Apostila Introdução Ao Cálculo
Apostila Introdução Ao Cálculo
Apostila Introdução Ao Cálculo
INTRODUÇÃO AO CÁLCULO
GUARULHOS – SP
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 4
1
16 RESOLUÇÕES MATEMÁTICAS ......................................................................... 70
17.1 Função............................................................................................................... 72
19 TIPOS DE FUNÇÕES.......................................................................................... 82
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24.2 Funções com três ou mais variáveis................................................................ 113
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1 INTRODUÇÃO
Prezado aluno!
Bons estudos!
4
2 RELAÇÃO BINÁRIA
5
Acompanhe um exemplo aplicado, no qual você deve analisar as variáveis
envolvidas e a relação entre as duas grandezas, identificar os eixos x e y, e representar
graficamente os pontos no plano cartesiano (SILVA, 2019).
6
7
3 DOMÍNIO E IMAGEM
Assim:
9
O que vimos na Figura 5 foi a representação do conjunto A (domínio) e o conjunto
B (que contém a imagem) da função. Essa mesma função pode ser definida para um
conjunto A em um conjunto C, de modo que este não seja o conjunto imagem, e sim um
conjunto que contém os elementos do conjunto imagem. Esse conjunto C é conhecido
como contradomínio (DEMANA et al., 2013).
Demana et al. (2013) mostram como podemos observar uma função a partir da
ideia de uma “máquina”. Veja o exemplo a seguir.
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Definimos algebricamente uma função por meio de uma lei de formação
matemática, em termos da variável x do domínio. No entanto, é necessário definir o
domínio, pois a lei de formação não fornece todos os dados para a formação da função.
Demana et al. (2013) utilizam como exemplo a definição do volume de uma esfera como
uma função do seu raio por meio da fórmula . É preciso prestar atenção à
fórmula, pois ela está definida para todos os números reais; no entanto, a função volume
não está definida para valores negativos de r. Portanto, como a intenção é estudar a
função volume, é preciso restringir o domínio para todo r ≥ 0. Para facilitar a
compreensão, observe o exemplo que tem como propósito verificar o domínio de uma
função.
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relação entre si. A matemática contribui com a previsibilidade e a repetição de
experimentos, estabelece métricas e trabalha dados importantes em pesquisas nas áreas
de biologia, como na saúde, ecologia, fisiologia, bioquímica, genética, morfologia, entre
outras (SILVA, 2019).
Pereira (2014) destaca que a matemática não se resume apenas à interpretação
de dados em um plano cartesiano, mas diversas tomadas de decisões são realizadas por
meio da análise de números. Um exemplo bastante relevante sobre a relação entre as
áreas pode ser dado pela microbiologia, que observou padrões nos ciclos de vida das
bactérias. Essa descoberta do início do século passado reporta um profundo impacto
sobre a saúde humana e a determinação do desenvolvimento de uma colônia bacteriana.
Outro exemplo interessante trazido por Pereira (2014) é quando um médico
receita um antibiótico. O remédio deve ser tomado de em horas por um período de y dias,
semanas ou meses. Essa recomendação não é casual e pode ter um impacto relevante
se não for respeitada — outra vez, implicará na conexão entre matemática e biologia.
Ainda no exemplo do médico que receita determinado antibiótico para uma
bactéria, depois do diagnóstico, conforme os sintomas e a sua intensidade, e de acordo
com o tamanho e o peso da pessoa, o médico vai estimar o tamanho da população
bacteriana que está causando a infecção. Conhecendo o ciclo de reprodução, ele
determina o tempo e o intervalo do uso do medicamento por um período de tempo, até
que a população do agente infeccioso chegue a zero. Por isso, se o médico disser que
se deve tomar um antibiótico de 12 em 12 horas, isso significa que aquela espécie de
bactéria tem um ciclo de reprodução de 12 horas e, com isso, ele está tentando frear
esse mecanismo. Aqui fica evidente a importância de respeitarmos à risca as orientações
médicas no tratamento de doenças (PEREIRA, 2014).
Os conceitos matemáticos ainda podem ser destacados na fisiologia do sistema
circulatório, como bem mencionado por Pereira (2014). A matemática permite que se
analise o funcionamento do nosso sistema circulatório, observando os batimentos por
minuto (frequência), a velocidade do fluxo sanguíneo, a pressão arterial, suas
intensidades e variações, ou seja, o comportamento desses dados é determinante em
muitos diagnósticos. Muitas outras relações entre matemática e biologia poderiam ser
12
citadas, mas procurou-se evidenciar a proximidade dessas duas ciências, tão ricas e
essenciais para os seres vivos.
A relação da matemática com a física não é diferente: existem muitas aplicações.
Por exemplo, podemos querer encontrar a velocidade média com que um veículo se
desloca de um lugar para outro. Além disso, trabalha-se frequentemente com unidades
de medida como km/h (quilômetros por hora) ou m/s (metros por segundo), e são feitas
conversões na física para buscar a solução de determinados problemas. Portanto, de
uma forma ou de outra, passa-se pela matemática a todo instante. Vejamos um exemplo
prático, que poderá tornar essa relação mais evidente (SILVA, 2019).
Nesta seção, você verá o que caracteriza uma função como contínua, sendo as
representações gráficas os elementos que contribuirão para esse entendimento. A
palavra “contínua” supõe não ter quebras ou interrupções. Graficamente, podemos
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ilustrar uma função em uma curva inteira como contínua, conforme mostrado na Figura
1, a seguir. (SILVA, 2018)
Por outro lado, uma quebra nessa curva é denominada uma descontinuidade,
como mostra a Figura 2.
14
em x = c se . Se o limite não existir, ou se existir, mas for diferente de f(c),
dizemos que tem uma descontinuidade (ou que é descontínua) em x = c”.
É importante destacar que uma função pode ser contínua em alguns pontos e
descontínua em outros. A seguir, veremos exemplos de uma função contínua em todos
os pontos de um intervalo e todos os pontos do seu domínio (SILVA, 2018).
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Além de conhecer a definição de continuidade, é interessante saber que existem
aplicações práticas. As descontinuidades, por exemplo, podem sinalizar a ocorrência de
fenômenos físicos (SILVA, 2018).
16
Anton, Bivens e Davis (2014) definem continuidade em um intervalo por meio da
explicação de que, se uma função for contínua em cada ponto de um intervalo aberto (a,
b), dizemos que ela é contínua em (a, b). O mesmo ocorre para intervalos abertos infinitos
(a, +∞), (–∞, b) e (–∞,+∞). Sendo que, quando a função for contínua em (–∞, +∞), dizemos
que ela é contínua em toda parte.
Além disso, Anton, Bivens e Davis (2014) argumentam que uma função será
contínua em uma extremidade de um intervalo se o valor ali for igual ao limite lateral
adequado naquele ponto.
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Dessa forma, uma função f é dita contínua em um intervalo fechado [a, b] se as
seguintes condições são satisfeitas:
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6 FUNÇÕES CONTÍNUAS E DESCONTÍNUAS
Exemplo 1
Solução: como o domínio natural dessa função é o intervalo fechado [–3, 3],
precisamos investigar a continuidade de f no intervalo aberto (–3, 3) e nas duas
extremidades. Se c for um ponto qualquer do intervalo (–3, 3), então (ANTON; BIVENS;
DAVIS, 2014):
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Exemplo 2
Exemplo 3
a)
b)
c)
20
Solução:
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c) Essa função é definida em duas partes. Começamos verificando a
continuidade em x = 1, sendo o valor de x comum às duas partes.
Verificamos que não existe, já que h(x) tende a 2 pela esquerda e a 1 pela
direita. Assim, h(x) não é contínua em x = 1, como mostra a Figura 10.
Como os polinômios x + 1 e 2 – x são contínuos para qualquer valor de x,
h(x) é contínua para qualquer valor de x ≠ 1 (FERRAZ, 2020).
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Os exemplos desta seção tiveram como propósito analisar a continuidade de
algumas funções e resolver, por meio de limites, situações matemáticas envolvendo
continuidade (FERRAZ, 2020).
. Isso mostra que os polinômios são contínuos em toda parte. Cabe destacar
que as funções racionais são quocientes de polinômios, e, portanto, as funções racionais
são contínuas nos pontos em que o denominador não se anula, e que nesses zeros há
descontinuidades.
Ainda segundo os autores, outra análise importante dá-se por meio do
entendimento do cálculo do limite da composição de funções. Pode-se afirmar que um
símbolo de limite pode passar pelo sinal de função desde que o limite da expressão
dentro desse sinal exista e que a função seja contínua. Podemos elucidar essa explicação
23
Agora, veremos a continuidade da composição de funções em um ponto
específico e em toda parte, de acordo com o teorema (FERRAZ, 2020).
Vimos que |x| é contínua em toda parte, assim, se g(x) for contínua no ponto c, a
função |g(x)| deverá ser contínua no ponto c. Sendo assim, podemos dizer que o valor
absoluto de uma função contínua é uma função contínua (ANTON; BIVENS; DAVIS,
2014).
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Veremos que as funções sen x e cos x são contínuas. Para tanto, vamos
considerar c um ângulo fixo e x um ângulo variável, medidos em radianos. Como mostra
a Figura 12, quando o ângulo x tende ao ângulo c, o ponto P(cos x, sem x) move-se no
círculo unitário em direção ao ponto Q(cos c, sen c), e as coordenadas de P tendem às
correspondentes coordenadas de Q (ANTON; BIVENS; DAVIS, 2014).
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Anton, Bivens e Davis (2014) mostram, portanto, que: sen x e cos x são contínuos
em um ponto arbitrário c, e essas funções são contínuas em toda parte. Além disso, as
seis funções trigonométricas básicas são contínuas em seus domínios, como pode ser
visto no teorema a seguir: se c for qualquer número no domínio natural da função
trigonométrica enunciada, então:
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No que diz respeito à continuidade de funções inversas, cabe lembrar-se de que
os gráficos de uma função injetora f e sua inversa f –1 são uma reflexão do outro pela
reta y = x. Assim, se o gráfico de f não tem quebras ou buracos, tampouco o gráfico de f
–1 terá. Como a imagem de f é o domínio de sua inversa f –1, permite-se chegar ao
seguinte teorema: “[...] se f for uma função injetora que é contínua em cada ponto de seu
domínio, então f –1 será contínua em cada ponto de seu domínio, ou seja, f –1 será
contínua em cada ponto da imagem de f ” (ANTON; BIVENS; DAVIS, 2014, p. 122).
As funções podem ter intervalos nos quais elas sejam crescentes, decrescentes
ou constantes. Pelo exemplo mostrado na Figura 1, intuitivamente, podemos dizer que:
até x = 0, a função é crescente; de 0 a 2, é decrescente; de 2 a 4, ela é crescente; e a
partir de 4, constante (FERRAZ, 2020).
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Embora possamos descrever intuitivamente a função, existe uma definição
formal para tal. A Figura 2, a seguir, mostra as definições de função crescente,
decrescente e constante (FERRAZ, 2020).
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As inclinações das retas tangentes nos pontos indicados representam as
derivadas naqueles pontos. Assim, podemos usar as derivadas para estudar com mais
precisão os intervalos das funções. A Figura 4 mostra um teorema das características
das funções usando derivadas (FERRAZ, 2020).
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9 CONCAVIDADE DE UMA FUNÇÃO
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Embora visto na seção anterior, a derivada da função nos indica se ela é
crescente ou decrescente, mas isso não é suficiente para nos dizer a concavidade. Os
gráficos mostrados na Figura 5 apresentam suas concavidades bastante acentuadas,
mas nem sempre é assim. Elas podem ser mais suaves, como demonstrado na Figura 6,
a seguir. Embora a derivada no intervalo mostrado seja positiva, a função apresenta,
inicialmente, concavidade para cima e, depois, para baixo (FERRAZ, 2020).
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As derivadas da função referem-se à inclinação da reta tangente. Podemos usar
o teorema dado na seção anterior, substituindo f(x) por f′(x). Assim, dizemos que f′ é
crescente em um intervalo no qual f′′ for positiva, e decrescente em um intervalo no qual
f′′ for negativa (Figura 9) (FERRAZ, 2020).
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No exemplo anterior, vimos um caso cuja função é côncava para cima em todo
intervalo. Mas as funções podem ter diversas concavidades em intervalos diferentes,
como mostrado na Figura 6. Nesse sentido, veremos um segundo exemplo com um
desenvolvimento um pouco diferente do anterior: usando uma função com mais de uma
concavidade. (FERRAZ, 2020)
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9.1 Pontos de inflexão
No início desta seção, você viu que uma mesma função poder ter concavidade
para cima e para baixo. O ponto exato em que a concavidade muda é de grande interesse
em especial — ele é chamado de ponto de inflexão (Figura 10) (FERRAZ, 2020).
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37
Como as funções são muito utilizadas para a modelagem de fenômenos
observáveis, saber em que ponto a concavidade muda é identificar quando a taxa de
variação da uma variável começa a crescer ou decrescer. Ou seja, conhecer o ponto de
inflexão é muito importante em análises de dados, como em que ponto começa uma alta
ou baixa da bolsa de valores ou quando há altas e baixas do preço da gasolina (FERRAZ,
2020).
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A Figura 12 mostra alguns exemplos de funções: a função y = x² tem um ponto
de mínimo absoluto (e também local) em x = 0; a função y = x³ não tem pontos extremos,
máximos nem mínimos (e nem locais); a função y = x3 – 3x + 3 tem um mínimo local em
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Vistos os exemplos anteriores, passamos à definição de ponto crítico. Um ponto
crítico de uma função f é um ponto no seu domínio cuja derivada é zero (reta tangente
horizontal), ou que f não seja diferenciável (Figura 13). Dizemos que os pontos cuja
derivada é igual a zero são chamados de estacionários (FERRAZ, 2020).
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10.1 Teorema do valor médio
A Figura 14, a seguir, mostra alguns gráficos de funções. Note que, em todos os
casos, existe ao menos um ponto no intervalo que satisfaz o teorema. No caso mostrado
em (a), todos os pontos do intervalo satisfazem o teorema. Em (b), existe um ponto que
satisfaz o teorema – nesse caso, a função é crescente a partir do ponto a e, para ela
retornar ao mesmo valor f(a) no ponto b, ela deve decrescer, resultando em um ponto de
máximo. Exatamente o oposto ocorre no caso (d). Por fim, em (c), é mostrado que pode
haver mais de um ponto que satisfaz o teorema (FERRAZ, 2020).
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O teorema do valor médio será apresentado a seguir, por meio de dois exemplos.
Pode ser visto que inclinação das retas tangentes ao ponto c e a inclinação da reta que
passa por a e b são as mesmas (FERRAZ, 2020).
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10.2 Teste das derivadas
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A Figura 16, a seguir, enuncia um teorema em relação às primeiras derivadas e
aos pontos críticos (FERRAZ, 2020).
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A segunda derivada também pode ser utilizada para o estudo dos pontos críticos.
Na Figura 17, se a função for côncava para baixo, temos um máximo relativo e, se for
côncava para cima, temos um mínimo relativo (FERRAZ, 2020).
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11 OTIMIZAÇÃO EM VÁRIAS VARIÁVEIS
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máxima no organismo do paciente quando tal medicamento for administrado pelo médico,
assim como a concentração mínima necessária para uma nova dose do medicamento
(CORREA, 2018).
Em muitos problemas de otimização, a chave é determinar a função cujo mínimo
ou máximo necessitamos. Uma vez encontrada essa função, podemos aplicar as técnicas
de otimização para determinar seus extremos (CORREA, 2018).
Encontrar os extremos de uma função é determinar seus valores mais altos ou
mais baixos. Tais valores podem ser observados de acordo com o gráfico da função
(CORREA, 2018).
Exemplo 1
Considere a função f(x, y) = 3x2 + 4y2 . Vamos analisar o seu gráfico para
determinar se ela apresenta algum valor extremo (CORREA, 2018).
Fazendo f(x, y) = z obtemos a equação z = 3x2 + 4y2 , que é do paraboloide
elíptico dado pela Figura 1, a seguir (CORREA, 2018).
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pontos de valor máximo, mas valor mínimo que é dado pelo vértice do paraboloide
(CORREA, 2018).
Vamos analisar os pontos extremos da função f(x, y) = x + 4. Fazendo f(x, y) = z,
obtemos a equação z = x + 4, que pode ser reescrita como:
Observe que o plano não tem um extremo, mas cresce indefinidamente em todas
as direções. Nesse caso, concluímos que a função f(x, y) = x + 4 não contém pontos
extremos, ou seja, não tem valores de máximo nem de mínimo (CORREA, 2018).
Exemplo 2
Considere o gráfico da função f(x, y) = 3x3 – 2y2 + 3xy – 2x + 3, dado pela Figura
3, a seguir (CORREA, 2018).
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Note que, pelo gráfico da função, podemos observar que existe tanto um ponto
de máximo quanto um de mínimo. Contudo, nenhum desses extremos é um valor extremo
da função, pois, se considerarmos a função como um todo, ela cresce e decresce
indefinidamente. Dizemos que, em uma região próxima a esses pontos, eles são
extremos, mas não para toda a função (CORREA, 2018).
De acordo com os exemplos exibidos, vimos que a função pode assumir valores
extremos de máximo ou mínimo para toda a função, como foi o caso do paraboloide. A
função pode não assumir nenhum valor extremo, como no caso do plano, ou ainda,
assumir um valor de máximo ou mínimo em uma região, mas cujo valor pode não ser
extremo para toda a função (CORREA, 2018).
Na próxima seção, estudaremos como classificar e determinar tais pontos
extremos.
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Para encontrar os valores extremos de uma função de duas variáveis,
procuramos por pontos em que a superfície z = f(x, y) assume valores máximos e mínimos
(CORREA, 2018).
Uma função de duas variáveis tem um máximo local em (a, b), se f(x, y) ≤ f(a, b)
quando (x, y) está próximo de (a, b). Isso significa que f(x, y) ≤ f(a, b) para todo ponto (x,
y) em alguma bola aberta com centro (a, b). O número f(a, b) é chamado valor máximo
local (CORREA, 2018).
Se f(x, y) ≥ f(a, b) quando (x, y) está próximo de (a, b), então o número f(a, b) é
chamado valor mínimo local. Isso significa que f(x, y) ≥ f(a, b) para todo ponto (x, y) em
alguma bola aberta com centro (a, b) (CORREA, 2018).
Se f(x, y) ≤ f(a, b) para todo (x, y) no domínio de f, então f(a, b) é chamado valor
máximo absoluto. Se f(x, y) ≥ f(a, b) para todo valor (x, y) no domínio de f, então f(a, b) é
chamado valor mínimo absoluto (STEWART, 2009).
O gráfico de uma função com máximos e mínimos locais é mostrado na Figura 4,
a seguir. Os máximos locais podem ser interpretados como os picos de montanhas, e os
valores de mínimos locais, como o fundo dos vales (CORREA, 2018).
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Teorema: Se uma função tem um valor extremo local (máximo ou mínimo) em (a,
b), e as derivadas parciais de primeira ordem de f existem nesse ponto, então f x (a, b) =
0 e f y (a, b) = 0 (CORREA, 2018).
Prova: Seja g(x) = f(x, b). Se f tem um extremo local em (a, b), então g tem um
extremo local em a, de forma que g'(a) = 0 pelo teorema de Fermat. Mas g'(a) = f x (a, b)
e, assim, f x (a, b) = 0. Da mesma forma, se considerarmos h(y) = f(a, y) e aplicarmos o
teorema de Fermat, concluímos que f y (a, b) = 0 (CORREA, 2018).
A interpretação geométrica do teorema é que o plano tangente ao gráfico da
função f(x, y), no ponto de extremo local (a, b), é sempre horizontal (CORREA, 2018).
Exemplo 3
Assim, o valor de mínimo da função ocorre na origem (0, 0), como já havia sido
observado pelo gráfico, e é dado por:
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Exemplo 4
Pela análise do gráfico da função f(x, y) = 3x3 – 2y2 + 3xy – 2x + 3 dado pela
Figura 3, podemos observar que existe tanto um ponto de máximo local quanto um de
mínimo local. Vamos determinar esses extremos (CORREA, 2018).
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Pela fórmula de Bhaskara:
O máximo local ocorre em (–0,61; –0,46) e é dado por f(–0,61; –0,46) ≈ 4,92; e o
mínimo local ocorre em (0,36; 0,27), dado por f(0,36; 0,27) ≈ 2,57 (CORREA, 2018).
Aprendemos, nesta seção, como identificar onde ocorrem os pontos extremos de
uma função, que são os pontos em que as derivadas parciais de primeira ordem se
anulam. Com o auxílio do gráfico, conseguimos determinar os pontos de máximos e
mínimos locais. Mas nem sempre o gráfico de uma função é conhecido ou de fácil
construção. Na seção seguinte, estudaremos como determinar se um ponto extremo é
um valor de máximo ou de mínimo (CORREA, 2018).
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13 PONTOS CRÍTICOS DE UMA FUNÇÃO DE VÁRIAS VARIÁVEIS
56
Exemplo 5
57
Assim, o único ponto crítico da unção é (–2, –2). Vamos, agora, classificá-lo de
acordo com as derivadas de segunda ordem:
Como o discriminante é maior que zero, temos que o ponto crítico (–2, –2) pode
ser de máximo ou mínimo. Mas, como = –2 < 0, o ponto é um máximo local (CORREA,
2018).
Assim, (–2, –2) é máximo local, e o valor de f nesse ponto é:
Exemplo 6
Encontre os extremos locais da função f(x, y) = 3y2 – 2y3 – 3x2 + 6xy.
A função tem valores extremos nos pontos críticos, isto é, nos valores em que as
derivadas parciais de primeira ordem são nulas, f x = 0 e f y = 0, ou não existem
(CORREA, 2018).
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Da primeira equação, temos que:
Como da primeira equação, temos que x = y, então os pontos críticos de f são (0,
0) e (2, 2) (CORREA, 2018).
Vamos, agora, classificar os pontos críticos de acordo com as derivadas de
segunda ordem:
O discriminante de f é:
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Portanto, (0, 0) é um ponto de sela.
No ponto (2, 2):
Como o discriminante é maior que zero, temos que o ponto crítico (2, 2) pode ser
de máximo ou mínimo. Mas, como f xx = –6 < 0, o ponto é um máximo local (CORREA,
2018).
Assim, (2, 2) em máximo local, e o valor de f nesse ponto é:
60
14.1 Funções lineares
61
Note que a equação do exemplo está com a variável x em primeira potência;
portanto, o que temos é uma equação do primeiro grau — função afim. A busca agora é
pela compreensão dos coeficientes de uma função afim, ou seja, a partir da equação
geral dessa função, você aprenderá o que representa o a e o b da equação (SILVA,
2019).
Coeficiente angular
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Note que , e isso ocorre para quaisquer dois pontos escolhidos, pois os
triângulos formados são semelhantes. Essa razão é constante para cada função e
depende apenas da inclinação da reta. Por esse motivo, a é denominado coeficiente
angular, também conhecido como declividade ou taxa de variação (SILVA, 2019).
Coeficiente linear
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Note que b é o ponto que corta o eixo y.
Funções quadráticas
64
Note que, nas equações dos exemplos acima, as variáveis independentes (t, m)
estão em segunda potência. Portanto, o que temos são equações do segundo grau
(funções quadráticas) (SILVA, 2019).
Vimos que a equação do segundo grau terá de zero até duas raízes reais e pode
ser escrita, de forma geral, como y = ax² + bx + c. Assim, para resolvê-la, utilizamos a
conhecida fórmula de Bhaskara, que nos permite encontrar as raízes da função
quadrática. Para isso, vamos relembrá-la:
Para resolver essa fórmula, olhamos para a forma geral da função quadrática e
buscamos seus elementos: a, b e c (SILVA, 2019).
Friedrich e Manzini (2010) lembram que a expressão b² – 4ac é conhecida como
discriminante e pode ser representada pela letra grega ∆. Portanto, podemos reescrever
a fórmula de Bhaskara como:
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Nesse contexto, Friedrich e Manzini (2010, p. 65) definem a função quadrática da
seguinte forma: “A função f: R → R, definida por f(x) = ax² + bx + c, com a, b e c reais e
a diferente de zero, é chamada de função quadrática ou função do segundo grau”.
15 REPRESENTAÇÃO GRÁFICA
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15.2 Função quadrática
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15.3 Vértice da parábola
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16 RESOLUÇÕES MATEMÁTICAS
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Veja agora um exemplo aplicado de função afim (SILVA, 2019).
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17 FUNÇÃO, DOMÍNIO, IMAGEM E CONTRADOMÍNIO DE UMA FUNÇÃO
17.1 Função
A relação entre os conjuntos A e B é dada por uma regra de associação por meio
da expressão:
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Essa regra diz que o elemento x є A, chamado de variável independente, está
relacionado de modo único ao elemento y = f(x) є B, chamado de variável dependente.
O conjunto A é chamado de domínio e o indicamos A = Dom(f); o conjunto B é chamado
de contradomínio (BENTO, 2019).
O conjunto imagem indicado como Im(f) é o conjunto dos elementos de B aos
quais foram associados elementos de A, isto é:
Definição e exemplos
Uma função f (de uma variável real) é um mecanismo que, a um número real x,
chamado entrada (ou variável), associa um único número real construído a partir de x,
denotado f(x) e chamado saída (ou imagem). Essa associação costuma ser denotada
da seguinte forma (BENTO, 2019):
Representação gráfica
Uma forma de representar a função no plano cartesiano é pelo seu gráfico, pois
este permite extrair a informação essencial contida na função. Seja f uma função com
domínio D. A construção do gráfico consiste em traçar todos os pontos do plano
cartesiano desta forma: (x, f(x)); onde x ∈ D. Por exemplo, a Figura 1 ilustra f tendo um
domínio D = [a,b] (BENTO, 2019).
73
Quando x varre o seu domínio [a,b], o ponto (x, f(x)) traça o gráfico de f
Representação analítica
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17.2 Funções injetoras
Note que dizer que uma função é sobrejetora é o mesmo que mostrar que Im(f)
= C(f). Ou seja, para qualquer função, sempre será verdade que Im(f) ⊆ C(f), porém,
somente para as funções sobrejetoras poderemos escrever Im(f) = C(f) (BENTO, 2019).
Ou seja:
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18 ZEROS DE UMA FUNÇÃO E IDENTIFICAÇÃO GRÁFICA DA MUDANÇA DE
SINAL
Vamos ilustrar o significado dos zeros de uma função por meio dos gráficos a
seguir, os quais representam as funções:
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O gráfico do polinômio P3 (x) = 1 + x + x 2 + x 3 de grau 3 é representado na
Figura 3 (BENTO, 2019).
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O gráfico da função racional é representado na Figura 5 (BENTO,
2019).
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Considere uma função f.
A função g(x) = f(x) + c é obtida pela translação (deslocamento) vertical de f em
c unidades (BENTO, 2019).
A função g(x) = f(x − γ) é outra função obtida pela translação (deslocamento)
horizontal de f em γ unidades (BENTO, 2019).
O gráfico da Figura 7 mostra a translação vertical da função algébrica f(x) = x2/3(x
− 2)2 considerando c = 3 (BENTO, 2019).
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O gráfico da Figura 8 mostra a expansão horizontal da função algébrica f(x) =
x2/3(x − 2)2 considerando γ = 3 (BENTO, 2019).
Existem funções que não são pares nem ímpares (BENTO, 2019).
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f diz-se estritamente decrescente em I, se e somente se x1 < x2 ⇒ f(x1 ) > f(x2 ).
Existem funções que não são crescentes nem decrescentes. Exemplo: a função
f(x) = x2 é uma função par (Figura 9) (BENTO, 2019).
81
Essa função é simétrica em relação à origem (função ímpar). O gráfico dela é
simétrico em relação à origem (BENTO, 2019).
19 TIPOS DE FUNÇÕES
82
19.2 Funções polinomiais
É toda função f cuja regra de associação é da forma f(x) = p(x) / q(x), onde p(x)
e q(x) são funções polinomiais. Note que uma função racional está definida em qualquer
domínio que não contenha raízes do polinômio q(x) (BENTO, 2019).
Uma função é dita racional quando se encontra representada pelo quociente
entre dois polinômios, sendo o divisor um polinômio não nulo.
O domínio de uma função racional f(x) = N(x) / D(x) é dado por:
Ou seja, o domínio desse tipo de função são os todos os números reais, exceto
o(s) valor(es) que torne(m) o denominador nulo (BENTO, 2019).
83
19.4 Funções trigonométricas
84
Função seno
Função cosseno
85
Função tangente
A função tangente é definida como sendo o quociente da função seno pela função
cosseno (Figura 13) (BENTO, 2019).
86
20 FUNÇÕES INVERSAS TRIGONOMÉTRICAS
Função arco-seno
A função f: R → [–1;1] definida por f(x) = sen x não é bijetora. Entretanto,
restringindo o domínio ao intervalo [–π/2; π/2], obtemos uma função bijetora cuja inversa
denominamos função arco-seno (BENTO, 2019).
Temos, para x ∈ [–π/2; π/2] e y ∈ [–1;1]:
87
Função arco-cosseno
Função arco-tangente
A função f:]-π/2; π/2[ definida por f(x) = tg x com restrição da tangente ao intervalo
]-π/2; π/2[ é bijetora, e sua inversa é denominada função arco-tangente (BENTO, 2019).
Temos, para x ∈ ]-π/2; π/2[ e y ∈ R, tg x = y ⇔ x = arctg y. Trocando x por y e y
por x, temos y = arctg y. Portanto, a função inversa de f é f -1: R → ]-π/2; π/2[ f -1(x) =
arctg x. Observe a Figura 16 (BENTO, 2019).
88
Exponencial
89
Função logarítmica
90
As propriedades operatórias são definidas por determinadas expressões. Para
todo x, y > 0, valem as seguintes regras (BENTO, 2019).
a) Propriedade do produto:
b) Propriedade do quociente:
c) Propriedade da potenciação:
91
21 FUNÇÃO EXPONENCIAL
92
Iezzi, Dolce e Murakami (2013) dissertam que, dado um número real a, tal que 0
< a ≠ 1 é referido por função exponencial de base a a função de f de ℝ em ℝ, que associa
a cada x real o número ax , ou seja:
93
O domínio de uma função exponencial compreende o conjunto dos números reais
(ℝ), assim, D(f) = ℝ, enquanto o seu contradomínio resume-se aos reais positivos,
maiores que zero (ℝ+ *), logo, pode ser descrita como (OLIVEIRA, 2021):
94
21.1 Gráfico da função exponencial
A curva representativa está toda acima do eixo das abscissas (eixo x), pois
y = ax > 0, para todo x ∈ ℝ;
Corta o eixo das ordenadas (eixo y) no ponto (0,1);
Apresenta um dos aspectos demonstrados pela Figura 1.
95
Observe que o gráfico da função exponencial passa pelo ponto (0,1), uma vez
que todo número elevado a 0 equivale a 1. Outra característica marcante é a de não tocar
o eixo das abscissas, gerando sempre uma imagem positiva. No exemplo a seguir, é
possível observar como podemos traçar a curva de uma função exponencial a partir de
sua lei de formação (OLIVEIRA, 2021).
Exemplo:
Para delinear um gráfico, sugere-se recorrer a uma tabela onde serão inseridos
valores possíveis para x, bem como calculado o respectivo valor de y (OLIVEIRA, 2021):
96
Agora, de posse desses pontos, basta plotá-los no eixo cartesiano, chegando ao
seguinte resultado (OLIVEIRA, 2021):
97
22 FUNÇÃO LOGARÍTMICA
onde:
a = base do logaritmo
b = logaritmando
x = logaritmo
98
São exemplos de logaritmos:
log3 3 = 1, pois 3¹ = 3
log2 8 = 3, pois 2³ = 8
log6 1 = 0, pois 60 = 1
99
De acordo com Iezzi, Dolce e Murakami (2013), uma função logarítmica pode ser
descrita como uma relação. Denotamos essa função por:
onde:
b = base
x = logaritmando
100
O domínio de uma função logarítmica reflete o comportamento da função
mediante o domínio fixado, uma vez que não é possível calcular logaritmos de um número
negativo existindo uma base positiva, qualquer base positiva sempre resulta em um valor,
também positivo. Por essa razão, o domínio da função logaritmo é o conjunto dos número
reais positivos não nulos, ou seja, D(f) = ℝ, enquanto seu contradomínio resume-se aos
reais positivos maiores que 0 (ℝ+ * ), logo, pode ser descrita como (OLIVEIRA, 2021):
A imagem da função logarítmica é o conjunto dos números reais, uma vez que,
se 0 < a ≠ 1 e definida por f(x) = loga x, sabe-se que essa relação admite como função
inversa g de ℝ → ℝ + * definida por g(x) = ax , caracterizando f(x) como bijetora, logo, Im
= ℝ (OLIVEIRA, 2021).
O 0 de uma função logarítmica é um valor para o qual a função indicada por uma
lei de formação se anula, ou seja, é necessário determinar o valor de x para que ocorra
f(x) = 0. No caso específico de uma função logarítmica, para determinar sua raiz, é
imprescindível conhecer e dominar a concepção de logaritmo, assim como as
propriedades de potência de um número e logarítmicas (OLIVEIRA, 2021).
101
22.1 Gráfico da função logarítmica
A representação gráfica de uma função logarítmica indicada por loga x com 0 <
a ≠ 1 tem as seguintes características (OLIVEIRA, 2021):
Exemplo:
102
Para delinear um gráfico, sugere-se recorrer a uma tabela onde serão inseridos
valores possíveis para x e calculado o respectivo valor de y (OLIVEIRA, 2021):
103
22.2 Relação entre função exponencial e função logarítmica
104
Observe que o par ordenado da tabela de f(x), por exemplo (1,3), quando inserido
na lei de formação de g(x), equivale a log3 1 = 1, logo, origina o ponto (3,1) (OLIVEIRA,
2021).
Outra análise relevante é quanto à disposição das funções f(x) e g(x), bem como
a observação da propriedade simétrica referente à reta y = x, que corta os quadrantes
ímpares do plano cartesiano. É possível notar essa característica na Figura 3, onde f(x)
está indicado em vermelho, y = x, em verde, e g(x), em roxo (OLIVEIRA, 2021).
105
23 APLICAÇÕES DAS FUNÇÕES EXPONENCIAL E LOGARÍTMICA
Criada em 1935 por Charles Richter e Beno Gutebberg, esse parâmetro é útil
para mensurar a magnitude de um terremoto conforme a energia liberada em formato de
ondas, calculadas por um aparelho denominado sismógrafo. Quanto maior a
categorização dessa escala, maior são os efeitos desse fenômeno. Assim, entre 4 e 4,9
vidros são quebrados, e pequenos objetos podem cair, enquanto que, na ocorrência de
se chegar ao valor de 8 a 8,9, pontes podem ser destruídas, e a grande maioria das
construções pode desabar (OLIVEIRA, 2021).
Contudo, qual é a relação entre a escala Richter e a matemática? Trata-se de
uma escala logarítmica, e os graus de Richter são resultados de um logaritmo da medida
das amplitudes das ondas sísmicas, a 100 km do epicentro dada por (OLIVEIRA, 2021):
onde:
A = amplitude máxima
A0 = amplitude de referência (é uma constante)
106
Dada essa fórmula, é possível comparar as magnitudes M1 e M2 entre dois
terremotos distintos em função da amplitude gerada pelas ondas e indicada por
(OLIVEIRA, 2021):
107
altura h e área igual a 1. Conforme anuncia a Lei de Boyle, a pressão, dada uma altitude
h, é indicada por (OLIVEIRA, 2021):
onde:
A definição formal para limite de uma função de duas variáveis é: a função f (x,
y) se aproxima do limite L à medida que (x, y) se aproxima de (x0, y0), quando escrevemos
se, para todo número ϵ > 0, existe δ > 0 tal que, para todo (x, y) no domínio D de
f,
109
sempre que
110
Exemplo 1
111
e também que
24.1 Continuidade
Exemplo 2
A função
significa que, para todo número real ε > 0, existe um número real δ > 0, tal que
113
tais que
1. Propriedade da soma
3. Propriedade do produto
4. Propriedade do quociente
5. Propriedade da potência
114
6. Propriedade da radiciação
Exemplo 3
Calcule
Sabendo que
115
Para encontrarmos o limite, basta fazermos a substituição na função de x por 1
e y por –2. Assim (CORRÊA, 2018):
Exemplo 5
Encontre
Exemplo 6
Encontre
116
Exemplo 7
Exemplo 8
Encontre
117
Assim, encontramos uma função equivalente cujo limite podemos calcular por
substituição (CORRÊA, 2018):
Exemplo 9
Vamos analisar
118
Observe que à medida (x, y) se aproxima de (0, 0), a função não se aproxima de
valor algum. Os valores que a função assume variam. Por exemplo (CORRÊA, 2018):
Como visto na definição de limite, a função f tem limite L se, à medida que (x, y)
se aproxima de (x0, y0), temos que f fica cada vez mais próximo de L, independentemente
do modo (caminho) como (x, y) tende a (x0, y0) (CORRÊA, 2018).
Exemplo 10
119
Aproximemos de (0, 0) pelo eixo x. Tomando y = 0, temos:
Exemplo 11
Determine
120
27 REFERÊNCIAS
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
MEDEIROS, V.; CALDEIRA, A.; SILVA, L.; MACHADO, M.; Pré-Cálculo. São Paulo:
Pioneira Thomson Learning, 2006.
THOMAS, G. B.; WEIR, M.D.; HASS, J. Cálculo 1. Volume 1, 1ª ed. São Paulo: Addison
Wesley, 2009.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
ANTON, H.; BIVENS, I.; DAVIS, S. Cálculo. 10. ed. Porto Alegre: Bookman, 2014, v. 1.
DEMANA, F. D.; et al. Pré-cálculo. 2. ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2013.
HOFFMANN, L. D. et al. Cálculo: um curso moderno e suas aplicações. 11. ed. Rio
de Janeiro: LTC, 2018.
MENDES, R. O.; BUENO, I. O conceito de função. [201-?]. Disponível em: . Acesso em:
15 set. 2018.
121
PEREIRA, D. A importância da matemática para a Biologia. 2014. Disponível em: .
Acesso em: 9 set. 2018.
ROGAWSKI, J.; ADAMS, C. Cálculo, volume 2. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2018.
608 p.
STEWART, J. Single variable calculus. 6th ed. Pacific Grove: Brooks Cole, 2007.
122