Morgado J. 2009 Educacao Inclusiva Nas Escolas Actuais
Morgado J. 2009 Educacao Inclusiva Nas Escolas Actuais
Morgado J. 2009 Educacao Inclusiva Nas Escolas Actuais
José Morgado
Durante décadas a resposta educativa a alunos com necessidades educativas especiais assentou
em modelos de colocação educativa que informavam a ideia de integração escolar, isto é, grupos
de alunos habitualmente canalizados para escolas de educação especial passaram a frequentar a
escola regular, recorrendo a modalidades de frequência diferenciadas, dando origem ao que se
poderá considerar de escola integrativa (Rodrigues, 2001). Fundamentalmente a partir dos anos
oitenta emerge um movimento que com sucessivas actualizações definiu como eixo central da
resposta educativa a responsabilização da escola regular pela definição e operacionalização de
estratégias de capazes de acolher as diferentes necessidades educativas dos alunos (Correia &
Cabral, 1997). Este movimento, que se desenvolve em torno da emergente definição, num plano
ético e político, de um desígnio de educação para todos e na assumpção plena dos direitos da
criança, informa um dos pressupostos incontornáveis do pensamento educativo actual, a
educação inclusiva, ou seja, a organização de um sistema educativo que, respondendo às
diferenças entre os alunos, minimize até ao limite os riscos de exclusão. É sabido, que a
exclusão escolar é, frequentemente, a primeira etapa da exclusão social (Morgado, 2009).
Importa ainda sublinhar que as mudanças sociais, económicas e culturais ocorridas nos últimos
anos implicam que a característica mais presente nas actuais salas de aula seja a diversidade,
pelo que, também por isto, os princípios de educação inclusiva se consideram imprescindíveis
(Morgado, 2004).
Parece-nos no entanto de sublinhar, que a mobilização dos princípios de educação inclusiva não
se pode esgotar na colocação da criança ou jovem com Necessidades Educativas Especiais junto
dos seus pares. É fundamental que a qualidade dos processos envolvidos seja acautelada sob
pena de se gerarem equívocos e práticas fortemente comprometedoras da eficácia do trabalho
desenvolvido e com impacto negativo em alunos, pais, professores e restante comunidade
(Correia, 2008).
Neste contexto, entende-se como princípio estruturante da necessária mudança a ideia de
educação inclusiva assente no desenvolvimento da escola, com qualidade a todos os níveis e,
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sobretudo, para todos os alunos (Falvey, 1992; Putnam, 1998; Sailor et al., 1993; Sapon-Shevin,
1992; Stainback & Stainback, 1992; Thousand et al., 1994; Villa & Thousand, 1992).
De acordo com o Index for Inclusion, (Booth & Ainscow, 2002) poderemos definir inclusão nos
seguintes termos:
. A educação inclusiva envolve o processo de promoção da participação dos alunos na
cultura, currículos e actividades das suas escolas, reduzindo os riscos de exclusão.
. A educação inclusiva implica a reestruturação de culturas, políticas e práticas de forma a
responder à diversidade dos alunos em cada escola.
. A educação inclusiva considera a aprendizagem e participação de todos os alunos
vulneráveis a processos de exclusão, não se orienta apenas para os que são portadores de
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Neste quadro e de acordo com Skrtic, Sailor & Gee, (1996), uma comunidade educativa
informada pelos princípios da educação inclusiva deverá possibilitar que:
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McLaughlin & Williams (2000). Esta situação verifica-se envolvendo alunos com dificuldades
de alta incidência (Bunch & Valeo, 1997, Rea, 1997 e Walther-Thomas, 1997 cit. por Walther-
Thomas, Korinek, McLaughlin & Williams, 2000) e também alunos com dificuldades de baixa
incidência (Cole & Meiere, 1991 e McDonell, Th
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citados por Walther-Thomas, Korinek, McLaughlin & Williams, 2000).
Neste âmbito, merece uma especial referência o estudo de Rea (1997) cit. por Walther-Thomas,
Korinek, McLaughlin & Williams (2000) que comparou um significativo volume de dados
relativos ao rendimento académico de alunos com dificuldades de aprendizagem a frequentar
escolas com programas de natureza inclusiva, com alunos com características semelhantes a
frequentar programas educativos de natureza não integrada. Os dois grupos eram semelhantes
em idade, género, origem étnica, estatuto sócio-económico, nível intelectual, experiência em
programas de educação especial nos dois modelos e nível de escolarização familiar. Os alunos a
frequentar programas de natureza inclusiva atingiram maiores níveis de escolaridade, resultados
mais elevados em testes padronizados, menor absentismo e menos problemas ao nível do
comportamento e disciplina.
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especiais, mas sublinham a necessidade de que o apoio ao aos alunos com NEE seja de
qualidade.
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Este conjunto de enunciados centra nos professores e nas suas opções metodológicas a
responsabilidade do desenvolvimento de práticas de qualidade e, simultaneamente, pode
sustentar a construção de critérios promotores de ajustamentos e mudança.
Devido à multiplicidade de variáveis e factores envolvidos na análise das práticas a desenvolver
em sala de aula torna-se necessário um modelo que permita esta análise e que contenha duas
características fundamentais. Assim, com base na revisão de literatura, propomos que os
processos de funcionamento diferenciado do professor em sala de aula se possam estruturar em
seis dimensões fundamentais (Morgado, 2004):
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ização e gestão de materiais e recursos de
suporte ao processo de ensino e aprendizagem.
No sentido de sintetizar esta abordagem ao universo das práticas dos professores com o
objectivo de se promoverem mais e melhores níveis de diferenciação e, consequentemente,
aumentar a capacidade de acolhimento das diferenças dos alunos, ou seja, uma via de inclusão,
julgamos poder definir e sublinhar a existência de dois princípios estruturantes desse trabalho.
Em primeiro lugar, como já afirmámos, parece imprescindível que a intervenção decorra e
assente num modelo de avaliação e observação o mais consistente, rigoroso e adequado
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possível, única forma de se construir um conhecimento sólido do aluno e das suas necessidades
em todas as dimensões do seu funcionamento (Correia, 1997, 2008; Morgado, 2003, 2009). Em
segundo lugar, em consequência da avaliação, a intervenção terá de ser objecto de planeamento
em função de cada aluno e de cada grupo (Morgado, 1999, 2003). A análise de diferentes Planos
de Intervenção para diferentes alunos com necessidades educativas especiais mostra,
frequentemente, uma semelhança e aproximação incompatíveis com as diferenças percebidas
entre os alunos a quem se destinam esses Planos. Sem a observância rigorosa destes princípios
parece-nos claramente comprometida a possibilidade de proporcionar a cada aluno a educação
apropriada, com qualidade e num contexto inclusivo.
Um trabalho dirigido às respostas educativas adequadas às necessidades dos alunos não pode,
por razões óbvias, deixar de considerar algumas dimensões associadas aos professores,
sobretudo se entendermos que, em educação especial ou no ensino regular, o factor isolado que
mais parece influenciar a qualidade do trabalho é a presença de um professor qualificado e
motivado (CEC, 2000).
Neste sentido e tendo também presente o quadro existente em Portugal, a qualificação dos
professores, quer de ensino regular, quer de educação especial constitui uma questão central
ampliada pelo papel preponderante que a colaboração entre professores, pais e outros
profissionais assume no desenvolvimento de modelos de educação inclusiva bem sucedida
(Pugach, 1995; Villa &Thousand, 1992; York, Giangreco, Vandercook & Macdonald, 1992;
Walther-Thomas, Korinek, McLaughlin & Williams, 2000; Dyson, Howes & Roberts, 2002).
As fragilidades da formação dos professores de educação especial, bem como os modelos
políticos de gestão e organização do seu trabalho, podem constituir-se como sérios obstáculos à
eficaz colaboração com os seus colegas de ensino regular, pois a fragilidade das suas
competências profissionais provocará insegurança e, simultaneamente, desenvolverá nos
professores de ensino regular uma atitude de reserva e baixa expectativa.
Se considerarmos que o trabalho do professor de educação especial com alunos, professores,
pais/encarregados de educação e órgãos de gestão das escolas compreende áreas como:
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Embora nos últimos anos tenhamos vindo a assistir a um esforço de promoção de programas de
formação em serviço, julgamos que o seu impacto ficará aquém do desejável, provavelmente
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pelas características que informam muitos desses programas e alguma falta de regulação ao
nível dos conteúdos e modelos.
No mesmo sentido, Manson (1999) e Tomlinson (1999), citados por Holloway (2000), com base
em estudos envolvendo professores, registaram que estes explicitam a insuficiência e
desajustamento dos seus programas de formação inicial no sentido de se sentirem
adequadamente preparados para lidarem com grupos de alunos cada vez mais heterogéneos.
Parece então necessário que as universidades e escolas de formação de professores aprofundem
a qualidade e densidade dos aspectos curriculares relativos ao ensino diferenciado e que as
escolas e equipas de professores estimulem e apoiem o desenvolvimento profissional dos
docentes mobilizando, por exemplo, a cooperação e a participação reguladora de elementos
mais experientes (Holloway, 2000, Correia, 2008).
Correia, Cabral & Martins (1997), Correia, (2008) Morgado, (2009), actualizando as
perspectivas relativas à formação dos professores de educação especial defendem a introdução
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pessoal e utilização de recursos e materiais
diversificados no apoio à prática pedagógica, incluindo a utilização de novas tecnologias, para
além de conteúdos curriculares próprios às diferentes áreas possíveis de especialização.
De acordo com Stowitscheck, Cheney & Schwartz (2000), também julgamos interessante que na
formação inicial e, sobretudo, na formação em serviço, se acentuasse uma dimensão prática
recorrendo, por exemplo, à realização de estágios de curta duração em diferentes escolas sob a
orientação de professores seniores. Com o mesmo objectivo, Mccaffrey (2000), sugere o
desenvolvimento estruturado de programas de monitorização para os professores de educação
especial em início de funções.
Com o objectivo de definir uma base com maior suporte científico à sua formação e
desenvolvimento profissional e ainda de envolver os professores em programas de investigação
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parece também uma estratégia ajustada (Rudduck, 1993; Mesquita & Rodrigues, 1994).
Consideramos assim, neste contexto, enunciadas algumas questões relativas à qualificação e
desempenho dos professores cuja ponderação julgamos constituir contributos significativos para
o desenvolvimento da qualidade na resposta às necessidades dos alunos e ao desenvolvimento
de um trabalho educativo que, de facto, veicule e promova os princípios da educação inclusiva.
Em jeito de síntese conclusiva e de forma breve sublinharíamos como ideias chave deste
trabalho:
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