Caderno Artes

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CADERNOS

DE APOIO À
APRENDIZAGEM

Unidade 3 – versão – 11 junho 2021


Governo da Bahia Góes • Janeide Sousa Santos • João Luiz Pereira
Da Costa Ferreira • Jucy Eudete Lôbo • Laís
Rui Costa | Governador Amélia Silva Lobo • Leide Fausta Gomes da Silva
João Leão | Vice-Governador • Manoela Oliveira de Souza Santana • Márcia de
Cássia Santos Mendes • Maria Cristina Santos
Jerônimo Rodrigues Souza | Secretário da Educação Feitosa • Marielson Nascimento Alves • Mirela
Danilo de Melo Souza | Subsecretário Gonçalves Conceição • Nilson Maynard Menezes
• Suzimá Jaques Silveira • Tamires Fraga Martins
Manuelita Falcão Brito | Superintendente de Políticas • Uenderson Jackson Brites de Jesus • Yone Maria
para a Educação Básica Costa Santiago • Viviane Paraguaçu Nunes

Equipe Educação Inclusiva


Coordenação Geral Marlene Cardoso • Ana Claudia Henrique Mattos •
Manuelita Falcão Brito Daiane Sousa de Pina Silva • Edmeire Santos Costa
Jurema Oliveira Brito • Gabriela Silva de Jesus • Nancy Araújo Bento •
Letícia Machado dos Santos Cíntia Barbosa de Oliveira Bispo

Diretoria de Currículo, Avaliação e Tecnologias Edu- Coordenação da Revisão


cacionais Ivonilde Espirito Santo de Andrade
Jurema Oliveira Brito Jurema Oliveira Brito
Letícia Machado dos Santos
Diretoria de Educação e Suas Modalidades Silvana Maria de Carvalho Pereira
Iara Martins Icó Sousa Revisão de Conteúdo
Coordenações das Etapas e Modalidades Alécio de Andrade Souza • Ana Paula Silva Santos
da Educação Básica • Carlos Antônio Neves Júnior • Carmelita Souza
Oliveira • Cláudia Celly Pessoa de Souza Acunã
Coordenação de Educação Infantil e Ensino Fundamental • Claudio Marcelo Matos Guimarães • Edileuza
Nunes Simões Neris • Eliana Dias Guimarães
Kátia Suely Paim Matheó
• Gabriel Souza Pereira • Helena Vieira Pabst •
Coordenação de Ensino Médio Helionete Santos da Boa Morte • Helisângela Acris
Renata Silva de Souza Borges de Araujo • Ivan De Pinho Espinheira Filho
• João Marciano de Souza Neto • Jose Expedito
Coordenação do Ensino Médio com Intermediação Tecnológica de Jesus Junior • Jussara Santos Silveira Ferraz
Letícia Machado dos Santos • Kátia Souza de Lima Ramos • Letícia Machado
dos Santos • Márcia de Cácia Santos Mendes •
Coordenação da Educação do Campo e Escolar Quilombola Márcio Argolo Queiroz • Mônica Moreira de Oliveira
Poliana Nascimento dos Reis Torres • Renata Silva de Souza • Roberto Cedraz
de Oliveira • Rogério da Silva Fonseca • Solange
Coordenação de Educação Escolar Indígena Alcântara Neves da Rocha • Sônia Maria Cavalcanti
José Carlos Batista Magalhães Figueiredo
Coordenação de Educação Especial Revisão Ortográfica
Marlene Santos Cardoso Ivonilde Espirito Santo de Andrade • Ana Lúcia
Cerqueira Ramos • Clísia Sousa da Costa • Elias
Coordenação da Educação de Jovens e Adultos dos Santos Barbosa • Elisângela das Neves Aguiar
Isadora Sampaio • Jussara Bispo dos Santos • Maria Augusta Cortial
Chagas da Silva • Marisa Carreiro Faustino •
Coordenação da Área de Linguagens Rosangela De Gino Bento • Roseli Gonçalves dos
Márcia de Cácia Santos Mendes Santos • Tânia Regina Gonçalves do Vale • Solange
Maria de Fátima Fonseca Alcântara Neves da Rocha
Equipe de Elaboração Colaboradores
Adriana Almeida Amorim • Andréia Santos Santana • Artur Edvânia Maria Barros Lima
Andrade Pinho • Bleiser Santos de Lima • Carlos Vagner Gabriel Souza Pereira
da Silva Matos • Cássio José Laranjeira da Silva • Claudete Gabriel Teixeira Guia
dos Santos de Souza • Claudia Cavalcante Cedraz Caribé de Jorge Luiz Lopes
Oliveira • Cláudia Celly Pessoa de Souza Acunã • Claudia José Raimundo dos Santos Neris
Norberta dos Santos Amaral • Daiane Sousa de Pina Silva Shirley Conceição Silva da Costa
Elci Paim Pereira • Elizabete Bastos da Silva • Elizabete Silvana Maria de Carvalho Pereira
Cardoso Maia • Elisana Georgia Silva dos Santos • Elza
Sueli Lima da Silva • Gabriela Dias Lima Gramacho Fraga Projeto Gráfico e Diagramação
• Gabriel Silva Almeida • Gidean de Jesus Nunes Júnior • Bárbara Monteiro
Gildo Mariano de Jesus • Gilmara Carneiro da Silva Freitas
• Ivan De Pinho Espinheira Filho • Jaildon Jorge Amorim
À Comunidade Escolar,
A pandemia do coronavírus explicitou problemas e introduziu desafios
para a educação pública, mas apresentou também possibilidades de inova-
ção. Reconectou-nos com a potência do trabalho em rede, não apenas das
redes sociais e das tecnologias digitais, mas, sobretudo, desse tanto de gen-
te corajosa e criativa que existe ao lado da evolução da educação baiana.

Neste contexto, é com satisfação que a Secretaria de Educação da Bahia dis-


ponibiliza para a comunidade educacional os Cadernos de Apoio à Apren-
dizagem, um material pedagógico elaborado por dezenas de professoras e
professores da rede estadual durante o período de suspensão das aulas. Os
Cadernos são uma parte importante da estratégia de retomada das ativida-
des letivas, que facilitam a conciliação dos tempos e espaços, articulados a
outras ações pedagógicas destinadas a apoiar docentes e estudantes.

Assegurar uma educação pública de qualidade social nunca foi uma mis-
são simples, mas, nesta quadra da história, ela passou a ser ainda mais
ousada. Pois, além de superarmos essa crise, precisamos fazê-la sem com-
prometer essa geração, cujas vidas e rotinas foram subitamente alteradas,
às vezes, de forma dolorosa. E só conseguiremos fazer isso se trabalhar-
mos juntos, de forma colaborativa, em redes de pessoas que acolhem, cui-
dam, participam e constroem juntas o hoje e o amanhã.

Assim, desejamos que este material seja útil na condução do trabalho pe-
dagógico e que sirva de inspiração para outras produções. Neste sentido, ao
tempo em que agradecemos a todos/as que ajudaram a construir este vo-
lume, convidamos educadores e educadoras a desenvolverem novos mate-
riais, em diferentes mídias, a partir dos Cadernos de Apoio, contemplando
os contextos territoriais de cada canto deste “país” chamado Bahia.

Saudações educacionais!

Jerônimo Rodrigues
UNIDADE
Objetos de Conhecimento:
3
1. Fruição de espetáculos de teatro, identificando e distinguindo os elementos constitutivos da
linguagem; 2. Criação de cenas, encenações e/ou espetáculos, utilizando técnicas de improvi-
sações diversas; 3. Artes cênicas – Técnicas e tecnologias da cena teatral: iluminação, cenário,
figurino, maquiagem, sonoplastia, entre outros; 4. Performance – Movimento Artístico e sua
interação sociocultural; 5. Leitura Dramática – Produção textual, visual e cênica; 6. Desenho e
pintura digital: encontro com as novas midias; 7. Arte com pixel: elementos gráficos computa-
cionais; 8. Características contextuais da Semana de Arte Moderna (Semana de 22); 9. Identi-
ficação, registro e reprodução de sons; 10. Experiências de improvisação com a música descri-
tiva; 11. Formas de registro musical (convencional e não convencional); 12. Instalação sonora
(transformações do visual para o sonoro).

Competência(s):
1. Apreciar esteticamente as mais diversas produções artísticas e culturais, considerando suas caracte-
rísticas locais, regionais e globais, e mobilizar seus conhecimentos sobre as linguagens artísticas para dar
significado e (re)construir produções autorais individuais e coletivas, de maneira crítica e criativa, com res-
peito à diversidade de saberes, identidades e culturas. 2. Compreender os processos identitários, conflitos
e relações de poder que permeiam as práticas sociais de linguagem, respeitar as diversidades, a pluralidade
de ideias e posições e atuar socialmente com base em princípios e valores assentados na democracia, na
igualdade e nos Direitos Humanos, exercitando a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a coopera-
ção, e combatendo preconceitos de qualquer natureza. 3. Utilizar diferentes linguagens (artísticas, corporais
e verbais) para exercer, com autonomia e colaboração, protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva,
de forma crítica, criativa, ética e solidária, defendendo pontos de vista que respeitem o outro e promovam
os Direitos Humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável, em âmbito local, regional e
global. 4. Compreender as línguas como fenômeno (geo)político, histórico, social, variável, heterogêneo e
sensível aos contextos de uso, reconhecendo-as e vivenciando-as como formas de expressões identitárias,
pessoais e coletivas, bem como respeitando as variedades linguísticas e agindo no enfrentamento de pre-
conceitos de qualquer natureza.

Habilidades:
1. (EM13LGG602) Fruir e apreciar esteticamente diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às
mundiais, assim como delas participar, de modo a aguçar continuamente a sensibilidade, a imaginação e a
criatividade. 2. (EM13LGG301) Participar de processos de produção individual e colaborativa em diferentes
linguagens (artísticas, corporais e verbais), levando em conta seus funcionamentos, para produzir sentidos
em diferentes contextos. 3. (EM13LGG603) Expressar-se e atuar em processos criativos que integrem di-
ferentes linguagens artísticas e referências estéticas e culturais, recorrendo a conhecimentos de naturezas
diversas (artísticos, históricos, sociais e políticos) e experiências individuais e coletivas. 4. (EM13LGG604)
Relacionar as práticas artísticas e da cultura corporal do movimento às diferentes dimensões da vida social,
cultural, política, histórica e econômica. 5. (EM13LGG703) Utilizar diferentes linguagens, mídias e ferramen-
tas digitais em processos de produção coletiva, colaborativa e projetos autorais em ambientes digitais. 6.
(EM13LGG601) Apropriar-se do patrimônio artístico e da cultura corporal de movimento de diferentes tempos
e lugares, compreendendo a sua diversidade, bem como os processos de disputa por legitimidade.
TEMA: Arte Cênicas – Técnicas e tecnologias da cena teatral: iluminação,
cenário, figurino, maquiagem, sonoplastia, entre outros
Objetivos de Aprendizagem: Conhecer as principais especificidades das artes cênicas, em
especial do teatro. Apreciar e reconhecer as manifestações artísticas e culturais, em especial
o teatro. Perceber a importância de cada elemento e/ou tecnologia cênica para a construção de
espetáculos. Identificar Cenografia – o que é, e o estudo do espaço cênico.

Semana Aula Atividade

1 1 Realizar pesquisa sobre o que é Artes Cênicas, identificando sua principal


característica e os elementos que podem ser considerados como fundamen-
2 2 tais ou essenciais no teatro.

3 3
Criar um desenho e/ou maquete de cenário para um espetáculo teatral.
4 4

TEMA: Leitura Dramática – Produção textual, visual e cênica


Objetivos de Aprendizagem: Relacionar as linguagens cênicas com o texto escrito (litera-
tura dramática), percebendo as possibilidades e conexões entre as linguagens. Exercitar a
capacidade de observar, descobrir e refletir por meio de textos dramáticos. Explorar as pos-
sibilidades expressivas do corpo, sua relação com o outro e com o espaço, utilizando textos
dramáticos como base.

Semana Aula Atividade


5 5 Escrever uma peça teatral, utilizando-se de alguma história verídica ou fictí-
6 6 cia que você conheça.

TEMA: Performance – Movimento Artístico e sua Interação sociocultural


Objetivos de Aprendizagem: Compreender o contexto histórico-social do surgimento das
primeiras performances. Conhecer e apreciar os principais artistas e/ou grupos performáticos
internacionais e nacionais com maior destaque nas mídias.

Semana Aula Atividade

7 7 Produzir uma performance bastante colorida com muitos movimentos cor-


porais, música, figurino, maquiagem, adereços e realizar o registro em vídeo
8 8 ou fotos de toda produção realizada.
Tema: Técnicas e tecnologias da cena teatral: iluminação,
TRILHA 7 cenário, figurino, maquiagem, sonoplastia, entre outros

1. PONTO DE ENCONTRO
Olá! Que bom encontrar você por aqui no primeiro momento da nossa
viagem. Divirta-se e aproveite para aprender mais sobre o tema técnicas
e tecnologias da cena teatral: iluminação, cenário, figurino, maquiagem,
sonoplastia, entre outros.

Você terá a oportunidade de expressar esteticamente o que aprendeu e


socializar seus conhecimentos. Ah, não se preocupe: estarei com você na
trilha inteira!

2. BOTANDO O PÉ NA ESTRADA 
Vamos começar a dar os primeiros passos? Para isso, quero fazer a você
algumas perguntas:

1 O que o termo “artes cênicas” lembra a você? E técnicas?


Tecnologia da cena?

2 Você já assistiu a apresentações teatrais? Você já esteve em


cena? Já trabalhou com alguma parte técnica da cena? Ou já
atuou em peças teatrais? Se sim, gostou da experiência?

Para caminhar na trilha comigo, anote suas respostas e reflexões no diário


de bordo (caderno).

TRILHA 7 | Tema: Técnicas e tecnologias da cena teatral: iluminação, cenário, 1


figurino, maquiagem, sonoplastia, entre outros
3. LENDO AS PAISAGENS DA TRILHA
Pensando sobre o que viu?

Você sabia que os primeiros teatros foram construídos ao ar livre?

Vale lembrar que o termo teatro (theatron), do grego, significa “local onde
se vê” ou “lugar para olhar”. O teatro grego era formado por diversos
elementos, cenários e figurinos.
Disponível em: https://www.todamateria.com.br/teatro-grego/#:~:text=Vale%20
lembrar%20que%20o%20termo,diversos%20elementos%2C%20cen%C3%A-
1rios%20e%20figurinos.&text=Para%20os%20gregos%2C%20ir%20ao,da%20
vida%20social%20dos%20habitantes. Acesso em: 12 abr. 2021.

Observe a imagem abaixo e, em seguida, responda as perguntas no seu


diário de bordo para que possamos continuar:

Figura 1 – Teatro de Epidauro, do séc IV a.C., na Grécia. Ele acomodava


cerca de 14 mil pessoas

Disponível em: https://www.todamateria.com.br/historia-do-teatro/. Acesso em: 03 fev. 2021. 

TRILHA 7 | Tema: Técnicas e tecnologias da cena teatral: iluminação, cenário, 2


figurino, maquiagem, sonoplastia, entre outros
1 O que você vê? Você sabia que existem diversas configurações
de palcos? E que a arquitetura cênica evoluiu bastante e de
forma integrada com a evolução do som e da luz?

4. EXPLORANDO A TRILHA
Tudo certo com você até aqui? Você lembra das pesquisas e apreciações
realizadas nas trilhas anteriores? O que você conhece sobre as expres-
sões artísticas que se desenvolvem em um palco? Você sabia que as artes
cênicas empregam muitas pessoas, gera muitos empregos formais e infor-
mais, diretos e indiretos? Para continuarmos o caminho, leia os textos
abaixo, reflita e depois escreva no diário de bordo seus pensamentos sobre
as relações entre o teatro e os elementos e/ou técnicas que compõem a
cena teatral. Você (re)conhece algum desses elementos cênicos? Considera
que eles são imprescindíveis para o espetáculo?

Texto 1 – Artes Cênicas: Expressões artísticas que se desenvolvem em


um palco
As artes cênicas também conhecidas como arte performática compre-
endem a prática e o estudo de todas as formas de expressão artística que
envolvem representação no palco, tais como teatro, ópera, dança e circo.
Esse tipo de arte se desenvolve em palcos ou em locais destinados para
o público e o espectador. Considerando que o palco é qualquer local onde
ocorra a apresentação cênica, as expressões artísticas podem ocorrer em
praças e ruas, de modo que o palco pode ser improvisado, sem comentar
que existem diversos tipos ou formatos de palco.
A arte performática tem o artista como próprio instrumento, que por meio
de seu corpo, de sua voz e de seus movimentos, compõem os espetáculos
cênicos. A formação em artes cênicas possibilita aos artistas o conheci-
mento de um conjunto de técnicas utilizadas na criação, direção, montagem
e interpretação de espetáculos. 
Teatro: um dos principais gêneros das artes cênicas. O teatro é a mais
antiga e tradicional arte cênica.Tal qual se conhece hoje no ocidente surgiu

TRILHA 7 | Tema: Técnicas e tecnologias da cena teatral: iluminação, cenário, 3


figurino, maquiagem, sonoplastia, entre outros
na Grécia Antiga com o teatro grego, surgiram os primeiros palcos, antes
chamados arenas, formados por espaços ao ar livre com assentos de pedra
para os espectadores. O teatro é uma expressão artística na qual um ator/
atriz ou um conjunto de atores/atrizes interpretam uma história ou ativi-
dades para um público. A finalidade dos espetáculos teatrais é apresentar
uma situação que despertará sentimentos no público. Para isso, os artistas
contam com o auxílio de dramaturgos ou de situações improvisadas, de
diretores e técnicos.
Podemos subdividir os “elementos” do teatro em principais e secundá-
rios. Elementos principais: sem a presença de um deles, torna-se inviável
a representação teatral, ou seja, esses são os elementos imprescindíveis
para que o espetáculo teatral aconteça: Ator/atriz, texto/Ação dramática e
público/espectador. Esses elementos são também conhecidos como tríade
essencial do teatro.
Os elementos secundários que, embora inexistam em determinados espe-
táculos, são muito importantes para compor e enriquecer a cena, são deri-
vados ou pertencentes a outras artes (visuais, música, dança, etc.) e são
confundidos também com a parte técnica são eles: cenários, figurinos,
adereços, iluminação, sonoplastia, maquiagem, coreografias, efeitos visuais
e/ou sonoros diversos, telões com imagens e/ou vídeos, enfim o que o
diretor e a produção desejarem e puderem colocar em cena.
Todos e cada um desses elementos possuem suas especificidades e
campos do saber. É necessário estudar e praticar cada “elemento” que
compõe a arte cênica para estar preparado/a para poder interagir com os
demais elementos, afinal, o espetáculo é um todo harmônico onde cada
parte possui a sua função e precisa estar diretamente conectado, perfei-
tamente “costurado” pelo Diretor teatral ou Encenador que é a pessoa que
muitas vezes elabora e coordena todo o espetáculo.
Como vimos, as artes cênicas são compostas por diversas expressões artís-
ticas também chamadas de gêneros das artes cênicas, conhecemos agora o
teatro, mas não só ele compõe essa arte, a dança, a ópera e o circo também
são consideradas como principais artes cênicas.
A dança é a expressão artística marcada pelo uso do corpo, que realiza
movimentos ensaiados ou improvisados.
A Ópera combina drama e música instrumental, mesclando música e teatro
em um só espetáculo.

TRILHA 7 | Tema: Técnicas e tecnologias da cena teatral: iluminação, cenário, 4


figurino, maquiagem, sonoplastia, entre outros
O circo é uma expressão artística que tem como finalidade a diversão e
o entretenimento dos espectadores. Ele reúne artistas de diversas habili-
dades como malabaristas, palhaços, acrobatas, equilibristas, domadores,
entre outros.
Disponível em: https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/artes/artes-ceni-
cas. Acesso em: 27 jan. 2021. (Texto Adaptado).

Textos e vídeos complementares

Para aprofundar mais sobre esse tema, seguem algumas sugestões de


textos e vídeos complementares.

O que significa a palavra teatro?


Disponível em: http://diariodeumaprofessoradeteatro.blogspot.com/.
Acesso em: 27 jan. 2021.
Artes Cênicas
Disponível em: https://www.todamateria.com.br/artes-cenicas/.
Acesso em: 27 Jan. 2021.
Oito cursos para quem gosta de artes
Disponível em: https://www.todamateria.com.br/cursos-artes/.
Acesso em: 27 jan. 2021.
Guia de Profissões | Artes Cênicas
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=hPeCI1CIf1s.
Acesso em: 26 jan. 2021.
Vladimir Brichta – Teatro na UFBA
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=rf2gnBpFRD4.
Acesso em: 26 jan. 2021.

5. RESOLVENDO DESAFIOS DA TRILHA


Show! Você chegou até aqui! Preparado/a para o próximo desafio? Então,
gostou do que aprendeu até esse ponto? Agora é hora de avançar! 

No seu diário de bordo, responda o que se pede:

1 A partir da leitura dos textos acima e das pesquisas realizadas,


o que você entende por Artes Cênicas? 

TRILHA 7 | Tema: Técnicas e tecnologias da cena teatral: iluminação, cenário, 5


figurino, maquiagem, sonoplastia, entre outros
2 Em sua opinião, qual a principal característica das artes cênicas?

3 Quais as expressões ou artes presentes no universo das


chamadas artes cênicas? 

4 Quais dos elementos do teatro podem ser considerados como


fundamentais ou essenciais?

5 Escreva o que mais lhe chamou a atenção no tema.

6. A TRILHA É SUA: COLOQUE A MÃO NA MASSA


Que sucesso! Você chegou até essa parte da viagem! Que tal exercitar o que
você aprendeu durante a trilha? Agora é sua vez de praticar. Seja artista! 

O desafio é: criar um desenho e/ou maquete de cenário para um espetáculo


teatral. A peça/texto teatral é você quem vai escolher.

• O que fazer? Quer uma ajuda?

Acesse os materiais indicados abaixo para ampliar seus conhecimentos e


seguir com o desafio.

CENOGRAFIA – TV GUIA DO ATOR (Programa 69)


Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=gfX5BlUpJw8.
Acesso em: 06 jan. 2021.
O que é Cenografia? O Estudo do Espaço Cênico
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=aGL4H7RbhdQ.
Acesso em: 06 jan. 2021.
O que é cenografia?
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=xvxRW5xU1r0.
Acesso em: 06 jan. 2021.

Caso você não tenha acesso à internet, baixe no seu dispositivo móvel, na
escola, ou peça impresso ao/à professor/a. 

TRILHA 7 | Tema: Técnicas e tecnologias da cena teatral: iluminação, cenário, 6


figurino, maquiagem, sonoplastia, entre outros
No Tempo Escola, serão compartilhadas e discutidas tanto a produção
textual como a produção visual dos desenhos e/ou maquetes dos cenários
produzidos.

7. A TRILHA NA MINHA VIDA 


Agora convido-o/a a realizar uma escrita, relacionando as suas aprendiza-
gens dessa trilha com a sua vida.

Há algo vivenciado até esse ponto da trilha, sobre as artes cênicas com o
que mais se identificou? Você se imagina trabalhando em um palco? Na
parte artística ou na parte técnica? Em qual dos elementos do teatro você
acha que seria mais interessante experienciar (cenário, iluminação, sono-
plastia, maquiagem, figurinos e adereços)? Por quê?

Neste texto, você pode incluir aspectos relacionados ao tema que você
considera importante para o seu dia a dia. Estou ansioso/a esperando seu
texto! Vamos continuar, pois já estamos próximos de concluir a trilha!

8. PROPOSTA DE INTERVENÇÃO SOCIAL 


A partir desse percurso, percebemos que é possível articular diferentes
linguagens artísticas, nesse caso, as cênicas e visuais com a criação de
desenho e/ou maquete de cenários.

Considerando essa possibilidade, sugerimos que você produza fotos e/


ou vídeos com as imagens (desenhos e/ou maquetes) realizadas na etapa
anterior da trilha, lembra?

Depois, poste as suas produções nas suas redes sociais. Desta forma,
você vai compartilhar o seu aprendizado. Pode ser um card informativo
no Instagram ou uma publicação do Facebook. Se você tem um canal no
YouTube, faça uma publicação bem legal!

TRILHA 7 | Tema: Técnicas e tecnologias da cena teatral: iluminação, cenário, 7


figurino, maquiagem, sonoplastia, entre outros
Caso não tenha como postar nas redes sociais, faça um cartaz com as
imagens e exponha na escola. Seja criativo e não perca a oportunidade de
se expressar e contribuir com as pessoas!

9. AUTOAVALIAÇÃO 
Caminhamos bastante! Foi muito bom estar com você nesta trilha. Para-
béns por ter chegado até aqui junto comigo.

Mas, antes de nos despedirmos, quero lhe convidar a pensar sobre seu
próprio percurso. Afinal, refletir sobre as nossas experiências nos torna
capazes de trilhar novos caminhos de forma mais madura e segura, além
de nos ajudar no planejamento de novos desafios e na tomada de decisões
importantes para nossa vida.

Para isso, peço que responda apenas mais algumas perguntas no seu
diário de bordo:

a) Qual a parte da trilha que você achou mais interessante?


Por quê?
b) Você sentiu dificuldades em criar os desenhos e/ou
maquetes? Se sim, justifique.
c) Você gostou mais de escrever sobre suas aprendizagens
ou de desenhar/criar a maquete? Por quê?
d) Teve facilidade em escolher a peça ou texto teatral
para a criação do desenho/maquete de cenário?

Gratidão pelas respostas! Socialize-as comigo e com seus/suas colegas


quando estivermos juntos em nosso Tempo Escola. Um abraço virtual e até
a próxima trilha!

8
TRILHA 8 Tema: Leitura Dramática – Produção textual, visual e cênica

1. PONTO DE ENCONTRO
Olá! Que bom encontrar você por aqui no segundo momento da nossa
viagem. Fico muito feliz pelo nosso reencontro! É de extrema importância
que continue avançando nas suas aprendizagens e conquistas.

Nesta parte da trilha, abordaremos o tema “Leitura Dramática – Produção


textual, visual e cênica”, e você terá a oportunidade de experimentar na
prática o que aprendeu e compartilhar seus conhecimentos sobre o assunto.

Ah, não se preocupe, estarei com você na trilha inteira!

2. BOTANDO O PÉ NA ESTRADA
Para iniciar nossa caminhada, quero fazer a você algumas perguntas:

1 Você já parou para pensar que em nossa vida cotidiana,


estamos rodeados de histórias (cenas) e pessoas (personagens)
que parecem ter saído da ficção?
2 E que muitos artistas deram um novo significado a essas
histórias, considerando-as inspirações para as ações em suas
obras literárias/teatrais?
3 Você conhece algum artista/escritor/a que já contou, através da
literatura, do palco e/ou vídeos, histórias cotidianas reais?

Para caminhar na trilha comigo, anote suas respostas e reflexões no diário


de bordo (caderno).
TRILHA 8 | Tema: Leitura Dramática – Produção textual, visual e cênica 1
3. LENDO AS PAISAGENS DA TRILHA
Pensando sobre o que vimos até aqui? Você sabia que as peças teatrais são,
muitas vezes, inspiradas em histórias e personagens reais? Pois é!

O gênero dramático ou teatral faz parte de um dos três gêneros literários


juntamente com o épico e o lírico. Os autores de textos dramáticos são
chamados de dramaturgos e esses textos possuem características bem
específicas e diferenciadas dos demais.
A encenação dos textos de gênero dramático tinham o objetivo de despertar
emoções na plateia, fenômeno chamado de “catarse” pelos gregos, consi-
derados os criadores desse gênero, aqui no Ocidente.
Disponível em: https://www.todamateria.com.br/genero-dramatico/ Acesso
em: 10 fev. 2021.

Pesquise um pouco e responda essas perguntas no seu diário de bordo


para continuarmos a trilha.

1 Você sabe qual é a principal característica de um texto


dramático? E como eles podem ser escritos?
2 O que esses textos apresentam na sua estrutura interna que os
diferenciam dos demais? Como são divididos e subdivididos?
Qual a sua função?
3 O que você conhece da linguagem teatral?

4. EXPLORANDO A TRILHA
Tudo bem com você até aqui? Vamos continuar o caminho com um novo
desafio, aí mesmo, na sua casa.

Pesquise textos teatrais atuais e mais antigos (Gregos), por exemplo, pode
escolher entre as Comédias, as Tragédias, ou... que tal uma Farsa, ou um
Auto, uma Tragicomédia?!
TRILHA 8 | Tema: Leitura Dramática – Produção textual, visual e cênica 2
Leia alguns deles e anote no seu caderno as suas impressões e descobertas
sobre as diferenças existentes entre esses exemplos de textos dramáticos.
Você pode encontrar trechos de textos dramáticos em livros didáticos e
sites da internet. Leia, pelo menos, um trecho (algumas partes) de cada tipo.

E para continuar no desafio, conheça um pouco sobre cada um deles.

Texto 1 – Gênero Dramático


O gênero dramático, como o próprio nome indica, são os textos literários
feitos com o intuito de serem encenados ou dramatizados. Do grego, a
palavra “drama” significa “ação”.
Suas principais características são:
• Encenação cênica (linguagem gestual e sonoplastia);
• Presença de diálogos e monólogos;
• Predomínio do discurso em segunda pessoa (tu, vós).
Em sua estrutura, eles apresentam:
• Tempo: o tempo teatral é classificado em “tempo real” (que indica
o da representação), “tempo dramático” (quando acontece os fatos
narrados) e o “tempo da escrita” (indica quando foi produzida a obra).
• Espaço: o chamado “espaço cênico” determina o local em que será
apresentada a história. Já o “espaço dramático” corresponde ao local
em que serão desenvolvidas as ações dos personagens.
• Personagens: segundo a importância, os personagens dos textos
teatrais são classificados em: personagens principais (protagonistas),
personagens secundários e figurantes.
Geralmente, esses textos possuem uma estrutura interna básica, chamada
também de “curva dramática” a saber:
• Introdução (ou apresentação): foco na apresentação das persona-
gens, espaço, tempo e do tema.
• Complicação (ou conflito): determina as peripécias da peça teatral.
• Clímax: momento de maior tensão do drama.
TRILHA 8 | Tema: Leitura Dramática – Produção textual, visual e cênica 3
• Desfecho: desenlace da ação dramática.
Além da estrutura interna inerente ao texto dramático, tem-se a estrutura
externa do gênero dramático, tal qual os atos e cenas, de forma que o
primeiro corresponde à mudança dos cenários necessários para a repre-
sentação, enquanto o segundo, designa as mudanças (entrada ou saída) dos
personagens. Observe que cada cena corresponde a uma unidade da ação
dramática.
Desse modo, o texto teatral possui características peculiares e se
distancia de outros tipos de textos pela principal função que lhe é atribuída:
a encenação.
Assim, ele geralmente, apresenta diálogo entre as personagens e algumas
observações no corpo do texto, tal qual o espaço, cena, ato, personagens,
rubricas (de interpretação, de movimento).
Exemplos de Textos Dramáticos
• Tragédia: representação de acontecimentos trágicos, geralmente
com finais funestos. Os temas explorados pela tragédia são derivados
das paixões humanas, do qual fazem parte personagens nobres e
heróicos, sejam deuses ou semideuses.
• Comédia: representação de textos humorísticos que levam ao riso
da plateia. São textos de caráter crítico, jocoso e satírico. A principal
temática dos textos de comédia, envolvem ações cotidianas do qual
fazem parte personagens humanos estereotipados.
• Tragicomédia: união de elementos trágicos e cômicos na represen-
tação teatral.
• Farsa: surgida por volta do século XIV, a farsa designa uma curta
peça teatral de caráter crítico, formada por diálogos simples e repre-
sentada por personagens caricaturais em ações corriqueiras, cômicas,
burlescas.
• Auto: surgido na Idade Média, os autos são textos curtos de temática
cômica, os quais são geralmente formados por um único ato.
A linguagem teatral é expressiva, dinâmica, dialógica, corporal e gestual.
Para prender a atenção do espectador os textos teatrais sempre apre-

TRILHA 8 | Tema: Leitura Dramática – Produção textual, visual e cênica 4


sentam um conflito, ou seja, um momento de tensão que será resolvido no
decorrer dos fatos.
Observe que em grande parte a linguagem teatral é dialógica, no entanto,
quando encenada por somente um personagem é chamada de monólogo,
donde expressa pensamentos e sentimentos da pessoa que está atuando.
Disponível em: https://www.todamateria.com.br/texto-teatral Acesso em: 10
fev. 2021. (Texto adaptado)

Textos e vídeos complementares:

Para aprofundar seus conhecimentos sobre esse tema, é necessário que


você realize os estudos nos seus livros didáticos e nos objetos de conheci-
mento a seguir.

Gênero Dramático – Brasil escola.


Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=04u7rF5h3Fw.
Acesso em: 10 fev. 2021.
Gênero Dramático/ Resumo de Literatura para o Enem
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=zVZ4F-_NuMg.
Acesso em: 10 fev. 2021.
O Gênero Dramático – Literatura, a arte da palavra – ep. 04
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=b8oFFJ0XlH8.
Acesso em: 10 fev. 2021.
Texto Teatral – Brasil Escola
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=EDZGmPM9shI.
Acesso em: 10 fev. 2021.
ATUAÇÃO PARA TEATRO, CINEMA E TV – Curso com Lázaro Ramos –
TRAILER OFICIAL
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=6ptqD9WIICM.
Acesso em: 10 fev. 2021.

Vídeo e textos com exemplos de uma leitura dramática:


Noite de Estreia: “A glória e seu cortejo de horrores”
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=ZrqRLzsp9tA.
Acesso em: 10 fev. 2021.
O que é um monólogo
Disponível em: https://www.todamateria.com.br/o-que-e-monologo/.
Acesso em: 10 fev. 2021.
TRILHA 8 | Tema: Leitura Dramática – Produção textual, visual e cênica 5
Como escrever uma peça de teatro
Disponível em: https://www.cobra.pages.nom.br/ecp-teatroscript.html
Acesso em: 10 fev. 2021.

5. RESOLVENDO DESAFIOS DA TRILHA


Para saber se você fez as correlações necessárias entre os textos teatrais que
você pesquisou e leu, resolva as questões a seguir no seu diário de bordo.

1 Os textos lidos podem ser considerados teatrais? Por quê?

2 Do que leu, algo lhe causou algum estranhamento? Explique.

3 O que ou qual dos textos que você leu na etapa anterior mais
chamou sua atenção? Por quê?

4 O que pensa sobre as obras pesquisadas?

5 Você acredita que esses textos podem ser encenados aí, na sua
escola?

Comente com familiares e colegas, tomando como base as anotações feitas


no diário de bordo, quais foram as suas percepções em relação às obras
pesquisadas.

6. A TRILHA É SUA: COLOQUE A MÃO NA MASSA


Agora que já estamos inteirados sobre os textos dramáticos, sua estrutura
e tipificação e sabendo que eles possuem um ponto em comum, a ence-
nação, lanço um desafio: você vai expressar e comunicar alguma história
verídica ou fictícia que conheça. Pode também misturar, use sua criativi-
dade e escreva uma peça teatral. Seja agora um dramaturgo/a!

TRILHA 8 | Tema: Leitura Dramática – Produção textual, visual e cênica 6


Escrever uma peça, corresponde a escrever o Roteiro ou Script, para a
representação teatral de uma história. O texto contém tudo que é dito pelos
atores no palco, e as indicações para tudo que deve ser feito (as rubricas),
mas não esqueça que os textos teatrais ou dramáticos possuem as suas
limitações a que o teatro está sujeito, se comparado a outros meios de
produção artística como a literatura e o cinema. Tudo deve caber no palco,
afinal essa arte tem o seu potencial, o seu “forte”, que são os atores/
atrizes! O teatro é considerado a arte do Ator!

Disponível em: http://www.uern.br/controledepaginas/Conteúdo%20para%20


Módulos/arquivos/2208como_escrever_uma_peca_de_teatro.pdf Acesso em:
10 fev. 2021.

O desafio agora é expressar sua aprendizagem até aqui, construindo uma


peça teatral. Use o seu caderno, folhas em branco, seu computador ou até
mesmo o seu próprio smartphone para escrever a sua peça.

Agora, pense na sua história.

O começo (apresentação), o meio (conflitos), clímax (cena mais forte,


mais quente) e seu desenlace/final.

Faça primeiro um resumo e depois vá para a escrita detalhada.

Escolha se será uma comédia, tragédia, farsa, auto ou tragicomédia.

Escolha também o seu público alvo – para quem é destinada essa


história? Crianças? Adolescentes? Adultos?

Será em que tempo? Atual ou bem antiga? Urbana, rural ou ambas?

Observe que as falas são alinhadas na margem esquerda da folha. Cada


fala é antecedida pelo nome do personagem que vai proferi-la, em letras
maiúsculas (caixa alta), e seguido de dois pontos. O nome pode estar na
mesma linha, porém é preferível que fique acima da linha da fala e das
rubricas que lhe pertencem.

Lembre-se que tudo à nossa volta pode ser incorporado à nossa produção
artística.

TRILHA 8 | Tema: Leitura Dramática – Produção textual, visual e cênica 7


Podemos pesquisar a possibilidade de incluir histórias que fazem parte
do nosso dia a dia, dando um novo significado para elas; notícias atuais,
vídeos, recriações de contos de fadas ou fatos históricos... sua criatividade
não tem limites!

Mãos à obra! Agora é com você!

7. A TRILHA NA MINHA VIDA


Você já parou para pensar que escrever pode ser um ato de
liberdade? A linguagem escrita é muito importante para a
construção do seu próprio conhecimento e para o exercício
da cidadania.
Chegamos em um momento da trilha em que convido você a escrever
sobre a experiência de hoje, a partir da sua própria vida. A experiência
construída até esse momento fez você lembrar de fatos do passado, do
presente ou até mesmo do que você pensa sobre o seu futuro? Pode ser
uma simples lembrança (de um fato, de uma pessoa), uma situação engra-
çada, um desejo, uma iniciativa, um sonho.
Parabéns pela sua escrita! Vamos continuar, pois já estamos próximos do
final do caminho!

8. PROPOSTA DE INTERVENÇÃO SOCIAL


Nesse momento, seguimos para a finalização desta etapa. Você agora vai
praticar a encenação do seu texto. Mas, calma! Faça alguns ensaios, expe-
rimente bastante. Caso o seu texto tenha várias personagens, desenvolva
leituras de mesa com as pessoas da sua casa, trocando personagens. Realize
a primeira leitura sem as intenções, a chamada “leitura neutra”. Depois, siga
experimentando as sensações que as personagens vivenciam através da
sua voz. Use somente a voz, sem usar gestos corporais ainda e sem andar
pelo espaço (cenário). Quando estiver se sentindo pronto/a, faça a chamada
“leitura dramática” do seu texto. Não esqueça de, se possível, gravar um
vídeo e compartilhar com seus colegas, familiares e comunidade.
TRILHA 8 | Tema: Leitura Dramática – Produção textual, visual e cênica 8
9. AUTOAVALIAÇÃO
Ufa! Caminhamos bastante! Foi muito bom estar com você nesta trilha.
Parabéns por ter chegado até aqui junto comigo. Você sabia que é um/a
ótimo/a companheiro/a de viagem?! Mas, antes de nos despedirmos, quero
convidar você a pensar sobre seu próprio percurso. Afinal, refletir sobre
as nossas experiências nos tornam capazes de trilhar novos caminhos
de forma mais madura e segura, além de nos ajudar no planejamento de
novos desafios e na tomada de decisões importantes para nossa vida. Para
isso, peço que responda mais algumas perguntas no seu diário de bordo:

a) Você reservou um tempo para realizar esta atividade?


b) Se reservou, conseguiu realizar esta atividade no tempo
programado?
c) Considera que a trilha ajudou você a ler e a escrever textos
teatrais?
d) Através da trilha, você conseguiu aprender mais
sobre o universo dos textos teatrais, suas tipologias e
características?

Obrigada pelas respostas! Socialize-as com seus colegas e familiares.


Encontramo-nos na próxima trilha com muitas coisas legais do universo
da Arte. Até breve!

9
Tema: Performance – Movimento artístico e sua interação
TRILHA 9 sociocultural

1. PONTO DE ENCONTRO
Olá! Que bom encontrar você por aqui no terceiro momento da nossa
viagem. Fico muito feliz pelo nosso reencontro! É de extrema importância
que continue avançando nas suas aprendizagens e conquistas. Nesta parte
da trilha, abordaremos o tema “Performance” – Movimento Artístico e
sua Interação Sócio-Cultural. Neste percurso, você terá a oportunidade
de experimentar na prática o que aprendeu e compartilhar seus conheci-
mentos sobre o assunto.

Ah, não se preocupe, pois estaremos juntos na trilha inteira!

2. BOTANDO O PÉ NA ESTRADA
Para iniciar nossa caminhada, quero fazer a você algumas perguntas:

1 O que a palavra “performance” sugere a você?

2 Você já viu ou participou de alguma performance artística?

3 O que você sabe sobre essa forma de expressão artística?

Anote todas essas reflexões em seu diário de bordo, pois iremos precisar
em nossa caminhada.

TRILHA 9 | Tema: Performance – Movimento artístico e sua interação sociocultural 1


3. LENDO AS PAISAGENS DA TRILHA
Pensando sobre o que vimos até aqui? Você sabia que a palavra “perfor-
mance” possui uma ampla significação? Pois é!

Modo como alguém se comporta ou atua na execução de alguma coisa;


desempenho: performance esportiva.
Representação de um personagem num filme, peça teatral, novela;
atuação.
Disponível em: https://www.dicio.com.br/performance/. Acesso em: 15 fev. 2021.

Por isso, você já deve ter escutado alguém perguntar como foi a sua perfor-
mance numa prova, por exemplo, ou que o/a artista tal está preparando
uma performance especial para o seu mais novo show ou DVD, que deter-
minada atriz teve uma excelente performance no filme X, ou até mesmo
que o atleta tal teve uma baixa ou péssima performance no jogo.

A palavra performance possui, portanto, três grupos de significação:


atuação, representação e desempenho.

Vamos focar aqui na performance enquanto “Arte”. O que já é muita coisa,


você verá!

1 O que é Performance Art?

2 Quando surgiu? Onde? Como?

3 Quais as suas características?

4 Ela ainda existe?

5 Como e quem a produz?

Pesquise um pouco e responda a essas perguntas no seu diário de bordo


para continuarmos a trilha.

TRILHA 9 | Tema: Performance – Movimento artístico e sua interação sociocultural 2


4. EXPLORANDO A TRILHA
Tudo bem com você até aqui? Vamos continuar o caminho com um novo
desafio: aí mesmo, na sua casa, pesquise sobre a origem ou berço da Perfor-
mance Art. Se puder, assista aos vídeos disponíveis. Pesquise imagens
de performances no Brasil e no exterior. Anote no seu caderno as suas
impressões e descobertas.

E para continuar no desafio, conheça um pouco sobre a Performance na Arte.

Texto 1 – Performance Art


A performance é uma modalidade artística híbrida, isto é, que pode mesclar
diversas linguagens como teatro, cinema, música, dança, poesia e artes
visuais. Está também muito ligada a outras formas de expressão como
o Happening e a Body art, realizados por alguns artistas desde final da
década de 50 em Nova Iorque, com objetivo de interagir mais diretamente
com o público.
No Happening, o público é peça-chave do espetáculo, pois participa dele. Já
a performance em si não conta com a participação da plateia.
Na gênese da Performance Art foi significativa a influência de alguns espe-
táculos realizados pelo compositor John Cage nos inícios dos anos 50, que
integravam a leitura de textos, a dança e a música.
Na década de 60, a Performance Art apresenta como denominador comum
a utilização do corpo como suporte e como meio de expressão em ações
efêmeras que se desenvolvem para uma audiência que por vezes é envol-
vida no próprio trabalho. Muitas vezes estas apresentações eram regis-
tradas em fotografias, vídeos ou desenhos preparatórios.
O movimento artístico Fluxus, criado em 1961, teve um papel fundamental
na divulgação e desenvolvimento desta forma de expressão.
Características da arte performática:
• Linguagem híbrida: mistura elementos do teatro, artes visuais, insta-
lação, música, entre outros;
• Não tem lugar “apropriado” para acontecer: pode ocorrer tanto em
museus, galerias e instituições, quanto em ambiente urbano e/ou público;
TRILHA 9 | Tema: Performance – Movimento artístico e sua interação sociocultural 3
• Registros da ação podem ocorrer por meio de fotografias e vídeos,
mas o caráter da obra é efêmero, passageiro;
• Corpo como instrumento de ação artística.
Origem da performance na arte
No universo das artes, esse tipo de fazer artístico surge a partir da segunda
metade do século XX, em decorrência de desdobramentos da pop art e da
arte conceitual nos anos 60 e 70.
Isso porque a arte contemporânea desponta como uma nova maneira de
produzir e apreciar a arte.
Contudo, pode-se dizer que a performance tem relações com movimentos
modernistas mais antigos, como o dadaísmo e a Escola de Bauhaus.
Artistas na Performance
Na década de 60, surge na Alemanha o movimento Fluxus, que inicia
proposições performáticas inovadoras. Muitos artistas importantes de
diversas partes do mundo fizeram parte do movimento, alguns deles são:
• Joseph Beuys (1921-1986) – alemão
• Wolf Vostell (1932-1998) – alemão
• Nam June Paik (1932-2006) – sul-coreano
• Yoko Ono (1933) – japonesa

I like America and America likes me (1974), de Joseph Beuys, é uma performance em que o
artista fica dias em uma sala com um coiote selvagem

TRILHA 9 | Tema: Performance – Movimento artístico e sua interação sociocultural 4


Performance artística no Brasil
No Brasil, já na década de 50 a arte da performance dava sinais. Isso por
conta de Flávio de Carvalho (1899-1973), precursor do movimento e inte-
grante do modernismo brasileiro.

New Look (1956), performance de Flávio de Carvalho causou espanto, pois o artista usava
roupa “feminina” publicamente

Mais tarde, com o Grupo Rex (1966-1967), os artistas Wesley Duke Lee
(1931-2010), Geraldo de Barros (1923-1998) e Nelson Leirner (1932)
realizam diversas ações artísticas, dentre elas, performances. Há ainda
outros nomes no Brasil, como Carlos Fajardo (1941), José Resende
(1945), Frederico Nasser (1945), além de Hélio Oiticica (1937-1980).
Disponível em: https://www.todamateria.com.br/performance-na-arte/ Acesso
em: 15 fev. 2021 (Textos adaptados).

Textos e vídeos complementares:

Para aprofundar mais sobre esse tema, é necessário que você realize os
estudos nos seus livros didáticos e nos objetos de conhecimento a seguir.

O que é performance na arte: origens, artistas e obras


Disponível em: https://laart.art.br/blog/performance-na-arte/.
Acesso em: 19 fev. 2021.
Arte Performática
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=NmHT9um8p0w
Acesso em: 19 fev. 2021.
TRILHA 9 | Tema: Performance – Movimento artístico e sua interação sociocultural 5
O que é uma performance artística? – John Cage – 4’33” | TOP100Arte #83
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=zmtkllcOFlU&t=16s
Acesso em: 19 fev. 2021.
A performance e a arte do impossível
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=xvqJ-n529X4.
Acesso em: 19 fev. 2021.
CEGOS – Performance na Virada Cultural 2015
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=ZVfnS4UWeRE.
Acesso em: 19 fev. 2021.
Performance Artística ‘Sou Uma Tela em Branco’
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=T0JoHc7uSlo.
Acesso em: 19 fev. 2021.
Performance Bombril / Oficina Identidade e afrontamento com Priscila Rezende
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=AGXeK5Car-U.
Acesso em: 19 fev. 2021.
AS OBRAS DE HÉLIO OITICICA
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=RCEC8Rn8N8U.
Acesso em: 19 fev. 2021.

5. RESOLVENDO DESAFIOS DA TRILHA


Excelente você ter chegado aqui! Então, gostou do que aprendeu até esse
ponto? Agora é hora de avançar! Preparado/a para o próximo desafio?

No seu diário de bordo, responda o que se pede:

1 Como você define a performance artística? Quais as suas


principais características?
2 Quais os movimentos modernistas que se ligam ou conectam
originalmente com a Performance Art?
3 Você conhece o trabalho de algum/a performer? Existe algum/a
na sua comunidade?
4 Sabia que existem diferentes tipos de performances? Você já
teve a oportunidade de ver alguma? Se sim, conte-nos o que viu.

TRILHA 9 | Tema: Performance – Movimento artístico e sua interação sociocultural 6


5 Conhece a performance denominada “Parangolé” do artista
Hélio Oiticica?

Comente com familiares e colegas, tomando como base as anotações feitas


no diário de bordo, quais foram as suas percepções em relação a essa
forma tão rica e livre de fazer arte – a Performance.

6. A TRILHA É SUA: COLOQUE A MÃO NA MASSA


Agora que estamos mais íntimos da performance, vimos que ela é uma
expressão artística bastante variada e livre, que pode haver interação
com o público ou não e que pode ser registrada para posteridade através
de fotos e vídeos. Convido você a ser um/a Performer por um dia, que tal?
Topa? Ah, sabia que você não fugiria do desafio!

Realize aí, no seu quintal, na sua varanda, no seu quarto, onde quiser, uma
performance bastante colorida com bastante movimentos corporais. Pode
incluir música, figurino, maquiagem, adereços, tudo que você quiser e puder...
o tema é livre, solte a sua imaginação e criatividade! Agora é com você!

Pense na sua proposta de performance, desenhe se quiser. Ensaie antes de


realizar a apresentação final.

Lembre-se: a performance é uma arte híbrida, ou seja, mescla todas as


linguagens artísticas ao seu dispor. Ela pode trazer mensagens políticas,
ecológicas, pode transmitir sentimentos e emoções, usar sons, gestos. Mas
não esqueça de pedir a alguém para fotografar ou gravar um vídeo da sua
performance. Queremos ver a sua arte!

Lembre-se que tudo à nossa volta pode ser incorporado à nossa produção
artística. Podemos pesquisar a possibilidade de incluir cenas, movimentos
diferentes ou mecânicos (repetitivos), pode se inspirar no “Parangolé”, de
Hélio Oiticica, ou em diversas performances disponíveis na internet.

TRILHA 9 | Tema: Performance – Movimento artístico e sua interação sociocultural 7


7. A TRILHA NA MINHA VIDA
Você já parou pra pensar que escrever pode ser um ato de liberdade? A
linguagem escrita é muito importante para a construção do seu próprio
conhecimento e para o exercício da cidadania. Chegamos no momento da
trilha em que lhe convido a escrever sobre a experiência de hoje.

Conte-nos sobre a sua experiência com a arte da performance.

1 O que achou dela?

2 O que ou como realizou a sua performance?

3 O que inspirou você?

4 O que sentiu ao realizar essa expressão artística?

Parabéns pela sua escrita! Vamos continuar, pois já estamos próximos do


final do caminho!

8. PROPOSTA DE INTERVENÇÃO SOCIAL


Com a finalização desta etapa, você agora vai compartilhar a sua perfor-
mance (em vídeo ou fotografias, preferencialmente em vídeo) nas suas
redes sociais e pedir que seus/suas amigos/as e familiares comentem o
que acharam, o que sentiram ao assistir a sua performance. Se não tem
redes sociais, que tal produzir um mural com a sequência de fotos e dispo-
nibilizar no mural de sua escola para que todos possam conhecer…

Use a criatividade na divulgação de seu trabalho.

TRILHA 9 | Tema: Performance – Movimento artístico e sua interação sociocultural 8


9. AUTOAVALIAÇÃO
Ufa! Caminhamos bastante! Foi muito bom estar com você nesta trilha.
Parabéns por ter chegado até aqui junto comigo. Você sabia que é um/a
ótimo/a companheiro/a de viagem?!

Mas, antes de nos despedirmos, quero convidar você a pensar sobre seu
próprio percurso. Afinal, refletir sobre as nossas experiências nos torna
capazes de trilhar novos caminhos de forma mais madura e segura, além
de nos ajudar no planejamento de novos desafios e na tomada de decisões
importantes para nossa vida. Para isso, peço que responda mais algumas
perguntas no seu diário de bordo:

a) Você reservou um tempo para realizar esta atividade?

b) Se reservou, conseguiu realizar esta atividade no


tempo programado?

c) Considera que a trilha ajudou você a conhecer mais


sobre a arte da performance?

d) A trilha motivou você a realizar a sua própria


performance?

Obrigada pelas respostas! Socialize-as com


seus colegas e familiares.

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