A Ventilação Natural e Insolação
A Ventilação Natural e Insolação
A Ventilação Natural e Insolação
Janmys Gregory1
Luiz Neto2
Sammea Ribeiro3
RESUMO
Palavras-chave:
1 INTRODUÇÃO
O uso correto da radiação solar e da ventilação natural são umas das importantes
váriaveis para o conforto térmico em edificações. Para a sensação de conforto, o sol e
os ventos influenciam no ganho de calor do edifício e na obteção da iluminação natu-
ral, além na determinação do uso ou não de mecanimos artificiais para resfriamento. “O
Sol, importante fonte de calor, incide sobre o edifício representando sempre um certo
ganho de calor (energia), que será função da intensidade da radiação incidente e das
características térmicas dos paramentos do edifício” (FROTA; SCHIFFER, 2000, p. 41).
A ventilação natural é o fenômeno da movimentação do ar no interior das edi-
ficações sem a indução de nenhum sistema mecânico. Somente com a diferença de
pressão e a existência de aberturas é possível haver a ventilação natural, atuando na
geração de zonas de pressão e subpressão. Para que a ventilação possa fluir, é ne-
cessário aberturas, como janelas, para que ocorra ação dos ventos, pela diferança de
densidade, ou diferença de densidade do ar devido à diferença de temperatura.
Andreasi e Versage (2015), afirmam que existem duas maneiras de a ventilação
proporcionar conforto. Com a velocidade do ar, proporcionando uma sensação de
resfriamento aos ocupantes ou por meio da ventilação noturna, quando esta poderá
reduzir a massa térmica do edifício durante a noite, resfriando o ambiente para os pe-
ríodos de ocupação. A ventilação natural para obtenção de conforto é indicada para
climas onde a temperatura de ar externa esteja em condições aceitáveis de conforto,
pois por esta estratégia se alcança o resfriamento com a temperatura interna se igua-
lando a temperatura externa.
A ventilação natural possui, então, duas finalidades complementares. A primeira é
resfriar a estrutura da edificação, aquecida pela radiação solar e por ganhos internos de
calor. A segunda é obter o chamado resfriamento fisiológico por meio da evaporação do
suor e das trocas de calor por convecção, quando correntes de ar entram em contato
com o corpo humano. Este efeito é particularmente importante nas regiões quentes e
úmidas, onde o suor é geralmente a principal queixa em relação ao desconforto térmico.
Bittencout e Cândido (2015) afirmam que diversos fatores variáveis ao longo
do dia influem na velocidade e direção dos ventos. A altura das construções e impe-
dimentos urbanos alteram a direção do fluxo de ar, já a topografia e rugosidade do
tecido urbano podem reduzir a velocidade desse fluxo. Para evitar essas obstruções é
necessário que as edificações estejam afastadas, quanto mais afastadas maior será a
movimentação do ar entre elas.
2 OBJETIVO
3 METOLOGIA
ABERTURAS FACHADA
NOROESTE
3.2 PROJETO
LEGENDA:
Administração
Serviços
Acomodações
Restaurante
Acomodação estudada
Com a planta baixa geral do projeto da pousada e a enfâse na área a ser estu-
dada (Figura 4), observa-se a possível barreira para a passagem de ventilação, bem
como, um possível sombreamento indesejável na edificação.
A verificação do fluxo da ventilação natural foi realizada em duas etapas: a primeira foi
uma análise do projeto da pousada, seguindo as diretrizes para áreas de aberturas para venti-
lação natural da NBR 15575-3 (ABNT, 2013), que trata de“Edifícios habitacionais de até cinco
pavimentos – Desempenho”, seguida da simulação qualitativa, utilizando a Mesa D`água
, equipamento localizado no Laboratório de Conforto Ambiental do Centro Universitá-
rio Tiradentes (UNIT/AL).
Para a simulação do fluxo de ventilação natural foram confeccionadas maquetes
da planta baixa da implantação do projeto no terreno e da planta baixa do chalé esco-
lhido para análise, pois aparesenta possíveis barreiras para ventilação fluir por dentro
dele. Os ensaios foram realizados para o vento Sudeste, o método utilizado para análise
é simplificado por considerar apenas o escoamento bidimensional e o regime de esco-
amento externo permanente e pode, desta forma, ser considerado qualitativo, pois não
mede e nem estima valores para as vazões e as velocidades do escoamento. Os resul-
tados são apresentados em forma de descrição e exposição de imagens dos ensaios.
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Figura 6 – Planta baixa geral com a incidência do vento sudeste na Mesa d’Água
Figura 7 – Planta baixa geral após retirada do muro com a incidência do vento sudeste
na Mesa d’Água
QUADRO DE ESQUADRIAS
J4 J2 (JANELAS):
J2 J1
J1: 1.30 x 0.50
1.70
J2: 1.90 x 0.50
1.70
J3 J3: 2.50 x 1.00
1.10
J5 J5 J4: 1.00 x 1.00
1.10
J5: 1.50 x 1.00
1.10
Figura 12 – Planta baixa e cortes específicos da acomodação com a projeção dos beirais
5 CONCLUSÕES
SOBRE O TRABALHO
REFERÊNCIAS
BITTENCOURT, L.S. Uso das cartas solares: diretrizes para arquitetos. 4.ed. rev. ampl.
Maceió: EDUFAL, 2004. 109p.
COSTA FILHO, Amando C.; PISANI, M.A.J.; COELHO, Mayara Kima Macedo.
Ventilação natural e habitação de interesse social: o caso do Conjunto Planalto
Universo – Fortaleza, CE. XIII Encontro Nacional e IX Encontro Latino-americano
de Conforto no Ambiente Construído – XIII ENCAC e IX ELACAC. Anais...,
Campinas-SP, 2015.
FROTA, A.B.; SCHIFFER, S.R. Manual de conforto térmico, 4.ed., Studio Nobel, 2000.
GIVONI, B. Climate considerations in building and urban design, Wiley and Sons, 1998.
PEREIRA, A.K.O.; FUJIOKA, P.Y. A residência do arquiteto: uma análise gráfica das
casas de Vilanova Artigas. Revista de pesquisa em arquitetura e urbanismo,
Instituto de Arquitetura e Urbanismo, IAU-USP, 2015.