LIÇÃO 03 - Vença A Enfermidade

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Problemas Existenciais

Vença a Enfermidade
LEITURA DIÁRIA
SEGUNDA: A Origem da Doença . Gn 3
TERÇA: Jesus, o Curador . Mt 8.1-17
QUARTA: A Cura Principal Lc 5.17-26
QUINTA: Sofrimento e Vitória SI 22
SEXTA: Sofrer para Consolar 2 Co 1.3-11
SÁBADO: A Ressurreição 1 Co 15
DOMINGO: Visitando os Doentes Mt 25.31-46

OBJETIVO DA LIÇÃO: Compreender o ensino bíblico acerca da doença.

INTRODUÇÃO

“...está enfermo aquele a quem amas' (Jo 11.3).

 Estas palavras são extraordinariamente tocantes e instrutivas. Elas recordam a mensagem que
Marta e Maria enviaram a Jesus quando Lázaro, irmão delas, adoecera: “Senhor, está enfermo
aquele a quem amas!’. A mensagem foi simples e curta, mas cada palavra dela é profundamente
sugestiva.
 Observamos a fé simples e confiante dessas mulheres. Elas se voltaram para o Senhor Jesus na
hora da necessidade, como uma criança assustada se volta para a mãe, ou a agulha de uma
bússola para o pólo. A ajuda de Cristo foi o primeiro pensamento delas no dia da angústia. Ele foi
refúgio para o qual correram na hora da necessidade.
 Observamos a simplicidade da linguagem delas a respeito de Lázaro. Elas o chamam “aquele a
quem amas”. Não dizem aquele que Te ama, que crê em Ti, que Te serve, mas “aquele a quem
amas”.
 Marta e Maria foram ensinadas profundamente por Deus. Elas haviam aprendido que o amor de
Cristo por nós, e não o nosso amor por Cristo, é o verdadeiro fundamento da expectação e a
verdadeira base da esperança. Olhar para o nosso amor por Cristo é uma experiência
dolorosamente insatisfatória; olhar para o amor de Cristo por nós dá-nos paz.
 Observamos, por último, a tocante circunstância que a mensagem de Marta e Maria revela: “está
enfermo aquele a quem amas”.
 Lázaro era um bom homem, convertido, crente, renovado, santificado, amigo de Cristo e herdeiro
da glória. Mesmo assim, ele estava doente! Desta forma, a doença não é sinal do desagrado de
Deus, mas é designada para trazer- nos bênção, e não a maldição. "... todas as coisas contribuem
juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados por seu
decreto”. "... seja a vida, seja a morte, seja o presente, seja o futuro, tudo é vosso, e vós de Cristo,
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e Cristo de Deu’. (Rm 8.28; 1 Co 3.22-23 - Ed. Rev. e Corrigida de Almeida).
Rm 8:28 Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo
o seu propósito.

1Co 3:22 sejaPaulo, seja Apolo, seja Cefas, seja o mundo, seja a vida, seja a morte, sejam as coisas presentes, sejam as futuras,
tudo é vosso,
1Co 3:23 e vós, de Cristo, e Cristo, de Deus.

 Felizes aqueles que podem dizer quando doentes: “Isto é obra de meu Pai. Portanto é bom”.

Há três pontos que exigem atenção quando se considera o tema “doença”. Sobre cada ponto discorrerei
um pouco.

EXPOSIÇÃO

1. A PREVALÊNCIA UNIVERSAL DA DOENÇA


 Não é necessário falar longamente sobre este ponto. Elaborar provas disto seria somente
multiplicar afirmações óbvias. A doença está em toda parte: Europa, Ásia, América; em países
quentes ou frios, nações civilizadas ou tribos selvagens - homens, mulheres e crianças adoecem e
morrem.
1.1. Existência da Doença

 Existem doenças em todas as classes. A graça não mantém os crentes fora do alcance dela. A
riqueza não pode comprar isenção dela. A graduação não pode prevenir contra os seus assaltos.
Reis e seus súditos, patrões e empregados, ricos e pobres, cultos e incultos, professores e alunos,
médicos e pacientes, ministros e ouvintes, todos caem igualmente diante desse grande inimigo. A
casa do inglês é chamada de seu castelo, mas não há portas ou trancas que possam manter a
doença e a morte do lado de fora.
 Existe doença de todo tipo e descrição. Do alto da cabeça à sola dos pés, estamos sujeitos a ela.
Nossa capacidade para sofrer é algo tremendo. Quem pode enumerar as aflições capazes de
atacar o nosso corpo? Para mim não é coisa surpreendente o fato do homem morrer tão cedo,
mas sim, que ele tenha vida longa.
 Nada que o homem seja capaz de fazer poderá evitar a doença. A média de duração de uma vida
pode, sem dúvida alguma, ser prolongada por algum tempo. A perícia dos médicos pode continuar
a descobrir novos métodos terapêuticos e efetuar surpreendentes curas. A implementação de
regulamentos sanitários adequados pode reduzir significantemente a taxa de mortalidade num
determinado local, mas após tudo isso, em locais saudáveis ou não, em clima ameno ou frio,
tratado por homeopatia ou por alopatia, o homem sempre adoecerá e morrerá. “A duração da
nossa vida é de setenta anos, (...)e o melhor deles é canseira e enfado, pois passa rapidamente, e
nós voamos”. (SI 90.10). Esse testemunho é realmente verdadeiro. Foi verdadeiro ao ser escrito
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3.300 anos passados, e ainda o é hoje.

 Então, o que fazer deste grande fato - a prevalência universal da doença? Como devemos
explicá-lo? Que elucidações podemos fazer a esse respeito? Que resposta daremos aos nossos
filhos, curiosos, quando nos perguntam: pai, por que as pessoas ficam doentes e morrem? Estas
são questões sérias, que merecem algumas considerações a respeito.

1.2.Explicação

 A única explicação que me satisfaz é a que a Bíblia dá. Algo veio ao mundo que destronou o
homem de sua posição original, destituindo-o de seus privilégios originais. Esse algo, como um
punhado de cascalho jogado no meio de uma máquina, desfigurou a perfeita ordem da criação de
Deus. O que seria esse algo? Respondo com uma única palavra: pecado."... entrou o pecado no
mundo, e pelo pecado a morte...” (Rm 5.12).

Rm 5:12 Portanto,
assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a
morte passou a todos os homens, porque todos pecaram.

 O pecado é a causa original de toda doença, moléstia, dor e sofrimento que prevalecem na terra.
Tudo isso faz parte da maldição que veio ao mundo quando Adão e Eva comeram do fruto proibido
e caíram. Não haveria doença se não tivesse ocorrido a queda. Não haveria doença se não
houvesse pecado.
 A prevalência universal da doença é uma das evidências indiretas da veracidade da Bíblia. A Bíblia
a explica. Ela tira as dúvidas que surgem em toda mente indagante a esse respeito. Outros
sistemas religiosos não podem fazê-lo. Todos eles falham neste ponto. Calam-se e confundem-se.
Somente a Bíblia encara o assunto de frente. Ela proclama ousadamente o fato de que o homem é
uma criatura decaída, e, com igual intrepidez, proclama um vasto sistema terapêutico para suprir
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suas necessidades. Sinto-me obrigado a concluir que a Bíblia provém de Deus. O cristianismo é
uma revelação do céu. "... a tua palavra é a verdade." (Jo 17.17).

Jo 17:17 Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade.

2. BENEFÍCIOS GERAIS CONFERIDOS PELA DOENÇA.

 Eu uso a palavra “benefício” ponderadamente. Ela é de suma importância para a percepção clara
desta parte do assunto. Bem sei que a doença é um dos supostos pontos fracos no governo de
Deus sobre o mundo, sobre o qual pessoas céticas gostam muito de insistir. “Pode Deus ser um
Deus de amor uma vez que permite a doença? Ele pode impedir a dor e a doença, mas não o faz.
Como podem ser explicadas tais coisas?” Este é o raciocínio que frequentemente vem à mente do
homem.

2.1. Lembrança da Morte

 A doença ajuda os homens a lembrarem-se da morte. A maioria vive como se nunca fosse morrer.
Eles participam de negócios, prazeres, política e ciências, como se a terra fosse seu lar eterno.
Planejam e projetam para o futuro, como o rico tolo da parábola, como se tivessem uma apólice
vitalícia de vida e nunca tivessem que prestar contas.

2.2. Pensamento em Deus

 A doença faz com que os homens pensem seriamente sobre Deus, como também sobre suas
almas e o mundo porvindouro. A maior parte das pessoas, em seus dias de saúde, não pode
encontrar tempo para tais pensamentos. Não gosta deles; deixa-os de lado, e os considera
problemáticos e desagradáveis. Entretanto, às vezes, uma doença séria tem o maravilhoso poder
de reunir e unir tais pensamentos, e de trazê-los diante dos olhos da alma de um homem.

2.3. Ensino da Sabedoria

 A doença ajuda a amolecer o coração dos homens e lhes ensina a sabedoria. O coração natural é
duro como a pedra. Ele não vê nenhum bem em coisa alguma que não seja desta vida, nem
felicidade alguma que não seja deste mundo. Uma longa enfermidade, às vezes, ajuda muito a
corrigir estas idéias. Revela a nulidade e a futilidade daquilo que o mundo chama de coisas “boas”,
e ensina-nos a fazer pouco caso delas.
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2.4. Equilíbrio e Humildade

 A doença ajuda-nos a nos equilibrar e a nos humilhar. Todos nós somos naturalmente orgulhosos
e vaidosos. Poucos, mesmo entre os mais pobres, estão isentos desta infecção. Poucos são
aqueles que não se consideram superiores a alguém, e que não se lisonjeiam secretamente pelo
fato de que “não são como os demais homens’’. O leito de enfermidade é um poderoso “domador”
de pensamentos.

2.5. Teste de Autenticidade

 Por fim, a doença ajuda a testar a autenticidade da religião dos homens. Não há muitos na terra
que não tenham uma religião. Contudo, poucos, têm uma religião que suporte esta inspeção. A
maioria está satisfeita com as tradições recebidas de seus pais, e é incapaz de apresentar uma
razão para a esperança que tem. Neste ponto a doença é frequentemente muito útil para mostrar a
um homem a absoluta inutilidade daquilo em que se baseia sua alma.

3. OBRIGAÇÕES ESPECIAIS IMPOSTAS PELA DOENÇA

Não quero que ninguém deixe a leitura desta pequena lição sem ser capaz de responder às seguintes
questões:

 Que lição prática aprendi?


 Que devo fazer num mundo de doença e morte?

3.1. Preparação para a Morte

 Uma das principais obrigações que a prevalência da doença impõe ao homem é a de viver
constantemente preparado para encontrar-se com Deus. A doença nos faz lembrar da morte. A
morte é a porta pela qual todos teremos que passar para o julgamento. O julgamento será o dia em
que, finalmente, veremos a Deus face a face. Certamente, a primeira lição que o habitante de um
mundo doentio e moribundo deveria aprender é esta: a de estar preparado para encontra-se com
Deus.

3.2. Prontos para Suportar

 Outra importante obrigação que a prevalência da doença nos impõe é a de vivermos


constantemente prontos para suportá-la com paciência. A doença, sem dúvida alguma, prova a
carne e o sangue. Sentir nossos nervos abalados, nossa força natural abatida, sermos obrigados a
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deixar nossas ocupações habituais, ver nossos planos arruinados, nossos propósitos frustrados,
aturar longas horas, dias e noites de fadiga e dor - tudo isto é um fardo muito pesado para a nossa
pobre natureza humana pecaminosa. Não admira, pois, se a doença trouxer irritação e
impaciência! Como é necessário, num mundo decaído como este, aprender a ter paciência.

3.3. Prontidão para Ajudar

 Ainda outra obrigação importante que a prevalência da doença nos impõe é a de constante
prontidão para ajudar os nossos semelhantes e identificar-nos com eles. A doença nunca está
muito distante de nós. Poucas são as famílias que não têm um de seus membros doente. Poucas
são as comunidades onde você não encontrará alguém enfermo. Mas, onde quer que haja
doença, há um chamado ao dever social. Uma pequena e oportuna assistência em alguns casos,
uma gentil visita em outros, o interesse amigo ou uma simples expressão de simpatia podem fazer
um imenso bem. São coisas como estas que amenizam as asperezas, unem os homens e
promovem o bem estar. Elas são também os meios pelos quais se pode finalmente levar pessoas
a Cristo e salvar suas almas. São boas obras para as quais todo cristão deve estar pronto. Neste
mundo tão cheio de doença, devemos “levaras cargas uns dos outros, “e sermos benignos uns
com os outros (Gl 6.2; Ef 4.32).

Gl 6:2 Levai as cargas uns dos outros e, assim, cumprireis a lei de Cristo.

Ef 4:32 Antes,sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em
Cristo, vos perdoou.

CONCLUSÃO

 O tempo é curto e o modismo do mundo passa. Mais algumas doenças, e tudo estará acabado.
Mais alguns funerais e então acontecerá o nosso próprio funeral. Mais algumas tempestades e
agitações, e estaremos a salvos no porto. Viajamos para um mundo onde não há mais doença,
onde a separação, a dor, o choro, e o luto se foram para sempre.
 O céu está a cada ano mais repleto, e a terra mais vazia. Os amigos que estão na dianteira estão
se tornando mais numerosos do que os que estão na retaguarda. “Porque, ainda dentro de pouco
tempo aquele que vem virá e não tardará’ (Hb 10.37). Na sua presença haverá plenitude de
alegria. Cristo enxugará toda lágrima dos olhos do seu povo. O último inimigo a ser destruído é a
morte, mas este será destruído. A própria morte um dia morrerá (Ap 20.14).
 Enquanto isso, vivamos uma vida de fé no Filho de Deus. Lancemos toda a nossa carga sobre
Cristo e regozijemo- nos em pensar que Ele vive para sempre.
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PONTOS PARA DISCUTIR

1. Doença na vida do crente é sinal de bênção ou de maldição divina?


2. Há benefícios na doença?
3. Você está preparado para encontrar- se com Deus?

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