Küster Leandro Dias

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 277

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS

LEANDRO DIAS KÜSTER

CONTRIBUIÇÃO AO PROJETO DE PAVIMENTOS DE LAJES SEM VIGAS


PROTENDIDAS

São Carlos
2014
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS

LEANDRO DIAS KÜSTER

CONTRIBUIÇÃO AO PROJETO DE PAVIMENTOS DE LAJES SEM VIGAS


PROTENDIDAS

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-


Graduação em Estruturas e Construção Civil da
Universidade Federal de São Carlos parcial
para obtenção do título de Mestre em
Estruturas e Construção Civil.

Área de Concentração: Sistemas Construtivos


de Edificações

Orientador: Roberto Chust Carvalho

São Carlos
2014
Ficha catalográfica elaborada pelo DePT da Biblioteca Comunitária UFSCar
Processamento Técnico
com os dados fornecidos pelo(a) autor(a)

Küster, Leandro Dias


K97c Contribuição ao projeto de pavimentos de lajes sem
vigas protendidas / Leandro Dias Küster. -- São
Carlos : UFSCar, 2015.
275 p.

Dissertação (Mestrado) -- Universidade Federal de


São Carlos, 2015.

1. Construção civil. 2. Lajes sem vigas. I. Título.


AGRADECIMENTOS

A Deus acima de tudo. Grato por me ajudar em todos os momentos da minha


vida.

A minha esposa, Viviane Kelle Jacundino Porto Küster, pelo exemplo, pelos
incentivos, apoio, colaborações e pela paciência em momentos de estresse e
desânimo.

Aos meus pais, Samuel Küster e Marly Dias Küster, por me aconselharem,
me apoiarem em todos os momentos e pelas orações constantes;

A minha irmã, Liane Dias Küster Uchôa, e meu cunhado, Níldson Pinheiro
Uchôa, pelos conselhos e apoio;

A meus sogros, Vivaldo Porto e Adilsema Pereira Jacundino Porto, pelas


orações e apoio que me deram;

Ao professor Roberto Carvalho Chust, pela orientação, pela compreensão e


pela persistência, devido às diversas mudanças ocorridas em minha vida durante o
desenvolvimento deste estudo;

Ao engenheiro Artur Sartorti, pelo incentivo a continuar estudando, e também


pelo apoio sempre que possível;

Ao amigo Silvio Dobelin e família, por me acolherem em viagens e também


pelos conselhos;

A engenheiro Itamar Vizotto, por me incentivar a fazer o mestrado;

À empresa Vertiko Engenharia Estrutural, por permitir a utilização do software


TQS para cálculo dos exemplos numéricos deste trabalho;

À empresa TQS, por me emprestar o Software TQS na reta final do mestrado;

Aos demais professores, funcionários e colegas do programa de Pós


Graduação em Estruturas e Construção Civil, pela colaboração.
Não ergas alto um edifício sem fortes
alicerces, se o fizeres viverás com medo.

Sabedoria persa
RESUMO

A laje sem viga protendida tem sido uma excelente solução estrutural para
obras onde precisa-se construir rapidamente, onde a altura do edifício possui
restrições ou quando a arquitetura não permite pilares alinhados. Aspectos como
esses fazem com que a utilização desse sistema estrutural esteja em constante
crescimento. Apesar de já se ter um histórico de obras construídas, alguns
construtores ainda se sentem desconfortáveis para utilizar o sistema, pois além de
não se ter muita bibliografia na área, muitos dos problemas são resolvidos pela
intuição, e não por conhecimento técnico-científico. O presente trabalho apresenta
conceitos fundamentais para o entendimento do sistema de lajes sem vigas
protendidas, bem como métodos de dimensionamento. Também é feita uma
comparação de esforços nas lajes, envolvendo o Método dos Pórticos Equivalentes,
o Método dos Elementos Finitos e Analogia de grelhas. Na seqüência do trabalho
são apresentados exemplos de pavimentos sem vigas protendidos e soluções
estruturais dos mesmos, utilizando armadura aderente e não aderente, utilizando
protensão parcial e protensão limitada. Ao final do trabalho são apresentadas
sugestões de soluções estruturais para problemas específicos que ocorrem com
freqüência.
ABSTRACT

Prestressed flat plate floor system has been an excellent structural solution for
building work when there is a demand for fast construction with less manpower,
where the building has height restrictions or when architecture design requires wide
environments and major deformations on the floor can be avoided. Aspects like
these, make the use of this structural system grow constantly. Although there are
cases of built constructions, some structural engineers still feel uncomfortable to use
the system, because beyond the scarcity of bibliography on this matter, most of the
problems are solved by intuition, and not with technical-cientific knowledge. This
research presents fundamental concepts for understanding the prestressed flat plate
floor system, as well the designing methods. A comparison of the tensile stress in the
slabs is also made, envolving the Equivalent Frame Method, the Finite Element
Method and the Grillage Method. The effect of the lack of alignment also is studied.
In sequence, examples of prestressed flat plate floor are shown and their structural
solutions, using adherent and non-adherent cables, using partial prestress and
reduced prestress. At the end of this research comments are made about the
obtainned results and suggestions of structural solutions are presented for specific
problems that occur frequently.
LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1: CONJUNTO DE LIVROS PRESSIONADOS ............................................................................................... 25 


FIGURA 2: VIGA COMUM DE CONCRETO ARMADO ................................................................................................. 26 
FIGURA 3: SEÇÃO TRANSVERSAL DA VIGA COMUM DE CONCRETO ARMADO ....................................................... 26 
FIGURA 4: ZONA DE TRAÇÃO E COMPRESSÃO SOB CARGAS EXTERNAS APLICADAS UNIFORMEMENTE .............. 26 
FIGURA 5: TRAÇADO SIMPLES DE CABO EM VIGA BI-APOIADA .............................................................................. 27 
FIGURA 6: SOMATÓRIO DE ESFORÇOS EM UMA VIGA PROTENDIDA ...................................................................... 27 
FIGURA 7: PERSPECTIVA ESQUEMÁTICA DE UM PAINEL DE LAJE SEM VIGAS ....................................................... 33 
FIGURA 8: AÇÕES DEVIDO AO EFEITO DE PROTENSÃO (ISOSTÁTICAS) EM UMA SEÇÃO S ................................... 41 
FIGURA 9: EFEITO DA PROTENSÃO DE CABO CURVO ATRAVÉS DE UMA AÇÃO EQUIVALENTE .............................. 43 
FIGURA 10: CABO SENDO TRACIONADO NO INTERIOR DE UMA BAINHA ................................................................ 44 
FIGURA11: ESQUEMA DE ESFORÇOS NO CABO .................................................................................................... 45 
FIGURA 12: ESQUEMA DE FORÇAS EM UM TRECHO PEQUENO DE CABO .............................................................. 46 
FIGURA 13: ESQUEMA GENÉRICO DE FORÇAS QUE AGEM SOBRE UM CABO NO ESPAÇO, DESPREZANDO-SE
FORÇAS LONGITUDINAIS DE ATRITO ............................................................................................................. 47 

FIGURA 14: VIGA CONTÍNUA SUBMETIDA A CARREGAMENTO UNIFORMEMENTE DISTRIBUÍDO ............................. 48 


FIGURA 15: DIAGRAMA DE MOMENTO DA VIGA CONTÍNUA .................................................................................... 48 
FIGURA 16: TRAÇADO DO CABO COM A FORMA DO DIAGRAMA DE MOMENTO DA VIGA E CARGA EQUIVALENTE
PRODUZIDA PELO CABO ............................................................................................................................... 49 

FIGURA 17: DIAGRAMA DE MOMENTO DA VIGA DEVIDO À PROTENSÃO ................................................................ 49 


FIGURA 18: EFEITO DA PROTENSÃO NA VIGA SEM APOIO CENTRAL ..................................................................... 50 
FIGURA 19: ESTRUTURA DEFORMADA DEVIDO À CARGA DE PROTENSÃO ............................................................ 50 
FIGURA 20: APLICAÇÃO DA CARGA UNITÁRIA NO PONTO B .................................................................................. 50 
FIGURA 21: MOMENTO FLETOR DEVIDO À CARGA UNITÁRIA. DIAGRAMA  ........................................................ 51 
FIGURA 22: DESLOCAMENTO NO PONTO B DEVIDO AO ESFORÇO HIPERESTÁTICO ............................................. 51 
FIGURA 23: CÁLCULO DA PROTENSÃO NECESSÁRIA ............................................................................................ 59 
FIGURA 24: FAIXA PARA A DISTRIBUIÇÃO DOS MOMENTOS SEGUNDO A ABNT NBR 6118:2014 ...................... 60 
FIGURA 25: DEFINIÇÃO DOS PÓRTICOS SEGUNDO A ABNT NBR 6118:2014 ................................................... 61 
FIGURA 26: DISTRIBUIÇÃO DOS MOMENTOS NAS FAIXAS ..................................................................................... 62 
FIGURA 27: EQUILÍBRIO DA SEÇÃO NO ESTÁDIO II ............................................................................................... 67 
FIGURA 28: REGIÃO DE ENVOLVIMENTO PROTEGIDA PELA BARRA I .................................................................. 68 
FIGURA 29: PEÇA DE CONCRETO ATUANDO APENAS A FORÇA DE PROTENSÃO .................................................. 70 
FIGURA 30: PEÇA DE CONCRETO NO ESTADO DE DESCOMPRESSÃO .................................................................. 70 
FIGURA 31: DEFORMAÇÃO NA ARMADURA ATIVA .................................................................................................. 72 
FIGURA 32: DIAGRAMA TENSÃO-DEFORMAÇÃO PARA O AÇO CP-175 E CP-190 ............................................... 73 
FIGURA 33: DIAGRAMA DE MOMENTOS FLETORES ............................................................................................... 78 
FIGURA 34: ESFORÇOS NA SEÇÃO S .................................................................................................................... 78 
FIGURA 35: COMBINAÇÃO DAS TENSÕES NORMAIS PARA A SEÇÃO S .................................................................. 79 
FIGURA 36: CÁLCULO DO MOMENTO DE INÉRCIA NO ESTÁDIO II ......................................................................... 79 
FIGURA 37: CÁLCULO DA INFLUÊNCIA DA CRAVAÇÃO DA CUNHA ......................................................................... 85 
FIGURA 38: CÁLCULO DO COMPRIMENTO DOS CABOS ......................................................................................... 92 
FIGURA 39: FORMA DO EXEMPLO DE COMPARAÇÃO DE DIMENSIONAMENTO ENTRE OS MÉTODOS MPE E
GRELHAS .................................................................................................................................................. 93 
FIGURA 40: ESPECIFICAÇÃO DAS TRIBUTÁRIAS 1, 2 E 3 ...................................................................................... 95 
FIGURA 41: ESPECIFICAÇÃO DAS TRIBUTÁRIAS 4, 5 E 6 ...................................................................................... 96 
FIGURA 42: PERFIL DOS CABOS DAS TRIBUTÁRIAS 1, 3, 4, 5 E 6 ......................................................................... 96 
FIGURA 43: PERFIL DOS CABOS DA TRIBUTÁRIA 2 ............................................................................................... 97 
FIGURA 44: ESFORÇOS PARA AS TRIBUTÁRIAS .................................................................................................... 98 
FIGURA 45: CÁLCULO DOS ESFORÇOS NA LAJE ................................................................................................... 99 
FIGURA 46: ESFORÇOS NA LAJE ......................................................................................................................... 100 
FIGURA 47: DIAGRAMAS DA COMBINAÇÃO 1 ...................................................................................................... 102 
FIGURA 48: DIAGRAMAS DA COMBINAÇÃO 2 ...................................................................................................... 107 
FIGURA 49: TRIBUTÁRIAS 1 E 3 – ELEVAÇÕES DOS CABOS NO ATO DA PROTENSÃO – DEPOIS DE AJUSTAR ... 112 
FIGURA 50: TRIBUTÁRIA 2 – ELEVAÇÕES DOS CABOS NO ATO DA PROTENSÃO – DEPOIS DE AJUSTAR ........... 112 
FIGURA 51: TRIBUTÁRIAS 4 E 6 – FAIXA EXTERNA – ELEVAÇÕES DOS CABOS NO ATO DA PROTENSÃO – DEPOIS
DE AJUSTAR ............................................................................................................................................... 113 

FIGURA 52: TRIBUTÁRIAS 4 E 6 – FAIXA INTERNA – ELEVAÇÕES DOS CABOS NO ATO DA PROTENSÃO – DEPOIS
DE AJUSTAR ............................................................................................................................................... 113 

FIGURA 53: TRIBUTÁRIA 5 – FAIXA EXTERNA – ELEVAÇÕES DOS CABOS NO ATO DA PROTENSÃO – DEPOIS DE
AJUSTAR ..................................................................................................................................................... 114 

FIGURA 54: TRIBUTÁRIA 5 – FAIXA INTERNA – ELEVAÇÕES DOS CABOS NO ATO DA PROTENSÃO – DEPOIS DE
AJUSTAR ..................................................................................................................................................... 114 

FIGURA 55: TRIBUTÁRIAS 1 E 3 – ELEVAÇÕES DOS CABOS NA COMBINAÇÃO FREQUENTE – DEPOIS DE AJUSTAR
 ................................................................................................................................................................... 115 
FIGURA 56:TRIBUTÁRIA 2 – ELEVAÇÕES DOS CABOS NA COMBINAÇÃO FREQUENTE – DEPOIS DE AJUSTAR ... 115 
FIGURA 57: TRIBUTÁRIAS 4 E 6 – FAIXA EXTERNA – ELEVAÇÕES DOS CABOS NA COMBINAÇÃO FREQUENTE –
DEPOIS DE AJUSTAR ................................................................................................................................... 116 

FIGURA 58: TRIBUTÁRIAS 4 E 6 – FAIXA INTERNA – ELEVAÇÕES DOS CABOS NA COMBINAÇÃO FREQUENTE –
DEPOIS DE AJUSTAR ................................................................................................................................... 116 

FIGURA 59: TRIBUTÁRIA 5 – FAIXA EXTERNA – ELEVAÇÕES DOS CABOS NA COMBINAÇÃO FREQUENTE – DEPOIS
DE AJUSTAR ............................................................................................................................................... 117 

FIGURA 60: TRIBUTÁRIA 5 – FAIXA INTERNA – ELEVAÇÕES DOS CABOS NA COMBINAÇÃO FREQUENTE – DEPOIS
DE AJUSTAR ............................................................................................................................................... 117 

FIGURA 61: TRIBUTÁRIAS 1 E 3 – TENSÕES DOS CABOS NO ATO DA PROTENSÃO – DEPOIS DE AJUSTAR ....... 118 
FIGURA 62: TRIBUTÁRIA 2 – TENSÕES DOS CABOS NO ATO DA PROTENSÃO – DEPOIS DE AJUSTAR ............... 118 
FIGURA 63: TRIBUTÁRIAS 4 E 6 – FAIXA EXTERNA – TENSÕES DOS CABOS NO ATO DA PROTENSÃO – DEPOIS DE
AJUSTAR ..................................................................................................................................................... 119 

FIGURA 64: TRIBUTÁRIAS 4 E 6 – FAIXA INTERNA – TENSÕES DOS CABOS NO ATO DA PROTENSÃO – DEPOIS DE
AJUSTAR ..................................................................................................................................................... 119 

FIGURA 65: TRIBUTÁRIA 5 – FAIXA EXTERNA – TENSÕES DOS CABOS NO ATO DA PROTENSÃO – DEPOIS DE
AJUSTAR ..................................................................................................................................................... 120 

FIGURA 66: TRIBUTÁRIA 5 – FAIXA INTERNA – TENSÕES DOS CABOS NO ATO DA PROTENSÃO – DEPOIS DE
AJUSTAR ..................................................................................................................................................... 120 

FIGURA 67: TRIBUTÁRIAS 1 E 3 – TENSÕES DOS CABOS NA COMBINAÇÃO FREQUENTE – DEPOIS DE AJUSTAR
 ................................................................................................................................................................... 121 
FIGURA 68: TRIBUTÁRIA 2 – TENSÕES DOS CABOS NA COMBINAÇÃO FREQUENTE – DEPOIS DE AJUSTAR ...... 121 
FIGURA 69: TRIBUTÁRIAS 4 E 6 – FAIXA EXTERNA – TENSÕES DOS CABOS NA COMBINAÇÃO FREQUENTE –
DEPOIS DE AJUSTAR ................................................................................................................................... 122 

FIGURA 70: TRIBUTÁRIAS 4 E 6 – FAIXA INTERNA – TENSÕES DOS CABOS NA COMBINAÇÃO FREQUENTE –
DEPOIS DE AJUSTAR ................................................................................................................................... 122 

FIGURA 71: TRIBUTÁRIA 5 – FAIXA EXTERNA – TENSÕES DOS CABOS NA COMBINAÇÃO FREQUENTE – DEPOIS
DE AJUSTAR ............................................................................................................................................... 123 

FIGURA 72: TRIBUTÁRIA 5 – FAIXA INTERNA – TENSÕES DOS CABOS NA COMBINAÇÃO FREQUENTE – DEPOIS DE
AJUSTAR ..................................................................................................................................................... 123 

FIGURA 73: TRIBUTÁRIAS 1 E 3 – FISSURAÇÃO – DEPOIS DE AJUSTAR ............................................................. 124 


FIGURA 74: TRIBUTÁRIA 2 – FISSURAÇÃO – DEPOIS DE AJUSTAR ..................................................................... 124 
FIGURA 75: TRIBUTÁRIAS 4 E 6 – FAIXA EXTERNA – FISSURAÇÃO – DEPOIS DE AJUSTAR ............................... 125 
FIGURA 76: TRIBUTÁRIAS 4 E 6 – FAIXA INTERNA – FISSURAÇÃO – DEPOIS DE AJUSTAR ................................ 125 
FIGURA 77: TRIBUTÁRIA 5 – FAIXA EXTERNA – FISSURAÇÃO – DEPOIS DE AJUSTAR ....................................... 126 
FIGURA 78: TRIBUTÁRIA 5 – FAIXA INTERNA – FISSURAÇÃO – DEPOIS DE AJUSTAR ........................................ 126 
FIGURA 79: DISPOSIÇÕES DOS CABOS – MÉTODO DE GRELHAS ...................................................................... 127 
FIGURA 80: FORMA DA LAJE DO MODELO 1 PARA CÁLCULO DE ESFORÇOS....................................................... 131 
FIGURA 81: FAIXAS HORIZONTAIS PARA CÁLCULO DE ESFORÇOS DO MODELO 1 ............................................. 132 
FIGURA 82: FAIXAS VERTICAIS PARA CÁLCULO DE ESFORÇOS DO MODELO 1 .................................................. 132 
FIGURA 83: DIAGRAMA DE MOMENTOS MÁXIMOS EM X DO MODELO 1 .............................................................. 133 
FIGURA 84: DIAGRAMA DE MOMENTOS MÁXIMOS EM Y DO MODELO 1 .............................................................. 133 
FIGURA 85: FAIXAS PARA OBTENÇÃO DE ESFORÇOS ......................................................................................... 134 
FIGURA 86: DISTRIBUIÇÃO DE ESFORÇOS PARA AS TRIBUTÁRIAS ..................................................................... 135 
FIGURA 87: ESFORÇOS DE MOMENTO EM X DO MODELO 1UTILIZANDO O MPE ................................................ 136 
FIGURA 88: ESFORÇOS DE MOMENTO EM X DO MODELO 1UTILIZANDO O MÉTODO DE GRELHAS ..................... 137 
FIGURA 89: ESFORÇOS DE MOMENTO EM X DO MODELO 1UTILIZANDO O MEF ................................................ 138 
FIGURA 90: FORMA DA LAJE DO MODELO 2 PARA CÁLCULO DE ESFORÇOS....................................................... 140 
FIGURA 91: FAIXAS HORIZONTAIS PARA CÁLCULO DE ESFORÇOS DO MODELO 2 ............................................. 141 
FIGURA 92: FAIXAS VERTICAIS PARA CÁLCULO DE ESFORÇOS DO MODELO 2 .................................................. 141 
FIGURA 93: DIAGRAMA DE MOMENTOS MÁXIMOS EM X DO MODELO 2 .............................................................. 142 
FIGURA 94: DIAGRAMA DE MOMENTOS MÁXIMOS EM Y DO MODELO 2 .............................................................. 142 
FIGURA 95: ESFORÇOS DE MOMENTO EM X DO MODELO 2UTILIZANDO O MPE ................................................ 143 
FIGURA 96: ESFORÇOS DE MOMENTO EM Y DO MODELO 2 UTILIZANDO O MPE ............................................... 144 
FIGURA 97: ESFORÇOS DE MOMENTO EM X DO MODELO 2UTILIZANDO O MÉTODO DE GRELHAS ..................... 145 
FIGURA 98: ESFORÇOS DE MOMENTO EM Y DO MODELO 2 UTILIZANDO O MÉTODO DE GRELHAS .................... 146 
FIGURA 99: ESFORÇOS DE MOMENTO EM X DO MODELO 2UTILIZANDO O MEF ................................................ 147 
FIGURA 100: ESFORÇOS DE MOMENTO EM Y DO MODELO 2 UTILIZANDO O MEF ............................................. 148 
FIGURA 101: FORMA DA LAJE DO MODELO 8 PARA CÁLCULO DE ESFORÇOS .................................................... 150 
FIGURA 102: FAIXAS HORIZONTAIS PARA CÁLCULO DE ESFORÇOS DO MODELO 8 ........................................... 151 
FIGURA 103: FAIXAS VERTICAIS PARA CÁLCULO DE ESFORÇOS DO MODELO 8 ................................................ 151 
FIGURA 104: DIAGRAMA DE MOMENTOS MÁXIMOS EM X DO MODELO 8 ............................................................ 152 
FIGURA 105: DIAGRAMA DE MOMENTOS MÁXIMOS EM Y DO MODELO 8 ............................................................ 152 
FIGURA 106: ESFORÇOS DE MOMENTO EM X DO MODELO 8 UTILIZANDO O MPE ............................................. 153 
FIGURA 107: ESFORÇOS DE MOMENTO EM Y DO MODELO 8 UTILIZANDO O MPE ............................................. 154 
FIGURA 108: ESFORÇOS DE MOMENTO EM X DO MODELO 8 UTILIZANDO O MÉTODO DE GRELHAS .................. 155 
FIGURA 109: ESFORÇOS DE MOMENTO EM Y DO MODELO 8 UTILIZANDO O MÉTODO DE GRELHAS .................. 156 
FIGURA 110: ESFORÇOS DE MOMENTO EM X DO MODELO 8 UTILIZANDO O MEF ............................................. 157 
FIGURA 111: ESFORÇOS DE MOMENTO EM Y DO MODELO 8 UTILIZANDO O MEF ............................................. 158 
FIGURA 112: COMPARAÇÃO DOS MOMENTOS NO 1° VÃO DA 1° TRIBUTÁRIA .................................................... 160 
FIGURA 113: COMPARAÇÃO DOS MOMENTOS NO APOIO CENTRAL DA 1° TRIBUTÁRIA ...................................... 161 
FIGURA 114: COMPARAÇÃO DOS MOMENTOS NO 2° VÃO DA 1° TRIBUTÁRIA .................................................... 161 
FIGURA 115: COMPARAÇÃO DOS MOMENTOS NO 1° VÃO DA 2° TRIBUTÁRIA .................................................... 162 
FIGURA 116: COMPARAÇÃO DOS MOMENTOS NO APOIO CENTRAL DA 2° TRIBUTÁRIA ...................................... 163 
FIGURA 117: COMPARAÇÃO DOS MOMENTOS NO 2° VÃO DA 2° TRIBUTÁRIA .................................................... 163 
FIGURA 118: COMPARAÇÃO DOS MOMENTOS NO 1° VÃO DA 4° TRIBUTÁRIA .................................................... 164 
FIGURA 119: COMPARAÇÃO DOS MOMENTOS NO APOIO CENTRAL DA 4° TRIBUTÁRIA ...................................... 165 
FIGURA 120: COMPARAÇÃO DOS MOMENTOS NO 1° VÃO DA 5° TRIBUTÁRIA .................................................... 166 
FIGURA 121: COMPARAÇÃO DOS MOMENTOS NO APOIO CENTRAL DA 5° TRIBUTÁRIA ...................................... 166 
FIGURA 122: COMPARAÇÃO DOS MOMENTOS NO 1° VÃO DA 6° TRIBUTÁRIA .................................................... 167 
FIGURA 123: COMPARAÇÃO DOS MOMENTOS NO APOIO CENTRAL DA 6° TRIBUTÁRIA ...................................... 168 
FIGURA 124: FORMA DO EXEMPLO 1 .................................................................................................................. 173 
FIGURA 125: FLECHA NO CASO 1 DO TQS PARA O EXEMPLO 1 ........................................................................ 174 
FIGURA 126: FAIXAS DE ESFORÇOS NA DIREÇÃO DO EIXO X PARA O EXEMPLO 1............................................. 175 
FIGURA 127: FAIXAS DE ESFORÇOS NA DIREÇÃO DO EIXO Y PARA O EXEMPLO 1............................................. 176 
FIGURA 128: RPUS NA DIREÇÃO DO EIXO X PARA O EXEMPLO 1 ...................................................................... 177 
FIGURA 129: RPUS NO EIXO X JUNTO COM ESFORÇOS EM Y PARA O EXEMPLO 1 ........................................... 177 
FIGURA 130: RPUS NA DIREÇÃO DO EIXO Y PARA O EXEMPLO 1 ...................................................................... 178 
FIGURA 131: RPUS NO EIXO Y JUNTO COM ESFORÇOS EM X PARA O EXEMPLO 1 ........................................... 178 
FIGURA 132: RTES NA DIREÇÃO DO EIXO X PARA O EXEMPLO 1 ...................................................................... 179 
FIGURA 133: RTES NA DIREÇÃO DO EIXO Y PARA O EXEMPLO 1 ...................................................................... 179 
FIGURA 134: RPU A SER DETALHADA PARA FINS EXPLICATIVOS PARA O EXEMPLO 1 ...................................... 180 
FIGURA 135: ELEVAÇÕES DOS CABOS - ATO DA PROTENSÃO PARA O EXEMPLO 1 – ANTES DE AJUSTAR ........ 181 
FIGURA 136: ELEVAÇÕES DOS CABOS - ATO DA PROTENSÃO PARA O EXEMPLO 1 – DEPOIS DE AJUSTAR ....... 181 
FIGURA 137: ELEVAÇÕES DOS CABOS - COMBINAÇÃO FREQUENTE PARA O EXEMPLO 1 – ANTES DE AJUSTAR
 ................................................................................................................................................................... 182 
FIGURA 138: ELEVAÇÕES DOS CABOS - COMBINAÇÃO FREQUENTE PARA O EXEMPLO 1 – DEPOIS DE AJUSTAR
 ................................................................................................................................................................... 182 
FIGURA 139: ELEVAÇÕES DOS CABOS - COMBINAÇÃO TOTAL NÃO MAJORANDO ESFORÇOS PARA O EXEMPLO 1
– ANTES DE AJUSTAR ................................................................................................................................. 183 
FIGURA 140: ELEVAÇÕES DOS CABOS - COMBINAÇÃO TOTAL NÃO MAJORANDO ESFORÇOS PARA O EXEMPLO 1
– DEPOIS DE AJUSTAR ............................................................................................................................... 183 
FIGURA 141: ELEVAÇÕES DOS CABOS - HIPERESTÁTICO DE PROTENSÃO PARA O EXEMPLO 1 – ANTES DE
AJUSTAR ..................................................................................................................................................... 184 

FIGURA 142: ELEVAÇÕES DOS CABOS - HIPERESTÁTICO DE PROTENSÃO PARA O EXEMPLO 1 – DEPOIS DE
AJUSTAR ..................................................................................................................................................... 184 

FIGURA 143: TENSÕES NO CONCRETO - ATO DA PROTENSÃO PARA O EXEMPLO 1 – ANTES DE AJUSTAR ....... 185 
FIGURA 144: TENSÕES NO CONCRETO - ATO DA PROTENSÃO PARA O EXEMPLO 1 – DEPOIS DE AJUSTAR ...... 186 
FIGURA 145: TENSÕES NO CONCRETO - COMBINAÇÃO FREQUENTE PARA O EXEMPLO 1 – ANTES DE AJUSTAR
 ................................................................................................................................................................... 186 
FIGURA 146: TENSÕES NO CONCRETO - COMBINAÇÃO FREQUENTE PARA O EXEMPLO 1 – DEPOIS DE AJUSTAR
 ................................................................................................................................................................... 187 
FIGURA 147: FISSURAÇÃO NA LAJE PARA O EXEMPLO 1 .................................................................................... 187 
FIGURA 148: ARMADURA PASSIVA - ATO DA PROTENSÃO PARA O EXEMPLO 1 .................................................. 188 
FIGURA 149: ARMADURA PASSIVA - COMBINAÇÃO TOTAL NÃO MAJORANDO ESFORÇOS PARA O EXEMPLO 1 .. 188 
FIGURA 150: ARMADURA PASSIVA - ENVOLTÓRIA DE ESFORÇOS PARA O EXEMPLO 1 ...................................... 189 
FIGURA 151: PERDA DE PROTENSÃO IMEDIATA NA RPU PARA O EXEMPLO 1 ................................................... 189 
FIGURA 152: FLECHA NA LAJE COM O CASO DE HIPERESTÁTICO DE PROTENSÃO PARA O EXEMPLO 1 ............ 190 
FIGURA 153: PLANTA DE CABOS –PAVIMENTO SIMÉTRICO – PROTENSÃO PARCIAL – CORDOALHA NÃO
ADERENTE ANTES DE AJUSTAR .................................................................................................................. 191 

FIGURA 154: PLANTA DE CABOS –PAVIMENTO SIMÉTRICO – PROTENSÃO PARCIAL – CORDOALHA NÃO
ADERENTE DEPOIS DE AJUSTAR ................................................................................................................ 192 

FIGURA 155: PLANTA DE CABOS – PAVIMENTO SIMÉTRICO – PROTENSÃO PARCIAL – CORDOALHA ADERENTE193 
FIGURA 156: PLANTA DE CABOS – PAVIMENTO SIMÉTRICO – PROTENSÃO LIMITADA – CORDOALHA NÃO
ADERENTE .................................................................................................................................................. 194 

FIGURA 157: PLANTA DE CABOS – PAVIMENTO SIMÉTRICO – PROTENSÃO LIMITADA – CORDOALHA ADERENTE
 ................................................................................................................................................................... 195 
FIGURA 158: FORMA DO EXEMPLO 2 .................................................................................................................. 198 
FIGURA 159: FLECHA NO CASO 1 DO TQS PARA O EXEMPLO 2 ........................................................................ 199 
FIGURA 160: FAIXAS DE ESFORÇOS NA DIREÇÃO DO EIXO X PARA O EXEMPLO 2............................................. 200 
FIGURA 161: FAIXAS DE ESFORÇOS NA DIREÇÃO DO EIXO Y PARA O EXEMPLO 2............................................. 201 
FIGURA 162: RPU NA DIREÇÃO DO EIXO X PARA O EXEMPLO 2 ........................................................................ 202 
FIGURA 163: RPU NO EIXO X JUNTO COM ESFORÇOS EM Y PARA O EXEMPLO 2 ............................................. 202 
FIGURA 164: RPU NA DIREÇÃO DO EIXO Y PARA O EXEMPLO 2 ........................................................................ 203 
FIGURA 165: RPU NO EIXO Y JUNTO COM ESFORÇOS EM X PARA O EXEMPLO 2 ............................................. 203 
FIGURA 166: RTE NA DIREÇÃO DO EIXO X PARA O EXEMPLO 2 ........................................................................ 204 
FIGURA 167: RTE NA DIREÇÃO DO EIXO Y PARA O EXEMPLO 2 ........................................................................ 205 
FIGURA 168: FLECHA NA LAJE COM O CASO DE HIPERESTÁTICO DE PROTENSÃO PARA O EXEMPLO 2 ............ 206 
FIGURA 169: PLANTA DE CABOS PARA O EXEMPLO 2 – ANTES DE AJUSTAR ..................................................... 207 
FIGURA 170: PLANTA DE CABOS PARA O EXEMPLO 2 – DEPOIS DE AJUSTAR .................................................... 208 
FIGURA 171: PLANTA DE CABOS – PAVIMENTO ASSIMÉTRICO – PROTENSÃO PARCIAL – CORDOALHA ADERENTE
 ................................................................................................................................................................... 209 
FIGURA 172: PLANTA DE CABOS – PAVIMENTO ASSIMÉTRICO – PROTENSÃO LIMITADA – CORDOALHA NÃO
ADERENTE .................................................................................................................................................. 210 

FIGURA 173: PLANTA DE CABOS – PAVIMENTO SIMÉTRICO – PROTENSÃO LIMITADA – CORDOALHA ADERENTE
 ................................................................................................................................................................... 212 
FIGURA 174: FORMA DA LAJE DO MODELO 3 PARA CÁLCULO DE ESFORÇOS .................................................... 226 
FIGURA 175: FAIXAS HORIZONTAIS PARA CÁLCULO DE ESFORÇOS DO MODELO 3 ........................................... 227 
FIGURA 176: FAIXAS VERTICAIS PARA CÁLCULO DE ESFORÇOS DO MODELO 3 ................................................ 227 
FIGURA 177: DIAGRAMA DE MOMENTOS MÁXIMOS EM X DO MODELO 3 ............................................................ 228 
FIGURA 178: DIAGRAMA DE MOMENTOS MÁXIMOS EM Y DO MODELO 3 ............................................................ 228 
FIGURA 179: ESFORÇOS DE MOMENTO EM X DO MODELO 3 UTILIZANDO O MPE ............................................. 229 
FIGURA 180: ESFORÇOS DE MOMENTO EM Y DO MODELO 3 UTILIZANDO O MPE ............................................. 230 
FIGURA 181: ESFORÇOS DE MOMENTO EM X DO MODELO 3 UTILIZANDO O MÉTODO DE GRELHAS .................. 231 
FIGURA 182: ESFORÇOS DE MOMENTO EM Y DO MODELO 3 UTILIZANDO O MÉTODO DE GRELHAS .................. 232 
FIGURA 183: ESFORÇOS DE MOMENTO EM X DO MODELO 3 UTILIZANDO O MEF ............................................. 233 
FIGURA 184: ESFORÇOS DE MOMENTO EM Y DO MODELO 3 UTILIZANDO O MEF ............................................. 234 
FIGURA 185: FORMA DA LAJE DO MODELO 4 PARA CÁLCULO DE ESFORÇOS .................................................... 236 
FIGURA 186: FAIXAS HORIZONTAIS PARA CÁLCULO DE ESFORÇOS DO MODELO 4 ........................................... 237 
FIGURA 187: FAIXAS VERTICAIS PARA CÁLCULO DE ESFORÇOS DO MODELO 4 ................................................ 237 
FIGURA 188: DIAGRAMA DE MOMENTOS MÁXIMOS EM X DO MODELO 4 ............................................................ 238 
FIGURA 189: DIAGRAMA DE MOMENTOS MÁXIMOS EM Y DO MODELO 4 ............................................................ 238 
FIGURA 190: ESFORÇOS DE MOMENTO EM X DO MODELO 4 UTILIZANDO O MPE ............................................. 239 
FIGURA 191: ESFORÇOS DE MOMENTO EM Y DO MODELO 4 UTILIZANDO O MPE ............................................. 240 
FIGURA 192: ESFORÇOS DE MOMENTO EM X DO MODELO 4 UTILIZANDO O MÉTODO DE GRELHAS .................. 241 
FIGURA 193: ESFORÇOS DE MOMENTO EM Y DO MODELO 4 UTILIZANDO O MÉTODO DE GRELHAS .................. 242 
FIGURA 194: ESFORÇOS DE MOMENTO EM X DO MODELO 4 UTILIZANDO O MEF ............................................. 243 
FIGURA 195: ESFORÇOS DE MOMENTO EM Y DO MODELO 4 UTILIZANDO O MEF ............................................. 244 
FIGURA 196: FORMA DA LAJE DO MODELO 5 PARA CÁLCULO DE ESFORÇOS .................................................... 246 
FIGURA 197: FAIXAS HORIZONTAIS PARA CÁLCULO DE ESFORÇOS DO MODELO 5 ........................................... 247 
FIGURA 198: FAIXAS VERTICAIS PARA CÁLCULO DE ESFORÇOS DO MODELO 5 ................................................ 247 
FIGURA 199: DIAGRAMA DE MOMENTOS MÁXIMOS EM X DO MODELO 5 ............................................................ 248 
FIGURA 200: DIAGRAMA DE MOMENTOS MÁXIMOS EM Y DO MODELO 5 ............................................................ 248 
FIGURA 201: ESFORÇOS DE MOMENTO EM X DO MODELO 5 UTILIZANDO O MPE ............................................. 249 
FIGURA 202: ESFORÇOS DE MOMENTO EM Y DO MODELO 5 UTILIZANDO O MPE ............................................. 250 
FIGURA 203: ESFORÇOS DE MOMENTO EM X DO MODELO 5 UTILIZANDO O MÉTODO DE GRELHAS .................. 251 
FIGURA 204: ESFORÇOS DE MOMENTO EM Y DO MODELO 5 UTILIZANDO O MÉTODO DE GRELHAS .................. 252 
FIGURA 205: ESFORÇOS DE MOMENTO EM X DO MODELO 5 UTILIZANDO O MEF ............................................. 253 
FIGURA 206: ESFORÇOS DE MOMENTO EM Y DO MODELO 5 UTILIZANDO O MEF ............................................. 254 
FIGURA 207: FORMA DA LAJE DO MODELO 6 PARA CÁLCULO DE ESFORÇOS .................................................... 256 
FIGURA 208: FAIXAS HORIZONTAIS PARA CÁLCULO DE ESFORÇOS DO MODELO 6 ........................................... 257 
FIGURA 209: FAIXAS VERTICAIS PARA CÁLCULO DE ESFORÇOS DO MODELO 6 ................................................ 257 
FIGURA 210: DIAGRAMA DE MOMENTOS MÁXIMOS EM X DO MODELO 6 ............................................................ 258 
FIGURA 211: DIAGRAMA DE MOMENTOS MÁXIMOS EM Y DO MODELO 6 ............................................................ 258 
FIGURA 212: ESFORÇOS DE MOMENTO EM X DO MODELO 6 UTILIZANDO O MPE ............................................. 259 
FIGURA 213: ESFORÇOS DE MOMENTO EM Y DO MODELO 6 UTILIZANDO O MPE ............................................. 260 
FIGURA 214: ESFORÇOS DE MOMENTO EM X DO MODELO 6 UTILIZANDO O MÉTODO DE GRELHAS .................. 261 
FIGURA 215: ESFORÇOS DE MOMENTO EM Y DO MODELO 6 UTILIZANDO O MÉTODO DE GRELHAS .................. 262 
FIGURA 216: ESFORÇOS DE MOMENTO EM X DO MODELO 6 UTILIZANDO O MEF ............................................. 263 
FIGURA 217: ESFORÇOS DE MOMENTO EM Y DO MODELO 6 UTILIZANDO O MEF ............................................. 264 
FIGURA 218: FORMA DA LAJE DO MODELO 7 PARA CÁLCULO DE ESFORÇOS .................................................... 266 
FIGURA 219: FAIXAS HORIZONTAIS PARA CÁLCULO DE ESFORÇOS DO MODELO 7 ........................................... 267 
FIGURA 220: FAIXAS VERTICAIS PARA CÁLCULO DE ESFORÇOS DO MODELO 7 ................................................ 267 
FIGURA 221: DIAGRAMA DE MOMENTOS MÁXIMOS EM X DO MODELO 7 ............................................................ 268 
FIGURA 222: DIAGRAMA DE MOMENTOS MÁXIMOS EM Y DO MODELO 7 ............................................................ 268 
FIGURA 223: ESFORÇOS DE MOMENTO EM X DO MODELO 7 UTILIZANDO O MPE ............................................. 269 
FIGURA 224: ESFORÇOS DE MOMENTO EM Y DO MODELO 7 UTILIZANDO O MPE ............................................. 270 
FIGURA 225: ESFORÇOS DE MOMENTO EM X DO MODELO 7 UTILIZANDO O MÉTODO DE GRELHAS .................. 271 
FIGURA 226: ESFORÇOS DE MOMENTO EM Y DO MODELO 7 UTILIZANDO O MÉTODO DE GRELHAS .................. 272 
FIGURA 227: ESFORÇOS DE MOMENTO EM X DO MODELO 7 UTILIZANDO O MEF ............................................. 273 
FIGURA 228: ESFORÇOS DE MOMENTO EM Y DO MODELO 7 UTILIZANDO O MEF ............................................. 274 
LISTA DE TABELAS

TABELA 1: EXIGÊNCIAS DE DURABILIDADE RELACIONADAS À FISSURAÇÃO E À PROTEÇÃO DA ARMADURA, EM


FUNÇÃO DAS CLASSES DE AGRESSIVIDADE AMBIENTAL. ............................................................................. 28 

TABELA 2: CLASSE DE AGRESSIVIDADE AMBIENTAL (CAA) ................................................................................. 29 


TABELA 3: VALORES PARA O COEFICIENTE S EM RAZÃO DO TIPO DE CIMENTO ................................................... 66 
TABELA 4: COEFICIENTE DE CONFORMAÇÃO SUPERFICIAL .................................................................................. 69 
TABELA 5: VALORES DEΚ1 PARA O CÁLCULO DEMRD,LIM ....................................................................................... 75 
TABELA 6: VALORES DE Κ2 .................................................................................................................................... 76 
TABELA 7: LIMITES PARA DESLOCAMENTO ........................................................................................................... 80 
TABELA 8: COEFICIENTE Α ..................................................................................................................................... 89 
TABELA 9: COEFICIENTE ΒSC ................................................................................................................................. 90 
TABELA 10: VALORES CARACTERÍSTICOS SUPERIORES DA DEFORMAÇÃO ESPECÍFICA DE RETRAÇÃO ΕCS(T,T0) E
DO COEFICIENTE DE FLUÊNCIA Φ(T∞,T0) ...................................................................................................... 90 

TABELA 11: VALORES DE RELAXAÇÃO EM 1000 HORAS – Ρ1000(%) – PARA CORDOALHAS BRASILEIRAS ........... 91 
TABELA 12: PARÂMETROS PARA O CÁLCULO DAS TENSÕES NO ESTÁDIO I ....................................................... 103 
TABELA 13: COMPARATIVO DE QUANTIDADE DE CABOS ENTRE OS MÉTODOS MPE E GRELHAS ..................... 128 
TABELA 14: DESALINHAMENTO DO PILAR CENTRAL ........................................................................................... 130 
TABELA 15: COMPARAÇÃO DE ESFORÇOS NO MODELO 1 ENTRE O MPE, GRELHAS E MEF ........................... 139 
TABELA 16: COMPARAÇÃO DE ESFORÇOS NO MODELO 2 ENTRE O MPE, GRELHAS E MEF ........................... 149 
TABELA 17: COMPARAÇÃO DE ESFORÇOS NO MODELO 8 ENTRE O MPE, GRELHAS E MEF ........................... 159 
TABELA 18: HIPÓTESES DE DIMENSIONAMENTO PARA OS EXEMPLOS ............................................................... 171 
TABELA 19: COMPARAÇÃO DE QUANTIDADE DE AÇO NECESSÁRIA PARA AS HIPÓTESES DE DIMENSIONAMENTO –
PAVIMENTO SIMÉTRICO .............................................................................................................................. 196 

TABELA 20: COMPARAÇÃO DE QUANTIDADE DE AÇO NECESSÁRIA PARA AS HIPÓTESES DE DIMENSIONAMENTO –


PAVIMENTO SIMÉTRICO .............................................................................................................................. 212 

TABELA 21: DESCRIÇÃO DOS EXEMPLOS DO CAPÍTULO 8 .................................................................................. 218 


TABELA 22: RESULTADOS DE COMPARAÇÃO DE ARMADURAS DO CAPITULO 8 .................................................. 218 
TABELA 23: COMPARAÇÃO DE ESFORÇOS NO MODELO 3 ENTRE O MPE, GRELHAS E MEF ........................... 235 
TABELA 24: COMPARAÇÃO DE ESFORÇOS NO MODELO 4 ENTRE O MPE, GRELHAS E MEF ........................... 245 
TABELA 25: COMPARAÇÃO DE ESFORÇOS NO MODELO 5 ENTRE O MPE, GRELHAS E MEF ........................... 255 
TABELA 26: COMPARAÇÃO DE ESFORÇOS NO MODELO 6 ENTRE O MPE, GRELHAS E MEF ........................... 265 
TABELA 27: COMPARAÇÃO DE ESFORÇOS NO MODELO 7 ENTRE O MPE, GRELHAS E MEF ........................... 275 
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 18 

1.1 JUSTIFICATIVA ......................................................................................................................... 20 
1.2 OBJETIVOS ............................................................................................................................... 20 
1.2.1 Objetivo geral ..................................................................................................................... 20 
1.2.2 Objetivos específicos ........................................................................................................ 20 
1.3 MÉTODOS ................................................................................................................................. 21 
1.3.1 PESQUISA BIBLIOGRÁFICA ......................................................................................... 21 
1.3.2 ESTUDO DE CASO .......................................................................................................... 21 
1.3.3 ANÁLISE DOS RESULTADOS ....................................................................................... 22 
1.4 ORGANIZAÇÃO DOS CAPÍTULOS ....................................................................................... 22 

2 CONSIDERAÇÕES GERAIS ................................................................................................... 24 

2.1 HISTÓRICO DO CONCRETO PROTENDIDO ...................................................................... 24 


2.2 CONCEITOS BÁSICOS DE PROTENSÃO ........................................................................... 25 
2.3 TIPOS DE PROTENSÃO ......................................................................................................... 28 
2.4 TRABALHOS NA LÍNGUA PORTUGUESA SOBRE O ASSUNTO .................................... 29 

3 PROCESSOS PARA O CÁLCULO DE ESFORÇOS SOLICITANTES DE LAJES LISAS


PROTENDIDAS ........................................................................................................................................ 33 

3.1 PROCESSO ACI PÓRTICOS EQUIVALENTES ................................................................... 34 


3.2 GRELHAS ................................................................................................................................... 36 
3.3 ELEMENTOS FINITOS............................................................................................................. 37 

4 CONSIDERAÇÕES DO EFEITO DA PROTENSÃO .............................................................. 40 

4.1 ESFORÇO INTERNO ............................................................................................................... 40 


4.2 CARGA EQUIVALENTE ........................................................................................................... 42 
4.3 FORÇAS DESVIADORAS ....................................................................................................... 44 
4.4 CONSIDERAÇÃO DE FAIXAS DE MESMA PROTENSÃO OU ESFORÇOS .................. 47 
4.5 CONCEITUAÇÃO DO MOMENTO HIPERESTÁTICO DE PROTENSÃO ........................ 48 

5 DIMENSIONAMENTO DA ARMADURA LONGITUDINAL DE PROTENSÃO ..................... 53 

5.1 DIMENSIONAMENTO DE LAJES PROTENDIDAS SEGUNDO MILANI (2006) .............. 54 


5.2 DIMENSIONAMENTO DE LAJES PROTENDIDAS, SEGUNDO MELLO (2005) ............ 55 
5.2.1 PARA UTILIZAÇÃO DE PROTENSÃO PARCIAL ....................................................... 56 
5.2.2 PARA UTILIZAÇÃO DE PROTENSÃO LIMITADA ...................................................... 57 
5.3 DIMENSIONAMENTO DE LAJES PROTENDIDAS SEGUNDO EMERICK (2005) ......... 58 
5.3.1 DETERMINAÇÃO DA CARGA A SER EQUILIBRADA ............................................... 58 
5.3.2 DETERMINAÇÃO DA FORÇA DE PROTENSÃO NECESSÁRIA ............................ 59 
5.3.3 ESFORÇOS COM O MÉTODO DO PÓRTICO EQUIVALENTE SEGUNDO A
ABNT NBR 6118:2014 ............................................................................................................................. 60 
5.3.4 CÁLCULO DA QUANTIDADE DE CABOS ................................................................... 62 
5.3.5 VERIFICAÇÃO DAS TENSÕES DE SERVIÇO ........................................................... 63 
5.3.6 VERIFICAÇÃO DA RUPTURA POR FLEXÃO – ESTADO LIMITE ÚLTIMO .......... 69 
5.3.7 VERIFICAÇÃO AO ESTADO LIMITE DE DEFORMAÇÃO EXCESSIVA –
FLECHAS ................................................................................................................................................... 77 
5.3.8 CÁLCULO DAS PERDAS DE PROTENSÃO ............................................................... 82 

6 EXEMPLO NUMÉRICO – COMPARAÇÃO DE DIMENSIONAMENTO ENTRE O MÉTODO


DOS PÓRTICOS EQUIVALENTES E GRELHAS .................................................................................. 93 

6.1 DIMENSIONAMENTO PELO MEF ......................................................................................... 94 


6.1.1 CARGA A SER EQUILIBRADA ...................................................................................... 94 
6.1.2 ESPECIFICAÇÃO DA TRAJETÓRIA DOS CABOS .................................................... 95 
6.1.3 DETERMINAÇÃO DA FORÇA DE PROTENSAO NECESSÁRIA ............................ 97 
6.1.4 ESFORÇOS POR TRIBUTÁRIA ..................................................................................... 97 
6.1.5 CÁLCULO DA QUANTIDADE DE CABOS NECESSÁRIA ...................................... 100 
6.1.6 VERIFICAÇÃO DAS TENSÕES EM SERVIÇO ......................................................... 101 
6.2 DIMENSIONAMENTO PELO MÉTODO DE ANALOGIA DE GRELHAS ........................ 111 
6.3 COMPARAÇÃO ENTRE OS CÁLCULOS ............................................................................ 127 

7 EXEMPLOS NUMÉRICOS – CÁLCULO DE ESFORÇOS .................................................. 129 

7.1 MODELO 1 – PILARES ALINHADOS ................................................................................... 130 


7.1.1MODELO 1 UTILIZANDO O MPE ................................................................................. 131 
7.1.2 MODELO 1 UTILIZANDO O MÉTODO DE GRELHAS ............................................. 136 
7.1.3 MODELO 1 UTILIZANDO O MÉTODO DOS ELEMENTOS FINITOS ................... 137 
7.1.4 COMPARAÇÃO DE ESFORÇOS DO MODELO 1 .................................................... 138 
7.2 MODELO 2 – PILARES COM 10% DE DESALINHAMENTO ........................................... 140 
7.2.1 MODELO 2 UTILIZANDO O MPE ................................................................................ 140 
7.2.2 MODELO 2 UTILIZANDO O MÉTODO DE GRELHAS ............................................. 144 
7.2.3 MODELO 2 UTILIZANDO O MÉTODO DOS ELEMENTOS FINITOS ................... 146 
7.2.4 COMPARAÇÃO DE ESFORÇOS DO MODELO 2 .................................................... 148 
7.3 MODELO 8 – PILARES COM 40% DE DESALINHAMENTO ........................................... 150 
7.3.1 MODELO 8 UTILIZANDO O MPE ................................................................................ 151 
7.3.2 MODELO 8 UTILIZANDO O MÉTODO DE GRELHAS ............................................. 154 
7.3.3 MODELO 8 UTILIZANDO O MÉTODO DOS ELEMENTOS FINITOS ................... 156 
7.3.4 COMPARAÇÃO DE ESFORÇOS DO MODELO 8 .................................................... 158 
7.4 COMPARAÇÃO DE MOMENTOS FLETORES ENTRE OS MODELOS ......................... 160 
8 EXEMPLOS NUMÉRICOS – SOLUÇÕES ESTRUTURAIS ................................................ 170 

8.1 EXEMPLO 1 – PAVIMENTO SIMÉTRICO – RELATIVAMENTE SIMPLES .................... 171 


8.1.1 DADOS DO PROJETO .................................................................................................. 172 
8.1.2DIMENSIONAMENTO DO PAVIMENTO ..................................................................... 173 
8.1.3 COMPARAÇÃO COM OUTRAS HIPÓTESES DE DIMENSIONAMENTO ............ 192 
8.2 EXEMPLO 2 – PAVIMENTO ASSIMÉTRICO ...................................................................... 197 
8.2.1 DADOS DO PROJETO .................................................................................................. 197 
8.2.2 DIMENSIONAMENTO DO PAVIMENTO .................................................................... 198 
8.2.3 COMPARAÇÃO COM OUTRAS HIPÓTESES DE DIMENSIONAMENTO ............ 208 

9 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................... 214 

9.1 CONSIDERAÇÕES REFERENTES AO EXEMPLO NUMÉRICO DO CAPÍTULO 6 ..... 215 


9.2 CONSIDERAÇÕES REFERENTES AO EXEMPLO NUMÉRICO DO CAPÍTULO 7 ..... 216 
9.3 CONSIDERAÇÕES REFERENTES AO EXEMPLO NUMÉRICO DO CAPÍTULO 8 ..... 217 
9.4 CONSIDERAÇÕES DE PROJETO DE LAJES SEM VIGAS PROTENDIDAS ............... 219 

10REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 223 

ANEXOS A ................................................................................................................................. 226 
18

1 INTRODUÇÃO

Existem diversos sistemas estruturais de lajes que podem ser empregados na


construção civil. Cada sistema possui sua peculiaridade, podendo ser nervurado ou
maciço, utilizando armadura protendida ou apenas armadura passiva, podendo ser
pré-moldado ou moldado in-loco.

Em cada lugar existem sistemas estruturais que são mais comuns, devido ao
histórico local, mão de obra qualificada, confiabilidade da clientela ou por imposição
da arquitetura.

Os sistemas estruturais constituídos de lajes lisas, usualmente denominadas


de “sem vigas”, apresentam algumas vantagens em relação aos sistemas
convencionais de lajes, que se apoiam em vigas.

De modo geral, esses sistemas apresentam velocidade de execução e


repetição de formas, racionalizando bastante a execução dos mesmos. Também
permitem amplos ambientes e pé-direito livre em toda a edificação, possibilitando
facilmente a alteração de posicionamento de paredes e passagem de tubulações
horizontais, sem obstáculos de elementos estruturais como vigas.

Em situações onde o pé-direito é muito limitado devido à altura máxima


permitida da edificação, soluções estruturais nervuradas geralmente se tornam
inviáveis. A arquitetura impossibilita determinados sistemas estruturais diversas
vezes pelo fato de não permitir a colocação de vigas no pavimento. Outro detalhe
muitas vezes também levado em conta é o prazo que se tem para finalizar o
empreendimento. Determinados sistemas estruturais prejudicam a velocidade da
execução.

Nessas situações, a laje protendida pode ser uma excelente ferramenta para
a resolução de alguns destes problemas, pois consegue vencer grandes vãos com
poucos pontos de apoio, resiste a carregamentos expressivos, é relativamente
esbelta em relação a outros sistemas estruturais, possibilitando o pé-direito mais
baixo, possui um controle rigoroso na sua execução, permanece praticamente no
estádio I durante sua vida útil e sua velocidade de execução é muito alta.

Carvalho e Libânio (2009) apresentam uma série de vantagens que a laje sem
viga possui:
19

- Adaptabilidade a diversas formas ambientais – Com esse sistema é possível


que apartamentos de um mesmo prédio tenham arquitetura única, pois não há
elementos como vigas atrapalhando os ambientes;

- Simplificação das formas e cimbramentos – Sem as vigas no pavimento, os


desperdícios são menores, a quantidade de material para as formas é menor e a
velocidade de produção é maior;

- Simplificação das armaduras - Com a ausência das vigas, a velocidade de


montagem é aumentada, pois são eliminados os cortes, dobramento e colocação
das mesmas;

- Simplificação da concretagem – Em pavimento com vigas, a possibilidade de


existirem vazios na concretagem é maior, mesmo com os vibradores;

- Melhoria da qualidade final e diminuição de revestimentos – Simplificando as


formas é possível ter um acabamento melhor, e, em alguns casos até dispensar
revestimentos;

- Redução da altura total do edifício – O fato de os pavimentos serem mais


esbeltos faz com que a altura do edifício fique menor, sendo essa solução muito boa
em lugares onde a altura do edifício é limitada;

- Simplificação das instalações prediais – Com a ausência das vigas, o


caminho horizontal para as instalações fica livre, facilitando bastante principalmente
onde existe transição de prumadas.

Em relação às desvantagens do sistema, podem-se destacar o consumo de


concreto e aço, a possibilidade de punção na laje e a flecha. Porém, essas
desvantagens, se comparadas com a velocidade de execução e a utilização da
estrutura, podem ser superadas. Outro problema da falta de vigas no pavimento é a
transmissão de esforços horizontais entre pilares. Esta transmissão é feita através
das lajes, porém, como a rigidez sem as vigas não é tão expressiva, os pilares
acabam tendo dimensões maiores (pilares paredes) atuando como núcleo de
enrijecimento na estrutura.

Nesse trabalho serão apresentados alguns conceitos importantes para o


dimensionamento de lajes protendidas com cordoalhas engraxadas. Serão também
20

apresentadas alterações na norma ABNT NBR 6118:2014. Em seguida serão


mostradas algumas particularidades de projetos para pavimentos protendidos.

1.1 JUSTIFICATIVA

A crescente procura por projetos em lajes protendidas com cordoalhas


engraxadas para resolver problemas de pé direito e arquitetura arrojada faz com que
estudos na área sejam necessários. A literatura brasileira na área é boa, mas,
diversos problemas práticos ainda são resolvidos com base na experiência vivida e
não na experiência mostrada na literatura. Diversos pesquisadores apresentaram
exemplos relativamente simples e de fácil compreensão, provando que o sistema
funciona, mas, a realidade é totalmente oposta. A maioria das plantas de prédios
executados é bem assimétrica e possui grandes pilares que podem atrapalhar a
protensão. Outro aspecto em relação à literatura disponível é que a maioria não
apresenta informações práticas para a realização de projetos. Apresentam soluções
para problemas simples, mas, quando os problemas são agravados por geometria
complexa e outras situações, a literatura não comenta, nem os problemas nem as
soluções.

1.2 OBJETIVOS

1.2.1 OBJETIVO GERAL

O presente trabalho tem como objetivo apresentar os modelos disponíveis


para efetuar o cálculo estrutural de pavimentos de lajes sem vigas protendidas,
focando no modelo de grelhas utilizando a ferramenta de cálculo TQS. Isto será
explicado passo a passo, tanto no lançamento dos dados quanto na
análise.Também, ao final do trabalho, pretende-se apresentar sugestões de
soluções estruturais para pavimentos de lajes lisas protendidas.

1.2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Apresentar uma comparação simples do Método dos Pórticos Equivalentes


com o software TQS, e, com essa comparação analisar as diferenças entre os
resultados para verificar os limites do processo simplificado;

Comparar esforços de momento fletor em lajes cujos pilares estejam


desalinhados, utilizando o Método dos Pórticos Equivalentes, o Método dos
21

Elementos Finitos e Grelhas, e verificar o porquê de a norma ABNT NBR 6118:2007


não permitir a utilização de lajes lisas protendidas com desalinhamento dos pilares;

Apresentar razões pelas quais a ABNT NBR 6118:2014 não permite a


utilização do Método dos Pórticos Equivalentes em lajes lisas protendidas;

Apresentar soluções estruturais em lajes sem vigas protendidas para


pavimentos com arquiteturas reais, tanto para pavimentos relativamente simétrico e
com vãos próximos como para pavimentos assimétricos e com vãos diferenciados;

Comparar quantitativo de armaduras ativas e passivas com protensão parcial


e protensão limitada em um pavimento simétrico e outro assimétrico, e analisar os
resultados;

Comparar quantitativo de armadura ativa gerada pelo TQS e a mesma depois


de análise e detalhamento dos cabos de protensão;

Apresentar considerações e sugestões para a realização de um bom projeto


de lajes sem vigas protendidas com cordoalhas engraxadas.

1.3 MÉTODOS

Este trabalho é feito baseado em pesquisa bibliográfica e estudo de caso.


Será utilizado o software TQS para realizar o estudo de caso, e os softwares e
CypeCAD e FTOOL para outros procedimentos.

1.3.1 PESQUISA BIBLIOGRÁFICA

São estudadas diversas bibliografias na área de lajes protendidas para


entendimento da solução de protensão e conhecimento prévio para a segunda etapa
da pesquisa. Como são poucos os livros na área, a maior fonte de informações será
obtida a partir de teses, dissertações e artigos.

1.3.2 ESTUDO DE CASO

Esta etapa da pesquisa é dividida em três partes:

Na primeira é feita a comparação entre o método simplificado e o método de


grelhas utilizando o software TQS. Essa etapa é feita para se ter uma confiabilidade
no software.
22

Na segunda é feita a comparação de esforços entre o Método do Pórtico


Equivalente (MPE), o Método dos Elementos Finitos (MEF) e Grelhas. É objetivo
deste estudo de caso comparar os esforços entre os três métodos em situações
onde ocorre um desalinhamento significativo entre os pilares.

Na terceira etapa são mostradas estruturas já projetadas bem como a solução


estrutural para as mesmas. É objetivo desta etapa abranger obras com soluções
variadas, para que se possa mostrar diversas formas de resolução de problemas.

1.3.3 ANÁLISE DOS RESULTADOS

Nesta etapa são comentados os aspectos mais interessantes em relação aos


exemplos expostos. Em seguida são apresentados cuidados e recomendações para
a confecção de um projeto estrutural utilizando o sistema de lajes sem vigas
protendidas com cordoalhas engraxadas.

1.4 ORGANIZAÇÃO DOS CAPÍTULOS

Os capítulos são divididos da seguinte maneira:

Capítulo 1 – Refere-se à introdução do trabalho. Também são apresentados a


justificativa, o objetivo e os métodos para confecção do mesmo.

Capítulo 2 – Desenvolvimento da bibliografia do trabalho. É feito um histórico


do concreto protendido, suas aplicações e conceitos fundamentais para utilização.

Capítulo 3 – Apresentação dos modelos de cálculo para lajes protendidas.

Capítulo 4 – Apresentação de considerações referentes aos efeitos da


protensão na laje.

Capítulo 5 – Exposição de um roteiro de dimensionamento de uma laje


protendida.

Capítulo 6 – Desenvolvimento de um exemplo numérico comparando o MPE e


Grelhas.

Capítulo 7 – Apresentação de exemplos numéricos comparando os esforços


através dos métodos de cálculo MPE, MEF e Grelhas.

Capítulo 8 – Apresentação de dois exemplos desenvolvidos com o software


TQS, com o intuito de trabalhar soluções estruturais.
23

Capítulo 9 – Exposição de considerações referentes às análises de resultados


e também a projetos.

Capítulo 10 – Apresentação das bibliografias referenciadas e consultadas.


24

2 CONSIDERAÇÕES GERAIS

2.1 HISTÓRICO DO CONCRETO PROTENDIDO

A protensão é utilizada há muito tempo. Segundo Leonhardt (1983), a


primeira vez que a protensão foi utilizada em concreto foi em 1886 por P. H.
Jackson, mas, no início da era do concreto protendido ainda não se tinha o conceito
das perdas de protensão, nem da necessidade de utilização de cordoalhas de aço
de alta resistência.

Em 1919, K. Wettstein tensionou cordas de piano dentro de pranchas de


pequena espessura de concreto. Ele foi o primeiro a utilizar aço de alta resistência
sob elevadas tensões. Porém, a primeira pessoa a reconhecer a necessidade da
utilização de fios de alta resistência foi R. H. Dill, de Alexandria, Nebraska, em 1923.

Em 1928, Eugène Freyssinet pesquisou a retração e a fluência do concreto.


Com os resultados de sua pesquisa, Freyssine estabeleceu e descreveu as
hipóteses fundamentais necessárias para o êxito do concreto protendido. Freyssine
também foi o primeiro a executar a primeira obra em concreto protendido. Esta obra
foi uma ponte em pórtico biarticulado sobre o Marne, em Lucancy, na França
(LEONHARDT 1983).

Na Alemanha a protensão também foi bastante estudada. Foram construídas


pontes em concreto protendido, e também foram desenvolvidos novos processos de
protensão, com ancoragens especiais para os feixes e com cabos concentrados
para o caso de forças de protensão muito elevadas.

Gustave Magnel, da Bélgica, desenvolveu o processo do concreto protendido


sem aderência entre 1940 e 1942. Com esse processo ele executou a primeira
ponte em viga contínua sobre o rio Maas, em Sclayn, com dois vãos de 62m. Ele
também escreveu o primeiro livro sobre concreto protendido em 1948.

A partir de 1949, o concreto protendido se desenvolveu para diversas


aplicações em pontes e grandes estruturas. Em 1949 e 1950, F. Leonhardt e W.
Baur construíram uma ponte com vigas contínuas sobre o canal do Neckar, em
Heilbronn, com um vão principal de 96m. Em 1950, U. Finsterwalder executou a
primeira ponte em balanços sucessivos utilizando a protensão. Esse processo se
espalhou rapidamente pelo mundo, e em pouco tempo, no Japão, foi construída a
25

ponte Hamana com 240m de vão – um recorde mundial de vão máximo de pontes
na época.

A partir desta data, diversos engenheiros tiveram valiosas contribuições


literárias para o desenvolvimento do concreto protendido. Hoje, o conhecimento
técnico científico do concreto protendido está bastante consolidado, estando
presente em diversas aplicações na construção civil. Um exemplo de aplicação é a
laje lisa com cordoalhas engraxadas, que é bem vista por diversos construtores
devido a sua eficiência e qualidade na estrutura, além de se ter uma melhoria no
processo construtivo que pode ser conseguida com custos semelhantes e até
inferiores aos das estruturas convencionais (MOURA 2002).

2.2 CONCEITOS BÁSICOS DE PROTENSÃO

Segundo a ABNT NBR 6118:2014, elementos de concreto protendido são


aqueles nos quais parte das armaduras é previamente alongada com a finalidade
de, em condições de serviço, impedir ou limitar a fissuração e os deslocamentos da
estrutura, bem como propiciar o melhor aproveitamento de aços de alta resistência
no estado-limite último (ELU).

Um exemplo clássico da protensão é um conjunto de livros pressionados nas


laterais para não se separarem quando levantados. Ao se aplicar força normal, é
feita uma compensação de tensões para equilibrar os livros de forma que a força da
gravidade seja menor do que o atrito entre eles. (Figura 1)

Figura 1: Conjunto de livros pressionados

F F

Fonte: Autor

Cauduro (2002) apresenta um exemplo esquemático de uma viga comum de


concreto armado para explicar onde é necessário colocar armadura protendida. A
26

Figura 2 e a Figura 3 mostram a viga comentada. Sabe-se que o concreto não tem
boa resistência a tração, por isso, o aço é colocado para resistir à mesma. Ou seja,
em uma viga bi-apoiada, a tração se dará na parte inferior da peça.

Figura 2: Viga comum de concreto armado

Fonte: Cauduro (2002)

Figura 3: Seção transversal da viga comum de concreto armado

Fonte: Cauduro (2002)

Porém, quando uma peça for hiperestática, o traçado do cabo não será
apenas na parte inferior, será ondulado, aproximando-se das ondulações do
diagrama de momento fletor. A Figura 4 apresenta uma estrutura hiperestática. Nos
pontos onde se encontram os pilares, existe compressão na face inferior da laje, no
meio dos vãos, a face inferior fica tracionada.

Figura 4: Zona de tração e compressão sob cargas externas aplicadas uniformemente

Fonte: Cauduro (2002)


27

Os cabos têm a função de combater a tração. Em lajes de concreto


protendido existem cabos nas duas direções. Eles se cruzam, formando uma grelha
resistente dentro da laje. Nos espaços onde ainda existe tração depois da
protensão, o esforço é tratado com armadura passiva.

A Figura 5 apresenta uma viga bi-apoiada com armadura ativa dentro. Para
evitar um momento localizado no início e final da viga, o cabo está partindo do
centro de gravidade. Como a tração da viga está embaixo, o perfil do cabo desce até
o limite do cobrimento, voltando para o centro de gravidade no final da viga.

Figura 5: Traçado simples de cabo em viga bi-apoiada

C.G.
Cnom

Fonte: Autor

Quando são somadas as ações provocadas pela protensão, juntamente com


o peso próprio e outras cargas da viga, a tração que anteriormente se tinha pode até
desaparecer, sobrando apenas a compressão, esforço que o concreto resiste bem.
A Figura 6 apresenta a somatória desses esforços.

Figura 6: Somatório de esforços em uma viga protendida

M
e

Fonte: Autor
28

2.3 TIPOS DE PROTENSÃO

A protensão em um elemento pode ser feita de 3 formas: Protensão com


aderência inicial, Protensão com aderência posterior e Protensão sem aderência.

Na protensão com aderência inicial, o pré-alongamento das armaduras de


protensão é feito antes da concretagem, sendo que a ligação da armadura de
protensão com o concreto é à base de atrito. Este tipo de protensão é feito em
fábrica de pré-moldados.

Na protensão com aderência posterior, o pré-alongamento das armaduras de


protensão é feito depois de um pré-endurecimento do concreto. A armadura é
concretada dentro de uma bainha e, depois que a armadura é pré-alongada é
injetada uma nata de cimento para preencher os vazios.

Na protensão sem aderência, alvo de estudo neste trabalho, o pré-


alongamento das armaduras de protensão é feito depois que o concreto atinge certa
resistência. Entre a armadura e o concreto tem uma camada de graxa, o que impede
a aderência. A armadura fica ligada com o concreto apenas nas ancoragens.

Almeida Filho (2002) afirma que a protensão não aderente é uma solução
muito vantajosa, do ponto de vista executivo e de consumo de materiais. Ele
comenta que a protensão aderente, embora talvez fosse mais econômica do ponto
de vista de consumo de materiais, perde produtividade na obra, característica
normalmente requerida pelas construtoras que adotam o sistema.

De acordo com a ABNT NBR 6118:2014 existem três tipos de protensão: A


completa, a limitada e a parcial. Para cada uma delas algumas verificações precisam
ser realizadas. Essas verificações estão descritas na Tabela 1.

Tabela 1: Exigências de durabilidade relacionadas à fissuração e à proteção da


armadura, em função das classes de agressividade ambiental.
Classe de agressividade Combinação de
Tipos de concreto Exigências relativas
ambiental (CAA) e tipo ações em serviço a
estrutural à fissuração
de proteção utilizar
Concreto simples CAA I a CAA IV Não há ---
CAA I ELS-W wk ≤ 0,4 mm
Combinação
Concreto armado CAA II a CAA IV ELS-W wk ≤ 0,3 mm
Frequente
CAA IV ELS-W wk ≤ 0,2 mm
Fonte: ABNT NBR 6118:2014

Tabela 1 (Continuação)
Concreto Pré-tração com CAA I ELS-W wk ≤ 0,2 Combinação
29

protendido nível 1 ou mm Frequente


(protensão parcial) Pós-tração com CAA I e
II
Verificar as duas condições a baixo
Concreto Pré-tração com CAA II
Combinação
protendido nível 2 ou ELS-F
Frequente
(protensão Pós-tração com CAA III
a Combinação Quase
limitada) e IV ELS-D
permanente
Concreto Verificar as duas condições abaixo
protendido nível 3 Pré-tração com CAA III E ELS-F Combinação Rara
(protensão IV a Combinação
ELS-D
completa) Frequente
a
A critério do projetista, o ELS-D pode ser substituído pelo ELS-DP com ap = 50 mm
NOTAS
1As definições de ELS-W, ELS-F e ELS-D encontram-se em 3.2.
2 Para as classes de agressividade ambiental CAA-III e IV, exige-se que as cordoalhas não
aderentes tenham proteção especial na região de suas ancoragens.
3 No projeto de lajes lisas e cogumelo protendidas, basta ser atendido o ESL-F para a combinação
frequente das ações, em todas as classes de agressividade ambiental.
Fonte: ABNT NBR 6118:2014

Para entender melhor a Tabela 1, a ABNT NBR 6118:2014 apresenta uma


tabela explicando as classes de agressividade ambientais (Tabela 2).

Tabela 2: Classe de agressividade ambiental (CAA)


Classe de Classificação geral do tipo Risco de
agressividade Agressividade de ambiente para efeito deterioração da
ambiental de projeto estrutura
Rural
I Fraca Insignificante
Submersa
II Moderada Urbana a,b Pequeno
Marinha a
III Forte Grande
Industrial a,b
Industrial a,c
IV Muito Forte Elevado
Respingos de maré
a
Pode-se admitir um microclima com uma classe de agressividade mais branda (uma classe
acima) para ambientes internos secos (salas, dormitórios, banheiros, cozinhas e áreas de serviço
de apartamentos residenciais e conjuntos comerciais ou ambientes com concreto revestido com
argamassa e pintura).
b
Pode-se admitir uma classe de agressividade mais branda (uma classe acima) em obras em
regiões de clima seco, com umidade média relativa no ar menor ou igual a 65%, parte da
estrutura protegidas de chuva em ambientes predominantemente secos ou regiões onde
raramente chove.
c
Ambientes quimicamente agressivos, tanques industriais, galvanoplastia, branqueamento em
indústrias de celulose e papel, armazéns de fertilizantes, indústrias químicas.
Fonte: ABNT NBR 6118:2014

2.4 TRABALHOS NA LÍNGUA PORTUGUESA SOBRE O ASSUNTO

Diversos pesquisadores brasileiros já escreveram sobre lajes sem vigas


protendidas. A seguir são apresentadas sínteses de algumas dessas pesquisas,
sendo elas importantes fontes de pesquisa para a realização do presente trabalho.
30

Carvalho (1982) realizou ensaios de puncionamento de pilares internos e sem


armaduras transversais. Neste trabalho ela variou a tensão de protensão aplicada, a
resistência à compressão do concreto e as dimensões dos pilares.

Duarte (1995) apresentou uma formulação para implementação


computacional de lajes sem vigas protendidas, o qual foi utilizado pelo software TQS
para a criação do seu módulo protendido.

Teixeira (1998) simulou o cálculo de lajes protendidas como grelhas,


utilizando o Método dos Elementos Finitos.

Moura (2002) apresentou recomendações quanto à utilização de estruturas


protendidas, analisando casos específicos para cada sistema estrutural.

Almeida Filho (2002) realizou um comparativo de consumo de materiais para


lajes sem vigas protendidas aderentes e não aderentes. Este estudo apresentou
vantagens da protensão aderente em relação a não aderente relativa ao consumo
de materiais, porém, do ponto de vista de produtividade, as lajes com protensão não
aderente mostraram vantagem.

Faria (2004) realizou comparações entre o Método dos Pórticos Equivalentes


e o Método dos Elementos Finitos. Em situações assimétricas, ele comenta uma
discrepância muito grande nos esforços entre os métodos analisados.

Koerick (2004) concluiu que a rigidez dos pilares e a hiperasticidade da


estrutura tem relevante influência, não podendo ser desprezadas nas etapas de
análise e dimensionamento.

Mello (2005) apresentou um roteiro de dimensionamento manual de lajes sem


vigas protendidas. Ela também analisou as diferenças entre o tipo de protensão
quanto a intensidade e a aderência.

Emerick (2005) apresentou a elaboração de projetos utilizando lajes sem


vigas protendidas. Devido a falta de dados normativos brasileiros, em muitos casos
ele recorreu a normas estrangeiras.

Carvalho (2008) estudou os critérios normativos referentes ao


dimensionamento à punção. Ele também compilou diversos ensaios realizados por
outros pesquisadores como base para comentar os dados fornecidos pela norma.
31

Barbán (2008) estudou a punção na ligação da laje sem viga protendida com
o pilar de borda. Ele recomendou algumas alterações para as normas que estudou,
bem como recomendações para projetos.

Moraes Neto, Ferreira & Oliveira (2006) descreveram um dimensionamento


de lajes sem vigas protendidas ao puncionamento simétrico e assimétrico.

Damasceno &Oliveira (2006) apresentaram uma alternativa para se estimar


as cargas de ruptura utilizando a teoria de placas.

Loureiro (2006) escreveu sobre diversas considerações para projetos de lajes


sem vigas protendidas, além de critérios básicos para dimensionamento das
mesmas.

Milani (2006) apresentou uma forma de modelagem de lajes sem vigas


protendidas através do Método dos Elementos Finitos bastante satisfatória.

Colonese (2008) comparou os esforços últimos de flexão entre o Método dos


Pórticos Equivalentes e o Método dos Elementos Finitos. Ele chegou a conclusão
que a convergência dos esforços entre os dois métodos é esporádica, sendo a
simples presença de um pilar de bordo na laje a condição suficiente para que os
esforços entre os dois métodos sejam bem divergentes.

Pedrozo (2008) realizou comparações numéricas entre pavimentos de lajes


sem vigas protendidas com balanços e sem balanços. Para essas comparações ele
utilizou o Método dos Pórticos Equivalentes e o Método dos Elementos Finitos. Ao
final do trabalho, ele chegou à conclusão de que o Método dos Pórticos Equivalentes
não consegue representar satisfatoriamente o comportamento em serviço da laje.

Dornelles (2009) apresentou o estudo das lajes sem vigas protendidas


utilizando a analogia de grelhas. Ao final do trabalho, ele chegou à conclusão que se
concentrar os cabos nas regiões dos pilares, o sistema fica mais vantajoso.

Lorenci (2010) realizou comparações entre o Método dos Pórticos


Equivalentes e o Método dos Elementos Finitos. Ele também realizou comparativo
de quantitativo de aço para esses métodos.

Barboza (2014) realizou comparações entre o Método dos Pórticos


Equivalentes e o Método dos Elementos Finitos. Para o Método dos Pórticos
Equivalentes ele utilizou tanto o cálculo manual quanto o software ADAPT-PT.
32

Caldas (2014) comparou esforços e consumo de materiais de modelos de


lajes sem vigas protendidas. Nesta comparação, ele usou o Método dos Pórticos
Equivalentes, o Método dos Elementos Finitos e Grelhas, sendo o último apenas
para aferir os esforços.
33

3 PROCESSOS PARA O CÁLCULO DE ESFORÇOS SOLICITANTES DE LAJES


LISAS PROTENDIDAS

Segundo a ABNT NBR 6118:2014 lajes-cogumelos são lajes apoiadas


diretamente em pilares com capitéis, e lajes lisas são aquelas que se apoiam
diretamente em pilares sem capitéis. Segundo Carvalho e Pinheiro (2009) o nome
mais adequado para esses dois tipos de lajes seria lajes sem vigas, com e sem
capitéis. A Figura 7 apresenta uma perspectiva esquemática de um painel de laje
sem vigas.

Figura 7: Perspectiva esquemática de um painel de laje sem vigas

laje

pilares

Fonte: Carvalho & Pinheiro (2009)

A ABNT NBR 6118:2014 especifica uma espessura mínima de 16 cm para


lajes lisas e 14 cm para lajes cogumelo, fora do capitel.

Devido à falta de viga entre a laje e o pilar, a tensão na ligação dos mesmos é
muito maior, podendo levar a laje a ruína. Este fenômeno é chamado de punção. Ele
ocorre quando uma força age em uma pequena área de placa provocando sua
perfuração. Como as lajes protendidas são menos espessas em relação às lajes
nervuradas, a punção é mais expressiva. Carvalho e Pinheiro (2009) comentam que
esse problema é agravado quando há transferência de momentos fletores da laje
para o pilar, ou em pilares posicionados nas bordas e cantos da laje. Quando a
existe ruptura devido à punção, ela é frágil. Por isso que Barbán (2008) comenta que
as normas devem ser conservadoras, em particular quando se trata de rupturas
frágeis, como no caso de rupturas à punção. Para mais detalhes referentes a
punção, pode-se procurar na ABNT NBR 6118:2014 o item 19.5 ou em trabalhos de
autores como Barbán (2008) ou Carvalho (2008).
34

Para se dimensionar uma estrutura de concreto armado, é necessário


determinar os esforços internos e deslocamento, de modo que ela tenha resistência
suficiente quanto ao estado limite último. Os deslocamentos são verificados no
estado limite de utilização e na deformação excessiva. Além disso, ainda tem as
verificações referentes à fissuração, onde são empregados os esforços solicitantes
devidos às ações de serviço.

Carvalho & Pinheiro (2009) comentam que as lajes sem vigas podem ser
calculadas com os mesmos métodos e com as mesmas considerações das usuais.
O Capítulo 7 de Carvalho & Figueredo Filho (2007) apresenta do detalhamento
passo a passo de lajes maciças em pavimentos de edifícios.

O método elástico se baseia nas equações de equilíbrio de um elemento


infinitesimal de placa e nas relações de compatibilidade das deformações do
mesmo. Para resolvê-lo, podem ser usados alguns processos:

- Diferenças finitas;

- Elementos finitos;

- Séries trigonométricas para a representação do valor da carga atuante.

Como com o método dos elementos finitos é possível modelar praticamente


qualquer tipo de pavimento, ele continua sendo utilizado nos projetos. O método das
séries trigonométricas é muito empregado em lajes maciças convencionais, mas,
quando se trata de lajes sem vigas, onde algumas hipóteses de cálculo como
considerar as lajes apoiadas em contornos indeslocáveis verticalmente não
acontecem, ele não se aplica.

Desta forma, a seguir é apresentado o método dos pórticos equivalentes ou


múltiplos, o de analogia de grelhas e elementos finitos respectivamente. Todos
esses métodos são lineares, porque consideram acima de tudo as relações de
linearidade entre ações e esforços.

3.1 PROCESSO ACI PÓRTICOS EQUIVALENTES

O método do pórtico equivalente é um método aproximado que consiste em


calcular a laje dividindo-a em faixas apoiadas sobre os pilares, calculando-as como
se fossem pórticos. O processo é feito nas duas direções principais a fim de manter
35

os momentos fletores na laje e dimensionar as armaduras (ativa e passiva), em


ambas as direções.

Os pórticos formados pelas lajes e pilares nas duas direções principais são
chamados de tributárias. Essas tributárias são calculadas com a carga total nas
duas direções.

Entretanto, Pedrozo (2008) relatou que o Pórtico Equivalente não funciona


bem para regiões em volta do pilar, pois os momentos máximos reais são bem
maiores que os calculados, podendo ser adequado para a verificação do ELU
quando existe plastificação de toda a região. Além deste fator, ele também comenta
que esse processo não consegue representar bem as variações existentes nas
extremidades do pavimento. Em situações onde tiver carregamento concentrado,
como carga pontual ou distribuída no balanço, ele recomenda que seja dada maior
atenção.

Colonese (2008), concordando com Pedrozo (2008), afirma que o Pórtico


Equivalente não avalia com precisão a rigidez da união entre a laje e o pilar, porém
ele especifica esta afirmação para regiões próximas ao bordo das lajes. Ele diz que
devido às limitações de cálculos inerentes a este método, certas aplicações de
cálculo ficam um pouco prejudicadas.

Em outros trabalhos, como Caldas (2014) e Lorenci (2010), o processo de


Pórtico Equivalente é bem comentado, quando comparado com elementos finitos ou
grelhas.Esses trabalhos embasavam-se no texto de norma da ABNT NBR
6118:2007 no item 14.7.8 que diz o seguinte:

Nos casos em que os pilares estiverem dispostos em filas ortogonais,


de maneira regular e com vãos pouco diferentes, o cálculo dos
esforços pode ser realizado pelo processo elástico aproximado, com
redistribuição, que consiste em adotar em cada direção pórticos
múltiplos, para obtenção dos esforços solicitantes.

Porém, a ABNT NBR 6118:2014 no item 14.7.8 diz:

Nos casos das lajes em concreto armado, em que os pilares


estiverem dispostos em filas ortogonais, de maneira regular e com
vãos pouco diferentes, o cálculo dos esforços pode ser realizado pelo
processo elástico aproximado, com redistribuição, que consiste em
36

adotar, em cada direção, pórticos múltiplos, para obtenção dos


esforços solicitantes.

Esse texto da ABNT NBR 6118:2007, que fala que em estruturas com pilares
que apresentem no máximo um desvio de 10% em relação ao alinhamento dos
demais pode ser utilizado o processo dos pórticos equivalentes, está embasado no
ACI 318 (2005).

Porém, desta nova forma que a ABNT NBR 6118:2014 apresenta o item
14.7.8, o processo dos pórticos equivalentes não pode mais ser utilizado em lajes de
concreto protendido, só em concreto armado. O provável motivo desta proibição está
no fato de que a determinação dos esforços através deste processo se baseia em
estruturas submetidas às ações uniformemente distribuídas. Este não é o caso da
protensão que, em geral, é considerada concentrada nas faixas dos pilares. Assim, é
possível ainda calcular os esforços que não são da protensão por este método e
usar grelha equivalente ou elemento finitos para a determinação dos esforços de
protensão.

3.2 GRELHAS

A analogia de grelha é um dos processos de resolução de placas mais


utilizados nos projetos de estrutura de concreto armado no Brasil. O fato de ser
relativamente simples o seu entendimento e de fácil acesso faz com que os
engenheiros de estruturas cada vez mais a utilizem. Mello (2005) comenta que, além
da facilidade de acesso, o modelo de grelha permite uma fácil interpretação dos
resultados, pois o engenheiro estrutural está acostumado a trabalhar com sistema
de vigas.

Basicamente, o processo consiste na divisão de placas em faixas nas


direções principais da laje. Essas faixas são representadas por barras, que passam
no eixo das mesmas. Como elas se cruzam ortogonalmente, formam uma grelha
lisa, que por análise matricial pode ser resolvida com certa facilidade com a
utilização de computadores. As propriedades físicas e mecânicas também são
inseridas, de forma que os esforços e deslocamentos obtidos de sua análise tenham
comportamento análogo e valores próximos aos da placa representada. É
importante que o engenheiro de estruturas monte a malha da grelha de acordo com
a disposição dos pilares, de forma que estruturas simétricas tenham a grelha
37

simétrica, vãos pequenos e furos sejam bem discretizados, e os picos de esforços


nos pilares sejam bem trabalhados.

Duarte (1995) diz que quando se trabalha com o método de grelhas, a


protensão não age apenas como um carregamento, também age como um novo
sistema. O fato de a protensão ser analisada nas duas direções principais, ao se
protender uma das direções (envolvendo pelo menos uma barra da grelha) com
certeza a que está ortogonal a esta sofrerá a influência da contra-flecha dessa
protensão. Desta forma, os esforços introduzidos pelo carregamento serão
modificados pelo carregamento externo ou pela protensão nessa própria barra da
grelha.

Dornelles (2009) também afirma que a distribuição em planta com parte dos
cabos concentrados em faixas que passam sobre os pilares é mais vantajosa.
Baseado em seus estudos, ele recomenda concentrar entre 70% e 80% dos cabos
nessas faixas, porcentagem um pouco maior do que a recomendada pelo ACI.

3.3 ELEMENTOS FINITOS

O Método dos Elementos Finitos é muito flexível no lançamento da estrutura,


podendo inserir praticamente qualquer tipo de elemento bem como as ações no
mesmo. Porém, ao contrário dos softwares de grelhas, o lançamento da estrutura e
análise de resultados são bem mais complexos e demorados.

Este método é baseado na discretização da estrutura em pequenos


elementos, onde o seu comportamento pode ser bem definido. Os elementos são
conectados uns aos outros através de nós, sendo estes, responsáveis pela
transferência de esforços entre os elementos.

Colonese (2008) sugere o uso deste método em caso de estruturas mais


complexas, como geometria irregular ou com grandes vazios, para a obtenção de
esforços e deformações das lajes.

Milani (2006) apresenta um roteiro de dimensionamento de lajes lisas


protendidas utilizando o Método dos Elementos Finitos. Este roteiro consiste no
seguinte:

1 – Precisam-se determinar os parâmetros de projeto baseado em algumas


considerações específicas básicas, como a relação entre o vão ideal e a espessura
38

da laje requerida, modulação de pilares, etc. Em seguida introduz-se a geometria


através das coordenadas nodais, numeração dos elementos e conectividades,
espessura da laje, Módulo de Elasticidade e Poisson, número de camadas e
dimensões dos pilares, além de indicar as condições de contorno e carregamento
atuante.

Também é preciso determinar os fatores referentes à protensão: trecho reto,


cobrimento mínimo, etc.. Em seguida, é calculada a geometria dos cabos e feita a
derivação da mesma, com objetivo de se calcular as perdas de protensão devido ao
atrito. Então, calculam-se as perdas imediatas da força de protensão para o traçado
de cabo escolhido através dos parâmetros trecho reto, cobrimento e posição do
cabo e .

2 - Faz-se uma primeira análise linear da estrutura. Essa análise é feita com o
carregamento total, objetivando-se determinar os esforços atuantes para, a partir
dos esforços cortantes, definirem-se as faixas de protensão. Também é feita uma
análise para cada um dos carregamentos, com o objetivo de se determinarem os
esforços gerados devidos ao peso próprio e demais carregamentos. Sendo assim,
determinam-se os momentos fletores internos a cada faixa ao longo de cada linha de
pontos de integração perpendiculares às faixas. Faz-se isso para cada um dos
carregamentos em separadamente, para depois utilizar os resultados nas
combinações de serviço.

3 – Para cada faixa calcula-se o número de cabos necessários para equilibrar


a porcentagem escolhida de carga total. Isso é feito através do Método das cargas
equivalentes.

4 – Depois de definir o número de cabos, é feita uma segunda análise linear,


considerando apenas as cargas advindas da ação da protensão. O objetivo desta
análise é obter os esforços devidos à protensão, para serem utilizados nas
combinações de serviço.

5 – Combinam-se os esforços da protensão obtidos da segunda análise, mais


os esforços devidos ao carregamento obtidos na primeira análise.

6 – Escolhe-se a quantidade de cabos, baseando-se nas tensões existentes


(tensões obtidas para as combinações de serviço) e nas recomendações das
normas referentes aos limites de tensões. Caso o número de cabos escolhido tenha
39

ultrapassado os limites de tensão recomendados, troca-se o número de cabos. Para


o novo número de cabos são refeitas a primeira e a segunda análise e, realiza-se
uma nova comparação de tensões.

7 – Depois de se ter os resultados obtidos na segunda análise (cálculo com a


protensão), é feita uma terceira análise, eliminando-se os vínculos em que as
reações oriundas da análise citada são negativas e aplicam-se, nestes pontos, as
reações referidas. O objetivo desta análise é a separação dos momentos
hiperestáticos, necessários para as verificações no Estado Limite Último (ELU).

8 – Aplica-se a combinação de esforços para a obtenção das tensões para a


verificação do ELU.

9 – Dimensiona-se a armadura passiva.

Barboza (2014) comenta que a modelagem em Elementos Finitos é preferida


por muitos engenheiros por considerarem essa uma solução que se aproxima da
real e por ser capaz de analisar estruturas complexas com a combinação de muitos
elementos. Porém, contrariando o autor, pela dificuldade de modelagem e análise de
resultados bem como o detalhamento, o processo de elementos finitos não é tão
usado nos escritórios de cálculo estrutural.
40

4 CONSIDERAÇÕES DO EFEITO DA PROTENSÃO

A protensão em um elemento introduz uma força normal à peça, além das


ações externas. Esse esforço da protensão gera uma redistribuição de esforços
diferentes do que seria sem a mesma, além de alterar o comportamento do
elemento em situações de deformação. O fato de existir um esforço normal acaba
levando a necessidade de definir qual região da laje é afetada pela tensão normal de
um cabo. A força axial de um cabo não deve produzir tensão normal em qualquer
região da laje, mas sim em uma região próxima a ele. Os programas computacionais
de protensão normalmente deixam a cargo do projetista definir tal região.

Saber o que ocorre com a estrutura nessas condições é de essencial


importância para quem calcula estruturas protendidas, pois, conceitos e verificações
simplificadas podem diferenciar um Engenheiro de Estruturas de um simples usuário
de programa.

Carvalho (2012) apresenta duas formas de se considerar o efeito da


protensão: O esforço interno e a carga equivalente. A seguir serão tratados o
esforço interno, a carga equivalente, as forças desviadoras, a consideração de
faixas de mesma protensão ou esforços e o momento hiperestático de protensão
respectivamente.

4.1 ESFORÇO INTERNO

Carvalho (2012) comenta que para verificar as condições de serviço


(fissuração, deformação excessiva) é necessário saber o que acontece na peça sob
as condições em utilização. Em outras palavras, com as ações que realmente irão
ocorrer com maior frequência na estrutura. Desta forma, para verificar a fissuração
de peças em concreto protendido em serviço, costuma-se calcular as tensões
normais máximas em cada seção transversal. Nessas condições (ações em serviço)
as hipóteses de cálculo empregadas são:

- Lei de Hooke para os materiais aço e concreto;

- Superposição de efeitos;

- A seção plana da seção transversal permanece plana após a deformação;


41

- O material da seção transversal é homogêneo. Pode ser empregada essa


hipótese pois macroscopicamente o concreto pode ser considerado um material
homogêneo e isótropo, e o aço de protensão poderá ser considerado como uma
ação externa.

Sendo todas essas condições empregadas, e considerando que a intensidade


da tensão de tração, quando houver, poderá ser resistida pelo concreto, a teoria
técnica da resistência dos materiais pode ser empregada. A Figura 8 apresenta as
ações devido ao efeito de protensão (isostáticas) em uma seção S.

Figura 8: Ações devido ao efeito de protensão (isostáticas) em uma seção S

Fonte: Carvalho (2012)

Carvalho (2012) comenta que a seção transversal “S” está submetida a um


momento fletor M, juntamente com as tensões máximas e mínimas devido ao efeito
da protensão de um cabo curvo com uma força de protensão P (considerada
constante ao longo do mesmo). A inclinação do cabo é dada por  (Figura 8) e os
esforços internos ocorrem junto aos pontos mais distantes do centro de massa (cg),
situados junto à borda inferior e superior, dados por:

- Borda superior:

.
1

- Borda inferior:
42

.
2

Sendo:

e = tensões normais no concreto junto à borda superior e inferior


respectivamente;

= Esforço normal de protensão na seção dado por P.cos. Como o valor de


é, em geral, pequeno costuma-se confundir com P (força de protensão);

= Excentricidade do cabo na seção. Distância entre o centro de gravidade


do cabo e o da seção transversal;

A = Área da seção transversal de concreto que pode ser, em geral,


considerada igual à área da seção geométrica (no caso de lajes refere-se a faixa de
protensão);

e = Módulo de resistência da seção em relação ao bordo superior e


inferior, respectivamente. Dado pela razão entre a inércia (relativa ao eixo central) e
a distância do cg ao bordo inferior (i) e superior (s), respectivamente;

M = Soma dos momentos fletores na seção devido às ações atuantes (peso


próprio, carga acidental, sobrecarga permanente) para a verificação requerida;

. = Momento isostático de protensão, refere-se ao efeito da força de


protensão estar excêntrica em relação ao cg da peça e, assim para reduzi-la a este
ponto (cg) é preciso considerar este momento.

Para a utilização das fórmulas 1 e 2, usa-se o sinal negativo para as tensões


de compressão e negativo para tensões de tração.

4.2 CARGA EQUIVALENTE

A carga equivalente pode ser uma alternativa para a consideração do efeito


da protensão. Carvalho (2012) comenta esta forma através de um exemplo de uma
viga bi-apoiada de concreto protendido. Considera-se o diagrama de corpo livre da
viga separando-o do cabo de protensão. A Figura 9 apresenta esta viga, tendo o
traçado do cabo curvo com as extremidades no centro de gravidade da peça.
43

Figura 9: Efeito da protensão de cabo curvo através de uma ação equivalente

P P
e
tangente ao cabo na
e
extremidade do mesmo
P P

L/2 L/2 uP

Fonte: Carvalho (2012)

Considerando a ação do cabo curvo na viga, com uma força de protensão P


aplicada nas extremidades, esta provocará uma ação u (contato cabo-concreto) que
pode ser substituída por uma ação uniformemente distribuída ao longo da viga na
direção vertical (perdas de protensão são desprezadas). Fazendo o equilíbrio na
direção vertical, obtém-se:

2 3

Considerando o traçado do cabo uma parábola de segundo grau, o valor de


é dado por:

2
4
2

Considerando que o valor de seja muito pequeno em relação ao valor de ,


tem-se:

2
5

Substituindo a equação 5 na equação 3, obtém a seguinte equação:

8
6
44

Thomaz (2009) comenta que o método da carga equivalente é usado em


qualquer tipo de estrutura, seja em vigas, pórticos, cascas ou em lajes
protendidas.Fernandes (1998) diz que em lajes lisas contínuas o traçado do cabo se
assemelha ao traçado do gráfico de momento.

Koerich (2004) afirma que devido à relativa facilidade de implementação


computacional, considerar a protensão na estrutura como um conjunto de cargas
externas equivalentes é uma excelente alternativa para a resolução das estruturas
protendidas,principalmente as hiperestáticas.

Os esforços produzidos na estrutura apenas por essas reações auto


equilibradas constituem os chamados esforços secundários ou hiperestáticos de
protensão. Depois de fazer o equilíbrio de cargas, a armadura passiva é colocada
apenas para resistir o carregamento não balanceado.

4.3 FORÇAS DESVIADORAS

Dentro de um elemento protendido, o traçado do cabo tende a ser feito de


acordo com o diagrama de momento. De forma simplificada, onde existe tração
coloca-se armadura ativa, e onde existe compressão, é feita uma verificação ao
esmagamento do concreto, para ver se ele resiste.

Desta maneira, o traçado do cabo acaba ficando ondulado. Ao se tensionar


no ato da protensão, o cabo gera algumas forças dentro da estrutura. Essas forças
são denominadas de forças desviadoras ou forças de mudança de direção. A Figura
10 apresenta essas forças.

Figura 10: Cabo sendo tracionado no interior de uma bainha

Fonte: Menegatti (2004)


45

Menegatti (2004) comenta outros fenômenos que ocorrem quando um cabo


desses é tracionado. Concentrando-se a atenção em um trecho curvo do cabo,
como o da Figura11, o cabo está sujeito a uma força de tração P, aplicada apenas
na extremidade A. Essa força é equilibrada pelas outras forças representadas.

Figura11: Esquema de esforços no cabo

Fonte: Menegatti (2004)

Devido ao atrito do cabo com a bainha, a força de tração ao longo do cabo é


variável. Os esforços ftc(S) e fla(S), são, respectivamente, as forças transversais de
curvatura e forças longitudinais de atrito.

Considerando esse trecho de cabo com raio variável (situação genérica), os


esforços ftc(s) e fla(s) também serão variáveis em módulo, direção e sentido.
Entretanto, mesmo com essas variações, o sistema de forças associado ao trecho
de cabo em estudo é auto equilibrado, ou seja, a somatória de forças em qualquer
direção ou a somatória de momentos em torno de qualquer ponto arbitrário é sempre
igual a zero.

Para se determinar o valor da força distribuída ftc(S), será considerado um


trecho pequeno de cabo, de raio constante r, conforme a Figura 12.
46

Figura 12: Esquema de forças em um trecho pequeno de cabo

Fonte: Menegatti (2004)

Se as forças de atrito entre o cabo e a bainha forem desprezadas (protensão


sem aderência), as forças nas duas extremidades do trecho serão iguais. Nesse
caso, sabe-se que ftc exerce uma pressão uniformemente distribuída sobre o cabo,
necessária para mantê-lo na sua posição, tal que, se observar o polígono de forças
da Figura 12 tem o seguinte:

Δθ
.Δ 2 7
2

Para ângulos pequenos tem-se:

Δθ Δθ
8
2 2

Deixando a equação desta forma:

Sabendo que: , onde r é o raio de curvatura, temos finalmente:

10

Menegatti (2004) também apresenta, de forma esquemática, um cabo de


geometria espacial, apresentando forças que atuariam dentro de uma peça de
concreto ao ser tracionado nas suas extremidades e desprezando as forças
longitudinais de atrito (Figura 13).
47

Figura 13: Esquema genérico de forças que agem sobre um cabo no espaço,
desprezando-se forças longitudinais de atrito

Fonte: Menegatti (2004)

Podem-se calcular as forças ftc(s) através da equação (10), considerando r(s)


variável e suas direções definidas pela direção radial em cada ponto.

4.4 CONSIDERAÇÃO DE FAIXAS DE MESMA PROTENSÃO OU ESFORÇOS

Os esforços em um elemento estrutural são diferentes em cada seção.


Porém, em algumas faixas, os esforços são aproximados. Tratar todo o pavimento
pela pior situação faz com que a análise do mesmo seja errônea, ou seja, caso os
esforços sejam tratados de uma única vez, eles poderão estar a favor ou contra a
segurança, dependendo da situação. Mesmo que seja considerada uma laje onde o
carregamento é uniforme, os vãos e alinhamento de pilares sejam razoavelmente
comportados, os esforços poderão ser tratados em faixas, em vez de serem tratados
de forma geral.

Fernandes (1998) afirma que, se trabalhar com valores de momentos


diferentes para cada faixa de laje, consegue-se diferentes seções de aço,
possibilitando uma economia considerável que ultrapassa 20%, dependendo da laje
analisada.

No software TQS, as faixas de mesma protensão ou esforço são trabalhados


com a Região de Protensão Uniforme (RPU) e a Região de Transferência de
Esforços (RTE). Na RPU é feita uma média dos esforços por ela contidos, por isso o
cuidado de não colocar faixas de RPU com esforços distintos. A RTE é um artifício
de cálculo para que uma região que não tenha RPU possa ter os seus esforços
tratados pelos mesmos. Isso acontece bastante quando a laje possui recortes ou
vazios.
48

4.5 CONCEITUAÇÃO DO MOMENTO HIPERESTÁTICO DE PROTENSÃO

CAVALCANTI & HOROWITZ (2008) comentam que o cálculo manual dos


efeitos hiperestáticos de protensão é relativamente simples no caso de vigas
contínuas, porém torna-se complexo no caso de pórticos e grelhas e inviável no
caso de lajes e cascas. Sendo assim, para efeito de raciocínio, será explicado o
conceito utilizando uma viga contínua.

A Figura 14apresenta uma viga contínua com dois vãos simétricos, sujeita a
carga uniformemente distribuída.

Figura 14: Viga contínua submetida a carregamento uniformemente distribuído

l l
Fonte: Autor (Adaptado de Leonhardt 1983)

O diagrama de momento provocado pela carga está na Figura 15.

Figura 15: Diagrama de momento da viga contínua

Fonte: Autor (Adaptado de Leonhardt 1983)

Analisando-se apenas o diagrama de momento, uma boa trajetória para os


cabos de protensão para a viga pode ser exatamente a forma do momento da viga,
como mostrado na Figura 16. O cabo irá provocar um carregamento uniformemente
distribuído para cima.
49

Figura 16: Traçado do cabo com a forma do diagrama de momento da viga e carga
equivalente produzida pelo cabo

P P


f f

Fonte: Autor (Adaptado de Leonhardt 1983)

Desta forma, os esforços de momento na viga provocados pela protensão


serão invertidos em relação aos esforços da carga uniformemente distribuída. A
Figura 17 apresenta este diagrama de momento.

Figura 17: Diagrama de momento da viga devido à protensão

Fonte: Autor (Adaptado de Leonhardt 1983)

Se retirar o apoio central da estrutura, com o carregamento devido à


pretensão igual está na Figura 18, a estrutura se deformará igual para cima, como
mostra a Figura 19.
50

Figura 18: Efeito da protensão na viga sem apoio central

P P


f f

A B C
l l

Q
Fonte: Autor (Adaptado de Leonhardt 1983)

Figura 19: Estrutura deformada devido à carga de protensão


b

A B C

Fonte: Autor (Adaptado de Leonhardt 1983)

Como no ponto B existe um apoio, surgirá um esforço VB, ou seja, uma força
concentrada no apoio B devido ao efeito da protensão. A Figura 20 apresenta esse
esforço.

Figura 20: Aplicação da carga unitária no ponto B

B
A C
1

Fonte: Autor (Adaptado de Leonhardt 1983)

A Figura 21 apresenta o momento fletor devido à carga unitária (Diagrama ).


51

Figura 21: Momento fletor devido à carga unitária. Diagrama

B
A C
l/2
Fonte: Autor (Adaptado de Leonhardt 1983)

O deslocamento causado pela carga unitária da Figura 19está na Figura 22.

Figura 22: Deslocamento no ponto B devido ao esforço hiperestático

B
A C
- B
Fonte: Autor (Adaptado de Leonhardt 1983)

Equacionando o deslocamento causado pela carga unitária da Figura 20,


temos:

. . 11

O deslocamento causado pela protensão é dado por:

Δ . . 12

Onde:

Mp = momento devido à protensão (isostático).

A reação hiperestática a se determinar é XB, cuja reação causará uma


deformação igual a B. Desta forma, temos:

Δ . 13

Ou seja:

. . . . . 14

Sendo assim:

. .
15
. .
52

Caso a integral do numerador seja nula, sabe-se que o cabo será


concordante e não terá efeito hiperestático.

A partir do momento que for encontrado XB, as reações de apoio também


serão encontradas pelo equilíbrio de esforços. A partir desses conceitos, pode-se
apresentar uma relação em estruturas elásticas lineares (vigas, pórticos, etc.). Em
uma seção, o momento fletor final de protensão será a soma dos momentos
hiperestático e isostático, ou seja:

16

Sendo:

Mf = Momento final de protensão

Mi = Momento isostático de protensão

Mh= Momento hiperestático de protensão

Porém, a Figura 16 não é realista. Para que não se tenham momentos


aplicados no início e final da trajetória do cabo, Emerick (2005) recomenda colocar
um trecho reto e ancorar no centro da peça. Ele também ressalta a importância de
se ter curvas relativamente suaves nos pontos de inflexão.

No apoio central, o Momento Hiperestático obteve sinal contrário ao das


cargas atuantes, porém, no meio do vão ocorreu apenas um alívio de tendões,
devido à inversão do momento causado pelo traçado do cabo.

Faleiros Junior (2010) ressalta que o efeito da protensão em peças


hiperestáticas pode provocar esforços hiperestáticos de protensão e,
particularmente, o momento hiperestático. Sendo assim é importante notar que ao
se calcular a armadura longitudinal de protensão, considera-se o efeito do momento
isostático de protensão, faltando, portanto, considerar o efeito do hiperestático de
protensão. Desta forma, o valor do momento Md deverá levar em conta, além dos
valores usuais (cargas permanentes, acidentais, etc.), o efeito do hiperestático.

Também é importante considerar o hiperestático de protensão no valor Md


que estará sendo usado para determinar Ap, estimando o valor do momento
hiperestático, pois ainda não se conhece o valor da força de protensão.
53

5 DIMENSIONAMENTO DA ARMADURA LONGITUDINAL DE PROTENSÃO

Para dimensionar a armadura longitudinal de protensão, como afirma


CARVALHO (2012) em seu livro, é preciso em cada seção transversal atender:

- O estado limite último de flexão no tempo infinito;

- O estado limite último de flexão no tempo zero (verificação em vazio);

-O estado de serviço para durabilidade (protensão parcial, limitada ou


completa).

Por se tratar de um pavimento, o cálculo da armadura não é tão simples como


uma viga e depende fundamentalmente entre outros fatores: o traçado dos cabos
em planta e em elevação, a distribuição dos cabos nas regiões da laje, o valor do
momento hiperestático de protensão e a própria geometria do pavimento. A partir
destas preocupações, diversos autores indicam roteiros de cálculo, na verdade de
pré-dimensionamento de armadura longitudinais, que ao término do procedimento
precisam de cálculos de verificação e iterações até chegar ao detalhamento final.

Pode-se dizer que há dois grandes grupos de roteiros: Aqueles que visam
determinar a armadura a partir das verificações em serviço (em geral tensões), e
aqueles que partem do estado limite último. Em ambas as situações é preciso fazer
verificações complementares: no primeiro caso de ruptura e, no segundo de serviço.

Um procedimento muito usado no Estado Unidos é o da carga a ser


equilibrada. Na verdade, é processo de verificação de tensão, pois na medida em
que se impõem uma ação contraria à ação das cargas atuantes, provavelmente as
verificações de fissuração em serviço estarão atendidas.

A seguir serão apresentados três roteiros para dimensionamento de lajes


protendidas:

- O primeiro roteiro foi escrito por Milani (2006), para a utilização do Método
dos Elementos Finitos;

- O segundo foi escrito por Mello (2005). Ela escreveu um roteiro para lajes
protendidas com protensão parcial e protensão limitada, utilizando a ABNT NBR
6118;

- O terceiro roteiro foi escrito por Emerick (2005) em seu livro.


54

5.1 DIMENSIONAMENTO DE LAJES PROTENDIDAS SEGUNDO MILANI (2006)

Milani (2006) apresenta um roteiro de dimensionamento de lajes lisas


protendidas utilizando o Método dos Elementos Finitos. Este roteiro consiste no
seguinte:

1 – Precisam-se determinar os parâmetros de projeto baseados em algumas


considerações específicas básicas, como a relação entre o vão ideal e a espessura
da laje requerida, modulação de pilares, etc. Em seguida introduz-se a geometria
através das coordenadas nodais, numeração dos elementos e conectividades,
espessura da laje, Módulo de Elasticidade e Poisson, número de camadas e
dimensões dos pilares, além de indicar as condições de contorno e carregamento
atuante. Também é preciso determinar os fatores referentes à protensão, como o
trecho reto, cobrimento mínimo, etc. Em seguida é calculada a geometria dos cabos
e feita a derivação da mesma, com objetivo de se calcular as perdas de protensão
devido ao atrito. Então, calculam-se as perdas imediatas da força de protensão para
o traçado de cabo escolhido através dos parâmetros trecho reto, cobrimento e
posição do cabo e .

2 - Faz-se uma primeira análise linear da estrutura. Essa análise é feita com o
carregamento total, objetivando-se determinar os esforços atuantes para, a partir
dos esforços cortantes, definirem-se as faixas de protensão. Também é feita uma
análise para cada um dos carregamentos, com o objetivo de se determinarem os
esforços gerados devidos ao peso próprio e demais carregamentos. Sendo assim,
determinam-se os momentos fletores internos a cada faixa ao longo de cada linha de
pontos de integração perpendiculares às faixas. Faz-se isso para cada um dos
carregamentos em separadamente, para depois utilizar os resultados nas
combinações de serviço.

3 – Para cada faixa calcula-se o número de cabos necessários para equilibrar


a porcentagem escolhida de carga total. Isso é feito através do Método das cargas
equivalentes.

4 – Depois de definir o número de cabos, é feita uma segunda análise linear,


considerando apenas as cargas advindas da ação da protensão. O objetivo desta
análise é obter os esforços devidos à protensão, para serem utilizados nas
combinações de serviço.
55

5 – Combinam-se os esforços da protensão obtidos da segunda análise, mais


os esforços devidos ao carregamento obtidos na primeira análise.

6 – Escolhe-se a quantidade de cabos, baseando-se nas tensões existentes


(tensões obtidas para as combinações de serviço) e nas recomendações das
normas referentes aos limites de tensões. Caso o número de cabos escolhido tenha
ultrapassado os limites de tensão recomendados, troca-se o número de cabos. Para
o novo número de cabos são refeitas a primeira e a segunda análise e realiza-se
uma nova comparação de tensões.

7 – Depois de se ter os resultados obtidos na segunda análise (cálculo com a


protensão), é feita uma terceira análise, eliminando-se os vínculos em que as
reações oriundas da análise citada são negativas e aplicam-se, nestes pontos, as
reações referidas. O objetivo desta análise é a separação dos momentos
hiperestáticos, necessários para as verificações no Estado Limite Ultimo (ELU).

8 – Aplica-se a combinação de esforços para a obtenção das tensões para a


verificação do ELU.

9 – Dimensiona-se a armadura passiva.

5.2 DIMENSIONAMENTO DE LAJES PROTENDIDAS, SEGUNDO MELLO (2005)

Mello (2005) comenta que esse roteiro é interativo. Sendo assim, caso no final
do roteiro seja determinado um número de cabos diferente do adotado inicialmente,
deverá ser refeito todo o procedimento, até que haja convergência na solução.

Os dois roteiros de dimensionamento (protensão parcial e protensão limitada)


são provenientes de uma única fase de determinação de variáveis e de cálculo
comum.

Uma vez estabelecida a classe de agressividade ambiental, ficam definidas a


resistência mínima à compressão do concreto, a relação máxima do fator
água/cimento, valores mínimos de cobrimento e intensidade de protensão (parcial ou
limitada). Com o conhecimento dos vãos é estabelecida a espessura da laje. Deve-
se também escolher o aço de protensão bem como a cordoalha empregada.

Em seguida, escolhe-se uma distribuição de cabos em planta (faixa) e um


traçado em elevação, podendo-se determinar a tensão de protensão ao longo do
mesmo no tempo zero e no tempo infinito.
56

Desta maneira, o pavimento pode ter seus esforços solicitantes determinados


para os carregamentos de peso próprio (g1), sobrecarga permanente (g2), carga
acidental (q) e protensão (p). Em seguida, para determinar os esforços de protensão
atribui-se inicialmente um número de cabos aleatório por faixa. Este número de
cabos pode ser obtido considerando um cabo por metro ou desprezando o efeito do
hiperestático no pré-dimensionamento, considerando-o depois com o número de
cabos obtido.

Ao terminar essa primeira fase, são conhecidas: as características de uma


seção (área - Aconcreto e módulos de resistência - W i , s ) momentos fletores de carga

permanente (Mg1), sobrecarga permanente (Mg2), acidental (Mq), o de protensão total


(Mp), o isostático de protensão ( M isost   p . Acabo .e ) e o hiperestático (Mhip = Mp –

Misost).

Na sequência, o roteiro de dimensionamento se divide em protensão parcial e


protensão limitada. A Tabela 1 apresenta essa diferença dos tipos de protensão.

5.2.1 PARA UTILIZAÇÃO DE PROTENSÃO PARCIAL

Mello (2005) comenta que na utilização de protensão parcial geralmente a


condição de colapso é a que conduz à determinação da quantidade de cabos.

Desta maneira, dimensiona-se a quantidade de armadura no estádio III


considerando o hiperestático de protensão com o valor obtido na fase preliminar,
prosseguindo para o próximo passo se o número de cabos for igual ao arbitrado.
Caso o número de cabos seja muito diferente do arbitrado na fase preliminar, refaz-
se o cálculo dos momentos de protensão (total, isostático e hiperestático) com o
novo número de cabos e retoma-se esse roteiro.

Em seguida, verifica-se o ELU de ruptura no tempo zero, já com o número de


cabos determinado. Nesta verificação, deve-se ficar atento ao uso de armadura
passiva na borda oposta ao cabo caso haja tração.

,
0,7 0 1,2 17

sendo:

Mg1 – momento fletor devido ao peso próprio;


57

Mp – momento de protensão total, com uma quantidade de cabos pré-


determinada;

W i , s – módulo de resistência inferior e superior;

Acabo – área do cabo;

Aconcreto – área do concreto;

 p ,t 0 - tensão de protensão no ato da protensão;

f ckj - tensão característica de compressão do concreto;

f ctm - tensão média de tração.

Averiguar se há ou não presença de fissura:

, ,
∓ 1,5 , 18

Sendo assim, se a tensão for maior que a resistência de tração do concreto,


então fazer a verificação de abertura de fissura:

4
45 0,2 19
12,5

Se o limite de abertura de fissura for ultrapassado, deve-se aumentar a


quantidade de armadura passiva.

5.2.2 PARA UTILIZAÇÃO DE PROTENSÃO LIMITADA

Mello (2005) comenta que a determinação do número de cabos para a


protensão limitada é feita na verificação de tensões em serviço para a combinação
quase permanente.

Sendo assim, deve-se determinar o número de cabos, levando-se em conta o


limite de tensão em serviço para a combinação quase permanente (valores de
protensão tomados no tempo infinito).

, ,
∓ ∓ 0 20

sendo: M1cabo,isost – momento isostático de um cabo;

Mhip – momento hiperestático para o número de cabos da fase inicial;


58

n – número de cabos;

i – tensão no cabo na seção para o tempo infinito (neste caso,


numericamente igual a força de protensão devido a área do cabo ser 1 cm2);

Wi,s – módulo de resistência (inferior ou superior).

Se o número de cabos n for parecido com o arbitrado, prossegue-se o cálculo


ou retoma-se o cálculo do hiperestático de protensão e do número de cabos feito
neste item, até que haja convergência.

Em seguida é feita a verificação da tensão em serviço para combinação


frequente (valores de protensão tomados no tempo infinito).

, ,
0,7 ∓ 1,2 , 21

Depois é feita a verificação de ruptura no tempo zero (valores de protensão


tomados no tempo zero) e no tempo infinito, completando com armadura passiva se
necessário.

5.3 DIMENSIONAMENTO DE LAJES PROTENDIDAS SEGUNDO EMERICK (2005)

Emerick (2005) apresenta um roteiro de dimensionamento de lajes lisas


protendidas. Ele apresenta muitos conceitos contidos nas normas americanas. A
seguir serão abordados os principais tópicos do dimensionamento.

5.3.1 DETERMINAÇÃO DA CARGA A SER EQUILIBRADA

O carregamento de protensão deve equilibrar as cargas permanentes


juntamente com uma parcela da carga acidental.

O ACI 423 (1989) apresenta o seguinte critério para esse equilíbrio:

- Caso em que sejam previstas paredes divisórias leves e sobrecargas, num


total de cerca de 2,0 a 3,0 kN/m²: equilibrar o peso próprio + 0,5 kN/m².

- Caso em que sejam previstas paredes de alvenaria: equilibrar o peso próprio


+ 2/3 do peso das paredes.

Outro critério comentado por Emerick (2005) é o de equilibrar o peso próprio +


10% do carregamento total.
59

Emerick (2005) também comenta que, em geral, para lajes trabalha-se com
protensão parcial, e que os critérios apresentados se enquadram nessa filosofia de
trabalho.

5.3.2 DETERMINAÇÃO DA FORÇA DE PROTENSÃO NECESSÁRIA

Para o cálculo da força de protensão necessária, adota-se a hipótese de que


ela seja constante ao longo do cabo. Desta maneira, a protensão necessária deve
ser calculada para o vão mais desfavorável. Para as estruturas usuais, pode ser
usada a formulação simplificada a seguir:

Figura 23: Cálculo da protensão necessária


Q

f1 f2 f3

l1 l2 l3
Fonte: Autor (Adaptado de Emerick 2005)

Carga em balanço:

22
2

Carga em vão interno:

23
8

Carga em vão externo:

24
8

A formulação apresentada desconsidera o efeito da inversão da curvatura dos


cabos sobre os pilares.

Recomenda-se que, para lajes com vãos muito fora da proporção não seja
aplicada a mesma força de protensão em todos os vãos, podendo alguns vãos ter
mais cabos do que outros.
60

5.3.3 ESFORÇOS COM O MÉTODO DO PÓRTICO EQUIVALENTE SEGUNDO A


ABNT NBR 6118:2014

A ABNT NBR 6118:2014 proíbe a utilização de pórticos equivalentes para


lajes lisas protendidas. Porém, a nível de comparação de resultados, esse método é
apresentado no presente trabalho.

Para cada pórtico deve ser considerada a carga total. A distribuição de


momentos, obtida em cada direção, de acordo com a Figura 24 deve ser feita da
seguinte maneira:

a) 45% dos momentos positivos para as duas faixas internas;

b) 27,5% dos momentos positivos para cada uma das faixas externas;

c) 25% dos momentos negativos para as duas faixas internas;

d) 37,5% dos momentos negativos para cada uma das faixas externas.

Figura 24: Faixa para a distribuição dos momentos segundo a ABNT NBR 6118:2014

0,25 ly
FAIXA EXTERNA

0,25 ly
FAIXA INTERNA

0,25 ly
FAIXA INTERNA
0,25 ly

FAIXA EXTERNA
Fonte: Autor (Adaptado de Emerick 2005)

O método do pórtico equivalente proposto pela ABNT NBR 6118:2014


consiste em dividir a estrutura em uma série de pórticos em cada direção,
constituídos por pilares e lajes. Em cada um desses pórticos existirão faixas internas
e faixas externas. A Figura 25 apresenta um exemplo de divisão de pórticos em uma
laje.
61

Figura 25: Definição dos Pórticos segundo a ABNT NBR 6118:2014

FAIXA EXTERNA

0,5 Y3
FAIXA INTERNA
Y3

FAIXA INTERNA

0,5 Y3
FAIXA EXTERNA
FAIXA EXTERNA

0,5 Y2
FAIXA INTERNA
Y2

FAIXA INTERNA

0,5 Y2
FAIXA EXTERNA
FAIXA EXTERNA

0,5 Y1
FAIXA INTERNA
Y1

FAIXA INTERNA

0,5 Y1
FAIXA EXTERNA
Fonte: Autor

A Figura 26 apresenta a distribuição dos momentos nas faixas, de acordo


com a ABNT NBR 6118:2014.
62

Figura 26: Distribuição dos momentos nas faixas

Fonte: Emerick(2005)

Desta forma, os momentos se dão por:

0,375 25
0,25

0,25 26
0,5

Ã
0,275 27
0,25

Ã
0,45 28
0,5

5.3.4 CÁLCULO DA QUANTIDADE DE CABOS

O cálculo da quantidade de cabos está diretamente relacionado à força de


protensão necessária para equilibrar o carregamento previsto e à tensão atuante no
cabo adotado. Essas relações estão descritas nas equações 29 e 30.

Aços de relaxação normal:


63

0,74
29
0,87

Aços de relaxação baixa:

0,74
30
0,82

Onde:

= tensão característica de ruptura do aço;

= tensão característica de escoamento (convencional) do aço.

Adota-se para cordoalhas de 12,7 mm com aço CP190 RB uma força de


protensão inicial de 14tf, e para a cordoalha de 15,2 mm uma protensão inicial de
19,7 tf. Em casos de irregularidade na protensão, pode-se aumentar os limites de
tensão nos cabos em até 10%, até o limite de 50% dos cabos, desde que seja
garantida a segurança da estrutura.

° 31
1 ã %

Onde:

= Largura da tributária ou faixa de laje onde as cordoalhas estarão


locadas;

= Força de protensão a ser utilizada;

= força de protensão na cordoalha utilizada.

5.3.5 VERIFICAÇÃO DAS TENSÕES DE SERVIÇO

5.3.5.1 CÁLCULO DAS TENSÕES NO ESTÁDIO I

Emerick (2005) comenta que para o cálculo das tensões na seção


considerando o Estádio I, além do carregamento externo é necessário considerar o
efeito da protensão.

Desta forma:

32
64

Mas,

33

Sendo assim,

34

Ou,

35

Onde:

= tensão normal;

= força de protensão;

= excentricidade do cabo;

= momento estático da seção;

= momento fletor devido ao carregamento externo;

= momento fletor devido ao efeito hiperestático da protensão;

= momento fletor devido à carga balanceada com a protensão;

=momento fletor devido ao carregamento externo combinado com o


momento devido à carga balanceada com a protensão.

Como a seção de concreto tem armadura em seu interior, pode-se fazer uma
homogeneização das seções, através da razão entre os módulos de elasticidade do
aço e do concreto. Porém, como o acréscimo de seção é muito pequeno, adota-se o
valor da seção bruta, uma vez que os resultados ficam mais conservadores.

5.3.5.2 LIMITE DE TENSÕES

O ACI 423 (1989) recomenda limites para tensão admissível em peças


fletidas de concreto protendido:

Tensão média de compressão:

Em lajes com protensão não aderente a tensão média de compressão deve


estar no intervalo entre 0,86 MPa e 3,5 MPa.
65

Tensões no concreto imediatamente após a aplicação da protensão (MPa):

(a) compressão na zona de momento negativo 0,40 ′

(b) compressão na zona de momento positivo 0,60 ′

(c) tração (com armadura passiva) 0,50 ′

Sendo que onde a tensão de tração no concreto exceder os valores acima,


uma armadura auxiliar aderente (passiva ou ativa) deve ser colocada para resistir à
tensão total de tração.

Tensões no concreto em serviço (após as perdas no tempo) (MPa):

(a) compressão na zona de momento negativo 0,30 ′

(b) compressão na zona de momento positivo 0,45 ′

(c) tração (com armadura passiva) 0,50 ′

Onde:

′ é a resistência à compressão do concreto especificada;

′ é a resistência à compressão do concreto na idade “i” dias.

De forma simplificada, pode-se assumir que ′ seja igual ao ′ .

ABNT NBR 6118:2014 apresenta a expressão 36 para o cálculo da


resistência do concreto na idade da protensão:

, 36

Sendo

28
1 37

Onde:

= idade efetiva do concreto, expressa em dias

Os valores de são apresentados na Tabela 3.


66

Tabela 3: Valores para o coeficiente s em razão do tipo de cimento


s Tipo de cimento
0,20 CPV - ARI
0,25 CPI, CPII
0,38 CPIII e CPIV
Fonte: Autor (Adaptado da ABNT 618, 2014)

É comentado na ABNT NBR 6118:2014 que para a protensão parcial deve ser
respeitado o Estado Limite de Formação de Fissura (ELS-W) para a combinação
frequente de ações. A seguir é apresentado um roteiro simplificado para a
verificação do ELS-W.

1° Passo:

Verificar se para a combinação considerada a seção atingiu o Estádio II:

, á 38

Para seção retangular pode-se adotar a seguinte simplificação:

6
, á 39

Onde:

, á = máxima tensão de tração na seção do Estádio I;

= momento fletor devido ao carregamento externo combinado com o


momento devido à carga balanceada com a protensão.

Se , á > 0 indica compressão em toda a seção. Dessa forma, o ELS-W está


atendido (seção no Estádio I).

Se , á < 0 indica tração na seção. Neste caso:

Se , á , → seção no Estádio I, pois está atendendo ao Estado


Limite de Formação de Fissuras (ELS-F), portanto, o ELS-W está atendido.

Se , á , → seção no Estádio II. Neste caso deve-se seguir com a


verificação (2° Passo).

2° Passo:

Cálculo da tensão na armadura no Estádio II. O cálculo é feito para uma faixa
de largura unitária, considerando-se um diagrama linear na compressão e
67

desprezando-se a resistência à tração do concreto. A Figura 27 ilustra esse


conceito.

Figura 27: Equilíbrio da seção no Estádio II

x/3
C
x

M
dp
ds
Zp
Zs

T p =  pA p
T s =  sA s
Fonte: Autor (Adaptado de Emerick 2005)

Para que ocorra equilíbrio da seção:

40

Ou ainda:

41
3 3

Assim temos:

42

Pode-se assumir a tensão na armadura como sendo a tensão provocada pelo


pré-alongamento do cabo, ou seja:

43

Onde:

= acréscimo de tensão no centro de gravidade da armadura considerada,


entre o Estado Limite de Descompressão e o carregamento considerado. Deve ser
68

calculada no Estádio II, considerando-se toda a armadura ativa, incluindo dentro de


bainhas;

M = momento fletor para o carregamento considerado (em geral, combinação


frequente das ações) juntamente com o efeito hiperestático:

44

= força de neutralização;

=área de armadura ativa, em cm²/m;

= área de armadura passiva, em cm²/m;

X = profundidade da linha neutra. Para o cálculo de x a ABNT6118 (2014)


prescreve que seja adotada uma relação entre o módulo de elasticidade do aço e do
concreto 15.

Em cálculos manuais, pode-se adotar um valor médio para a linha neutra de:

≅ 0,39 45

Substituindo-se as expressões 44 e 45 em 42 e admitindo que ≅ , a


tensão na armadura é dada por:

1,15
46

3° Passo:

Cálculo da região de envolvimento protegida por uma barra da armadura


passiva. A Figura 28 apresenta a influência de uma barra no combate a fissuração.

Figura 28: Região de envolvimento protegida pela barra i

Fonte: Figura 17.3 da ABNT NBR 6118:2014


69

Onde:

= área da região de envolvimento protegida pela barra ;

No cálculo da abertura de fissuras, admite-se que apenas as armaduras


passivas (ou ativas fora da bainha) combatam a fissuração.

4° Passo:

Cálculo da abertura característica das fissuras ( ). O valor adotado será o


menor dentre os valores calculados com as expressões 47 e 48.

4
. 45 47
12,5

3
. . 48
12,5 ,

Onde:

, sendo a área da barra da armadura passiva ;

= 2.100.000 kgf/cm² (210.000 MPa) para armadura passiva;

= coeficiente de conformação superficial da armadura considerada. A


Tabela 4 apresenta esse coeficiente.

Tabela 4: Coeficiente de conformação superficial


Tipo de barra
Lisa 1
Dentada 1,4
Alta aderência 2,25
Fonte: ABNT NBR 6118:2014

, – resistência média do concreto à tração. Para concretos com fck≤ 50


Mpa, a ABNT NBR 6118:2014 indica:

, 0,3 , 49

5.3.6 VERIFICAÇÃO DA RUPTURA POR FLEXÃO – ESTADO LIMITE ÚLTIMO

A seguir será apresentado um roteiro para o cálculo da capacidade resistente


de uma seção de concreto protendida para um momento fletor.
70

5.3.6.1 DETERMINAÇÃO DO VALOR DE CÁLCULO DA FORÇA DE PROTENSÃO

A equação 50 apresenta o cálculo da força de protensão:

. 50

Onde:

= 0,9 – situação favorável;

= 1,1 – situação desfavorável.

5.3.6.2 CÁLCULO DO PRÉ-ALONGAMENTO DA ARMADURA ATIVA

A Figura 29 apresenta uma peça protendida submetida apenas à força de


protensão. A tensão normal no concreto na fibra correspondente ao centro de
gravidade da armadura é dada por .

Figura 29: Peça de concreto atuando apenas a força de protensão

ep C.G.
P P  cp
Fonte: Autor (Adaptado de Emerick 2005)

A Figura 30 apresenta o estado de descompressão da seção, que consiste


numa situação fictícia cujo através da aplicação de uma força externa Δ
que anularia a tensão do concreto na fibra correspondente ao centro de gravidade
da armadura.

Figura 30: Peça de concreto no estado de descompressão

Pn = P + P Pn = P + P

Fonte: Autor (Adaptado de Emerick 2005)

A deformação na armadura ativa, correspondente à força de neutralização ,


é chamada de pré-alongamento, designada por . Para calcular , adiciona-se à
deformação da armadura ativa uma deformação igual à sofrida pelo concreto em
função da tensão de compressão . Desta forma:
71

1
Δ α 51
ε E

Portanto:

52

53

Sendo:

= força de protensão de cálculo, em geral adota-se (protensão no


tempo infinito);

= área da armadura ativa;

E = módulo de elasticidade do aço de protensão, em geral adota-se: E


196 GPa;

=E / E .

A tensão no centro de gravidade da armadura, , pode ser obtida pela


equação 54.

54

Ou, caso a seção seja retangular:

12 55

Onde:

= excentricidade do centro de gravidade de cabo em relação ao centro de


gravidade da seção, conforme Figura 29;

= área da seção transversal;

= momento de inércia da seção transversal;

h= altura da seção;

b= largura, para lajes em geral trabalha-se com b = 1m.


72

5.3.6.3 CÁLCULO DA TENSÃO NA ARMADURA ATIVA

O cálculo da tensão na armadura ativa é feito com a inserção da deformação


total no diagrama tensão-deformação do aço, Figura 32. Esse cálculo é dividido em
dois casos: armadura aderente e armadura não aderente.

5.3.6.3.1 ARMADURA ADERENTE

No caso da armadura aderente, o valor de é obtido a partir da


compatibilidade de deformações na seção. A Figura 31 apresenta os dados para
esse cálculo.

Figura 31: deformação na armadura ativa

 cu =3,5%O

dp

p

Fonte: Autor (Adaptado de Emerick 2005)

O cálculo da deformação se dá por:

3,5
0,35% 56

Obtida a deformação devida à curvatura da seção, calcula-se a deformação


total ( ) acrescentando-se o pré-alongamento ( ).

57

A deformação de cálculo será:

58

Sendo:
73

= 1,15

Analisando a Figura 32, se entrar com o valor de cálculo da deformação ( )


na curva apresentada, a tensão calculada será a tensão de cálculo ( ).

Figura 32: Diagrama tensão-deformação para o aço CP-175 e CP-190

Fonte: Emerick (2005) Apud Schmid (1999)

5.3.6.3.2 ARMADURA NÃO ADERENTE

Para peças com relação vão-espessura L/h ≤ 35:

70 420 59
100

Para peças com relação vão-espessura L/h > 35:

70 200 60
300

As expressões 58 e 59 são válidas para ≥ 0,5

Onde:

= tensão na armadura protendida devida ao pré-alongamento, obtida a


partir do diagrama tensão-deformação do aço (Figura 32) para dado pela
expressão 53;
74

= tensão efetiva na armadura protendida (após as perdas);

= taxa de armadura de protensão;

= tensão de escoamento da armadura protendida.

A tensão de cálculo será:

61

Sendo:

= 1,15

5.3.6.4 FÓRMULAS APROXIMADAS PARA SEÇÃO RETANGULAR

Para uma seção subarmada, o braço de alavanca interno ( ) pode ser obtido
pela expressão 62:

1.0,6 62

Onde:

= altura útil.

O valor de é estimado considerando-se a posição da resultante dos


esforços de tração, apresentado na expressão 63:

63

= taxa mecânica de armadura protendida:

64

O momento resistente da seção será dado pela expressão 65:

, 0,28 65

Considerando-se:

b = 1 metro;

= 1,4;

Efeito Rüsch = 0,85.


75

O Valor de , pode ser obtido pela expressão 65.

, 66

Os valores de são apresentados na Tabela 5.

Tabela 5: Valores deκ1 para o cálculo deMRd,LIM


(MPa) (kgf.m/cm²)
20 34,0
25 42,5
30 51,0
35 59,5
40 68,0
45 76,5
50 85,0
Fonte: Emerick(2005)

No caso de monocordoalhas engraxadas, a tensão na armadura protendida


( ) pode ser obtida a partir das expressões 59 e 60. Para protensão aderente, Pfeil
(1988) apresenta a seguinte expressão:

1.0,5 67

Admitindo:

Aço CP-190

= 1,4

Efeito Rüsch = 0,85

= 1,15

1650,2 1 68

Os valores de são apresentados na Tabela 6.


76

Tabela 6: Valores de κ2
(MPa) (MPa)
20 6,79
25 5,44
30 4,53
35 3,88
40 3,40
45 3,02
50 2,72
Fonte: Emerick (2005)

A expressão 67 é válida para 0,5 . No caso do aço CP-190,


9.500 kgf/cm² (950 MPa).

5.3.6.5 ESTADO LIMITE ÚLTIMO NO ATO DA PROTENSÃO

A ABNT NBR 6118:2014 diz que a verificação quanto ao ELU no ato da


protensão deve ser feita levando-se em conta o Estado Limite Último de ruptura ou
por alongamento excessivo do aço, considerando como resistência característica do
concreto , , correspondente à idade j em dias.

Para essa verificação, a ABNT NBR 6118:2014 prescreve os seguintes


valores para os coeficientes de ponderação:

= 1,4

= 1,15

= 1,1 = cargas oriundas da protensão com pós-tração;

= 1,0 = para as ações desfavoráveis;

= 0,9 = para as ações favoráveis;

Apenas as cargas que efetivamente atuarem na ocasião da protensão devem


ser consideradas.

A ABNT NBR 6118:2014 admite que a segurança em relação ao ELU no ato


de protensão esteja garantida desde que seja assegurado que:

- A tensão máxima de compressão na seção de concreto, obtida através das


solicitações ponderadas de = 1,1 e = 1,0 não ultrapasse 70% da resistência
característica , prevista para a idade de aplicação da protensão;
77

- A tensão máxima de tração no concreto não ultrapasse 1,2 vezes a


resistência à tração correspondente ao valor , especificado;

- Quando nas seções transversais existirem tensões de tração, haja armadura


de tração calculada no Estádio II, permitindo-se admitir que a força nessa armadura,
nessa fase da construção, seja igual à resultante das tensões de tração no concreto
no Estádio I. Essa força não deve provocar, na armadura correspondente,
acréscimos de tensão superiores a 150 MPa no caso de fios ou barras lisas e a 250
MPa em barras nervuradas.

5.3.7 VERIFICAÇÃO AO ESTADO LIMITE DE DEFORMAÇÃO EXCESSIVA –


FLECHAS

A ABNT NBR 6118:2014 comenta que, caso a laje esteja dentro dos limites
do Estádio I e não ultrapasse o ELS-F para a combinação considerada, pode-se
considerar a inércia completa da seção. Porém, quando isso não ocorre, deve-se
considerar uma rigidez equivalente (EI)eq. A expressão 63 apresenta uma
aproximação da (EI)eq.

1 69

Onde:

= momento de inércia da seção bruta do concreto:

70
12

= momento de inércia da seção fissurada de concreto no Estádio II;

= momento fletor da seção crítica do vão considerado;

= momento de fissuração do elemento;

= módulo de elasticidade secante do concreto.

Para o cálculo de , precisa-se obter o valor do momento externo que


levaria a seção a atingir o ELS-F. A Figura 33 apresenta o diagrama de momentos
de um vão onde se deseja calcular o valor de para a seção S.
78

Figura 33: Diagrama de momentos fletores

M HIP

Fonte: Autor (Adaptado de Emerick 2005)

A Figura 34 apresenta um esquema de esforços para a Seção S.

Figura 34: Esforços na seção S

P
M Pe P M HIP

Fonte: Autor (Adaptado de Emerick 2005)

Fazendo a combinação das tensões normais para a seção S e, admitindo que


a máxima tensão de tração na seção seja , , o momento fletor que leva a essa
condição será o momento de fissuração, . A Figura 35 apresenta essa
combinação de tensões.
79

Figura 35: Combinação das tensões normais para a seção S

_ _ _ _

+ + + _ =

+ + + +
M Pe M HIP P
W W W A f ctk,inf

Fonte: Autor (Adaptado de Emerick 2005)

, 71

Igualando e , e reposicionando os termos da expressão 71, tem-se:

, 72

Para o cálculo do momento de inércia da seção fissurada (Estádio II), Figura


36, usa-se o Teorema dos Eixos Paralelos considerando a área de concreto
comprimida, desprezando toda a região tracionada, e considerando as armaduras
ativas e passivas como uma seção homogeneizada em concreto através da relação
entre os módulos de elasticidade, p e s.

Figura 36: Cálculo do momento de inércia no Estádio II


100 cm
X
2
h

h-x
2

dp
ds
2
dp - h
2
ds - h

A P

A S

Fonte: Autor (Adaptado de Emerick 2005)


80

73
12 2 2 2 2

O cálculo da linha neutra é feito a partir do equilíbrio da seção. Para a


consideração da deformação diferida no tempo, basta multiplicar a parcial
permanente da flecha imediata por (1+f), onde f é o coeficiente de deformação lenta.

Ao calcular-se o pórtico na direção x, obtém-se a flecha máxima (wx) no vão


correspondente ao painel que deseja ser estudado. Analogamente, obtém-se a
flecha (wy) quando calculado o pórtico na direção y, correspondente ao mesmo
painel de laje. A flecha total no centro do painel será igual à soma das flechas nas
direções x e y.

74

A ABNT NBR 6118:2014 apresenta uma tabela contendo os limites de


deslocamentos (Tabela 7).

Tabela 7: Limites para deslocamento


Tipo de Razão da Deslocamento a Deslocamento
Exemplo
deslocamento limitação considerar limite
Visual
Deslocamentos
Aceitabilidade
visíveis em
sensorial Outro Total l/250
elementos
estruturais
Superfícies que
Coberturas e
devem drenar Total l/250 (1)
varandas
água
l/350 +
Pavimentos que Total
Ginásios e contraflecha(2)
devem
Estrutura em pistas de Ocorrido após a
permanecer
serviço boliche construção do l/600
planos
piso
Elementos que De acordo com
Ocorrido após
suportam recomendação
Laboratórios nivelamento do
equipamentos do fabricante do
equipamento
sensíveis equipamento
Alvenaria, Após a l/500 ou
caixilhos e construção da 10 mm ou
Efeitos em
revestimentos parede θ=0,0017 rad(4)
elementos não Paredes
Divisórias leves Ocorrido após a
estruturais l/250 (3) ou
e caixilhos instalação da
25 mm
telescópicos divisória
Fonte: ABNT NBR 6118:2014
81

Tabela 7 (Continuação)
Provocado pela
ação do vento
Movimento H/2500 ou
para
lateral de Hi/1250 (5) entre
combinação
edifícios pavimentos (6)
Paredes frequente
(Ψ1 = 0,20)
Movimentos Provocado por
l/400 (7) ou
térmicos diferença de
15 mm
verticais temperatura
Movimentos Provocado por
térmicos diferença de Hi/500
Efeitos em
horizontais temperatura
elementos não
Ocorrido após
estruturais Revestimentos
construção do l/350
Forros colados
forro
Deslocamento
Revestimentos
ocorrido após
pendurados ou l/175
construção do
com juntas
forro
Deslocamento
provocado pelas
Desalinhamento
Ponte rolante ações H/400
de trilhos
decorrentes da
frenação
Observações:
1) Todos os valores limites de deslocamentos supõem elementos de vão l suportados
em ambas as extremidades por apoios que não se movem. Quando se tratar de
balanços, o vão equivalente a ser considerado deve ser o dobro do comprimento do
balanço.
2) Para o caso de elementos de superfície, os limites prescritos consideram que o
valor de l é o menor vão, exceto em casos de verificação de paredes e divisórias,
onde interessa a direção na qual a parede ou divisória se desenvolve, limitando-se
esse valor a duas vezes o vão menor.
3) Todos os valores limites de deslocamentos supõem elementos de vão l suportados
em ambas as extremidades por apoios que não se movem. Quando se tratar de
balanços, o vão equivalente a ser considerado deve ser o dobro do comprimento do
balanço.
4) Para o caso de elementos de superfície, os limites prescritos consideram que o
valor de l é o menor vão, exceto em casos de verificação de paredes e divisórias,
onde interessa a direção na qual a parede ou divisória se desenvolve, limitando-se
esse valor a duas vezes o vão menor.
5) O deslocamento total deve ser obtido a partir da combinação das ações
características ponderadas pelos coeficientes de acompanhamento definidos no
capítulo 12.
6) Deslocamentos excessivos podem ser parcialmente compensados por
contraflechas.
Notas:
(1) As superfícies devem ser suficientemente inclinadas ou o deslocamento previsto
compensado por contraflechas, de modo a não ter acúmulo de água.
(2) Os deslocamentos podem ser parcialmente compensados pela especificação de
contraflechas. Entretanto, a atuação isolada da contraflecha não pode ocasionar um
desvio no plano maior que l/350.
Fonte: ABNT NBR 6118:2014
82

Tabela 7 (Continuação)
Notas:
(3) As superfícies devem ser suficientemente inclinadas ou o deslocamento previsto
compensado por contraflechas, de modo a não ter acúmulo de água.
(4) Os deslocamentos podem ser parcialmente compensados pela especificação de
contraflechas. Entretanto, a atuação isolada da contraflecha não pode ocasionar um
desvio no plano maior que l/350.
(5) O vão l deve ser tomado na direção na qual a parede ou a divisória se desenvolve.
(6) Rotação nos elementos que suportam a parede.
(7) H é a altura total do edifício e Hi o desnível entre dois pavimentos vizinhos.
(8) Este limite aplica-se ao deslocamento lateral entre dois pavimentos consecutivos
devido à atuação de ações horizontais. Não devem ser incluídos os deslocamentos
devidos a deformações axiais nos pilares. O limite também se aplica para o
deslocamento vertical relativo das extremidades de lintéis conectados a duas
paredes de contraventamento, quando Hi representa o comprimento do lintel.
(9) O valor de l refere-se à distância entre o pilar externo e o primeiro pilar interno.
Fonte: ABNT NBR 6118:2014

5.3.8 CÁLCULO DAS PERDAS DE PROTENSÃO

Perdas de protensão são todas as perdas que o cabo de protensão sofre


desde a sua ancoragem até o final da vida útil da estrutura.

A ABNT NBR 6118:2014 separa as perdas de protensão em dois grupos,


sendo eles as perdas imediatas e as perdas diferidas no tempo.

5.3.8.1 PERDAS IMEDIATAS

As perdas imediatas ocorrem durante a operação de protensão e


acomodação das ancoragens. Elas são classificadas da seguinte maneira:

– Perdas por atrito;

– Perdas por ancoragem;

– Perdas por encurtamento imediato do concreto.

5.3.8.1.1 PERDAS POR ATRITO

A expressão 75 apresenta o cálculo das perdas por atrito:



Δ 1 75

Sendo:

Δ =perda de protensão por atrito, medidas a partir de Pi, na seção da


abscissa x;
83

= Força máxima aplicada à armadura de protensão pelo equipamento de


tração. A ABNT NBR 6118:2014 determina os limites de tensão na armadura de
protensão ( ) baseado na força .

Para armadura pré-tracionada:

A tensão da armadura de protensão na saída do aparelho de tração deve


respeitar os limites 0,77 fptk e 0,90 fptk para aços da classe de relaxação normal, e
0,74 fptk e 0,85 fptk para aços da classe de relaxação baixa.

Para armaduras pós-tracionada:

A tensão da armadura de protensão na saída do aparelho de tração deve


respeitar os limites 0,74 fptk e 0,87 fptk para aços da classe de relaxação normal, e
0,74 fptk e 0,82 fptk para aços da classe de relaxação baixa;

Para as cordoalhas engraxadas, com aços da classe de relaxação baixa, os


valores-limites da tensão da armadura de protensão na saída do aparelho de
tração podem ser elevados para 0,80 fptk e 0,88 fptk;

Nos aços CP-85/105, fornecidos em barras, os limites passam a ser 0,72 fptk e
0,88 fptk, respectivamente.

x = abscissa do ponto onde se calcula ΔP, medida a partir da ancoragem,


expressa em metros;

∑ = soma dos ângulos de desvio entre a ancoragem e o ponto de abscissa


x, expressa em radianos;

= é o coeficiente de atrito aparente entre o cabo e a bainha. Na falta de


dados experimentais, pode-se adotar (em radianos):

= 0,50 entre cabo e concreto (sem bainha);

= 0,30 entre barras ou fios com mossas ou saliências e bainhas metálicas;

= 0,20 entre fios lisos ou cordoalhas e bainha metálica;

= 0,10 entre fios lisos ou cordoalhas e bainha metálica lubrificada;

= 0,05 entre cordoalha e bainha de polipropileno lubrificada;

= coeficiente de perdas por metro provocadas por curvas não intencionais do


cabo.
84

Na falta de dados experimentais, pode ser adotado o valor de:

=0,001 m-1.

5.3.8.1.2 PERDAS POR ANCORAGEM

A ABNT NBR 6118:2014 comenta que as perdas por ancoragem devem ser
determinadas experimentalmente ou adotados os valores de escorregamento
indicados pelo fabricante dos dispositivos de ancoragem.

Emerick (2005) apresenta um processo interativo para se estimar as perdas


de protensão:

1° Passo:

Fixação de um valor para x (onde x é a região de influência da cravação);

2° Passo:

Cálculo do valor de

3° Passo:

Cálculo do valor de Δ 2 ;

4° Passo:

Verificação de: Â (Figura 37);

Onde:

= cravação da ancoragem. Em geral = 5 mm a 8 mm;

= módulo de elasticidade do aço de protensão ( = 196 GPa).

5° Passo:

Caso não seja verificada a igualdade, arbitra-se outro valor de x até que seja
satisfeito o 4° Passo.
85

Figura 37: Cálculo da influência da cravação da cunha

A TRIÂNGULO = E p 
0  (x)

'0

x
Fonte: Autor (Adaptado de Emerick 2005)

5.3.8.1.3 PERDAS POR ENCURTAMENTO IMEDIATO DO CONCRETO

A perda média de protensão por cabo pode ser calculada pela seguinte
expressão:

1
Δ 76
2

Onde:

Δ = perda média de protensão por cabo devida ao encurtamento imediato


do concreto;

= número de cabos;

= Ep / Ec(t0);

Ep= módulo de elasticidade do aço de protensão, Ep = 196 GPa;

Ec(t0) = módulo de elasticidade do concreto na idade da protensão – t0;

= tensão inicial no concreto ao nível do baricentro da armadura de


protensão, devido à protensão simultânea de cabos. é dadapor:

77

Onde:

= força longitudinal na seção devido à protensão ou carregamento (a


compressão é considerada com sinal positivo);
86

= área da seção transversal de concreto.

= tensão no concreto ao nível do baricentro da armadura de protensão,


devido à carga permanente mobilizada pela protensão ou simultaneamente aplicada
com a protensão. é dada por:

78

Onde:

= posição do C.G. do cabo em relação ao C.G. da peça na seção


considerada;

= momento de inércia da seção transversal de concreto;

P = força de protensão inicial, considerando-se as perdas por atrito;

= momento fletor proveniente das cargas mobilizadas com a protensão, em


geral momento, devido ao peso próprio da estrutura.

5.3.8.2 PERDAS DIFERIDAS NO TEMPO

As perdas diferidas no tempo levam em consideração as perdas devido a


fluência e retração do concreto, bem como a relaxação do aço. A equação 79
apresenta essa estimativa de perda.

, Δ ,
Δ , 79
1 , ,

Onde:

, =Retração do concreto;

= módulo de elasticidade do aço de protensão;

Δ = perda por relaxação pura do aço adotando-se como tensão de


referência os dados obtidos pela equação 80.

0,3Δ , 80

= tensão inicial nos cabos (já desconsideradas as perdas iniciais) com


Δ , , valor estimado em torno de 10% a 15%, dependendo se o aço é de
relaxação normal ou baixa;
87

= tensão no concreto na altura dos cabos de protensão em decorrência


das cargas mobilizadas na protensão (em geral cargas permanentes);

= tensão no concreto na altura dos cabos causada pela força de


protensão;

, = coeficiente de fluência do concreto;

= / ;

= tensão no aço no instante (já descontadas as perdas iniciais);

, = coeficiente de envelhecimento:

0,8 10 30
, , , 81
/ 1

Em relação ao módulo de elasticidade, quando não se tem dados


experimentais a ABNT NBR 6118:2014 apresenta as equações82 e 83.

Para fck de 20 MPa a 50 MPa tem-se:

5600 82

Para fck de 55 MPa a 90 MPa tem-se:



21,5 . 10 1,25 83
10

Onde:

= 1,2 para basalto e diabásio;

= 1,0 para granito e gnaisse;

= 0,9 para calcário;

= 0,7 para arenito.

5.3.8.2.1 CÁLCULO DO COEFICIENTE DE FLUÊNCIA

Emerick (2005) comenta que para concreto com temperatura ambiente em


torno de 20ºC e submetido a tensões normais ( 0,4 ), o coeficiente de fluência
é dado pela expressão 84.

, 84
88

Sendo:

85

1
1 ⁄
86

0,46

5,3
87

1
, 88
0,1

= umidade relativa do ar (%);

= 100% de umidade;

=2 / sendo o perímetro exposto ao meio ambiente;

= 100 mm;

= resistência média a compressão do concreto (Equação 89);

8 89

= 10 MPa;

= 1 dia.

A idade deve ser corrigida em razão do tipo de cimento e da temperatura


ambiente diferente de 20ºC.

9
, , 1 0,5 90
,
2 ,

Sendo:
89

Tabela 8: coeficiente α
α Tipo de cimento
1 RS – cimento de endurecimento rápido
0 N,R – cimento de endurecimento normal a rápido
-1 SL – cimento de endurecimento lento
Fonte: Emerick (2005)

4000
, Δt exp 91
273

Com:

Δt = intervalos de tempo (em dias);

T Δt = temperatura em ºC no intervalo Δt ;

t = 1 ºC

A Parcela é dada pela equação 92:


,

92

Onde:

150 1 1,2 250 1500 93

Quando o valor de tende ao infinito, o termo tende a 1.

5.3.8.2.2 CÁLCULO DA RETRAÇÃO DO CONCRETO

Para concreto com temperatura ambiente em torno de 20ºC, a retração do


concreto pode ser estimada pela expressão 94:

, 94

Sendo:

= tempo para a cura do concreto, em geral, 3 dias.

95

160 10 9 10 96
90

Tabela 9: Coeficiente βsc


βsc Tipo de cimento
4 RS – cimento de endurecimento rápido
5 N,R – cimento de endurecimento normal a rápido
8 SL – cimento de endurecimento lento
Fonte: Emerick (2005)

1,55 1 40% 99%


97
0,25 99%

98
350

A ABNT NBR 6118:2014 apresenta uma tabela contendo o coeficiente de


fluência e de retração do concreto em razão da umidade ambiente e da espessura
equivalente ( 2 / ).Os valores da Tabela 10 são válidos para temperaturas
do concreto variando entre 0ºC e 40ºC e concretos plásticos com cimento Portland
comum.

Tabela 10: Valores característicos superiores da deformação específica de retração


εcs(t,t0) e do coeficiente de fluência φ(t∞,t0)
Umidade ambiente (%) 40% 55% 75% 90%
Espessura Equivalente 2Ac/u
20 60 20 60 20 60 20 60
(cm)
φ(t∞,t0) 5 4,6 3,8 3,9 3,3 2,8 2,4 2,0 1,9
Concreto das 30 3,4 3,0 2,9 2,6 2,2 2,0 1,6 1,5
classes C20 a C45 60 2,9 2,7 2,5 2,3 1,9 1,8 1,4 1,4
φ(t∞,t0) 5 2,7 2,4 2,4 2,1 1,9 1,8 1,6 1,5
t0
Concreto das 30 2,0 1,8 1,7 1,6 1,4 1,3 1,1 1,1
(dias)
classes C50 a C90 60 1,7 1,6 1,5 1,4 1,2 1,2 1,0 1,0
5 -0,53 -0,47 -0,48 -0,43 -0,36 -0,32 -0,18 -0,15
εcs(t,t0)
30 -0,44 -0,45 -0,41 -0,41 -0,33 -0,31 -0,17 -0,15
(‰)
60 -0,39 -0,43 -0,36 -0,40 -0,30 -0,31 -0,17 -0,15
Fonte: ABNT NBR 6118:2014

5.3.8.2.3 CÁLCULO DA RELAXAÇÃO DO AÇO

A relaxação de cordoalhas após 1000 horas a 20ºC, obtida em ensaios


descritos na ABNT 7484 (1990), não deve superar os valores limites descritos na
ABNT 7483 (2005). Para efeito de projeto, podem ser adotados os valores
apresentados na Tabela 11.
91

Tabela 11: Valores de relaxação em 1000 horas – ρ1000(%) – para cordoalhas brasileiras
Cordoalhas Fios
σP0 Barras
RN RB RN RB
0,5 fptk 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
0,6 fptk 3,5 1,3 2,5 1,0 1,5
0,7 fptk 7,0 2,5 5,0 2,0 4,0
0,8 fptk 12,0 3,5 8,5 3,0 7,0
Onde
RN é a relaxação normal;
RB é a relaxação baixa.
Fonte: ABNT NBR 6118:2014

Sendo:

Δ % 99

A porcentagem de relaxação em uma idade t horas pode ser avaliada pela


expressão 100:

% % 100
1000

Onde:

log 101

Sendo que pode ser adotado como:

= 0,12 para aços de relaxação normal;

= 0,19 para aços de relaxação baixa;

5.3.8.3 CÁLCULO DO ALONGAMENTO TEÓRICO

Para tensões que estejam dentro do limite de proporcionalidade do aço, o


alongamento dos cabos obedece a Lei de Hooke:

É
Δ 102

Onde:

Δ = alongamento total do cabo;

= comprimento do cabo;

É = força de protensão média ao longo do cabo;


92

= módulo de elasticidade do aço;

= área da seção transversal do cabo.

Costuma-se considerar como comprimento do cabo a projeção horizontal do


mesmo. Porém, pode-se usar a expressão 103 para se ter um valor mais preciso.

8
103
3

Na Figura 38 são apresentadas explicações referentes a expressão 101.

Figura 38: Cálculo do comprimento dos cabos

lx

Fonte: Autor (Adaptado de Emerick 2005)

Para lajes usuais com monocordoalhas engraxadas, admitindo-se uma perda


média de 10% (incluindo a cravação da ancoragem), o alongamento teórico previsto
será em torno de 0,66 cm/m.
93

6 EXEMPLO NUMÉRICO – COMPARAÇÃO DE DIMENSIONAMENTO ENTRE O


MÉTODO DOS PÓRTICOS EQUIVALENTES E GRELHAS

No presente capítulo é apresentada uma comparação do dimensionamento


de uma laje bissimétrica, utilizando o Método dos Pórticos Equivalentes (MPE) e
Grelhas.

No MPE, será utilizado o roteiro de dimensionamento apresentado por


Emerick (2005), e para o cálculo de Grelhas será utilizado o software TQS.

O exemplo a seguir está baseado na Figura 39.

Figura 39: Forma do exemplo de comparação de dimensionamento entre os métodos


MPE e GRELHAS
800 800

P1 P2 P3
40x40 40x40 40x40
800

L1
h=20

P4 P5 P6
40x40 40x40 40x40
800

P7 P8 P9
40x40 40x40 40x40

Fonte: Autor
94

Vão – 800 cm;

Espessura da laje – 20 cm;

Classe de agressividade ambiental – Moderada;

Tipo de protensão – Protensão Parcial;

Cobrimento das armaduras da laje:

-Armadura passiva – 2,5 cm;

- Armadura ativa – 3,0 cm.

Concreto:

- fck = 30MPa;

- a/c ≤ 0,55;

- Ecs = 26GPa;

- fckj = 21 MPa.

Aço de protensão:

- Cordoalha de 7 fios – Engraxada e Plastificada: CP 190 RB 7;

-  = 12.7 mm; Área = 100 mm2; Ep = 195.000 MPa (varia com o lote);

- fptk = 1.900 MPa.

Carregamentos:

- Peso próprio – c = 25 kN/m³ - espessura de laje = 20 cm – 5 kN/m²;

- Carga permanente – 1 kN/m²;

- Carga acidental – 1,5 kN/m²;

6.1 DIMENSIONAMENTO PELO MEF

6.1.1 CARGA A SER EQUILIBRADA

A carga a ser equilibrada será a seguinte:

Peso Próprio + 0,5 kN/m², = 5,5 kN/m²


95

6.1.2 ESPECIFICAÇÃO DA TRAJETÓRIA DOS CABOS

O perfil dos cabos foi especificado mediante a tributária que ele pertence. A
Figura 40 apresenta a especificação das tributárias 1, 2 e 3, enquanto a Figura 41
apresenta a especificação das tributárias 4, 5 e 6.

Figura 40: Especificação das tributárias 1, 2 e 3

TRIBUTÁRIA 1

l1
TRIBUTÁRIA 2

l2/2
l2/2
TRIBUTÁRIA 3
l3

Fonte: Autor
96

Figura 41: Especificação das tributárias 4, 5 e 6


400 400 400 400

TRIBUTÁRIA 4

TRIBUTÁRIA 5

TRIBUTÁRIA 6
l4 l5/2 l5/2 l6

Fonte: Autor

Nas tributárias 1, 2 e 3 foram utilizados feixes concentrados, enquanto as


tributárias 4, 5 e 6 estão com os seus cabos distribuídos na laje. Desta maneira,
para que no apoio central as cordoalhas da tributária 2 e 5 não se choquem, os
cabos da tributária 2 foram rebaixados 12,7mm, espaço suficiente para que os cabos
da tributária 5 passem por cima. A Figura 42 apresenta o perfil dos cabos das
tributárias 1, 3, 4, 5 e 6, enquanto a Figura 43 apresenta o perfil dos cabos da
tributária 2.

Figura 42: Perfil dos cabos das tributárias 1, 3, 4, 5 e 6


3 cm

10 cm
3 cm

Fonte: Autor
97

Figura 43: Perfil dos cabos da tributária 2

4,3 cm
9,5 cm

3 cm
Fonte: Autor

6.1.3 DETERMINAÇÃO DA FORÇA DE PROTENSAO NECESSÁRIA

Devido a diferenciação de perfil dos cabos, o cálculo da força de protensão


necessária também será diferente.

6.1.3.1 DETERMINAÇÃO DA FORÇA DE PROTENSÃO NECESSÁRIA PARA OS


CABOS DAS TRIBUTÁRIAS 1, 3, 4, 5 E 6

550. 8
44000 /
8 8.0,10

6.1.3.2 DETERMINAÇÃO DA FORÇA DE PROTENSÃO NECESSÁRIA PARA OS


CABOS DA TRIBUTÁRIA 2

550. 8
46315,8 /
8 8.0,095

6.1.4 ESFORÇOS POR TRIBUTÁRIA

Os esforços para as tributárias foram calculados utilizando o software Ftool. A


Figura 44 apresenta os esforços encontrados para as tributárias:
98

Figura 44: Esforços para as tributárias


PESO PRÓPRIO + 0.5 kN/m²

Tributárias 1, 3, 4 e 6
-176.00 kN/m

+99.20 kN/m +99.20 kN/m

Tributárias 2 e 5
-352.00 kN/m

+198.40 kN/m +198.40 kN/m


Fonte: Autor

A Figura 45 apresenta o cálculo dos esforços em cada trecho da laje:


99

Figura 45: Cálculo dos esforços na laje

X X

MOMENTO MOMENTO MOMENTO


POSITIVO NEGATIVO POSITIVO

0,55.M 0,75.M 0,55.M


200

0,25.x 0,25.x 0,25.x


Tributárias 1 e 4

400
0,45.M 0,25.M 0,45.M
200

0,25.x 0,25.x 0,25.x

0,225.M 0,125.M 0,225.M


200

0,25.x 0,25.x 0,25.x

0,275.M 0,375.M 0,275.M


200

0,25.x 0,25.x 0,25.x


Tributárias 2 e 5

800
0,275.M 0,375.M 0,275.M
200

0,25.x 0,25.x 0,25.x

0,225.M 0,125.M 0,225.M


200

0,25.x 0,25.x 0,25.x

0,45.M 0,25.M 0,45.M


200

0,25.x 0,25.x 0,25.x


Tributárias 3 e 6
400

0,55.M 0,75.M 0,55.M


200

0,25.x 0,25.x 0,25.x

Fonte: Autor

A Figura 46 apresenta os esforços em cada trecho da laje.


100

Figura 46: Esforços na laje

X X

MOMENTO MOMENTO MOMENTO


POSITIVO NEGATIVO POSITIVO

27,28 kN.m/m 33,00 kN.m/m 27,28 kN.m/m


200

Tributárias 1 e 4

400
22,32 kN.m/m 11,00 kN.m/m 22,32 kN.m/m
200

22,32 kN.m/m 11,00 kN.m/m 22,32 kN.m/m


200

27,28 kN.m/m 33,00 kN.m/m 27,28 kN.m/m


200

Tributárias 2 e 5

800
27,28 kN.m/m 33,00 kN.m/m 27,28 kN.m/m
200

22,32 kN.m/m 11,00 kN.m/m 22,32 kN.m/m


200

22,32 kN.m/m 11,00 kN.m/m 22,32 kN.m/m


200

Tributárias 3 e 6
400

27,28 kN.m/m 33,00 kN.m/m 27,28 kN.m/m


200

Fonte: Autor

6.1.5 CÁLCULO DA QUANTIDADE DE CABOS NECESSÁRIA

A quantidade de cabos é descrita na Equação 30.

0,74 0,74.1900 1406


0,82 0,82.1600 1312

Como as tributárias 1, 2 e 3 terão os seus cabos concentrados, os esforços


não serão divididos entre externo e interno.

Adotando uma protensão de 14 kN/cordoalha e uma perda de protensão de


12% tem-se:
101

4.44000
º á 1 3 15 12,7
0,88.14000

8.46315,8
º á 2 31 12,7
0,88.14000

á 4 6 4.44000
º . 0,55 8 12,7
0,88.14000

á 4 6 4.44000
º . 0,45 7 12,7
0,88.14000

á 5 8.44000
º . 0,55 16 12,7
0,88.14000

á 5 8.44000
º . 0,225 7 12,7
0,88.14000

6.1.6 VERIFICAÇÃO DAS TENSÕES EM SERVIÇO

6.1.6.1 TENSÕES NO CONCRETO IMEDIATAMENTE APÓS A APLICAÇÃO DA


PROTENSÃO

a) Compressão na zona de momento negativo = 0,40 ′ 0,4.21 8,4

b) Compressão na zona de momento positivo = 0,60 ′ 0,6.21 12,6

c) Tração (com armadura passiva) = 0,5 ′ 0,5√21 2,3

6.1.6.2 TENSÕES ATUANTES – CONSIDERANDO-SE A RUPTURA NO ATO DA


PROTENSÃO

A ruptura no ato da protensão é expressa pela combinação 1, na equação


104.

1,1 104

Onde:

= Peso próprio;

= carga uniformemente distribuída balanceada com a protensão inicial.

A equação 105 apresenta a equação geral para o cálculo das tensões.

105
102

A Figura 47 apresenta os diagramas referentes a combinação 1.

Figura 47: Diagramas da combinação 1

Tributárias 1 e 3
-34.6 kN.m -34.6 kN.m
1.7 kN.m

+43.1 kN.m +43.1 kN.m

Tributária 2
-62.0 kN.m -62.0 kN.m

-8.0 kN.m

+76.0 kN.m +76.0 kN.m


Tributárias 4 e 6 - Faixa externa
-21.3 kN.m -21.3 kN.m
6.1 kN.m

+25.7 kN.m +25.7 kN.m


Tributárias 4 e 6 - Faixa interna
-13.3 kN.m -13.3 kN.m
-4.4 kN.m

+17.5 kN.m +17.5 kN.m


Tributária 5 - Faixa externa
-42.9 kN.m -42.9 kN.m

6.1 kN.m

+51.7 kN.m +51.7 kN.m

Tributária 5 - Faixa interna


-13.3 kN.m -13.3 kN.m
-4.4 kN.m

+17.5 kN.m +17.5 kN.m


Fonte: Autor
103

A Tabela 12 apresenta alguns parâmetros para o cálculo das tensões no


Estádio I.

Tabela 12: Parâmetros para o cálculo das tensões no estádio I


Faixa b h A W (cm³)
(cm) (cm) (cm²)
Tributárias 400.20² 15.14000.0,94 15.14000.0,88
400 20 8000 26666 24,675 23,10
1e3 6 8000 8000
Tributária 800.20² 31.14000.0,94 31.14000.0,88
800 20 16000 53333 25,4975 25,2387
2 6 16000 16000
Tributárias
200.20² 8.14000.0,94 8.14000.0,88
4 e 6 - faixa 200 20 4000 13333 26,32 24,64
6 4000 4000
externa
Tributárias
200.20² 7.14000.0,94 7.14000.0,88
4 e 6 - faixa 200 20 4000 13333 23,03 21,56
6 4000 4000
interna
Tributária
400.20² 16.14000.0,94 16.14000.0,88
5 – faixa 400 20 8000 26666 26,32 24,64
6 8000 8000
externa
Tributária
200.20² 7.14000.0,94 7.14000.0,88
5 – faixa 200 20 4000 13333 23,03 21,56
6 4000 4000
interna
Fonte: Autor

6.1.6.2.1 COMPRESSÃO NA ZONA DE MOMENTO NEGATIVO

Tributárias 1 e 3:

34,6 34,6
0,275. .2 0,725. .2 17,8766 . 178766 .
0,25 ∗ 8 0,75.8

178766
24,675 31,38 / ² 3,14 8,4 ∴
26666

Tributária 2:

62 62
0,275. .4 0,725. .4 64,0667 . 640667 .
0,25 ∗ 8 0,75.8

640667
25,4975 37,51 / ² 3,75 8,4 ∴
53333

Tributárias 4 e 6 – faixa externa:

21,3
0,275. .2 5,8575 . 58575 .
0,25 ∗ 8

58575
26,32 30,71 / ² 3,07 8,4 ∴
13333

Tributárias 4 e 6 – faixa interna:


104

21,3
0,725. .2 5,1475 . 51475 .
0,75 ∗ 8

51475
23,03 26,89 / ² 2,69 8,4 ∴
13333

Tributária 5 – faixa externa:

42,9
0,275. .4 23,595 . 235950 .
0,25 ∗ 8

235950
26,32 35,17 / ² 3,52 8,4 ∴
26666

Tributária 5 – faixa interna:

42,9
0,725. .2 10,3675 . 103675 .
0,75 ∗ 8

103675
23,03 30,81 / ² 3,08 8,4 ∴
13333

6.1.6.2.2 COMPRESSÃO NA ZONA DE MOMENTO POSITIVO

Tributárias 1 e 3:

43,1 43,1
0,375. .2 0,625. .2 25,1417 . 251417 .
0,25 ∗ 8 0,75.8

251417
24,675 34,10 / ² 3,41 12,6 ∴
26666

Tributária 2:

76 76
0,375. .4 0,625. .4 88,6667 . 886667 .
0,25 ∗ 8 0,75.8

886667
25,4975 42,12 / ² 4,21 12,6 ∴
53333

Tributárias 4 e 6 – faixa externa:

25,7
0,375. .2 9,6375 . 96375 .
0,25 ∗ 8

96375
26,32 33,55 / ² 3,35 12,6 ∴
13333

Tributárias 4 e 6 – faixa interna:


105

17,5
0,625. .2 3,6458 . 36458 .
0,75.8

36458
23,03 25,76 / ² 2,58 12,6 ∴
13333

Tributária 5 – faixa externa:

51,7
0,375. .4 38,775 . 387750 .
0,25 ∗ 8

387750
26,32 40,86 / ² 4,09 12,6 ∴
26666

Tributária 5 – faixa interna:

17,5
0,625. .2 3,6458 . 36458 .
0,75.8

36458
23,03 25,76 / ² 2,58 12,6 ∴
13333

6.1.6.2.3 TRAÇÃO (COM ARMADURA PASSIVA)

Para os resultados a seguir, o sinal negativo indica tração.

Tributárias 1 e 3:

43,1 43,1
0,375. .2 0,625. .2 25,1417 . 251417 .
0,25 ∗ 8 0,75.8

251417
24,675 15,25 / ² 1,52 ã ∴
26666

Tributária 2:

76 76
0,375. .4 0,625. .4 88,6667 . 886667 .
0,25 ∗ 8 0,75.8

886667
25,4975 8,87 / ² 0,89 ã ∴
53333

Tributárias 4 e 6 – faixa externa:

25,7
0,375. .2 9,6375 . 96375 .
0,25 ∗ 8

96375
26,32 19,09 / ² 1,91 ã ∴
13333
106

Tributárias 4 e 6 – faixa interna:

17,5
0,625. .2 3,6458 . 36458 .
0,75.8

36458
23,03 20,30 / ² 2,03 ã ∴
13333

Tributária 5 – faixa externa:

51,7
0,375. .4 38,775 . 387750 .
0,25 ∗ 8

387750
26,32 11,78 / ² 1,18 ã ∴
26666

Tributária 5 – faixa interna:

17,5
0,625. .2 3,6458 . 36458 .
0,75.8

36458
23,03 20,30 / ² 2,03 ã ∴
13333

6.1.6.3 TENSÕES NO CONCRETO EM SERVIÇO (APÓS AS PERDAS NO


TEMPO)

a) Compressão na zona de momento negativo = 0,30 0,3.30 9,0

b) Compressão na zona de momento positivo = 0,45 0,45.30 13,5

c) Tração (com armadura passiva) = 0,5 0,5√30 2,74

A Figura 48 apresenta os diagramas referentes a combinação 2.


107

Figura 48: Diagramas da combinação 2

Tributárias 1 e 3
-83.2 kN.m

+19.3 kN.m +19.3 kN.m


Tributária 2
-176.1 kN.m

+42.0 kN.m +42.0 kN.m


Tributárias 4 e 6 - Faixa externa
-37.0 kN.m

+6.2 kN.m +6.2 kN.m


Tributárias 4 e 6 - Faixa interna
-46.2 kN.m

+13.1 kN.m +13.1 kN.m


Tributária 5 - Faixa externa
-73.7 kN.m

+12.5 kN.m +12.5 kN.m


Tributária 5 - Faixa interna
-46.2 kN.m

+13.1 kN.m +13.1 kN.m


Fonte: Autor
108

6.1.6.4 TENSÕES ATUANTES – CONSIDERANDO-SE A COMBINAÇÃO


FREQUENTE

Conforme a Tabela 1, para protensão parcial precisa-se verificar a


combinação frequente, que é expressa pela combinação 2, na equação 106.

0,6 0,4 1,1 106

Onde:

= Peso próprio;

= Revestimento;

= Peso da alvenaria na extremidade do balanço

= Divisórias;

= Sobrecarga;

= carga uniformemente distribuída balanceada com a protensão final.

6.1.6.4.1 COMPRESSÃO NA ZONA DE MOMENTO NEGATIVO

Tributárias 1 e 3:

19,3 19,3
0,275. .2 0,725. .2 9,9717 . 99717 .
0,25 ∗ 8 0,75.8

99717
23,10 26,84 / ² 2,68 9,0 ∴
26666

Tributária 2:

42 42
0,275. .4 0,725. .4 43,4 . 434000 .
0,25 ∗ 8 0,75.8

434000
25,2387 33,38 / ² 3,34 9,0 ∴
53333

Tributárias 4 e 6 – faixa externa:

6,2
0,275. .2 1,705 . 17050 .
0,25 ∗ 8

17050
24,64 25,72 / ² 2,57 9,0 ∴
13333

Tributárias 4 e 6 – faixa interna:


109

13,1
0,725. .2 3,1658 . 31658 .
0,75 ∗ 8

31658
21,56 23,93 / ² 2,39 9,0 ∴
13333

Tributária 5 – faixa externa:

12,5
0,275. .4 6,875 . 68750 .
0,25 ∗ 8

68750
24,64 27,22 / ² 2,72 9,0 ∴
26666

Tributária 5 – faixa interna:

13,1
0,725. .2 3,1658 . 31658 .
0,75 ∗ 8

31658
21,56 23,93 / ² 2,39 9,0 ∴
13333

6.1.6.4.2 COMPRESSÃO NA ZONA DE MOMENTO POSITIVO

Tributárias 1 e 3:

83,2 83,2
0,375. .2 0,625. .2 48,5333 . 485333 .
0,25 ∗ 8 0,75.8

485333
23,1 41,30 / ² 4,13 13,5 ∴
26666

Tributária 2:

176,1 176,1
0,375. .4 0,625. .4 205,45 . 2054500 .
0,25 ∗ 8 0,75.8

2054500
25,2387 63,76 / ² 6,38 13,5 ∴
53333

Tributárias 4 e 6 – faixa externa:

37
0,375. .2 13,875 . 138750 .
0,25 ∗ 8

138750
24,64 35,05 / ² 3,50 13,5 ∴
13333

Tributárias 4 e 6 – faixa interna:


110

46,2
0,625. .2 9,625 . 96250 .
0,75.8

96250
21,56 28,78 / ² 2,88 13,5 ∴
13333

Tributária 5 – faixa externa:

73,7
0,375. .4 55,275 . 552750 .
0,25 ∗ 8

552750
24,64 45,37 / ² 4,54 13,5 ∴
26666

Tributária 5 – faixa interna:

46,2
0,625. .2 9,625 . 96250 .
0,75.8

96250
21,56 28,78 / ² 2,88 13,5 ∴
13333

6.1.6.5 VERIFICAÇÃO QUANTO AO ESTADO LIMITE DE FISSURAÇÃO


INACEITÁVEL

Para os resultados a seguir, o sinal negativo indica tração.

Tributárias 1 e 3:

83,2 83,2
0,375. .2 0,625. .2 48,5333 . 485333 .
0,25 ∗ 8 0,75.8

485333
23,1 4,90 / ² 0,49 ã ∴
26666

Tributária 2:

176,1 176,1
0,375. .4 0,625. .4 205,45 . 2054500 .
0,25 ∗ 8 0,75.8

2054500
25,2387 13,28 / ² | 1,33 | 2,74 ∴
53333

Tributárias 4 e 6 – faixa externa:

37
0,375. .2 13,875 . 138750 .
0,25 ∗ 8

138750
24,64 14,23 / ² 1,42 ã ∴
13333
111

Tributárias 4 e 6 – faixa interna:

46,2
0,625. .2 9,625 . 96250 .
0,75.8

96250
21,56 14,34 / ² 1,43 ã ∴
13333

Tributária 5 – faixa externa:

73,7
0,375. .4 55,275 . 552750 .
0,25 ∗ 8

552750
24,64 3,91 / ² 0,39 ã ∴
26666

Tributária 5 – faixa interna:

46,2
0,625. .2 9,625 . 96250 .
0,75.8

96250
21,56 14,34 / ² 1,43 ã ∴
13333

Apesar de existir tração na seção transversal, ela é inferior à resistência a


tração do concreto, portanto, a hipótese de que a seção esteja no Estádio I é
verdadeira, atendendo automaticamente o ELS-W.

6.2 DIMENSIONAMENTO PELO MÉTODO DE ANALOGIA DE GRELHAS

Para o método de grelhas será utilizado o software TQS 17.9. Para fins
comparativos, foram utilizadas Regiões de Protensão Uniforme (RPUs) nas mesmas
posições e larguras que as faixas das tributárias apresentadas no MPE.

Como o software TQS inicialmente apresenta resultados de quantitativo de


cabos por RPU para cobrir os esforços máximos e mínimos, e esse exemplo é de
protensão parcial, pode-se diminuir a quantidade de cabos, desde que a fissuração,
caso ocorra, não extrapole 0,2mm, conforme indicado na Tabela 1.

Nas Figuras 49 a 54 são apresentados os esforços gerados pelas elevações


dos cabos em cada tributária na combinação do ato de protensão.

A linha rosa apresenta os momentos máximos, a linha azul apresenta os


momentos mínimos, a linha vermelha apresenta a média dos momentos e a linha
verde apresenta os momentos combatidos pelos cabos no traçado em que eles
112

estão. Se os momentos provocados pelos cabos estiverem cobrindo o diagrama, os


reforços em armadura passiva e a fissuração na laje serão mínimos.

Figura 49: Tributárias 1 e 3 – Elevações dos cabos no ato da protensão – depois de


ajustar

Fonte: Autor

Figura 50: Tributária 2 – Elevações dos cabos no ato da protensão – depois de ajustar

Fonte: Autor
113

Figura 51: Tributárias 4 e 6 – Faixa externa – Elevações dos cabos no ato da


protensão – depois de ajustar

Fonte: Autor

Figura 52: Tributárias 4 e 6 – Faixa interna – Elevações dos cabos no ato da protensão
– depois de ajustar

Fonte: Autor
114

Figura 53: Tributária 5 – Faixa externa – Elevações dos cabos no ato da protensão –
depois de ajustar

Fonte: Autor

Figura 54: Tributária 5 – Faixa interna – Elevações dos cabos no ato da protensão –
depois de ajustar

Fonte: Autor

Nota-se que os esforços de momento gerados pelos cabos estão próximos ao


valor médio da envoltória. Nas Figuras 55 a 60 são apresentados os esforços
gerados pelas elevações dos cabos em cada tributária na combinação frequente.
115

Figura 55: Tributárias 1 e 3 – Elevações dos cabos na combinação frequente – depois


de ajustar

Fonte: Autor

Figura 56:Tributária 2 – Elevações dos cabos na combinação frequente – depois de


ajustar

Fonte: Autor
116

Figura 57: Tributárias 4 e 6 – Faixa externa – Elevações dos cabos na combinação


frequente – depois de ajustar

Fonte: Autor

Figura 58: Tributárias 4 e 6 – Faixa interna – Elevações dos cabos na combinação


frequente – depois de ajustar

Fonte: Autor
117

Figura 59: Tributária 5 – Faixa externa – Elevações dos cabos na combinação


frequente – depois de ajustar

Fonte: Autor

Figura 60: Tributária 5 – Faixa interna – Elevações dos cabos na combinação


frequente – depois de ajustar

Fonte: Autor

Nota-se que os esforços de momento gerados pelos cabos estão próximos ao


valor médio da envoltória. Nas Figuras 61 a 66 são apresentadas as tensões na
seção de concreto, geradas pelas elevações dos cabos em cada tributária na
combinação do ato de protensão.

No ato da protensão não pode ter uma tensão maior do que 70% do fckj, ou
seja, no exemplo em questão, não pode ultrapassar 147 kgf/cm² (14,7 MPa).
118

Figura 61: Tributárias 1 e 3 – Tensões dos cabos no ato da protensão – depois de


ajustar

Fonte: Autor

Figura 62: Tributária 2 – Tensões dos cabos no ato da protensão – depois de ajustar

Fonte: Autor
119

Figura 63: Tributárias 4 e 6 – Faixa externa – Tensões dos cabos no ato da protensão
– depois de ajustar

Fonte: Autor

Figura 64: Tributárias 4 e 6 – Faixa interna – Tensões dos cabos no ato da protensão –
depois de ajustar

Fonte: Autor
120

Figura 65: Tributária 5 – Faixa externa – Tensões dos cabos no ato da protensão –
depois de ajustar

Fonte: Autor

Figura 66: Tributária 5 – Faixa interna – Tensões dos cabos no ato da protensão –
depois de ajustar

Fonte: Autor

Nota-se que em nenhuma das tributárias os esforços de compressão estão


excedendo o limite, porém, os esforços de tração estão. Para isso, serão analisadas
as fissurações da laje. Nas Figuras 67 a 72 são apresentadas as tensões na seção
de concreto, geradas pelas elevações dos cabos em cada tributária na combinação
frequente.
121

Na combinação frequente não pode ter uma tensão maior do que 60% do fck,
ou seja, no exemplo em questão, não pode ultrapassar 180 kgf/cm² (18 MPa).

Figura 67: Tributárias 1 e 3 – Tensões dos cabos na combinação frequente – depois


de ajustar

Fonte: Autor

Figura 68: Tributária 2 – Tensões dos cabos na combinação frequente – depois de


ajustar

Fonte: Autor
122

Figura 69: Tributárias 4 e 6 – Faixa externa – Tensões dos cabos na combinação


frequente – depois de ajustar

Fonte: Autor

Figura 70: Tributárias 4 e 6 – Faixa interna – Tensões dos cabos na combinação


frequente – depois de ajustar

Fonte: Autor
123

Figura 71: Tributária 5 – Faixa externa – Tensões dos cabos na combinação frequente
– depois de ajustar

Fonte: Autor

Figura 72: Tributária 5 – Faixa interna – Tensões dos cabos na combinação frequente
– depois de ajustar

Fonte: Autor

Nota-se que em nenhuma das tributárias os esforços de compressão estão


excedendo o limite, porém, os esforços de tração estão. Para isso, serão analisadas
as fissurações da laje. Nas Figuras 73 a 78 são apresentadas as fissurações em
cada tributária.
124

Figura 73: Tributárias 1 e 3 – Fissuração – depois de ajustar

Fonte: Autor

Figura 74: Tributária 2 – Fissuração – depois de ajustar

Fonte: Autor
125

Figura 75: Tributárias 4 e 6 – Faixa externa – Fissuração – depois de ajustar

Fonte: Autor

Figura 76: Tributárias 4 e 6 – Faixa interna – Fissuração – depois de ajustar

Fonte: Autor
126

Figura 77: Tributária 5 – Faixa externa – Fissuração – depois de ajustar

Fonte: Autor

Figura 78: Tributária 5 – Faixa interna – Fissuração – depois de ajustar

Fonte: Autor
127

Como em nenhuma tributária foi excedido o limite de fissuração estabelecido


por norma (0,2mm), a laje está dentro dos limites.

Na Figura 79 é apresentada a disposição de cabos calculados pelo método de


Grelhas.

Figura 79: Disposições dos cabos – Método de Grelhas

Fonte: Autor

6.3 COMPARAÇÃO ENTRE OS CÁLCULOS

Na Tabela 13 são apresentados os quantitativos de cabos para cada método


calculado. Também são apresentadas as diferenças em percentual entre os dos
métodos.
128

Tabela 13: Comparativo de quantidade de cabos entre os métodos MPE e Grelhas


Quantidade de Cabos
Tributárias Diferença em %
MPE Grelhas
1e3 15 10 50%
2 31 24 29%
4 e 6 – Faixa externa 8 8 0
4 e 6 – Faixa interna 7 4 75%
5 – Faixa externa 16 16 0
5 – Faixa interna 7 4 75%
Fonte: Autor

Conforme a Tabela 13, os resultados do MPE foram mais conservadores. Em


duas tributárias a quantidade de cabos foi semelhante, porém, nas outras 4, a
quantidade de cabos gerada pelo MPE foi superior do que em Grelhas.

Caso fossem apresentados os valores do TQS antes de serem trabalhados,


essa diferença seria menor, podendo em alguns casos os resultados de Grelhas
serem superiores aos de MPE.

Através do exemplo apresentado pode-se entender o porquê de diversos


engenheiros ainda utilizares o MPE para cálculo e detalhamento de lajes lisas, afinal
de contas, o mesmo apresentou resultados coerentes. Porém, vale lembrar que esse
exemplo é de um pavimento simétrico, com os pilares alinhados, sem cargas
concentradas nem lineares e sem furos na laje. Pavimentos em situações reais
possuem muitas variáveis, tornando diversas vezes o MPE inviável de ser utilizado.
129

7 EXEMPLOS NUMÉRICOS – CÁLCULO DE ESFORÇOS

Como foi descrito anteriormente há três formas de determinação dos esforços


solicitantes nos pavimentos de lajes sem viga: o de pórticos equivalentes (ou
similares); o uso de grelha equivalente e, finalmente, o uso de elementos finitos.

O primeiro procedimento, como prescrito na ABNT NBR 6118:2014, no item


14.7.8, indica que o Método dos Pórticos Equivalentes pode ser utilizado em
situações em que lajes em concreto armado tenham os pilares alinhados, porém,
não comenta nada de lajes protendidas. Contudo, como a ABNT NBR 6118:2007, no
item 14.7.8, liberava a sua utilização, No presente capítulo são apresentados
diversos exemplos de cálculo de esforço solicitante analisando 8 geometrias
similares com posicionamento de pilares diferenciados utilizando os Métodos Pórtico
Equivalente (MPE), Grelhas e Elementos Finitos (MEF). Também são feitas
comparações de esforços nas duas direções principais. Fazendo essas
comparações dá para se entender o porquê de a norma não autorizar o Método dos
Pórticos Equivalentes em lajes com pilares desalinhados. Com essas comparações
também é possível concluir se o Método dos Pórticos Equivalentes pode ou não ser
utilizado para conferir ou estimar os esforços das lajes protendidas.

As plantas estudadas são de uma laje de 16x16m, tendo 9 pilares de 40x40


cm alinhados de três em três, formando um vão médio de 8m.

A espessura das lajes é de 20 cm.

Carga permanente de 2kN/m²

Peso do concreto de 25 kN/m³

A diferença entre essas formas está no pilar central, tendo este um


desalinhamento no pórtico central diferente em cada forma, variando esse
alinhamento de 10% a 40% de 5% em 5%, sendo que no primeiro caso os pilares
estão alinhados. Na Tabela 14émostradoo desalinhamento do pilar central em cada
forma. Vale lembrar que na ABNT NBR 6118:2014 exige-se que os pilares estejam
alinhados.

Embora sejam feitos todos os casos apresentados na Tabela 14, apenas são
detalhados o desalinhamento em 0%, 10% e 40% (os resultados dos demais são
apresentados no ANEXO A).
130

Tabela 14: Desalinhamento do pilar central


Desalinhamento em X Desalinhamento em Y
Forma
(%) (cm) (%) (cm)
1 0% 0 0% 0
2 10% 80 0% 0
3 15% 120 0% 0
4 20% 160 0% 0
5 25% 200 0% 0
6 30% 240 0% 0
7 35% 280 0% 0
8 40% 320 0% 0
Fonte: Autor

O Método dos Elementos Finitos (MEF) está sendo tratado com o software
CypeCAD. Ele utiliza elementos de placa, com espaçamento padrão de 40 em 40
cm.

Para compatibilizar com o CypeCAD, foi utilizado um espaçamento entre


barras de 40 cm no TQS, que é o software utilizado para o cálculo de Grelhas.

7.1 MODELO 1 – PILARES ALINHADOS

Neste exemplo será apresentada uma forma com os pilares alinhados. A


Figura 80 apresenta os detalhes desta forma.
131

Figura 80: Forma da laje do modelo 1 para cálculo de esforços


800 800

P1 P2 P3
40x40 40x40 40x40
800

L1
h=20

800 800

P4 P5 P6
40x40 40x40 40x40
800

800 800

P7 P8 P9
40x40 40x40 40x40

Fonte: Autor

Serão apresentados os esforços utilizando o método dos pórticos


equivalentes, utilizando método de grelhas e utilizando o método dos elementos
finitos. Para o método de grelhas será utilizado o software TQS 18.9. Para o método
dos elementos finitos será utilizado o software CypeCAD na versão de 2012.

Nos cálculos de grelhas foi utilizada uma malha de 40x40 cm.

Todos os esforços serão dados em kN/m.

7.1.1MODELO 1 UTILIZANDO O MPE

Para o método dos pórticos equivalentes divide-se a laje em faixas


(tributárias) para encontrar os momentos máximos, conforme as Figuras 81 e 82.
132

Figura 81: Faixas horizontais para cálculo de esforços do Modelo 1

TRIBUTÁRIA 1

400

l1
TRIBUTÁRIA 2

l2/2
800

l2/2
TRIBUTÁRIA 3
400

l3
Fonte: Autor

Figura 82: Faixas verticais para cálculo de esforços do Modelo 1


400 800 400

400 800 400


TRIBUTÁRIA 4

TRIBUTÁRIA 5

TRIBUTÁRIA 6

l4 l5/2 l5/2 l6

Fonte: Autor

Os esforços máximos de momento nas direções “X” e “Y” das tributárias da


laje são descritos nas Figuras 83 e 84, respectivamente.
133

Figura 83: Diagrama de momentos máximos em X do modelo 1


TRIBUTÁRIA 1
-224.00 kN/m

+126.00 kN/m +126.00 kN/m


TRIBUTÁRIA 2
-448.00 kN/m

+252.00 kN/m +252.00 kN/m


TRIBUTÁRIA 3
-224.00 kN/m

+126.00 kN/m +126.00 kN/m


Fonte: Autor

Figura 84: Diagrama de momentos máximos em Y do modelo 1


TRIBUTÁRIA 4
-224.00 kN/m

+126.00 kN/m +126.00 kN/m


TRIBUTÁRIA 5
-448.00 kN/m

+252.00 kN/m +252.00 kN/m


TRIBUTÁRIA 6
-224.00 kN/m

+126.00 kN/m +126.00 kN/m


Fonte: Autor

Como a laje é bi-simétrica e no cálculo simplificado são usadas as cargas


totais nas duas direções para a obtenção dos esforços para o dimensionamento, os
134

esforços horizontais e verticais são iguais.Após a obtenção de esforços aplica-se


uma regra de distribuição dos momentos:

45% dos momentos positivos para as duas faixas internas;

27,5% dos momentos positivos para cada uma das faixas externas;

25% dos momentos negativos para as duas faixas internas;

37,5% dos momentos negativos para cada uma das faixas externas

A Figura 85 apresenta a divisão de faixas para obtenção de esforços


mediante o diagrama de momentos máximos.

Figura 85: Faixas para obtenção de esforços

FAIXA EXTERNA
200

400
FAIXA INTERNA
200

FAIXA INTERNA
200

FAIXA EXTERNA
200

800
FAIXA EXTERNA
200

FAIXA INTERNA
200

FAIXA INTERNA
200

400

FAIXA EXTERNA
200

Fonte: Autor

Essas faixas sempre trabalharão da seguinte forma:

Quando a tributária for de extremidade, a metade de fora será uma faixa


externa, e a metade de dentro será uma faixa interna.

Quando a tributária for de centro, será dividida em 4 partes iguais, sendo as


duas do meio consideradas como faixas externas e as duas de fora consideradas
como faixas internas.

Nesta situação, as faixas sempre estarão acompanhando o traçado das


tributárias.
135

A Figura 86 apresenta a distribuição de esforços para cada tributária.

Figura 86: Distribuição de esforços para as tributárias

X X

MOMENTO MOMENTO MOMENTO


POSITIVO NEGATIVO POSITIVO

0,55.M 0,75.M 0,55.M


200

0,25.x 0,25.x 0,25.x

400
0,45.M 0,25.M 0,45.M
200

0,25.x 0,25.x 0,25.x

0,225.M 0,125.M 0,225.M


200

0,25.x 0,25.x 0,25.x

0,275.M 0,375.M 0,275.M


200

0,25.x 0,25.x 0,25.x

0,275.M 0,375.M 0,275.M 800


200

0,25.x 0,25.x 0,25.x

0,225.M 0,125.M 0,225.M


200

0,25.x 0,25.x 0,25.x

0,45.M 0,25.M 0,45.M


200

0,25.x 0,25.x 0,25.x


400

0,55.M 0,75.M 0,55.M


200

0,25.x 0,25.x 0,25.x

Fonte: Autor

Em seguida aplica-se a divisão de esforços em cada faixa de laje. Os


diagramas de momentos em “X” estão apresentados na Figura 87.
136

Figura 87: Esforços de momento em X do modelo 1utilizando o MPE


P1 P2 P3

-84.00
34.70 34.70

-28.00
28.40 28.40

-28.00
28.40 28.40

-84.00
34.70 34.70
P4 P5 P6

-84.00
34.70 34.70

-28.00
28.40 28.40

-28.00
28.40 28.40

-84.00
P7 34.70 P8 34.70 P9

Fonte: Autor

Como a laje é bi-simétrica, os esforços nas duas direções são iguais.

7.1.2 MODELO 1 UTILIZANDO O MÉTODO DE GRELHAS

Os esforços de momentos em “X” estão apresentados na Figura 88.


137

Figura 88: Esforços de momento em X do modelo 1utilizando o método de grelhas


P1 -13.13/mP2 -6.31/m P3
-92.87/m 42.29/m -84.44/m 42.29/m -92.87/m
37.20/m -71.21/m 37.20/m -.24/m
-8.31/m 33.05/m -57.50/m 33.05/m -8.31/m
.53/m 29.02/m -34.96/m 29.02/m .53/m
.21/m 25.25/m -22.87/m 25.25/m .21/m
.60/m 21.87/m -15.45/m 21.87/m .60/m
.75/m 18.92/m -10.69/m 18.92/m .75/m
.71/m 16.53/m -7.93/m 16.53/m .71/m
.57/m -6.84/m .57/m
.37/m -7.22/m .37/m
.33/m 14.08/m -9.02/m 14.08/m .33/m
.57/m -12.28/m .57/m
.80/m 18.01/m -17.12/m 18.01/m .80/m
1.00/m 21.51/m -23.80/m 21.51/m 1.00/m
1.15/m 25.77/m -32.76/m 25.77/m 1.15/m
1.22/m 30.52/m -44.80/m 30.52/m 1.22/m
1.18/m 35.36/m -61.07/m 35.36/m 1.18/m
1.12/m 39.80/m -84.40/m 39.80/m -3.48/m
-3.48/m -148.51/m
43.24/m 43.24/m
P4 P5 P6
-66.51/m 45.31/m -119.00/m 45.31/m -66.51/m
L1
-148.51/m

-3.48/m 45.31/m -84.40/m 45.31/m -3.48/m


1.85/m 43.24/m -61.07/m 43.24/m 1.85/m
1.12/m 39.80/m -44.80/m 39.80/m 1.12/m
1.18/m 35.36/m -32.76/m 35.36/m 1.18/m
1.22/m 30.52/m -23.80/m 30.52/m 1.22/m
1.15/m 25.77/m -17.12/m 25.77/m 1.15/m
1.00/m 21.51/m -12.28/m 21.51/m 1.00/m
.80/m 18.01/m -9.02/m 18.01/m .80/m
.57/m -7.22/m .57/m
.33/m 14.08/m -6.84/m 14.08/m .33/m
.37/m -7.93/m .37/m
.57/m -10.69/m .57/m
.71/m 16.53/m -15.45/m 16.53/m .71/m
.75/m 18.92/m -22.87/m 18.92/m .75/m
.60/m 21.87/m -34.96/m 21.87/m .60/m
.21/m 25.25/m -57.50/m 25.25/m -8.31/m
-8.31/m 29.02/m -71.21/m 29.02/m
P7 -92.87/m 33.05/m -84.44/m P8 33.05/m -92.87/m P9

-6.31/m 37.20/m -13.13/m 37.20/m -6.31/m


42.29/m 42.29/m

Fonte: Autor

Como a laje é bi-simétrica, os esforços nas duas direções são iguais.

7.1.3 MODELO 1 UTILIZANDO O MÉTODO DOS ELEMENTOS FINITOS

Os esforços obtidos através do Software CypeCAD em “X” e “Y” estão


apresentados na Figura 89
138

Figura 89: Esforços de momento em X do modelo 1utilizando o MEF


P1 P2 P3

0.00

-14.1
5.50
14.1

14.1
14.1

-5.50
0.00

14.1
5.50
-5.50
-14.1
5.50

5.50
-5
5 0 .5
-5. 27.2 -47.6 27.2 0

0 0.
0. 0 00
-27.2

-27.2
27.2

-47.6

-79.2
P4 P5

0.00
0.00

-5.50
-5.50

P6

27.2

0. -27.2
00 00
0.
-5 27.2 -47.6
.5 27.2 5 0
-5.
-14.1
-5.50

0
5.50

-5.50

5.50
-14.1
0.00
5.50
14.1

14.1
14.1

0.00

14.1
5.50

P8
P7 P9

Fonte: Autor

Como a laje é bi-simétrica, os esforços nas duas direções são iguais.

7.1.4 COMPARAÇÃO DE ESFORÇOS DO MODELO 1

A Tabela 15 apresenta os esforços de momento máximos e mínimos em cada


faixa de tributária para cada um dos métodos de cálculo trabalhados. Os esforços de
grelha apresentados foram uma média feita pelos valores contidos em cada faixa, e
os esforços no MEF foram colocados baseados no ponto central de cada faixa.
139

Tabela 15: Comparação de esforços no Modelo 1 entre o MPE, Grelhas e MEF


Modelo 1
1° Vão Apoio Central 2° Vão
Tributárias Modelos Faixa Faixa Faixa Faixa Faixa Faixa
Externa Interna Externa Interna Externa Interna
MPE 34,70 28,40 -84,00 -28,00 34,70 28,40
1 Grelhas 31,45 17,00 -54,20 -11,82 31,45 17,00
MEF 26,90 18,50 -58,00 -17,70 26,90 18,50
MPE x Grelhas 10,3% 67,1% 35,5% 57,8% 10,3% 67,1%
Diferença
MPE x MEF 29,0% 53,5% 31,0% 36,8% 29,0% 53,5%
%
Grelhas x MEF 16,9% 8,8% 6,6% 33,2% 16,9% 8,8%
MPE 34,70 28,40 -84,00 -28,00 34,70 28,40
2 Grelhas 38,84 20,99 -81,77 -17,03 38,84 20,99
MEF 34,80 21,70 -65,60 -21,70 34,80 21,70
MPE x Grelhas 11,9% 35,3% 2,7% 39,2% 11,9% 35,3%
Diferença
MPE x MEF 0,3% 30,9% 21,9% 22,5% 0,3% 30,9%
%
Grelhas x MEF 11,6% 3,4% 19,8% 21,5% 11,6% 3,4%
MPE 34,70 28,40 -84,00 -28,00 34,70 28,40
3 Grelhas 31,45 17,00 -54,20 -11,82 31,45 17,00
MEF 26,90 18,50 -58,00 -17,70 26,90 18,50
MPE x Grelhas 10,3% 67,1% 35,5% 57,8% 10,3% 67,1%
Diferença
MPE x MEF 29,0% 53,5% 31,0% 36,8% 29,0% 53,5%
%
Grelhas x MEF 16,9% 8,8% 6,6% 33,2% 16,9% 8,8%
MPE 34,70 28,40 -84,00 -28,00 34,70 28,40
4 Grelhas 31,45 17,00 -54,20 -11,82 31,45 17,00
MEF 26,90 18,50 -58,00 -17,70 26,90 18,50
MPE x Grelhas 10,3% 67,1% 35,5% 57,8% 10,3% 67,1%
Diferença
MPE x MEF 29,0% 53,5% 31,0% 36,8% 29,0% 53,5%
%
Grelhas x MEF 16,9% 8,8% 6,6% 33,2% 16,9% 8,8%
MPE 34,70 28,40 -84,00 -28,00 34,70 28,40
5 Grelhas 38,84 20,99 -81,77 -17,03 38,84 20,99
MEF 34,80 21,70 -65,60 -21,70 34,80 21,70
MPE x Grelhas 11,9% 35,3% 2,7% 39,2% 11,9% 35,3%
Diferença
MPE x MEF 0,3% 30,9% 21,9% 22,5% 0,3% 30,9%
%
Grelhas x MEF 11,6% 3,4% 19,8% 21,5% 11,6% 3,4%
MPE 34,70 28,40 -84,00 -28,00 34,70 28,40
6 Grelhas 31,45 17,00 -54,20 -11,82 31,45 17,00
MEF 26,90 18,50 -58,00 -17,70 26,90 18,50
MPE x Grelhas 10,3% 67,1% 35,5% 57,8% 10,3% 67,1%
Diferença
MPE x MEF 29,0% 53,5% 31,0% 36,8% 29,0% 53,5%
%
Grelhas x MEF 16,9% 8,8% 6,6% 33,2% 16,9% 8,8%
Fonte: Autor

Como este modelo é bi-simétrico e com espaçamentos entre pilares iguais, os


esforços das tributárias no MPE foram iguais. Repara-se também que o 1° e o 2°
vão tiveram esforços iguais em todos os modelos.

O MPE foi o método que apresentou os maiores esforços de momento


positivo. Já no momento negativo, para as tributárias de borda o MEF apresentou
maiores esforços, porém nas tributárias internas o método de Grelhas sobressaiu.
140

7.2 MODELO 2 – PILARES COM 10% DE DESALINHAMENTO

Neste exemplo será apresentada uma forma com os pilares com 10% de
desalinhamento. A Figura 90 apresenta os detalhes desta forma.

Figura 90: Forma da laje do modelo 2 para cálculo de esforços


800 800

P1 P2 P3
40x40 40x40 40x40
800

L1
h=20

880 720

P4 P5 P6
40x40 40x40 40x40

80
800

800 800

P7 P8 P9
40x40 40x40 40x40

Fonte: Autor

7.2.1 MODELO 2 UTILIZANDO O MPE

As Figuras 91e92 apresentam as tributárias para o dimensionamento da laje.


141

Figura 91: Faixas horizontais para cálculo de esforços do Modelo 2

TRIBUTÁRIA 1

400

l1
TRIBUTÁRIA 2

l2/2
800

l2/2
TRIBUTÁRIA 3
400

l3
Fonte: Autor

Figura 92: Faixas verticais para cálculo de esforços do Modelo 2


400 800 400

440 800 360


TRIBUTÁRIA 4

TRIBUTÁRIA 5

TRIBUTÁRIA 6

l4 l5/2 l5/2 l6

Fonte: Autor

Os esforços máximos de momento nas direções “X” e “Y” das tributárias da


laje são descritos nas Figuras 93 e 94,respectivamente.
142

Figura 93: Diagrama de momentos máximos em X do modelo 2


TRIBUTÁRIA 1
-224.00 kN/m

+126.00 kN/m +126.00 kN/m


TRIBUTÁRIA 2
-461.70 kN/m

+168.60 kN/m

+336.00 kN/m
TRIBUTÁRIA 3
-224.00 kN/m

+126.00 kN/m +126.00 kN/m


Fonte: Autor

Figura 94: Diagrama de momentos máximos em Y do modelo 2


TRIBUTÁRIA 4
-236.10 kN/m

+131.10 kN/m +131.11 kN/m


TRIBUTÁRIA 5
-452.50 kN/m

+254.50 kN/m +254.50 kN/m


TRIBUTÁRIA 6
-212.10 tf/m

+120.90 kN/m +120.90 kN/m


Fonte: Autor
143

Nota-se que os valores dos dois momentos positivos em Y são iguais. Isso se
deve pelo fato de que a laje continua simétrica em uma das direções. As Figuras 95
e 96 apresentam os esforços de momento em X e Y, respectivamente.

Figura 95: Esforços de momento em X do modelo 2utilizando o MPE


P1 P2 P3

-84.00
34.70 34.70

-28.00
28.40 28.40

-28.80
36.00 20.00

-86.60
44.00 24.40
P4 P5 P6

-86.6
44.00 24.40

-28.80
36.00 20.00

-28.00
28.40 28.40

-84.00
P7 34.70 P8 34.70 P9

Fonte: Autor
144

Figura 96: Esforços de momento em Y do modelo 2 utilizando o MPE


P1 P2 P3

36.10

27.20
29.50

28.50

28.50

33.20
34.80

34.80
P4 P5 P6
-88.60

-29.60

-28.20

-84.80

-84.80

-28.20

-79.60
-26.60
36.10

29.50

28.50

34.80

34.80

28.50

33.20
27.20

P7 P8 P9

Fonte: Autor

7.2.2 MODELO 2 UTILIZANDO O MÉTODO DE GRELHAS

Os esforços de momentos em “X” e “Y” estão apresentados nas Figuras 97 e


98, respectivamente.
145

Figura 97: Esforços de momento em X do modelo 2utilizando o método de grelhas


-6.92/m -14.42/m P2 -5.73/m P3
P1 -93.32/m 41.71/m -85.15/m 44.33/m -94.61/m
37.32/m -71.27/m 38.03/m -.26/m
-9.24/m 33.84/m -57.26/m 33.11/m -7.64/m
.44/m 30.46/m -34.31/m 28.22/m .56/m
.03/m 27.28/m -21.94/m 23.56/m .31/m
.42/m 24.43/m -14.54/m 19.48/m .72/m
.56/m 21.99/m -9.19/m 15.85/m .89/m
.50/m -6.20/m 12.98/m .87/m
.34/m 19.35/m -5.61/m 10.82/m .76/m
.37/m 19.44/m -6.98/m 9.62/m .60/m
.62/m 20.51/m -9.75/m 9.11/m .40/m
.86/m 22.59/m -13.39/m 9.31/m .25/m
1.08/m 25.61/m -17.94/m .48/m
1.26/m 29.46/m -24.27/m 13.45/m .69/m
1.38/m 33.92/m -33.42/m 17.32/m .86/m
1.40/m 38.63/m -45.65/m 21.91/m .98/m
1.27/m -62.14/m 26.83/m 1.02/m
-5.26/m -85.26/m 31.63/m -1.93/m
-149.00/m 35.55/m
P4
50.24/m P5 P6
-86.23/m -130.76/m L1 37.97/m -47.70/m
-149.00/m 38.59/m
-.83/m 52.31/m -.75/m
-5.26/m -85.26/m 37.97/m -1.93/m
1.90/m 50.24/m -62.14/m 35.55/m 1.73/m
1.11/m -45.65/m 31.63/m 1.05/m
1.27/m -33.42/m 26.83/m 1.02/m
1.40/m 38.63/m -24.27/m 21.91/m .98/m
1.38/m 33.92/m -17.94/m 17.32/m .86/m
1.26/m 29.46/m -13.39/m 13.45/m .69/m
1.08/m 25.61/m -9.75/m .48/m
.86/m 22.59/m -6.98/m 9.31/m .25/m
.62/m 20.51/m -5.61/m 9.11/m .40/m
.37/m 19.44/m -6.20/m 9.62/m .60/m
.34/m 19.35/m -9.19/m 10.82/m .76/m
.50/m -14.54/m 12.98/m .87/m
.56/m 21.99/m -21.94/m 15.85/m .89/m
.42/m 24.43/m -34.31/m 19.48/m .72/m
-9.24/m 27.28/m -57.26/m 23.56/m -7.64/m
30.46/m -71.27/m 28.22/m
-93.32/m 33.84/m -85.15/m P8 33.11/m -94.61/m P9
P7
-6.92/m 37.32/m -14.42/m 38.03/m -5.73/m
41.71/m 44.33/m

Fonte: Autor
-7.03/m -16.26/m -7.03/m
-102.97/m 48.88/m -92.01/m 48.88/m -102.97/m

P7
P4
41.78/m -77.56/m 41.78/m P1
-.13/m -.13/m
-9.52/m 37.31/m -64.22/m 37.31/m -9.52/m
-.02/m 32.89/m -37.77/m 32.89/m -.02/m

Fonte: Autor
28.61/m -23.27/m 28.61/m
.41/m 24.55/m -13.99/m 24.55/m .41/m
.59/m 20.85/m -7.61/m 20.85/m .59/m
.57/m 17.65/m -3.34/m 17.65/m .57/m
.45/m 15.19/m -.77/m 15.19/m .45/m
.29/m 13.69/m 13.69/m .29/m
.30/m 13.24/m .35/m 13.24/m .30/m
.50/m 13.86/m .17/m
-1.29/m 13.86/m .50/m
.69/m 15.56/m -4.03/m 15.56/m .69/m
.85/m 18.38/m -8.14/m 18.38/m .85/m
.97/m -13.79/m .97/m
1.00/m 27.19/m -21.25/m 27.19/m 1.00/m
.93/m 32.29/m -30.99/m 32.29/m .93/m
-4.59/m 37.18/m -43.88/m 37.18/m -4.59/m
41.39/m -61.04/m 41.39/m
-69.77/m 44.52/m -85.55/m 44.52/m -69.77/m

L1
-156.39/m
46.37/m 46.37/m -.91/m

P8
P2

-2.91/m -119.18/m
-2.91/m
2.04/m 45.62/m -141.28/m 45.62/m 2.04/m
P5

1.35/m 43.21/m -83.46/m 43.21/m 1.35/m


1.42/m 39.69/m -61.33/m 39.69/m 1.42/m

apresentados nas Figuras 99 e 100, respectivamente.


1.46/m 35.37/m -45.94/m 35.37/m 1.46/m
1.37/m 30.67/m -34.75/m 30.67/m 1.37/m
1.20/m 25.82/m -26.60/m 25.82/m 1.20/m
.98/m 21.97/m -20.73/m 21.97/m .98/m
.72/m 18.80/m -16.74/m 18.80/m .72/m
.44/m -14.42/m .44/m
.37/m 15.82/m -13.70/m 15.82/m .37/m
.60/m 16.25/m -14.65/m 16.25/m .60/m
.77/m 17.33/m -17.51/m 17.33/m .77/m
.85/m 19.01/m -22.81/m 19.01/m .85/m

7.2.3 MODELO 2 UTILIZANDO O MÉTODO DOS ELEMENTOS FINITOS


.74/m 21.38/m -32.17/m 21.38/m .74/m
-7.27/m 24.08/m -50.38/m 24.08/m -7.27/m
27.04/m -63.61/m 27.04/m
-81.67/m 30.32/m -75.01/m 30.32/m -81.67/m
Figura 98: Esforços de momento em Y do modelo 2 utilizando o método de grelhas

-5.62/m 33.88/m -10.11/m 33.88/m -5.62/m


P9
P6
P3

38.49/m 38.49/m 5.70/m


146

Os esforços obtidos através do Software CypeCAD em “X” e “Y” estão


147

Figura 99: Esforços de momento em X do modelo 2utilizando o MEF


P1 P2 P3

-14.7

-14.7

5.70
0.00
5.70

5.70

-5.70
-5.70
14.7

0.00
14.7

5.70
0

1
-5 1 .
.7
-5

0 28.8 0.
0 .0 00
-28.8

14
.7

14.7

28.8

-28.8

-51.1
28.8

-86.0
P4 P5 P6

0.00
0.00
-5.70

28.8

14.7

.7
14

0. -28.8

0
00
0.0
28.8

-51.1
-14.7

-14.7
-5.70
0.00
5.70
5.70

14.7

0.00
14.7

-5.70

5.70
5.70

P7 P8 P9

Fonte: Autor
148

Figura 100: Esforços de momento em Y do modelo 2 utilizando o MEF


P1 P2 P3

00
0.

0.
50

00
-0.55
-5.

0.00
5.50
5.50
13.9 13.9

26.9
26.9

26.9 13.
9
13.9 5.50
5.50 0.00
0.00 -5.50
-5.50
-26.9
-47.1
P4 P5 P6

-47.1
-13.9
-47.1

-13.9
-26.9

-26.9
-78.3

-5.50 -5.50
0.00 0.00
5.50
5.50
13.9
13.9
26.9
26.9

13.9 26.9
13.9
5.50 5.50
0.00
-5 -5.50P8
P7 .5 P9
0
0
0 .0
0.
00

Fonte: Autor

7.2.4 COMPARAÇÃO DE ESFORÇOS DO MODELO 2

A Tabela 16 apresenta os esforços de momento máximos e mínimos em cada


faixa de tributária para cada um dos métodos de cálculo trabalhados. Os esforços de
grelha apresentados foram uma média feita pelos valores contidos em cada faixa, e
os esforços no MEF foram colocados baseados no ponto central de cada faixa.
149

Tabela 16: Comparação de esforços no Modelo 2 entre o MPE, Grelhas e MEF


Modelo 2
1° Vão Apoio Central 2° Vão
Tributárias Modelos Faixa Faixa Faixa Faixa Faixa Faixa
Externa Interna Externa Interna Externa Interna
MPE 34,70 28,40 -84,00 -28,00 34,70 28,40
1 Grelhas 32,50 21,07 -53,98 -10,60 31,12 13,76
MEF 30,20 22,70 -51,00 -17,20 23,60 14,00
MPE x Grelhas 6,8% 34,8% 35,7% 62,1% 11,5% 106,4%
Diferença
MPE x MEF 14,9% 25,1% 39,3% 38,6% 47,0% 102,9%
%
Grelhas x MEF 7,6% 7,8% 5,5% 38,4% 31,9% 1,7%
MPE 44,00 36,00 -86,60 -28,80 24,40 20,00
2 Grelhas 46,91 26,40 -82,57 -17,63 32,78 13,73
MEF 40,80 27,70 -64,70 -21,40 27,50 14,60
MPE x Grelhas 6,6% 36,4% 4,7% 38,8% 34,3% 45,7%
Diferença
MPE x MEF 7,8% 30,0% 25,3% 25,7% 12,7% 37,0%
%
Grelhas x MEF 15,0% 4,9% 21,6% 17,6% 19,2% 6,4%
MPE 34,70 28,40 -84,00 -28,00 34,70 28,40
3 Grelhas 32,50 21,07 -53,98 -10,60 31,12 13,76
MEF 30,20 22,70 -51,00 -17,20 23,60 14,00
MPE x Grelhas 6,8% 34,8% 35,7% 62,1% 11,5% 106,4%
Diferença
MPE x MEF 14,9% 25,1% 39,3% 38,6% 47,0% 102,9%
%
Grelhas x MEF 7,6% 7,8% 5,5% 38,4% 31,9% 1,7%
MPE 36,10 29,50 -88,60 -29,60 36,10 29,50
4 Grelhas 35,68 17,55 -51,48 -4,18 35,68 17,55
MEF 28,90 18,70 -55,70 -13,20 28,90 18,70
MPE x Grelhas 1,2% 68,1% 41,9% 85,9% 1,2% 68,1%
Diferença
MPE x MEF 24,9% 57,8% 37,1% 55,4% 24,9% 57,8%
%
Grelhas x MEF 23,5% 6,6% 7,6% 68,3% 23,5% 6,6%
MPE 34,80 28,50 -84,80 -28,20 34,80 28,50
5 Grelhas 39,90 21,50 -73,76 -13,55 39,90 21,50
MEF 34,70 22,10 -66,20 -21,80 34,70 22,10
MPE x Grelhas 14,7% 32,6% 13,0% 52,0% 14,7% 32,6%
Diferença
MPE x MEF 0,3% 29,0% 21,9% 22,7% 0,3% 29,0%
%
Grelhas x MEF 15,0% 2,8% 10,2% 37,8% 15,0% 2,8%
MPE 33,20 27,20 -79,60 -26,60 33,20 27,20
6 Grelhas 29,20 17,83 -48,80 -19,20 29,20 17,83
MEF 24,90 18,80 -45,70 -22,10 24,90 18,80
MPE x Grelhas 13,7% 52,5% 38,7% 27,8% 13,7% 52,5%
Diferença
MPE x MEF 33,3% 44,7% 42,6% 16,9% 33,3% 44,7%
%
Grelhas x MEF 17,3% 5,4% 6,4% 13,1% 17,3% 5,4%
Fonte: Autor

As maiores divergências entre valores se deram no 2° vão das tributárias 1 e


2, onde tanto grelhas quanto MEF apresentaram uma diferença de mais de 100%
em relação ao MPE. Os valores no método de Grelhas foram colocados baseados
em uma média entre os valores apresentados na faixa. Porém, na 4° tributária, o
método apresentou um valor momento positivo no lugar onde só tinham momentos
150

negativos, mas, como na tabela foram apresentados médias de valores, está


mostrando um momento negativo.

7.3 MODELO 8 – PILARES COM 40% DE DESALINHAMENTO

Neste exemplo será apresentada uma forma com os pilares com 40% de
desalinhamento. A Figura 101 apresenta os detalhes desta forma.

Figura 101: Forma da laje do modelo 8 para cálculo de esforços


800 800

P1 P2 P3
40x40 40x40 40x40
800

L1
h=20

1120 480

P4 P5 P6
40x40 40x40 40x40

320
800

800 800

P7 P8 P9
40x40 40x40 40x40

Fonte: Autor
151

7.3.1 MODELO 8 UTILIZANDO O MPE

As Figuras 102 e 103 apresentam as tributárias para o dimensionamento da


laje.

Figura 102: Faixas horizontais para cálculo de esforços do Modelo 8

TRIBUTÁRIA 1
400

l1
TRIBUTÁRIA 2

l2/2
800

l2/2
TRIBUTÁRIA 3
400

Fonte: Autor l3

Figura 103: Faixas verticais para cálculo de esforços do Modelo 8


400 800 400

560 800 240


TRIBUTÁRIA 4

TRIBUTÁRIA 5

TRIBUTÁRIA 6

l4 l5/2 l5/2 l6

Fonte: Autor

Os esforços máximos de momento nas direções “X” e “Y” das tributárias da


laje são descritos nas Figuras 104 e 105, respectivamente.
152

Figura 104: Diagrama de momentos máximos em X do modelo 8


TRIBUTÁRIA 1
-224.00 kN/m

+126.00 kN/m +126.00 kN/m


TRIBUTÁRIA 2
-663.40 kN/m

+577.77 kN/m
TRIBUTÁRIA 3
-224.00 kN/m

+126.00 kN/m +126.00 kN/m


Fonte: Autor

Figura 105: Diagrama de momentos máximos em Y do modelo 8


TRIBUTÁRIA 4
-271.80 kN/m

+146.70 kN/m +146.70 kN/m


TRIBUTÁRIA 5
-519.50 kN/m

+292.80 kN/m +292.80 kN/m

TRIBUTÁRIA 6
-176.20 kN/m

+105.60 kN/m +105.60 kN/m


Fonte: Autor
153

Nota-se que os valores dos dois momentos positivos em Y são iguais. Isso se
deve pelo fato de que a laje continua simétrica em uma das direções. As Figuras 106
e 107 apresentam os esforços de momento em X e Y, respectivamente.

Figura 106: Esforços de momento em X do modelo 8 utilizando o MPE


P1 P2 P3

-84.00
34.70 34.70

-28.00
28.40 28.40

-41.40
54.20

-124.40

P4
66.20 P5 P6

-124.40
66.20

-41.40
54.20

-28.00
28.40 28.40

-84.00
P7 34.70 P8 34.70 P9

Fonte: Autor
154

Figura 107: Esforços de momento em Y do modelo 8 utilizando o MPE


P1 P2 P3

40.30

29.00
23.80
33.00

30.60

37.40

37.40

30.60
P4 P5 P6
-102.00

-34.00

-32.40

-97.40

-97.40

-32.40

-22.00

-66.00
40.30

33.00

30.60

37.40

37.40

30.60

23.80

29.00

P7 P8 P9

Fonte: Autor

7.3.2 MODELO 8 UTILIZANDO O MÉTODO DE GRELHAS

Os esforços de momentos em “X” e “Y” estão apresentados nas Figuras 108 e


109, respectivamente.
155

Figura 108: Esforços de momento em X do modelo 8 utilizando o método de grelhas


-4.14/m -22.14/m P2 -4.33/m P3
P1 -105.19/m 45.88/m -90.11/m 52.55/m -110.57/m
43.03/m -74.90/m 44.76/m -12.81/m
-9.64/m 40.93/m -63.47/m 38.88/m -7.62/m
.78/m -35.47/m 33.05/m .07/m
.21/m 37.34/m -19.71/m 27.25/m .02/m
.23/m 35.99/m -9.01/m 21.42/m .46/m
.43/m 35.04/m -1.30/m 15.58/m .71/m
.67/m 34.61/m 9.73/m .82/m
.92/m 34.82/m 2.13/m -3.92/m 3.26/m
1.17/m 35.99/m -8.96/m 2.98/m
1.40/m 38.16/m -14.71/m 2.89/m
1.61/m 41.33/m -20.85/m 2.88/m
1.77/m 45.33/m -27.26/m 2.90/m
1.86/m 49.64/m -35.81/m 2.92/m
1.85/m -44.71/m 2.88/m
1.68/m 58.02/m -57.67/m 2.72/m
-1.51/m 61.71/m -75.63/m .47/m
-15.68/m 64.72/m -99.21/m 6.34/m .28/m
-163.61/m 9.87/m
66.93/m P5 -.26/m P6
-146.41/m -171.16/m 12.77/m -1.41/m
P4 68.25/m L1
-163.61/m 14.63/m -.26/m
-.75/m 68.64/m
-15.68/m 68.25/m -99.21/m 12.77/m
-1.51/m 66.93/m -75.63/m 9.87/m .72/m
.84/m 64.72/m -57.67/m 6.34/m .28/m
1.29/m 61.71/m -44.71/m .47/m
1.68/m 58.02/m -35.81/m 2.72/m
1.85/m -27.26/m 2.88/m
1.86/m 49.64/m -20.85/m 2.92/m
1.77/m 45.33/m -14.71/m 2.90/m
1.61/m 41.33/m -8.96/m 2.88/m
1.40/m 38.16/m -3.92/m 2.89/m
1.17/m 35.99/m 2.98/m
.92/m 34.82/m -1.30/m 2.13/m 4.16/m 3.26/m
.67/m 34.61/m -9.01/m 9.73/m .82/m
.43/m 35.04/m -19.71/m 15.58/m .71/m
.23/m 35.99/m -35.47/m 21.42/m .46/m
-9.64/m 37.34/m -63.47/m 27.25/m -7.62/m
-74.90/m 33.05/m -12.81/m
-105.19/m 40.93/m -90.11/m P8 38.88/m -110.57/m P9
P7
-4.14/m 43.03/m -22.14/m 44.76/m -4.33/m
45.88/m 52.55/m
Fonte: Autor
-5.19/m -25.46/m -5.19/m
-124.99/m -105.69/m -124.99/m

P7
56.84/m 56.84/m

P4
-89.95/m P1
-4.60/m 52.13/m 52.13/m -4.60/m
-9.28/m 47.90/m -81.00/m 47.90/m -9.28/m
-.76/m 43.71/m -44.98/m 43.71/m -.76/m

Fonte: Autor
.13/m 39.65/m -24.71/m 39.65/m .13/m
.10/m 35.85/m -11.01/m 35.85/m .10/m
.20/m 32.33/m -.75/m 32.33/m .20/m
.32/m 29.18/m 29.18/m .32/m
.46/m 26.54/m 7.06/m 26.54/m .46/m
.58/m 24.49/m 13.00/m 24.49/m .58/m
.69/m 22.66/m 17.44/m 22.66/m .69/m
.78/m 21.63/m 21.63/m .78/m
.84/m 22.98/m 22.98/m .84/m
.86/m 23.65/m .86/m
.81/m 23.68/m .81/m
.66/m 23.49/m 23.49/m .66/m
-3.23/m 20.89/m -3.23/m
-12.25/m 18.02/m -12.25/m
35.87/m 14.10/m 35.87/m
-105.55/m 40.61/m 9.03/m 40.61/m -105.55/m

L1
43.72/m -5.23/m 43.72/m

P8
P2

-6.22/m 45.92/m -14.97/m 45.92/m -6.22/m


2.33/m 47.09/m -27.13/m 47.09/m 2.33/m
1.68/m 47.18/m -42.68/m 47.18/m 1.68/m
1.93/m 46.34/m -62.72/m 46.34/m 1.93/m
2.10/m 45.49/m -90.82/m 45.49/m 2.10/m

apresentados nas Figuras 110 e 111, respectivamente.


2.09/m -182.11/m 2.09/m
43.83/m 43.83/m
1.96/m 41.53/m -123.65/m 41.53/m 1.96/m
1.74/m 38.74/m -129.36/m 38.74/m 1.74/m
P5

1.46/m 34.83/m -84.27/m 34.83/m 1.46/m


1.15/m 32.05/m -64.77/m 32.05/m 1.15/m
.82/m -51.09/m .82/m
.48/m 26.36/m -41.41/m 26.36/m .48/m
.42/m 25.55/m -34.63/m 25.55/m .42/m
.59/m 25.44/m -30.15/m 25.44/m .59/m

7.3.3 MODELO 8 UTILIZANDO O MÉTODO DOS ELEMENTOS FINITOS


.59/m 25.01/m -28.00/m 25.01/m .59/m
-5.87/m 25.18/m -29.31/m 25.18/m -5.87/m
25.11/m -33.30/m 25.11/m
-48.24/m 24.78/m -33.09/m 24.78/m -48.24/m
Figura 109: Esforços de momento em Y do modelo 8 utilizando o método de grelhas

-3.31/m 24.28/m -3.66/m 24.28/m -3.31/m


P9
P6
P3
156

Os esforços obtidos através do Software CypeCAD em “X” e “Y” estão


157

Figura 110: Esforços de momento em X do modelo 8 utilizando o MEF


P1 P2 P3

0.00
5.90
5.90

-5.90
-5.90
30.3
15.3

15.3
0.00
30.3
0 -54.2
.9
-5
15.3
0.00 -30.3

0 .0
-15.3 5.90

0
-15.3

-54.2 5.90

P4 54.2 P5 P6
0.00
0
-15.3
-5.9

-30.3

-15.3

-15.3 5.90

0
0.0
0.0 -30.3
0
15.3
- 54 .
2
-5

-5.90
-5.90
15.3

30.3
.9

15.3
0.00
30.3

5.90

0.00
0
5.90

P7 P8 P9

Fonte: Autor
158

Figura 111: Esforços de momento em Y do modelo 8 utilizando o MEF


P1 P2 P3

0.
.30 0.0

0
-5

0
-5.30 5.30
0.00
5.30
13.4 25.9 13.4

13.4
25.9

13.4

-44.9
P4 -74.0 P6
-5.30

-25.9
-13.4
-13.4
-5.30
-44.9
-25.9
-74

0.00
5.30

5.30
0.00

P5
.0

13.4

25.9
13.4
25.9

13.4 13.4
5.30 0.00 5.30
-5.30
-13.4
-5

P7 P8 P9
0
.3

0.0
0.
0

00

Fonte: Autor

7.3.4 COMPARAÇÃO DE ESFORÇOS DO MODELO 8

A Tabela 17 apresenta os esforços de momento máximos e mínimos em cada


faixa de tributária para cada um dos métodos de cálculo trabalhados. Os esforços de
grelha apresentados foram uma média feita pelos valores contidos em cada faixa, e
os esforços no MEF foram colocados baseado no ponto central de cada faixa.
159

Tabela 17: Comparação de esforços no Modelo 8 entre o MPE, Grelhas e MEF


Modelo 8
1° Vão Apoio Central 2° Vão
Tributárias Modelos Faixa Faixa Faixa Faixa Faixa Faixa
Externa Interna Externa Interna Externa Interna
MPE 34,70 28,40 -84,00 -28,00 34,70 28,40
1 Grelhas 40,37 35,77 -56,74 -6,80 36,33 9,32
MEF 38,00 32,20 -38,00 -9,10 18,30 1,40
MPE x Grelhas 16,3% 25,9% 32,5% 75,7% 4,7% 204,8%
Diferença
MPE x MEF 9,5% 13,4% 54,8% 67,5% 89,6% 1928,6%
%
Grelhas x MEF 6,2% 11,1% 33,0% 25,3% 98,5% 565,5%
MPE 66,20 54,20 -124,40 -54,40 0,00 0,00
2 Grelhas 64,70 47,70 -102,00 -25,40 8,47 2,87
MEF 51,30 39,90 -64,00 -15,80 3,60 -9,20
MPE x Grelhas 2,3% 13,6% 18,0% 53,3% --- ---
Diferença
MPE x MEF 29,0% 35,8% 48,6% 71,0% --- ---
%
Grelhas x MEF 26,1% 19,5% 37,3% 37,8% 135,2% 131,2%
MPE 34,70 28,40 -84,00 -28,00 34,70 28,40
3 Grelhas 40,37 35,77 -56,74 -6,80 36,33 9,32
MEF 38,00 32,20 -38,00 -9,10 18,30 1,40
MPE x Grelhas 16,3% 25,9% 32,5% 75,7% 4,7% 204,8%
Diferença
MPE x MEF 9,5% 13,4% 54,8% 67,5% 89,6% 1928,6%
%
Grelhas x MEF 6,2% 11,1% 33,0% 25,3% 98,5% 565,5%
MPE 40,30 33,00 -102,00 -34,00 40,30 33,00
4 Grelhas 44,06 27,42 -51,16 16,10 44,06 27,42
MEF 33,30 22,30 -44,00 4,20 33,30 22,30
MPE x Grelhas 9,3% 20,4% 49,8% 147,4% 9,3% 20,4%
Diferença
MPE x MEF 21,0% 48,0% 56,9% 112,4% 21,0% 48,0%
%
Grelhas x MEF 32,3% 22,9% 14,0% 283,3% 32,3% 22,9%
MPE 37,40 30,60 -97,40 -32,40 37,40 30,60
5 Grelhas 43,75 31,49 -75,25 -7,10 43,75 31,49
MEF 34,20 27,20 -68,60 -20,80 34,20 27,20
MPE x Grelhas 17,0% 2,9% 22,7% 78,1% 17,0% 2,9%
Diferença
MPE x MEF 9,4% 12,5% 29,6% 35,8% 9,4% 12,5%
%
Grelhas x MEF 27,9% 15,8% 8,8% 65,9% 27,9% 15,8%
MPE 29,00 23,80 -66,00 -22,00 29,00 23,80
6 Grelhas 24,88 25,58 -31,90 -30,50 24,88 25,58
MEF 22,10 23,60 -36,10 -33,00 22,10 23,60
MPE x Grelhas 16,6% 7,5% 51,7% 27,9% 16,6% 7,5%
Diferença
MPE x MEF 31,2% 0,8% 45,3% 33,3% 31,2% 0,8%
%
Grelhas x MEF 12,6% 8,4% 11,6% 7,6% 12,6% 8,4%
Fonte: Autor

Os valores de Momento positivo no segundo vão das tributárias 1, 2 e 3


aumentaram entre todos os métodos. Neste modelo também aconteceu de no MPE
se ter momento positivo apenas no 1° vão, sendo que no segundo restaram apenas
momentos negativos.
160

7.4 COMPARAÇÃO DE MOMENTOS FLETORES ENTRE OS MODELOS

Foram comparados de forma mais minuciosa os métodos de cálculo nos


diversos modelos. A primeira e a terceira tributária apresentam valores iguais, sendo
assim, só serão apresentados os valores da primeira. A Figura 112 apresenta
comparações entre os modelos de cálculo no primeiro vão da primeira tributária.

Figura 112: Comparação dos momentos no 1° vão da 1° tributária


45,00
40,00
35,00
30,00 MPE ‐ Faixa Externa
25,00 Grelhas ‐ Faixa Externa
kN/m

20,00 MEF ‐ Faixa Externa


15,00 MPE ‐ Faixa Interna
10,00 Grelhas ‐ Faixa Interna
5,00 MEF ‐ Faixa Interna
0,00

Fonte: Autor

Nota-se na Figura 112 que o MPE tanto na faixa externa quanto na faixa
interna apresentou valores constantes. Porém, tanto o método de Grelhas quanto o
MEF apresentaram um aumento de valores quase que linear através dos modelos.
Desta forma, nos primeiros modelos o MPE apresentou valores mais elevados que
os outros dois modelos, mas nos últimos modelos o MPE apresentou os resultados
mais baixos.

A Figura 113 apresenta comparações entre os modelos de cálculo no apoio


central da primeira tributária.

Em relação à Figura 113, percebe-se que o MPE apresenta valores


constantes. Na faixa externa, os valores de grelhas diminuíram de uma forma quase
constante, enquanto o MEF aumentou os seus valores entre os modelos 1 e 3 e os
modelos 7 e 8. Na faixa interna, tanto grelhas quanto MEF apresentaram uma
elevação dos resultados. Sendo assim, tanto na faixa externa quanto na faixa interna
o MPE apresentou valores mais conservadores do que os outros métodos.
161

Figura 113: Comparação dos momentos no apoio central da 1° tributária


0,00
‐10,00
‐20,00
‐30,00 MPE ‐ Faixa Externa
‐40,00 Grelhas ‐ Faixa Externa
kN/m

‐50,00 MEF ‐ Faixa Externa


‐60,00 MPE ‐ Faixa Interna
‐70,00 Grelhas ‐ Faixa Interna
‐80,00 MEF ‐ Faixa Interna
‐90,00

Fonte: Autor

A Figura 114 apresenta comparações entre os modelos de cálculo no


segundo vão da primeira tributária.

Figura 114: Comparação dos momentos no 2° vão da 1° tributária


40,00

35,00

30,00

25,00 MPE ‐ Faixa Externa


Grelhas ‐ Faixa Externa
kN/m

20,00
MEF ‐ Faixa Externa
15,00
MPE ‐ Faixa Interna
10,00
Grelhas ‐ Faixa Interna
5,00
MEF ‐ Faixa Interna
0,00

Fonte: Autor

Nota-se na Figura 114 que o MPE, tanto na faixa externa quanto na faixa
interna, apresentou valores constantes. É notável também que o MPE apresentou os
valores mais conservadores, tanto na faixa externa quanto na faixa interna. Na faixa
externa, os valores de Grelhas e MEF apresentaram divergências, pois, no método
de Grelhas os valores aumentaram, e no MEF os valores diminuíram. Já na faixa
162

interna, tanto o método de Grelhas quanto o MEF, apresentaram redução de


valores.

A Figura 115 apresenta comparações entre os modelos de cálculo no primeiro


vão da primeira tributária.

Figura 115: Comparação dos momentos no 1° vão da 2° tributária


70,00

60,00

50,00
MPE ‐ Faixa Externa
40,00
Grelhas ‐ Faixa Externa
kN/m

30,00 MEF ‐ Faixa Externa

20,00 MPE ‐ Faixa Interna


Grelhas ‐ Faixa Interna
10,00
MEF ‐ Faixa Interna
0,00

Fonte: Autor

O primeiro vão da segunda tributária apresentou valores coerentes entre os


métodos de cálculo. Na faixa externa, os valores do MPE e o de Grelhas
apresentaram valores muito próximos, e na faixa interna, o MPE apresentou os
valores mais altos.

A Figura 116 apresenta comparações entre os modelos de cálculo no apoio


central da segunda tributária.

Os valores de comparação do apoio central da segunda tributária na faixa


interna foram bem próximos entre os métodos EF e Grelhas. Porém, na faixa
externa, o método de Grelhas apresentou os valores mais conservadores que o
MEF. Tanto na faixa externa quanto na faixa interna, o MPE apresentou valores
mais conservadores do que os outros métodos. Nota-se que na faixa externa os
valores de momento aumentaram tanto no método de Grelhas quanto no MPE, mas,
o MEF apresentou valores relativamente constantes.
163

Figura 116: Comparação dos momentos no apoio central da 2° tributária


0,00

‐20,00

‐40,00
MPE ‐ Faixa Externa
‐60,00
Grelhas ‐ Faixa Externa
kN/m

‐80,00 MEF ‐ Faixa Externa

‐100,00 MPE ‐ Faixa Interna


Grelhas ‐ Faixa Interna
‐120,00
MEF ‐ Faixa Interna
‐140,00

Fonte: Autor

A Figura 117 apresenta comparações entre os modelos de cálculo no


segundo vão da primeira tributária.

Figura 117: Comparação dos momentos no 2° vão da 2° tributária


50,00

40,00

30,00
MPE ‐ Faixa Externa
20,00
Grelhas ‐ Faixa Externa
kN/m

10,00 MEF ‐ Faixa Externa

0,00 MPE ‐ Faixa Interna


Grelhas ‐ Faixa Interna
‐10,00
MEF ‐ Faixa Interna
‐20,00

Fonte: Autor

Em relação à Figura 117, nota-se uma redução de valores de momento


positivo em todos os modelos. Nesta situação, percebe-se que o MPE apresentou os
menores valores na faixa externa, mas, na faixa interna apresentou os valores mais
elevados na maioria dos modelos. Na faixa externa o método de Grelhas apresentou
os valores mais elevados, e na faixa interna o MEF apresentou os menores valores.
164

Como as tributárias 1 e 3 apresentam valores idênticos devido a simetria em


torno do eixo x, os valores da tributária 3 não serão apresentados.

Como nas tributárias 4, 5 e 6 os valores de momento do primeiro e segundo


vão são iguais, para essas tributárias serão apresentadas comparações apenas do
primeiro vão e do apoio central.

A Figura 118 apresenta comparações entre os modelos de cálculo no primeiro


vão da quarta tributária.

Figura 118: Comparação dos momentos no 1° vão da 4° tributária


50,00
45,00
40,00
35,00
MPE ‐ Faixa Externa
30,00
Grelhas ‐ Faixa Externa
25,00
kN/m

20,00 MEF ‐ Faixa Externa

15,00 MPE ‐ Faixa Interna


10,00 Grelhas ‐ Faixa Interna
5,00 MEF ‐ Faixa Interna
0,00

Fonte: Autor

Nota-se na Figura 118 que todos os métodos apresentaram um aumento nos


momentos. Isto se deve ao fato de se ter uma maior área de influência da laje nos
pilares desta tributária. Nota-se também que na faixa externa os valores do MEF
foram mais baixos do que nos outros dois métodos, sendo o de Grelhas com maior
valor na maioria dos modelos. Já na faixa interna, o MPE apresentou valores muito
mais altos do que os outros dois métodos, que se comparados apresentaram valores
próximos na maioria dos modelos.

A Figura 119 apresenta comparações entre os modelos de cálculo no apoio


central da quarta tributária.
165

Figura 119: Comparação dos momentos no apoio central da 4° tributária


40,00

20,00

0,00

‐20,00 MPE ‐ Faixa Externa


Grelhas ‐ Faixa Externa
‐40,00
kN/m

MEF ‐ Faixa Externa
‐60,00
MPE ‐ Faixa Interna
‐80,00
Grelhas ‐ Faixa Interna
‐100,00
MEF ‐ Faixa Interna
‐120,00

Fonte: Autor

Em relação à Figura 119, os valores de momento no apoio se apresentaram


de forma bem diferente. Em relação a faixa externa, os valores do MPE aumentaram
aos poucos, mas os outros dois métodos oscilaram bastante ao longo dos modelos.
Já em relação a faixa interna, os valores do MPE também aumentaram aos poucos,
mas, tanto no método de Grelhas quanto no MEF, os valores de momento no apoio
aos poucos diminuíram, se tornando positivos nos últimos modelos.

Devido a forma de obtenção dos resultados de grelhas, alguns valores de


momentos nessa região ficam camuflados nos modelos 2 e 3, quando já
apresentavam momentos positivos, mas, quando se tirava uma média, eles se
tornavam negativos.

Essas divergências entre os modelos se deram pelo fato de que quando o


pilar central começou a se distanciar, não teve outro vão ao lado para
contrabalançar o momento positivo gerado pelo 1° vão. Desta forma, nos métodos
de cálculo mais complexos começaram a aparecer momentos positivos em regiões
que antes só tinham momentos negativos, e no método simplificado, onde essas
questões não são levadas em consideração, não seguiu a mesma linha.

A Figura 120 apresenta comparações entre os modelos de cálculo no primeiro


vão da 5º tributária.
166

Figura 120: Comparação dos momentos no 1° vão da 5° tributária


50,00
45,00
40,00
35,00
MPE ‐ Faixa Externa
30,00
Grelhas ‐ Faixa Externa
kN/m

25,00
20,00 MEF ‐ Faixa Externa

15,00 MPE ‐ Faixa Interna


10,00 Grelhas ‐ Faixa Interna
5,00 MEF ‐ Faixa Interna
0,00

Fonte: Autor

Aparentemente, os métodos de cálculo da Figura 120 estão se comportando


de forma parecida, porém, tanto no método de Grelhas quanto no MEF foi adotado
um valor médio, tanto nas faixas internas quanto nas faixas externas, apenas a nível
de comparação. Desta forma, o método de Grelhas está apresentando os valores
mais altos na faixa externa, e o MPE da faixa interna.

A Figura 121 apresenta comparações entre os modelos de cálculo no apoio


central da 5º tributária.

Figura 121: Comparação dos momentos no apoio central da 5° tributária


0,00

‐20,00

‐40,00 MPE ‐ Faixa Externa


Grelhas ‐ Faixa Externa
‐60,00
kN/m

MEF ‐ Faixa Externa
‐80,00 MPE ‐ Faixa Interna
Grelhas ‐ Faixa Interna
‐100,00
MEF ‐ Faixa Interna
‐120,00

Fonte: Autor
167

Ao analisar os valores apresentados na Figura 121, percebe-se que o MPE


apresenta os maiores valores de momento negativo da faixa externa, sendo o MEF o
que apresenta os menores valores. Tanto na faixa interna quanto na faixa externa
não houve um padrão entre os métodos de cálculo, porém, os valores ficaram dentro
de uma faixa comportada. Isto se dá pelo mesmo fator comentado em relação ao 1°
vão da 5° tributária, mostrado na Figura 120, porém, no apoio central as diferenças
são mais expressivas, chegando a ter uma média entre os valores de momentos
positivos e negativos.

Para se comparar de forma correta os métodos, devem-se separar as faixas


internas e externas, não fazendo médias entre elas.

A Figura 122 apresenta comparações entre os modelos de cálculo no primeiro


vão da 6º tributária.

Figura 122: Comparação dos momentos no 1° vão da 6° tributária


40,00

35,00

30,00

25,00 MPE ‐ Faixa Externa


Grelhas ‐ Faixa Externa
20,00
kN/m

MEF ‐ Faixa Externa
15,00
MPE ‐ Faixa Interna
10,00
Grelhas ‐ Faixa Interna
5,00
MEF ‐ Faixa Interna
0,00

Fonte: Autor

Da mesma forma que nas tributárias 4 e 5 os valores apresentaram


resultados estranhos, a tributária 6 também apresentou. Em relação à Figura 122, os
valores da faixa externa apresentaram uma redução, sendo o método com maiores
valores o MPE. Já na faixa interna, o MPE também apresentou uma diminuição de
valores, porém, os outros dois métodos apresentaram um crescimento no momento.

A Figura 123 apresenta comparações entre os modelos de cálculo no apoio


central da 6º tributária.
168

Figura 123: Comparação dos momentos no apoio central da 6° tributária


0,00
‐10,00
‐20,00
‐30,00 MPE ‐ Faixa Externa
‐40,00 Grelhas ‐ Faixa Externa
kN/m

‐50,00 MEF ‐ Faixa Externa


‐60,00 MPE ‐ Faixa Interna
‐70,00 Grelhas ‐ Faixa Interna
‐80,00 MEF ‐ Faixa Interna
‐90,00

Fonte: Autor

Na Figura 123 não se vê nitidamente um padrão entre os métodos de cálculo.


Percebe-se que tanto na faixa externa quanto na interna os valores de Grelhas e
MEF estão muito próximos, mas, principalmente na faixa externa os valores do MPE
estão muito diferentes.

De forma geral, o MPE apresentou valores de momento negativo superiores


do que os outros métodos.

O primeiro modelo apresentou resultados de esforços relativamente coerentes


entre os três métodos apresentados. Os outros modelos apresentaram divergência
nos resultados devido a alguns fatores, dentre eles:

- Quanto mais desalinhado na direção Y os pilares ficaram, maior a diferença


entre os vãos da direção X, fazendo com que regiões onde inicialmente se tinham
esforços de compressão começassem a existir esforços de tração;

- O Método dos Pórticos Equivalentes não prevê que possam existir esforços
tão diferentes nas duas faixas externas e também nas duas faixas internas de uma
mesma tributária central, como aconteceu na tributária 5 principalmente nos modelos
com maiores desalinhamentos. Para comparação foram feitas médias entre os
esforços dessas faixas no Método dos Elementos Finitos e em Grelhas. Mas, na
realidade, o ideal seria que os esforços das faixas externas de uma tributária central
fossem calculados separadamente, tendo como um dos fatores de cálculo a relação
169

de vãos de continuidade entre as lajes vizinhas, e não apenas uma porcentagem


dos esforços totais da tributária;

- Enquanto o Método dos Elementos Finitos e Grelhas apresentaram esforços


a cada 40 cm nas duas direções, o Método dos Pórticos Equivalentes apresentou
esforços a cada 200 cm, sendo que as tributárias estavam concentradas apenas nas
regiões dos pilares, ou seja, a cada 800 cm.

Faria (2004) também encontrou discrepância em resultados de estruturas


assimétricas, ao comparar o Método dos Pórticos Equivalentes com o Método dos
Elementos Finitos.

Colonese (2008) ao comparar o Método dos Pórticos Equivalentes com o


Método dos Elementos Finitos chegou a conclusão de que a convergência dos
esforços entre os dois métodos é esporádica, sendo a simples presença de um pilar
de bordo na laje condição suficiente para que os esforços entre os dois métodos
sejam bem divergentes.

Pedrozo (2008) também chegou a conclusão de que o Método dos Pórticos


Equivalentes não consegue representar satisfatoriamente o comportamento em
serviço da laje.

Levando-se em conta que boa parte das estruturas atuais não tem
alinhamento nos pilares, nem possuem vãos equivalentes contínuos entre os pilares
e possuem vários recortes e vazios, o Método dos Pórticos Equivalentes não se
apresenta como uma ferramenta adequada para dimensionamento da estrutura.
Porém, para projetos em fase de pré-dimensionamento ou de verificação, ou em
projetos que se tenham vãos iguais, pilares alinhados, sem recortes nem vazios, o
mesmo pode ser bem visto, pois se apresenta com os esforços com mesma ordem
de grandeza que os outros métodos estudados.

Nos exemplos numéricos, o Método dos Elementos Finitos e Grelhas


apresentou resultados muito coerentes e de mesma ordem de grandeza. Isso mostra
a confiabilidade dos métodos.
170

8 EXEMPLOS NUMÉRICOS – SOLUÇÕES ESTRUTURAIS

Para esse exemplo, foi utilizado o software TQS Versão 18.9. O TQS é um
software que calcula com a Analogia de Grelhas. A interface do programa é
relativamente simples. A seguir é apresentado um roteiro de dimensionamento de
lajes protendidas com o software TQS.

Inicialmente o pavimento precisa ser modelado e calculado, lembrando que a


laje que será protendida, deverá ser marcada como protendida no modelador. Em
seguida, já dentro do editor de lajes protendidas, baseado nos esforços da laje, o
Engenheiro de Estruturas deverá lançar as Regiões de Protensão Uniforme (RPU) e
as Regiões de Transferência de Esforços (RTE). Depois disso, o pavimento deve ser
processado. Os resultados que o programa oferece são os seguintes:

- Sugestão de quantidade de cabos, bem como os perfis dos mesmos para


cada RPU;

- Cálculo das tensões, quantidade de armadura passiva necessária e


fissuração para os diversos carregamentos em cada RPU;

- Planta de cabos com a ancoragem correspondente;

- Relatório de interferências entre cabos de protensão;

- Perfis de cabos em planta;

- Tabela com quantitativos do aço de protensão utilizado;

- Transferência de dados para o editor de esforços e armaduras para o


detalhamento da armadura passiva;

- Cálculo do hiperestático de protensão na grelha juntamente com as


deformações devido às forças de alívio provocadas pelos cabos na laje;

- Desenho do cabo em planta e em perfil;

- Armadura passiva.

Todos os resultados são editáveis, ou seja, após uma análise, o Engenheiro


de Estruturas deverá detalhar o pavimento de forma que fique seguro e econômico.

No presente capítulo será apresentado o dimensionamento de dois


pavimentos sem vigas protendidas, sendo um deles relativamente simétrico em um
dos eixos e o outro assimétrico.
171

Por comparação, cada um dos exemplos será dimensionado baseado nas


hipóteses apresentadas na Tabela 18.

Tabela 18: Hipóteses de dimensionamento para os exemplos


Combinações
Classe de
Fck Tipo de Tipo de de ações em
Pavimento agressividade Fissuração
utilizado protensão cordoalha serviço a
ambiental
utilizar
Não
Protensão Combinação
II 30 MPa aderente ≤ 0,2 mm
parcial frequente
Aderente
Não Combinação
Simétrico
aderente frequente e
Protensão
III 35 MPa Não tem combinação
limitada
Aderente quase
permanente
Não
Protensão Combinação
II 30 MPa aderente ≤ 0,2 mm
parcial frequente
Aderente
Não Combinação
Assimétrico
aderente frequente e
Protensão
III 35 MPa Não tem combinação
limitada
Aderente quase
permanente
Fonte: Autor

Os dados de tipo de protensão, fissuração e combinações de serviço a utilizar


foram tirados da Tabela 1.

Os valores de fck foram retirados da Tabela 7.1 da ABNT NBR 6118:2014.

Os cobrimentos das armaduras utilizados nos exemplos foram retirados da


Tabela 7.2 da ABNT NBR 6118:2014.

Em cada pavimento (simétrico e assimétrico) foi detalhado o passo a passo


para a condição de protensão parcial com cordoalha não aderente. Para as outras
hipóteses foram colocados apenas os resultados.

A seguir será apresentado o passo a passo de um pavimento modelado e


detalhado como sendo protendido com cordoalhas engraxadas.

8.1 EXEMPLO 1 – PAVIMENTO SIMÉTRICO – RELATIVAMENTE SIMPLES

O exemplo a seguir, apresentado na Figura 124, representa um pavimento


tipo de um edifício. O posicionamento dos pilares foi escolhido mediante a
arquitetura, de modo que não serão alterados. Nota-se que o pavimento não é
totalmente simétrico, porém, apresenta traços de simetria muito grandes se
172

desprezar o núcleo de elevador e escadas. Outro detalhe importante é que o


espaçamento médio dos pilares é de 8m.

8.1.1 DADOS DO PROJETO

Classe de agressividade ambiental – Moderada;

Tipo de protensão – Protensão Parcial;

Cobrimento das armaduras da laje:

-Armadura passiva – 2,5 cm;

- Armadura ativa – 3,0 cm.

Concreto:

- fck = 30MPa;

- a/c ≤ 0,55;

- Ecs = 26GPa;

- fckj = 21 MPa.

Aço de protensão:

- Cordoalha de 7 fios – Engraxada e Plastificada: CP 190 RB 7;

-  = 12.7 mm; Área = 100 mm2; Ep = 195.000 MPa (varia com o lote);

- fptk = 1.900 MPa.

Carregamentos:

- Peso próprio – c = 25 kN/m³ - espessura de laje = 20 cm – 5 kN/m²;

- Carga permanente – 1 kN/m²;

- Carga acidental – 1,5 kN/m²;

- Carga permanente extra no Balanço (Varandas) – 0,5 kN/m².


173

Figura 124: Forma do exemplo 1


E2

E1

Fonte: Autor

O ACI 423 (1989) recomenda adotar as seguintes espessuras para lajes:

- Lajes com sobrecargas entre 2kN/m² e 3 kN/m²: h ≥ l/40 a l/45;

- Lajes de cobertura: h ≥ l/45 a l/48;

Sendo assim, para vãos próximos a 8m, a espessura da laje do pavimento


tipo será de 20 cm.

8.1.2DIMENSIONAMENTO DO PAVIMENTO

Para se ter uma ideia de deslocamentos do pavimento, antes de lançar as


Regiões de protensão Uniforme (RPU), será analisada a deformação com todas as
cargas do pavimento não majoradas, sendo o caso 1 do TQS (Figura 125). Essas
deformações geralmente são próximas às deformações causadas pelo hiperestático
de protensão. Desta maneira, se nessa verificação a flecha estiver dentro dos limites
recomendados na ABNT NBR 6118:2014, provavelmente as deformações causadas
pelo hiperestático de protensão também ficarão dentro dos limites normativos.
174

Figura 125: Flecha no caso 1 do TQS para o exemplo 1

Fonte: Autor

Conforme a Figura 125, a flecha final máxima está em 2,3 cm. A flecha
máxima permitida por norma (Tabela 7) é de l/250. Como o vão máximo é de
aproximadamente 800 cm, a flecha máxima permitida é de 3,2 cm, ou seja, está
dentro do recomendado pela norma.

Dentro do editor de lajes protendidas, o primeiro procedimento a ser feito é o


lançamento as Regiões de Protensão Uniforme (RPU). Devido ao posicionamento
dos pilares e recorte na laje, os cabos paralelos ao eixo 2 da Figura 124(horizontais)
estarão concentrados, e os cabos paralelos ao eixo 1 da Figura 124(verticais)
estarão distribuídos em todo o pavimento.O lançamento das RPU é realizado
mediante os esforços que estão na laje, desta forma, divisão de faixas com esforço
de intensidade similar fica mais fácil, e também mais confiável.

Na Figura 126 são apresentadas as faixas de esforços horizontais enquanto


na Figura 127 são apresentadas as verticais. No lugar onde estiver azul, os esforços
de momento serão positivos. No lugar onde estiver vermelho, os esforços de
momento serão negativos.
175

Figura 126: Faixas de esforços na direção do eixo X para o exemplo 1

Fonte: Autor
176

Figura 127: Faixas de esforços na direção do eixo Y para o exemplo 1

Fonte: Autor

Para se definir a largura das RPU, deve-se olhar as faixas de esforços na


direção perpendicular a direção das RPU a serem lançadas, para que os esforços na
faixa sejam de mesma ordem de grandeza.

Deve ser levado também em consideração a diferença de espessura de laje


na região dos pilares P10 e P11, que possuem droppanels em relação a espessura
do resto do pavimento. As RPU que passarem desses lugares deverão ter sua
seção (largura) ou totalmente contida neles ou totalmente fora dos mesmos. Isso
deve ocorrer para que o traçado do cabo possa ser feito sem erros. A mesma dica
serve para as RTE. É importante que elas estejam totalmente dentro dos droppanels
ou totalmente fora, mesmo que para isso tenha que lançar várias RTE na mesma
RPU. Na Figura 128é apresentado o lançamento das RPU horizontais, e na Figura
129é apresentado o lançamento das RPU horizontais, sobrepostas com as faixas de
esforços verticais.
177

Figura 128: RPUs na direção do eixo X para o exemplo 1

Fonte: Autor

Figura 129: RPUs no eixo X junto com esforços em Y para o exemplo 1

Fonte: Autor

Nota-se que na região de engrossamento da laje existem RPU diferenciadas.


Na Figura 130é apresentado o lançamento das RPU verticais, e na Figura 131é
178

apresentado o lançamento das RPU verticais sobrepostas com as faixas de esforços


horizontais.

Figura 130: RPUs na direção do eixo Y para o exemplo 1

Fonte: Autor

Figura 131: RPUs no eixo Y junto com esforços em X para o exemplo 1

Fonte: Autor
179

A Região de Transferência de Esforço (RTE) será usada em apenas alguns


pontos, pois em lugares onde já se tem a RPU, não precisa da RTE. Na Figura
132são apresentadas as RTE horizontais enquanto na Figura 133são apresentadas
as verticais.

Figura 132: RTEs na direção do eixo X para o exemplo 1

Fonte: Autor

Figura 133: RTEs na direção do eixo Y para o exemplo 1

Fonte: Autor
180

Em seguida, deve-se processar o pavimento. Com esse processamento, o


programa irá gerar um detalhamento dos cabos. Esse detalhamento deverá ser
ajustado, pois, o TQS lança a quantidade para cobrir a envoltória dos esforços, mas,
em protensão parcial, pode-se economizar armadura ativa e combater parte dos
esforços (principalmente de momento negativo) com armadura passiva. Isso gera
bastante economia, pois, mesmo retirando algumas cordoalhas, ainda consegue-se
cobrir a parte dos momentos positivos. A seguir será apresentado o detalhamento da
RPU mostrada na Figura 134.

Figura 134: RPU a ser detalhada para fins explicativos para o exemplo 1

Fonte: Autor

Inicialmente nesta RPU o TQS gerou 3 feixes de dois cabos. Após algumas
análises foi reduzido um dos feixes. A seguir serão discretizadas as análises
realizadas.

Na Figura 135são apresentados os momentos fletores para o ato de


protensão do jeito que o TQS gerou. Na Figura 136são apresentados os momentos
fletores para o ato de protensão depois de ajustado.A linha rosa apresenta os
momentos máximos, a linha azul apresenta os momentos mínimos, a linha vermelha
apresenta a média dos momentos e a linha verde apresenta os momentos
combatidos pelos cabos no traçado em que eles estão. Se os momentos provocados
pelos cabos estiverem cobrindo o diagrama, os reforços em armadura passiva e a
fissuração na laje serão mínimos. Se o diagrama de momentos do cabo estiver
181

inverso em relação aos dos carregamentos, o traçado do cabo estará errado. De


qualquer forma, é importante detalhar cabo por cabo para melhor aproveitamento do
mesmo, coisa que muitas vezes o detalhamento automático não faz.

Figura 135: Elevações dos cabos - ato da protensão para o exemplo 1 – antes de
ajustar

Fonte: Autor

Figura 136: Elevações dos cabos - ato da protensão para o exemplo 1 – depois de
ajustar

Fonte: Autor

Nota-se que, mesmo reduzindo um feixe de duas cordoalhas, a armadura


ativa está conseguindo atuar de forma satisfatória, cobrindo quase toda a envoltória.
182

Na Figura 137 são apresentados os momentos fletores para a combinação


frequente do jeito que o TQS gerou. Na Figura 138 são apresentados os momentos
fletores para a combinação frequente depois de ajustado.

Figura 137: Elevações dos cabos - combinação frequente para o exemplo 1 – antes de
ajustar

Fonte: Autor

Figura 138: Elevações dos cabos - combinação frequente para o exemplo 1 – depois
de ajustar

Fonte: Autor

Em relação a combinação frequente, as alterações de quantidade de cabos


aproximaram a envoltória de esforços dos esforços gerados pela armadura ativa.
183

Na Figura 139 são apresentados os momentos fletores para a combinação


total não majorando os esforços do jeito que o TQS gerou. Na Figura 140 são
apresentados os momentos fletores para a mesma combinação depois de ajustado.

Figura 139: Elevações dos cabos - combinação total não majorando esforços para o
exemplo 1 – antes de ajustar

Fonte: Autor

Figura 140: Elevações dos cabos - combinação total não majorando esforços para o
exemplo 1 – depois de ajustar

Fonte: Autor

Na combinação total não majorando esforços as alterações de quantidade de


cabos também aproximaram a envoltória de esforços dos esforços gerados pela
protensão.
184

Na Figura 141 são apresentados os momentos fletores para a combinação


hiperestático de protensão do jeito que o TQS gerou. Na Figura 142 são
apresentados os momentos fletores para a mesma combinação depois de ajustado.

Figura 141: Elevações dos cabos - hiperestático de protensão para o exemplo 1 –


antes de ajustar

Fonte: Autor

Figura 142: Elevações dos cabos - hiperestático de protensão para o exemplo 1 –


depois de ajustar

Fonte: Autor

Na combinação Hiperestático de protensão, as diferenças não foram tão


visíveis. Isso se deve a alguns fatores, dentre eles, o fato de a laje ser bidirecional.
185

Outra verificação que precisa ser feita é se o concreto não está esmagando
em algum lugar. No ato da protensão não pode ter uma tensão maior do que 70% do
fckj, ou seja, no exemplo em questão, não pode ultrapassar 147 kgf/cm² (14,7 MPa).
Na combinação frequente não pode ter uma tensão maior do que 60% do fck, ou
seja, no exemplo em questão, não pode ultrapassar 180 kgf/cm² (18 MPa).

Como o exemplo apresentado um feixe de 2 cabos está sendo retirado, a


compressão no concreto irá diminuir. Desta forma, deve-se prestar atenção na
tração das fibras. Caso haja tração, precisa-se ficar atento a verificação da
fissuração no devido trecho.

Na Figura 143são apresentadas as tensões no ato da protensão do jeito que


o TQS gerou. Na Figura 144 são apresentadas as tensões para a mesma
combinação depois de ajustado.

Figura 143: Tensões no concreto - ato da protensão para o exemplo 1 – antes de


ajustar

Fonte: Autor
186

Figura 144: Tensões no concreto - ato da protensão para o exemplo 1 – depois de


ajustar

Fonte: Autor

No ato da protensão, não houve tração maior do que 3kgf/cm², sendo que o
limite para esta verificação é de 25kgf/cm².

Na Figura 145 são apresentadas as tensões na combinação frequente do jeito


que o TQS gerou. Na Figura 146 são apresentadas as tensões para a mesma
combinação depois de ajustado.

Figura 145: Tensões no concreto - combinação frequente para o exemplo 1 – antes de


ajustar

Fonte: Autor
187

Figura 146: Tensões no concreto - combinação frequente para o exemplo 1 – depois


de ajustar

Fonte: Autor

Na combinação frequente, não houve tração maior do que 25kgf/cm², sendo


que o limite para esta verificação é de 45kgf/cm².

Na Figura 147 é apresentada a fissuração neste trecho de laje depois de


modificada. Como o exemplo está utilizando a protensão parcial, o limite para a
fissuração é de 0,2mm. Neste caso, a maior fissuração foi de 0,02mm.

Figura 147: Fissuração na laje para o exemplo 1

Fonte: Autor
188

Após essas verificações, pode-se avaliar se a armadura passiva está muito


expressiva. Geralmente, quando a armadura passiva está concentrada nos apoios, a
retirada dos cabos não altera a sua quantidade. Na Figura 148 é apresentada a taxa
de armadura para cada trecho da laje, avaliando-se a combinação no ato da
protensão, enquanto na Figura 149 é apresentada a taxa de armadura para a
combinação frequente.

Figura 148: Armadura passiva - ato da protensão para o exemplo 1

Fonte: Autor

Figura 149: Armadura passiva - combinação total não majorando esforços para o
exemplo 1

Fonte: Autor
189

Na Figura 150 é apresenta a taxa de armadura da envoltória dos esforços.

Figura 150: Armadura passiva - envoltória de esforços para o exemplo 1

Fonte: Autor

Na Figura 151 é apresentada a perda imediata de protensão ao longo da


RPU. Como a cordoalha é engraxada, a diferença de perda de protensão ao longo
do cabo é muito pequena.

Figura 151: Perda de protensão imediata na RPU para o exemplo 1

Fonte: Autor
190

Após fazer esse procedimento em todas as RPU, precisa-se processar o


hiperestático de protensão. Em seguida verificam-se as flechas. Na Figura 152 são
apresentadas as deformações na laje com o caso de hiperestático de protensão.

Figura 152: Flecha na laje com o caso de hiperestático de protensão para o exemplo 1

Fonte: Autor

A deformação no pavimento ficou em 2,0 cm, menor que a prevista na Figura


125 que tinha apresentado uma deformação de 2,3 cm. Aurélio (2012) comenta que
em lajes maciças sem vigas protendidas, quando a flecha do pavimento está dentro
dos limites estabelecidos por norma, a armadura passiva normalmente consegue se
arranjar, ficando dentro dos limites de norma para as suas diversas verificações.
Sendo assim, quando no software TQS a flecha estiver dentro dos parâmetros
estabelecidos por norma, se aparecer notificação de armadura dupla ou similar,
pode ser erro de grelha. (Informação verbal)1.

Desta forma, podem-se gerar os cabos de protensão em planta no pavimento.


A ABNT NBR 6118:2014 recomenda que o espaçamento entre cordoalhas, cabos ou

1
Informação obtida através de um curso online de lajes protendidas cujo palestrante foi o Eng. Luis
Aurélio.
191

feixes de cabos deve ser no máximo 6h (6 x a espessura da laje), não excedendo


120 cm.

Na Figura 153 a planta de cabos gerada pelo TQS é apresentada, e na Figura


154é apresentada a planta de cabos modificada. Após gerar a planta de cabos, o
Engenheiro de Estruturas deve fazer a transmissão de esforços para a armadura
passiva e também calcular a punção e colapso progressivo na região dos pilares.
Deve-se também ajustar o traçado em planta para evitar passar em furos. Sempre
que possível, o Engenheiro de Estruturas deve passar o cabo em cima de pilares,
para ajudar na punção e colapso progressivo.

Figura 153: Planta de cabos –pavimento simétrico – protensão parcial – cordoalha não
aderente antes de ajustar

Fonte: Autor

A quantidade de armadura ativa gerada pelo TQS é de2285 kg.


192

Figura 154: Planta de cabos –pavimento simétrico – protensão parcial – cordoalha não
aderente depois de ajustar

Fonte: Autor

A quantidade de armadura ativa necessária para esse detalhamento é de


1595 kg, e de armadura passiva 1901 kg.

8.1.3 COMPARAÇÃO COM OUTRAS HIPÓTESES DE DIMENSIONAMENTO

Para as outras hipóteses de dimensionamento apenas serão apresentados os


resultados.

8.1.3.1 PROTENSÃO PARCIAL COM CORDOALHA ADERENTE

Os dados iniciais para o dimensionamento com esta hipótese são


praticamente os mesmos utilizados para o dimensionamento da protensão parcial
com a cordoalha não aderente, sendo diferente apenas o seguinte:

– Tipo de cordoalha – Aderente (Com bainha de protensão);

Na Figura 155 é apresentada a planta de cabos gerada pelo TQS.


193

Figura 155: Planta de cabos – pavimento simétrico – protensão parcial – cordoalha


aderente

Fonte: Autor

A quantidade de armadura ativa necessária para esse detalhamento é de


1657 kg, e de armadura passiva 1507 kg.

O fato de se ter bainha, faz com que a armadura ativa fique mais próxima do
centro de gravidade da laje. Desta forma, em alguns casos precisou-se de mais
armadura ativa para conseguir combater o mesmo esforço.

Nota-se que apesar de aumentar a quantidade de armadura ativa, a armadura


passiva diminuiu significativamente.

8.1.3.2 PROTENSÃO LIMITADA COM CORDOALHA NÃO ADERENTE

Os dados iniciais para o dimensionamento com esta hipótese são


praticamente os mesmos utilizados para o dimensionamento da protensão parcial
com a cordoalha não aderente, sendo diferentes apenas os seguintes:

– fck 35 MPa.
194

– Cobrimento das armaduras passivas = 3,5 cm;

– Cobrimento das armaduras ativas = 4,0 cm;

– Combinação de ações em serviço a utilizar = Combinação frequente e


combinação quase permanente;

– Fissuração = não tem.

Na Figura 156 é apresentada a planta de cabos gerada pelo TQS.

Figura 156: Planta de cabos – pavimento simétrico – protensão limitada – cordoalha


não aderente

Fonte: Autor

A quantidade de armadura ativa necessária para esse detalhamento é de


2082 kg, e de armadura passiva 1627 kg.

O fato de não poder ter fissuração na laje faz com que em diversos pontos
seja necessário o acréscimo de cabos. Além disso, como o cobrimento é maior, a
armadura ativa fica mais próxima do centro de gravidade também. Desta forma, em
alguns casos precisou-se de mais armadura ativa para conseguir combater o mesmo
esforço.
195

8.1.3.3 PROTENSÃO LIMITADA COM CORDOALHA ADERENTE

Os dados iniciais para o dimensionamento com esta hipótese são


praticamente os mesmos utilizados para o dimensionamento da protensão parcial
com a cordoalha não aderente, sendo diferentes apenas os seguintes:

– fck 35 MPa.

– Cobrimento das armaduras passivas = 3,5 cm;

– Cobrimento das armaduras ativas = 4,0 cm;

– Tipo de cordoalha – Aderente (Com bainha de protensão);

– Combinação de ações em serviço a utilizar = Combinação frequente e


combinação quase permanente;

– Fissuração = não tem.

Na Figura 157 é apresentada a planta de cabos gerada pelo TQS.

Figura 157: Planta de cabos – pavimento simétrico – protensão limitada – cordoalha


aderente

Fonte: Autor
196

A quantidade de armadura ativa necessária para esse detalhamento é de


2147 kg, e de armadura passiva 1456 kg.

O fato de não poder ter fissuração na laje, faz com que em diversos pontos
seja necessário o acréscimo de cabos. Além disso, como o cobrimento é maior, e
tem a presença da bainha, a armadura ativa fica mais próxima do centro de
gravidade. Desta forma, em alguns casos precisou-se de mais armadura ativa para
conseguir combater o mesmo esforço.

Nota-se que apesar de aumentar a quantidade de armadura ativa, a armadura


passiva diminuiu.

Na Tabela 19 é apresentada uma comparação entre a taxa de armadura em


cada hipótese de cálculo.

Tabela 19: Comparação de quantidade de aço necessária para as hipóteses de


dimensionamento – pavimento simétrico
Classe de Quantidade Quantidade
Tipo de Tipo de
agressividade Fck utilizado de armadura de armadura
protensão cordoalha
ambiental ativa (kg) passiva (kg)
Não
Protensão 1595 1901
II 30 MPa aderente
parcial
Aderente 1657 1507
Não
2082 1627
III 35 MPa Limitada aderente
Aderente 2147 1456
Fonte: Autor

A quantidade de armadura passiva apresentada foi retirada do software TQS,


não sendo feita nenhuma alteração na mesma. Sendo assim, nesse quantitativo não
estão inclusas as armaduras de punção, colapso progressivo e ductilidade. Essa
taxa de armadura foi apresentada a fim de mostrar que, ao comparar lajes sem vigas
com armadura não aderente e com armadura aderente há um aumento de armadura
ativa e uma redução de armadura passiva.

Nota-se também que a armadura gerada inicialmente pelo TQS no exemplo


com protensão parcial e cordoalha não aderente está muito acima do necessário,
reduzindo de 2285 kg para 1595 kg, ou seja, uma redução de 30%.
197

8.2 EXEMPLO 2 – PAVIMENTO ASSIMÉTRICO

O pavimento a seguir, apresentado na Figura 158, representa um pavimento


tipo de um edifício. O posicionamento dos pilares foi escolhido mediante a
arquitetura, de modo que não serão alterados. Nota-se que o pavimento é
totalmente assimétrico, os pilares não são alinhados e o espaçamento entre os
mesmos não é padrão, de tal forma que o processo dos pórticos equivalentes não se
aplica. Outro fator importante é que vários dos pilares do edifício estão faceando a
borda, sem deixar balanços. Essa situação é desfavorável tanto para a punção
quanto para o equilíbrio de momentos entre os vãos de pilares. Nota-se também que
devido aos vazios no pavimento e a disposição dos pilares seria relativamente difícil
aplicar uma estrutura convencional com vigas para esta edificação.

8.2.1 DADOS DO PROJETO

Classe de agressividade ambiental – Moderada;

Tipo de protensão – Protensão Parcial;

Cobrimento das armaduras da laje:

- Armadura passiva – 2,5 cm;

- Armadura ativa – 3,0 cm.

Concreto:

- fck = 30MPa;

- a/c ≤ 0,55;

- Ecs = 26GPa;

- fckj = 21 MPa.

Aço de protensão:

- Cordoalha de 7 fios – Engraxada e Plastificada: CP 190 RB 7;

-  = 12.7 mm; Área = 100 mm2; Ep = 195.000 MPa (varia com o lote);

- fptk = 1.900 MPa.

Carregamentos:

- Peso próprio – c = 25 kN/m³ - espessura de laje = 20 cm – 5 kN/m²;


198

- Carga permanente – 1 kN/m²;

- Carga acidental – 1,5 kN/m²;

- Carga permanente extra no Balanço (Varandas) – 0,5 kN/m².

Figura 158: Forma do exemplo 2


E2 E3

E1

Fonte: Autor

Como os vãos variam de 500 cm a 770 cm, a espessura da laje será pré-
dimensionada para a pior situação, ou seja, será calculado com 20 cm.

8.2.2 DIMENSIONAMENTO DO PAVIMENTO

Para se ter uma ideia de deslocamentos do pavimento, antes de lançar as


Regiões de protensão Uniforme (RPU), será analisada a deformação com todas as
cargas do pavimento não majoradas, sendo o caso 1 do TQS (Figura 159).
199

Figura 159: Flecha no caso 1 do TQS para o exemplo 2

Fonte: Autor

Conforme a Figura 159, a flecha máxima está em 1,6 cm. Considerando a


Figura 159, cuja flecha máxima permitida é l/250, e o vão máximo está
aproximadamente 770 cm, a flecha máxima permitida é de 3,1 cm. Como essa
flecha está na região do balanço, a Tabela 7 permite que a flecha máxima seja l/125,
sendo l = 300 cm, o limite para o deslocamento fica sendo 2,4 cm ou seja, está
dentro do recomendado pela norma.

Pavimentos assimétricos são mais difíceis de definir a direção dos cabos


concentrados, bem como definir a largura das RPU. Vale lembrar que se após o
lançamento das RPU e o cálculo e detalhamento das armaduras ativas o pavimento
não estiver com os cabos bem distribuídos de forma segura e econômica, deve-se
estudar outro traçado de cabos para melhoramento da solução estrutural.

Na Figura 160 são apresentadas as faixas de esforços paralelos ao eixo 1 da


Figura 158 (horizontais) enquanto na Figura 161são apresentados os esforços
paralelos ao eixo 2 da Figura 158 (verticais). No lugar onde estiver azul, os esforços
200

de momento serão positivos. No lugar onde estiver vermelho, os esforços de


momento serão negativos.

Figura 160: Faixas de esforços na direção do eixo X para o exemplo 2

Fonte: Autor
201

Figura 161: Faixas de esforços na direção do eixo Y para o exemplo 2

Fonte: Autor

Na Figura 162 é apresentado o lançamento das RPU horizontais, e na Figura


163 as RPU horizontais sobrepostas com as faixas de esforços verticais.
202

Figura 162: RPU na direção do eixo X para o exemplo 2

Fonte: Autor

Figura 163: RPU no eixo X junto com esforços em Y para o exemplo 2

Fonte: Autor

Nota-se que nas faixas horizontais de laje onde se tem vazios não se tem
RPU. Nesses trechos da laje, os esforços serão tratados com RTE.
203

Na Figura 164 é apresentado o lançamento das RPU verticais, e na Figura


165 as RPU verticais sobrepostas com as faixas de esforços horizontais.

Figura 164: RPU na direção do eixo Y para o exemplo 2

Fonte: Autor

Figura 165: RPU no eixo Y junto com esforços em X para o exemplo 2

Fonte: Autor
204

Na Figura 166 são apresentadas as RTE horizontais enquanto na Figura


167são apresentadas as verticais (olhando em planta).

Figura 166: RTE na direção do eixo X para o exemplo 2

Fonte: Autor

Nota-se que as RTE não estão apenas nas faixas onde se encontram os
vazios. Isso ocorre porque ao lançar uma RTE, precisa-se cobrir a RPU que irá
receber os esforços, além de cobrir a área que deseja se tratar os mesmos.
205

Figura 167: RTE na direção do eixo Y para o exemplo 2

Fonte: Autor

A partir desse ponto, as RPU devem ser dimensionadas, de forma que os


traçados dos cabos em planta não fiquem nem muito afastados, a ponto de ficarem
fora dos limites de espaçamento entre barras, e nem muito juntos, a ponto de
gastarem mais do que o suficiente. Vale lembrar que o detalhamento automático
também não deixa o perfil dos cabos prontos para enviar para a obra.

Na Figura 168 é apresentada a deformação do pavimento depois de calcular


o hiperestático de protensão.
206

Figura 168: Flecha na laje com o caso de hiperestático de protensão para o exemplo 2

Fonte: Autor

A deformação máxima é 1,9 cm, menor do que o limite estabelecido por


norma que é 2,4 cm. Caso a deformação estivesse fora do limite, uma possibilidade
seria aumentar a quantidade de cabos na região da deformação.

Na Figura 169 é apresentada a planta de cabos gerada pelo TQS e na Figura


170é apresentada a planta de cabos modificada. Após gerar a planta de cabos, o
Engenheiro de Estruturas deve fazer a transmissão de esforços para a armadura
passiva e também calcular a punção e colapso progressivo na região dos pilares.
207

Figura 169: Planta de cabos para o exemplo 2 – antes de ajustar

Fonte: Autor

A quantidade de armadura ativa gerada pelo TQS é de 2137 kg.


208

Figura 170: Planta de cabos para o exemplo 2 – depois de ajustar

Fonte: Autor

Como já foi mencionado, caso nesta etapa do trabalho o Engenheiro de


Estruturas perceba que a distribuição dos cabos ou a direção do concentrado de
cabos não está boa, pode estudar uma nova solução seja uma boa alternativa.

A quantidade de armadura ativa necessária para esse detalhamento é de


1549 kg, e de armadura passiva 1902 kg.

8.2.3 COMPARAÇÃO COM OUTRAS HIPÓTESES DE DIMENSIONAMENTO

Para as outras hipóteses de dimensionamento, apenas serão apresentados


os resultados.

8.2.3.1 PROTENSÃO PARCIAL COM CORDOALHA ADERENTE

Os dados iniciais para o dimensionamento com esta hipótese são


praticamente os mesmos utilizados para o dimensionamento da protensão parcial
com a cordoalha não aderente, sendo diferente apenas o seguinte:
209

– Tipo de cordoalha – Aderente (Com bainha de protensão);

Na Figura 171 é apresentada a planta de cabos gerada pelo TQS.

Figura 171: Planta de cabos – pavimento assimétrico – protensão parcial – cordoalha


aderente

Fonte: Autor

A quantidade de armadura ativa necessária para esse detalhamento é de


1687 kg, e de armadura passiva 1797 kg.

O fato de se ter bainha faz com que a armadura ativa fique mais próxima do
centro de gravidade da laje. Desta forma, em alguns casos precisou-se de mais
armadura ativa para conseguir combater o mesmo esforço.

Nota-se que, apesar de aumentar a quantidade de armadura ativa, a


armadura passiva diminuiu.
210

8.2.3.2 PROTENSÃO LIMITADA COM CORDOALHA NÃO ADERENTE

Os dados iniciais para o dimensionamento com esta hipótese são


praticamente os mesmos utilizados para o dimensionamento da protensão parcial
com a cordoalha não aderente, sendo diferentes apenas os seguintes:

– fck 35 MPa.

– Cobrimento das armaduras passivas = 3,5 cm;

– Cobrimento das armaduras ativas = 4,0 cm;

– Combinação de ações em serviço a utilizar = Combinação frequente e


combinação quase permanente;

– Fissuração = não tem.

Na Figura 172é apresentada a planta de cabos gerada pelo TQS.

Figura 172: Planta de cabos – pavimento assimétrico – protensão limitada – cordoalha


não aderente

Fonte: Autor
211

A quantidade de armadura ativa necessária para esse detalhamento é de


1743 kg, e de armadura passiva 1928 kg.

O fato de não poder ter fissuração na laje, faz com que em diversos pontos
seja necessário o acréscimo de cabos. Além disso, como o cobrimento é maior, a
armadura ativa fica mais próxima do centro de gravidade, também. Desta forma, em
alguns casos precisou-se de mais armadura ativa para conseguir combater o mesmo
esforço.

8.2.3.3 PROTENSÃO LIMITADA COM CORDOALHA ADERENTE

Os dados iniciais para o dimensionamento com esta hipótese são


praticamente os mesmos utilizados para o dimensionamento da protensão parcial
com a cordoalha não aderente, sendo diferentes apenas os seguintes:

– fck 35 MPa.

– Cobrimento das armaduras passivas = 3,5 cm;

– Cobrimento das armaduras ativas = 4,0 cm;

– Tipo de cordoalha – Aderente (Com bainha de protensão);

– Combinação de ações em serviço a utilizar = Combinação frequente e


combinação quase permanente;

– Fissuração = não tem.

Na Figura 173é apresentada a planta de cabos gerada pelo TQS.


212

Figura 173: Planta de cabos – pavimento simétrico – protensão limitada – cordoalha


aderente

Fonte: Autor

A quantidade de armadura ativa necessária para esse detalhamento é de


1905 kg e de armadura passiva é de 1740 kg.Nota-se que apesar de aumentar a
quantidade de armadura ativa, a armadura passiva diminuiu.

Na Tabela 20 é apresentada uma comparação entre a taxa de armadura em


cada hipótese de cálculo.

Tabela 20: Comparação de quantidade de aço necessária para as hipóteses de


dimensionamento – pavimento simétrico
Classe de Quantidade Quantidade
Tipo de Tipo de
agressividade Fck utilizado de armadura de armadura
protensão cordoalha
ambiental ativa (kg) passiva (kg)
Não
Protensão 1549 1902
II 30 MPa aderente
parcial
Aderente 1687 1797
Não
1743 1928
III 35 MPa Limitada aderente
Aderente 1905 1740
Fonte: Autor
213

Nota-se que tanto no pavimento simétrico quanto no pavimento assimétrico, a


quantidade de armadura ativa para a classe de agressividade ambiental III é maior
do que para a classe de agressividade II. Nota-se também que em todas as
situações, o dimensionamento com cordoalha aderente necessitou de mais
armadura ativa do que em situações com cordoalha não aderente.

Entretanto, nota-se também que a quantidade de armadura passiva diminuiu


em todos os casos em que foram colocadas cordoalhas aderentes ao invés de não
aderentes.

Vale lembrar que a quantidade de armadura passiva apresentada foi retirada


do software TQS, não sendo feita nenhuma alteração na mesma. Sendo assim,
nesse quantitativo não estão inclusas as armaduras de punção, colapso progressivo
e ductilidade. Essa taxa de armadura foi apresentada a fim de mostrar que ao
comparar lajes sem vigas com armadura não aderente e com armadura aderente há
um aumento de armadura ativa e uma redução de armadura passiva.

Nota-se também que a armadura gerada inicialmente pelo TQS no exemplo


com protensão parcial e cordoalha não aderente está muito acima do necessário,
reduzindo de 2137 kg para 1549 kg, ou seja, uma redução de 28%.

Tanto no pavimento simétrico quanto no pavimento assimétrico pôde-se


reduzir significativamente a quantidade de armadura ativa inicialmente gerada pelo
TQS. Isso mostra a importância das fases de análise e detalhamento dos cabos nas
estruturas.
214

9 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente trabalho apresentou alguns modelos de cálculo disponíveis para


efetuar o dimensionamento de pavimentos de lajes sem vigas protendidas, sendo
eles o Método dos Pórticos Equivalentes, o Método dos Elementos Finitos e
Analogia de Grelhas.

O Método dos Pórticos Equivalentes é um método simplificado, sendo limitada


a sua utilização a diversas estruturas:

- A estrutura precisa ter vãos equivalentes. Como é um método simplificado,


caso os vãos sucessivos sejam muito diferentes, pode acontecer de se ter
momentos negativos ou positivos em regiões sem armadura para resistir tal esforço.

- A estrutura não pode ter desalinhamento entre os pilares.

- O Método dos Pórticos Equivalentes pode ser utilizado com cargas de


alvenaria, porém, ele acaba sendo muito simplista, podendo apresentar certa
insegurança em determinadas estruturas.

Diversos pesquisadores fizeram comparações entre o Método dos Pórticos


Equivalentes e o Método dos Elementos Finitos ou Grelhas. Essas comparações
foram feitas pelo fato de que o Método dos Pórticos Equivalentes podia ser utilizado
no dimensionamento de lajes sem vigas protendidas. Porém, a nova configuração da
ABNT NBR 6118:2014 não permite a utilização do Método dos Pórticos Equivalentes
em lajes sem vigas protendidas.

O provável motivo desta proibição está no fato em que a determinação dos


esforços através deste processo se baseia em estruturas submetidas às ações
uniformemente distribuídas. Este não é o caso da protensão que, em geral, é
considerada concentrada nas faixas dos pilares. Assim, é possível ainda calcular os
esforços que não são da protensão por este método e usar grelha equivalente ou
elemento finitos para a determinação dos esforços de protensão.

O Método dos Elementos Finitos e Analogia de Grelhas são métodos mais


complexos e interativos, sendo possível a sua utilização em diversas aplicações,
bastando apenas modelar o pavimento de forma correta.

Os dois métodos são bastante utilizados, sendo os resultados bastante


aceitos entre os engenheiros de estruturas.
215

Devido ao fato de que no Brasil tem um software que utiliza a Analogia de


Grelhas para dimensionar lajes sem vigas protendidas (TQS), possivelmente esse
método seja mais utilizado do que o Método dos Elementos Finitos, pois, apesar de
softwares em Método dos Elementos Finitos conseguirem gerar os esforços, se o
software não for específico para isso, além de ser muito demorado fazer o
lançamento da obra, ele não irá gerar o detalhamento das armações, apenas os
esforços. Entretanto, recorrendo a softwares produzidos em outros países, existem
concorrentes que utilizam o Método dos Elementos Finitos, tanto para gerar esforços
quanto para dimensionamento.

9.1 CONSIDERAÇÕES REFERENTES AO EXEMPLO NUMÉRICO DO CAPÍTULO


6

No capítulo 6 foi feita uma comparação de dimensionamento entre o Método


dos Pórticos Equivalentes descrito por Emerick (2005) e Analogia de Grelhas,
utilizando o software TQS versão 18.9.

O Método dos Pórticos Equivalentes apresentado por Emerick (2005) foi


descrito passo a passo no capítulo 5, juntamente com os roteiros apresentados por
Milani (2006) e Mello (2005).

Essa comparação de dimensionamentos foi feita baseada em um pavimento


quadrado com 3 linhas de 3 pilares, distando 8 metros entre si, sendo comparado ao
final do capítulo apenas a quantidade de armadura ativa necessária para os dois
métodos.

De forma geral, o Método dos Pórticos Equivalentes se mostrou mais


conservador. Porém, vale lembrar que esse exemplo é de um pavimento simétrico,
com os pilares alinhados, sem cargas concentradas nem lineares e sem furos na
laje. Pavimentos em situações reais possuem muitas variáveis, tornando diversas
vezes o Método dos Pórticos Equivalentes inviável de ser utilizado.

Colonese (2008) comenta que a convergência dos esforços entre o Método


dos Elementos Finitos e o Método dos Pórticos Equivalentes é esporádica, sendo a
simples presença de um pilar de bordo na laje condição suficiente para que os
esforços entre os dois métodos sejam bem divergentes. Situação que ocorre nesse
exemplo.
216

Pedrozo (2008) comenta que o Método dos Pórticos Equivalentes não


consegue representar satisfatoriamente o comportamento em serviço da laje.

Desta forma, o Método dos Pórticos Equivalentes não é uma boa alternativa
para dimensionamento de lajes sem vigas protendidas, restringindo a sua utilização
a verificações relativamente simples.

9.2 CONSIDERAÇÕES REFERENTES AO EXEMPLO NUMÉRICO DO CAPÍTULO


7

No capítulo 7 foram realizados diversos exemplos de cálculo de esforço


solicitante analisando 8 geometrias similares com posicionamento de pilares
diferenciados utilizando os Métodos Pórtico Equivalente (MPE), Grelhas e
Elementos Finitos (MEF). Também foram feitas comparações de esforços nas duas
direções principais. A diferença entre essas formas está no pilar central, tendo este
um desalinhamento da linha de pórtico central diferente em cada forma.

Para os esforços apresentados foram utilizados o método dos pórticos


equivalentes, utilizando método de grelhas e utilizando o método dos elementos
finitos. Para o método de grelhas foi utilizado o software TQS 18.9. Para o método
dos elementos finitos foi utilizado o software CypeCAD, na versão de 2012.

De forma geral, o MPE apresentou valores de momento negativo superiores


aos de outros métodos. Entretanto, em alguns lugares onde tanto no MEF quanto
Grelhas estavam apresentando momento positivo, o MPE apresentou momento
negativo. Em outras situações, quando o MEF e Grelhas apresentaram momento
negativo, o MPE apresentou momentos positivos.

O primeiro modelo, onde os pilares estavam alinhados, o Método dos Pórticos


Equivalentes apresentou resultados de esforços relativamente coerentes entre os
três métodos apresentados. Os outros modelos apresentaram divergência nos
resultados devido a alguns fatores, dentre eles:

- O desalinhamento na direção Y fez com que os vãos na direção X fossem


diferentes. Ao aumentar essa diferença, regiões onde inicialmente se tinham
esforços de compressão começaram a existir esforços de tração;

- O Método dos Pórticos Equivalentes não prevê que possam existir esforços
tão diferentes nas duas faixas externas e também nas duas faixas internas de uma
217

mesma tributária central, como aconteceu na tributária 5 principalmente nos modelos


com maiores desalinhamentos;

- Enquanto o Método dos Elementos Finitos e Grelhas apresentaram esforços


a cada 40 cm nas duas direções, o Método dos Pórticos Equivalentes apresentou
esforços a cada 200 cm, sendo que as tributárias estavam concentradas apenas nas
regiões dos pilares, ou seja, a cada 800 cm.

Outros pesquisadores como Faria (2004), Colonese (2008) e Pedrozo (2008)


também encontraram discrepância nos resultados do Método dos Pórticos
Equivalentes.

Levando-se em conta que boa parte das estruturas atuais não tem
alinhamento nos pilares, nem possuem vãos equivalentes contínuos entre os pilares
e possuem vários recortes e vazios, o Método dos Pórticos Equivalentes não se
apresenta como uma ferramenta adequada para dimensionamento da estrutura.
Porém, em situações como projetos em fase de pré-dimensionamento ou de
verificação, ou em projetos que se tenham vãos iguais, pilares alinhados, sem
recortes nem vazios, o mesmo pode ser bem visto, pois se apresenta com os
esforços com mesma ordem de grandeza que os outros métodos estudados.

9.3 CONSIDERAÇÕES REFERENTES AO EXEMPLO NUMÉRICO DO CAPÍTULO


8

No capítulo 8 foram analisados dois pavimentos, sendo um deles


praticamente simétrico em um dos eixos, e o outro totalmente assimétrico.

Para cada pavimento, foram feitos quatro dimensionamentos, descritos na


Tabela 21.
218

Tabela 21: Descrição dos exemplos do capítulo 8


Combinações
Classe de
Tipo de Tipo de de ações em
agressividade Fck utilizado Fissuração
protensão cordoalha serviço a
ambiental
utilizar
Não
Protensão Combinação
II 30 MPa aderente ≤ 0,2 mm
parcial freqüente
Aderente
Não Combinação
aderente freqüente e
III 35 MPa Limitada Não tem combinação
Aderente quase
permanente
Fonte: Autor

Ao final do dimensionamento, foi feita uma comparação relativa a quantidade


de armadura ativa e passiva requerida em cada dimensionamento.

A Tabela 22 apresenta os resultados dos dimensionamentos.

Tabela 22: Resultados de comparação de armaduras do capitulo 8


Quantidade
Quantidade
Classe de de
Fck Tipo de Tipo de de
Pavimento agressividade armadura
utilizado protensão cordoalha armadura
ambiental passiva
ativa (kg)
(kg)
Não
Protensão 1595 1901
II 30 MPa aderente
parcial
Aderente 1657 1507
Simétrico
Não
2082 1627
III 35 MPa Limitada aderente
Aderente 2147 1456
Não
Protensão 1549 1902
II 30 MPa aderente
parcial
Aderente 1687 1797
Assimétrico
Não
1743 1928
III 35 MPa Limitada aderente
Aderente 1905 1740
Fonte: Autor

A quantidade de armadura passiva apresentada foi retirada do software TQS,


não sendo feita nenhuma alteração na mesma. Sendo assim, nesse quantitativo não
estão inclusas as armaduras de punção, colapso progressivo e ductilidade. Essa
taxa de armadura foi apresentada a fim de comparações.

Nota-se que tanto no pavimento simétrico quanto no pavimento assimétrico, a


quantidade de armadura ativa para a classe de agressividade ambiental III é maior
do que para a classe de agressividade II. Isso se deve a alguns fatores, dentre eles:
219

- A classe de agressividade ambiental II utiliza um cobrimento nominal inferior


do que a classe de agressividade ambiental III;

- A classe de agressividade ambiental II utiliza protensão parcial, admitindo


fissuras de até 0,2mm. Já a classe de agressividade ambiental III, utiliza a protensão
limitada, que não admite fissuras.

Nota-se também que em todas as situações, o dimensionamento com


cordoalha aderente necessitou de mais armadura ativa do que em situações com
cordoalha não aderente.Entretanto, nota-se também que a quantidade de armadura
passiva diminuiu em todos os casos em que foram colocadas cordoalhas aderentes
ao invés de não aderentes.

Almeida Filho (2002) apresenta vantagens da protensão aderente em relação


a não aderente relativa ao consumo de materiais, porém, do ponto de vista de
produtividade, as lajes com protensão não aderente mostraram vantagem.

Vale ressaltar que no cálculo da protensão parcial com cordoalha não


aderente para os dois pavimentos foi feita uma comparação de armadura ativa
gerada inicialmente pelo TQS e a armadura ativa, após análise e detalhamento
manual. Nos dois casos houve uma redução de aproximadamente 30% da armadura
ativa inicialmente gerada pelo TQS. Isso se dá pelo fato de que o TQS trabalha
tentando cobrir os picos de tensão, sendo que em diversos casos compensa tratar
esses esforços com armadura passiva. Com essa comparação pode-se notar a
importância das fases de análise e detalhamento dos cabos nas estruturas, pois,
com uma análise ou detalhamento mal feito, não só a segurança pode ser
comprometida quanto a otimização.

9.4 CONSIDERAÇÕES DE PROJETO DE LAJES SEM VIGAS PROTENDIDAS

Como mostrado na introdução do trabalho, os sistemas estruturais


constituídos de lajes lisas, usualmente denominadas de “sem vigas” ou “lajes-
cogumelo”, apresentam algumas vantagens em relação aos sistemas convencionais
de lajes que apóiam em vigas.

Carvalho e Libânio (2009) apresentam uma série de vantagens que a laje


protendida possui:

- Adaptabilidade a diversas formas ambientais;


220

- Simplificação das fôrmas e cimbramentos;

- Simplificação das armaduras;

- Simplificação da concretagem;

- Melhoria da qualidade final e diminuição de revestimentos;

- Redução da altura total do edifício;

- Simplificação das instalações prediais;

Em relação às desvantagens do sistema, podem-se destacar o consumo de


concreto e aço, a possibilidade de punção na laje e a flecha. Porém, essas
desvantagens, se comparadas com a velocidade de execução e a utilização da
estrutura, podem ser desprezíveis. Outro problema da falta de vigas no pavimento é
a transmissão de esforços horizontais entre pilares. Esta transmissão é feita através
das lajes, porém, como a rigidez sem as vigas não é tão expressiva, os pilares
acabam tendo que ter dimensões maiores (pilares paredes), atuando como núcleo
de enrijecimento na estrutura.

Desta forma, pode-se aplicar o sistema de lajes sem vigas protendidas em


diversas situações. Porém, para que o consumo de material não seja tão elevado e
a segurança da estrutura não seja comprometida, deve-se atentar para alguns
aspectos:

- Em pavimentos onde se tem muitos vãos diferenciados, fugindo de um


padrão de vão médio, talvez a solução de lajes sem vigas protendidas não seja tão
econômico. Porém, o seu dimensionamento e execução continuam sendo validados;

- Mediante a classe de agressividade ambiental, deve-se atentar aos


parâmetros normativos, referentes ao fck, fissuração e combinações de ações em
serviço a utilizar.

- Deve-se evitar ao máximo shafts em volta dos pilares, principalmente os que


mais recebem carga, pois, para que a transmissão de esforços nessa região seja
bem feita, precisa-se de elementos estruturais contínuos;

- Deve-se atentar para o dimensionamento de punção. Como não tem vigas


no pavimento, os esforços de cortante não são combatidos com os estribos das
mesmas, sendo importante a colocação de armadura de punção em todos os pilares
221

que ajudam a estabilidade da edificação, muitas vezes também sendo necessária a


colocação de um capitel, aumentando assim a espessura da laje na região do pilar;

- Deve-se tomar cuidado com pilares com pequenas seções e pilares de


borda no dimensionamento a punção. Se necessário, deve-se aumentar a seção do
pilar para a segurança da edificação;

- Sempre que possível, deve-se evitar pilares de borda nas lajes sem vigas
protendidas. Quando se tem trechos em balanço, o momento positivo nos vãos
internos é menos expressivo, gerando uma economia na edificação;

- Sempre que possível, deve-se ter cordoalhas de protensão passando por


cima de todos os pilares nas duas direções principais. Isso ajudará a combater o
colapso progressivo.

Em uma edificação, com um único sistema estrutural pode-se adotar diversas


soluções estruturais. A seguir estão algumas sugestões para a resolução de alguns
problemas comuns em pavimentos sem vigas protendidos.

- Em pavimentos que se tenha uma deformação excessiva em um único vão,


colocar capitéis em um ou alguns pilares em volta dessa deformação pode
solucionar o problema. Geralmente esta solução é usada para combater a punção,
porém, o fato de aumentar a rigidez da laje na região do pilar faz com que a mesma
deforme menos. Utilizando-se desta solução, pode-se evitar o aumento da
espessura do pavimento inteiro por conta de um único trecho;

- Em pilares de borda, colocar vigas pode se apresentar como uma solução


interessante, tanto no ponto de vista de punção quanto em deformação, pois, como
a viga possui muito mais rigidez, deformará menos do que a própria laje;

- Em relação as elevações dos cabos, sempre que possível trabalhar com o


limite. Ao deslocar a cordoalha para longe do centro de gravidade da laje, a mesma
tem mais eficiência;

- Deve-se atentar para as alterações de inclinação nas elevações dos cabos.


Mudanças bruscas podem gerar patologias nas estruturas.

- Deve-se evitar ancorar os cabos fora do centro de gravidade da peça. Caso


isso ocorra, existirá um momento aplicado no início do trajeto do cabo, devendo o
mesmo ser analisado com cautela;
222

- Em pavimentos sem vigas protendidos pode-se utilizar diversas


configurações de cordoalhas. Dornelles (2009) apresentou o estudo das lajes sem
vigas protendidas utilizando a analogia de grelhas. Ao final do trabalho, ele chegou a
conclusão que se concentrar os cabos nas regiões dos pilares, o sistema fica mais
vantajoso. Seguindo essa ideia, comumente muitos engenheiros de estruturas
concentram os cabos em uma das direções principais e distribuem na outra;

- Na fase de lançamento dos cabos, deve-se atentar para a direção em que


mais serão solicitados. Nessa direção, os cabos distribuídos gerarão uma economia
maior, pois, eles estarão presentes em espaçamentos curtos, coisa que entre duas
linhas de cabos concentrados não acontecerá.
223

10REFERÊNCIAS

ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118. Projeto


de estruturas de concreto – Procedimento. Rio de Janeiro: ABNT, 2007;

ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118. Projeto


de estruturas de concreto – Procedimento. Rio de Janeiro: ABNT, 2014;

ACI 318.Building code requirementes for structural concrete. Commitee 318,


Detroit – USA, 2005.

ACI 423.Recommendations for concrete members prestressed with unbounded


tendons. Commitee 423, Detroit – USA, 1989.

ALMEIDA FILHO, F. M. [2002]. Estruturas de Pisos de Edifícios com a Utilização


de Cordoalhas Engraxadas. Dissertação de Mestrado, Escola de Engenharia de
São Carlos - USP, São Carlos – SP, 284 p.;

AURÉLIO, L. Curso de lajes protendidas com o software TQS. In: CURSOS


OFERECIDOS PELO SOFTWARE TQS, 2012, São Paulo. Curso online.

BARBÁN, V. V. V. [2008].Punção em lajes cogumelo de concreto protendido


com cabos não-aderentes na ligação laje-pilar de borda. Tese de Doutorado,
Universidade de Brasília - UnB, Brasília – DF, 337 p.;

BARBOZA, T. S. [2014].Estudo comparativo do dimensionamento de lajes


protendidas com uso de programas computacionais. Trabalho de Conclusão de
Curso (Engenharia Civil), Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, Rio de
Janeiro – RJ, 145 p.;

CALDAS, J. M. S. [2014]. Modelos alternativos para cálculo estrutural de


pavimentos planos protendidos. Trabalho de Conclusão de Curso
(Especialização), Universidade da Cidade de São Paulo – UNICID, Fortaleza – CE,
43 p.;

CARVALHO, C. B. [2008].Análise crítica dos critérios normativos de


dimensionamento à punção em lajes lisas. Dissertação de Mestrado,
Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG, Belo Horizonte – MG, 215 p.;

CARVALHO, E. M. L. [1982]. Puncionamento de lajes protendidas. Tese de


doutorado, Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, Rio de Janeiro – RJ,
145 p.;

CARVALHO, R. C. Estruturas em Concreto Protendido – pós-tração pré-tração e


cálculo e detalhamento. 1° Ed. Editora Pini, 2012;

CARVALHO, R. C.; FIGUEREDO FILHO, J. R. Cálculo e detalhamento de


estruturas usuais de concreto armado. 3° Ed. Editora Edufscar, 2007;

CARVALHO, R. C.; PINHEIRO, L. M. Cálculo e detalhamento de estruturas


224

usuais de concreto armado. 2° Ed. Editora Pini, 2009;

CAUDURO, E.L. Manual para a Boa Execução de Estruturas Protendidas


Usando Cordoalhas de Aço Engraxadas e Plastificadas. São Paulo: Belgo
Mineiro, 2002;

CAVALCANTI, M. B.; HOROWITZ, B. [2008] Modelos de verificação à flexão de


estruturas protendidas. 50° Congresso Brasileiro de Concreto – IBRACON, Salvador
– BA, 17p. ANAIS [CD-ROM];

COLONESE, S. [2008]. Comparação entre métodos de análise para lajes lisas


protendidas com cordoalhas engraxadas – estudo de casos. Dissertação de
Mestrado, Centro de Ciência e Tecnologia da Universidade Estadual do Norte
Fluminense Darcy Ribeiro – UENF, Campos dos Goytacazes – RJ, 147 p.;

DAMASCENO, L. S. R.; OLIVEIRA, D. R. C. [2006] Resistência Última de Lajes


Lisas de Concreto Armado pela Teoria das Placas e Linhas de Ruptura. 48°
Congresso Brasileiro de Concreto – IBRACON, Rio de Janeiro – RJ, 14p.ANAIS
[CD-ROM];

DORNELLES, F. L. [2009].Estudo sobre a modelagem da protensão em lajes


lisas com o uso da analogia de grelhas. Dissertação de Mestrado, Universidade
Federal de Santa Catarina – UFSC, Florianópolis – SC, 120 p.;

DUARTE, E. P. Projeto e Cálculo de Lajes Planas Protendidas. Rio de Janeiro:


1995;

EMERICK, A. A. Projeto e Execução de Lajes Protendidas. 1° Ed. Rio de Janeiro:


Editora Interciência, 2005;

FALEIROS JUNIOR, J. H. [2010]. Procedimentos de cálculo, verificação e


detalhamento de armaduras longitudinais na seção transversal em elementos
protendidos. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal de São Carlos –
UFSCAR, São Carlos – SP, 179 p.;

FARIA, E. L. [2004]. Projeto de lajes planas protendidas via método dos


elementos finitos e pórticos equivalentes. Dissertação de Mestrado, Universidade
Federal de Minas Gerais – UFMG, Belo Horizonte – MG, 260 p.;

KOERICH, R. B. [2004].Estudo de estruturas protendidas hiperestáticas com a


representação da protensão por carregamentos equivalentes. Dissertação de
Mestrado, Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC, Florianópolis – SC, 199
p.;

LEONHANDT, F. [1983]. Construções de Concreto – Concreto Protendido. Vol.


5. Editora Interciência Ltda, Rio de Janeiro, RJ, 316 p.;

LORENCI, G. V. S. [2010]. Lajes lisas protendidas: comparação dos métodos de


dimensionamento à flexão. Trabalho de Conclusão de Curso (Engenharia Civil).
Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS, Porto Alegre – RS, 89 p.;
225

LOUREIRO, G. J. [2002] Projeto de lajes protendidas com cordoalhas engraxadas.


44° Congresso Brasileiro de Concreto – IBRACON, Belo Horizonte – MG, 16p.
ANAIS [CD-ROM];

MELLO, A. L. V. [2005] Cálculo de lajes lisas com protensão parcial e limitada.


Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de São Carlos – UFSCAR, São
Carlos, 2005. 128 p.;

MENEGATTI, M. [2004]. A protensão como um conjunto de cargas


concentradas equivalentes. Dissertação de Mestrado, Escola Politécnica da
Universidade de São Paulo – USP, São Paulo – SP, 126 p.;

MILANI, A. C. [2006].Análise de lajes planas protendidas pelo Método dos


Elementos Finitos. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal do Rio Grande
do Sul – UFRGS, Porto Alegre – RS, 123 p.;

MONTOYA, P. J.; MESEGUER, A. G.; CABRÉ, F. M. Hormigón armado. 14° Ed.


Editora Gustavo Gili, SA, 2000;

MORAES NETO, B, N.; FERREIRA, M. P.; OLIVEIRA, D. R. C. [2006]


Dimensionamento de Lajes Lisas Unidirecionais de Concreto Armado ao
Puncionamento Simétrico ou Assimétrico – Análise de Normas. 48° Congresso
Brasileiro de Concreto – IBRACON, Rio de Janeiro – RJ, 17p.ANAIS [CD-ROM];

MOURA, J. R. B. [2002] Recomendações para sistemas estruturais em edificações


com a utilização de protensão com cordoalha engraxada. XXX Jornadas Sul-
Americanas de Engenharia Estrutural. Brasília – DF, 27 a 31 de maio 2002. ANAIS
[CD-ROM];

PEDROZO, E. G. E. [2008]. Estudo de modelos para lajes lisas protendidas.


Dissertação de Mestrado, Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC,
Florianópolis – SC, 143 p.;

PFEIL, W. Concreto Protendido, Vol. 1, 2° Ed. Rio de Janeiro: Editora LTC, 1988.

TEIXEIRA, A. O. F. [1998]. Cálculo automático de lajes protendidas simuladas


como grelhas utilizando o método dos elementos finitos. Dissertação de
Mestrado, Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP, Campinas – SP, 144 p.;

THOMAZ, E. C. S. [2009]. Concreto protendido – Momento Hiperestático de


Protensão. Notas de aula, Instituto Militar de Engenharia – IME, Rio de Janeiro –
RJ, 35p.;

TQS Informática Ltda [2011]. CAD/Lajes - Projeto de Lajes Protendidas. Manual


de utilização do usuário.
226

ANEXOS A

Cálculo dos esforços do capítulo 5 com desalinhamento dos pilares na ordem


de 15%, 20%, 25%, 30% e 35%.

MODELO 3 – PILARES COM 15% DE DESALINHAMENTO

Neste exemplo será apresentada uma forma com os pilares com 15% de
desalinhamento. A Figura 174 representa a forma deste exemplo.

Figura 174: Forma da laje do modelo 3 para cálculo de esforços


800 800

P1 P2 P3
40x40 40x40 40x40
800

L1
h=20

920 680

P4 P5 P6
40x40 40x40 40x40

120
800

800 800

P7 P8 P9
40x40 40x40 40x40

Fonte: Autor
227

MODELO 3 UTILIZANDO O MPE

Nas Figuras 175 e 176são apresentadas as tributárias para o


dimensionamento da laje.

Figura 175: Faixas horizontais para cálculo de esforços do Modelo 3

TRIBUTÁRIA 1
400

l1
TRIBUTÁRIA 2

l2/2
800

l2/2
TRIBUTÁRIA 3
400

l3
Fonte: Autor

Figura 176: Faixas verticais para cálculo de esforços do Modelo 3


400 800 400

460 800 340


TRIBUTÁRIA 4

TRIBUTÁRIA 5

TRIBUTÁRIA 6

l4 l5/2 l5/2 l6

Fonte: Autor
228

Os esforços máximos de momento nas direções “X” e “Y” das tributárias da


laje são descritos nas Figuras 177 e 178 respectivamente.

Figura 177: Diagrama de momentos máximos em X do modelo 3


TRIBUTÁRIA 1
-224.00 kN/m

+126.00 kN/m +126.00 kN/m


TRIBUTÁRIA 2
-478.30 kN/m

+128.60 kN/m

+377.77 kN/m
TRIBUTÁRIA 3
-224.00 kN/m

+126.00 kN/m +126.00 kN/m


Fonte: Autor

Figura 178: Diagrama de momentos máximos em Y do modelo 3


TRIBUTÁRIA 4
-241.90 kN/m

+133.70 kN/m +133.70 kN/m


TRIBUTÁRIA 5
-458.10 kN/m

+257.70 kN/m +257.70 kN/m


TRIBUTÁRIA 6
-206.10 kN/m

+118.30 kN/m +118.30 kN/m


Fonte: Autor
229

Nota-se que os valores dos dois momentos positivos em Y são iguais. Isso se
deve pelo fato de que a laje continua simétrica em uma das direções. Nas Figuras
179 e 180são apresentados os esforços de momento em X e Y, respectivamente.

Figura 179: Esforços de momento em X do modelo 3 utilizando o MPE


P1 P2 P3

-84.00
34.70 34.70

-28.00
28.40 28.40

-29.80
39.50 15.60

-89.60
48.30 19.10
P4 P5 P6

-89.60
48.30 19.10

-29.80
39.50 15.60

-28.00
28.40 28.40

-84.00
P7 34.70 P8 34.70 P9

Fonte: Autor
230

Figura 180: Esforços de momento em Y do modelo 3 utilizando o MPE


P1 P2 P3

30.10

28.70

28.70

26.60
35.00

35.00
36.80

32.50
P4 P5 P6
-90.80

-30.20

-28.60

-85.80

-85.80

-28.60

-25.80

-77.20
36.80

30.10

28.70

35.00

35.00

28.70

26.60

32.50

P7 P8 P9

Fonte: Autor

Como a laje é simétrica em uma das direções, os esforços positivos em Y são


iguais.

MODELO 3 UTILIZANDO O MÉTODO DE GRELHAS

Os esforços de momentos em “X” e “Y” estão apresentados nas Figuras 181 e


182, respectivamente.
231

Figura 181: Esforços de momento em X do modelo 3 utilizando o método de grelhas


-6.68/m -15.36/m P2 -5.46/m P3

P1 -94.32/m 42.01/m -85.74/m 45.82/m -96.28/m


-.13/m 37.67/m -71.57/m 38.82/m -.26/m
-9.79/m 34.46/m -57.61/m 33.64/m -7.42/m
.37/m 31.35/m -34.21/m 28.45/m .53/m
28.44/m -21.58/m 22.90/m .33/m
.31/m 25.96/m -13.75/m 18.46/m .75/m
.45/m 24.01/m -8.20/m 14.48/m .93/m
.38/m 22.71/m -5.23/m 11.32/m .93/m
.25/m 22.17/m -5.06/m 9.11/m .84/m
.51/m 22.50/m -6.58/m 7.68/m .70/m
.76/m 23.76/m -9.97/m 7.06/m .52/m
1.00/m 25.99/m -14.13/m 6.97/m .33/m
1.21/m 29.29/m -19.59/m 7.91/m .30/m
1.38/m 33.35/m -25.47/m 9.94/m .51/m
1.48/m 37.89/m -34.41/m .70/m
1.47/m 42.55/m -46.77/m 17.42/m .84/m
1.30/m 46.93/m -63.39/m 22.39/m .92/m
-6.21/m 50.67/m -86.45/m 27.18/m -1.26/m
-150.05/m 31.19/m
P4 53.48/m P5 P6
-96.30/m 55.15/m -137.11/m 33.77/m -38.78/m
L1
-150.05/m 34.53/m
55.59/m -.70/m
-6.21/m 55.15/m -86.45/m 33.77/m -1.26/m
1.91/m 53.48/m -63.39/m 31.19/m 1.63/m
1.09/m 50.67/m -46.77/m 27.18/m .99/m
1.30/m 46.93/m -34.41/m 22.39/m .92/m
1.47/m 42.55/m -25.47/m 17.42/m .84/m
1.48/m 37.89/m -19.59/m .70/m
1.38/m 33.35/m -14.13/m 9.94/m .51/m
1.21/m 29.29/m -9.97/m 7.91/m .30/m
1.00/m 25.99/m -6.58/m 6.97/m .33/m
.76/m 23.76/m -5.06/m 7.06/m .52/m
.51/m 22.50/m -5.23/m 7.68/m .70/m
.25/m 22.17/m -8.20/m 9.11/m .84/m
.38/m 22.71/m -13.75/m 11.32/m .93/m
.45/m 24.01/m -21.58/m 14.48/m .93/m
-.08/m 25.96/m -34.21/m 18.46/m .75/m
-9.79/m 28.44/m -57.61/m 22.90/m -7.42/m
31.35/m -71.57/m 28.45/m
-94.32/m 34.46/m -85.74/m P8 33.64/m -96.28/m P9
P7
-6.68/m 37.67/m -15.36/m 38.82/m -5.46/m
42.01/m 45.82/m 7.30/m
Fonte: Autor
-7.31/m -17.84/m -7.31/m
-107.53/m -95.17/m -107.53/m

P7
49.11/m 49.11/m

P4
P1
-6.67/m 43.87/m -80.28/m 43.87/m -6.67/m
-10.17/m 39.37/m -67.39/m 39.37/m -10.17/m
34.91/m -39.13/m 34.91/m

Fonte: Autor
-.15/m -.15/m
30.58/m -23.53/m 30.58/m
.29/m 26.47/m -13.41/m 26.47/m .29/m
.48/m 22.69/m -6.28/m 22.69/m .48/m
.47/m 19.37/m -1.34/m 19.37/m .47/m
.37/m 16.68/m 16.68/m .37/m
.22/m 14.75/m 1.88/m 14.75/m .22/m
.32/m 3.66/m .32/m
.50/m 13.95/m 4.74/m 13.95/m .50/m
.66/m 15.16/m 3.43/m 15.16/m .66/m
.80/m 17.40/m -1.67/m 17.40/m .80/m
.90/m 21.12/m -6.18/m 21.12/m .90/m
.91/m -12.20/m .91/m
.82/m 30.99/m -20.04/m 30.99/m .82/m
-5.31/m 36.02/m -30.18/m 36.02/m -5.31/m
-.64/m 40.50/m -43.48/m 40.50/m -.64/m
-73.15/m 44.02/m -61.10/m 44.02/m -73.15/m

L1
46.33/m -86.19/m 46.33/m

P8
-.95/m -.95/m
P2

-160.47/m
-2.84/m 47.20/m 47.20/m -2.84/m
2.12/m 46.59/m -119.43/m 46.59/m 2.12/m
1.44/m 44.70/m -138.07/m 44.70/m 1.44/m
P5

1.53/m 41.64/m -83.14/m 41.64/m 1.53/m


1.58/m 37.71/m -61.60/m 37.71/m 1.58/m

apresentados nas Figuras 183 e 184, respectivamente.


1.49/m 33.27/m -46.64/m 33.27/m 1.49/m
1.32/m 28.73/m -35.86/m 28.73/m 1.32/m
1.08/m 24.28/m -28.10/m 24.28/m 1.08/m
.82/m 20.99/m -22.64/m 20.99/m .82/m
.53/m 17.93/m -19.08/m 17.93/m .53/m
.33/m -17.25/m .33/m
.58/m .58/m

MODELO 3 UTILIZANDO O MÉTODO DOS ELEMENTOS FINITOS


17.33/m -17.13/m 17.33/m
.77/m 18.17/m -18.91/m 18.17/m .77/m
.87/m 19.53/m -23.01/m 19.53/m .87/m
.77/m 21.35/m -30.86/m 21.35/m .77/m
-6.83/m 23.72/m -46.72/m 23.72/m -6.83/m
26.26/m -59.33/m 26.26/m
-75.82/m 29.00/m -69.53/m 29.00/m -75.82/m
Figura 182: Esforços de momento em Y do modelo 3 utilizando o método de grelhas

-5.28/m 32.10/m -8.69/m 32.10/m -5.28/m


P9
P6
P3

37.12/m 37.12/m 5.45/m


232

Os esforços obtidos através do Software CypeCAD em “X” e “Y” estão


233

Figura 183: Esforços de momento em X do modelo 3 utilizando o MEF


P1 P2 P3

26.6

13.7

-5.40
-13.7
5.40

0.00
-5.40
-13.7

0.00
5.40
13.7

5.40
5.40
-46.4
0 0. 0
0 .0 0
-26.6

26.6 1 3 .7

26.6

13.7
-26.6

P4 P5 P6

0.00
0.00
-5.40

9.
-76
26.6

-46.4

-26.6
13.7

26.6

26.6 13.7

-26.6
0.

00
00
-46.4 0.
-5

-5.40

-13.7
13.7

5.40
0.00

-5.40
.

0.00

5.40
5.40
-13.7
13.7
40

5.40

P7 P8 P9
26.6

Fonte: Autor
234

Figura 184: Esforços de momento em Y do modelo 3 utilizando o MEF


P1 P2 P3

00
0.

0.0
-5.40

0
0.00
5.40
5.40
13.7 13.7

26.4
26.4

26.4 13.7

13.7 5.40
5.40 0.00
0.00 -5.40
-5.40
-26.4
-46.1
P4 -76.3 P6
-13.7

-26.4

-46.
-13.7
-26.4
-46.1

P5

1
-5.40 -5.40
0.00
5.40 0.00
13.7 5.40

26.4 13.7
26.4

13.7 26.4
13.7
5.40 5.40
-5 0.00
P7 .4 P8 P9
0
0
0.0
0.
00

Fonte: Autor

COMPARAÇÃO DE ESFORÇOS DO MODELO 3

Na Tabela 23 são apresentados os esforços de momento máximos e mínimos


em cada faixa de tributária para cada um dos métodos de cálculo trabalhados. Os
esforços de grelha apresentados foram uma média feita pelos valores contidos em
cada faixa, e os esforços no MEF foram colocados baseados no ponto central de
cada faixa.
235

Tabela 23: Comparação de esforços no Modelo 3 entre o MPE, Grelhas e MEF


Modelo 3
1° Vão Apoio Central 2° Vão
Tributárias Modelos Faixa Faixa Faixa Faixa Faixa Faixa
Externa Interna Externa Interna Externa Interna
MPE 34,70 28,40 -84,00 -28,00 34,70 28,40
1 Grelhas 33,33 23,53 -54,14 -9,97 31,33 11,37
MEF 31,90 25,00 -46,80 -16,50 22,20 11,40
MPE x Grelhas 4,1% 20,7% 35,5% 64,4% 10,7% 149,9%
Diferença
MPE x MEF 8,8% 13,6% 44,3% 41,1% 56,3% 149,1%
%
Grelhas x MEF 4,5% 6,2% 13,6% 39,6% 41,1% 0,3%
MPE 48,30 39,50 -89,60 -29,80 19,10 15,60
2 Grelhas 50,73 32,15 -86,37 -18,37 27,75 10,34
MEF 42,90 30,60 -63,50 -20,90 24,40 10,00
MPE x Grelhas 5,0% 22,9% 3,6% 38,4% 45,3% 50,8%
Diferença
MPE x MEF 12,6% 29,1% 29,1% 29,9% 27,7% 56,0%
%
Grelhas x MEF 18,3% 5,1% 26,5% 12,1% 13,7% 3,4%
MPE 34,70 28,40 -84,00 -28,00 34,70 28,40
3 Grelhas 33,33 23,53 -54,14 -9,97 31,33 11,37
MEF 31,90 25,00 -46,80 -16,50 22,20 11,40
MPE x Grelhas 4,1% 20,7% 35,5% 64,4% 10,7% 149,9%
Diferença
MPE x MEF 8,8% 13,6% 44,3% 41,1% 56,3% 149,1%
%
Grelhas x MEF 4,5% 6,2% 13,6% 39,6% 41,1% 0,3%
MPE 36,80 30,10 -90,80 -30,20 36,80 30,10
4 Grelhas 37,40 19,08 -53,20 -1,83 37,40 19,08
MEF 29,90 19,10 -47,30 -10,20 29,90 19,10
MPE x Grelhas 1,6% 57,7% 41,4% 93,9% 1,6% 57,7%
Diferença
MPE x MEF 23,1% 57,6% 47,9% 66,2% 23,1% 57,6%
%
Grelhas x MEF 25,1% 0,1% 11,1% 82,0% 25,1% 0,1%
MPE 35,00 28,70 -85,80 -28,60 35,00 28,70
5 Grelhas 40,81 21,50 -77,30 -11,49 40,81 21,50
MEF 34,70 22,00 -66,70 -21,70 34,70 22,00
MPE x Grelhas 16,6% 33,5% 9,9% 59,8% 16,6% 33,5%
Diferença
MPE x MEF 0,9% 30,5% 22,3% 24,1% 0,9% 30,5%
%
Grelhas x MEF 17,6% 2,3% 13,7% 47,0% 17,6% 2,3%
MPE 32,50 26,60 -77,20 -25,80 32,50 26,60
6 Grelhas 28,27 18,80 -51,60 -21,42 28,27 18,80
MEF 24,10 19,00 -51,60 -24,40 24,10 19,00
MPE x Grelhas 15,0% 41,5% 33,2% 17,0% 15,0% 41,5%
Diferença
MPE x MEF 34,9% 40,0% 33,2% 5,4% 34,9% 40,0%
%
Grelhas x MEF 17,3% 1,1% 0,0% 12,2% 17,3% 1,1%
Fonte: Autor

Os valores de Momento positivo no segundo vão das tributárias 1 e 3


aumentaram entre o MPE e os outros dois métodos.

MODELO 4 – PILARES COM 20% DE DESALINHAMENTO

Neste exemplo será apresentada uma forma com os pilares com 20% de
desalinhamento. A Figura 185 representa a forma deste exemplo.
236

Figura 185: Forma da laje do modelo 4 para cálculo de esforços


800 800

P1 P2 P3
40x40 40x40 40x40
800

L1
h=20

960 640

P4 P5 P6
40x40 40x40 40x40

160
800

800 800

P7 P8 P9
40x40 40x40 40x40

Fonte: Autor

MODELO 4 UTILIZANDO O MPE

Nas Figuras 186 e 187 são apresentadas as tributárias para o


dimensionamento da laje.
237

Figura 186: Faixas horizontais para cálculo de esforços do Modelo 4

TRIBUTÁRIA 1

400

l1
TRIBUTÁRIA 2

l2/2
800

l2/2
TRIBUTÁRIA 3
400

l3
Fonte: Autor

Figura 187: Faixas verticais para cálculo de esforços do Modelo 4


400 800 400

480 800 320


TRIBUTÁRIA 4

TRIBUTÁRIA 5

TRIBUTÁRIA 6

l4 l5/2 l5/2 l6

Fonte: Autor

Os esforços máximos de momento nas direções “X” e “Y” das tributárias da


laje são descritos nas Figuras 188 e 189, respectivamente.
238

Figura 188: Diagrama de momentos máximos em X do modelo 4


TRIBUTÁRIA 1
-224.00 kN/m

+126.00 kN/m +126.00 kN/m


TRIBUTÁRIA 2
-501.70 kN/m

+90.30 kN/m

+418.30 kN/m
TRIBUTÁRIA 3
-224.00 kN/m

+126.00 kN/m +126.00 kN/m


Fonte: Autor

Figura 189: Diagrama de momentos máximos em Y do modelo 4


TRIBUTÁRIA 4
-247.90 kN/m

+136.30 kN/m +136.30 kN/m


TRIBUTÁRIA 5
-466.10 kN/m

+262.20 kN/m +262.20 kN/m


TRIBUTÁRIA 6
-200.30 kN/m

+115.70 kN/m +115.70 kN/m


Fonte: Autor
239

Nota-se que os valores dos dois momentos positivos em Y são iguais. Isso se
deve pelo fato de que a laje continua simétrica em uma das direções. Nas Figuras
190 e 191são apresentados os esforços de momento em X e Y, respectivamente.

Figura 190: Esforços de momento em X do modelo 4 utilizando o MPE


P1 P2 P3

-84.00
34.70 34.70

-28.00
28.40 28.40

-31.40
42.80 11.30

-94.00
52.30 13.80
P4 P5 P6

-94.00
52.30 13.80

-31.40
42.80 11.30

-28.00
28.40 28.40

-84.00
P7 34.70 P8 34.70 P9

Fonte: Autor
240

Figura 191: Esforços de momento em Y do modelo 4 utilizando o MPE


P1 P2 P3

26.00
28.90

28.90
35.40

35.40
30.70

31.80
37.50

P4 P5 P6
-93.00

-31.00

-29.20

-87.40

-87.40

-29.20

-25.00

-75.20
37.50

30.70

28.90

35.40

35.40

28.90

26.00

31.80

P7 P8 P9

Fonte: Autor

Como a laje é simétrica em uma das direções, os esforços positivos em Y são


iguais.

MODELO 4 UTILIZANDO O MÉTODO DE GRELHAS

Os esforços de momentos em “X” e “Y” estão apresentados nas Figuras 192 e


193, respectivamente.
241

Figura 192: Esforços de momento em X do modelo 4 utilizando o método de grelhas


-6.18/m -16.48/m P2 -5.19/m P3
P1 -95.79/m 42.69/m -86.45/m 47.57/m -98.44/m
-.09/m 38.32/m -72.04/m 39.78/m -8.38/m
-10.37/m 35.41/m -58.26/m 34.38/m -7.29/m
32.61/m -34.23/m 28.96/m .49/m
30.08/m -21.62/m 23.56/m .33/m
.19/m 27.91/m -12.81/m 18.25/m .75/m
.33/m 26.23/m -7.06/m 12.79/m 13.28/m .94/m
.26/m 25.18/m -4.19/m .96/m
.39/m 24.85/m -4.41/m 7.43/m .89/m
.65/m 25.38/m -6.91/m 6.05/m .78/m
.90/m 26.93/m -10.88/m .64/m
1.13/m 29.47/m -15.73/m .47/m
1.34/m 32.86/m -20.92/m 5.32/m .29/m
1.49/m 36.95/m -27.41/m 6.61/m .32/m
1.57/m 41.45/m -35.81/m 9.32/m .51/m
1.52/m 45.99/m -48.29/m 13.38/m .67/m
1.31/m 50.18/m -65.09/m .79/m
-7.81/m 53.73/m -88.12/m 22.76/m -.08/m
-151.64/m 27.15/m 1.51/m
56.39/m P5 P6
-106.41/m -143.67/m 30.03/m -30.27/m
57.99/m L1
P4 -151.64/m
58.47/m 30.84/m -.64/m
-7.81/m 57.99/m -88.12/m 30.03/m -.08/m
1.89/m 56.39/m -65.09/m 27.15/m 1.51/m
1.06/m 53.73/m -48.29/m 22.76/m .90/m
1.31/m 50.18/m -35.81/m .79/m
1.52/m 45.99/m -27.41/m 13.38/m .67/m
1.57/m 41.45/m -20.92/m 9.32/m .51/m
1.49/m 36.95/m -15.73/m 6.61/m .32/m
1.34/m 32.86/m -10.88/m 5.32/m .29/m
1.13/m 29.47/m -6.91/m .47/m
.90/m 26.93/m -4.41/m .64/m
.65/m 25.38/m -4.19/m 6.05/m .78/m
.39/m 24.85/m -7.06/m 7.43/m .89/m
.26/m 25.18/m -12.81/m .96/m
.33/m 26.23/m -21.62/m 12.79/m 13.28/m .94/m
-.21/m 27.91/m -34.23/m 18.25/m .75/m
-10.37/m 30.08/m -58.26/m 23.56/m -7.29/m
32.61/m -72.04/m 28.96/m -8.38/m
-95.79/m 35.41/m -86.45/m P8 34.38/m -98.44/m P9
P7
-6.18/m 38.32/m -16.48/m 39.78/m -5.19/m
42.69/m 47.57/m 7.63/m
Fonte: Autor
-6.95/m -19.40/m -6.95/m
-111.72/m 51.92/m -97.95/m 51.92/m -111.72/m

P7
P4
-82.73/m P1
-6.52/m 45.81/m 45.81/m -6.52/m
-10.28/m 41.31/m -70.42/m 41.31/m -10.28/m
-1.04/m 36.86/m -40.43/m 36.86/m -1.04/m

Fonte: Autor
32.52/m -23.79/m 32.52/m
.16/m 28.39/m -12.87/m 28.39/m .16/m
.37/m -5.05/m .37/m
.37/m .37/m
.27/m .53/m .27/m
.19/m 16.16/m 4.36/m 16.16/m .19/m
.36/m 14.82/m 6.74/m 14.82/m .36/m
.52/m 8.92/m 8.87/m 8.92/m .52/m
.66/m 15.25/m 8.99/m 8.99/m 15.25/m .66/m
.77/m 16.66/m 6.55/m 16.61/m 16.66/m .77/m
.84/m 20.50/m 4.19/m 20.50/m .84/m
.83/m 24.61/m -4.27/m 24.61/m .83/m
.71/m 29.82/m -10.67/m 29.82/m .71/m
-6.14/m 34.87/m -18.88/m 34.87/m -6.14/m
39.51/m -29.41/m 39.51/m
-77.65/m 43.32/m -43.13/m 43.32/m -77.65/m

L1
-61.20/m

P8
P2

-2.92/m 47.34/m -86.88/m 47.34/m -2.92/m


2.19/m -164.61/m 2.19/m
47.23/m 47.23/m
1.53/m 45.84/m -119.81/m 45.84/m 1.53/m
1.64/m 43.29/m -135.24/m 43.29/m 1.64/m
P5

1.70/m 39.81/m -82.97/m 39.81/m 1.70/m

apresentados nas Figuras 194 e 195, respectivamente.


1.62/m 35.75/m -61.99/m 35.75/m 1.62/m
1.44/m 31.47/m -47.44/m 31.47/m 1.44/m
1.20/m -37.05/m 1.20/m
.93/m 23.37/m -29.66/m 23.37/m .93/m
.63/m 20.59/m -24.57/m 20.59/m .63/m
.32/m 19.18/m -21.43/m 19.18/m .32/m
.54/m 18.58/m 18.58/m .54/m

MODELO 4 UTILIZANDO O MÉTODO DOS ELEMENTOS FINITOS


-20.11/m
.75/m 19.20/m -20.67/m 19.20/m .75/m
.86/m 20.28/m -23.46/m 20.28/m .86/m
.79/m 21.73/m -29.68/m 21.73/m .79/m
-6.46/m -43.03/m -6.46/m
25.60/m -54.73/m 25.60/m
-69.91/m 27.80/m -63.50/m 27.80/m -69.91/m
Figura 193: Esforços de momento em Y do modelo 4 utilizando o método de grelhas

-4.93/m 30.26/m -7.35/m 30.26/m -4.93/m


P9
P6
P3

32.69/m 32.69/m
242

Os esforços obtidos através do Software CypeCAD em “X” e “Y” estão


243

Figura 194: Esforços de momento em X do modelo 4 utilizando o MEF


P1 P2 P3

-5.60
-14.3

-14.3
14.3
5.60

-5.60
0.00
14.3

5.60
27.8

5.60
0.00
27.8

5.60
-48.9

0 0.0
0 .0 0
-27.8
14.3

-27.8

-48.9

P4 P5 P6

0.00
0.00
-5.60

-81.7

14.3
-27.8

14.3
0. -27.8

00
00
0.
-48.9
-5

-5.60

-14.3
-14.3

-5.60
14.3

0.00
5.60
27.8

0.00

5.60
.6

27.8

5.60
14.3
5.60
0

P7 P8 P9

Fonte: Autor
244

Figura 195: Esforços de momento em Y do modelo 4 utilizando o MEF


P1 P2 P3

00

0.0
0.
.40

0
-5.40
-5

0.00
5.40
5.40
13.7 13.7

26.4
26.4

13.7
26.4

13.7 5.40
0.00
5.40
0.00
-26.4
-45.9
P4 -76.0 P6
-13.6
-13.6

-5.40

-5.40
-26.4

9
-26.
-45.9

P5

-45.
4
0.00
5.40 0.00
13.7 5.40

26.4 13.7
26.4

26.4
13.7 13.7
5.40 5.40
0.00
-5 -5.40
P7 .4 P8 P9
0
0
0.0
0.
00

Fonte: Autor

COMPARAÇÃO DE ESFORÇOS DO MODELO 4

Na Tabela 24 são apresentados os esforços de momento máximos e mínimos


em cada faixa de tributária para cada um dos métodos de cálculo trabalhados. Os
esforços de grelha apresentados foram uma média feita pelos valores contidos em
cada faixa, e os esforços no MEF foram colocados baseados no ponto central de
cada faixa.
245

Tabela 24: Comparação de esforços no Modelo 4 entre o MPE, Grelhas e MEF


Modelo 4
1° Vão Apoio Central 2° Vão
Tributárias Modelos Faixa Faixa Faixa Faixa Faixa Faixa
Externa Interna Externa Interna Externa Interna
MPE 34,70 28,40 -84,00 -28,00 34,70 28,40
1 Grelhas 34,50 26,08 -54,50 -9,50 32,10 10,13
MEF 33,50 27,30 -47,00 -15,70 20,70 8,70
MPE x Grelhas 0,6% 8,9% 35,1% 66,1% 8,1% 180,3%
Diferença
MPE x MEF 3,6% 4,0% 44,0% 43,9% 67,6% 226,4%
%
Grelhas x MEF 3,0% 4,7% 13,8% 39,5% 55,1% 16,5%
MPE 52,30 42,80 -94,00 -31,40 13,80 11,30
2 Grelhas 53,80 35,60 -88,77 -19,60 23,72 7,67
MEF 45,00 32,80 -66,40 -20,40 20,90 6,90
MPE x Grelhas 2,9% 20,2% 5,6% 37,6% 71,9% 47,4%
Diferença
MPE x MEF 16,2% 30,5% 29,4% 35,0% 51,4% 63,8%
%
Grelhas x MEF 19,6% 8,5% 25,2% 3,9% 13,5% 11,1%
MPE 34,70 28,40 -84,00 -28,00 34,70 28,40
3 Grelhas 34,50 26,08 -54,50 -9,50 32,10 10,13
MEF 33,50 27,30 -47,00 -15,70 20,70 8,70
MPE x Grelhas 0,6% 8,9% 35,1% 66,1% 8,1% 180,3%
Diferença
MPE x MEF 3,6% 4,0% 44,0% 43,9% 67,6% 226,4%
%
Grelhas x MEF 3,0% 4,7% 13,8% 39,5% 55,1% 16,5%
MPE 37,50 30,70 -93,00 -31,00 37,50 30,70
4 Grelhas 39,47 20,19 -46,04 1,53 39,47 20,19
MEF 30,90 19,70 -48,90 -8,40 30,90 19,70
MPE x Grelhas 5,2% 52,0% 50,5% 104,9% 5,2% 52,0%
Diferença
MPE x MEF 21,4% 55,8% 47,4% 72,9% 21,4% 55,8%
%
Grelhas x MEF 27,7% 2,5% 5,8% 118,2% 27,7% 2,5%
MPE 35,40 28,90 -87,40 -29,20 35,40 28,90
5 Grelhas 41,08 23,31 -77,41 -14,47 41,08 23,31
MEF 34,60 23,20 -64,80 -21,40 34,60 23,20
MPE x Grelhas 16,1% 24,0% 11,4% 50,5% 16,1% 24,0%
Diferença
MPE x MEF 2,3% 24,6% 25,9% 26,7% 2,3% 24,6%
%
Grelhas x MEF 18,7% 0,5% 16,3% 32,4% 18,7% 0,5%
MPE 31,80 26,00 -75,20 -25,00 31,80 26,00
6 Grelhas 26,96 19,80 -47,73 -23,08 26,96 19,80
MEF 23,30 19,50 -47,80 -26,00 23,30 19,50
MPE x Grelhas 18,0% 31,3% 36,5% 7,7% 18,0% 31,3%
Diferença
MPE x MEF 36,5% 33,3% 36,4% 3,8% 36,5% 33,3%
%
Grelhas x MEF 15,7% 1,5% 0,2% 11,2% 15,7% 1,5%
Fonte: Autor

Os valores de Momento positivo no segundo vão das tributárias 1 e 3


aumentaram entre o MPE e os outros dois métodos.

MODELO 5 – PILARES COM 25% DE DESALINHAMENTO

Neste exemplo será apresentada uma forma com os pilares com 25% de
desalinhamento. A Figura 196 representa a forma deste exemplo.
246

Figura 196: Forma da laje do modelo 5 para cálculo de esforços


800 800

P1 P2 P3
40x40 40x40 40x40
800

L1
h=20

1000 600

P4 P5 P6
40x40 40x40 40x40

200
800

800 800

P7 P8 P9
40x40 40x40 40x40

Fonte: Autor

MODELO 5 UTILIZANDO O MPE

Nas Figuras 197 e 198 são apresentadas as tributárias para o


dimensionamento da laje.
247

Figura 197: Faixas horizontais para cálculo de esforços do Modelo 5

TRIBUTÁRIA 1

400

l1
TRIBUTÁRIA 2

l2/2
800

l2/2
TRIBUTÁRIA 3
400

l3
Fonte: Autor

Figura 198: Faixas verticais para cálculo de esforços do Modelo 5


400 800 400

500 800 300


TRIBUTÁRIA 4

TRIBUTÁRIA 5

TRIBUTÁRIA 6

l4 l5/2 l5/2 l6

Fonte: Autor

Os esforços máximos de momento nas direções “X” e “Y” das tributárias da


laje são descritos nas Figuras 199 e 200, respectivamente.
248

Figura 199: Diagrama de momentos máximos em X do modelo 5


TRIBUTÁRIA 1
-224.00 kN/m

+126.00 kN/m +126.00 kN/m


TRIBUTÁRIA 2
-532.00 kN/m

+56.00 kN/m

+459.40 kN/m
TRIBUTÁRIA 3
-224.00 kN/m

+126.00 kN/m +126.00 kN/m


Fonte: Autor

Figura 200: Diagrama de momentos máximos em Y do modelo 5


TRIBUTÁRIA 4
-253.90 kN/m

+138.90 kN/m +138.90 kN/m


TRIBUTÁRIA 5
-475.90 kN/m

+268.20 kN/m +268.20 kN/m

TRIBUTÁRIA 6
-194.10 kN/m

+113.20 kN/m +113.20 kN/m


Fonte: Autor
249

Nota-se que os valores dos dois momentos positivos em Y são iguais. Isso se
deve pelo fato de que a laje continua simétrica em uma das direções. Nas Figuras
201 e 202 são apresentados os esforços de momento em X e Y, respectivamente.

Figura 201: Esforços de momento em X do modelo 5 utilizando o MPE


P1 P2 P3

-84.00
34.70 34.70

-28.00
28.40 28.40

-33.20
7.20
45.90

-99.80
8.80
56.10
P4 P5 P6

-99.80
8.80
56.10

-33.20
7.20
45.90

-28.00
28.40 28.40

-84.00
P7 34.70 P8 34.70 P9

Fonte: Autor
250

Figura 202: Esforços de momento em Y do modelo 5 utilizando o MPE


P1 P2 P3

31.10
29.30

29.30
38.20

25.50
31.30

35.80

35.80
P4 P5 P6
-95.20

-31.80

-29.80

-89.20

-89.20

-29.80

-24.20

-72.80
38.20

31.30

29.30

35.80

35.80

29.30

25.50

31.10

P7 P8 P9

Fonte: Autor

Como a laje é simétrica em uma das direções, os esforços positivos em Y são


iguais.

MODELO 5 UTILIZANDO O MÉTODO DE GRELHAS

Os esforços de momentos em “X” e “Y” estão apresentados nas Figuras 203 e


204, respectivamente.
251

Figura 203: Esforços de momento em X do modelo 5 utilizando o método de grelhas


P1 -17.74/m P2 -4.94/m P3
-97.68/m 42.67/m -87.26/m 49.52/m -101.03/m
39.20/m -72.64/m 40.89/m -9.42/m
-10.35/m 36.58/m -59.19/m 35.31/m -7.24/m
-.88/m 34.09/m -34.39/m 29.71/m .42/m
-21.12/m 24.12/m .29/m
.06/m 29.90/m -11.95/m 18.58/m .72/m
.20/m 28.45/m -5.74/m 13.14/m .93/m
.27/m -2.94/m 8.41/m .97/m
.52/m 27.53/m -2.79/m 5.99/m .93/m
.78/m 28.32/m -6.78/m 4.77/m .85/m
1.03/m 30.02/m -11.87/m .73/m
1.26/m 32.66/m -17.03/m 3.60/m .60/m
1.45/m 36.27/m -22.41/m .44/m
1.59/m 40.52/m -29.56/m 4.08/m .27/m
1.65/m 45.03/m -37.37/m 6.08/m .30/m
1.57/m 49.48/m -50.20/m 9.40/m .48/m
1.32/m 53.54/m -67.20/m 13.64/m .63/m
-9.71/m 56.95/m -90.25/m 18.20/m .78/m
-153.78/m 22.50/m -12.94/m
P4 59.47/m P5 P6
-116.53/m -150.40/m 25.96/m
60.96/m L1 -22.22/m
-153.78/m 26.90/m -12.94/m
61.33/m
-9.71/m 60.96/m -90.25/m 25.96/m
1.87/m 59.47/m -67.20/m 22.50/m 1.36/m
1.02/m 56.95/m -50.20/m 18.20/m .78/m
1.32/m 53.54/m -37.37/m 13.64/m .63/m
1.57/m 49.48/m -29.56/m 9.40/m .48/m
1.65/m 45.03/m -22.41/m 6.08/m .30/m
1.59/m 40.52/m -17.03/m 4.08/m .27/m
1.45/m 36.27/m -11.87/m .44/m
1.26/m 32.66/m -6.78/m 3.60/m .60/m
1.03/m 30.02/m -2.79/m .73/m
.78/m 28.32/m -2.94/m 4.77/m .85/m
.52/m 27.53/m -5.74/m 5.99/m .93/m
.27/m -11.95/m 8.41/m .97/m
.20/m 28.45/m -21.12/m 13.14/m .93/m
-.88/m 29.90/m -34.39/m 18.58/m .72/m
-10.35/m -59.19/m 24.12/m -7.24/m
34.09/m -72.64/m 29.71/m -9.42/m
-97.68/m 36.58/m -87.26/m P8 35.31/m -101.03/m
P7 P9
-5.66/m 39.20/m -17.74/m 40.89/m -4.94/m
49.52/m

Fonte: Autor
-6.56/m -20.96/m -6.56/m
-115.56/m -100.36/m -115.56/m

P7
54.56/m 54.56/m

P4
47.60/m -84.91/m 47.60/m P1
-6.22/m -6.22/m
-10.04/m 43.14/m -73.30/m 43.14/m -10.04/m
-1.52/m 38.71/m -41.68/m 38.71/m -1.52/m

Fonte: Autor
34.42/m -24.05/m 34.42/m
.03/m 30.33/m -12.38/m 30.33/m .03/m
.24/m 26.52/m -3.90/m 26.52/m .24/m
.25/m 23.13/m 23.13/m .25/m
.16/m 20.29/m 2.28/m 20.29/m .16/m
.26/m 18.16/m 6.68/m 18.16/m .26/m
.41/m 16.38/m 9.62/m 16.38/m .41/m
.55/m 15.09/m 11.91/m 15.09/m .55/m
.68/m 15.58/m 11.81/m 15.58/m .68/m
.77/m 15.87/m 12.60/m 12.60/m 15.87/m .77/m
.81/m 19.90/m 9.57/m 19.90/m .81/m
.76/m 24.12/m 6.79/m 24.12/m .76/m
-.57/m 28.40/m -2.43/m 28.40/m -.57/m
-7.06/m 33.86/m -9.19/m 33.86/m -7.06/m
38.53/m -17.78/m 38.53/m
-83.21/m 42.52/m -28.69/m 42.52/m -83.21/m

L1

P8
-42.85/m -1.02/m
P2

-3.14/m 47.21/m -61.38/m 47.21/m -3.14/m


2.25/m 47.56/m -87.65/m 47.56/m 2.25/m
1.59/m -168.82/m 1.59/m
46.62/m 46.62/m
1.73/m 44.59/m -120.38/m 44.59/m 1.73/m
1.81/m 41.60/m -132.87/m 41.60/m 1.81/m
P5

apresentados nas Figuras 205 e 206, respectivamente.


1.74/m 37.99/m -82.97/m 37.99/m 1.74/m
1.57/m 34.07/m -62.52/m 34.07/m 1.57/m
1.33/m 30.12/m -48.34/m 30.12/m 1.33/m
1.05/m 25.85/m -38.28/m 25.85/m 1.05/m
.74/m 23.03/m -31.23/m 23.03/m .74/m
.42/m 20.90/m -26.48/m 20.90/m .42/m
.47/m 20.57/m 20.57/m .47/m

MODELO 5 UTILIZANDO O MÉTODO DOS ELEMENTOS FINITOS


-23.73/m
.70/m 20.38/m -22.91/m 20.38/m .70/m
.83/m 21.22/m -24.24/m 21.22/m .83/m
.78/m 22.33/m -28.69/m 22.33/m .78/m
-6.17/m 23.61/m -39.38/m 23.61/m -6.17/m
25.10/m -49.80/m 25.10/m
-64.05/m 26.75/m -56.88/m 26.75/m -64.05/m
Figura 204: Esforços de momento em Y do modelo 5 utilizando o método de grelhas

-4.56/m -6.13/m -4.56/m


P9
P6
P3

31.00/m 31.00/m
252

Os esforços obtidos através do Software CypeCAD em “X” e “Y” estão


253

Figura 205: Esforços de momento em X do modelo 5 utilizando o MEF


P1 P2 P3

15.7

6 .0 0
-0.60
0.00
6.00

-6.00

6.00
15.7

6.00

0.00
0.00 -31.3 15.7 0.
00
31.3

-15.7

31.3
-15.7

-56.2

P4 P5 P6
0.00

0.00
-6.00

15.7

-31.3

-15.7
31.3

-15.7

31.3
0. 0 0
0 -31.3 15.7 0 .0

- 56
-6

.2
-6.00
-6.00
6.00

15.7

6.00

0.00

6.00
.

0.00
00

15.7

6 .0 0

P7 P8 P9

Fonte: Autor
254

Figura 206: Esforços de momento em Y do modelo 5 utilizando o MEF


P1 P2 P3

00

0.
0.
.50

00
-5.50
-5

0.00 5.50
5.50
14.20 14.20
27.6

14.2
27.6
5.50
14.2
0.00
5.50
0.00

-48.4
P4 -80.7 P5 P6
-27.6
-14.2
-5.50
-5.50
-27.6

-14.2
-48.4

0.00
5.50 0.00
14.2 5.50

27.6 14.2
27.6

14.2 14.2
5.50 5.50
0.00
-5 -5.50
P7 .5 P8 P9
0
0
0.0
0.
00

Fonte: Autor

COMPARAÇÃO DE ESFORÇOS DO MODELO 5

Na Tabela 25 são apresentados os esforços de momento máximos e mínimos


em cada faixa de tributária para cada um dos métodos de cálculo trabalhados. Os
esforços de grelha apresentados foram uma média feita pelos valores contidos em
cada faixa, e os esforços no MEF foram colocados baseados no ponto central de
cada faixa.
255

Tabela 25: Comparação de esforços no Modelo 5 entre o MPE, Grelhas e MEF


Modelo 5
1° Vão Apoio Central 2° Vão
Tributárias Modelos Faixa Faixa Faixa Faixa Faixa Faixa
Externa Interna Externa Interna Externa Interna
MPE 34,70 28,40 -84,00 -28,00 34,70 28,40
1 Grelhas 35,75 28,68 -54,92 -8,45 33,02 9,18
MEF 34,10 28,40 -47,50 -14,40 20,00 6,30
MPE x Grelhas 3,0% 1,0% 34,6% 69,8% 5,1% 209,3%
Diferença
MPE x MEF 1,8% 0,0% 43,5% 48,6% 73,5% 350,8%
%
Grelhas x MEF 4,8% 1,0% 13,5% 41,3% 65,1% 45,8%
MPE 56,10 45,90 -99,80 -33,20 8,80 7,20
2 Grelhas 56,95 39,00 -87,18 -20,73 19,43 5,21
MEF 46,80 35,30 -66,00 -19,40 17,50 3,90
MPE x Grelhas 1,5% 17,7% 12,6% 37,6% 120,8% 38,2%
Diferença
MPE x MEF 19,9% 30,0% 33,9% 41,6% 98,9% 84,6%
%
Grelhas x MEF 21,7% 10,5% 24,3% 6,4% 11,0% 33,5%
MPE 34,70 28,40 -84,00 -28,00 34,70 28,40
3 Grelhas 35,75 28,68 -54,92 -8,45 33,02 9,18
MEF 34,10 28,40 -47,50 -14,40 20,00 6,30
MPE x Grelhas 3,0% 1,0% 34,6% 69,8% 5,1% 209,3%
Diferença
MPE x MEF 1,8% 0,0% 43,5% 48,6% 73,5% 350,8%
%
Grelhas x MEF 4,8% 1,0% 13,5% 41,3% 65,1% 45,8%
MPE 38,20 31,30 -95,20 -31,80 38,20 31,30
4 Grelhas 41,45 19,93 -56,13 3,63 41,45 19,93
MEF 30,50 20,50 -50,50 -4,80 30,50 20,50
MPE x Grelhas 8,5% 57,0% 41,0% 111,4% 8,5% 57,0%
Diferença
MPE x MEF 25,2% 52,7% 47,0% 84,9% 25,2% 52,7%
%
Grelhas x MEF 35,9% 2,8% 10,0% 175,6% 35,9% 2,8%
MPE 35,80 29,30 -89,20 -29,80 35,80 29,30
5 Grelhas 41,25 25,33 -77,65 -13,56 41,25 25,33
MEF 34,50 24,70 -65,70 -21,10 34,50 24,70
MPE x Grelhas 15,2% 15,7% 12,9% 54,5% 15,2% 15,7%
Diferença
MPE x MEF 3,8% 18,6% 26,3% 29,2% 3,8% 18,6%
%
Grelhas x MEF 19,6% 2,5% 15,4% 35,7% 19,6% 2,5%
MPE 31,10 25,50 -72,80 -24,20 31,10 25,50
6 Grelhas 26,28 21,08 -43,78 -25,00 26,28 21,08
MEF 22,70 20,20 -44,60 -28,10 22,70 20,20
MPE x Grelhas 18,3% 21,0% 39,9% 3,2% 18,3% 21,0%
Diferença
MPE x MEF 37,0% 26,2% 38,7% 13,9% 37,0% 26,2%
%
Grelhas x MEF 15,8% 4,4% 1,8% 11,0% 15,8% 4,4%
Fonte: Autor

Os valores de Momento positivo no segundo vão das tributárias 1, 2 e 3


aumentaram entre o MPE e os outros dois métodos.

MODELO 6 – PILARES COM 30% DE DESALINHAMENTO

Neste exemplo será apresentada uma forma com os pilares com 30% de
desalinhamento. A Figura 207 representa a forma deste exemplo.
256

Figura 207: Forma da laje do modelo 6 para cálculo de esforços


800 800

P1 P2 P3
40x40 40x40 40x40
800

L1
h=20

880 720

P4 P5 P6
40x40 40x40 40x40

80
800

800 800

P7 P8 P9
40x40 40x40 40x40

Fonte: Autor

MODELO 6 UTILIZANDO O MPE

Nas Figuras 208 e 209 são apresentadas as tributárias para o


dimensionamento da laje.
257

Figura 208: Faixas horizontais para cálculo de esforços do Modelo 6

TRIBUTÁRIA 1

400

l1
TRIBUTÁRIA 2

l2/2
800

l2/2
TRIBUTÁRIA 3
400

l3
Fonte: Autor

Figura 209: Faixas verticais para cálculo de esforços do Modelo 6


400 800 400

520 800 280


TRIBUTÁRIA 4

TRIBUTÁRIA 5

TRIBUTÁRIA 6

l4 l5/2 l5/2 l6

Fonte: Autor

Os esforços máximos de momento nas direções “X” e “Y” das tributárias da


laje são descritos nas Figuras 210 e 211, respectivamente.
258

Figura 210: Diagrama de momentos máximos em X do modelo 6


TRIBUTÁRIA 1
-224.00 kN/m

+126.00 kN/m +126.00 kN/m


TRIBUTÁRIA 2
-568.60 kN/m

+27.40 kN/m

+499.40 kN/m
TRIBUTÁRIA 3
-224.00 kN/m

+126.00 kN/m +126.00 kN/m


Fonte: Autor

Figura 211: Diagrama de momentos máximos em Y do modelo 6


TRIBUTÁRIA 4
-258.40 kN/m

+142.10 kN/m +142.10 kN/m


TRIBUTÁRIA 5
-488.10 kN/m

+274.50 kN/m +274.50 kN/m

TRIBUTÁRIA 6
-188.10 kN/m

+110.60 kN/m +110.60 kN/m


Fonte: Autor
259

Nota-se que os valores dos dois momentos positivos em Y são iguais. Isso se
deve pelo fato de que a laje continua simétrica em uma das direções. Nas Figuras
212 e 213 são apresentados os esforços de momento em X e Y, respectivamente.

Figura 212: Esforços de momento em X do modelo 6 utilizando o MPE


P1 P2 P3

-84.00
34.70 34.70

-28.00
28.40 28.40

-35.60
3.60
48.90

-106.60
4.40
59.70
P4 P5 P6

-106.60
4.40
59.70

-35.60
3.60
48.90

-28.00
28.40 28.40

-84.00
P7 34.70 P8 34.70 P9

Fonte: Autor
260

Figura 213: Esforços de momento em Y do modelo 6 utilizando o MPE


P1 P2 P3

39.10

29.60

29.60

24.90
36.20

36.20
32.00

30.40
P4 P5 P6
-97.00

-32.40

-30.60

-91.60

-91.60

-30.60

-23.60

-70.60
39.10

32.00

29.60

36.20

36.20

29.60

24.90

30.40

P7 P8 P9

Fonte: Autor

Como a laje é simétrica em uma das direções, os esforços positivos em Y são


iguais.

MODELO 6 UTILIZANDO O MÉTODO DE GRELHAS

Os esforços de momentos em “X” e “Y” estão apresentados nas Figuras 214 e


215, respectivamente.
261

Figura 214: Esforços de momento em X do modelo 6 utilizando o método de grelhas


-5.14/m -19.13/m P2 -4.70/m P3
-99.92/m 44.30/m -88.16/m 51.64/m -103.97/m
P1 40.32/m -73.37/m 42.10/m -10.53/m
-10.13/m 37.94/m -60.39/m 36.39/m -7.28/m
-1.15/m -34.65/m 30.66/m .33/m
-.04/m -20.63/m 24.95/m .23/m
-11.04/m 19.26/m .67/m
.16/m 30.72/m -4.42/m 13.62/m .89/m
.40/m 30.09/m -1.58/m 8.11/m .95/m
.66/m 30.16/m -2.62/m .94/m
.91/m 31.05/m -7.61/m 3.86/m .89/m
1.16/m 32.87/m -12.89/m .81/m
1.38/m 35.80/m -18.36/m .72/m
1.56/m 39.51/m -23.83/m .60/m
1.69/m 43.72/m -31.78/m 3.06/m .46/m
1.72/m -39.75/m 3.68/m .30/m
1.61/m 52.46/m -52.42/m 5.90/m .26/m
1.31/m 56.38/m -69.69/m 9.34/m .44/m
-11.67/m 59.63/m -92.82/m 13.87/m .63/m
-156.47/m 18.06/m
62.04/m P5
-9.67/m P6
-126.60/m -157.24/m 21.43/m
P4 63.48/m L1 -14.68/m
-156.47/m 22.55/m
-.80/m 63.91/m -9.67/m
-11.67/m 63.48/m -92.82/m 21.43/m
1.83/m 62.04/m -69.69/m 18.06/m 1.18/m
.96/m 59.63/m -52.42/m 13.87/m .63/m
1.31/m 56.38/m -39.75/m 9.34/m .44/m
1.61/m 52.46/m -31.78/m 5.90/m .26/m
1.72/m -23.83/m 3.68/m .30/m
1.69/m 43.72/m -18.36/m 3.06/m .46/m
1.56/m 39.51/m -12.89/m .60/m
1.38/m 35.80/m -7.61/m .72/m
1.16/m 32.87/m -2.62/m .81/m
.91/m 31.05/m -1.58/m 3.86/m .89/m
.66/m 30.16/m -4.42/m 2.60/m .94/m
.40/m 30.09/m -11.04/m 8.11/m .95/m
-.04/m 30.72/m -20.63/m 13.62/m .89/m
-1.15/m -34.65/m 19.26/m .67/m
-10.13/m -60.39/m 24.95/m -7.28/m
.48/m -73.37/m 30.66/m -10.53/m
-99.92/m 37.94/m -88.16/m P8 36.39/m -103.97/m
P7 P9
-5.14/m 40.32/m -19.13/m 42.10/m -4.70/m
44.30/m 51.64/m
Fonte: Autor
-6.13/m -22.49/m -6.13/m
-119.04/m 57.04/m -102.44/m 57.04/m -119.04/m

P7
P4
-86.83/m P1
-5.79/m 49.25/m 49.25/m -5.79/m
-9.79/m 44.84/m -76.02/m 44.84/m -9.79/m
-1.58/m 40.48/m -42.86/m 40.48/m -1.58/m

Fonte: Autor
-.11/m 36.24/m -24.30/m 36.24/m -.11/m
32.23/m -11.91/m 32.23/m
.11/m 28.49/m -2.81/m 28.49/m .11/m
.13/m 25.16/m 25.16/m .13/m
.21/m 22.38/m 3.94/m 22.38/m .21/m
.36/m 19.94/m 8.88/m 19.94/m .36/m
.49/m 18.18/m 12.35/m 18.18/m .49/m
.61/m 15.35/m 15.27/m 15.35/m .61/m
.71/m 15.80/m 15.80/m .71/m
.78/m 15.82/m 15.82/m .78/m
.79/m 19.40/m 14.56/m 19.40/m .79/m
.71/m 23.57/m 12.48/m 23.57/m .71/m
-1.32/m 28.05/m 9.31/m 28.05/m -1.32/m
-8.32/m 33.08/m -.65/m 33.08/m -8.32/m
-.48/m 37.69/m -7.78/m 37.69/m
-89.77/m 41.71/m -16.74/m 41.71/m -89.77/m

L1

P8
-1.05/m -28.05/m -1.05/m
P2

-3.51/m 46.87/m -42.65/m 46.87/m -3.29/m


2.29/m 47.59/m -61.67/m 47.59/m 2.29/m
1.64/m 47.05/m -88.53/m 47.05/m 1.64/m
1.81/m -173.12/m 1.81/m
45.52/m 45.52/m
1.92/m -121.18/m 1.92/m

apresentados nas Figuras 216 e 217, respectivamente.


1.86/m 40.62/m -131.05/m 40.62/m 1.86/m
P5

1.70/m 36.47/m -83.19/m 36.47/m 1.70/m


1.46/m 32.86/m -63.19/m 32.86/m 1.46/m
1.18/m 29.34/m -49.30/m 29.34/m 1.18/m
.87/m 25.57/m -39.52/m 25.57/m .87/m
.54/m 23.20/m -32.71/m 23.20/m .54/m
.39/m 22.28/m 22.28/m .39/m

MODELO 6 UTILIZANDO O MÉTODO DOS ELEMENTOS FINITOS


-28.23/m
.63/m -25.80/m .63/m
.78/m 22.30/m -25.48/m 22.30/m .78/m
.74/m 23.11/m -27.99/m 23.11/m .74/m
-5.97/m 23.98/m -35.81/m 23.98/m -5.97/m
-.37/m 24.83/m -44.57/m 24.83/m
-58.39/m 25.83/m -49.63/m 25.83/m -58.39/m
Figura 215: Esforços de momento em Y do modelo 6 utilizando o método de grelhas

-4.17/mP9 26.91/m -5.07/m 26.91/m -4.17/m


P6
P3

25.66/m 25.66/m
262

Os esforços obtidos através do Software CypeCAD em “X” e “Y” estão


263

Figura 216: Esforços de momento em X do modelo 6 utilizando o MEF


P1 P2 P3

29.1
5.80

-5.80

-5.80
14.8
14.8

0.00
5.80

0.00
29.1
-51.6

0.00 14.8 0.
-29.1 00

-14.8
5.80

-14.8

5.80
-29.1

-51.6

-87.1
P4 51.6 P5 P6

0.00
0.00
-5.80
-14.8

14.8

5.80

-14.8

5 .8 0
-14.8

0.0 -29.1 00
0 14.8 0.

-51.6
-5

-5.80
-5.80
14.8

14.8
.8

0.00

0.00
5.80
29.1

29.1
5.80
0

P7 P8 P9

Fonte: Autor
264

Figura 217: Esforços de momento em Y do modelo 6 utilizando o MEF


P1 P2 P3

00

0.
0.
0

00
.4

-5.40
-5

0.00 5.40
5.40
13.8 13.8
26.7
26.7

13.8

5.40
13.8
5.40

-46.6
P4 -77.4 P6
-5.40

-13.8
-5.40

-26.7
-13.8
-46.6

-26.7

0.00
0.00

P5

5.40
13.8
5.40

13.8
26.7

26.7
13.8 13.8
5.40 5.40
0.00
-5 -5.40
P7 .4 P8 P9
0
0.00
0.
00

Fonte: Autor

COMPARAÇÃO DE ESFORÇOS DO MODELO 6

Na Tabela 26 são apresentados os esforços de momento máximos e mínimos


em cada faixa de tributária para cada um dos métodos de cálculo trabalhados. Os
esforços de grelha apresentados foram uma média feita pelos valores contidos em
cada faixa, e os esforços no MEF foram colocados baseados no ponto central de
cada faixa.
265

Tabela 26: Comparação de esforços no Modelo 6 entre o MPE, Grelhas e MEF


Modelo 6
1° Vão Apoio Central 2° Vão
Tributárias Modelos Faixa Faixa Faixa Faixa Faixa Faixa
Externa Interna Externa Interna Externa Interna
MPE 34,70 28,40 -84,00 -28,00 34,70 28,40
1 Grelhas 37,57 31,55 -55,46 -7,97 34,18 8,50
MEF 35,50 30,20 -47,90 -12,80 19,30 4,90
MPE x Grelhas 8,3% 11,1% 34,0% 71,5% 1,5% 234,1%
Diferença
MPE x MEF 2,3% 6,3% 43,0% 54,3% 79,8% 479,6%
%
Grelhas x MEF 5,8% 4,5% 13,6% 37,8% 77,1% 73,5%
MPE 59,70 48,90 -106,60 -35,60 4,40 3,60
2 Grelhas 59,65 42,08 -94,73 -22,38 15,20 3,87
MEF 48,55 36,90 -63,10 -20,60 11,50 -1,10
MPE x Grelhas 0,1% 16,2% 11,1% 37,1% 245,5% 7,4%
Diferença
MPE x MEF 23,0% 32,5% 40,8% 42,1% 161,4% 427,3%
%
Grelhas x MEF 22,9% 14,0% 33,4% 8,0% 32,2% 451,5%
MPE 34,70 28,40 -84,00 -28,00 34,70 28,40
3 Grelhas 37,57 31,55 -55,46 -7,97 34,18 8,50
MEF 35,50 30,20 -47,90 -12,80 19,30 4,90
MPE x Grelhas 8,3% 11,1% 34,0% 71,5% 1,5% 234,1%
Diferença
MPE x MEF 2,3% 6,3% 43,0% 54,3% 79,8% 479,6%
%
Grelhas x MEF 5,8% 4,5% 13,6% 37,8% 77,1% 73,5%
MPE 39,10 32,00 -97,00 -32,40 39,10 32,00
4 Grelhas 41,20 21,73 -57,38 7,01 41,20 21,73
MEF 31,40 20,60 -52,00 -1,60 31,40 20,60
MPE x Grelhas 5,4% 47,3% 40,8% 121,6% 5,4% 47,3%
Diferença
MPE x MEF 24,5% 55,3% 46,4% 95,1% 24,5% 55,3%
%
Grelhas x MEF 31,2% 5,5% 9,4% 538,3% 31,2% 5,5%
MPE 36,20 29,60 -91,60 -30,60 36,20 29,60
5 Grelhas 42,00 26,80 -78,07 -9,08 42,00 26,80
MEF 34,30 25,00 -65,90 -21,00 34,30 25,00
MPE x Grelhas 16,0% 10,4% 14,8% 70,3% 16,0% 10,4%
Diferença
MPE x MEF 5,5% 18,4% 28,1% 31,4% 5,5% 18,4%
%
Grelhas x MEF 22,4% 7,2% 15,6% 56,8% 22,4% 7,2%
MPE 30,40 24,90 -70,60 -23,60 30,40 24,90
6 Grelhas 25,05 22,64 -43,33 -26,88 25,05 22,64
MEF 22,80 20,90 -41,00 -29,80 22,80 20,90
MPE x Grelhas 21,4% 10,0% 38,6% 12,2% 21,4% 10,0%
Diferença
MPE x MEF 33,3% 19,1% 41,9% 20,8% 33,3% 19,1%
%
Grelhas x MEF 9,9% 8,3% 5,4% 9,8% 9,9% 8,3%
Fonte: Autor

Os valores de Momento positivo no segundo vão das tributárias 1, 2 e 3


aumentaram entre o MPE e os outros dois métodos.
266

MODELO 7 – PILARES COM 35% DE DESALINHAMENTO

Neste exemplo será apresentada uma forma com os pilares com 35% de
desalinhamento. A Figura 218 representa a forma deste exemplo.

Figura 218: Forma da laje do modelo 7 para cálculo de esforços


800 800

P1 P2 P3
40x40 40x40 40x40
800

L1
h=20

1080 520

P4 P5 P6
40x40 40x40 40x40

280
800

800 800

P7 P8 P9
40x40 40x40 40x40

Fonte: Autor

MODELO7 UTILIZANDO O MPE

Nas Figuras 219 e 220 são apresentadas as tributárias para o


dimensionamento da laje.
267

Figura 219: Faixas horizontais para cálculo de esforços do Modelo 7

TRIBUTÁRIA 1

400

l1
TRIBUTÁRIA 2

l2/2
800

l2/2
TRIBUTÁRIA 3
400

l3
Fonte: Autor

Figura 220: Faixas verticais para cálculo de esforços do Modelo 7


400 800 400

540 800 260


TRIBUTÁRIA 4

TRIBUTÁRIA 5

TRIBUTÁRIA 6

l4 l5/2 l5/2 l6

Fonte: Autor

Os esforços máximos de momento nas direções “X” e “Y” das tributárias da


laje são descritos nas Figuras 221 e 222, respectivamente.
268

Figura 221: Diagrama de momentos máximos em X do modelo 7


TRIBUTÁRIA 1
-224.00 kN/m

+126.00 kN/m +126.00 kN/m


TRIBUTÁRIA 2
-612.60 kN/m

+7.40 kN/m

+539.40 kN/m

TRIBUTÁRIA 3
-224.00 kN/m

+126.00 kN/m +126.00 kN/m


Fonte: Autor

Figura 222: Diagrama de momentos máximos em Y do modelo 7


TRIBUTÁRIA 4
-265.80 kN/m

+144.10 kN/m +144.10 kN/m


TRIBUTÁRIA 5
-502.80 kN/m

+283.40 kN/m +283.40 kN/m

TRIBUTÁRIA 6
-182.20 kN/m

+108.10 kN/m +108.10 kN/m


Fonte: Autor
269

Nota-se que os valores dos dois momentos positivos em Y são iguais. Isso se
deve pelo fato de que a laje continua simétrica em uma das direções. Nas Figuras
223 e 224 são apresentados os esforços de momento em X e Y, respectivamente.

Figura 223: Esforços de momento em X do modelo 7 utilizando o MPE


P1 P2 P3

-84.00
34.70 34.70

-28.00
28.40 28.40

-38.20
1.00
51.60

-114.80
1.20
P4
63.10 P5 P6

-114.80
1.20
63.10

-38.20
1.00
51.60

-28.00
28.40 28.40

-84.00
P7 34.70 P8 34.70 P9

Fonte: Autor
270

Figura 224: Esforços de momento em Y do modelo 7 utilizando o MPE


P1 P2 P3

30.10

30.10

24.30

29.70
39.60

32.40

36.80

36.80
P4 P5 P6
-99.60

-33.20

-31.40

-94.20

-94.20

-31.40

-22.80

-68.40
39.60

32.40

30.10

36.80

36.80

30.10

24.30

29.70

P7 P8 P9

Fonte: Autor

Como a laje é simétrica em uma das direções, os esforços positivos em Y são


iguais.

MODELO 7 UTILIZANDO O MÉTODO DE GRELHAS

Os esforços de momentos em “X” e “Y” estão apresentados nas Figuras 225 e


226, respectivamente.
271

Figura 225: Esforços de momento em X do modelo 7 utilizando o método de grelhas


-4.64/m -20.60/m P2 -4.50/m P3
-102.44/m 46.18/m -89.11/m 50.21/m -107.18/m
P1
41.62/m -73.00/m 43.39/m -11.67/m
-9.89/m 39.39/m -61.82/m 37.58/m -7.41/m
-.73/m -35.02/m 31.79/m .21/m
.04/m 35.49/m -20.16/m 26.00/m .14/m
.09/m 34.00/m -10.06/m 20.21/m .58/m
.30/m 32.94/m -2.94/m 14.44/m .82/m
.54/m 32.43/m 6.14/m 6.36/m .90/m
.79/m 32.59/m -3.36/m 3.95/m .92/m
1.04/m 33.56/m -8.45/m .91/m
1.28/m 35.64/m -13.88/m 3.09/m
1.50/m 38.65/m -19.67/m 2.95/m
1.67/m 42.46/m -25.69/m 2.81/m
1.78/m 46.82/m -33.78/m 2.65/m
1.79/m 51.27/m -42.23/m .52/m
1.65/m 55.51/m -54.93/m 3.01/m .36/m
-.65/m 59.30/m -72.52/m 5.66/m .22/m
-13.66/m 62.42/m -95.81/m 9.93/m .45/m
-159.73/m 13.83/m
P4 64.71/m P5
-3.98/m P6
-136.57/m -164.16/m 17.13/m
66.05/m L1 -7.72/m
-159.73/m 18.72/m -3.98/m
-13.66/m 66.05/m -95.81/m 17.13/m
-.65/m 64.71/m -72.52/m 13.83/m .97/m.57/m
.90/m 62.42/m -54.93/m 9.93/m .45/m
1.30/m 59.30/m -42.23/m 5.66/m .22/m
1.65/m 55.51/m -33.78/m 3.01/m .36/m
1.79/m 51.27/m -25.69/m .52/m
1.78/m 46.82/m -19.67/m 2.65/m
1.67/m 42.46/m -13.88/m 2.81/m
1.50/m 38.65/m -8.45/m 2.95/m
1.28/m 35.64/m -3.36/m 3.09/m
1.04/m 33.56/m .91/m
.79/m 32.59/m -2.94/m 1.61/m 3.95/m .92/m
.54/m 32.43/m -10.06/m 6.14/m 6.36/m .90/m
.30/m 32.94/m -20.16/m 14.44/m .82/m
-.73/m 34.00/m -35.02/m 20.21/m .58/m
-9.89/m 35.49/m -61.82/m 26.00/m -7.41/m
-73.00/m 31.79/m -11.67/m
-102.44/m 39.39/m -89.11/m P8 37.58/m -107.18/m
P7
-4.64/m 41.62/m -20.60/m 43.39/m -4.50/m P9

46.18/m 50.21/m

Fonte: Autor
-5.67/m -23.99/m -5.67/m
-122.18/m -104.21/m -122.18/m

P7
54.65/m 14.18/m 54.65/m

P4
P1
-5.24/m 50.75/m -88.50/m 50.75/m -5.24/m
-9.54/m 46.43/m -78.59/m 46.43/m -9.54/m
42.14/m -43.96/m 42.14/m

Fonte: Autor
-1.18/m -1.18/m
-.04/m 37.99/m -24.52/m 37.99/m -.04/m
34.07/m -11.46/m 34.07/m
.06/m 30.43/m -1.76/m 30.43/m .06/m
.19/m 27.19/m 27.19/m .19/m
.33/m 24.47/m 5.53/m 24.47/m .33/m
.46/m 22.20/m 10.98/m 22.20/m .46/m
.59/m 14.95/m .59/m
.69/m 18.56/m 18.56/m .69/m
.77/m 19.47/m 19.47/m .77/m
.81/m 19.73/m .81/m
.79/m 19.56/m 19.56/m .79/m
.67/m 23.11/m 17.78/m 23.11/m .67/m
-2.16/m 27.45/m 15.30/m 27.45/m -2.16/m
-10.22/m 32.03/m 11.75/m 32.03/m -10.22/m .21/m
37.08/m 7.05/m 37.08/m
-97.24/m 41.04/m -6.45/m 41.04/m -97.24/m

L1

P8
-1.06/m 44.25/m -15.79/m 44.25/m
P2

-4.63/m 46.41/m -27.52/m 46.41/m -4.63/m


2.32/m 47.41/m -42.58/m 47.41/m 2.32/m
1.67/m 47.23/m -62.10/m 47.23/m 1.67/m
1.88/m 46.10/m -89.57/m 46.10/m 1.88/m
2.01/m -177.53/m 2.01/m
44.76/m 44.76/m

apresentados nas Figuras 227 e 228, respectivamente.


1.98/m 42.46/m -122.25/m 42.46/m 1.98/m
1.83/m 39.51/m -129.86/m 39.51/m 1.83/m
P5

1.60/m 35.39/m -83.63/m 35.39/m 1.60/m


1.32/m 32.19/m -63.96/m 32.19/m 1.32/m
1.01/m 29.10/m -50.26/m 29.10/m 1.01/m
.68/m 25.79/m -40.63/m 25.79/m .68/m

MODELO 7 UTILIZANDO O MÉTODO DOS ELEMENTOS FINITOS


.34/m 24.01/m -33.95/m 24.01/m .34/m
.53/m 23.89/m -29.59/m 23.89/m .53/m
.69/m 23.50/m -27.37/m 23.50/m .69/m
.68/m 24.02/m -27.69/m 24.02/m .68/m
-5.87/m 24.52/m -32.41/m 24.52/m -5.87/m
-9.00/m 24.88/m -39.06/m 24.88/m -9.00/m
-53.06/m -41.72/m -53.06/m
Figura 226: Esforços de momento em Y do modelo 7 utilizando o método de grelhas

-3.76/m 25.48/m -4.22/m 25.48/m -3.76/m


P9
P6
P3

19.91/m 19.91/m
272

Os esforços obtidos através do Software CypeCAD em “X” e “Y” estão


273

Figura 227: Esforços de momento em X do modelo 7 utilizando o MEF


P1 P2 P3

6.10
6.10

-6.10
32.1
32.1

16.1

-6.10
16.1

0.00

0.00
16.1
0.00 -32.1
0 .0
0
-16.1
6.10

-16.1

6.10

P4 P5 P6
-6.10
-16.1
0.00

16.1

-57.9

-32.1

-16.1

-16.1
0 6.10

00
0 .0
0.
0 -32.1
16.1
-57
-6

.9
-6.10
-6.10
16.1
6.10

16.1
.

0.00
0.00
10

32.1

6.10
32.1

P7 P8 P9

Fonte: Autor
274

Figura 228: Esforços de momento em Y do modelo 7 utilizando o MEF


P1 P2 P3

0
0 .0

0.
0

00
.6

-5.60
-5

0.00 5.60
5.60
14.3 14.3
27.8

1.43
27.8
0.56
14.3
5.60

-49.0
P4 P5 P6
-5.60

-14.3
-5.60

-27.8
-14.3
-27.8
-49.0

0.00
0.00

-81.9

5.60
14.3
5.60
27.8
14.3
27.8

14.3 14.3
5.60 5.60
0.00
-5 -5.60
P7 .6 P8 P9
0
0.00
0.
00

Fonte: Autor

COMPARAÇÃO DE ESFORÇOS DO MODELO 7

Na Tabela 27 são apresentados os esforços de momento máximos e mínimos


em cada faixa de tributária para cada um dos métodos de cálculo trabalhados. Os
esforços de grelha apresentados foram uma média feita pelos valores contidos em
cada faixa, e os esforços no MEF foram colocados baseados no ponto central de
cada faixa.
275

Tabela 27: Comparação de esforços no Modelo 7 entre o MPE, Grelhas e MEF


Modelo 7
1° Vão Apoio Central 2° Vão
Tributárias Modelos Faixa Faixa Faixa Faixa Faixa Faixa
Externa Interna Externa Interna Externa Interna
MPE 34,70 28,40 -84,00 -28,00 34,70 28,40
1 Grelhas 39,03 33,52 -55,82 -7,43 34,87 8,58
MEF 36,80 31,90 -48,60 -11,20 18,70 2,90
MPE x Grelhas 12,5% 18,0% 33,5% 73,5% 0,5% 230,9%
Diferença
MPE x MEF 6,1% 12,3% 42,1% 60,0% 85,6% 879,3%
%
Grelhas x MEF 6,0% 5,1% 12,9% 33,6% 86,5% 196,0%
MPE 63,10 51,60 -114,80 -38,20 1,20 1,00
2 Grelhas 62,35 45,05 -98,22 -23,95 11,37 2,89
MEF 50,30 38,80 -67,30 -17,10 7,60 -6,50
MPE x Grelhas 1,2% 14,5% 14,4% 37,3% 847,2% 189,2%
Diferença
MPE x MEF 25,4% 33,0% 41,4% 55,2% 533,3% 115,4%
%
Grelhas x MEF 24,0% 16,1% 31,5% 28,6% 49,6% 144,5%
MPE 34,70 28,40 -84,00 -28,00 34,70 28,40
3 Grelhas 39,03 33,52 -55,82 -7,43 34,87 8,58
MEF 36,80 31,90 -48,60 -11,20 18,70 2,90
MPE x Grelhas 12,5% 18,0% 33,5% 73,5% 0,5% 230,9%
Diferença
MPE x MEF 6,1% 12,3% 42,1% 60,0% 85,6% 879,3%
%
Grelhas x MEF 6,0% 5,1% 12,9% 33,6% 86,5% 196,0%
MPE 39,60 32,40 -99,60 -33,20 39,60 32,40
4 Grelhas 42,34 24,61 -50,44 12,30 42,34 24,61
MEF 32,40 21,40 -53,40 0,50 32,40 21,40
MPE x Grelhas 6,9% 31,7% 49,4% 137,0% 6,9% 31,7%
Diferença
MPE x MEF 22,2% 51,4% 46,4% 101,5% 22,2% 51,4%
%
Grelhas x MEF 30,7% 15,0% 5,5% 2360,0% 30,7% 15,0%
MPE 36,80 30,10 -94,20 -31,40 36,80 30,10
5 Grelhas 42,56 28,40 -74,65 -8,58 42,56 28,40
MEF 34,30 26,70 -66,00 -20,80 34,30 26,70
MPE x Grelhas 15,7% 6,0% 20,7% 72,7% 15,7% 6,0%
Diferença
MPE x MEF 7,3% 12,7% 29,9% 33,8% 7,3% 12,7%
%
Grelhas x MEF 24,1% 6,4% 11,6% 58,8% 24,1% 6,4%
MPE 29,70 24,30 -68,40 -22,80 29,70 24,30
6 Grelhas 24,00 24,24 -37,73 -29,28 24,00 24,24
MEF 22,30 22,20 -37,80 -31,70 22,30 22,20
MPE x Grelhas 23,8% 0,2% 44,8% 22,1% 23,8% 0,2%
Diferença
MPE x MEF 33,2% 9,5% 44,7% 28,1% 33,2% 9,5%
%
Grelhas x MEF 7,6% 9,2% 0,2% 7,6% 7,6% 9,2%
Fonte: Autor

Os valores de Momento positivo no segundo vão das tributárias 1, 2 e 3


aumentaram entre o MPE e os outros dois métodos, sendo que entre os métodos de
Grelhas e MEF também aumentaram expressivamente.

Você também pode gostar