Obras de Paulo Freire
Obras de Paulo Freire
Obras de Paulo Freire
Como eixo norteador de sua prática pedagógica, Freire defende que "formar" é muito
mais que formar o ser humano em suas destrezas, atentando para a necessidade de
formação ética dos educadores, conscientizando-os sobre a importância de estimular os
educandos a uma reflexão crítica da realidade em que está inserido.
Enfatiza alguns aspectos primordiais, porém nem sempre adotados pela sociedade atual,
como: simplicidade, humanismo, bom senso (ética em geral) e esperança, já que na sua
visão o capitalismo leva a sociedade a um consumismo exacerbado e a uma alienação
coletiva, através, principalmente, dos veículos de comunicação de massa. O fracasso
educacional deve-se em particular a técnicas de ensino ultrapassadas e sem conexão
com o contexto social e econômico do aluno, mantendo-se assim o status quo, pois a
escola ainda é um dos mais importantes aparelhos ideológicos do Estado.
Em 1964, um golpe militar extinguiu este esforço, Freire foi encarcerado como traidor
por 70 dias. Em seguida ele passou por um breve exílio na Bolívia, trabalhou no Chile
por cinco anos para o Movimento de Reforma Agrária da Democracia Cristã e para a
Organização de Agricultura e Alimentos da Organização das Nações Unidas. Em 1967,
Freire publicou seu primeiro livro, Educação como prática da liberdade.
O livro foi bem recebido, e Freire foi convidado a ser professor visitante da
Universidade de Harvard em 1969. No ano anterior, ele escrevera seu mais famoso
livro, Pedagogia do Oprimido, o qual foi publicado também em espanhol e em inglês
em 1970. Por ocasião da rixa política entre a ditadura militar e o socialista-cristão Paulo
Freire, ele não foi publicado no Brasil até 1974, quando o General Geisel tomou o
controle do Brasil e iniciou um processo de liberalização cultural.
Depois de um ano em Cambridge, Freire se mudou para Geneva, Suiça, para trabalhar
como consultor educacional para o Conselho Mundial de Igrejas. Durante este tempo
Freire atuou como um consultor em reforma educacional em colônias portuguesas na
África, particularmente Guinea Bissau e Moçambique.
Em 1979, ele já podia retornar ao Brasil, mas só voltou em 1980. Freire se filiou ao
Partido dos Trabalhadores na cidade de São Paulo e atuou como supervisor para o
programa do partido para alfabetização de adultos de 1980 até 1986. Quando o PT foi
bem sucedido nas eleições municipais de 1988, Freire foi indicado Secretário de
Educação para São Paulo.
Em 1986, sua esposa Elza morreu e Freire casou com Maria Araújo Freire, que também
seguiu seu programa educacional.
Em 1991, o Instituto Paulo Freire foi fundado em São Paulo para extender e elaborar
suas teorias sobre educação popular. O instituto mantem os arquivos de Paulo Freire.
No entanto, a obra de Paulo Freire ultrapassa esse espaço e atinge toda a educação,
sempre com o conceito básico de que não existe uma educação neutra: segundo a sua
visão, toda a educação é, em si, política.