Texto 2 Adm Pública e Adm Direta
Texto 2 Adm Pública e Adm Direta
Texto 2 Adm Pública e Adm Direta
1. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Administração é a ciência que trata das organizações. Sua história data de 5000 a.C. É a ação
corretamente calculada para realizar determinados objetivos desejados. Pode ser entendida também
como a ação humana cooperativa com alto grau de racionalidade.
O termo administração é empregado tanto para indicar funções de planejamento e direção, quanto
para significar as atividades de execução.
Portanto, em sentido exato (estrito), a administração pública abrange as funções administrativas
de execução das atividades de interesse público. Em sentido amplo, abrange o Governo (que toma
as decisões políticas), a estrutura administrativa e a administração (que executa essas decisões).
Administração pública e administração privada são iguais em gênero (administração), mas diferem
em espécie (público versus privado). No que tange às técnicas administrativas, têm mais
convergências do que divergências.
O administrador é o profissional que atua nas organizações executando as funções de
planejamento, organização, direção, coordenação e controle.
A alta administração é executada pelos agentes com poder de decisão, que devem tomar as
decisões corretas no tempo certo, conduzindo a organização para alcançar os objetivos
institucionais, o crescimento e a sustentabilidade.
A administração pública apresenta também as seguintes definições, de acordo com a ciência a que
se refere:
− segundo a ciência administrativa, administração pública é definida como o ramo da
Administração aplicada nas administrações direta e indireta das três esferas (ou níveis) de
governo: federal, estadual e municipal.
− segundo a ciência jurídica, administração pública é definida como a administração voltada para
às atividades desenvolvidas pelos entes públicos, dentro dos limites legais, com a finalidade de
prestar serviços ao Estado e à sociedade em prol do bem comum.
Segundo o conceituado jurista Hely Lopes Meirelles, os órgãos que constituem a administração
pública “são centros de competência instituídos para o desempenho de funções estatais, por meio de
seus agentes, cuja atuação é imputada à pessoa jurídica a que pertencem.”
O mesmo autor classifica esses mesmos órgãos em: independentes; autônomos; superiores; e
subalternos, a saber:
− órgãos independentes: são os que têm sua origem na Constituição e não estão sujeitos a
hierarquia superior. Exemplo: Presidência da República, Congresso Nacional, Senado,
Câmara e Tribunais Judiciários;
− órgãos autônomos: são os que se encontram no topo da estrutura administrativa,
imediatamente abaixo dos órgãos independentes, aos quais se submetem. Exemplos:
Ministérios de Governo; Controladoria-Geral; Advocacia-Geral da União.
− órgãos superiores: são os que exercem funções de comando, direção e controle,
sujeitando-se ao controle hierárquico de autoridade superior. Exemplos: gabinetes,
diretorias, secretarias, coordenadorias.
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− órgãos subalternos: são aqueles que praticamente não detêm poder algum e atuam na
execução de atividades. Exemplos: portarias, seções de atendimento ao publico.
Já os denominados agentes públicos podem ser definidos genericamente como as pessoas (físicas
ou jurídicas) que exercem alguma atividade estatal. A lei de improbidade administrativa define-os
com mais detalhe, como segue:
agente público é todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração,
por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou
vínculo, mandato, cargo, emprego ou função na Administração Pública.
Ainda segundo Hely Lopes Meirelles, os agentes públicos podem ser políticos, administrativos,
honoríficos e delegados, a saber:
− agentes políticos: são os que ocupam os escalões mais altos, cuja investidura se dá por
eleição, nomeação e delegação. Exemplos: presidente, ministros, senadores, deputados,
juízes;
− agentes administrativos: são os diversos tipos de servidores públicos: civis (estatutários
ou celetistas) e militares;
− agentes honoríficos: são os que se caracterizam pela transitoriedade e ausência de
remuneração. Exemplos: mesários eleitorais; jurados do Tribunal do Júri;
− agentes delegados: são os que executam certas atividades, serviços ou obras mediante
delegação do Poder Público. Exemplos: concessionários, permissionários, peritos,
tradutores.
− agentes credenciados: são os que podem exercer atividades específicas ou representar a
Administração Pública em determinado ato, mediante nomeação específica e pagamento.
Deve-se observar que todos os que exercem cargo, emprego ou função públicos são agentes
públicos.
Com base nas definições de administração pública, de governo e de estado, o quadro 3 mostra as
características diferenciadoras dessas três entidades.
é instrumental;
é hierarquizada;
administração indireta.
5. REFERÊNCIAS
PALUDO, Augustinho Vicente. Administração Pública – Teoria e mais de 500 questões. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2010. 496p.