Relatório de Estágio João

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FACULDADE DE TECNOLOGIA DE VALENÇA

VÍTOR AFONSO DOS SANTOS

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR


SUPERVISIONADO EM BIOMEDICINA

VALENÇA-BA
2019
VÍTOR AFONSO DOS SANTOS

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR


SUPERVISIONADO EM BIOMEDICINA

Relatório de Estágio Curricular Supervisionado I apresentado à


Faculdade de Tecnologia de Valença (FACTIVA), do Curso de
Biomedicina, desenvolvido sob a Supervisão do Prof. Biomédico João
Paulo dos Santos Oliveira

Valença-Ba
2019
SUMÁRIO

1-Introdução

2-Contextualização Da Instituição

3-Objetivos E planos De Atividades

4-Atividades Desenvolvidas

5-Considerações Finais

6-Referências
INTRODUÇÃO

O estágio supervisionado é um período do curso, na qual, o aluno começa a desenvolver na prática, tudo o
que aprendeu com as experiências vividas em sala de aula. Normalmente, o seu início ocorre nos dois
últimos períodos da faculdade. Para a realização do estágio, é necessário seguir algumas normas pré
estabelecidas pela instituição de ensino. Dentre elas, estão: Documentos pessoais, cartão de vacina, que
deverá está totalmente atualizada, para evitar possíveis aparecimentos de doenças que possam vir a
aparecer dentro do laboratório.
A sua duração é em torno de um ano, pois é dividido em dois estágios, onde cada aluno deve atingir uma
carga horária pré-estabelecida pela faculdade, afim de obter licença para poder exercer as atividades
propostas no final do estágio, através de uma carteirinha que é obtida através do conselho que é
responsável por reger o curso.
Com Auxílio de profissionais, cada aluno tem a experiência de vivenciar, no laboratório, o dia-a-dia de
exames. Muitas vezes, em contato com o paciente, que será alvo de uma investigação minuciosa, o
supervisionado tem a função de exercer todas as atividades atribuídas à sua profissão, como por exemplo:
Dosar os níveis de colesterol, hormônios, verificar presença de parasitas e bactérias através dos exames de
urina e fezes, afim de dar um diagnóstico preciso e confiável, que não só lhe dará uma confiança pessoal,
como também, uma confiança profissional, perante aos pacientes e as suas necessidades.
O estágio supervisionado acontece tanto em laboratórios particulares, como em laboratórios públicos,
respeitando o ritmo de ambos, afim de que o estagiário possa adaptar-se aos diferentes tipos de rotinas,
muitas vezes encontrando-se em situações de emergências, nas quais, são necessários aos estagiários, uma
postura adequada frente ao problema encontrado e a sua forma de resolução, que exige coragem,
disciplina, humildade.
O Estágio tem como objetivo avaliar as atividades desenvolvidas no laboratório de análises clínicas,
válidos pelo penúltimo semestre do curso de Biomedicina da faculdade De Tecnologia De Valença-
Factiva. A forma de avaliação é feita através dos professores, com critérios pré- estabelecidos, como:
Pontualidade, assiduidade, responsabilidade com as atividades propostas, afim de formar profissionais
completos, competentes e capacitados para realizar o que é exigido na biomedicina deixando-os prontos
para o mercado de trabalho.
Para isso, cabe ao estagiário, uma postura com atenção, disciplina, persistência, frente as diversas
atividades propostas, atenção com os exames dos pacientes, para evitar qualquer tipo de erros, que podem
ser fatais e prejudiciais.
2-CONTEXTUALIZAÇÃO

O Estágio Iniciou-se no dia 04 de Setembro de 2019 no laboratório de Análises Clínicas Mais Vida. O
Laboratório encontra-se na Rua Conselheiro Ferraz, N° 26, Centro da Cidade de Valença-Ba,
Administrada pelo Biomédico João Paulo Oliveira Graduado em Biomedicina, Especialista em
Biomedicina Estética. Em Termos estruturais, o laboratório de análises clínicas Mais Vida apresentam
áreas como: Bioquímica, Uroanálise, Hematologia.
O Laboratório Mais Vida, tem por característica, um espaço totalmente confortável para a realização das
atividades, bancadas para os reagentes, máquinas para realização de exames bioquímicos, hematológicos
e de uroanálise. Além disso, o laboratório conta com um ambiente totalmente climatizado, que facilitam
as atividades. Os reagentes são substâncias, que, para obter-se total confiança na realização do exame,
precisam estar em uma certa temperatura, para que não haja a desnaturação, consequentemente, a perda
do produto. Para isso, o laboratório Mais Vida, conta com geladeiras, totalmente refrigerados, para manter
os reagentes válidos para serem usados quando for preciso.
Cada área realizada exige uma supervisão do profissional, pois serve para orientação e aprendizado, no
qual o estagiário deverá levar para toda vida acadêmica. Sendo assim, é necessário vivenciar essa
experiência todos os dias, para que futuramente, o aluno possa desenvolver por conta própria, as
atividades e pesquisas, para reter o máximo de informações. Ao longo destes oito semestres, diversas
disciplinas complementaram de forma teórica, as atividades desenvolvidas no laboratório, e sua
importância para o aprendizado do aluno, relacionando a teoria e a prática, para que o aluno possa ver de
forma ampla.
Por este motivo, a faculdade deverá oferecer ao aluno todo um suporte, para que possa encarar o estágio
como um processo natural para seu crescimento, seja ele, pessoal, profissional. Uma das características
que explicam esse processo, se dar pelo fato do aluno ter contato com profissionais experientes, que
passarão todos os ensinamentos necessários para realizar as atividades com segurança e confiança.
3- OBJETIVOS E PLANOS DE ATIVIDADES

OBJETIVO GERAL:
Preparar os discentes do curso para a entrada no mercado de trabalho, através dos ambientes de
aprendizado, mediante avaliação e acompanhamento pedagógico supervisionado por um profissional da
área. O estágio, também induzirá o discente abrir a mente quanto ao empreendedorismo, para desenvolver
novas habilidades, levando-o a possibilidade de crescimento.

OBJETIVO ESPECÍFICO:
Levar o discente a ter conhecimento em todas as áreas, e que consiga desenvolver as atividades propostas
com segurança e responsabilidade. Além disso, o discente deverá ter uma postura exemplar, zelando pela
segurança, condições de higiene dentro do laboratório. Para isso, cabe ao estudante obter uma maior
segurança nos procedimentos, pois a falta da mesma, pode leva-lo a cometer equívocos com os exames,
consequentemente, levando-o a um diagnóstico equivocado.
4-ATIVIDADES EXERCIDAS:

As Atividades baseiam-se em rotinas laboratoriais de acordo com as necessidades humanas, como:


Hemograma, Urianálise, Bioquímica. Os planos de atividades se intercalam durante a semana, a depender
dos exames que venham do laboratório de apoio.
O laboratório de apoio é um local que serve para auxiliar o laboratório central, na demanda dos exames
que o laboratório central, não consegue suprir. Dessa forma, o laboratório diversifica os exames, além de
expandir sua atuação no setor de análises clínicas.
As rotinas laboratoriais fazem parte de toda vivência do futuro profissional, pois é através delas, que o ele
pode, e deve desenvolver um plano de execução com os materiais biológicos, além de desenvolver na
prática, todas as atividades solicitadas.
HEMOGRAMA
O Sangue é um constituinte líquido que flui pelo sistema circulatório, formado pela medula óssea, que
tem a função de transportar oxigênio e nutrientes para o organismo. Formado por água, que corresponde a
90% do corpo, uma parte líquida chamada plasma, que constitui 55% do corpo, suas principais células são
divididas em três grupos: Glóbulos Brancos, Glóbulos vermelhos e plaquetas. Além disso, o sangue é o
principal exame que ajuda a identificar infecções, sejam eles causados por vírus, bactérias, aumentando
sua importância a nível clínico. O principal exame é o hemograma, que consiste na retirada de elementos
sanguíneos do paciente para análise. O volume normal de um adulto saudável é de 5 litros, variando de
acordo com o peso. Para a realização do exame de sangue são necessários os seguintes procedimentos:
 Conferir se todos os materiais estão disponíveis
 Higiene das mãos
 Organização dos materiais conforme a ordem de uso
 Explicar para o paciente como será feito a realização da coleta
 Confirmação com o paciente sobre os dados colando as etiquetas correspondentes nos tubos
 Colocar a luva, mostrando ao paciente a agulha e a seringa nas embalagens, antes de abrir
 Fazer a punção venosa pelo braço a fim de identificar a melhor posição para retirar o sangue
 Fazer assepsia do local, usando um garrote no braço do paciente pedindo que feche a mão
 O profissional deverá pedir ao paciente para abrir e fechar a mão consecutivamente para o sangue
fluir pelo braço
 Com a agulha prestes a ser colocada no tubo, o profissional deverá retirar o ar da seringa para
evitar embolia gasosa
 Feito isso é feita a coleta da quantidade de sangue necessário para a realização dos exames
solicitados
 Após esse processo, a agulha é retirada, e o paciente deverá realizar uma espécie de pressão por
aproximadamente 3 minutos.
 Por fim a agulha deverá ser descartada no local apropriado para descarte
Possíveis Alterações:
 Algumas alterações podem ocorrer no exame por conta de alguns fatores que podem fazer falta na
hora da coleta, por exemplo:
 Jejum: O jejum é indicado no exame de sangue para alguns grupos de pessoas, com os seguintes
exames: Diabetes, colesterol, pacientes para perfil lipídico, Glicose, Dosagem de uréia e
creatinina, Tgo e Tgp, pois se o paciente não obedecer ao jejum, os exames citados poderão
mascarar os resultados, por conta da camada de gordura que se formará no sangue, impedindo a
detecção destas dosagens e células.

MAQUINA DE HEMOGRAMA
MATERIAIS E MÉTODOS:
 Tubo com Sangue total etiquetada com o código e nome do paciente
Métodos:
1- Deve-se Homogeneizar o tubo de hemograma levemente evitando hemólise
2- Já com o tubo aberto, deve-se colocar o código do paciente
3- Após esse processo descerá do equipamento uma agulha que irá emergir um fragmento de célula
sanguínea do tubo, recolhendo-a para realizar a contagem
4- Por fim, a máquina dará o resultado da quantidade de cada célula existente no sangue
Depois que a contagem é feita, é necessário a confirmação no microscópio, onde será realizado outra
contagem das células, identificando por campo, um total de cem células que dará uma noção de quantas
células sanguíneas existem espalhadas por toda a lâmina.

Possíveis Alterações: Na hora da contagem, poderão ocorrer alguns erros que podem mascarar o
resultado, por exemplo:
 Formação de coágulos,
 Retirada insuficiente de fragmentos sanguíneos
 Máquina não está com os reagentes em dia
 Nível baixo de reagente.

Quando o exame deve ser solicitado:


Em casos de Anemias
 Policitemia
 Infecções
 Inflamações

Aspectos Relevantes do exame:
 Níveis de Hemoglobina
 Níveis de Hematócritos
 Níveis de Plaquetas
 Níveis de Hemácias
 Níveis de Leucócitos

Hemoglobina:
A Hemoglobina é uma metaloproteína que contém ferro, responsável pela pigmentação das hemácias e
permite o transporte de oxigénio pelo sistema circulatório. Em valores baixos, representam um quadro de
anemia no paciente, significando que não há oxigenação adequada na hemácia, em consequência da falta
de ferro, presente em alimentos como: Feijão, leite e derivados, Vitaminas, principalmente a B12,
proteínas, zinco. (Vr: M: 12 á 16 g/dl H: 14 à 18 g/dl)
Hematócrito:
Hematócrito é o percentual de volume ocupada pelas hemácias no volume total do sangue, que quando
abaixo, pode indicar uma diminuição da quantidade de hemácias, quando o valor está alto, pode indicar
uma desidratação, indicando que há pouco líquido no sangue. (Vr: M:35 á 45%; H: 40 à 50%)

Plaquetas:
As plaquetas são células percussoras da medula óssea, conhecidas como trombócitos, responsáveis pela
coagulação sanguínea. Sua atenção precisa ser maior em casos de problema de coagulação. Por exemplo,
quando o indivíduo sofre uma lesão nos vasos, através de um corte, por exemplo, as plaquetas migram
para o local funcionando como um tampão que tem a função de impedir o extravasamento sanguíneo para
o meio extracelular. Quando o resultado está elevado, pode significar algumas condições, como:
(VR: 150.000 à 350.000)
 Uso de Corticóides
 Inflamações
 Anemias
 Câncer
 Mielofibrose
Em Casos de plaquetas baixas podem significar produção insuficiente, podendo causar:
 Anemia Aplástica
 Cirrose Hepática
 Deficiência de Vitamina B9
 Infecções da medula óssea
 Quimioterapia
 Radioterapia
Leucócitos
Os leucócitos conferem ao organismo humano o papel de defesa celular contra vírus, bactérias, alergias,
resfriados, sendo importante para serem transportadas na corrente sanguínea na presença de vírus,
bactérias, parasitas, com a função de eliminá-las do organismo. Quando o organismo é atacado, os
leucócitos reconhecem, imobilizam, atacam fagocitam e destroem os agentes patogênicos.
Sua quantidade no organismo humano varia entre 5 e 10 mil por mm³ de sangue, possuindo formas e
tamanhos variados, tendo uma vida curta. Produzidos na medula óssea, os glóbulos brancos amadurecem
no interior dos glânglios linfáticos, baço e Timo, células precursoras da formação de células sanguíneas.
Sua variação constante, sejam elas, para mais ou para menos, podem representar para vida do indivíduo
alguma deficiência, consequentemente, o aparecimento de patologias, ou condições fisiológicas do
indivíduo, ligadas a alta quantidade de leucócitos, como por exemplo:
 Leucemias
 Infecções
Quanto a sua especificidade, os leucócitos podem se defender de vários tipos de patógenos, como: Vírus,
Bactérias, Parasitas, tendo cada célula responsável por aumentar a quantidade de glóbulos brancos no
momento da defesa celular, como por exemplo:

-Linfócitos: (Vr: 20 à 30 mm³)

Os linfócitos são células de defesa do sistema imunológico responsáveis por defender o organismo e por
vezes podem se auto atacar, como em casos de doenças autoimunes. Elas são subdivididas em: Linfócitos
B, Linfócitos T. A diferença é a forma como cada linfócito atua para combater infecções, os linfócitos B
são as células produzidas na medula óssea e são responsáveis por produzir anticorpos contra corpos
estranhos que venham penetrar na superfície das células. Seu percentual no organismo, varia de 20 a 30%,
podendo variar de acordo a saúde do paciente. Com formato esférico, eles possuem grandes núcleos, com
grumos em seu interior, justificando sua coloração de maneira intensa, com o citoplasma pobre em
organelas. Seu diâmetro é variável, entre 6 e 10 micrômetros, possuindo um citoplasma escasso, com
formação de um anel em volta do seu núcleo, e uma quantidade moderada de ribossomos livres.Em níveis
molecular e imunológicos, os linfócitos podem ser classificados em três grupos que são:

 Linfócitos B
 Linfócitos T
 Células NK
Os Linfócitos B representam cerca de 5 à 10% dos linfócitos do sangue, que quando são estimuladas por
antígenos, se diferenciam em plasmócitos, na medula óssea, iniciando a produção de anticorpos e por fim
maturando-se no baço. Apresentam um citoplasma característico, rico em retículo endoplasmático e
complexo de Golgi.
Os Linfócitos T representam cerca de 65 à 75% dos linfócitos, originado na medula óssea, assim como os
linfócitos B, porém o que irá diferencia-los, é que os linfócitos B se originam na medula e acabam se
maturando no baço, sendo um importante órgão na produção de sangue no organismo. Enquanto que os
linfócitos T migram para o timo, diferenciando-se em diferentes tipos de células, sendo as principais:
 Célula T- Helper
 Célula T-Supressora
 Célula T- Citotóxica

Célula T- Helper:
 São essenciais na estimulação a transformação dos linfócitos B em Plasmócitos
 Célula T- Supressora
 São responsáveis pela inibição das respostas humoral e celular, apressando o término da resposta
imune.
Célula T- Citotóxica
 São responsáveis por agir diretamente sobre células estranhas e células infectadas por Vírus
Células NK
As células NK apresentam diversos receptores de superfície, também presentes em alguns linfócitos T e
responsáveis pela identificação de agentes infecciosos e de células transformadas. A participação nesse
processo de moléculas de classe I do complexo principal de histocompatibilidade, em especial as
moléculas do sistema HLA (antígeno leucocitário humano), foi fundamental para o entendimento da
função da célula NK3. Essas mesmas moléculas HLA também são de grande importância no
reconhecimento antigênico por parte dos linfócitos T, entretanto de maneira diversa do que acontece nas
NK. Os linfócitos T reconhecem os peptídeos antigênicos que emergem na superfície das moléculas HLA
por intermédio dos receptores das células T (TCR), sendo que, a partir desse momento, acontece a
ativação linfocitária com produção de linfocinas e sinais estimulatórios para outras células do sistema
imunológico. Já as células NK reconhecem as células infectadas, transformadas ou transplantadas pela
"ausência ou presença" das moléculas HLA em sua superfície. Dessa maneira, devemos compreender o
sistema HLA como assistente de dois importantes "mestres" na defesa e vigilância imunológica: a célula
NK da resposta imune inata e o linfócito citolítico T da resposta imune adaptativa.

Principais alterações:

 Os linfócitos podem se apresentar como células atípicas, com formatos variados.


 Podem apresentar intensa uma intensa basofilia citoplasmática
 Podem ter presença de halo claro ao redor do núcleo
 Podem apresentar granulações em tons de azul
 Produção de mastócitos nos esfregaços sanguíneos com núcleo arredondado encoberto pela
granulação de cores roxas no citoplasma.

Hemácias:
Hemácias, conhecidas também como eritrócitos, são células anucleadas presentes nos seres humanos que
executam funções vitais no organismo. Suas funções são variadas, indo desde o transporte de
hemoglobina associada ao oxigênio, dióxido de carbono. A hemoglobina presente nas hemácias, são
distribuídas de forma livre no plasma, se apresentando morfologicamente em formato de discos
bicônvavos, apresentando uma superfície plana.
Sua concentração em níveis normais são de 4,0 a 5,4mm na mulher, e no homem varia entre 4,6 à 6mm,
podendo haver um aumento em casos de viremias, ou como resultado de uma adaptação fisiológica, como
por exemplo, indivíduos que estão em lugares com altas altitudes. Diminuindo a pressão sanguínea.
No organismo, baixas quantidades, indicam quadros de anemias severas, gerando um balanço negativo,
que pode comprometer o desenvolvimento mental e motor do indivíduo. Os principais componentes
formadores da hemoglobina, são constituídos por ferro ligados as hemácias.

Quando Solicitados:
 Em casos de pessoas com anemias
 Em casos de fraqueza
 Em Casos de Tontura
 Casos Esplenomegalia
 Distúrbios Visuais
 Vermelhidão

Principais Alterações
 Hemácias com pouca, ou ausência de hemoglobina
 Hemácias com formatos diferentes que incluem:
 Codócitos: Hemácias com dupla biconcavidade
 Esferócitos: Hemácias com biconcavidade reduzida
 Ovalócitos: Hemácias com formas ovais
ESFREGAÇO SANGUÍNEO

O Esfregaço Sanguíneo é uma técnica que consiste na separação de células, espalhando um fragmento de
tecido sobre uma lâmina de vidro, formando uma camada fina de células, o que facilitará sua observação.
Através deste método, é possível a realização do hemograma de forma eficiente. Seu principal objetivo, é
determinar se as hemácias, leucócitos e plaquetas têm aspecto e número normal, para diferencias os tipos
de leucócitos e determinar suas percentagens na corrente sanguínea. Para auxiliar seu diagnóstico de
deficiências, doenças e outros distúrbios que envolvem a produção, e destruição de células do sangue,
além de observar a maturação e produção das células do sangue em doenças como, leucemias, durante
uma radioterapia ou quimioterapia. O sangue é obtido por sua totalidade através de uma veia do braço,
orelhas, no caso de bebês, o sangue total é retirado através do calcanhar. Para um esfregaço ideal, são
necessários alguns cuidados, para obter uma melhor visualização. Para isso, portanto, são necessários os
seguintes procedimentos:
Materiais:
 Lanceta/ Agulha de injeção
 Papel Filtro
 Álcool
 Lâminas secas
Métodos:
 Deve-se fazer uma assepsia na lâmina Passando álcool, sendo limpada posteriormente com papel
filtro
 Deve-se tirar do paciente, o sangue total com seringa descartável e estéril com ajuda de uma
lâmina extensora, a amostra deve alcança cerca de 1 a 2 cm de diâmetro para iniciar o
procedimento;
 Colocar a lâmina com qual será usado no esfregaço, num ângulo de 45° com a face superior da
lâmina;
 Com a lâmina preparada, deve-se fazer um movimento para trás até encostar-se à gota de sangue,
deixando então que a gota se distribua pela lâmina de forma uniforme em toda a borda.
- Execução:
1- A lâmina preparada deverá ser colocada para frente a ponto que ela carregue a gota de sangue, se
estendendo por uma camada fina e delgada, escorrendo a lâmina de uma só vez

Movimento
2- O movimento de extensão deverá ser uniforme, com o sangue sendo puxado pela lãmina preparada.
3- Após o movimento, no final da lâmina, o sangue deverá formar uma borda, onde será o ponto de
leitura.
4-A lâmina deverá ser seca através de ventilador, ar condicionado durante um tempo

Principais Alterações:

 Esfregaço feito com pouca quantidade de sangue


 Contornos irregulares na lâmina
 Ondulações pela lâmina
 Bordos sem formato
 Esfregaço fino
REAGENTES PARA COLORAÇÃO DE LÂMINAS

O Kit de reagente é composto por soluções que ao entrar em contato com as células sanguíneas, deixam
as mesmas com cores que ajudam a identificar os tipos de células. O conjunto, conta com três reagentes:
1- É uma solução de triarilmetano a 0,1% que irá fixar nas células, impedindo-as decomposição,
aumentando a resistência e estabilidade do esfregaço.
2- Compõem-se por uma solução de Xanteno a 0,1%, ácido, que irá corar as células de róseo a
vermelho, os componentes básicos das células;
3- Compõe-se por uma solução de tiazinas a 0,1% (corante básico - que irá corar de roxo-azulado
componentes ácidos das células, como o núcleo).

Técnica:

1- Após realizar o esfregaço sanguíneo, esperar secar em temperatura ambiente;


2- Preencher 3 recipientes com os respectivos reagentes do Kit;
3- Submergir as lâminas (com movimentos contínuos de cima para baixo) por 5 segundos em cada
uma das soluções (5 imersões de 1 segundo cada, esperando escorrer bem entre as soluções);
4- Ao final da coloração, lavar as lâminas com água destilada e esperar secar antes da leitura em
microscópio.

Principais Alterações:
 Tempo insuficiente para a lâmina adquirir coloração;
 Amostra de sangue insuficiente;
 Tempo excessivo na hora da lâmina adquirir coloração.
BETA HCG

Beta Hcg é uma fração do hormônio, produzido durante a gestação a partir da formação do embrião no
útero. Conhecido como Gonadotrofina coriônica humana, este hormônio são constituídos por duas sub-
unidades, denominadas Alfa e Beta. O exame visa detectar se a mulher está grávida, ou se correm algum
risco de aborto.Sintetizadas pelo tecido trofoblástico normal, eles são encontrados em fluidos, como
urina, sangue, líquido amniótico, sintetizados por uma cadeia peptídica, envolvendo aproximadamente 92
aminoácidos.
A hCG passa a ser detectada no sangue materno a partir do 7º dia após a ovulação, aumentando
progressivamente até atingir seu pico na 10ª semana, com níveis em torno de 50.000 a 100.000 mUI/ml.
A partir daí seus níveis começam a cair lentamente até o momento do nascimento. O papel fisiológico do
hormônio hCG é manter o corpo lúteo funcionante até a 7ª - 9ª semana de gestação. O corpo lúteo secreta
vários hormônios que são importantes para esta fase inicial da gravidez: estrogênios, progesterona, 17-
alfa-hidroxiprogesterona, relaxina e inibina.
Seus métodos envolvem análises qualitativas e quantitativas, que são diferenciadas pelo fato de que a
qualitativa indica a presença ou não do hormônio no organismo, enquanto que, a quantitativa, determina a
quantidade do hormônio HCG, em ml de sangue, considerado positivo, se o valor estiver acima do
normal.
Quando o exame é solicitado:
 Atraso menstrual; deve se ter pelo menos 2 dias sem a menstruação, caso o faça muito cedo, pode
ter um resultado falso negativo.
 Ciclos irregulares
 Sintomas característicos (Enjoo, aumento dos seios, desejos inesperados, compulsividade
alimentar, entre outros)

Como o próprio nome diz, o exame de beta-HCG quantitativo indica a quantidade hormônio presente no
sangue. Esse é exame é feito a partir da coleta de uma amostra de sangue que é enviado para o laboratório
para a análise. A partir do resultado do exame é possível identificar a concentração do hormônio hCG no
sangue e, a depender da concentração, indicar a semana de gestação.
O exame beta HCG qualitativo é o teste de gravidez de farmácia que só indica se a mulher está grávida ou
não, não sendo informada a concentração de hormônio no sangue e sendo indicada pelo ginecologista a
realização de exame de sangue para confirmação da gravidez.

Materiais e Métodos:

 Fita de Beta Hcg


 Material Biológico
Método:

 Com o uso de material biológico, que pode ser através de soro e/ou urina, a fita é imersa até uma
linha presente na mesma.

Resultados:

Se houver a presença do hormônio aparecerá como positivo através da formação de duas linhas na fita

Se for negativo, não aparecerão linhas.

Principais alterações:

A Principal alteração é o resultado ser falso-negativo, significando, que o resultado é negativo, sendo que
a mulher está realmente grávida, porém se trata de um caso raro.
Já os falsos-positivos, mais comuns de acontecerem, por conta de alguns fatores, como:
 Teste feito de forma errada
 Uso de Medicamentos
 Problemas de saúde (Em casos de doença, como tumores produtores de hormônios)

Como evitar que aconteça:

 Repetir o teste de 3 à 5 dias depois


 Marcar consultas com ginecologista após 4 ou 5 semanas
 Fazer o exame de sangue, avaliando os níveis de hormônios Beta HCG, pois assim, existem
menos chances de alterações do resultado.
TIPAGEM SANGUÍNEA

A tipagem sanguínea consiste num processo de coleta e análise para identificar o tipo sanguíneo do
paciente. As hemácias possuem, na sua superfície, antígenos ligados, formando um sistema, chamado
sistema ABO. As pessoas que possuem antígeno A em sua superfície, pertencem ao grupo A, os que
possuem o antígeno B em sua superfície, pertencem ao grupo B, e as que possuem o antígeno O em sua
superfície, pertencem ao grupo O. A importância de conhecer o tipo sanguíneo, de dar pelo fato de que os
laboratórios de banco de sangue realizam a todo momento transfusões e que através dele, várias vidas são
salvas através de reconhecimento de antígenos específicos.
Sistema ABO:

 Foi descoberto no início do século XX através do cientista Karl Landsteiner, que ao perceber as
aglutinações após as misturas de diferentes amostras de sangue.

Fator RH:

 O fator RH foi descoberto através dos cientistas Karl Landsteiner e Wiener, que observaram a
presença de aglutinações presentes em soros de coelhos imunizados por hemácias de macacos do
gênero Rhesus. Portanto, ele visa determinar a presença ou não de aglutinações.

Materiais:

 Amostra de Sangue do paciente


 Antígenos A,B,D
 Soro Fisiológico
 Pipeta
Método:

 Os Tubos São identicados em A, B, D(O)


 Utiliza-se 950 microlitros de soro mais 50 microlitros do paciente
 A mistura é homogeinizada
 Depois de Homogeinizada, é distribuído pelos tubos A, B, D, 50 microlitros da mistura da
seguinte forma:
 Dos 950 do soro + 50 da amostra:

Retira-se 50 microlitros para o tubo A

Depois retira-se 50 microlitros para o tubo B

Por fim retira-se 50 microlitros para o tubo D

Após sendo identificados, é colocada uma gota de cada antígeno nos seus respectivos tubos.

Para Finalizar, após colocar os antígenos junto às amostras, elas são centrifugadas por 15 segundos.

Resultados:

Se houver aglutinação apenas no tubo A, o resultado será A positivo;

Se houver aglutinação no tubo B, o resultado será B positivo;

Se aglutinar nos tubos A e B, o resultado será AB positivo;

Se não houver aglutinação nos tubos A e B, o resultado será O positivo.

Contagem de Hematócritos

O Hematócrito constitui uma parte da hemácia, sendo um acúmulo das alterações das hemácias e
hemoglobina baseado no volume total do sangue. É um exame biológico que é realizado sob uma amostra
de sangue, encontrado no corpo humano em torno de 40 à 50%, em homens. Já em mulheres, o seu valor
se encontra em menor quantidade, variando entre 35 à 45%. Sua importância é devida a quantidade de
doenças que podem ser diagnosticadas através desta técnica.

Quando suas células se apresentam abaixo ou acima do valor de referência (40% e 50%;35 à 45%.)
podem significar a presença de patologias no indivíduo. Quando estão abaixo do valor de referência,
podem significar anemias, devido a carência de ferro, inflamação, má absorção intestinal, perdas
excessivas de sangue, palidez, fadiga, aumento de ritmo cardíaco, dor de cabeça, além do fato de que, a
diminuição do volume plasmático, pode aumentar o valor do hematócrito, que pode ser causado, pelo uso
de diuréticos, em casos de estresse, queimaduras.

Quando estão em maior quantidade, indivíduos podem apresentar a chamada doença de Vasquez, que é
um distúrbio que afeta a medula óssea, que é responsável pela fabricação de sangue. Para realização das
suas medidas, outras células são levadas em consideração, como os índices hematimétricos, formador por
HCM, VCM e o CHCM.
HCM:
É o índice hematimétrico que avalia a média de hemoglobina por glóbulo vermelho. Elas são
responsáveis por determinar o tamanho das hemácias, em casos de macrocitose( aumento das hemácias),
como a microcitose (diminuição das hemácias) e normocitose (Hemácias normais).
VCM: (Volume Corpuscular médio)
É responsável por avaliar o volume do tamanho das hemácias. Em tamanho abaixo, são denominadas;
Microcíticas( valor menor que 82 fl), aumentadas (macrocíticas- Valor maior que 92 fl).
Esse índice é avaliado através de contadores eletrônicos, utilizando os resultados do micro-hematócrito e
contagem de hemácias.

Muito utilizado para determinar o tipo de anemia, por exemplo, em casos de microcitose, seu achado mais
comum é a presença de anemias por carência de ferro, talassemia, doença crônicas. Em casos de
macrocitose, seus níveis elevados se dão por conta de fatores, como: Grande número de reticulócitos

 Tabagismo
 Deficiência de Vitamina B12
 Deficiência de Ácido Fólico
 CHCM:
- É a avaliação da hemoglobina encontrada em 100 ml de hemácias. Essa avaliação permite uma
avaliação do grau de saturação de hemoglobina no eritrócito. Quando há saturação da hemoglobina, se diz
que esta célula apresenta hemácias normais, quanto a sua coloração ( Normocrômicas).

Materiais:

 Tubo Micro Capilar


 Tubo
 gaze
Método:
1-Pegue o capilar, incline o tubo e coloque o capilar dentro do tubo, preenchendo ¾ do volume do tubo
capilar com o sangue.
2- Tampe a extremidade com o dedo, limpe o lado exterior com a gaze.
3- Pegue o capilar com o ângulo de 15° e encoste na massa de modelar para preencher a outra
extremidade.
4-Em seguida colocar o tubo na micro-centrífuga (colocando a parte vedada com a massa de modelar para
fora, na coroa do motor). Pode rodar apenas 1 capilar sem precisar fazer o equilíbrio, devido a leveza do
capilar.
5-Centrifugar a 12.000RPM por 5 minutos.
6-Faça a leitura do capilar de frente à tabela (a tabela deverá estar plana à bancada - deitada).
7-A massa de modelar deverá ficar abaixo da linha de "0".
8- Mova o capilar até que a linha do plasma chegue a 100.
Valores de referência:
O Ht é normalmente medido eletronicamente. Os resultados são até 3% mais baixos do que as medições
manuais, que prendem o plasma na coluna de hemácias concentradas. Os valores de referência variam
dependendo do tipo de amostra, do laboratório que estiver efetuando o teste e do sexo e idade do paciente,
como exemplo:
Recém-nascidos: 42% a 60% de Ht
1 semana de idade: 47% a 65% de Ht
6 meses de idade: 33% a 39% de Ht
Crianças de 6 meses a 18 anos: 35% a 45% de Ht
Homens: 42% a 54% de Ht
Mulheres: 36% a 46% de Ht.
Achados anormais
Um Ht baixo (hemodiluição) sugere anemia, hemodiluição ou uma perda maciça de sangue.
Um Ht alto (hemoconcentração) indica policitemia ou hemoconcentração devido à perda sanguínea ou
desidratação.

Possíveis Alterações:

Tamanho

 Macrocitose: Detectada em casos em que o VCM for maior que 110 fl.causada por uma hiper-
regeneração na medula, sendo um caso muito comum no alcoolismo. Outro fator para sua
alteração é em casos de gestantes e idosos, presença de uma hipersegmentação de neutrófilos,
sendo um indicativo de deficiência de Ácido Fólico e Vitamina B12.
 Microcitose: Está diretamente relacionada a pigmentação das hemácias, que reflete na falta de
síntese de hemoglobina, causada por deficiência de ferro, talassemia, hemoglobinopatias.
 Anisocitose: Está diretamente relacionado com o RDW, sendo a representação morfológica deste.
Embora seu significado ainda não seja bem definido, observa-se a presença precocemente na
deficiência de ferro, mesmo antes da alteração de outros parâmetros, como a alteração do VCM e
a diminuição da hemoglobina.

Alterações com Relação à Coloração:

A coloração das hemácias reflete a concentração da hemoglobina e pode ser ocasionada pela diminuição
da concentração de hemoglobina e consequente redução da cor, que leva à chamada hipocromia; pela
presença de células com diferentes concentrações de hemoglobina, chamada de anisocromia ou pela
presença de um grande número de reticulócitos, que caracteristicamente têm uma cor azulada, que, junto
com a cor normal, produz a chamada policromasia.
URIANÁLISE

A urianálise compreende métodos químicos e físicos, que visam verificar o estado de saúde de um
paciente através da urina, analisando suas células, e principais alterações que venham a ocorrer. O exame
é dividido em duas etapas, químicos e físicos, onde é possível determinar a saúde da urina através da cor,
aspecto, ph, densidade e a presença de qualquer outra alteração, bem como a presença de bactérias.
Físicos: São responsáveis por analisar:

-Cor: Sua importância se dá para ter uma idéia do funcionamento normal, ou identificar a presença de
alguma doença. Além disso, ela pode variar sua coloração, sendo identificada dessa forma:

Cor:

 Amarelo Claro
 Amarelo Escuro

-Aspecto:

 Turvo
 Ligeiramente Turvo
 Límpido

- Densidade: Indica a concentração das substâncias diluídas na urina, como exemplo, sais minerais,
quantidade de água presente. Portanto, quanto menos água a urina apresentar, maior será sua densidade.

Químicos: São de caráter quantitativo, determinado pela fita reativa que visa identificar os níveis de:

 Proteínas
 Glicose
 Cetonas
 Bilirrubina
- Através de uma fita de plástico, que contém reagentes especiais que ao entrar em contato com a urina,
reagem com uma coloração mais forte, possibilitando diferenciar a cor, ph, densidade e a presença de
elementos como leucócitos, hemoglobina, corpos cetônicos ( em casos de pacientes com diabetes),
identificando através deste símbolo( +) a quantidade existente. Quanto a sua presença, os elementos
podem ser classificados como:

 Raros
 Poucos Numerosos
 Numerosos

Além disso, no exame urinário, é possível detectar níveis de hemoglobinas, corpos cetônicos, presença de
sangue, sendo um indicativo de problema renal. Na realização da sua análise, são necessários dois
momentos. No primeiro momento, a urina é passada por uma inspeção, analisando cor, aspecto e volume,
para posteriormente, ser analisado o seu ph e sua densidade através de uma fita específica, contendo um
prisma de cores que irá ser avaliada, e comparada a um prisma normal, para posteriormente ser analisada
microscopicamente, para identificar as células presentes. Para realização da coleta, são necessários os
seguintes procedimentos:
1- Com a urina no coletor, são anotados alguns aspectos como: Volume, cor e aspecto
2- Posteriormente a urina é transferida para um tubo cônico para ser analisada
3- Com a urina distribuída nos tubos, é passada fita para identificar possíveis alterações, através do
prisma de cores, anotando cada um deles.
4- Passado esse procedimento, a urina passará por uma análise mais específica, da seguinte maneira
5- Depois de ter anotado os resultados da fita, como: Ph, densidade, a urina é centrifugada por 5 minutos,
para separar os sedimentos, que ficarão na parte de baixo do tubo.
6- Por fim, a urina é levada ao microscópio, para identificar algumas células, como:
-Cristais (Ácido úrico, Oxalato de Cálcio)
 Bactérias
 Fios de Muco
 Leveduras
 Leucócitos
 Hemácias
 Células Epiteliais
 Uratos Amorfos
 Fosfato Amorfo
 Fosfato Triplo
 Fosfato De Cálcio
 Biurato de Amônia
 Cistina
 Tirosina
 Bilirrubina
 Colesterol

Para quantificar as células microscopicamente, é necessário a contagem de 5 campos na lâmina, sendo


somadas com o total de células encontradas nestes campos.

- Principais Alterações:

 Cheiro (em casos de urinas que ficam guardadas mais de 24 horas)


 Cor (em casos mais graves, a urina pode se apresentar de cor marrom, preta, vermelha)
 Quantidade (A depender, pode apresentar insuficiência renal, diabetes)
 Ph: Responsável por indicar a neutralidade, acidez ou sua alcalinidade
 Acidez: Causas
 Estresse Físico
 Estresse Emocional
 Excesso de toxinas
 Doenças causadas por vírus, fungos, bactérias, que se desenvolvem se aproveitando para atacar as
células, com a imunidade baixa.

PARASITOLÓGICO DE FEZES
As parasitoses intestinais constituem como um dos agravos que mais acometem a saúde do indivíduo,
como sua principal causa, questões sanitárias, idade, estado nutricional, questões culturais,
comportamentais e profissionais, que muitas vezes são negligenciadas, facilitando a contaminação em
larga escala.
Cada parasita é responsável por infectar um ou vários vetores, que são conhecidos por serem as fontes de
transmissão dos diversos parasitas, podendo ser: Animais, como cachorro, gato, caramujo, insetos, como:
Mosquitos, larvas, contaminando até alimentos. Seu diagnóstico costuma ser bastante preciso, através do
exame de fezes, pois através dele, é possível identificar qual tipo de parasita presente, sendo feito com:

- Materiais
 Tubos cônicos
 Amostra com as fezes
 Peneira
 Lâminas limpas e secas
 Lugol
 Lamínulas

- Métodos: Sedimentação Espotânea


1- Com as fezes no recipiente de coleta são colocadas água, sendo levemente agitado para homogeinizar o
material.
2- Depois de homogeinizado, as fezes serão transferidas para os tubos cônicos, com ajuda de uma peneira,
fazendo com que retirem a parte líquida das fezes, facilitando o processo.
3-Nos tubos cônicos, as fezes ficam em torno de 4 horas para sedimentação do material fecal.
- Leitura:

1- No momento da leitura, as fezes, são descartadas, sobrando apenas uma gota no final do tubo,
2 - Essa gota vai para a lâmina, sendo adicionada uma gota de lugol, que servirá para fixar o material
3- No momento da leitura é necessário percorrer todos os campos da lâmina, para encontrar os parasitas,
através de ovos, cistos

Principais Achados:

 Ascaris Lumbricóides
 Giárdia Lâmblia
 Taênia (Sólium e Saginata)
 Schistosoma Mansoni
 Hymenolepes Nana
 Hymenolepes Diminuta
 Strongylóides
 Trichuris Trichiura
 Ancilostoma Duodenale
 Necator Americanus
Principais Alterações do exame:

 Presença de Sangue
 Coletas não refrigeradas
 O Não uso de lugol, para fixação do material na hora da leitura
 Coleta feita um dia após o outro sem intervalo de tempo

Em casos que são necessários a repetição, os exames deverão ser feitos em dias alternados, pois haverá
dias em que as atividades parasitárias no indivíduo estarão baixos para detectar.
Bioquímica

As Rotinas laboratoriais consistem em uma série de exames que visam diagnosticar, traçar um perfil
epidemiológico, acompanhamento do paciente. Estes exames, por sua vez, têm como característica,
realização de forma rotineira, pois assim, facilita identificar no indivíduo algum tipo de patologia através
dos resultados obtidos, tratando-o de maneira rápida e eficaz, evitando procedimentos invasivos, que
como consequência irá gerar altos custos.
Uma das importâncias destes tipos de exames, se dar por conta dos altos números de equívocos,
provocados por liberação de exames sem qualquer chance de repetição, em casos de resultados muito
altos, ou muito baixos. Dentre os exames que fazem parte desta categoria bioquímica, estão: - Colesterol,
Uréia, Ácido úrico, Gama Gt, TGO, TGP, Glicose, Creatinina. Estes exames são divididos em dois
grupos: Enzimáticos e colorimétricos, diferenciando-os quanto ao seu processo, no uso de banho maria.

- Enzimáticos: As enzimas são uma espécie de catalisadores responsáveis pela maioria das reações
químicas que ocorrem no organismo. Na maioria dos estados patológicos em que ocorrem aumento da
concentração de enzimas, se dar pelo aumento da permeabilidade da membrana causada por uma lesão
celular, onde as enzimas acabam se difundindo na circulação sanguínea, ajudando a compreenderas
causas, para ajudar a fazer o controle do tratamento.

- Colorimétricos: Reações colorimétricas, são reações que ocorrem a formação de produtos coloridos
numa faixa radiante que se dá entre 400 a 680 nanômetros, medindo energia radiante transmitida ou
absorvida na solução, segundo a lei de Lambert.
-Lei de Lambert:

Em 1870, Lambert observou a relação entre a transmissão de luz e espessura da camada do meio
absorvente. Quando um feixe de luz monocromática atravessava um meio transparente homogêneo, cada
camada deste meio absorvia igual a fração de luz que atravessava, independentemente da intensidade luz
que incidia, denominando esse processo como espectrofotometria.
A espectrofotometria é um método utilizado através da interação da luz com a matéria, permitindo a
realização de diversas análises. Cada composto químico absorve, transmite ou reflete luz ao longo de um
determinado intervalo de comprimento de onda, permitindo quantificar e identificar as substâncias
químicas a partir da medição da absorção e transmissão de luz passada através da amostra.

Como Funciona:

 Uma amostra é colocada dentro do espectrofotômetro;

 Através de uma fonte de luz e um dispositivo denominado monocromador irá dividir a luz em
comprimentos de onda individuais, colorindo as soluções;

 Uma fenda ajustável permite apenas um comprimento de onda específico através da solução de
amostra;

 O comprimento de onda da luz atinge a amostra, que está em um pequeno recipiente chamado de
cubeta;

 A luz passa através da amostra e é lida pelo detector.


Enzimáticos/ Cinéticos
 Tgo
 Tgp
 Gama Gt
 HDL
 Uréia
 Creatinina

TGO

O Tgo, conhecido como aspartato aminotransferase, é um marcador hepático, do grupo das transaminases,
que são responsáveis por catalisar reações químicas nas células, onde um grupo denominado Amino, é
transferido de uma molécula doadora a uma molécula receptora. Identificando através do exame de
sangue, que visa identificar lesões que venham comprometer o funcionamento do fígado, como hepatite,
cirrose, liberando esta enzima na corrente sanguínea. Em condições normais, esta enzima se encontra
dentro das células do fígado, Caso haja algum tipo de lesão, estes marcadores encontram-se em níveis
elevados, liberando estas enzimas na corrente sanguínea.

Materiais:

 Soro do paciente que se deseja analisar


 Reagente A
 Reagente B

-Método:

 Utiliza-se 400 ml do reagente A


 100 ml do reagente B
 50 do Soro do Paciente
Feito isso, os reagentes são homogeneizados e levados para a leitura na máquina.

Leitura:

Para realização da leitura, o tubo contendo o reagente mais o soro do paciente é levado para máquina, que
contém uma espécie de mangueira que é responsável pela aspiração dos materiais bioquímicos, que serão
pela máquina.

Nesse processo, a máquina estará analisando o resultado através de um gráfico que indica o resultado do
exame.

Resultado:
Os valores de referência costumam variar entre 5 e 40
Alterações:
Se ocorrerem alterações, sempre serão a níveis elevados, como lesão hepática,, excesso de medicamentos,
uso excessivo de bebidas alcoólicas, pois se algum resultado estiver em níveis abaixo da normalidade, não
terá nenhuma importância clínica.
Em níveis elevados, o paciente terá suspeita de alguma lesão hepática, que pode ser causada por algum
medicamento usado em excesso, uso de bebidas alcóolicas, hepatites virais.

TGP
Assim como o TGO, o TGP (Transaminase glutâmica pirúvica) também é um marcador hepático, que
visa detectar lesões hepáticas, causadas por diversos fatores como: Excesso de medicamentos, uso
excessivo de bebidas alcoólicas, até mesmo lesões causadas por vírus, substâncias tóxicas, sendo
identificadas na corrente sanguínea, aumentando seus níveis em casos de lesões através da liberação desta
enzima na corrente sanguínea.
Em comparação ao TGO, o TGP diferencia-se por ser um exame mais específico, por está presente
somente nas células do fígado.

Materiais E Métodos

Para fazer o exame utiliza-se:

 Soro do Paciente
 Reagentes Do Tgp

São utilizados as seguintes quantidades:

 400 ml Do reagente A
 100 ml Do reagente B
 50 ml Do Paciente

Leitura:

Para realização da leitura, o tubo contendo o reagente mais o soro do paciente é levado para máquina, que
contém uma espécie de mangueira que é responsável pela aspiração dos materiais bioquímicos, que serão
pela máquina.

Nesse processo, a máquina estará analisando o resultado através de um gráfico que indica o resultado do
exame.

Resultado:

Os valores de referência costumam variar entre 7e 56


Alterações:

Se ocorrerem alterações, sempre serão a níveis elevados, pois se algum resultado estiver em níveis abaixo
do normal, não tem nenhuma importância clínica.

Valores Altos:

Em caso de valores altos, é recomendado a repetição do exame, para verificar de fato o resultado, pois
feita de forma errada, poderá causar alterações.

Principais alterações:

 Erro na quantidade dos reagentes


 Erro na quantidade do soro do paciente
 Em casos de pacientes que ingeriram algum tipo de bebida alcóolica na semana do exame.

GAMA GT

Gama GT conhecido também como ( Gama Glutamil Transpeptidase), é uma enzima encontrada nos rins,
vesículas biliares, pâncreas, que na presença de alguma lesão, seus resultados se encontram elevados.
Apesar de ser encontrados nos rins, ela tem uma alta afinidade pelos hepatócitos, sendo considerado como
um marcador hepático. Portanto, o exame é necessário para verificar algum tipo de alteração hepática.

A principal causa do aumento do Gama GT se dar basicamente por uma grande ingestão de bebidas
alcóolicas, drogas, medicamentos. Como consequência, o indivíduo apresentará uma grande quantidade
de gordura no fígado.

O Exame em si, não é específico, por conta de que a enzima pode ser encontrada em grande quantidade
em outros órgãos. Por este fato, o exame é feito com a dosagem de fosfatase alcalina, que estão presente
em vários órgãos, como: Ossos e fígado. No fígado, a fosfatase alcalina, é encontrada nas bordas das
células que se unem para formar canais biliares, que irão drenar a bile do fígado para o intestino, sendo
importante para ajudar na digestão de gorduras.

A fosfatase alcalina, podem está presente em diferentes tecidos humanos, apresentando quatro tipos, de
acordo a sua localização, que pode ser:

 Intestinal
 Placentária
 Células Germinativas
 Fígado (osso, rim)

Materiais e Métodos

Materiais:

 Reagentes Gama GT (A, B)


 Soro do paciente ao qual se deseja analisar
Método:

 Em um tubo coloca-se 400 ml do reagente A


 Acrescenta-se100 ml do reagente B
 Acrescenta-se 25 ml do soro do paciente

- Máquina:

 Seleciona o exame
 Coloca a mistura do soro com reagente para ser aspirado
 Espera o resultado

Resultados:

O Valor de referência baseia-se entre 0 À 30. Resultados acima costumam indicar ao paciente problema
relacionado a esta enzima, consequentemente problemas hepáticos, normalmente causados por elevadas
doses de bebidas alcóolicas. Porém, o resultado deve está baseado também, nos outros marcadores
hepáticos, como tgo e tgp, para obter um parâmetro das possíveis causas que refletem valores elevados.

Possíveis Alterações:

 Pacientes que ingeriram álcool poucos dias antes do exame


 Pacientes que ingeriram algum tipo de medicamento
 Necessidade de jejum
 Pacientes com Diabetes
 Hepatite auto-imune
 Hepatite Tóxica
 Inflamação no fígado
 Hipertireoidismo

HDL

O Hdl, do inglês, (High Density lipoprotein), é uma lipoproteína que permite o transporte dos lipídeos
pelo organismo. Encontrados nas células, nos alimentos e no sangue. Sua importância se dar, por se tratar
de um nutriente, pela sua capacidade de produzir hormônios e ácidos essenciais para ocorrer a digestão
das gorduras, além de remover o excesso de colesterol das artérias, impedindo o seu intupimento.
Os aumentos nos níveis de Hdl, nem sempre significa que a saúde do paciente está ruim, pois estas
células, quando estão em grande quantidade, refletem no nosso organismo, como por exemplo a pele
humana, por conta da resistência a àgua, acaba protegendo contra a desidratação. As partículas de HDL
contêm a enzima paraoxonase, capaz de hidrolisar os peróxidos lipídicos, catalisando a ruptura dos
fosfolípides oxidados em LDL5,19, e eliminam os produtos de oxidação da LDL.
As principais causas da elevação do hdl, normalmente estão associadas a dois fatores: a primeira se deve
a mutações que resultam na diminuição ou aumento do HDL, enquanto a segunda estão relacionados aos
hábitos de vida do indivíduo, como:
 Consumo de Álcool
 Cirrose biliar primária
 Hipertireoidismo
 Uso de Fármacos como: Corticóides, Insulina, Fenitoína, Estrogênio
Para manter o Hdl em níveis normais no organismo, são necessários algumas mudanças de hábito,
alimentação rica em em fibras como: Carnes vermelhas, carnes brancas, peixes, feijão, lentilha, ervilhas,
grão-de-bico, cereais integrais.
Outra situação que mantém o hdl normal, é a prática de atividades físicas regularmente, pois seu benefício
resulta na perda de peso corporal, modificando beneficamente os níveis de Hdl, evitando a formação de
gordura nos vasos arteriais, consequentemente evitando um infarto, pois, quando o exercício físico, é
relacionado a uma dieta equilibrada, resulta numa perda de peso considerável.
Vale ressaltar, que só a prática de exercícios físicos, não ajudam a controlar os níveis de Hdl, tendo em
vista, que alimentação equilibrada é essencial, pois os nutrientes encontrados ajudam a controlar seus
níveis, gerando uma qualidade de vida.
Exame

Para realização do exame, são necessários os seguintes procedimentos:

- Materiais:

 Reagente do HDL(1- Padrão 2- Precipitante)


 Soro do paciente
 Pipeta
 Centrífuga

- Método ( vr: Acima de 40 mg/dl)

1- Pipetar 250 microlitros do soro do paciente


2- Pipetar 250 microlitros do precipitante
3- Após a mistura, o material é centrifugado durante 15 minutos
4-Nessa mistura, a solução irá conter o sobrenadante que contém o Hdl
5-Pipetar imediatamente a solução, após a centrifugação, afim de evitar um resultado falsamente elevado
Máquina:

 Selecionar o exame
 Coloca a amostra para ser sugada
 Espera o resultado

Principais Alterações:

 Consumo de Álcool no período até 72 horas antes da realização do exame;


 Prática de atividades físicas intensas no dia anterior ao exame;
 Uso de Medicamentos;
 Medição da dose em pessoas com a saúde debilitada;
 Medição feita em situações de estresse, como uma cirurgia ou acidente;
 Em casos de gravidez, onde a mulher já apresentava um colesterol alto antes da gestação.

Uréia
A Uréia é um constituinte presente no rim, formado através da degradação de proteínas, onde 90% é
excretado pelos rins, e posteriormente eliminado pelo trato gastrintestinal. Sua principal utilidade clínica é
analisar pacientes com queda de filtração glomerular, podendo ser alterada em casos patológicos.
Normalmente, a uréia, é espalhada nas membranas celulares. Este tipo de exame são solicitados, com o
intuito de verificar a quantidade de uréia no sangue, consequentemente, a funcionalidade do fígado e dos
rins. Sua formação é resultado da metabolização de proteínas, obtidas através da alimentação.
Sua análise se dar através de uma amostra de sangue colhida, sem a necessidade de jejum, porém é
recomendável que o paciente não se alimente. Além do exame de sangue, a coleta de urina também é
importante no processo, devendo ser colhida no período de até 24 horas, pois através destes exames,
permitirá um diagnóstico eficaz.
Os métodos utilizados para realizar sua dosagem se baseiam em técnicas laboratoriais enzimáticas, ao
qual há o envolvimento de técnicas enzimáticas, com a presença da enzima uréase, que é responsável por
degradar a uréia em amônia. Ela é difundida pelas membranas celulares, sendo excretada pela urina, e, em
pequenas quantidades, podem também, ser liberadas através do suor. Geralmente, o exame é feito através
da obtenção do soro do paciente, que juntamente com o reagente, serão analisados para identificar a saúde
renal do paciente.
Materiais e Métodos:
 Soro do paciente
 Reagentes da uréia
Método:
Para realização do exame, são necessários os seguintes procedimentos:
1- Utilizar 400 ml do reagente1
2- Utilizar 100 ml do Reagente 2
3- Utilizar 5 ml do Soro do Paciente

Máquina:
 Selecionar o Exame
 Aspirar a amostra
 Esperar o resultado
 Valores de Referência:
 Crianças até 1 ano: 9 à 40 mg/dl
 Crianças acima de 1 ano: Entre 11 e 38 mg/dl
 Adultos: Entre 13 e 43 mg/dl

Possíveis Alterações:

Em Casos De valores altos, podem significar:

 Insuficiência Renal;
 Diminuição do fluxo sanguíneo nos rins, podendo representar uma insuficiência cardíaca, infarto;
 Dieta rica em proteínas acima do recomendado;
 Desidratação;
 Acidente vascular cerebral;
 Queimaduras de terceiro grau.

Em valores abaixo, os níveis de uréia podem indicar alterações graves, como:

 Má absorção digestiva;
 Insuficiência Hepática;
 Desnutrição;
 Doença Alcóolica;
 Tumor no Fígado.

Indicação do exame:

 Problemas urinários ( que envolvem presença de espuma, sangue);


 Cansaço excessivo;
 Aumento da Pressão arterial;
 Inchaço nas pernas;
 Infarto do Miocárdio;
 Acidente Vascular Cerebral.

Creatinina

A Creatinina é uma proteína que está presente no organismo, como músculos, produzido de acordo o
nível de massa muscular. Caso o paciente apresente uma massa muscular estável, mas com aumento da
creatinina no sangue, isso pode significar um comprometimento renal.
Sua formação se dar através do metabolismo da creatina, que é produzida pelo fígado, rins, pâncreas,
posteriormente, são transportados para músculos, cérebros, onde ocorrerá um processo denominado
fosforilação, que se transforma em Creatina Fosfato, que é um composto com uma alta reserva energético,
sendo importante na contração muscular.
Portanto, através da sua dosagem, é possível avaliar a funcionalidade dos rins, a fim de diagnosticar
possíveis doenças renais. Além da dosagem no sangue, a creatina também pode ser analisada através da
urina, onde é possível verificar a capacidade de filtração renal.
 Indicação para realização do exame:
 Histórico familiar para doença renal crônica
 Doenças como:
 Diabetes
 Hipertensão
 Obesidade
 Infecções Urinárias com repetidos cálculos Renais
 Uso de medicamentos que comprometem a funcionalidade dos rins
 Pacientes usuários de Tabacos
Outros Sintomas, que podem necessitar do exame de creatinina são:

 Inchaço no corpo, sem uma causa específica.


 Anemias sem causas específicas
 Doenças cardíacas graves
 Presente de sangue na urina
 Urina em forma de espuma durante a micção
 Perda de peso não-intencional
 Perda de apetite e fraqueza sem alguma causa
 Crianças com dificuldade de crescimento
Para realização do exame, são feitos os seguintes procedimentos:

- Materiais:
 Reagentes para Creatinina
 Soro Do Paciente
 Pipeta

- Método:

 Utilizar 250 ml do reagente da Creatinina


 Usar 50 ml do Soro Do Paciente
 Homogeinizar

- Leitura:
1- Selecionar na máquina a parte de “amostra”
2- Colocar a amostra para ser sugada
3-Esperar o resultado
- Resultados:

Os valores de referência baseiam-se entre 1.2 à 1.4, podendo haver pequenas variações para mais, porém
não interferindo na normalidade do resultado.

- Principais Alterações:
 Em casos de valores abaixo do normal, pode representar: Diminuição de massa muscular, devido
alimentação. Normalmente, mais associados a idosos, estado nutricional do paciente.
 Em casos de valores altos, pode significar que o paciente apresenta sérios problemas renais, que
podem ser causados por diversos fatores, como: Excesso de medicamentos, desidratação,
intoxicação com metanol, problemas urinários.

Colorimétricos:
 Colesterol
 Glicose
 Ácido úrico
 Triglicerídeos
Colesterol

O Colesterol é um tipo de gordura encontrada em nosso organismo, que tem função:


 Produção de alguns hormônios (Testosterona, Estrógeno, cortisol, ácidos biliares)
 Composição da membrana Plasmática
Presente no sangue, ele contribui para formação de todos os ácidos envolvidos, produção de cortisol,
obtido principalmente através da alimentação como:
 Carnes
 Ovos
 Leite
Seus Fatores de risco estão associados a uma vida sedentária, aliada a uma alimentação rica em gordura,
que chegam as artérias formando placas de gorduras, que podem causar o entupimento das artérias,
processo esse, denominado arterosclerose. Esse processo desencadeia uma baixa irrigação sanguínea do
coração, que fará com que o coração perca suas funções vitais, podendo levar o paciente a ter AVC
(Acidente Vascular Cerebral), ou derrames.
O que influencia o colesterol a ser bom, ou ruim, é o tipo de lipídeos que é levado para circulação. Se o
colesterol for bom, é denominado HDL (Lipoprotein High density), conhecido como o “ Colesterol do
bem”, responsável por “limpar” as artérias, retirando as gorduras acumulada nos vasos sanguíneos. Caso
o colesterol for ruim, denomina-se LDL
( Low density protein), que quando acumulada, pode provocar o entupimento das artérias.
Normalmente, o colesterol quando se torna um problema, não causa sintomas no indivíduo, porém em
raros casos, poderá haver formação de nódulos em regiões como tendões, manchas amarelas em volta dos
olhos (Xantoma), além de dores no peito, falta de ar, sudorese, palpitações, fadiga.
Para realização do exame são necessários:

- Materiais:

 Soro Do Paciente
 Reagente
 Banho Maria
Método:

1° Utiliza-se 500 microlitros do reagente

2° Utiliza-se 5 microlitros do Paciente

3° Após a mistura, a amostra deverá ir para o banho maria por 15 minutos

4° Retira-se a amostra do banho maria, indo para a máquina para realização da leitura

Leitura:

1° Água Nula (Água deionizada)

2° Reagente Nulo (é o reagente puro do exame em questão Para a máquina reconhecer o tipo de reagente)

3° Tubo Controle (Ajuda a obter o valor padrão para análise dos pacientes)

4° Calibrador ( Serve para Calibrar a máquina, para não ocorrer falsos resultados)

5° Amostra ( É o momento em que a amostra do paciente será analisada)

6° Resultado

Os valores de referência se baseiam entre 180 à 200. Valores acima podem representar ao paciente, um
risco elevado de infarto, devido a formação de gordura nas coronárias.

Principais Alterações:

 Consumo de Álcool até 72 horas antes do exame


 Atividades Físicas intensas antes do exame
 Uso de Medicamentos
 Pessoas diabéticas e hipertensas
GLICOSE
A Glicose é um tipo de carboidrato que faz parte do grupo dos monossacarídeos, represetando a principal
fonte de enrgia dos seres vivos. Uma das suas características é que ela pode ser encontrada livre ou
combinada a outros tipos de carboidratos.
Sua taxa de concentração no sangue varia entre 70 à 110 mg de glicose, no caso de pessoas com taxas
normais de açucar. Quando esse valor está abaixo, significa que o paciente apresenta hipoglicemia,
podendo causar a diabetes do tipo insípidus. Quando o mesmo apresenta um valor elevado, acima de 110
mg, o paciente já pode ser considerado como diabético. Portanto para saber sua concentração no paciente,
são realizados exames de sangue, passando por uma análise minuciosa, para assim, através dos valores
obtidos, ter uma noção se o paciente é, ou apresenta tendências a ser diabéticos.
O principal exame para detectar se a pessoa é, ou não diabética, se dar através da hemoglobina glicada
que é feito da seguinte forma:
Materiais:

 Lanceta
 Reagentes Para Glicose ( Calibrador e Controle)

- Método:

Com a lanceta em mãos, o profissional deverá colocar no dedo do paciente, retirando uma gota de sangue
para análise

Diagnóstico:

 Menor que 5,7% Risco baixo de Diabetes


 Entre 5,7% à 6,4% Pré-Diabetes
 Maior ou Igual a 6,5% Diagnóstico de Diabetes
Exame: Para Realizar o exame são necessários os seguintes métodos:

 Utiliza-se 500 microlitros do reagente


 Utiliza-se 5 microlitros do soro do paciente
 É feita a mistura homogeinizando a amostra
 As amostras são colocadas em Banho Maria por 15 Minutos

- Máquina:

 Água Nula
 Reagente Nulo
 Amostra
 Os valores de referência variam entre 180 à 200

Principais Alterações:
 Uso ou não do Jejum
 Amostra insuficiente Do Paciente
 Quantidade Insuficiente de Reagente
 Práticas de exercícios ou uso de bebidas alcóolicas antes do exame.
 Pressão Alta
 Colesterol Alto
 Ter casos na família
 Síndromes de ovários policísticos

ÁCIDO ÚRICO
O Ácido úrico é um composto formado através do fígado através da metabolização de purinas, que é uma
substância utilizada e encontrada em diversos alimentos que contém substâncias ricas em purinas,
fazendo com que aumente sua quantidade no sangue.

Ele se deposita em alguns órgãos como os rins, podendo causar insuficiência renal, formação de cálculos
renais. Em grandes concentrações pode afetar os músculos, causando um grande inchaço e dores intensas,
importante diagnóstico em doenças como Gota, Nefropatias renais, cálculos renais. O excesso de ácido
úrico tem cura, pois os seus desiquilíbrios podem ser controlados através de uma alimentação equilibrada,
rica em água e pobre em alimentos ricos em proteínas. Em alguns casos, quando existem sintomas muito
intensos e que demoram para desaparecer, o médico pode indicar o uso de remédios específicos.

Além disso, quando seus valores, se apresentam alto, o ácido pode perder suas funções, se solidificando,
criando cristais que serão eliminados na urina. Em casos de mulheres grávidas, ele é reduzido no corpo,
só aumentando se caso a mulher apresente pressão alta, podendo causar complicações mais graves como
convulsões, coma, e morte.

O Diagnostico pode ser feito pelo clínico Geral, Nefrologista, através de exames de sangue que verificam
a quantidade de ácido úrico presente no sangue.

O tratamento é feito através de medicamentos, em casos de doenças relacionadas ao ácido úrico, como:

 Pedra nos Rins


 Gota
 Nefropatia

Para a Realização Dos Exames São Necessários Materiais e Métodos:

Materiais:

 Soro Do Paciente
 Reagente
 Banho Maria

Método:

 Utiliza-se 500 Microlitros do Reagente


 Utiliza-se 13 Microlitros Do Paciente
 Banho Maria 15 Minutos
Máquina: Seleciona

 Água Nula
 Reagente Nulo
 Amostra

Valores de referência:

3,5 à 7,2 mg/dl

Principais Alterações:

 Em casos de valores acima, podem causar inchaço nas articulações;


 Valores muito acima, deve-se repetir o exame para verificar a eficácia do aparelho;
 Resultados Anteriores com valores muito diferentes.

Triglicerídeos:
As Triglicérides constituem-se como as principais gorduras do nosso organismo, servindo como reserva
de energia. Presentes no sangue, quando estão acima de 150 ml/dl em jejum, acabam aumentando o risco
de doenças cardíacas e derrames. Além disso, o paciente poderá apresentar como consequência:
 Aterosclerose
 Pancreatite
 Esteatose Hepática
 AVC
 Isquemia Cerebral

Portanto, para controlar os níveis de triglicerídeos no sangue, são necessários mudanças de hábitos, como:

 Alimentação Equilibrada
 Prática de exercícios Físicos
- 30 Minutos de caminhadas diárias

Em casos em que há poucos níveis de triglicérides no sangue, o paciente poderá apresentar:


 Problemas hormonais
 Desnutrição
 Má absorção de nutrientes
 Alterações na tireóide
Materias e Métodos:

 Soro Do Paciente
 Reagente Do Triglicerídeo
 Tubos para Controle e calibrador

- Método
1° Utiliza-se 500 microlitros do Soro do Paciente
2° Utiliza-se 5 Microlitros do Reagente
3° A Mistura deverá ser homogeinizada
4° A Amostra é levada para câmara por 5 Minutos
5° A amostra é levada para máquina de Bioquímica

Máquina:
 Utiliza-se Água Nula
 Reagente Nulo
 Tubo Calibrador

Amostra
Após o processamento da amostra, a máquina dará o resultado do exame.

Valor de Referência:
Varia entre 70 à 150
Principais Alterações:

 Pouco Reagente;
 Exame com/sem jejum;
 Descalibração da máquina;
 Soro Hemolisado.
Referências:

https://www.bioclin.com.br/

http://hermespardini.com.br/

www.splabor.com.br

www.ciencianews.com.br

https://www.unolab-lab.com.br › teste-acao-titulo

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