ABECE Recomendacao 003-2020 - Memorial Descritivo Do Projeto Estrutural - Parte 2 - Alvenaria Estrutural Ou Paredes de Concreto (Rev 1)
ABECE Recomendacao 003-2020 - Memorial Descritivo Do Projeto Estrutural - Parte 2 - Alvenaria Estrutural Ou Paredes de Concreto (Rev 1)
ABECE Recomendacao 003-2020 - Memorial Descritivo Do Projeto Estrutural - Parte 2 - Alvenaria Estrutural Ou Paredes de Concreto (Rev 1)
2. DIREITOS AUTORAIS
É importante mencionar a
Este projeto é propriedade da EMPRESA DE ENGENHARIA, filiada à Associação Brasileira de Engenharia filiação à ABECE para que
e Consultoria Estrutural – ABECE, sob o Nº XXX, não sendo permitida sua utilização para qualquer fina- o documento e a associação
lidade que não se relacione com a execução específica desta obra, sendo terminantemente vedada sua ganhem força com o uso por
disponibilização a terceiros sem o consentimento expresso do autor. todos os associados.
Texto aprovado pela consul-
No caso de o contratante submeter este projeto à Avaliação Técnica do Projeto, este deverá comunicar à toria jurídica da ABECE.
EMPRESA DE ENGENHARIA. Esta avaliação deverá se pautar na Recomendação ABECE 002 – Avaliação
Técnica do Projeto de estruturas de concreto armado. Também é importante
indicar que o documento
Este documento está baseado na Recomendação ABECE 003:2021 – Memorial descritivo do projeto particular de cada escritório
estrutural – Parte 3 – Edifícios residenciais em alvenaria estrutural ou paredes de concreto moldadas foi baseado nesta
no local. recomendação.
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3. NORMAS TÉCNICAS DE REFERÊNCIA
ABNT NBR 13279:2005 EArgamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos - Deter-
minação da resistência à tração na flexão e à compressão
ABNT NBR 13281:2005 Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos - Requisitos
ABNT NBR 16055:2012 Parede de concreto moldada no local para a construção de edificações – Re-
quisitos e procedimentos
ABNT NBR 16868:2020 Alvenaria estrutural
Obs: Importante consultar a versão da norma vigente no site da ABNT (https://www.abntcatalogo.com.br/)
Em casos específicos, podem ser consideradas as seguintes normas internacionais Quando necessário utilizar
normas estrangeiras, estas
CSA S304 (2014) Design of masonry structures deverão ser citadas no me-
Eurocode 6: Design of masonry structures - Part 1-1: General rules for reinforced morial, explicitando a versão
EN 1996-1-1 (2005) adotada.
and unreinforced masonry structures
ABNT NBR 12655:2015 Concreto de cimento Portland - Preparo controle recebimento e aceitação
– Procedimento
ABNT NBR 12722:1992 Discriminação de serviços para construção de edifícios - Procedimento
ABNT NBR 14931:2004 Execução de estruturas de concreto – Procedimento
ABNT NBR 15696:2009 Fôrmas e escoramentos para estrutura de concreto – Projeto, dimensiona-
mento e procedimentos executivos
ABNT NBR 16280:2015 Reforma em edificações — Sistema de gestão de reformas — Requisitos
Obs: Importante consultar a versão da norma vigente no site da ABNT (https://www.abntcatalogo.com.br/)
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3.3. Normas específicas
ABNT NBR 14323:2013 Projeto de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de
edifícios em situação de incêndio
ABNT NBR 16055:2012 Parede de concreto moldada no local para a construção de edificações
– Requisitos e procedimentos
ABNT NBR 16239:2013 Projeto de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de edi-
ficações com perfis tubulares
ABNT NBR 16280:2014 Reforma em edificações — Sistema de gestão de reformas — Requisitos
ABNT NBR 19783:2015 Aparelhos de apoio de elastômero fretado – Especificação e métodos de en-
saio
Obs: Importante consultar a versão da norma vigente no site da ABNT (https://www.abntcatalogo.com.br/)
Embora não diretamente aplicáveis aos cálculos e especificações contidas no presente projeto, para efei-
to de atendimento à ABNT NBR 15.575:2013 as seguintes normas deverão ser consideradas pelo incorpo-
rador e/ou empreendedor, construtor e usuários:
Quando for do escopo da empresa contratada para realização do projeto estrutural a execução dos pro-
jetos de fundações e contenções, ou caso seja necessário, consideram-se as seguintes normas:
ABNT NBR 5629:2018 Tirantes ancorados no terreno – projeto e execução
ABNT NBR 6122:2019 Projeto e execução de fundações
ABNT NBR 8044:2018 Projeto geotécnico – Procedimento
ABNT NBR 11682:2009 Estabilidade em encostas
Obs: Importante consultar a versão da norma vigente no site da ABNT (https://www.abntcatalogo.com.br/)
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Embora a especificação de alvenarias de vedação não faça parte do escopo do presente projeto, são
utilizadas como normas de referência:
ABNT NBR 8491:2012 Tijolo de solo-cimento – Requisitos
Execução de alvenaria sem função estrutural de tijolos e blocos cerâmicos
ABNT NBR 8545:1984 – Procedimento
Materiais de construção – Determinação do índice de propagação
ABNT NBR 9442:2019 superficial de chama pelo método do painel radiante
ABNT NBR 10636:1989 Paredes divisórias sem função estrutural – Determinação da resistência ao
fogo – Método de ensaio
ABNT NBR 10821:2017 Esquadrias para edificações – Parte 3: Esquadrias externas e internas
– Métodos de ensaio
ABNT NBR 10834:2012 Bloco de solo-cimento sem função estrutural – Requisitos
Versão corrigida:2013
ABNT NBR 11173:1990 Projeto e execução de argamassa armada – Procedimento
ABNT NBR 13438:2013 Blocos de concreto celular autoclavado – Requisitos
ABNT NBR 14974:2003 Bloco sílico-calcário para alvenaria – Parte 2: Procedimentos para execução
de alvenaria
ABNT NBR 15319:2007 Tubos de concreto, de seção circular, para cravação – Requisitos e métodos
Versão corrigida:2016 de ensaio
Sistemas construtivos em chapas de gesso para drywall –
ABNT NBR 15758:2009 Projeto e procedimentos executivos para montagem. Parte 1: Requisitos
para sistemas usados como paredes
Obs: Importante consultar a versão da norma vigente no site da ABNT (https://www.abntcatalogo.com.br/)
3.4. Recomendações ABECE
Deve-se mencionar as
ABECE - Recomendação 001:2015 Análise de casos de não conformidade do concreto recomendações técnicas da
ABECE - Recomendação 002:2015 Avaliação Técnica do Projeto ABECE.
O presente projeto prevê para a estrutura uma VUP mínima, ou seja, de 50 anos, nos termos indicados Para VUP intermediária
ou superior, indicar 63 e 75
na ABNT NBR 15.575:2013, Parte 1, item 14, e na ABNT NBR 8681:2004.
anos, respectivamente.
Entende-se por vida útil de projeto, o período estimado de tempo para o qual este sistema estrutural
está sendo projetado, a fim de atender aos requisitos de desempenho da ABNT NBR 15575, Parte 2.
Para atendimento à VUP, foram consideradas as recomendações previstas nas normas técnicas
pertinentes, em especial ABNT NBR 6118, ABNT NBR 8800, ABNT NBR 9062, ABNT NBR 14762,
ABNT NBR 16055 e ABNT NBR 16868.
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Foram considerados e atendidos neste projeto os requisitos das normas pertinentes e aplicáveis a estru-
turas de concreto, o atual estágio do conhecimento no momento da elaboração do mesmo, bem como
as condições do entorno, ambientais e de vizinhança desta edificação, no momento das definições
dos critérios de projeto, conforme definidas pela empresa contratante do projeto e responsável pelo
empreendimento.
Outras exigências constantes nas demais partes da ABNT NBR 15575, que impliquem em dimen-
sões mínimas ou limites de deslocamentos mais rigorosos que os que constam da ABNT NBR 6118 / Citar a norma adequada ao
ABNT NBR 16055 / ABNT NBR 16868, para os elementos do sistema estrutural, deverão ser fornecidas sistema estrutural utilizado.
pelos responsáveis das outras especialidades envolvidas no projeto da edificação, sendo estes respon-
sáveis por suas definições.
Para que a vida útil de projeto (VUP) tenha condições de ser atingida, se faz necessário que a execução
da estrutura siga fielmente todas as prescrições constantes neste projeto, bem como todas as normas
pertinentes à execução da estrutura e as boas práticas de execução.
O executor das obras deverá se assegurar de que todos os insumos utilizados na produção da estrutura
atendem as especificações exigidas neste projeto, bem como em normas específicas de produção e con-
trole, através de relatórios de ensaios que atestem os parâmetros de qualidade e resistência; o executor
das obras deverá também manter registros que possibilitem a rastreabilidade destes insumos.
Eventuais não conformidades executivas deverão ser comunicadas ao responsável técnico pelo projeto
estrutural, para que venham a ser corrigidas, de forma a não prejudicar a qualidade e o desempenho dos
elementos da estrutura, assim como e principalmente sua durabilidade.
Atenção especial deverá ser dada na fase de execução das obras, com relação às áreas de estocagem de
materiais e de acessos de veículos pesados, para que estes não excedam a capacidade de carga para as
quais estas áreas foram dimensionadas, sob o risco de surgirem deformações irreversíveis na estrutura.
A construtora ou incorporadora deverá incluir no manual de uso operação e manutenção dos imóveis,
a ser entregue ao usuário do imóvel, instruções referentes à manutenção que deverá ser realizada, pelo
usuário, necessária para que a vida útil de projeto tenha condições de ser atingida, nos termos indicados
na ABNT NBR 15575:2013, Parte 1.
A vida útil de projeto é uma estimativa e não deve ser confundida com a vida útil efetiva ou com pra-
zo de garantia. Ela pode ou não ser confirmada em função da qualidade da execução da estrutura, da
eficiência e correção das atividades de inspeção e manutenção periódicas, de alterações no entorno da
edificação, ou de alterações ambientais e climáticas.
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mbientes quimicamente agressivos, tanques industriais, galvanoplastia, branqueamento em indús-
A
c)
7
Observação importante quanto à durabilidade:
Deve ser garantida a resistência do concreto correspondente à classe de agressividade, independente da
capacidade de a estrutura absorver valores menores, quando da verificação de concreto não conforme.
Na análise de concreto não conforme deve ser justificada, por profissional habilitado, a manutenção da
durabilidade da estrutura.
Os elementos de conformidade desse projeto estrutural face aos projetos de arquitetura, terraplena-
gem, instalações, tais como cotas, níveis e dimensões das peças estruturais devem ser validados pelos
arquitetos responsáveis pelo desenvolvimento do projeto executivo, devendo ser respeitadas as normas
citadas no item 1 acima, em especial a ABNT NBR 15575.
O presente projeto considerou, para os distintos ambientes, os usos indicados no projeto de arquitetura
e/ou especificações expressamente indicadas pelo contratante. Alterações nos usos que impliquem em
alterações nas cargas deverão ser informadas ao responsável técnico pelo projeto estrutural.
7. AÇÕES NA ESTRUTURA
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7.2. Peso próprio das alvenarias
O peso próprio das alvenarias foi considerado de acordo com a Tabela 2 da ABNT NBR 6120:2019, confor-
me abaixo. Estas cargas foram consideradas na posição indicada nas plantas de arquitetura.
A forma de mostrar o carre-
gamento das vedações pode
variar de projeto para proje-
to, de projetista para projetis-
ta, mas não pode deixar de
existir neste memorial.
As espessuras de revestimen-
tos indicadas são sugestões
que precisam ser acordadas
com o responsável pela exe-
cução no início do desenvol-
vimento do projeto.
Neste projeto, em comum acordo com o contratante, foram consideradas em todos os pavimentos A tipologia identificada ao
alvenaria estrutural de bloco cerâmico vazado com paredes maciças, com 2 cm de revestimento em cada lado é um mero exemplo.
face. Anotar aqui outro tipo de al-
venaria a ser utilizado (blocos
de concreto, drywall etc.).
Caso as espessuras e revestimentos de alvenaria forem diferentes dos indicados acima, o responsável
técnico pelo projeto estrutural deve ser comunicado, para verificar possíveis alterações nas especifica-
ções de projeto. Assume-se não haver preenchimentos de vazios internos às alvenarias.
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7.3. Peso próprio de outros componentes construtivos Qualquer carregamento
especial deverá ser acordado
com o contratante e definido
Os pesos próprios de outros componentes construtivos foram considerados conforme informações for- no início do projeto.
necidas pelo contratante ou, na falta destas, conforme valores apresentados pela ABNT NBR 6120. Recomenda-se o uso de um
questionário de premissas de
projeto para auxiliar a elabo-
7.4. Ações variáveis ração desse memorial.
Obs.: Atenção para carrega-
Os valores das ações variáveis devem respeitar os valores característicos nominais mínimos indicados na mentos especiais, tais
ABNT NBR 6120, conforme usos indicados no projeto de arquitetura e/ou especificações expressamente como placas solares,
indicadas pelo contratante. Alterações nos usos que impliquem em alterações nas cargas deverão ser rservatórios etc.
informadas ao responsável técnico pelo projeto estrutural.
Conforme ABNT NBR 6120, a seleção da categoria de projeto de garagens e demais áreas de circulação
de veículos deve ser feita em função da altura livre disponível do acesso de veículos e do peso bruto total
(PBT). Caso o usuário da edificação disponha de meios para controle dos tipos de veículos que acessam
a edificação, é possível projetar para categorias diferentes daquela em função da altura disponível.
As ações referentes a cada categoria são apresentadas na tabela abaixo.
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7.7. Carregamentos adotados
Qualquer alteração nos valores e locais indicados acima devem ser previamente comunicadas ao res-
ponsável técnico pelo projeto estrutural, para verificação da necessidade de alterações em projeto.
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Observações para as cargas de térreo externo: Importantíssima a sinaliza-
ção da entrada da garagem
• Nas lajes que servirem como garagens elevadas onde seja possível que os veículos colidam com as para impedir a entrada de
vedações de periferias (paredes ou guarda-corpos), estão previstas cargas horizontais concentradas veículos com cargas não
com intensidade de 25 kN aplicadas a 50 cm a partir do piso acabado, distribuída em um área de suportadas.
aplicação de 30 cm x 30 cm, a ser resistida por estrutura de concreto no embasamento das elevações.
Possíveis observações devem
ser incorporadas ou retiradas
neste item em função da
necessidade de cada projeto.
Os arquivos de arquitetura tomados como referência para determinação das cargas do embasamento No caso do embasamento,
foram: além dos arquivos de arqui-
tetura, devem ser citados os
Pavimento Arquivo arquivos de paisagismo.
Térreo
Subsolo
Paisagismo
7.8. Vento
O valor da velocidade básica do vento, V0, foi adotado pela figura que se segue, reproduzida da
ABNT NBR 6123:1988.
Sugerimos identificar no
mapa das isopletas de velo-
cidades básicas o valor da
velocidade V0 adotada.
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Direções do vento adotadas:
No caso de serem necessá-
rias mais direções de vento,
devem ser indicadas as que
foram consideradas.
Parâmetros de vento adotados neste projeto:
Nos parâmetros de vento
PARÂMETROS DE VENTO adotados, devem ser justifi-
cadas as escolhas logo após a
V0 – Velocidade básica (m/s) tabela com parâmetros.
S1 – Fator do terreno
S2 – Classe de rugosidade
S2 – Classe da edificação
S3 – Fator estatístico
Ângulo 90°
Coeficiente Ângulo 270°
de arrasto (C.A.) Ângulo 0°
Ângulo 180°
Justificativas:
Classe de terreno:
Classe de rugosidade:
Classe de edificação:
Fator estatístico:
7.9. Sismos
Mapeamento da aceleração sísmica horizontal característica no Brasil para terrenos da classe B (“rocha”).
Mesmo em zonas onde não
existe sismo, deve-se indicar
a zona de sismos e justifi-
car a dispensa de qualquer
requisito de sismo.
Para as estruturas localizadas na zona sísmica 0, nenhum requisito de resistência sísmica é exigido, con-
forme indicado na ABNT NBR 15421:2006.
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8. MATERIAIS
Recomendação importante:
Para o bom desempenho da estrutura de concreto, e redução de seu custo, recomenda-se a contratação de tec-
nologista do concreto com o objetivo de desenvolver o traço do concreto a ser empregado na obra, bem como
orientar sobre os procedimentos de cura e desforma.
8.2. Aço
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8.3. Blocos estruturais
Conforme ABNT NBR
BLOCOS PARA ALVENARIA ESTRUTURAL 16868:2020, podem ser
utilizados os seguintes tipos
PROPRIEDADE Todos os pavimentos de blocos: bloco vazado de
Tipo: concreto, bloco cerâmico de
parede vazada e bloco cerâ-
Resistência característica à compressão do bloco (fbk): mico de parede maciça.
9. COBRIMENTOS
Conforme escrito na ABNT NBR 6118:2014, item 7.4.7.4, quando houver um adequado controle de quali- Devem ser justificados os
dade e rígidos limites de tolerância da variabilidade das medidas durante a execução, pode ser adotado cobrimentos definidos em
projeto em função da classe
o valor Δc = 5 mm (cobrimento mínimo acrescido da tolerância de execução), mas a exigência de contro- de agressividade e das redu-
le rigoroso deve ser explicitada nos desenhos de projeto. Permite-se, então, a redução dos cobrimentos ções permitidas pela
nominais prescritos na tabela 7.2 em 5 mm. ABNT NBR 6118:2014.
Conforme escrito na ABNT NBR 6118:2014, item 7.4.7.6, para concretos de classe de resistência superior
ao mínimo exigido, os cobrimentos definidos na Tabela 7.2 da ABNT NBR 6118:2014 podem ser reduzi-
dos em 5 mm.
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10. CRITÉRIOS DE MODELO ESTRUTURAL
As estruturas compostas por paredes de alvenaria estrutural ou paredes de concreto moldadas no local, Devem ser indicados neste
item os critérios de modelo
resultam em elementos com elevada rigidez, para as soluções tradicionais de uso residencial ou comer- que permitam um avaliador
cial com pequenos cômodos, tipo hotel, por exemplo. técnico do projeto desen-
volver sua análise com os
mesmos critérios adotados
Neste projeto foram adotados dois tipos de modelos estruturais, modelo de grelha para as lajes dos pelo projetista ou que discuta
pavimentos e modelo de pórtico espacial, ou pilar-parede discretizado para as alvenarias estruturais ou antes de iniciar os seus
para as paredes de concreto. trabalhos.
Os limites de deslocamento horizontal são os prescritos nas normas, tendo como referência a altura
máxima e a distância entre pavimentos.
A obtenção das cargas atuantes nas paredes e nas fundações deve considerar a homogeneização dentro
de um mesmo grupo de paredes devido à ligação entre elas. As portas são consideradas como elemen-
tos limitantes dos grupos. As janelas podem ser incluídas nesta situação, a favor da segurança, ou consi-
deradas como lintéis, unindo os grupos laterais.
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10.2. Deslocamentos admissíveis
Foram atendidos os limites para deslocamentos estabelecidos na Tabela 13.3 da ABNT NBR 6118:2014 e Não há a necessidade de in-
dicar todos os deslocamentos
seção 10.3 da ABNT NBR 16868:2020 para o caso de alvenaria estrutural. obtidos, ficando a critério de
cada projetista apresentar ou
Tabela 13.3 - Limites para deslocamentos não algum valor obtido ou
ainda os gráficos de isovalo-
Razão da Deslocamento a Deslocamento
Tipo de efeito Exemplo res de deslocamentos.
limitação considerar limite
Deslocamentos
Visual visíveis em elementos Total /250
Aceitabilida- estruturais
de sensorial
Vibrações sentidas no Devido a cargas
Outro piso acidentais /350
Superfícies
que devem Coberturas e varandas Total /250ª
drenar água
Pavimentos Total /350ª
Efeitos que devem Ginásios e pistas de +contraflechab
estruturais permanecer boliche Ocorrido após a cons-
em serviço planos trução do piso /600
Elementos De acordo com
Ocorrido após o nive-
que suportam Laboratórios recomendação
lamento do equipa-
equipamen- do fabricante do
mento
tos sensíveis equipamento
Alvenaria, caixilhos e
/500c e
Após a construção da 10 mm e
revestimentos parede
q=0,0017 radd
Divisórias leves e caixi- Ocorrida após a insta- /250c e
lhos telescópicos lação da divisória 25 mm
Paredes Provocado pela ação
Efeitos em do vento para com- H/1700 e
Movimento lateral de
elementos binação frequente H/850e entre
edifícios
não estrutu- pavimentosf
(y=0,30)
rais
Movimentos térmicos Provocado por dife- /400g e
verticais rença de temperatura 15 mm
Movimentos térmicos Provocado por dife- Hi/500
horizontais rença de temperatura
Forros
Revestimentos colados Ocorrido após a cons-
trução do forro /350
17
f
Esse limite aplica-se ao deslocamento lateral entre dois pavimentos consecutivos, devido à atuação de
ações horizontais. Não devem ser incluídos os deslocamentos devidos a deformações axiais nos pilares.
O limite também se aplica para o deslocamento vertical relativo das extremidades de lintéis conecta-
dos a duas paredes de contraventamento, quando Hi representa o comprimento do lintel.
g
O valor l refere-se à distância entre o pilar externo e o primeiro pilar interno.
NOTAS
1: Todos os valores-limites de deslocamentos supõem elementos de vão suportados em ambas as ex-
tremidades por apoios que não se movem. Quando se tratar de balanços, o vão equivalente a ser con-
siderado deve ser o dobro do comprimento do balanço.
2: Para o caso de elementos de superfície, os limites prescritos consideram que o valor é o menor vão,
exceto em casos de verificação de paredes e divisórias, onde interessa a direção na qual a parede ou
divisória se desenvolve, limitando-se esse valor a duas vezes o vão menor.
3: O deslocamento total deve ser obtido a partir da combinação das ações características ponderadas
pelos coeficientes definidos na Seção 11.
4: Deslocamentos excessivos podem ser parcialmente compensados por contraflechas.
18
11.1. Fôrmas (moldes para a estrutura de concreto)
O projeto e o dimensionamento de fôrmas (moldes para a estrutura de concreto) não fazem parte do
escopo de nossos serviços.
11.2. Escoramentos
O projeto e o dimensionamento do escoramento não fazem parte do escopo de nossos serviços. Com relação ao plano de
cimbramento, recomenda-se
A sugestão do plano de cimbramento abaixo visa a proteção das várias lajes contra carregamentos ex- a especificação inicial da
situação mais conservadora
cessivos durante a fase de crescimento de sua resistência. permitindo ajustes e plane-
Esta sugestão considera o plano de execução de uma laje por semana e desenvolvimento da resistência jamento em função de crité-
rios, ciclos de concretagens
do concreto atendendo as expectativas de valores a 7, 14, 21 e 28 dias: e recomendações acordadas
entre projetista e construtor
Tempo decorrido Expectativa % Escoramento
após a concretagem % FCK a ser mantido
(dias)
0 0
> 100%
7 70%
100%
14 90%
100%
21 96%
100%
28 100%
Sem escoramento
11.3. Tolerâncias
Para a produção da estrutura deverão ser observadas as tolerâncias de execução conforme
ABNT NBR 14931 – Execução de estruturas de concreto – Procedimento e ABNT NBR 16868 – Alvenaria
estrutural, Parte 2: Execução e controle de obras, quando aplicável
11.5. Cura
O período de cura do concreto refere-se à duração das reações iniciais de hidratação do cimento, o que
resulta em perda de água livre por meio de evaporação e difusão interna. Geralmente, a perda de água
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por evaporação é muito maior do que por difusão interna. Logo, uma das soluções é manter a superfície
exposta ao ar em condição saturada, reduzindo assim a quantidade de água evaporada. Outros proces-
sos também podem ser usados de forma a reduzir essa perda de água.
Sabe-se que um concreto exposto ao ar durante as primeiras idades pode sofrer fissuras plásticas e con-
sequente perda significativa de resistência. Alguns ensaios indicam uma queda na resistência final do
concreto de até 40% em comparação com concretos que mantiveram a superfície saturada por um pe-
ríodo de sete dias.
A duração do período de cura depende de diversos fatores, como a composição e temperatura do con-
creto, área exposta da peça, temperatura e umidade relativa do ar, insolação e velocidade do vento.
Antes do início da obra, deve ser feita a caracterização da resistência à compressão dos materiais, com-
ponentes e da alvenaria a serem utilizados na construção. Os blocos ou tijolos, argamassa e graute de-
vem ser ensaiados conforme ABNT NBR 16868:2020, Parte 2 - Item 5.
Para argamassas industrializadas, ou dosadas em obra com adição de incorporadores de ar, a resistência
de tração na flexão deve ser determinada. No caso de argamassa industrializada, o ensaio pode ser for-
necido pelo fabricante, realizado por laboratório de terceira parte, sendo aceitos resultados realizados
com o mesmo tipo de unidade e argamassa.
A caracterização da alvenaria deve ser feita por meio de ensaios de prisma, ou pequena parede ou pare-
de, executados com blocos ou tijolos com argamassas e grautes de mesma origem e características dos
que são efetivamente utilizados na estrutura, e em quantidade conforme tabela abaixo:
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O ensaio de resistência à compressão de elementos da alvenaria deve ser realizado em igual número
com corpos de prova completamente grauteados, para projetos em que há grauteamento para aumen-
to de resistência à compressão da alvenaria.
Os ensaios dos elementos de alvenaria devem ser realizados de acordo com a ABNT NBR 16868-3.
No caso de já ter sido realizada a caracterização da alvenaria com os materiais a serem utilizados dentro
do prazo de 360 dias que antecedem o início da obra, este procedimento se torna desnecessário, poden-
do ser utilizados os resultados desta caracterização anterior.
O manual de uso, operação e manutenção dos imóveis a ser fornecido pela incorporadora e/ou constru-
tora deverá ser elaborado de acordo com a ABNT NBR 14037 – Diretrizes para elaboração de manuais
de uso, operação e manutenção das edificações - Requisitos, apresentando os conteúdos e informações
sobre o desempenho assegurado pelo projeto e construção e as instruções sobre as ações do usuário
que poderão alterar este desempenho.
Além disso, deverá seguir as recomendações do Anexo C - Itens de estrutura do manual do usuário.
21
14. OBSERVAÇÕES COMPLEMENTARES E ITENS FORA DO ESCOPO DO PROJETO
ESTRUTURAL
14.1 Desempenho acústico:
Não faz parte do escopo do presente projeto a especificação de materiais ou componentes que, nos
sistemas estruturais, garantam o atendimento aos requisitos de desempenho acústico previstos na
ABNT NBR 15.575, item 12.
A espessura das alvenarias estruturais foi prevista para atendimento aos requisitos de desempenho es-
trutural, devendo ser previstos revestimentos e/ou materiais para preenchimento interno dos blocos, de
forma a serem atendidos os requisitos de desempenho acústico acima citados.
O preenchimento dos blocos de alvenarias deve ser autorizado pelo responsável pelo projeto estrutural,
para efeitos de consideração de possíveis incrementos de carga.
Analogamente, as espessuras das lajes foram previstas de forma a atenderem aos requisitos de de-
sempenho estrutural, e não faz parte do escopo do presente projeto a definição de revestimentos
ou acabamentos que permitam o atendimento aos requisitos de desempenho acústico previstos na
ABNT NBR 15575, item 12.
Soluções para atendimento do desempenho acústico que impliquem em alteração nas especificações
de lajes e vedações deverão ser comunicadas para verificação de possíveis aumentos significativos de
carga que impliquem em alterações no projeto.
14.2 Estanqueidade:
Não faz parte do escopo do presente projeto a indicação de soluções para atendimento aos requisitos de
estanqueidade relativas a fontes de umidade internas e externas à edificação, nos termos indicados na
ABNT NBR 15.575, item 10.
O incorporador/construtor deverá prever soluções de projeto para garantia da estanqueidade, em es-
pecial no que diz respeito a ligação entre os diversos elementos da construção, tais como paredes não
estruturais e estruturais, corpo principal e lajes etc.
Também não faz parte do escopo do presente projeto o detalhamento das especificações para garan-
tia da estanqueidade de sistemas com função estrutural. Quando necessário, a incorporadora/constru-
tora deverá prever o desenvolvimento de procedimentos de execução que garantam a estanqueidade
dos sistemas.
Em atendimento aos requisitos na ABNT NBR 15575, recomenda-se a realização de ensaios de estan-
queidade dos sistemas de vedação externa e esquadrias, considerando a classificação do empreendi-
mento em relação a condições de exposição, nos termos das tabelas 11 e 12 do Anexo C da Parte 4 da
ABNT NBR 15.575:2013.
22
14.5 Projeto do sistema de cobertura
O projeto do sistema de cobertura e o atendimento aos requisitos previstos na ABNT NBR 15575 quanto
ao sistema de cobertura, em especial os contidos na parte 6 da norma, não faz parte do escopo do pre-
sente projeto, devendo ser elaborado projeto específico.
c) Revestimentos e/ou elementos e componentes aderidos às estruturas e vedações não estruturais de-
verão obedecer aos requisitos de desempenho previstos na ABNT NBR 15575 – Parte 1, em especial no
que diz respeito a
i) dificultar a inflamação generalizada, conforme indicado na ABNT NBR 15575, item 8.4;
ii) dificultar a propagação de incêndio, conforme indicado na ABNT NBR 15575, item 8.5.
A especificação desses revestimentos e/ou elementos e/ou componentes aderidos não faz parte do
escopo do presente projeto, e deverá ser prevista pela empresa incorporadora / construtora.
d) O revestimento interno de parede de fachada multicamada não é parte da estrutura da parede, nem
considerado no contraventamento, quando for o caso.
Medidas indicadas nos desenhos prevalecem sobre valores eventualmente obtidos por escalas.
23
ANEXO A – REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DE CARGAS POR PAVIMENTO
BARRILETE
Legenda
Legenda
Carga geral nas lajes: 4,0/3,0 kN/m²
Térreo interno às torres: (Detalhamento separado)
Jardim: +3,7 kN/m²
Região com árvores de grande porte: + 18,78 kN/m²
Região com 70 cm de terra + árvore: + 5,4 kN/m²
Região piscina: + 7,5 kN/m²
Térreo interno: 3,5/1,5 kN/m²
VP piscina adulto: 5,5 kN/m
VP piscina adulto + deck molhado: 15,1 kN/m
VP piscina infantil: 13,7 kN/m
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ANEXO B – PLACAS DE ENTRADA NOS ESTACIONAMENTOS
Na entrada do estacionamento devem ser posicionadas duas placas, com limite de velocidade e carga
máxima por veículo:
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ANEXO C – I TENS DE ESTRUTURA NO MANUAL DE USO, OPERAÇÃO E
MANUTENÇÃO DOS IMÓVEIS
O manual de uso, operação e manutenção dos imóveis, conforme ABNT NBR 14037 a ser entregue ao Visa impedir que seja in-
cluído pavimento no futuro
usuário, síndico/administradora, deve conter as informações necessárias para que a estrutura do edifício e alertar para sistemas que
mantenha o desempenho desejado durante a sua vida útil. exigem cuidados especiais
como por exemplo Alvenaria
Estrutural.
1. Caracterização da estrutura
Deve ser informado o tipo da estrutura e suas características, tais como componentes estruturais e nú- Este alerta é importante,
mero de pavimentos. pois aí reside muitos dos
problemas de excesso de
Deverá ser anexado ao manual do usuário a fôrma da estrutura do pavimento onde ele possua a sua carregamento.
unidade.
Também deverá ser entregue um jogo completo de cópias das fôrmas do edifício para o arquivo do con-
domínio/administradora.
2. Carregamentos
Devem ser informadas todas as sobrecargas adotadas nas áreas comuns e nas áreas privativas conforme
indicado no Anexo A deste documento.
Deve-se ter um cuidado especial com as cargas nas varandas/terraços, devendo ser especificados as me-
didas e pesos de vasos, uso de ofurô nas varandas, envidraçamento das fachadas, colocação de cofres,
aquários, arquivos deslizantes, piscinas de vinil nas lajes de cobertura etc.
Deve ser indicada a obrigatoriedade de identificação das cargas máximas nas garagens e de velocidade
máxima de tráfego na porta de entrada da garagem, conforme Anexo B.
3. Manutenção
Deve ser indicado o descrito no Anexo D deste documento.
4. Reformas
O planejamento e execução de reformas na edificação objeto do presente projeto deverá seguir
as diretrizes estabelecidas na ABNT NBR 16280 – Reforma em edificações – Sistema de gestão de
reformas – Requisitos. O contato direto entre o
proprietário e/ ou seu re-
As reformas em unidades ou nas áreas comuns do edifício somente devem ser realizadas com responsa- presentante com o projetista
autor de projeto deve ser
bilidade e supervisão de um profissional habilitado perante o CREA que elaborará o projeto de reforma. evitado a todo o custo, uma
Deve ser indicada ainda que qualquer alteração no projeto original de arquitetura deverá estar de acor- vez que o cliente do autor
do projeto estrutural não é o
do com as cargas adotadas no projeto inicial conforme item 7 e Anexo A deste documento. proprietário.
Isto evitará situações que
Qualquer reforma que implique em interferência com a estrutura deve ser, sempre que possível, evitada podem gerar conflitos de
pelo construtor/incorporador. interesses no atendimento de
cada questão.
Caso, no entanto, seja verificada uma interferência inevitável, o profissional habilitado, responsável pela
obra, deve comunicar a construtora e/ou incorporadora, que deverá contratar o autor do projeto, através
de um aditivo contratual, para que seja verificado o impacto na estrutura, sobretudo quando for identi-
ficada uma das modificações a seguir:
a) Execução de furos e aberturas em elementos estruturais para instalações de ar condicionado, elétri-
ca e automação;
b) Qualquer alteração de seção de elementos estruturais;
c) Qualquer alteração das paredes de alvenaria, como localização, abertura de portas, janelas ou qual-
quer outra abertura;
d) Alteração no tipo de uso do ambiente, mudando a sobrecarga de utilização;
e) Alterações dos enchimentos de pisos, bem como a troca de suas especificações;
f) Alteração de piscinas;
g) Alteração de lagos e jardins;
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h) Fechamentos de varandas (caso não tenha sido contemplada nas cargas);
i) Furação de vigas existentes;
j) Abertura em lajes – escadas, shafts etc.;
k) Acesso de caminhões de mudança e/ou entregas fora dos locais marcados no item 7 e Anexo A deste
documento;
l) Qualquer outra alteração de carga ou alteração de uso em relação ao projeto original.
Este comunicado deve ser feito através de documentação (vide ABNT NBR 16280 - Reforma em edifica-
ções - Sistema de gestão de reformas - Requisitos) ao responsável legal da edificação, antes do seu início,
e este encaminhará à construtora e/ou incorporadora, não permitindo o início da reforma sem uma
liberação por parte desta.
Caso haja impossibilidade do projetista autor do projeto em analisar a interferência estrutural, deverá
ser contratado um profissional habilitado em estruturas para emissão de laudo com recolhimento de
ART específica.
Em hipótese alguma poderá ser realizada demolição total ou parcial de elementos estruturais sem a
anuência do projetista estrutural e do responsável pela construtora e/ou incorporadora.
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ANEXO D – PRESCRIÇÕES A SEREM ANEXADAS AO ITEM DE ESTRUTURA QUANTO
À MANUTENÇÃO E INSPEÇÃO
Uma edificação começa a deteriorar-se a partir do momento em que está concluída. Isso se deve à ação
de vários agentes, como variações térmicas, poluição ambiental, produtos químicos, biológicos e mecâ-
nicos, clima, alterações no entorno da edificação e outros que ocasionam deteriorações provocando o
envelhecimento, perda de desempenho, funcionalidade e conforto do usuário.
Para proteger a estrutura da edificação desses agentes, ações de manutenção preventiva devem ser pre-
vistas, visando manter e prolongar a sua vida útil e evitar custos de recuperação que podem se tornar
cada vez mais significativos, quanto mais tempo se demorar a fazer a prevenção e a recuperação.
A norma de desempenho, ABNT NBR 15575:2013, Parte 1, seção 5.4.2, prevê que ao construtor ou in-
corporador cabe elaborar o manual de uso, operação e manutenção dos imóveis, conforme ABNT NBR
14037. Ao projetista (seção 5.3) cabe estabelecer a vida útil de projeto (VUP) mínima de 50 anos (seção
14.2.1), ou, a critério da construtora e/ou incorporadora, níveis de desempenho superiores, como inter-
mediário (63 anos) e superior (75 anos).
Para o bom desempenho da estrutura durante sua vida útil é dever do usuário cumprir as seguintes
orientações quanto à manutenção, sobretudo quanto a se evitar a corrosão das armaduras, devendo
ser corrigida a manifestação patológica, tão logo verificada, para evitar uma deterioração maior do ele-
mento estrutural:
• Manutenção periódica da impermeabilização nos trechos em que a estrutura está sujeita a intempéries;
• Manutenção de elementos de fachada de modo que os elementos estruturais não fiquem expostos;
• Evitar o acúmulo de água em locais aonde não houve proteção adequada à estrutura.
– Exemplos: vazamentos, acúmulo de água em fachadas e marquises;
• Manutenção periódica dos lugares com pouca ventilação e submetidos à umidade excessiva e cons-
tante, como decks de piscinas, forro de saunas, pisos sobre terrenos;
• Não deverão ser utilizados na limpeza de paredes e pisos produtos que contenham ácidos de qual-
quer tipo em sua composição, pois estes poderão atacar o concreto e suas armaduras, gerando pato-
logias que somente serão detectadas em estágios avançados.
A inspeção periódica das estruturas deve ser uma das recomendações do manual de uso, operação e
manutenção dos imóveis para se detectar precocemente sinais patológicos nos elementos estruturais,
como:
• deformações excessivas;
• recalques;
• lixiviação;
• expansões;
• desagregações;
• fissuras, trincas e rachaduras;
• lascamentos;
• ferros aparentes;
• corrosão de armaduras;
• manchas de umidade;
• perda de elasticidade de juntas de dilatação.
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• aparelhos de apoio;
• marquises.
Recomenda-se que os manuais de uso, operação e manutenção dos imóveis, visando atender a VUP,
estabeleçam inspeções quinquenais visuais para detectar tais sintomas e inspeções decenais (ou antes,
caso indicado na inspeção quinquenal) por meio de instrumentação adequada para prospecção de as-
pectos mais específicos, como profundidades de frentes de cloretos, carbonatação, resistividade elétrica
e potencial de corrosão eletroquímica.
Estas inspeções devem ser realizadas por profissional habilitado com experiência em patologias de es-
truturas de concreto. Ao final da inspeção, deverá ser elaborado um relatório descrevendo as principais
patologias detectadas, classificando-as segundo o seu grau de gravidade.
Caso o profissional que realizou a inspeção tenha experiência em reabilitação, este apresentará as solu-
ções para sanar as patologias. Para estruturas situadas em regiões de classe de agressividade ambiental
IV (CAA IV), conforme ABNT NBR 6118:2014, a periodicidade poderia ser até de dois a três anos.
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CRÉDITOS
AUTORES DO DOCUMENTO:
Coordenação:
Flavio Torres da Fonseca
Hélio Pereira Chumbinho
Cláudio Adler
Augusto G. Pedreira de Freitas
Colaboradores:
Alexandre Caram e Silva
Antônio Carlos Nogueira Rabelo
Márcio José de Rezende Gonçalves
Roberto de Araújo Coelho
Eduardo Barros Millen
Ênio Canavello Barbosa
Guilherme de Angelis Covas
Jefferson Dias de Souza Junior
João Alberto de Abreu Vendramini
José Luiz V. C. Varela
José Martins Laginha Neto
Luiz Aurélio Fortes da Silva
Ricardo L.S. França
Roberto Dias Leme
Valdir da Silva Cruz
Consultores:
Patrícia Elizabeth Ferreira Gomes Barbosa
Paulo Roberto Pereira Andery
Fabrício da Cruz Tomo
Melina Baruki e Haack
Rafael da Silva Lourenço
30
-
Av. Queiroz Filho, 1700 - casa 80
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Fax: (11) 3938-9407
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