Desenho Universal para A Aprendizagem Abordagem Nas Teses Geny Lustosa
Desenho Universal para A Aprendizagem Abordagem Nas Teses Geny Lustosa
Desenho Universal para A Aprendizagem Abordagem Nas Teses Geny Lustosa
DISSERTAÇÕES DA BDTD
RESUMO
O objetivo deste escrito é analisar a abordagem do Desenho Universal para a Aprendizagem
(DUA), seus fundamentos e princípios teórico-conceituais, tomando por base as produções
disponíveis na Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações. O levantamento do acervo
teve como foco o período compreendido entre 2000 e 2020. O presente estudo se caracteriza
como uma revisão de literatura a partir desta base de dados e a busca foi realizada a partir dos
descritores “Desenho Universal para Aprendizagem” (e as variáveis “da”, “para”, “na”) e no
termo em inglês “Universal Designer Learning”, nos seguintes campos de busca: “título”,
“resumo” e “assuntos”. Tal procedimento metodológico nos possibilitou localizar três
dissertações e uma tese, contabilizando quatro publicações sobre o tema. Para efeito de análise
agrupamos os trabalhos identificados em duas categorias: um primeiro grupo que aborda os
princípios do DUA em interface com a formação docente; e um segundo grupo que lança mão
dessa abordagem no planejamento e implementação de propostas didáticas para o ensino de
Ciências. A revisão de literatura realizada evidencia a recente inserção do DUA como objeto
específico de estudo e fundamentação teórico-conceitual em Teses e Dissertações, porém já
mostra uma literatura recente de publicações nesse sentido em artigos e livros, compondo já um
corpus, ainda inicial, além de outras literaturas afins com as quais dialoga. Assinala,
igualmente, a imprescindibilidade de edificarmos uma compreensão mais consistente acerca
dos seus princípios, limites e críticas, por meio da pesquisa acadêmica.
1 Introdução
Nos últimos anos têm surgido profícuas discussões e reflexões sobre a temática do
currículo e das práticas pedagógicas de atenção às diferenças em sala de aula e, nesse contexto,
temos observado o recente inserção da abordagem designada “Desenho Universal para a
Aprendizagem (DUA)” que propõe o desenvolvimento de práticas pedagógicas que permitam
o acesso ao currículo, a participação e a aprendizagem de todos os estudantes, indistintamente.
O DUA é uma perspectiva teórico-metodológica que suscita distintas percepções entre
os estudiosos do campo epistemológico que envolve a inclusão em educação, daí o nosso
interesse em conhecer mais profundamente o tema e discutir os seus aspectos teórico-
conceituais. Escolhemos, portanto, sua presentificação em teses e dissertações, com escolha
intencional pelo BDTD. Assim, guiamo-nos pelo interesse particular de conhecer o contexto de
investigação desses trabalhos que tematizavam e privilegiavam tal abordagem, os objetivos que
perseguiam e os principais resultados que emergiam desses estudos.
Considerando a importância de mapear as pesquisas realizadas sobre o Desenho
Universal para a Aprendizagem no Brasil, definimos como objetivo deste escrito analisar a
abordagem do Desenho Universal para a Aprendizagem, seus fundamentos e princípios
teórico-conceituais, tomando por base as produções disponíveis na BDTD.
3 Metodologia
O estudo se caracteriza como uma revisão de literatura, que consiste numa investigação
que toma como fonte de dados a bibliografia disponível sobre determinado tema. Segundo
Sampaio e Mancini (2007, p. 84) este tipo de estudo oferece um resumo das investigações
relacionadas a uma determinada temática “mediante a aplicação de métodos explícitos e
sistematizados de busca, apreciação crítica e síntese da informação”.
Desse modo, a investigação que visa levantamento de acervo consiste em mapear,
problematizar e contextualizar os estudos científicos em determinada área de pesquisa,
permitindo “a compreensão do movimento da área, sua configuração, propensões teóricas
metodológicas, análise crítica indicando tendências, recorrências e lacunas” (VOSGERAU;
ROMANOWSKI, 2014, p. 167)
Ademais, as pesquisas dessa natureza são primordiais “[...] para conhecer “o que foi” e
“o que está sendo” produzido por pesquisadores de diversas áreas, além de possibilitar
confronto de elaboração própria com os estudos de outros investigadores”. (NUNES,
LUSTOSA, 2020, p. 729)
As informações foram coletadas a partir dos resumos de dissertações e teses indexadas
na Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD) encontrada no endereço
http://bdtd.ibict.br/vufind/. Esta busca foi realizada a partir dos descritores “Desenho Universal
para Aprendizagem” e as variáveis – da, para, na – e em inglês, “Universal Designer Learning”
nos seguintes campos de busca: “título”, “resumo” e “assuntos”. Tal procedimento nos
possibilitou localizar três (3) dissertações e uma (1) tese, contabilizando quatro (4) publicações
sobre o tema.
O levantamento realizado teve como foco o período compreendido entre 2000 e 2020.
Este período foi delimitado, levando em consideração que o conceito Universal Designer
Learning (UDL) surgiu, em 1999, nos Estados Unidos, aqui traduzido como Desenho Universal
para Aprendizagem (DUA).
4. Resultados e Discussões
Inicialmente, cumpre esclarecer que os resumos das quatro (4) pesquisas foram
analisados com base em um protocolo no qual destacamos as seguintes categorias: título; autor,
ano e local de defesa. Estas informações foram organizadas em um quadro geral para situar o
leitor e auxiliar no processo de sistematização e análise dos dados.
Quadro 1 – Caracterização geral dos trabalhos analisados
Título Autor(a) Ano de Local de Defesa
Publicação
5 Considerações finais
EFFGEN, Ariadna Pereira Siqueira; ALMEIDA, Mariangela Lima de. Bases teórico-
metodológicas sustentam nossas propostas: princípios para uma nova/outra prática educativa.
In: ALMEIDA, Mariangela Lima de; RAMOS, Ines de Oliveira (Orgs). Diálogos sore
práticas pedagógicas inclusivas. Curitiba: Appris, 2012. [p.15 – 54]
SAMPAIO, R.F.; MANCINI, M.C. Estudos de revisão sistemática: um guia para síntese
criteriosa da evidência científica. Revista Brasileira de Fisioterapia, São Carlos, v.11, n.1,
p.83-89, 2007. Disponível em:
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-35552007000100013
Acesso em: 24 de setembro de 2020