como flexão, extensão, abdução, adução e rotação.
EXERCÍCIO PASSIVO
A ADM passiva é o movimento de um segmento dentro da ADM livre, que é produzido inteiramente por
uma força externa.
Não possui contração muscular.
Essa força externa pode ser a gravidade, um aparelho, outra pessoa ou outra parte do corpo da própria
pessoa.
Tenha em mente que ADM passiva e alongamento passivo não são sinônimos.
Superfícies articulares (meniscos, lábio, membrana sinovial), a cápsula articular, os ligamentos e tendões
(incluindo os locais de inserções), os músculos, as bolsas sinoviais, a fáscia e a pele.
- Redução da dor.
A verdadeira ADM passiva, relaxada, pode ser difícil de obter em um músculo inervado e com o paciente
consciente.
- Não auxilia a circulação da mesma forma que o exercício ativo. No exercício ativo o músculo entra em
contração, portanto, essa contração comprime os vasos sanguíneos fazendo com que ocorra a circulação
do sangue.
A principal meta da ADM passiva é diminuir as complicações que poderiam ocorrer em virtude da
imobilizaçào, tais como degeneração da cartilagem, formação de aderências e contraturas e má circulação.
A amplitude de movimento ativo assistido (ADMAA) pode ser definida como a atividade de mobilidade na
qual ocorre alguma ativação muscular.
Nessa situação, o paciente não é capaz ou não lhe é permitido ativar completamente o músculo.
É empregado para iniciar a atividade muscular suave após procedimentos cirúrgicos (Ex: reparos do
manguito rotador ou do tendão do calcâneo).
OBS: Algumas lesões ou cirurgias necessitam de limitações da contração muscular ativa na fase inicial de
cicatrização.
Alguns pacientes podem necessitar por toda a amplitude e outros podem não necessitar de assistência ou
de uma assistência mínima em algumas partes, porém em outras amplitudes necessitar em assistência
quase máxima.
Essa variação pode resultar de um arco doloroso ou de limitações impostas pela doença ou lesão.
Doença muscular
INCAPACIDADE DE COMPLETAR
Fraqueza resultante Lesão neurológica
de trauma. A ADM ATIVAMENTE.
Dor
- Sempre que um paciente for capaz de contrair os músculos ativamente e mover um segmento, com ou
sem assistência, faz-se uso da ADM ativa.
- Quando um paciente possui uma musculatura fraca e é incapaz de mover uma articulação por toda a
amplitude desejada (em geral, contra a gravidade), a ADM ativo assistida é usada para fornecer ajuda
suficiente para os músculos, de maneira cuidadosamente controlada, para que possam funcionar em nível
máximo e ser fortalecidos de forma progressiva. Conforme os pacientes adquirem controle da ADM, são
progredidos para exercícios contra resistência manual ou mecânica para melhorar o desempenho muscular
e retornar às atividades funcionais.
- Aumento da circulação.
OBS: A contração muscular nessa situação tem pouco impacto sobre os ganhos reais de força, porém ela
ensina ao paciente como acionar ativamente o músculo.
EXERCÍCIO ATIVO.
OBS: Para músculos fortes, a ADMA não mantém ou aumenta a força. Somente exercícios resistidos
possuem a capacidade de aumento de força.
- Muitos programas de exercícios começam o regime de exercício ativo para assegurar a realização correta
do exercício antes da adição de resistência.
- Em algumas situações, o peso do membro produz uma carga ótima e constitui um bom ponto de partida
para o programa de reabilitação.
OBJETIVOS E BENEFÍCIOS.
- Os resultados incluem aqueles associados à ADMP somados aos benefícios da contração muscular.
Os benefícios são:
- Manter a elasticidade fisiológica e a contratilidade dos músculos participantes.
- Fornecer feedback sensorial proveniente dos músculos cm contração.
- Fornecer estímulos para a integridade dos ossos e dos tecidos articulares.
- Favorecer a circulação e prevenir a formação de trombos.
- Desenvolver a coordenação e as habilidades motoras para atividades funcionais.
O exercício ativo aumenta os benefícios vasculares da ADM, com atividades como
bombeamento do tornozelo utilizados no pós-operatório para prevenir as
tromboses venosas profundas.
- O fisioterapeuta pode realizar os exercícios e, em seguida, pedir ao paciente que repita o exercício, ou
pode conduzir o paciente passivamente ao longo da amplitude de movimento.
- A velocidade, a ADM, a postura, e outros aspectos importantes da realização do exercício precisam ser
monitorados e explicados ao paciente.
- Os espelhos são úteis para que o paciente receba tanto a retroalimentação verbal como visual sobre o seu
desempenho.
OBS: Movimentação ativa em articulações adjacentes a uma segmento imobilizado é indicada para
manutenção e preparo de novas atividades para manter essas áreas na condição mais normal possível.
É muito importante que o fisioterapeuta reconheça o valor assim como o mau uso potencial do movimento
e atue dentro da amplitude, da velocidade e da tolerância do paciente durante o estágio agudo de
recuperação, sendo totalmente contraindicado causar traumas adicionais. Sinais de movimento excessivo
ou errado incluem aumento da dor e da inflamação (edema extenso, calor e rubor).
Em geral, a ADM ativa dos membros superiores e as caminhadas próximas ao leito são atividades toleradas
como exercidos iniciais após infarto do miocárdio, cirurgia de revascularização e angioplastia . No entanto,
é necessário monitorar cuidadosamente os sintomas, a percepção de esforço e a pressão sanguínea. Caso a
resposta do paciente ou sua condição impliquem ameaça à vida, a ADM passiva poderá ser iniciada com
cuidado nas grandes articulações junto com alguma ADM ativa nos tornozelos e pés a fim de evitar estase
venosa e formação de trombos; já as atividades individualizadas são iniciadas e progridem de modo
gradual, conforme a tolerância do paciente.
Referência:
KISNER, C.; COLBY, L. A. Exercícios terapêuticos: fundamentos e técnicas. 6 ed. São Paulo: Manole, 2016.