Movimento Oscilatório, 6.3. Movimento Oscilatório

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6.

3- 1

6.3 Movimento oscilatório

Esta seção dedicaremos ao estudo de alguns exemplos importantes de vibrações.


Primeiro consideramos outro exemplo de vibração livre não-amortecida. Depois
analisamos as oscilações amortecidas de uma coluna de água num manômetro de
tubo U. Trata-se neste caso de oscilações não-lineares. Logo investigamos um
oscilador não-linear do tipo x3.
Aliás, a maioria dos sistemas naturais são não-lineares e o comportamento deles é
descrito por equações diferenciais ordinárias não lineares.
Nos parágrafos 6.3.4 e 6.3.5 tratamos do pêndulo de torção e do pêndulo físico.

6.3.1 Oscilações livres de um sistema massa-mola


em posição vertical

Fig.: 6.3-1
6.3- 2

A figura mostra um sistema massa-mola vertical em três situações.


No caso a temos a mola sem massa com comprimento l0. A representação b é a
posiçaõ de equilíbrio que envolve uma deflexão não-nula da mola y1. O deslocamento y
é medido a partir da posição de equilíbrio. T é a força da mola sobre a massa m, mg é
o peso da massa (= força que a Terra exerce sobre m).
Na posição do equilibrio temos mg = -T1 = -(-ky1j) = ky1j, ou escalarmente:
mg = ky1 (1)
Para uma deflexão arbitrária, posição c, a segunda lei de Newton fornece
-k(y+y1) + mg = my'' (2)
Eq. (1) junto com Eq. (2) fornecem a equação do movimento
y'' + ω02 y = 0 (3)
onde ω02 := k/m e k = rigidez ou constante de mola. A equação (3) é idêntica à Eq. (6)
da seção 6.1.2. Como solução de (3) podemos tomar da seção 6.1.2 a forma (9) ou
(10)
x(t) = A cos(ω0t) + B sen(ω0t) (4)
ou x(t) = C cos(ω0t + φ) (5)
Para a constante B obteremos de x'(0) = v0 o valor B = v0/ω0.
(Os valores numéricos são: l0 = 20 cm, m = 1.2 kg, y1 = 8 cm. Os valores iniciais são
y(0) = y0 = 3 cm e v0 = 0.1 m/s.)
Há duas forças conservativas que atuam sobre a massa oscilante: a força gravitacional
e a força elástica da mola. A energia potencial deve conter também duas partes.
Podemos, arbitrariamente, escolher como nível de referência para Ep a línha definida
pela mola sem massa na posição a.
A energia potencial gravitacional seria Ep,1 = -mg(y1 + y) e a da força elástica será
Ep,2=k(y1+y)2/2. (As derivadas negativas destas expressões fornecem as forças!)
A energia potencial total é
Ep = Ep,1 + Ep,2 =ky2/2 + (ky1-mg)y + ky12/2 -mgy1 (6)
Substituindo Eq. (1) ficamos com Ep = ky2/2 + Ep(y1). (7)
A constante aditava Ep(y1) não tem significado físico e pode ser igualada a zero.
6.3- 3

Para distender a mola de uma distância y, sem aceleração, aplicamos a força F = ky. O
trabalho realizado é

(8)
Este é o trabalho realizado para qualquer deslocamento y. Introduzindo os valores
numéricos para y e k, obtemos o trabalho requerido para distender a mola por 3 cm,
que é 0.0661 J. (A constante de mola é k =mg/y1=1.2kg·9.8ms-2/0.08m = 147 N/m.)
O cálculo do trabalho foi fácil porque conhecíamos a força como função da posição (F =
ky). Geralmente conhecemos a força como função do tempo e não podemos calcular o
trabalho diretamente por W = ∫Fdy. Neste caso determinamos primeiro o deslocamento
como função do tempo, usando a equação do movimento, F = ma.

Consideremos um
Exemplo:
Uma força F = 15t N age sobre uma massa de 5 kg. Se a massa parte do repouso,
acha o trabalho realizado pela força durante os primeiros 5 s. x será a variável da
posição.
A força é uma função do tempo, portanto calculamos primeiro também o deslocamento
como função do tempo.
Sabemos que v = v0 + ∫0..t a·dt = 0 + ∫0..t 3t·dt, já que a = F/m = 15t N/5 kg = 3t ms-2
Integrando, obtemos v = 3t2/2. Usando x = x0 + ∫o..t v dt = t3/2.
Resolvendo para t, obteremos t = (2x)1/3, e a força em termos da posição fica
F = 15 t = 15·21/3·x1/3. Usando, agora, W = ∫0..x F·dx, obteremos W = 15·21/3· 3x4/3/4 ou
seja W ≈ 14,174·x4/3.
Depois de t = 5s temos x = 0.5 ·53 m = 62,5 m. O trabalho é W ≈ 14,174·(62,5)4/3 J =
3515,6 J.
6.3- 4
Estes cálculos podemos fazer com MuPAD, por exemplo assim:

• reset():
v:=int(3*t,t):
x:=int(%,t):
solve(x=X,t):
t:=%[2];
F:=15*%:
W:=int(%,X):
X:=5^3/2:
subs(W,X=%):
float(%)

Na maioria dos casos é difícil exprimir a força como função da posição. Podemos, em
tal caso, proceder da seguinte maneira: de x = t3/2 temos dx = 3t2/2·dt. Usando isso e
F= 15t, podemos escrever
W = ∫0..t15t·1,5t2 dt = 5,625 t4 J, e se substituirmos t = 5s, resulta W = 3515,625 J, em
concordância com o resultado anterior.

O período T = 2π/ω0 = 2π (m/k)1/2 e a freqüência f =1/T dependem só da massa do


oscilador e da constante k da mola. Eles são independentes das condições iniciais.
Isso significa que estes parâmetros são somente determinados pela força elástica e
que não dependem de outras influências externas. No caso da interação gravitacional
observamos que o período de um planeta depende do raio da trajetória, ou seja de uma
condição inicial.

6.3.2 Oscilações amortecidas


de uma coluna de água num manômetro de tubo U.

A equação do movimento oscilatório de uma coluna de água num tubo U deve conter o
diâmetro D do tubo, o comprimento L da coluna, um fator de perturbação Z devido aos
dois cotovelos de 90 graus e a viscosidade cinemática V do líquido. Nos textos da
dinâmica dos líquidos podemos encontrar o desenvolvimento da seguinte equação do
movimento, veja p. ex. W. Kalide, Aufgabensammlung zur techn. Strömungslehre,
Hanser Vlg. München 1937.
6.3- 5

x" + 64V/D2·x' - P/2L·(x')2·sign x' + 2g/L· x = 0 (9)


A função sign toma conta da mudança do sinal da velocidade. Para os parâmetros
usamos L = 1,5 m, D = 0,02 m, P = 0,36; V = 10-6 m2s-1 (água de 20oC). Usando estes
valores, podemos reescrever a Eq. (9):
x" + bx' -ax'2·sign x' + kx = 0, (10)
onde a = 0,12; b = 0,16; c = 13,08.

• reset()://veja pêndulo simples em 3.2


a:=0.12:b:=0.16:k:=13.08:
x0:=0.1:v0:=0:
F:={x''(t)+b*x'(t)-a*x'(t)^2*sign(x'(t))+k*x(t)=0,
x'(0)=v0,x(0)=x0}:
fields:=[x(t),x'(t)]:
f:=numeric::ode2vectorfield(F,fields):
X:=numeric::odesolve2(f):
dt:=0.1:imax:=200:
plot(
plot::Line2d([t-dt,X(t-dt)[1]],[t,X(t)[1]],
Color=RGB::Blue,VisibleAfter = t)
$ t in [i*dt $ i=1..imax])

Fig.: 6.3-2
6.3- 6

Eq. (10) é de segunda ordem e de segundo grau e a resolvemos numericamente.


(A ordem da equação diferencial é a ordem da mais alta derivada da função incógnita
que ocorre na equação. Grau é o valor do expoente para a derivada mais alta da
equação, quando a equação tem a forma de um polinômio na função incógnita e em
suas derivadas.)
Se analisamos a solução de nosso modelo matemático para as oscilações da coluna
de água no tubo U, parece que o amortecimento é pequeno de mais e que o modelo
não pode ser aceito.

6.3.3 Oscilador anarmônico

A figura 6.3-3 mostra uma massa m que pode deslizar sem atrito sobre um trilho fixo. O
corpo está ligado por uma mola a uma barra que se encontra numa distância l0 do
trilho. Também a mola tem o comprimento l0 quando não fica esticada.

m
Fig.: 6.3-3

Quando o corpo se encontra deslocado pela distância x a mola se estende por

(l02 + x2)1/2 - l0 = l0 ((1+(x/l0)2)1/2 - 1)


6.3- 7

Para um deslocamento x pequeno podemos fazer (x/l0)2 <<1 e substituir a raíz por 1 +
0.5 (x/l0)2. Com esta aproximação a força da mola sobre o corpo deslizante será
F = k x2/ (2l0) (11)
Falta a componente da força elástica na direção horizontal Fx = -Fcosφ. (O sinal menos
indica que a componente da forηa produzida pela mola é dirigida para a esquerda
quando o corpo está deslocado para a direita.
Temos cosφ = x/(l02 + x2)1/2 ≈ x/l0. A força de restituição é proporcional à terceira
potência do deslocamento x:
Fx = - k/(2l02) · x3 (12)
Introduzindo a abreviatura c:= k/(2l02), obtemos a seguinte equação do movimento
x" = -c/m ·x3 (13)
Este oscilador-x3 foi descrito e realizado experimentalmente por A. Cromer, veja o seu
artigo The x3 Oscillator, The Physics Teacher 30(1992) 249.
Interessante é o fato de o período deste oscilador anarmônico ser inversamente
proporcional à amplitude, ou seja de T aumentar com A decaindo. Isso pode ser
explicado pelo fato de Fx ser muito pequeno na proximidade do ponto de equilíbrio e
que tem como conseqüência que o período é grande. Para deslocamentos grandes
vemos que φ diminui e Fx crescer, o que resulta num período pequeno.
Já em 4.7.3 encontramos um oscilador anarmônico (compare Fig.: 4.7-4 do potencial
de Lennard-Jones.). O movimento harmônico simples é provocado por uma força F = -
kx, correspondente a uma energia potencial Ep = k x2/2, quando x é medido a partir da
posição de equilíbrio O. Quando a posição de equilíbrio não está na origem, mas em
x0, como na figura 4.7-4, devemos escrever Ep = k(x-x0)2/2.
Consideremos agora uma partícula que efetua um movimento oscilatório anarmônico
ao longo do eixo-x. A energia potencial é
Ep = ax2 - bx3 (14)
A força que atua sobra a partícula será
F = -dEp/dx·i = (-2ax + 3bx2)·i (15)
ou
F = F·i = -2ax + 3bx2 (16)
6.3- 8

A partícula fica em equilíbrio quando F = 0, ou seja quando -2ax + 3bx2 = 0. Isso é o


caso para x11= 0 ou x12 = 2a/3b. Já que Ep tem em x11 um mínimo, a origem será o
ponto do mínimo estável. x12 é um lugar de equilíbrio instável. No ponto máximo temos
Ep = 4a3/(27b3) := Ecrit
Se a energia total for E (=0,4), a partícula oscilará entre as posições x1 (= -0,26) e x2 (=
0,4). Se a energia não for muito alta, a amplitude das oscilações será pequena e a
força será elástica: F= -kx com k = d2Ep/dx2 = 2a.
Com essa aproximação obtemos praticamente oscilações harmônicas simples com o
período
T0 = 2π/ω0 = 2π(m/2a)1/2 (17)

• a:=4.5:b:=5:
Ep:=a*x^2-b*x^3:
Ep0:=a*x^2:
Etot:=0.4:
F:=-2*a*x+3*b*x^2:
plotfunc2d(Ep,Etot,XRange=-0.5..0.8,YRange=-0.5..0.8,
Title="x1",TitlePosition=[-0.24,0.41])

Fig.: 6.3-4
6.3- 9

Se não aceitamos a aproximação de pequenas oscilações, a freqüência dependerá


do valor da energia.
Na seguinte figura vemos também a força e a energia potencial dum oscilador
harmônico, que pode ser usada para baixas energias. Em muitos casos, essa
aproximação é aceitável, mas, para altas energias, temos que calcular a freqüência
usando um método perturbativo ou aplicar o teorema de Taylor.

• a:=4.5:b:=5:
Ep:=a*x^2-b*x^3:
Ep0:=a*x^2:
F:=-2*a*x+3*b*x^2://força
plotfunc2d(Ep,Ep0,F,XRange=-0.5..0.8,YRange=-1.5..0.8,
Title="F",TitlePosition=[0.4,-1.2])

Fig.: 6.3-5

A força é positiva no exterior do intervalo [0,2a/3b] = [0,0.6]. Se a partícula entrar na


região x>0.6, então vai ser impelida ao infinito.
6.3- 10

6.3.4 Pêndulo de torção

Fig.: 6.3-6

A figura mostra uma versão angular de um oscilador harmônico simples linear.


Uma esfera é suspensa por um fio fino e longo (1m) de aço. A outra extremidade do fio
é fixa num suporte.
Se girarmos a esfera a partir da sua posição de repouso e a soltarmos, ela oscilará em
torno de seu eixo de suspensão em um movimento harmônico simples angular (MHS
angular). Girando a esfera, torcemos o fio de suspensão e ela armazena energia
potencial como faz uma mola ao ser deformada. A torção no fio fornece um torque
restaurador dado por
M = - Dφ (18)
(veja 4.2.1 onde foi introduzido o torque M.)
A constante D é a constante de torção que depende do comprimento, do diâmetro e do
material do fio de suspensão:
D = 4r4/(2L)·G (19)
G = módulo de torção (constante do material).
A Eq. (18) é a equivalente angular da Eq. linear F = -kx (lei de Hooke).
Em vez de ma = -kx escrevemos agora I·φ" = - Dφ, onde I ι o momento de inércia da
esfera em relaηão ao eixo definido pelo fio, veja 4.2.2. φ" = aceleraηão angular.
6.3- 11

Sendo Eq. (18) a forma angular da lei de Hooke, podemos suspeitar que a equação
equivalente a T = 2π(m/k)1/2 será
T = 2π (I/D)1/2 (20)
Eq. (20) é a equação correta para o período do pêndulo de torção sem amortecimento.
Isso segue da solução da equação Iφ" = -Dφ que reza φ(t) = φ0 cos(ω0t) com
ω0 = (D/I)1/2 = 2π/T (20a)
Este resultado podemos utilizar para determinar experimentalmente o momento de
inércia de um corpo, se a constante D do fio é conhecida.
Quando a esfera oscilar submergida num líquido de viscosidade η, temos a seguinte
forma da segunda lei de Newton:
Iφ" = -Dφ - bφ' (21)
cuja solução é

φ(t) = φ0 e-γt·cos(ω't), (22)


onde γ = b/(2I) e ω' = (D/I - (b/2I)2)1/2.
I = 2mR2/5 é o momento de inércia da esfera do raio R em relação ao fio como eixo,
veja 3.4.11, onde obtivemos para ρ=1 o valor I = 8πR5/15. Multiplicando isso por ρ =
m/V e usando V = 4/3·R3π, resultarα I = 2mR2/5.
Em Hidromecânica aprendemos que o coeficiente do amortecimento b é dado por b =
8πηR3, veja por exemplo Lamb, H.: Hydrodynamics, Cambridge, 1916, 633.
O estudo das oscilações de uma esfera num líquido é usado para a medição da
viscosidade do líquido.
A famosa balança de torção de Cavendish (1731-1797),
é, também, uma espécie de pêndulo de torção. Ela é utilizada para medir a constante
gravitacional. O ângulo da torção mede-se por meio de um feixe de luz incidente sobre
um pequeno espelho fixado ao pêndulo, veja também
http://www.malhatlantica.pt/luisperna/lei_gravitacional.htm,

O feixe refletido cai sobre uma escala que se encontra numa distância de alguns
metros do espelho. Com este aparato, Cavendish pôde obter o valor de G com
precisão razoável.
6.3- 12

6.3.5 Pêndulo físico

Qualquer corpo rígido pode realizar oscilações em torno de um eixo horizontal que não
passa pelo centro de massa do corpo (o pivô, o ponto de articulação, não pode estar no
centro de massa C).

Fig.: 6.3-7

Sabemos que M = r x F, veja 4.2.1, em relação ao ponto fixo O, onde r é o vetor


posição (idêntico ao vetor a de O para C). Para o valor absoluto de M temos
M = r·mg·senφ = d·mg, onde d = AC = senφ ι o "braço de alavanca" para mg.
Já que M tenta de impedir o crescimento de φ, temos que usar um sinal de menos na
equação do movimento
I·φ"(t) = - mg·a·sen φ(t) (23)
I é o momento de inércia relativo ao eixo de rotação. Por meio do teorema dos eixos
paralelos (teorema de Steiner, veja 4.3.3) podemos escrever
(IC + ma2)·φ''(t) = - mg·a·senφ(t) (24)
6.3- 13

Ora, a dependência em seno faz que a equação é não-linear. Supondo que as


oscilações tenham pequenas amplitudes, podemos considerar senφ ≈ φ e escrever
φ''(t) = -mg·a/(Ic+ma2)· φ(t) (25)
Isso é a equação de um movimento harmônico simples com o período
T = 2π ((IC + ma2)/(mga))1/2 (26)
No outro lado do centro de massa C marcamos um ponto O' que podemos, também,
usar como ponto de articulação (pivô).
Em relação ao ponto O' temos o período T' = 2π ((IC + ma'2)/(mga'))1/2.
Seja a' a distância para a qual T = T', ou seja a' = IC/(ma). Para a soma L = a + a'
obteremos
L = a + a' = (IC + m a2)/(m a) (27)
Substituindo L na Eq. (26) resulta
T = 2π·(L/g)1/2 (28)
Tornamos a encontrar, então, uma expressão da forma idêntica à do pêndulo simples.
A grandeza L chama-se de comprimento reduzido do pêndulo físico.
As grandezas L e T podem ser determinadas experimentalmente com boa precisão, de
modo que por meio da Eq. (28) podemos obter um bom valor experimental para a
aceleração de queda livre g num local particular sobre a superfície da Terra.
Foi o Captain Henry Kater (1777-1835) ou primeiro que utilizou este método para
determinar, em 1818, o valor de g. Em Potsdam fizeram Kühnen e Furtwängler varios
refinamentos na técnica de medição e publicaram, em 1906, o valor de g= 981,274
cm/s2. Este valor foi o padrão até 1968. Neste ano, Hammond e Faller viajaram pelo
mundo, levando consigo, desmontado e guardado em várias caixas, um interferómetro
"portátil" de queda livre de 800 kg, para medir em alguns lugares escolhidos
previamente o valor de g com uma precisão nunca vista. No porão do instituto de física
da universidade nacional de Bogotá obtiveram, por exemplo, o valor de g = 977,390015
cm/s2, um valor que mais tarde foi devidamente gravado no proprio lugar da medição.
É claro, que com um aparato tão exato (as últimas versões pesam somente uns 500
kg) poderiamos fazer prospecções geofísicas e buscar água, petróleo e até ouro no
quintal da avó.

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