Monografia Sommer Final 2
Monografia Sommer Final 2
Monografia Sommer Final 2
Comissão Examinadora:
___________________________________________________________________
Dr. Georgios Pantopoulos
___________________________________________________________________
Dra. Rosália Barili
___________________________________________________________________
Dra. Renata Alvarenga Kuchle
iii
AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradeço aos meus pais, Carlos e Jussara, por todo amor,
apoio incondicional e financeiro, não só durante a graduação, mas por todo o
desenvolvimento na vida acadêmica. À minha irmã, Natália, pela companhia e apoio
em Porto Alegre.
iv
“Home is now behind you, the world is
ahead!”
v
RESUMO
vi
ABSTRACT
The discovery of the Pre-salt occurred in the Lula field, in the Santos Basin, and has
made Brazil escalate within the energy sector, in such way that Brazil has become
one of the world’s most promising oil producers. Currently Lula field is responsible for
more than half of Pre-salt oil production over the country. The large accumulations of
light oils are located in the Aptian interval of the basin, which comprises carbonate
deposits of Barra Velha Formation. Although the area has a large amount of data
collected, there are still discussions about Pre-salt tectono-stratigraphic evolution,
and there is no published evolutionary geological framework for this field. Therefore,
the aim of this work was stablish a seismic-stratigraphic framework in the Aptian
interval of Lula field, using 19 seismic lines and one exploratory well for connection.
Five seismic units (US1, US2, US3, US4 and US5) and two seismofacies (SFA and
SFB) were identified. The US1 presents a strongly controlled deposition by an
ancient topography, forming isolated depocenters in low topography. From US2 to
US4 the depositional pattern is continuous expansion of the accommodation space.
The US5 is strongly eroded at its top, making interpretation of its depositional pattern
difficult. Based on the scarce published works on the Pre-salt, the SFA is
characterized by deposits dominated by spherulites and schrubs carbonate layers
and its occurrence is dominant. The SFB is subordinate, and is characterized by the
dominance of calcimudstones, presenting stratigraphic control, occurring in only one
or two seismic units. The Pre-NeoAlagoas unconformity represents the base of the
study interval. The top is characterized by a regional unconformity which represents
temporal gap between the youngest of the units (US5) and the start of the evaporitic
deposits of the Ariri Formation.
vii
SUMARIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 17
1.1 Localização e Contexto Geológico ................................................................... 19
1.2 Justificativa ...................................................................................................... 22
1.3 Objetivos .......................................................................................................... 23
3 METODOLOGIA .................................................................................................... 37
3.1 Controle de Dados ........................................................................................... 38
3.2 Mapeamento de Topo e Base .......................................................................... 39
3.3 Linhas-Chave................................................................................................... 39
3.4 Análise Sismoestratigráfica - Terminações de refletores, Unidades Sísmicas e
Sismofácies ........................................................................................................... 40
3.5 Mapeamento Sísmoestratigráfico .................................................................... 41
3.6 Diagramas Cronoestratigráficos ...................................................................... 42
4 RESULTADOS ....................................................................................................... 43
4.1 Mapeamento do Topo e da Base ..................................................................... 43
4.2 Padrão de Refletores e Terminações .............................................................. 47
4.3 Unidades Sismoestratigráficas ........................................................................ 52
4.4 Sismofácies e Diagramas Cronoestratigráficos ............................................... 57
5 DISCUSSÃO .......................................................................................................... 64
5.1 Controle Deposicional ...................................................................................... 64
5.2 Caracterização Litológica das Sismofácies...................................................... 78
6 CONCLUSÕES ...................................................................................................... 83
REFERÊNCIAS......................................................................................................... 85
viii
LISTA DE FIGURAS
Figura 8: (A) Seção idealizada de uma seção sísmica de uma bacia rifte ideal, onde
cada trato de sistemas tectônico pode ser identificado. (B) Seção vertical
ix
idealizada do centro da bacia, interpretada conforme a expressão de mudanças
do controle tectônico no sistema deposicional. Modificado de Prosser (1993). .... 29
Figura 10: (A) Modelo estratigráfico idealizado de uma bacia rifte, incluindo os tratos
de sistemas tectônicos, as tendências deposicionais e as superfícies limítrofes.
(B) Expressão sísmica do modelo estratigráfico, acima idealizada, ilustrando as
terminações estratais e as configurações de refletores. Retirado de Kuchle e
Scherer (2010). ..................................................................................................... 32
Figura 14: A disposição do poço e linhas sísmicas utilizadas, detalhe em azul para
as linhas DIP 1659, DIP 0575, DIP 1691 e STRIKE 0900 que serviram para
análise sismoestratigráfica. ................................................................................... 37
Figura 16: Linha sísmica DIP 0575 com superfície de Topo (azul) que separa o
intervalo de estudo do sinal caótico do sal. Superfície de base (vermelho) que
x
separa o padrão divergente do rifte do padrão sub-paralelo da fase sag. Todas as
linhas-chave DIP 0575, DIP 1659 e DIP 1691, seguem o padrão de cores. ......... 44
Figura 17: (A) Mapa da superfície de topo, mostrando que a deposição foi maior na
zona central da área de estudo. (B) Mapa da superfície de base na área de
estudo, mostrando depocentros nas regiões oeste e nordeste, e alto estrutural à
sudeste, com orientação SW-NE. ......................................................................... 45
Figura 19: (A) Linha sísmica DIP 0575 não interpretada. (B) Linha sísmica DIP 0575
com interpretação completa dos refletores e suas terminações (donwlap/onlap em
verde e toplap/truncamento erosivo em lilás). ....................................................... 49
Figura 20: (A) Linha sísmica DIP 1659 não interpretada. (B) Linha sísmica DIP 1659
com interpretação completa dos refletores e suas terminações (donwlap/onlap em
verde e toplap/truncamento erosivo em lilás). ....................................................... 50
Figura 21: (A) Linha sísmica DIP 1691 não interpretada. (B) Linha sísmica DIP 1691
com interpretação completa dos refletores e suas terminações da (downlap/onlap
em verde e toplap/truncamento erosivo em lilás). ................................................. 51
Figura 23: Seção DIP da linha 0575 com interpretação das unidades
sismoestratigráficas, nomeadas de um a cinco e separadas pelas superfícies
estratigráficas. Linha preta marca conexão com a seção strike. ........................... 55
xi
Figura 24: Seção DIP da linha 1659 com interpretação das unidades
sismoestratigráficas, nomeadas de um a cinco e separadas pelas superfícies
estratigráficas. Linhas pretas marcam conexões com a seção 0575 e strike. ...... 55
Figura 25: Seção DIP da linha 1691 com interpretação das unidades
sismoestratigráficas, nomeadas de um a cinco e separadas pelas superfícies
estratigráficas. ....................................................................................................... 56
Figura 26: Seção STRIKE da linha 0900 com interpretação das unidades
sismoestratigráficas, nomeadas de um a cinco e separadas pelas superfícies
estratigráficas. As conexões com as linhas-chave estão identificadas pelas linhas
pretas. ................................................................................................................... 56
Figura 27: (A) Seção sísmica da linha DIP 0575 com interpretação completa das
sismofácies e sua relação com as unidades sísmicas e conexão com o Poço A.
(B) Diagrama cronoestratigráfico para a linha sísmica 0575, mostrando o início da
deposição da US1 até o final na US5. Também ocorre uma erosão que destruiu
grande parte da US5 e o topo da US4. ................................................................. 60
Figura 28: (A) Seção sísmica da linha DIP 1659 com interpretação completa das
sismofácies e sua relação com as unidades. (B) Diagrama cronoestratigráfico
para a linha sísmica 1659, mostrando o início da deposição da US1 até o final na
US5. Também ocorre uma erosão que destruiu grande parte da US5 e o topo da
US4. ...................................................................................................................... 61
Figura 29: (A) Seção sísmica da linha DIP 1691 com interpretação completa das
sismofácies e sua relação com as unidades. (B) Diagrama cronoestratigráfico
para a linha sísmica 1691, mostrando o início da deposição da US2 até o final na
US5. Também ocorre uma erosão que destruiu grande parte da US5, o topo da
US4 e US3. ........................................................................................................... 62
Figura 30: (A) Seção sísmica da linha STRIKE 0900 com interpretação completa
das sismofácies e sua relação com as unidades sísmicas e conexão com as
linhas-chave. (B) Diagrama cronoestratigráfico para a linha sísmica 0575,
mostrando o início da deposição da US2 até o final na US5. Também ocorre uma
erosão que destruiu grande parte da US5, o topo da US4 e US3......................... 63
xii
Figura 31: (A) Mapa da superfície de topo da US1, com as regiões mais profundas
situadas a oeste e nordeste. (B) Imagem 3D da superfície de topo da US1,
mostrando que a unidade ocorre de forma isolada na área de estudo. EV.: 7,5x. 67
Figura 32: Mapa da superfície de Topo da US2, com as regiões mais elevadas
próximas ao alto estrutural à sudeste e as mais baixas nas regiões oeste e
nordeste. (B) Imagem 3D da superfície de topo da US2, mostrando uma
ocorrência por grande parte da área de estudo. EV.: 7,5x. ................................... 68
Figura 33: Mapa da superfície de Topo da US3, com as regiões mais elevadas na
região central e próximas ao alto estrutural à sudeste, com as mais baixas na
região oeste. (B) Imagem 3D da superfície de topo da US3, mostrando uma
ocorrência por grande parte da área de estudo. EV.: 7,5x. ................................... 69
Figura 34: Mapa da superfície de Topo da US4, com as regiões mais elevadas
próximas ao alto estrutural à sudeste e as mais baixas nas regiões oeste e
nordeste. (B) Imagem 3D da superfície de topo da US2, mostrando uma
ocorrência por grande parte da área de estudo sendo a primeira que ultrapassou
o alto estrutural à sudeste. EV.: 7,5x. ................................................................... 70
Figura 35: Mapa da superfície de Topo da US5, com a região nordeste menos
elevada. (B) Imagem 3D da superfície de topo da US5, mostrando uma ocorrência
limitada na área de estudo devido à erosão que destruiu a unidade nas regiões
leste e oeste. EV.: 7,5x. ........................................................................................ 71
Figura 37: Mapa de isópaca da US1, mostrando valores que variam de 30 ms a 180
ms. O principal depocentro localiza-se na região centro-leste. ............................. 73
Figura 38: Mapa de isópaca da US2, mostrando valores que variam de 40 ms a 380
ms. O principal depocentro localiza-se na região central. ..................................... 74
xiii
Figura 39: Mapa de isópaca da US3, com valores variando de 45 ms a 340, sem
apresentar depocentros bem definidos. ................................................................ 75
Figura 42: (A) Seção sísmica da linha DIP 0575 com detalhe para a região do Poço
A, mostrando a predominância de SFA. (B) Descrição das amostras de calha do
Poço A no intervalo de estudo, com predomínio de carbonatos. (C) Descrição das
sismofácies identificadas no trabalho. (D) Fácies descritas por Wright e Barnett
(2015) para os carbonatos do intervalo de estudo e utilizados para conexão com
as sismofácies....................................................................................................... 80
xiv
LISTA DE TABELAS
xv
LISTA DE ABREVIATURAS
ms – Milissegundos
Fm - Formação
SF – Sismofácies
US – Unidade Sísmica
km – Quilômetros
Ma – Milhões de anos
EV – Exagero Vertical
xvi
1 INTRODUÇÃO
Figura 1: Seção-tipo interpretada do Pré-sal na Bacia de Santos. Linha vermelha mostra a localização
do prospecto Tupi no Campo de Lula. Compreende o primeiro esforço exploratório com enfoque no
Pré-sal em águas profundas, em 2006. Fonte: Petrobrás.
Figura 3: Distribuição da produção de setembro por campo na seção Pré-sal. Observa-se o relevante
protagonismo de Lula na atual produção de petróleo do Brasil. Fonte: ANP/SDP/SIGEP, 2019.
Figura 4: Mapa de localização da área de estudo. A) o Brasil e suas bacias costeiras, com detalhe
para a Bacia de Santos. B) a posição da área de estudo e do campo de Lula na Bacia de Santos.
1.2 Justificativa
Desta forma, o intervalo de estudo apresenta-se como uma das áreas mais
importantes para a produção de petróleo no Brasil, e dada à estratégica e sensível
confidencialidade dos dados e interpretações geradas nas empresas
concessionárias, são poucas as publicações acadêmicas que apresentem modelos
geológicos e evolutivos, principalmente com enfoque sismoestratigráfico.
1.3 Objetivos
As bacias do tipo rifte são controladas por uma variedade de fatores tectônicos,
climáticos, magmáticos e sedimentares, as quais possuem assinaturas distintas em
sua preservação (Bosence et al., 1998). Existem quatro modelos geotectônicos de
evolução dessas bacias: cisalhamento puro, cisalhamento simples, deformação
heterogênea, e rifte dominado por pluma mantélica (Figura 6). Os três primeiros
modelos apresentam magmatismo como produto do estiramento crustal, sendo
considerados riftes passivos, enquanto o último modelo apresenta o estiramento
crustal como produto de uma pluma e magmatismo, sendo considerados riftes
ativos.
Figura 6: Modelo ilustrativo dos diferentes modelos de rifte. Modificado de Bosence (1998).
O modelo de rifte dominado por pluma mantélica (Braun and Beamount, 1989)
propõe que a anomalia térmica na região seja gerado por plumas astenosféricas,
causando descompressão e a fusão crustal (Figura 6-D). A subsidência térmica
neste caso não será tão predominante quanto nos modelos anteriores, devido aos
efeitos residuais termais do magmatismo (Bosence, 1998).
De acordo com Allen & Allen (2005), nas bacias sag intracratônicas a
subsidência ocorre por contração termal da litosfera devido à interrupção da fonte de
calor, enquanto nas bacias rifte a subsidência mecânica é controlada pelas tensões
trativas que excedem a força da rocha, causando falhamentos em arranjo
extensional. Por outro lado, Nichols (2009) define bacias sag intracratônicas como
depressões relacionadas à ampla subsidência da crosta, tendendo a ser extensas
em área e rasas em profundidade. O autor cita dois mecanismos para geração
desse tipo de bacia: 1) subsidência térmica causada por irregularidades na
distribuição de temperatura do manto, normalmente associadas às porções crustais
resfriadas, e 2) flambagem litosférica com grande comprimento de onda.
.
Figura 9: Modelo ilustrativo das superfícies e estratos da fase rifte. Modificado de Bosence (1998).
2.4 Sismoestratigrafia
Figura 11: Padrões de terminação de refletores de limite superior (truncamento erosivo, toplap e
concordante) e inferior (onlap, downlap e concordante) de uma sequência sísmica/sequência
deposicional. Modificado de Michum e Vail (1977).
Figura 12: Tipos de geometria interna de sismofácies, dados em configurações paralela, caótica,
transparente, divergente, progradante, hummocky, lenticular, segmentada e contorcida. Modificado de
Mitchum e Vail (1977).
Figura 13: Padrões de geometria externa de sismofácies (lençol, lençol ondulado, cunha, banco e
lenticular), seus tipos de preenchimento (em canal, de bacia e de talude) e de montiformas
(generalizada e leque). Modificado de Mitchum e Vail (1977).
Figura 14: A disposição do poço e linhas sísmicas utilizadas, detalhe em azul para as linhas DIP
1659, DIP 0575, DIP 1691 e STRIKE 0900 que serviram para análise sismoestratigráfica.
Tabela 1: Lista de linhas sísmicas utilizadas no trabalho. São 19 linhas, sendo 16 DIP e 3 STRIKE,
além de 4 linhas-chave
Linhas
Linhas-Chave
Sísmicas
Dip 0575 Dip 1647
Dip 1659 Dip 1651
Dip 1691 Dip 1655
Strike 0900 Dip 1663
Dip 1667
Dip 1671
Dip 1675
Dip 1679
Dip 1683
3.3 Linhas-Chave
Figura 16: Linha sísmica DIP 0575 com superfície de Topo (azul) que separa o intervalo de estudo do
sinal caótico do sal. Superfície de base (vermelho) que separa o padrão divergente do rifte do padrão
sub-paralelo da fase sag. Todas as linhas-chave DIP 0575, DIP 1659 e DIP 1691, seguem o padrão
de cores.
Nesta linha (Figura 21-A) os refletores são contínuos e com pouca variação
lateral na continuidade e, por isso, são facilmente rastreáveis. A amplitude é
bastante variável com o predomínio dos valores baixos em relação aos altos. A
porção SSE apresenta refletores com pouca continuidade lateral, baixa
rastreabilidade e localmente alta amplitude.
Figura 22: Arcabouço Estratigráfico do intervalo de estudo. A base está em vermelho, azul fraco
sapara as US1 e US2, verde separa as US2 e US3, amarelo separa as US3 e US4, laranja separa as
US4 e US5, o topo do intervalo de estudo está em azul. Estas cores são as mesmas das superfícies
estratigráficas identificadas nas linhas 0575, 1659,1691 e 0900.
Na linha sísmica 0575 (Figura 23) a deposição da US1 ocorreu nas porções
basais mais isoladas, principalmente na região noroeste. A US1 foi recoberta
totalmente pela US2, que ocorre em grande parte da área, iniciando a NW e tendo
seu limite na região SE. A US3 apresenta-se de forma muito semelhante US2, pois
também recobre grande parte da área, com exceção da região sudeste. A US4
abrange toda a extensão, sendo a única unidade sísmica que ultrapassa a barreira
da região sudeste, local em que está em contato basal erosivo com a US3. A
unidade sismoestratigráfica mais recente, US5, ocorre apenas na região
central/sudeste. Estima-se que a US5 tenha se depositado em toda a área sendo
posteriormente erodida, devido às terminações erosivas mapeadas nas bordas,
também presentes no topo da US4.
Na linha sísmica DIP 1691 (Figura 25) a deposição começa com a US2,
predominantemente no lado NNW, mas também numa região isolada a SSE. A US3
ocorre praticamente na mesma área da US2, também com uma deposição isolada
na região SSE. A unidade que recobre a maior área é a US4, não ocorrendo em
toda extensão devido à erosão na borda SSE. A US5 apresenta também apresenta
Figura 24: Seção DIP da linha 1659 com interpretação das unidades sismoestratigráficas, nomeadas de um a cinco e separadas pelas superfícies estratigráficas. Linhas pretas marcam conexões com a seção 0575 e strike.
Figura 26: Seção STRIKE da linha 0900 com interpretação das unidades sismoestratigráficas, nomeadas de um a cinco e separadas pelas superfícies estratigráficas. As conexões com as linhas-chave estão identificadas pelas linhas
pretas.
SF Exemplo Descrição
Figura 36: Modelo deposicional conceitual do intervalo de estudo, mostrando a deposição gradual e
contínua das unidades sísmicas preenchendo primeiros os baixos estruturais e depois o alto
estrutural à sudeste. A seção rifte compreende à Fm. Itapema, enquanto a Fm. Barra Velha o
intervalo de estudo e a Fm. Ariri os evaporitos que recobrem o intervalo de estudo.
Figura 37: Mapa de isópaca da US1, mostrando valores que variam de 30 ms a 180 ms. O principal
depocentro localiza-se na região centro-leste.
Figura 38: Mapa de isópaca da US2, mostrando valores que variam de 40 ms a 380 ms. O principal
depocentro localiza-se na região central.
Figura 39: Mapa de isópaca da US3, com valores variando de 45 ms a 340, sem apresentar
depocentros bem definidos.
Figura 40: Mapa de isópaca da US4, com valores variando de 30 ms a 320 ms em depocentros
isolados na região nordeste.
Figura 41: Mapa de isópaca da US5, com valores variando de 30 ms a 300 ms em depocentro
localizado na região nordeste.
Figura 42: (A) Seção sísmica da linha DIP 0575 com detalhe para a região do Poço A, mostrando a
predominância de SFA. (B) Descrição das amostras de calha do Poço A no intervalo de estudo, com
Figura 43: Exemplos de textura das sismofácies A e sismofácies B para o intervalo de estudo.
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