Patologias em Pavimento Flexível
Patologias em Pavimento Flexível
Patologias em Pavimento Flexível
RESUMO
O Brasil possui uma extensa malha viária de importância econômica e social suscetível às
ações da natureza e do tráfego pesado que aceleram sua degradação. O presente trabalho
faz uma revisão das patologias características do pavimento flexível, classificadas de
acordo com os defeitos funcionais e estruturais, e identifica suas possíveis causas. Essas
informações contribuem para o avanço do conhecimento nessa área, e a tomada de
decisões relacionadas à infraestrutura de estradas.
ABSTRACT
Brazil has an extensive road mesh of economic and social importance, susceptible to actions of
nature and heavy traffic, which accelerate its degradation. The present work reviews the
pathologies characteristics of flexible pavement, classified according to functional and
structural defects, and identifies its possible causes. This information contributes to the
advancement of knowledge in this area, and the decision making related to the infrastructure of
roads.
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trafegável, permitindo seu melhor funcionamento.
2. DESENVOLVIMENTO
Este estudo desenvolveu-se por meio de revisão bibliográfica, realizada entre maio de
2018 a agosto de 2018, por meio de pesquisas em livros, manuais, materiais digitais
disponíveis em sites de instituições governamentais e artigos científicos encontrados no banco
de dados. Os resultados obtidos são representados a seguir.
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2.3 Patologias do Pavimento Flexível
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redução da macro textura. Sua forma é brilhosa e isso se deve pelo excesso de ligante
betuminoso, (conforme mostra a Figura 3). Para solucionar esse tipo de patologia, o
procedimento seria fresar o trilho de roda e recompor o material (CBUQ) e analisar o teor
de CAP (Cimento Asfáltico de Petróleo).
Figura 3 – Ilustração da exsudação na parte lateral (a) e central (b) da rodovia, e detalhes (c).
Fonte: (a) Bernucci et al.(2006); (b) Pinto (2003); (c) Silva (2008).
2.3.3 Desgaste
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O desgaste está associado ao tráfego e ao intemperismo e é resultante da
deficiência na ligação entre os componentes das misturas betuminosas ou à sua má
formulação, da utilização de materiais não apropriados e de erros na construção, como
má compactação e problemas na execução da base. Segundo Bernucci et al. (2006), em
situações onde há um avançado estágio de desgaste da superfície, ocorre a extração
gradativa dos agregados, consequência da ação abrasiva do tráfego, conferindo uma
aspereza superficial (conforme demonstra a Figura 5). Para sanar esse tipo de patologia,
é preciso aplicar uma camada de micro revestimento asfáltico (camada fina de recape),
aumentando assim a vida útil do pavimento e deixando-o novo. Esse micro revestimento
é aplicado a frio, composto de pó de pedra, emulsão de Ruptura Controlada (RC) 1C ou
2C, cal para dar elasticidade e água. Em lugares onde o clima é frio, Santa Catarina, por
exemplo, utiliza-se nessa fórmula o concreto, cuja finalidade é promover uma cura mais
rápida.
Figura 5 – Degradação da camada por desgaste (a), desagregação de agregado (b), deslocamento e perda
de agregado (c) e polimento de agregado(d).
Fonte: Bernucci et al.(2006).
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novamente deve-se fresar a área e fazer a recomposição da camada de rolamento. Se
houver presença de defeito no asfalto (Borrachudo) significa que a base foi afetada,
portanto só fresar e recompor o pavimento não adiantará, sendo necessário abrir uma
caixa, e refazer a base do local afetado e sequencialmente recompor a camada de
rolamento para que o problema seja resolvido corretamente.
As fendas do tipo couro de jacaré são aquelas caracterizadas por uma série de
fendas longitudinais paralelas. Segundo Silva (2008), elas representam o estágio
avançado de fadiga. Inicialmente apresentam-se de forma isolada e, à medida que
progridem com o tempo, interligam-se e ficam com o aspecto de pele de crocodilo, como
na Figura 7.
Figura 8 – Esquema da trinca de bloco (a), sem erosão (b) e interligada tipo bloco (c).
Fontes: Bernucci et al (2006); DNIT (2003); DNIT (2006).
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2.3.5.3 Trincas longitudinais
Figura 9 – Esquema de trinca longitudinal (a) e sua imagem real (b) e (c).
Fontes: Bernucci et al. (2006); DNIT (2003); DNIT (2006).
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Figura 12 – Panelas/covas com poça de água (a), na lateral da rodovia (b) e no centro da rodovia (c)
Fontes: Pinto (2003); Silva (2008).
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2.4. Discussão dos resultados
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evitem a geração de novos defeitos, ou uso desapropriado de materiais,
congestionamentos ou paralisação no tráfego entre outros, tendo como resultado vias
sempre em conformidade com a segurança e a durabilidade.
3. CONCLUSÃO
4. REFERÊNCIAS
BALBO, J. T. Construção e Pavimentação. São Paulo/SP, USP – Curso de Engenharia Civil, Notas de aula,
Jun/2017,21p.
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BERNUCCI, L. B.; MOTTA, L. M. G.; CERATTI, J. A. P.; SOARES, J. B. Pavimentação asfáltica: formação
básica para engenheiros. 3. ed. Rio de Janeiro: PETROBRÁS, 2006. 495p.
BRASIL. Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte. DNIT 005/2003 – TER: Defeitos nos
pavimentos flexíveis e semirrígidos – Terminologia. Rio de Janeiro, 2003.
FALEIROS, L. M. Estradas: pavimento. Franca/SP, USP – Curso de Engenharia Civil, Notas de aula, Jul/2005,
39p. HASNI, H. et al.A self-powered surface sensing approach for detection of bottom-upcracking in asphalt
concrete pavements: theoretical/numericalmodeling. Construction and BuildingMaterials, v.144, p.728-74.
LEE, K.-W.W.; WILSON, K.; HASSAN, S. A. Prediction of performance and evaluation of flexible
pavement rehabilitation strategies. Journal of Traffic and Transportation Engineering (English Edition),
2017. v. 4, n. 2, p. 178-184.
SILVA, P. F. A. Manual de patologia e manutenção de pavimentos. 2. ed. São Paulo: Pini, 2008. 128 p.
SOLANKI, P.; ZAMAN, M. Design of semi-rigid type of flexible pavements. International Journal of
Pavement Research and Technology, 2017.v. 10, p. 99-111.
WOO, S.; YEO, H. Optimization of Pavement Inspection Schedule with Tra ffic Demand Prediction.
Procedia – Social and Behaviora l Sciences, 2016. v. 218, p. 95-103.
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