TCC Indiana Massardo
TCC Indiana Massardo
TCC Indiana Massardo
INDIANA MASSARDO
Ijuí/RS
2015
INDIANA MASSARDO
Ijuí/RS
2015
INDIANA MASSARDO
Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado para a obtenção do título de
ENGENHEIRO CIVIL e aprovado em sua forma final pelo professor orientador e pelo membro da
banca examinadora.
BANCA EXAMINADORA
Primeiramente gostaria de agradecer minha mãe, Selita Massardo, por ser uma mulher
batalhadora, que me ensinou a lutar pelo que desejo, que sempre me incentivou a estudar, e
principalmente, por ser uma mãe maravilhosa. Eu amo você;
À toda minha família, em especial minha falecida nona Maria por todo o amor e
encorajamento aos estudos, meu nono Fiori por sempre me apoiar e ser a figura paterna em minha
vida, minha prima, Darli Massardo, por sua amizade e carinho e pela imensa ajuda ao ler inúmeras
vezes este trabalho e outros e sempre ser sincera em suas correções;
Gostaria de agradecer a minha amiga Bruna Voght, que partilhou de todo o meu desespero na
redação deste trabalho e me fez lembrar que temos tempo, e conseguimos acabar. E ao meu melhor
amigo Thiago Galvão de Paula por compartilhar, mesmo que fisicamente distante, todo o meu trajeto
até aqui;
Ao meu orientador Jeancarlo Ribas, que abraçou o tema deste trabalho e me passou o suporte
necessário para que fosse possível realiza-lo, obrigada;
Ao professor Paulo Cezar Rodrigues, obrigada por todo o suporte técnico neste trabalho, e
principalmente pelas críticas construtivas, crescer é aprender a ouvir e mudar;
A todos os professores do curso de Engenharia Civil da UNIJUI, vocês nos servem de
inspiração, obrigada por todo o conhecimento compartilhado;
Gostaria de deixar meu muito obrigada ao professor Paulo Sarkis e a todos da Sarkis
Engenharia Estrutural, principalmente ao engenheiro Mateus Rigon Moro que me ensinou com muita
paciência os cálculos do reforço com protensão externa, muito obrigada.
A todos os funcionários que trabalham na UNIJUI e que nos possibilitam um local de estudo
adequado e bem equipado.
Não são nossas habilidades que mostram quem realmente
somos, são nossas escolhas.
2.4.2 Desvantagens........................................................................................... 31
3 METODOLOGIA................................................................................... 51
REFERÊNCIAS ................................................................................................... 77
1 INTRODUÇÃO
1.1 CONTEXTO
__________________________________________________________________________________________
Indiana Massardo ([email protected]). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí DCEENG/UNIJUÍ, 2015
19
fundamentais para a realização de uma avaliação real das condições das estruturas danificadas
e implementar soluções (RIPPER & SOUZA, 1998).
Neste momento, a recuperação e reforço das estruturas surgem como um forte
segmento de mercado da indústria da construção civil. As principais razões para a utilização
de reforço em estruturas de concreto são tipicamente para aumentar a capacidade de suporte
dos elementos existentes ou para resolver uma deficiência estrutural causadas por erros no
projeto ou na construção, ou pela perda de capacidade devido a deterioração da estrutura
(ALKHRDAJI & THOMAS, 2015).
1.2 PROBLEMA
Diversas técnicas de reforço, tais como a ampliação de seção, reforço com polímero de
fibra colado externamente, elementos de aço suplementares, e protensão externa podem ser
empregados para aumentar a capacidade de carga e melhorar a manutenção das estruturas
existentes. No entanto, há muitos fatores técnicos que devem ser considerados na escolha de
um sistema de reforço, tais como manutenção, resistência, durabilidade, aparência e avaliação
de fogo, também é necessário considerar fatores como possibilidade de execução, estética e
custo (ALKHRDAJI & THOMAS, 2015).
Cabe salientar que não existem trabalhos realizados na Universidade Regional do
Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul que focam na utilização de reforço em estruturas,
havendo, portanto, uma lacuna a ser preenchida por estudos científicos nesta área.
Esta pesquisa visa contribuir para o estudo de técnicas de reforço de estruturas de
concreto armado, proporcionando uma linha de pesquisa que, futuramente, pode ser
continuada.
______________________________________________________________________________
Análise comparativa entre métodos de reforço a flexão aplicados a vigas de concreto armado
20
Para que este objetivo seja atendido é necessário estabelecer algumas metas
específicas:
a) Estudar os materiais que compõem as vigas de concreto armado e os materiais
utilizados para reforço, fazendo-se um levantamento bibliográfico sobre o assunto;
b) Analisar os fundamentos teóricos com relação as patologias nas estruturas de
concreto armado;
c) Reunir informações a partir da bibliografia existente a respeito dos métodos
mais utilizados para reforço de estruturas e, como base de estudo mais específico, focar no
uso do concreto armado, das chapas de aço e da proteção como forma de reforço;
d) Através de um estudo de caso, fazer um comparativo entre os três métodos de
reforço estudados, com uma análise detalhada dos custos de cada método e um comparativo
entre os mesmos.
__________________________________________________________________________________________
Indiana Massardo ([email protected]). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí DCEENG/UNIJUÍ, 2015
21
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 CONCRETO
duas fases podem ser facilmente distintas: os agregados de diferentes formas e tamanhos e um
meio de ligação composto pela pasta de cimento hidratado (Figura 1).
Quando se fala em qualidade do concreto, é preciso ter em mente que ela depende
primeiramente da qualidade dos materiais que serão utilizados na sua composição. Petrucci
(1981) diz que um dos principais fatores para a qualidade do concreto é a uniformidade. É
preferível um produto de qualidade média a um que oscile de uma qualidade ótima a regular
no mesmo produto.
De posse de materiais uniformes e de boa qualidade é preciso misturá-los nas
proporções adequadas, levando em conta a relação entre cimento e agregado, a divisão do
agregado miúdo e graúdo e, principalmente, a relação entre a água e o cimento. Após a
mistura o concreto deve ser transportado, lançado e adensado adequadamente. Um último
cuidado é a hidratação do cimento que deve ser continua por tempo suficiente, este processo é
denominado a cura do concreto (PETRUCCI, 1981).
__________________________________________________________________________________________
Indiana Massardo ([email protected]). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí DCEENG/UNIJUÍ, 2015
23
Carvalho & Figueiredo Filho (2005) citam que as principais características são as
mecânicas, destacando-se a resistência à compressão e a tração.
______________________________________________________________________________
Análise comparativa entre métodos de reforço a flexão aplicados a vigas de concreto armado
24
Classes de
C20 C25 C30 C35 C40 C45 C50 C60 C70 C80 C90
resistência
Eci (GPa) 25 28 31 33 35 38 40 42 43 45 47
Ecs (GPA) 21 24 27 29 32 34 37 40 42 45 47
αi 0,85 0,86 0,88 0,89 0,9 0,91 0,93 0,95 0,98 1 1
Fonte: NBR 6118, 2014.
De acordo com Araújo (2003) a resistência à tração pode ser determinada em três
ensaios diferentes: ensaio de tração axial, ensaio de compressão diametral ou ensaio de flexão.
Segundo a NBR 6118 (2014) o valor médio da resistência à tração simples ( ) pode
ser relacionado empiricamente com a resistência característica ( ) na seguinte expressão,
onde e são expressos em megapascal (MPa):
Para concretos de classe até C50:
1. √
Para concretos de classe C55 até C90:
2.
Onde:
= resistência média a tração simples;
= resistência característica a tração.
2.2 AÇO
O aço é uma liga de natureza complexa e sua definição não é simples, visto que os
aços comerciais não são ligas binárias. De fato, apesar dos seus principais elementos de liga
serem o ferro e o carbono, eles contêm sempre outros elementos secundários, presentes
devido aos processos de fabricação (CARVALHO E FIGUEIREDO FILHO, 2005).
Carvalho & Figueiredo Filho (2005) esclarecem que a principal diferença entre o aço e
o ferro é o teor de carbono, no aço este teor é inferior a 2,04%, as barras e os fios destinados a
armaduras para concreto armado possuem, normalmente, teor de carbono entre 0,08% e
0,50%, no ferro este teor fica entre 2,04% e 6,7%.
__________________________________________________________________________________________
Indiana Massardo ([email protected]). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí DCEENG/UNIJUÍ, 2015
25
A norma NBR 7480 (2007) define como barra os produtos de diâmetro nominal de 6,3
mm ou superior, obtidos exclusivamente por laminação a quente sem processo posterior de
deformação mecânica. Os fios são aqueles com diâmetro nominal de 10,0 mm ou inferior,
obtidos a partir de fio-máquina por trefilação ou laminação a frio.
a) Elasticidade: quando aplica-se uma força externa ao material ele terá uma
deformação, e quando retira-se esta força externa, o material volta ao seu estado inicial, ou
seja, a elasticidade é a capacidade do material retornar ao seu estado inicial após a retirada da
força externa atuante (FERRAZ, 2003).
Ao maior valor de tensão para o qual vale a Lei de Hooke, denomina-se limite de
proporcionalidade. Ao ultrapassar este limite, surge a fase plástica, onde ocorrem
deformações crescentes mesmo sem a variação da tensão, é o denominado patamar de
escoamento (FERRAZ, 2003).
b) Plasticidade: é a propriedade do material não voltar à sua forma inicial após a
remoção da carga externa, obtendo-se deformações permanentes. A deformação plástica altera
a estrutura de um metal, aumentando sua dureza. Este fenômeno é denominado
endurecimento pela deformação a frio ou encruamento (FERRAZ, 2003).
c) Ductilidade: é a capacidade do material de se deformar sob a ação de cargas
antes de se romper, daí sua grande importância, já que estas deformações constituem um aviso
prévio à ruptura final do material (FERRAZ, 2003).
d) Resiliência: é a capacidade de absorver energia mecânica em regime elástico,
ou seja, a capacidade de restituir a energia mecânica absorvida (FERRAZ, 2003).
e) Fluência: acontece em função de ajustes plásticos que podem ocorrer em
pontos de tensão que aparecem logo após o material ser solicitado por uma carga constante, e
sofrer a deformação elástica. Após a fluência ocorre uma deformação continua que leva a
redução da área da seção transversal da peça (denominada estricção) (FERRAZ, 2003).
______________________________________________________________________________
Análise comparativa entre métodos de reforço a flexão aplicados a vigas de concreto armado
26
__________________________________________________________________________________________
Indiana Massardo ([email protected]). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí DCEENG/UNIJUÍ, 2015
27
Carvalho (2012) cita que normalmente se indicam os fios de protensão apenas pelo seu
diâmetro, enquanto os demais conjuntos são chamados genericamente de cordoalhas de dois e
três fios pela designação, por exemplo, de 2 x 2,00 (cordoalha de dois fios de diâmetro de 2
mm). As cordoalhas de 7 fios geralmente possuem o fio central de maior diâmetro (cerca de
2% maior que os demais) e mais seis outros enrolados em forma de hélice. Com isso, não
podemos calcular a área da seção transversal de forma direta. Como indicado na Tabela 2.
engraxada, em toda sua extensão, que permite o movimento livre da cordoalha em seu
interior, é durável, impermeável e resistente a danos provocados pelo manuseio.
A graxa utilizada oferece proteção contra a corrosão e lubrificação entre o PEAD e a
cordoalha, reduzindo o coeficiente de atrito para 0,06 a 0,07 (ACELORMITTAL, 2015).
As características mecânicas são iguais as das cordoalhas sem revestimento, seguindo
as prescrições da NBR 7483, o revestimento e a graxa seguindo especificações do PYI (post-
tensioning Institute) (ACELORMITTAL, 2015).
Diâmetro nominal Área aprox. Área mínima Massa aprox. Carga Carga mínima a Alongamento
Produto
(mm) (mm²) (mm²) (kg/1000m) mínima de 1% de após ruptura
ruptura (KN) deformação (%)
Cordoalha de 7 fios CP 190, cor azul
Cord. CP 190
12,7 101 99 792 187 169
RB 12,70
Cord. CP 190
15,2 143 140 1126 265 239 3,5
RB 15,20
Cord. CP 190
15,7 150 147 1172 279 246
RB 15,70
Cordoalha de 7 fios CP 210, cor laranja
Cord. CP 210
12,7 101 99 792 203 183
RB 12,70
Cord. CP 210
15,2 143 140 1126 288 259 3,5
RB 15,20
Cord. CP 210
15,7 150 147 1172 308 277
RB 15,70
__________________________________________________________________________________________
Indiana Massardo ([email protected]). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí DCEENG/UNIJUÍ, 2015
29
Chapas são folhas que sofrem carga paralela à face formada pelas duas maiores
dimensões. As chapas utilizadas nos reforços de vigas de concreto armado resistem a esforços
de tração, aplicados na face formada pela espessura da chapa e sua base (DIAS, 2006).
Na tabela 4 encontra-se alguns exemplos de chapas de aço de qualidade estrutural
utilizada para componentes estruturais que precisam ter desempenho mecânico aliados a boas
características de boa soldabilidade.
De acordo com POLIPOX (2015) o adesivo estrutural a base de resina epóxi, possui
média fluidez o que possibilita grande facilidade para manuseio. Proporciona alto rendimento
e excelente aderência a vários tipos de substratos, sendo indicado para recuperação de
estruturas danificadas, para fixar e chumbar vergalhões de aço no concreto, colar concreto
______________________________________________________________________________
Análise comparativa entre métodos de reforço a flexão aplicados a vigas de concreto armado
30
velho com novo, corrigir trincas e rachaduras, colar metal com concreto, colar cerâmica, pias,
madeira, louças entre outros.
Também oferece ótima resistência à água, ao óleo, à graxa e ao meio agressivo. Pode
ser aplicado em superfícies úmidas, embora não encharcadas. Apresenta resistência inicial em
24 horas e resistência máxima final em 7 dias após a aplicação. Sua resistência mecânica é
superior a do concreto e também possui grande resistência ao arranque.
2.4.1 Vantagens
2.4.2 Desvantagens
A NBR 6118 (2014) define elementos de concreto protendido como os elementos nos
quais parte das armaduras é previamente alongada por equipamentos especiais de protensão,
com a finalidade de, em condições de serviço, impedir ou limitar a fissuração e os
deslocamentos da estrutura, bem como propiciar o melhor aproveitamento de ações de alta
resistência no ELU (estado limite último).
Segundo Fusco (2008) quando o pré-alongamento da armadura é realizado de modo
permanente, o concreto estrutural ganha o nome de concreto protendido. No concreto
protendido, se empregam aços com resistências de escoamento da ordem de 2000 MPa, as
armaduras de protensão são tracionadas durante a construção da estrutura, por meio de
dispositivos adequados, guardando tensões residuais permanentes.
De acordo com Carvalho (2012) em elementos fletidos de concreto protendido, mesmo
que ainda não tenha sido retirado o escoramento, a armadura longitudinal principal já
trabalha. Isto ocorre porque o aço de protensão é distendido por elementos esternos à
estrutura, e assim a armadura entra em ação independentemente da movimentação do
concreto. Dessa maneira a armadura de protensão é chamada de “ativa”.
______________________________________________________________________________
Análise comparativa entre métodos de reforço a flexão aplicados a vigas de concreto armado
32
Ainda segundo Carvalho (2012) o concreto com armadura ativa de protensão pode ser
dividida em três tipos quanto a aderência e execução: pré-tracionada onde a aderência entre a
armadura e o concreto é iniciada quando se inicia o lançamento do concreto, pós-tracionada
onde a aderência entre a armadura e o concreto é iniciada posteriormente à execução da
protensão, quando o concreto já está endurecido e injeta-se nata de cimento na bainha que
isola a armadura de protensão e o concreto, e pós-tracionada sem aderência, neste caso a
armadura só está solidária ao concreto na região (e através das) ancoragens.
“A protensão pode ser definida como o artifício de introduzir, numa estrutura, um
estado prévio de tensões, de modo a melhorar sua resistência ou seu comportamento, sob ação
de diversas solicitações.” (PFEIL, 1988, p. 1).
__________________________________________________________________________________________
Indiana Massardo ([email protected]). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí DCEENG/UNIJUÍ, 2015
33
Desvantagens:
a) Comparando-se com estruturas de madeira e de aço, o peso final da estrutura é
relativamente alto;
b) No caso de peças em que a armadura não está protegida por bainhas (caso das
armaduras pré-aderentes) o efeito da corrosão pode ser danoso;
c) Necessita de escoramento e tempo de cura adequado para peças moldadas no
local;
d) Erros de projeto ou de construção, quando a protensão estiver sendo aplicada
no concreto, podem resultar em ruínas das estruturas, é recomendado que seja verificado o
estado limite último no ato da protensão;
e) Condutibilidade alta de calor;
f) Em algumas situações ocorrem dificuldades para se executar reformas;
g) Necessita-se de elementos específicos: bainhas, cabos, etc;
h) Possui maior exigência no projeto e na construção, por isso o projeto precisa
conter também os procedimentos executivos, e os equipamentos específicos (macacos,
aparelhos de controle de pressão, bombas injetoras e misturadoras) precisam ter um alto
controle de qualidade.
Carvalho (2012) diz que neste tipo de protensão, a aderência entre o concreto e a
armadura é iniciada quando se inicia o lançamento do concreto. Ainda segundo Carvalho
______________________________________________________________________________
Análise comparativa entre métodos de reforço a flexão aplicados a vigas de concreto armado
34
(2012) tem-se como exemplo uma viga calha fabricada com protensão inicial (figura 4) e seu
processo construtivo descrito abaixo.
nome de aderência inicial, pois a armadura já estava tensionada quando foi lançado o concreto
(CARVALHO, 2012).
Depois do concreto curado e com a resistência adequada, retira-se a ancoragem de um
dos apoios, ou corta-se a armadura, a mesma tenta retornar para seu estado inicial,
provocando uma força F de compressão no concreto, pois está aderente ao mesmo (figura 8).
A viga executada com concreto protendido com aderência posterior, segundo Carvalho
(2012) segue a seguinte ordem de execução:
Primeiramente monta-se as fôrmas, coloca-se as armaduras passivas e bainhas
estanques, que não permitem a penetração do concreto no seu interior. Em geral, as bainhas
possuem seção circular e são ainda corrugadas ao longo do comprimento para prevenir o
amassamento e possibilitar uma melhor aderência com a nata de cimento. Em alguns casos os
cabos (conjunto de cordoalhas dentro da bainha) podem ser colocados posteriormente. Este
processo está melhor ilustrado na figura 9, na ETAPA 1.
__________________________________________________________________________________________
Indiana Massardo ([email protected]). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí DCEENG/UNIJUÍ, 2015
37
______________________________________________________________________________
Análise comparativa entre métodos de reforço a flexão aplicados a vigas de concreto armado
38
Segundo Carvalho (2012) para a obtenção da protensão sem aderência, pode-se utilizar
o método de bainhas convencionais, porém sem fazer a injeção da nata de concreto, porém, tal
método não tem nenhuma vantagem, a não ser evitar uma das etapas de execução, porém, tem
uma grande desvantagem, pois aumenta a possibilidade de corrosão da armadura ativa.
O mais comum é utilizar cordoalhas engraxadas, que são compostas de uma cordoalha
envolta em graxa e encapada com uma capa plástica protetora (Figura 10). A capa faz a
função de uma bainha, isolando o concreto da armadura, e a graxa, além de preencher os
vazios entre o cabo e capa, faz com que o atrito entre o cabo e a bainha na hora da protensão
seja bem pequeno.
Figura 10 - Cordoalha engraxada
__________________________________________________________________________________________
Indiana Massardo ([email protected]). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí DCEENG/UNIJUÍ, 2015
39
No exemplo de uma viga em U executada com protensão sem aderência (Figura 11),
neste caso, a viga é concretada e posteriormente é feito a protensão dos cabos. Carvalho
(2012) ainda afirma que o funcionamento de peças com aderência é melhor e há um pequeno
aumento de resistência nas mesmas. Também temos que entender que se for rompido a
ancoragem, ou houver o corte da armadura ativa, a protensão da cordoalha engraxada e seu
efeito desaparecem por completo.
Neste caso, as cordoalhas estarão localizadas fora da seção de concreto e não terão
contato com o mesmo, a não ser em pontos específicos em que são utilizados desviadores.
Podemos observar no exemplo da Figura 12, que os cabos estão localizados na face interna da
viga, e o que garante a excentricidade dos cabos são os desviadores, também são eles que
fazem o contato entre a armadura (cabos) e o concreto (CARVALHO, 2012).
______________________________________________________________________________
Análise comparativa entre métodos de reforço a flexão aplicados a vigas de concreto armado
40
__________________________________________________________________________________________
Indiana Massardo ([email protected]). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí DCEENG/UNIJUÍ, 2015
41
De acordo com Brik, Krüger e Moreira (2013) hoje em dia as construções são
realizadas com maior controle tecnológico, utilizando materiais e técnicas mais modernas,
porém ainda ocorrem inúmeras falhas, que causam defeitos, anomalias que comprometem as
estruturas e originam defeitos indesejáveis nas construções, levando algumas vezes até à
impossibilidade de utilização dessa construção.
Os sintomas mais comuns e de maior incidência nas estruturas de concreto, são as
fissuras, as eflorescências, as flechas excessivas, as manchas no concreto aparente, a corrosão
de armaduras e os ninhos de concretagem (segregação dos materiais constituintes do
concreto) (BRIK, KRUGER E MOREIRA, 2013).
Certos problemas, como os resultantes das reações álcalis-agregado e corrosão das
armaduras só aparecem com intensidade anos após as primeiras ocorrências (BRIK,
KRUGER E MOREIRA, 2013).
O conceito de desempenho reflete o comportamento em serviço de cada produto ao
longo de sua vida útil, não significando, entretanto que o produto esteja “condenado” se
apresentar desempenho insatisfatório. Neste caso, a estrutura requer imediata intervenção
técnica, de forma a reabilitá-la (BRIK, KRUGER E MOREIRA, 2013).
Na fase de projeto, são vários os possíveis erros que podem ocorrer, como erros no
lançamento da estrutura, na execução do anteprojeto ou durante a execução do projeto final
(SOUZA E RIPPER, 1998).
Souza e Ripper (1998) constatam que as falhas originadas de um estudo preliminar
deficiente, ou de anteprojetos equivocados, são responsáveis, principalmente, pelo
encarecimento do processo de construção, ou por transtornos relacionados à utilização da
obra, enquanto as falhas geradas durante a realização do projeto final geralmente são as
______________________________________________________________________________
Análise comparativa entre métodos de reforço a flexão aplicados a vigas de concreto armado
42
responsáveis pela implantação de problemas patológicos sérios e podem ser tão diversas
como:
a) Elementos de projeto inadequados;
b) Falta de compatibilização entre a estrutura e a arquitetura, bem como com os
demais projetos civis;
c) Especificação inadequada de materiais;
d) Detalhamento insuficiente ou errado;
e) Detalhes construtivos inexequíveis;
f) Falta de padronização das representações (convenções);
g) Erros de dimensionamento.
Ainda Marcelli (2007) comenta que com o uso cada vez maior do computador, alguns
engenheiros que se dedicam ao cálculo estrutural, principalmente os mais novos, não possuem
experiência suficiente para o que podemos chamar de "sentimento estrutural", que seria uma
noção intuitiva do comportamento estrutural, da ordem de grandeza das dimensões das peças
de concreto, da noção da ferragem necessária e de seu correto posicionamento no elemento
estrutural. Com isso algumas falhas de projetos são ocasionadas devido a informações
imprecisas que foram passadas ao computador.
__________________________________________________________________________________________
Indiana Massardo ([email protected]). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí DCEENG/UNIJUÍ, 2015
43
Quando uma estrutura não tem mais capacidade de suporte para resistir aos esforços a
que está sendo submetida ou para suportar forças adicionais que precisam ser aplicadas é
______________________________________________________________________________
Análise comparativa entre métodos de reforço a flexão aplicados a vigas de concreto armado
44
necessário reabilitá-la. Neste caso, a reabilitação deve ser projetada de forma que o acréscimo
de tensões gerado seja resistido pelo novo sistema estrutura existente + reforço. O reforço
pode ser feito pela associação de outros materiais ou elementos resistentes à estrutura original
como barras de aços adicionais, concreto, chapas metálicas ou mantas de fibras sintéticas
(SOUZA E RIPPER,1998).
Além da incorporação de novos materiais e elementos resistentes à estrutura origina,
pode-se tentar diminuir o nível de tensões imposto à estrutura, aplicando-se permanentemente
forças que se contraponham ao acréscimo de tensões gerado. Isto pode ser adquirido por meio
da incorporação de cabos externos protendidos (ALMEIDA, 2001).
Neste item serão apresentados aspectos decisivos para a recuperação de uma estrutura
e três técnicas de reforço que serão utilizados neste trabalho.
__________________________________________________________________________________________
Indiana Massardo ([email protected]). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí DCEENG/UNIJUÍ, 2015
45
A terceira etapa é o diagnóstico, que só pode ser feita depois das duas primeiras etapas
estarem concluídas, e, frequentemente, é necessário voltar a primeira etapa e reanalisar a
estrutura. O diagnóstico leva em consideração vários fatores econômicos, técnicos, de
segurança e conforto, e pode levar a conclusões diversas, e até mesmo a recomendação da
demolição da estrutura (SOUZA E RIPPER, 1998).
Em resumo, a melhor solução será sempre aquela em que, respeitada a segurança
necessária, seja conseguido um detalhamento que facilite e agilize o trabalho
executivo, exigência esta que resultará sempre no recurso à utilização de um
engenheiro estrutural com grande experiência neste tipo de obras (SOUZA E
RIPPER, 1998, p.143).
Neste item serão apresentadas as três técnicas de reforço utilizadas neste trabalho,
sendo elas: reforço com chapas de aço, reforço por concreto armado e reforço por meio de
protensão externa.
______________________________________________________________________________
Análise comparativa entre métodos de reforço a flexão aplicados a vigas de concreto armado
45
______________________________________________________________________________
Análise comparativa entre métodos de reforço a flexão aplicados a vigas de concreto armado
46
__________________________________________________________________________________________
Indiana Massardo ([email protected]). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí DCEENG/UNIJUÍ, 2015
47
O reforço com concreto armado apresenta um bom comportamento ao fogo, algo que
não acontece na maior parte dos sistemas de reforço restantes. Devido à sua baixa
condutividade térmica e sempre que possuir um cobrimento adequado, o concreto faz com
que os danos produzidos pelas exposições ao fogo, ou por temperaturas extremas, limitem-se
às zonas superficiais do concreto, oferecendo um suficiente isolamento térmico para as
armaduras (TEJEDOR, 2013).
protensão externa (também chamado de pós-tração sem aderência) está ligado ao elemento
existente em pontos de ancoragem, normalmente localizados nas extremidades do membro, e
perfilada ao longo da extensão estrategicamente localizadas em pontos altos e baixos. Quando
tracionados, os cabos irão produzir forças para cima (em pontos baixos) ou forças para baixo
(em pontos altos) para criar o carregamento reverso no membro (ALKHRDAJI & THOMAS,
2015).
A aplicação da protensão melhora o comportamento em serviço e aumenta a
capacidade de porte das vigas. Em menor escala, contribui também para resistência ao
cisalhamento. O aumento de rigidez proporcionado pela protensão, decorrente do melhor
controle da fissuração do concreto, pode reduzir as flechas e a vibração das pontes, bem como
reduzir a variação de tensões aumentando a resistência à fadiga (ALMEIDA, 2001).
Segundo Souza e Ripper (1998) a técnica de protensão exterior (não aderente), com a
utilização de barras ou cabos, vem sendo a preferida pelos especialistas na matéria, quando se
trata de serviços de recuperação ou reforço de estruturas.
Alguns aspectos relacionados com a concepção da protensão exterior são muito
importantes para a avaliação das condições de sua execução. Dentre eles, destaca-se a garantia
da eficiência da ancoragem, sendo que, contrariamente ao que ocorre quando os cabos são
aderentes ao concreto, se a ancoragem falhar, o cabo se ressentirá em toda a sua extensão e
deixará de ser útil como elemento resistente. Assim a utilização da protensão exterior exige
pleno domínio da matéria, pois passará a assentar sobre esses cabos o comportamento em
serviço da estrutura (SOUZA E RIPPER, 1998).
Na figura 16 têm-se quatro modelos de ancoragem dos cabos de protensão externos,
cada um deles introduz diferentes forças a estrutura devido à posição do cabo em relação à
linha neutra e ao local de ancoragem.
__________________________________________________________________________________________
Indiana Massardo ([email protected]). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí DCEENG/UNIJUÍ, 2015
49
______________________________________________________________________________
Análise comparativa entre métodos de reforço a flexão aplicados a vigas de concreto armado
50
__________________________________________________________________________________________
Indiana Massardo ([email protected]). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí DCEENG/UNIJUÍ, 2015
51
3 METODOLOGIA
Esta pesquisa pode ser classificada como aplicada, visto que a metodologia utilizada
objetivou gerar conhecimento para aplicação prática e para a solução de um problema
______________________________________________________________________________
Análise comparativa entre métodos de reforço a flexão aplicados a vigas de concreto armado
52
específico. Quanto à forma de abordagem, pode ser definida como pesquisa exploratória, pois
visa proporcionar uma maior familiaridade com o problema.
Nesta primeira fase apresentamos a metodologia de cálculo para cada reforço, sendo
que, primeiramente, serão apresentados os cálculos do centro de gravidade e do momento de
inércia da seção da viga de concreto.
Depois é analisada a viga existente, definindo-se as forças atuantes na mesma e
determinando-se os momentos atuantes, posteriormente entra-se nos cálculos de
dimensionamento de cada reforço separadamente, sendo eles chapa de aço, concreto armado e
protensão externa.
Em que:
__________________________________________________________________________________________
Indiana Massardo ([email protected]). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí DCEENG/UNIJUÍ, 2015
53
Os momentos atuantes na viga de concreto armado podem ser divididos em: momento
devido às ações permanentes, variáveis e excepcionais (NBR 8681, 2004).
Para os cálculos desta pesquisa, irá ser dividido em 3 cálculos de momento.
8.
10.
__________________________________________________________________________________________
Indiana Massardo ([email protected]). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí DCEENG/UNIJUÍ, 2015
55
O comportamento dos reforços feitos com adição de material sem protensão é muito
dependente do estado de carregamento no momento da aplicação do reforço. Se o material do
reforço tem o mesmo módulo de elasticidade e o mesmo limite elástico do material original,
como é o caso de reforço com adição de barras aço, é mais vantajoso retirar o máximo de
carregamento antes de aplicar o reforço. Se o material do reforço tem módulo de elasticidade
maior, como é o caso de reforço com fibra de carbono, ou limite elástico menor, como é o
caso das chapas coladas. Mais vantajoso ter mais carregamento antes da adição do reforço.
O objetivo é sempre buscar o máximo de atuação do reforço antes do escoamento da
armadura original ou do estado de formação de fissuras.
Para o reforço com chapas de aço coladas será utilizado o método de Cánovas ([199?]
apud SOUZA E RIPPER, 1998, p.184 - 185) que considera dois momentos atuantes aos quais
denomina (momento devido ao peso próprio e as cargas permanentes) e (momento
devido às sobrecargas). Cánovas considera que a viga está em um estado limite último após a
atuação do portanto o dimensionamento é feito no Estádio III. Os estados de deformação e
de tensão de uma viga reforçada com chapas de aço são apresentados na Figura 19.
______________________________________________________________________________
Análise comparativa entre métodos de reforço a flexão aplicados a vigas de concreto armado
56
13.
14.
17.
__________________________________________________________________________________________
Indiana Massardo ([email protected]). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí DCEENG/UNIJUÍ, 2015
57
Onde:
=Área da seção da armadura de reforço;
M=Momento a ser reforçado;
=Tensão na armadura do reforço;
Com a área da seção, é possível encontrar a espessura da chapa que será utilizada,
determinando-se uma largura para o reforço.
21.
Onde:
b= largura da chapa;
e= espessura da chapa;
=Área da seção da armadura de reforço;
______________________________________________________________________________
Análise comparativa entre métodos de reforço a flexão aplicados a vigas de concreto armado
58
__________________________________________________________________________________________
Indiana Massardo ([email protected]). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí DCEENG/UNIJUÍ, 2015
59
Classe de Risco de
Classificação geral do tipo de
agressividade Agressividade deterioração
ambiente para efeito de projeto
ambiental da estrutura
Rural
I Fraca Insignificante
Submersa
II Moderada Urbana a,b Pequeno
Marinha a
III Forte Grande
Industrial a,b
Industrial a,c
IV Muito forte Elevado
Respingos de maré
a Pode-se admitir um microclima com uma classe de agressividade mais branca
(uma classe acima) para ambientes internos secos (salas, dormitórios,
banheiros, cozinhas e áreas de serviço de apartamentos residenciais e
conjuntos comerciais ou ambienter com concreto revestido com argamassa e
pintura).
b Pode-se admitir uma classe de agressividade mais branda (uma classe acima)
em obras em regiões de clima seco, com umidade média relativa do ar menor ou
igual a 65%, partes da estrutura protegidas de chuva em ambientes
predominantemente secos ou regiões onde raramente chove.
c Ambientes quimicamente agressivos, tanques industriais, galvanoplastia,
branqueamento em indústrias de celulose e papel, armazéns de fertilizantes,
indústrias quimicas.
______________________________________________________________________________
Análise comparativa entre métodos de reforço a flexão aplicados a vigas de concreto armado
60
c Nas superfícies expostas a ambientes agressivos, como reservatórios, estações de tratamento de água e
esgoto, condutos de esgoto, canaletas de efluentes e outras obras em ambientes quimica e intensamente
agressivos, devem ser atendidos os cobrimentos da classe de agressividade IV.
d No trecho dos pilares em contato com o solo junto aos elementos de fundação, a armadura deve ter
cobrimento nominal ≥ 45mm.
Fonte: NBR 6118 (2014)
23.
24.
25.
Onde:
d’= braço de alavanca da armadura de reforço;
h= altura total da viga sem reforço;
Ø= diâmetro da armadura do reforço;
c= cobrimento de concreto.
Com isso, a área de aço necessária pode ser calculada a partir do momento:
______________________________________________________________________________
Análise comparativa entre métodos de reforço a flexão aplicados a vigas de concreto armado
62
26.
Isolando temos:
27.
Onde:
=Área da seção da armadura de reforço;
M= Momento a ser reforçado;
d’= braço de alavanca da armadura de reforço;
=Resistência de cálculo a tração do aço;
Utilizando-se uma armadura de diâmetro definido tem-se a área de aço por barra,
então o número de barras é dado por:
28.
n= número de barras;
=Área da seção da armadura de reforço;
=Área de aço por barra;
__________________________________________________________________________________________
Indiana Massardo ([email protected]). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí DCEENG/UNIJUÍ, 2015
63
Em geral, todos os cabos podem ser representados por um cabo fictício, obtido através
da união do centro de gravidade de todos os demais, chamado de cabo representante. O
procedimento para se determinar o número de cabos necessários baseia-se em considerar os
valores das forças de protensão que correspondem ao cabo representante. É preciso
determinar a trajetória do cabo representante e, através desta, avaliar as perdas imediatas e ao
longo do tempo para, finalmente, determinar, na sessão mais solicitada o número de cabos
necessários. Pressupõe-se que o cabo representante está sendo tensionado (puxado) no valor
máximo possível, para obter-se a maior economia possível (CARVALHO, 2012).
É interessante indicar a posição dos apoios na viga, os tipos de ancoragem, valor do
vão ou vãos, altura da peça, número e posição dos desviadores, marcações das seções mais
importantes e as prováveis indicações do cabo representante (Figura 24).
A ancoragem viva ou ativa é a extremidade do cabo em que pode ser efetuada a
protensão e a morta ou passiva é a extremidade do cabo em que o esforço é transmitido para o
concreto, mas não é possível efetuar a protensão (CARVALHO, 2012).
Figura 20- Representação de uma viga bi apoiada com dois desviadores na face inferior.
Na Figura 20 têm-se uma viga, bi apoiada em dois pilares e com uma laje de concreto
armado e dois desviadores. Podemos definir os itens acima como:
h = Altura da viga;
h1 = Altura da laje;
h/2 = posição do centro de gravidade da viga;
y = excentricidade do cabo de protensão;
______________________________________________________________________________
Análise comparativa entre métodos de reforço a flexão aplicados a vigas de concreto armado
64
29.
O momento de protensão (Mp) deverá ser atingido por uma força aplicada na
extremidade do cabo de protensão (P), com uma excentricidade (e) determinada pelo
posicionamento do desviador.
Primeiramente define-se o trajeto do cabo de protensão, a posição e a quantidade de
desviadores, destas definições extrai-se a excentricidade e o ângulo de protensão, como pode
ser visto na figura 21.
Figura 21 - Modelo de viga biapoiada
__________________________________________________________________________________________
Indiana Massardo ([email protected]). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí DCEENG/UNIJUÍ, 2015
65
32.
Sendo:
R= resultante das forças de protensão;
P= força de protensão aplicada na extremidade do cabo sem contar as perdas;
α= ângulo da força de protensão P.
Sabendo a resultante R, pode-se fazer o caminho inverso para encontrar a força P.
Onde:
=resistência característica à tração do aço de armadura ativa;
=resistência característica ao escoamento do aço de armadura ativa.
=tensão limite no momento de protensão.
Ainda na NBR:6118 (2014) pode ser considerada uma tolerância de execução que, por
ocasião da aplicação da força de protensão inicial, se constata irregularidades na protensão,
decorrentes de falhas executivas nos elementos estruturais com armadura pós-tracionada, a
força de tração em qualquer cabo pode ser elevada, limitando a tensão limite no momento de
__________________________________________________________________________________________
Indiana Massardo ([email protected]). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí DCEENG/UNIJUÍ, 2015
67
protensão, que podem ser majorados em até 10%, em no máximo 50% dos cabos, desde que
seja garantida a segurança da estrutura, principalmente nas regiões de ancoragens.
Feito as verificações de acordo com o tipo de aço, utiliza-se a menor tensão de
protensão inicial para o cálculo do número de cabos. Para isso, primeiramente calcula-se a
área de protensão necessária:
33.
Com a utilização de tabelas fornecidas por fabricantes, é escolhido o tipo de cabo que
será utilizado, retirando então a área por cabo. Sendo que pode ser utilizado fios, cabos e
cordoalhas, portanto, quando diz-se cabo, refere-se ao que foi escolhido pelo projetista.
34.
Onde:
Ap= área de aço da armadura protendida;
Pi= força de protensão inicial;
=tensão limite no momento de protensão;
Acabo=área do cabo de protensão.
Definido o número de cabos, calcula-se a força por cabo:
35.
Segundo a NBR:6118 (2014) para os casos usuais, as perdas imediatas são devido ao
encurtamento imediato do concreto, ao atrito entre as armaduras e as bainhas ou concreto, ao
deslizamento da armadura junto à ancoragem e à acomodação dos dispositivos de ancoragem.
No caso da protensão externa, tem-se as perdas por atrito entre as armaduras e as
bainhas e deslizamento da armadura junto a ancoragem e à acomodação dos dispositivos de
ancoragem.
a) Perdas por atrito
De acordo com a NBR:6118 (2014) a perda por atrito nos elementos de pós tração
pode ser determinada pela expressão:
______________________________________________________________________________
Análise comparativa entre métodos de reforço a flexão aplicados a vigas de concreto armado
68
∑
36.
Onde:
Pi= força de protensão inicial;
x= é a abscissa do ponto onde se calcula , medida a partir da ancoragem, expressa
em metros (m);
∑ =é a soma dos ângulos de desvio entre a ancoragem e o ponto de abscissa x,
expressa em radianos (rad);
µ= é o coeficiente de atrito aparente entre o cabo e a bainha. Na falta de dados
experimentais, pode ser estimado como:
µ=0,50 entre cabo e concreto (sem bainha);
µ=0,30 entre barras ou fios com mossas ou saliências e bainha metálica;
µ=0,20 entre fios lisos ou cordoalhas e bainhas metálicas;
µ=0,10 entre fios lisos ou cordoalhas e bainha metálica lubrificada;
µ=0,05 entre cordoalha e bainha de polipropileno lubrificada.
k= é o coeficiente de perda por metro provocada por curvaturas não intencionais do
cabo. Na falta de dados experimentais, pode ser adotado o valor 0,01µ (1/m).
b) Perdas por deslizamento da armadura na ancoragem e acomodação da ancoragem
Segundo a NBR:6118 (2014) estas perdas devem ser determinadas experimentalmente
ou adotados os valores indicados pelos fabricantes dos dispositivos de ancoragem.
Após calculadas as perdas, é necessário recalcular o momento de protensão, e, caso o
mesmo não atenda a necessidade a ser reforçada, aumenta-se a força de protensão nos cabos e
recalcula-se as perdas.
__________________________________________________________________________________________
Indiana Massardo ([email protected]). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí DCEENG/UNIJUÍ, 2015
69
4 PROBLEMA PROPOSTO
O objetivo principal do trabalho foi avaliar os custos entre os três métodos de reforço,
para isso desenvolveu-se um problema que avalia uma situação experimental em que teremos
um aumento da carga atuante no pilar apoiado em uma viga de transição que pode ser causada
por vários motivos, entre eles a modificação do uso, troca de materiais que possam causar
uma diferença considerável de carga, entre outros. Consequentemente, com o aumento da
carga atuante haverá a necessidade de utilização de métodos de reforço.
Consideramos que a força final atuante no pilar é de 20% devido a cargas variáveis e
de 80% devido a cargas permanentes.
O problema proposto é uma viga de transição de uma pequena estrutura em que a
seção é apresentada na figura 23.
Figura 23 - Seção problema.
Primeiramente a estrutura foi calculada utilizando o software Eberick por Ribas (2015)
considerando uma força de 400KN aplicada pontualmente em um vão, tal força simboliza a
carga de um pilar. A viga biapoiada possui uma seção de 40cm x 70cm, e vão de 4,60m entre
pilares.
A viga é apresentada na figura 24 juntamente com o momento fletor.
______________________________________________________________________________
Análise comparativa entre métodos de reforço a flexão aplicados a vigas de concreto armado
70
Está será a estrutura inicial, existente. Considerou-se como caso fictício que houve um
aumento de 300KN na carga pontual do pilar.
Devido a este aumento, torna-se necessário a utilização de métodos de reforço para
aumentar a capacidade de carga do elemento.
Os reforços foram calculados de acordo com a metodologia de cálculo apresentada no
capítulo anterior, e encontram-se detalhados no apêndice 1.
__________________________________________________________________________________________
Indiana Massardo ([email protected]). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí DCEENG/UNIJUÍ, 2015
71
______________________________________________________________________________
Análise comparativa entre métodos de reforço a flexão aplicados a vigas de concreto armado
72
Para o reforço com cabos externos protendidos, foi utilizado 4 cordoalhas de 15,2mm,
duas em cada lado, com proteção ativa em uma das ancoragens e passiva na outra. A figura 27
ilustra a seção mediana do reforço.
4.3 ORÇAMENTO
__________________________________________________________________________________________
Indiana Massardo ([email protected]). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí DCEENG/UNIJUÍ, 2015
73
3Kg/m²;
R$18,10 por Kg.
SINAPI (2015) Aço CA-50 16mm:
3,853Kg/m
R$3,89 por Kg.
SINAPI (2015) Concreto auto adensável (CAA) classe de resistência C30. Inclui
servico de bombeamento:
R$332,20 por m³.
DAER (2015) aço CP-190 RB (cordoalha d=15,2mm) - aquisição e transporte:
R$11,29 por kg.
DAER (2015) aço CP- RB (cordoalha D 190 =15,2mm) - colocação e protensão:
R$13,61 por kg.
DAER (2015) cones ancoragem 6 D=1/2'':
RS349,25 por unidade.
DAER (2015) bainha metálica p/ 6 cordoalhas de d=12,7mm:
R$19,31 por metro.
QUANTITATIVO REFORÇOS
Total
Quantidade unidade Qnt/uni R$/uni R$
Chapa de aço 0,8 m² 99,593 2,35 187,235
Cola 0,8 m² 3 18,1 43,44
Total reforço 1 230,675
Aço CA-50 16mm 19,2 m 3,853 3,89 287,773
Concreto C30 0,98 m³ 332,2 325,56
Total reforço 2 613,33
Cordoalha 15,2mm 18,8 m 1,126 24,9 527,103
Cones de ancoragem 4 unidade 349,25 1397
Bainha metálica 18,8 m 19,31 363,028
Total refoço 3 2287,13
Fonte: autoria própria.
______________________________________________________________________________
Análise comparativa entre métodos de reforço a flexão aplicados a vigas de concreto armado
74
5 CONCLUSÕES E SUGESTÕES
De acordo com todos os itens estudados neste trabalho, pode-se chegar à conclusão de
que o sistema mais econômico para o reforço da viga estudada foi o de chapa de aço colada.
Porém cada técnica de reforço possui características próprias, que se diferenciam entre si e
devem ser levadas em consideração na hora da escolha do método de reforço utilizado.
5.1 CONCLUSÕES
5.2 SUGESTÕES
Sabe-se que o trabalho apresentado não abrange uma totalidade do estudo de métodos
de reforço de vigas de concreto armado e trata-se de um trabalho introdutório a uma das ações
que ocorrem. Deve ser visto como incompleto para utilização em dimensionamento de
reforços.
O presente trabalho apresentou uma metodologia de cálculo de reforço à tração de
vigas de concreto armado, sendo assim, foi desprezado os esforços de compressão e cortantes
que podem ser encontrados em vigas. Como sugestão de futuros estudos nesta área temos:
Estudo de caso em que os métodos de reforço são reproduzidos com experimentos
práticos para obtenção de dados práticos de resistência de cada método de reforço. Tendo
assim uma análise dos resultados obtidos pelos métodos de cálculo com os obtidos
experimentalmente.
Estudar os métodos de cálculo para as forças de compressão e cortante dos três
reforços apresentados e reproduzir experimentalmente.
Tendo em vista vigas fissuradas, estudar a metodologia de cálculo do momento
resistente das vigas fissuradas e adequar a metodologia de cálculo do dimensionamento dos
reforços para vigas fissuradas. Reproduzir com ensaios laborais os reforços e fazer o
comparativo de dados.
Estudar a possibilidade de utilização de dois métodos de reforço conjuntos para o
reforço de vigas de concreto armado.
Estudar o comportamento ao longo do tempo das vigas reforçadas com chapa de aço,
concreto armado e protensào externa e comaprar os resultados para ter uma base de
durabilidade dos métodos de reforço.
Fazer uma comparação de custos com diferentes vãos de vigas, aplicar os métodos de
cálculo e comparar os resultados para ver se modificando o vão temos diferentes resultados.
______________________________________________________________________________
Análise comparativa entre métodos de reforço a flexão aplicados a vigas de concreto armado
76
Neste estudo não foi levantado os materiais necessários para auxilio na execução dos
reforços como macacos hidráulicos ou ferramentas diversas que podem ser estudados mais
profundamentes em trabalhos futuros.
Acredita-se que o estudo dos temas sugeridos acima podem conduzir a uma vasta
gama de informações úteis que auxiliem no projeto e no detalhamento de reforço de vigas de
concreto armado.
__________________________________________________________________________________________
Indiana Massardo ([email protected]). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí DCEENG/UNIJUÍ, 2015
77
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Tatiana Gesteira Martins. Reforço de viga de concreto armado por meio de
cabos externos protendidos. São Carlos. Dissertação (Mestrado em Engenharia de
Estruturas). Escola de Engenharia de São Carlos. Universidade de São Paulo. São Paulo,
2001.201 p.
______. NBR 7480: Aço destinado a armaduras para estruturas de concreto armado:
Especificações. Rio de Janeiro, 2007. 13p.
______. NBR 8681: Ações e segurança nas estruturas: Procedimento. Rio de Janeiro, 2003.
2p.
BEER, Ferdinando P. at al. Mecânica vetorial para engenheiros: Estática. 9. ed. Porto
Alegre: AMGH Editora Ltda, 2012. 626 p.
BONILHA, Luciana; CHOLFE, Luiz. Concreto Protendido: Teoria e Prática. São Paulo:
PINI, 2013. 337 p.
BRIK, Eveline Manosso Janik.; KRÜGER, José Adelino.;MOREIRA, Luciana dos Passos.
Estudo das patologias em estruturas de concreto provenientes de erros em ensaios e em
procedimentos executivos. In. 8° encontro de engenharia e tecnologia dos campos gerais.
[S.l.]. 2013. 12 p. Anais eletrônicos...[S.l.].2013. Disponível em <
http://www.aeapg.org.br/8eetcg/anais/60094_vf2.pdf> Acesso em: 15 Mar. 2015.
______________________________________________________________________________
Análise comparativa entre métodos de reforço a flexão aplicados a vigas de concreto armado
78
DAER. Tabela de preços de serviços rodoviários. Rio Grande do Sul, Abril de 2015. 32p.
DIAS, Luís Andrade de Mattos. Estruturas de aço: conceitos, técnicas e linguagem. 5. ed.
São Paulo: Zigurate Editora, 2006. 219 p.
FERRAZ, Henrique. O Aço na Construção Civil. In. Revista Eletrônica de Ciências. São
Carlos, n. 22, out/nov/dez. 2003. Disponível em:
<http://www.cdcc.usp.br/ciencia/artigos/art_22/aco.html>. Acesso em: 08 abril. 2015.
FREITAS, Denizard Batista. Notas de aula: Tópicos em Engenharia Civil II. Ijuí, RS: [s.n.],
2014. 19 p.
PETRUCCI, Eladio G.R. Concreto de cimento Portland. Porto Alegre. 13. ed. Editora
Globo,1981. 22 p.
PFEIL,W. Concreto Armado. Rio de Janeiro. 4.ed. Livros técnicos e científicos editora
S.A.,1985. 205 p.
PFEIL,W. Concreto Protendido. Rio de Janeiro. 2.ed. rev. Livros técnicos e científicos
editora S.A.,1988.205 p.
__________________________________________________________________________________________
Indiana Massardo ([email protected]). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí DCEENG/UNIJUÍ, 2015
79
RIBAS, Jeancarlo. Estrutura de estudo: viga de transição. Projeto Estrutural. Ijuí, RS:2015.
Escala 1:50.
REIS, Andréa Prado Abreu. Reforço de vigas de concreto armado por meio de barras de
aço adicionais ou chapas de aço e argamassa de alto desempenho. Dissertação (Mestrado
em Engenharia de Estruturas). Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São
Paulo. São Paulo, 1998. 239 p.
SCHMID, Manfred Theodor. Perdas da força de protensão. [S.l.]. 2. ed. Rudloff, 1998. 17
p. Disponível em < http://www.rudloff.com.br/downloads/publicacoes-
tecnicas/publicacao2_perdas_da_forca_de_protensao.pdf> . Acesso em: 06 maio 2015.
SOUZA, Vicente Custódio Moreira de; RIPPER, Thomaz. Patologia, recuperação e reforço
de estruturas de concreto. São Paulo: PINI, 1998. 262 p.
VENTURI, Jacir j.; Álgebra vetorial e geometria analítica. Curitiba. 9.ed. 1949. 242 p.
Disponível em < http://www.geometriaanalitica.com.br>. Acesso em: 21 agosto 2015.
______________________________________________________________________________
Análise comparativa entre métodos de reforço a flexão aplicados a vigas de concreto armado
80
Superfície
triangular
Superfície de um
quarto de círculo
Superfície
0
semicircular
Superfície de um
quarto de elipse
Superfície
0
semielíptica
Superfície
semiparabólica
Superfície
0
parabólica
Superfície sob um
arco parabólico
Superfície sob um
arco exponencial
qualquer
Setor circular 0
__________________________________________________________________________________________
Indiana Massardo ([email protected]). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí DCEENG/UNIJUÍ, 2015
81
Formato Figura Ix Iy
Retângulo
Triângulo
Círculo
Semicírculo
Um quarto de
círculo
Elipse
______________________________________________________________________________
Análise comparativa entre métodos de reforço a flexão aplicados a vigas de concreto armado
82
__________________________________________________________________________________________
Indiana Massardo ([email protected]). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí DCEENG/UNIJUÍ, 2015
83
______________________________________________________________________________
Análise comparativa entre métodos de reforço a flexão aplicados a vigas de concreto armado
84
CARÁCTERÍSTICAS DA VIGA:
Seção da viga biapoiada: 40x70cm
Concreto: 30MPa
Aço: CA-50
__________________________________________________________________________________________
Indiana Massardo ([email protected]). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí DCEENG/UNIJUÍ, 2015
85
______________________________________________________________________________
Análise comparativa entre métodos de reforço a flexão aplicados a vigas de concreto armado
86
Com este carregamento, a viga biapoiada com vãos de 4,60m e seção de 40x70cm,
obtem-se o a viga da figura 28 abaixo, retirada do FTOOL:
Figura 28 - Modelo estrutural com carregamentos.
Com isso, retira-se que o momento característico que a viga deve suportar após
reforçada é de 82.351KN.cm.
__________________________________________________________________________________________
Indiana Massardo ([email protected]). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí DCEENG/UNIJUÍ, 2015
87
Neste caso, para o cálculo do momento foi considerado apenas as cargas permanentes,
visto que o momento de protensão não pode ser maior que 90% do momento devido as cargas
permanentes, para que não ocorra a ruptura da peça.
Para a determinação do momento foi utilizado o programa FTOOL com os seguintes
carregamentos:
Peso próprio da viga= 7KN/m
Carga concentrada do pilar no vão central= 700KN
Sendo que 20% do valor da carga concentrada é devido a cargas variáveis.
Carga concentrada devido a forças permanentes= 560KN
Com este carregamento, obtemos o a viga da figura 30 abaixo, retirada do FTOOL:
______________________________________________________________________________
Análise comparativa entre métodos de reforço a flexão aplicados a vigas de concreto armado
88
Com isso, retira-se que o momento característico devido as cargas normais que atuarão
na viga após reforçada é de 66.251KNcm.
__________________________________________________________________________________________
Indiana Massardo ([email protected]). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí DCEENG/UNIJUÍ, 2015
89
Onde:
d’= braço de alavanca da armadura de reforço;
h= altura total da viga sem reforço;
Ø= diâmetro da armadura do reforço;
______________________________________________________________________________
Análise comparativa entre métodos de reforço a flexão aplicados a vigas de concreto armado
90
c= cobrimento de concreto.
Com isso, a área de aço necessária pode ser calculada a partir do momento:
Isolando temos:
Utilizando-se uma armadura de diâmetro de 16mm tem-se 2,01cm² de aço por barra,
então o número de barras é:
__________________________________________________________________________________________
Indiana Massardo ([email protected]). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí DCEENG/UNIJUÍ, 2015
91
Será utilizado cordoalha de 7 fios, CP-190 RB com diâmetro nominal 15,2mm e área
nominal de aço de 140mm², segundo catálogo PROTENDE (2006).
______________________________________________________________________________
Análise comparativa entre métodos de reforço a flexão aplicados a vigas de concreto armado
92
__________________________________________________________________________________________
Indiana Massardo ([email protected]). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí DCEENG/UNIJUÍ, 2015
93
RESULTADOS
Visto que após o cálculo das perdas a tensão encontrada no ponto de aplicação da
força é de:
Sendo a mesma menor que a necessária, deve-se aplicar uma força de protensão inicial
maior, para calcular uma porcentagem de perda temos:
( )
Portanto, houve 39,32% de perda por cabo. Para obter um valor mais específico e
diminuir o número de repetição dos cálculos, será recalculado com 50% a mais de força de
protensão inicial.
Vendo que tem-se folga para que o momento de protensão atinja seu limite, pode-se
utilizar uma força de protensão maior que a necessária, aumentando-se assim a resistência da
viga, porém, quanto maior a força de protensão maior o número de cabos. Deve-se atender um
valor limite que não torne o reforço superdimensionado.
A força de protensão recalculada será:
______________________________________________________________________________
Análise comparativa entre métodos de reforço a flexão aplicados a vigas de concreto armado
94
Será utilizado cordoalha de 7 fios, CP-190 RB com diâmetro nominal 15,2mm e área
nominal de aço de 140mm², segundo catálogo PROTENDE (2006).
Onde:
Ap= área de aço da armadura protendida;
Pi= força de protensão inicial;
=tensão limite no momento de protensão;
Acabo=área do cabo de protensão.
__________________________________________________________________________________________
Indiana Massardo ([email protected]). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí DCEENG/UNIJUÍ, 2015
95
RESULTADOS
Visto que após o cálculo das perdas a tensão encontrada no ponto de aplicação da
força é de:
Portanto, será utilizada uma força de protensão de 45,24tf que gera uma resultante R
de 218,89KN, como pode ser visto na Figura 36.
______________________________________________________________________________
Análise comparativa entre métodos de reforço a flexão aplicados a vigas de concreto armado
96
Figura 36 - Paralelogramo 2.
__________________________________________________________________________________________
Indiana Massardo ([email protected]). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí DCEENG/UNIJUÍ, 2015