Zoonoses N2
Zoonoses N2
Zoonoses N2
• Dar respostas as emergências de saúde pública e eventos de potencial risco sanitário nacional de forma articulada com setores responsáveis.
• Cuidado com os resíduos sólidos.
• Prevenção e controle de doenças transmissíveis por alimentos.
• Prevenção, controle e diagnóstico situacional de riscos de doenças transmissíveis por
animais vertebrados e/ou invertebrados – raiva, leptospirose, brucelose, dengue, febre
amarela – e outros fatores determinantes do processo de saúde e doença.
• Visitas domiciliares pare diagnóstico de riscos envolvendo animais e o ambiente.
• Educação em saúde com foco na promoção, prevenção e controle da doença de caráter
zoonótico e uso adequado de diferentes substâncias – inseticidas, acaricidas,
medicamentos veterinários.
A evolução das zoonoses
Iniciou-se na pré-história a partir da domesticação dos animais á 18 mil anos de AC. A primeira doença registrada foi o carbúnculo hemático.
Alguns fatores colaboraram a evolução das zoonoses:
Vetor: são animais invertebrados, geralmente artrópodes, que transmitam agente infeccioso ao hospedeiro susceptível. Existem 2 tipos de vetores:
1. Vetor biológico: é o vetor no qual o agente etiológico se multiplica ou se desenvolve.
2. Vetor mecânico – é o vetor que serve apenas de transporte ao agente etiológico. Não é um local de desenvolvimento ou multiplicação.
Definição:
• Taenia solium: 3 a 5 metros de comprimento. Vive cerca de 3 anos e pode chegar até 25 anos.
• Taenia saginata: 6 a 8 metros de comprimento. Vive cerca de 10 anos podendo chegar até 30 anos.
• Teníase – ingestão de carnes de bovinos e suínos cruas ou mal cozidas com cisticercos.
• Cisticercose – ingestão acidental de ovos viáveis ou proglotes (Taenia solium).
Características epidemiológicas:
- O abate clandestino de suínos, sem inspeção e controle sanitário.
- No Brasil encontra-se nas regiões sul e sudeste → é encontrada a neurocisticercose nos estados SP, MG, PR e GO.
- É uma doença endêmica na região de Ribeirão preto.
Sinais e sintomas:
Diagnóstico: Homem.
Inspeção sanitária:
• O elevado número de cistos na carcaça (+ de 8 cistos), torna-a imprópria para consumo, tendo a condenação total dessa carcaça. Quantidades menores
de cistos podem levar a condenação parcial dessa carcaça.
• Propriedades onde os animais estão infectados pode levar a óbito desses animais, dependendo de onde eles estão localizados.
• Pode existir uma recusa dos frigoríficos em comprar bovinos de uma propriedade afetada, levando a perdas econômicas.
ZOONOSES - CAROLINE ROMUALDO 7
EQUINOCOCOSE-HIDATIDOSE – 20/02/2020
A hidatidose é uma infecção causada pela forma larval do cestóide Echinococcus granulosus.
Toxonomia:
- O Echinococcus granulosus é um helminto pertencente ao filo Platyhelminthes, a Classe Cestoda, a ordem Cyclophyllidea e a Família Taeniidae.
Epidemiologia:
• Pode-se falar de uma elevada distribuição da hidatidose por focos endêmicos em determinadas áreas rurais.
• Na América do Sul, a hidatidose é uma infecção parasitária de grande relevância tanto em animais quanto em humanos, considerando-se que a
prevalência é maior do que em outras partes do mundo.
Morfologia:
• A forma adulta apresenta escólex e rostelo com ganchos e apresenta no máximo cinco proglotes, sendo quase invisível a olho nu pelo seu pequeno
tamanho.
• O E. granulosus mede de 3 a 6 mm de comprimento por 1 mm de largura e é uma das menores espécies de tenídeos conhecidas.
• Forma larval/hidátide ou cisto hidático: fígado, pulmões, rins e em outros órgãos dos hospedeiros intermediários.
• Nos ovinos, cerca de 70% de hidátides ocorrem nos pulmões, cerca de 25% no fígado e o restante em outros órgãos. Nos equinos e bovinos, mais de
90% dos cistos são usualmente encontrados no fígado.
• Localização dos cistos hidáticos no homem: variável, sendo principalmente hepática, pulmonar, cerebral e óssea.
• Os efeitos provocados pela presença do cisto irão ser diferentes para cada localização e a ruptura dos mesmos pode ocasionar reações alérgicas e
choque anafilático.
Sinais e sintomas:
Diagnóstico:
Tratamento:
- É mais difícil remover as tênias do gênero Echinococcus do que as do gênero Taenia.
• Praziquantel.
• Após o tratamento é recomendável prender os cães por 48 horas para facilitar a colheita e eliminação de fezes infectadas.
• No homem, os cistos hidáticos, podem ser excisados cirurgicamente → terapias com mebendazol, albendazol e praziquantel.
Profilaxia:
• Mycobacterium bovis.
• Mycobacterium tuberculosis.
• Mycobacterium avium.
• Mycobacterium avium, subespécie paratuberculosis.
Etiologia:
É um parasita intracelular obrigatório, possui crescimento lento.
Bacilos curtos aeróbios, são imóveis, não capsulados, não flagelados. Além disso, são álcool-ácido resistentes.
Resistência do Mycobacterium
São resistentes em:
• Instalações – 2 anos.
• Fezes – 2 anos.
• Água – 1 ano.
• Solo – 2 anos.
• Pastagens – 2 anos.
• Carcaça – 10 meses.
Podem ser destruídos com:
Desinfetantes: Calor:
Fenol 5%. Autoclavação: 120° por 20min.
Formol 3%. Pasteurização lenta: 65° por 30min.
Hipoclorito de cálcio 5%. Pasteurização rápida: 72 a 74°C por 15-20 segundos.
Hipoclorito de sódio 5%. Fervura.
Forma de infecção em humanos: inalação de aerossóis, ingestão de leite não pasteurizado e/ou produtos cárneos contaminados.
• Tosse crônica, por 3 semanas ou mais – pode expectorar material bacteriano das lesões cavitárias.
• Febre ligeira ou sudorese noturna.
• Dor torácica e dispneia.
• Hemoptise.
• Perda de peso (caquexia).
• Reinfecção, ou seja, a lesão inativa passa a ser ativada (recrudescimento) e nesta etapa, estabelece-se
necrose no nódulo ou cavidade.
Transmissão:
Métodos de diagnóstico:
Sinais e sintomas:
• Emagrecimento.
• Hipertrofia ganglionar.
• Dispneia.
• Tosse seca.
Vantagens: Desvantagens:
Alta eficiência dos testes padronizados. Possibilidade de reações inespecíficas.
Capacidade de detectar infecções recentes. Ocorrência de animais alérgicos ao teste.
Simplicidade de execução dos testes. Exigência de intervalo mínimo entre os testes (para refazer).
Exigência de duas visitas á propriedade.
Resultados falsos:
Equipamento:
• Baciloscopia.
• Isolamento e identificação.
• Inoculação em animais em laboratório.
• Métodos moleculares.
TUBERCULOSE SUÍNA
É uma lesão granulomatosa no trato digestivo, tendo como consequência a condenação das carcaças em abatedouros → lesões em foco primário.
TUBERCULOSE EM PRIMATAS
- 24 ou 48 depois da tuberculose se manifestar, os animais podem apresentar: edema, eritrema e dificuldade de abertura dos olhos.
Cultivo isolamento identificação:
• Lyssavirus – mamíferos → gera problemas no animal e no ser humano que levam a alterações neurológicas, levando a loucura = RABV.
- Causa encefalites.
Morfologia:
Tríade epidemiológica:
A raiva possui diferentes tipos de hospedeiros principais em cada país.
Para ocorrer a prevenção contra a raiva, alguns países permitem a caça de animais que são considerados
hospedeiros principais da raiva – Ex.: Raposa – Reino Unido permite a caça em determinada estação do ano.
Transmissão:
3. Fase neurológica aguda: Quando o vírus acomete o SNC em dias ele entrará em coma levando a morte → letalidade de 100%.
• Tratamento: os casos suspeitos podem ser tratados com até cinco doses de vacina e/ou soro. Em casos de pacientes internados com manifestações da
doença, a letalidade é de aproximadamente 100%. Houve registro de cura da raiva humana em apenas dois pacientes que não receberam vacina: um
caso em 2004 nos EUA e outro em 2008 em Pernambuco.
Tipos de exposição: contato indireto → Ex.: manipulação de utensílios potencialmente contaminados, lambedura da pela integra e acidentes com agulhas
durante a aplicação de vacina animal não são considerados acidentes de risco e não exigem esquema profilático.
1. Acidentes leves:
• Ferimentos superficiais, pouco extensos, geralmente únicos – em tronco e membros (exceto mãos e polpas digitais e planta dos pés): podem acontecer
em decorrência de mordedura ou arranhaduras causadas por unha ou dente.
• Lambedura de pele com lesões superficiais.
2. Acidentes graves:
• Ferimentos na cabeça, face, pescoço, mãos, polpas digitais e/ou planta do pé.
• Ferimentos profundos, múltiplos ou extensos em qualquer região do corpo.
• Lambedura de mucosas.
• Lambedura de pele onde já existe lesão grave.
• Ferimento profundo causado por unha do animal.
2. Diagnóstico direto:
• Imunofluorescência direta em impressões do SNC – corpúsculo de Negri.
• Prova biológica em camundongos – inoculação de fragmentos de SNC ou cultivo de células.
• PCR: amostra em decomposição/ autólise, mal conservadas.
• Sequenciamento de DNA: determinação de variantes e fontes de infecção.
3. Diagnóstico indireto:
• Soroneutralização – pesquisa de anticorpos para mensuração de soroconversão vacinal.
Laboratórios que realizam teste para raiva:
• Vacinação de animais silvestres – não realizada no Brasil → realizada nos EUA e Europa.
o É colocado iscas: carne de peixe + vacina.
Quais são as manifestações clínicas apresentadas pelas diferentes espécies animais acometidos pelo vírus rabicó? Morcegos e guaxinins: assintomáticos.
Cães e gatos: (resumo),
Humanos: (resumo).
Como deve ser feita a vacinação em áreas: epidêmicas, endêmicas, Indenes? Vacina inativada. Áreas epidêmicas: revacinação do rebanho a cada 6 meses.
Áreas endêmicas: 1 vez por ano.
Quais as principais ações de prevenção da raiva? Vacinação em seres humanos (pré e pós exposição), medidas de controle caso o indivíduo seja mordido ou
tenha a presença de morcegos em sua casa, vacinação de herbívoros, vacinação de pequenos animais, controle populacional dos morcegos, vacinação de
animais silvestres (não há no Brasil).
• O vírus do tipo A e B causam maior morbidade (capacidade de causar a doença) e mortalidade que o tipo “C”, e são os de maior destaque para a saúde
pública.
Morfologia:
Deleções, inserções e substituições de nucleotídeos em Por essa razão as vacinas e a resposta imune não são 100% eficazes.
um segmento de RNA do vírus – alterações genéticas Quando ocorre essa mutação, os anticorpos irão tentar agir, porém os
menores (Genetic Drift). Ocorre dentro de um mesmo anticorpos não irão reconhecer a doença, não tendo o sistema de
segmento. “chave e fechadura”, desencadeando então a doença.
• “Novas” proteínas HA ou NA pela natureza segmentada do genoma e rearranjos gênicos em Troca de segmentos inteiros entre diferentes subtipos
coinfecções por diferentes subtipos. (Genetic shift). Ocorre entre segmentos homólogos de dois
tipos virais diferentes.
• Anticorpos pré-existentes não protegem.
• Podem gerar pandemias.
Mecanismos de diversidade genética: recombinações entre segmentos de dois vírus (sorotipos) diferentes, formando um novo segmento de RNA.
+ =
• São encontrados em várias espécies de animais, além dos seres humanos, tais como suínos, cavalos, mamíferos marinhos e aves.
• As aves migratórias desempenham importante papel na disseminação natural da doença entre distintos pontos do globo terrestre.
• Os vírus do tipo A são ainda classificados em subtipos de acordo com as combinações de 2 proteínas diferentes, a Hemaglutinina (HA ou H) e a
Neuraminidase (NA ou N).
• Dentre os subtipos de vírus influenza A, atualmente os subtipos A(H1N1) pdm09 e A(H3N2) circulam de maneira sazonal e infectam humanos, no Brasil.
• Alguns vírus influenza A de origem animal também podem infectar humanos causando doença grave, como os vírus A(H5N1), A(H7N9), A(H10N8),
A(H3N2v), A(H1N2v) e outros.
• O vírus influenza A (H7N9) é um subtipo de vírus influenza A de origem aviária.
Diagnóstico:
• Diagnóstico diferencial: herpesvírus equino, rinovírus equino, Streptococus equi, Rhodococus equi.
Tratamento:
• O repouso deve ser feito com a mesma quantidade de dias que o animal teve de sintomatologia (febre) → quarentena.
• AINE’S.
• Antibióticos – infecção bacteriana.
• Antivirais (talvez).
• Tratamento.
• Isolamento (quarentena): período infeccioso = 21 dias.
• Desinfecção: hipoclorito de sódio 2-3%, formol 8% → por 30 minutos.
• Vacinas inativadas e com adjuvantes:
o Potros 6 meses de idade – 1° dose, 2° dose 21 dias após a primeira.
o Vacinação de reforço 5 a 7 meses depois.
o Reforço a cada 6 meses (ou 3 semanas antes de competições).
o Quando esquema demorar mais de 12 meses sem reforço → recomeçar o esquece de 2 vacinações.
o Vacinar as fêmeas 4 semanas antes do parto.
INFLUENZA AVIÁRIA:
Doença infeciosa das aves de alta patogenicidade e rápida difusão que provoca alta mortalidade e que pode se estender além dos limites geográficos de cada
país, levando a sérias consequências socioeconômicas → cada país vai atrás das suas consequências econômicas.
As aves são reservatórios assintomáticos para todos os tipos de vírus da influenza A.
- O vírus da influenza A é resistente em águas, ou seja, o vírus fica na água (deixado por uma ave que passou por ali) e é contraído pela próxima ave que passar
= reinfecção de aves migratórias.
- O vírus da influenza aviária de baixa patogenicidade = LPAI → comum em aves silvestres.
- O vírus da influenza aviária de alta patogenicidade = HPAI → raro em aves silvestres.
HPAI em aves de produção: Taxa de ataque e mortalidade 90-100%.
SINTOMAS:
Tosse (úmida e seca).
Espirros.
Corrimento nasal.
Corrimento nasal purulento.
Olhos escorrendo.
Febre.
Letargia.
Dificuldade ao respirar.
• Mais de 300 sorovares patogênicos baseados em diferenças no componente carboidrato do LPS bacteriano.
• São ainda agrupados em sorogrupos antigenicamente relacionados.
• Reconhecer sorovar tem uma grande importância epidemiológica.
• Diferentes sorovares são adaptados á diferentes hospedeiros e reservatórios – animais silvestres ou domésticos → mas não significa que serão espécies
específicas da leptospira.
o As leptospiras são extremamente sensíveis para equinos.
• A imunidade as leptospiras é específica para o sorogrupo, e o conhecimento dos
sorogrupos que comumente causam doenças dentro de uma determinada região
geográfica é importante para desenvolvimento de vacinas → cada região tem um
tipo de vacina específica para o sorovar presente.
Agente Biológico:
1. INFECTIVIDADE – capacidade de invadir e instalar-se no organismo do hospedeiro →
permite prever a intensidade de propagação da doença na população.
• Feridas/lesões na pele facilitam a penetração das bactérias.
4. CAPACIDADE IMUNIGÊNICA – potencial de provocar um estímulo imunitário específico de intensidade e duração variáveis.
Ex.: Letospira interrogans – LPS (lipopolissacarídeo) tem efeito imunoestimulante mesmo com a bactéria morta.
6. VARIABILIDADE (variação antigênica) – capacidade de adaptação do agente alterando suas características antigênicas.
7. PERSISTÊNCIA – capacidade de um agente em permanecer numa população de hospedeiros por tempo prolongado ou indefinidamente.
o Capaz de permanecer nos túbulos renais em animais portadores por anos ou por toda vida do reservatório.
o Para garantir alta permanência o agente deve:
Adaptar-se ao maior número de hospedeiros.
Estabelecer relacionamentos menos agressivos.
Adquirir formas de resistência.
Criar mecanismos capazes de iludir as defesas do hospedeiro.
Cadeia Epidemiológica:
• Febre.
• Dor de cabeça.
• Mialgia.
• Conjuntivite.
• Náuseas.
• Vômitos.
Diagnóstico no homem:
• Constipação.
• Prostração.
• Hemorragias gastrointestinais e proteinúria.
Só encontra a leptospira no sangue em período de incubação, depois desse tempo a
leptospira só é encontrada na urina.
Diagnóstico:
Tem como objetivo:
1. Vigilância – pais, região, rebanho.
2. Identificação causa falhas reprodutivas em rebanhos bovinos, suínos, bubalinos, ovinos e caprinos.
3. Identificação causa doenças oculares em equinos – uveíte.
4. Identificação causa doença aguda em cães – hipertermia, icterícia, hemorragias, morte.
Controle:
1. Medidas preventivas aplicadas á fonte de infecção e comunicantes:
A leptospira hoje em dia é diagnosticada a partir de um
o Combate aos reservatórios sinantrópicos.
resultado positivo em algum método de laboratório com o
o Tratamento dos animais de companhia.
animal manifestando sintomatologia. O animal ser positivo
o Controle dos doadores de sêmen/ embriões.
não significa que ele está com leptospirose.
o SAM.
o Tratamento: animal positivo e portador.
Objetivo: recuperar o animal e eliminar o estado de portador.
Dihidroestreptomicina, na dose de 25 mg/kg/pv, IM (túbulos renais).
▪ Associação 10.000UI/Kg de penicilina benzatina, 5mg/Kg de estreptomicina, IM e 10 mg/Kg dia de terramicina dissolvida na água
de bebida durante 10 a 15 dias.
• Doença severa:
o Toxoplasmose congênita – transmissão materno-fetal.
o Toxoplasmose ocular em adultos imunocompetentes.
o Neurotoxoplasmose – perda de um sistema imune funcional.
• NÃO elimina oocistos – logo não consegue contaminar uma mulher grávida. O
ÚNICO que pode contaminar uma mulher grávida é um gato em um ÚNICO
momento UMA vez na vida.
• Se uma mulher engravidou, e já entrou em contato com o parasita da
toxoplasmose, ela não terá problemas nenhum durante a gravidez caso entre
em contato novamente com o parasita, pois, assim como o gato, ela já adquiriu
anticorpos para esse parasita.
• Se uma mulher engravidou, e nunca entrou em contato com o parasita (por
ingestão de alimento contaminado ou carne mal cozida/crua), ela terá riscos na
gravidez, pois ela não terá anticorpos e o parasita vai se replicar, levando a
infecção do feto (transmissão vertical), levando a abortos, problemas
neurológicos, hidrocefalia.
Transmissão:
• Ingestão de oocistos maduros (contendo esporozoítas) eliminados pelas fezes de gatos ou de outros felinos.
• Ingestão de cistos (contendo bradizoítas) presentes na carne crua ou mal cozida (porco, carneiro).
• Ingestão de leite cru (não pasteurizado) contendo taquizoítas.
• Transplante de órgãos ou transfusão sanguínea → taquizoítas.
• Transmissão placentária → taquizoítas
• Inoculação acidental de taquizoítas.
Patogenia:
• Sinais clínicos variados: ocorrendo desde casos benignos com febre e discreto aumento ganglionar.
• Casos graves: comprometimento do sistema nervoso central, alterações oculares provocando cegueira ou aborto.
Controle:
Duas doenças onde os caninos serão os hospedeiros vertebrados, um dos principais reservatórios dos humanos. Tendo um vetor invertebrado (mosquito) que
se adaptou e esse parasita consegue fazer um repasse sanguíneo, ou seja, sua alimentação, se infectando desse parasita. A fêmea do mosquito picando irá
transmitir o agente infeccioso para o humano.
É uma ZOONOSE – uma das endemias prioritárias do mundo → NÃO tem cura.
Agente etiológico:
Lesões:
• Leishmaniose cutânea: o paciente apresenta pápula (elevação da pele) avermelhada que vai aumentando de tamanho até formar uma ferida recoberta
por crosta ou secreção purulenta.
• A doença também pode se manifestar como lesões inflamatórias nas mucosas do nariz ou boca.
• LESÃO ULCERADA FRANCA.
• BORDAS ELEVADAS E INFILTRADAS.
• FUNDO GRANULOSO.
Incidência: a leishmaniose canina já foi detectada em pelo menos 12 países da América Latina, sendo que 90% dos casos ocorrem no Brasil.Letalidade 3-7%.
Reservatórios:
Sinais clínicos:
1. CÃES ASSINTOMÁTICOS:
o Ausência de sinais clínicos.
o A imunidade celular específica parece ser capaz de promover o controle da infecção e manter o animal assintomático.
2. CÃES OLIGOSSINTOMÁTICOS:
o Poucos sintomas, podendo apresentar adenopatia linfoide, pequena perda de peso e pelo opaco.
3. CÃES SINTOMÁTICOS:
o Podem apresentar todos ou alguns sinais mais comuns da doença.
o Linfoadenomegalia – regional ou disseminada.
o Perda de peso e pelo opaco.
Vigilância Epidemiológica:
Definição de caso canino suspeito de LV o cão que apresente pelo menos um dos três
seguintes sinais:
Forma cutânea: o paciente apresenta pápula avermelhada que vai aumentando de tamanho até formar uma ferida recoberta por crosta ou secreção
purulenta, além disso, pode se manifestar como lesões inflamatórias nas mucosas do nariz ou da boca.
Forma visceral: porem ser desde assintomáticos até sintomáticos. Podem apresentar perda de peso, pelo opaco, linfoadenomegalia (regional ou
disseminada), alterações cutâneas (alopecia, eczema, úlceras e hiperqueratose), hepatoesplenomegalia, anemia, atrofia muscular, entre outros.
• Período de incubação: em média varia entre 3 a 6 dias, podendo ser de até 10 a 15 dias.
• Período de transmissibilidade: 24 a 48h antes até 3 a 5 dias após o início dos sintomas.
• O mosquito infectado transmite o vírus por 6 a 8 semanas.
Manifestações clínicas:
• Indivíduo com exposição em área afetada recentemente (em surto) ou ambientes rurais
e/ou silvestres destes.
• Com até sete dias de quadro febril agudo acompanhado de dois ou mais dos seguintes sinais e sintomas: cefaleia, mialgia, lombalgia, mal-estar,
calafrios, náuseas, icterícia e/ou manifestações hemorrágicas.
• Ser residente ou procedente de área de risco para febre amarela, nos 15 dias anteriores.
• Que não tenha comprovante de vacinação de febre amarela ou que tenha recebido primeira dose há menos de 30 dias.
• Toda amostra biológica deverá ser enviada, devidamente identificada e acompanhada de cópia da Ficha de Investigação Epidemiológica.
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA:
Ciclo Epidemiológico Silvestre da Febre Amarela no Brasil
Fonte de infecção: primatas não humanos – macacos dos gêneros Alouatta
(macaco guariba), Cebus (macaco prego), Atelles (macaco aranha) e Callithirx
(sagui).
Via de transmissão: Mosquitos – Haemagogus e Sabethes → TRANSCUTÂNEA.
• Detectar precocemente a circulação do vírus, ainda no ciclo enzoótico (entre vetores e primatas não humanos).
• Desencadear, oportunamente, medidas de prevenção e de controle da febre amarela.
• Evitar casos humanos e surtos de febre amarela.
Definição de caso: primata não humano (PNH) de qualquer espécie, encontrado morto (incluindo
ossadas) ou doente, em qualquer local do território nacional.
Todo caso epizootia, a suspeita deve ser notificada, utilizando-se a Ficha de Notificação/ Investigação
de Epizootia, com base nas características levantadas a partir dos achados da investigação.
Classificação de Epizootias:
Epizootia indeterminado – rumor do adoecimento ou morte do macaco, com histórico consistente,
sem coleta de amostras para diagnóstico laboratorial.
PNH doente apresentam:
• Depressão.
• Movimentação lenta – mesmo quando perseguido.
• Ausência de instinto de fuga.
• Segregação do grupo ou imobilidade no solo.
• Perda de apetite.
• Desnutrição.
• Desidratação.
• Presença de lesões cutâneas.
• Secreções nasais ou oculares.
• Diarreia.
• Devem ser considerados o tempo e a área de detecção, avaliando caso a caso, em conjunto
com as Secretarias Estaduais de Saúde (SES) e a Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS).
• Induzir a manutenção de altas taxas de cobertura vacinal em áreas infestadas por A.aegypti
as áreas com recomendação de vacina no país.
• Orientar o uso de proteção individual das pessoas que vivem ou adentram áreas enzoóticas
ou epizoóticas.
• Eliminar o A.aegupti em cada território ou manter os índices de infestação muito próximos
de zero.
• Isolar os casos suspeitos durante o período de viremia em áreas infestadas por A.aegypti.
• Realizar identificação oportuna de casos para pronta intervenção de vigilância
epidemiológica.
• Implementar a vigilância laboratorial das enfermidades que fazem diagnóstico diferencial
com febre amarela.
• Implementar a vigilância sanitária de portos, aeroportos e fronteiras – recomenda-se solicitar apresentação
do certificado internacional de vacinação.
Os macacos são HOSPEDEIROS, DISSEMINADORES e AMPLIFICADORES da doença, NÃO transmite para o homem.
É TRANSMITIDO pela FÊMEA DO MOSQUITO = VETOR, TRANSMISSOR.
Letra C
Utilizar somente repelentes regularizados pela ANVISA.
Certa.
Letra C
• A Rickettsia rickettsii, bactérias Gram negativas, pleomórficas, pequenas, com 0,3 a 0,5µm de diâmetro e 0,8 a 2,0µm de
comprimento.
• São parasitas intracelulares obrigatórios.
• Infectam principalmente células endoteliais do hospedeiro humano e podem ser encontradas nas glândulas salivares e ovários dos artrópodes
transmissores. – Presentes nos ovários dos miotransmissores (carrapato) → uma vez o carrapato uma vez infectado passa a vida inteira infectado,
podendo transmitir para suas gerações, no caso das fêmeas ingurgitadas.
Vetores e reservatórios: carrapato Amblyomma sculptum (A. cajennense).
Ambiente de risco: São apontados como ambientes de maior risco áreas de pastagens, matas ciliares e proximidades de coleções hídricas, principalmente se
houver a presença de animais como equinos e capivaras.
A manutenção do carrapato numa área depende da existência de alguns fatores:
1. Presença de hospedeiro. predominantemente, as capivaras e os cavalos (chamados hospedeiros
primários).
• Na região Sudeste do Brasil a maior incidência da FMB ocorre no período de sazonalidade do vetor, que
compreende o período de junho a setembro – ambiente adequado = grande quantidade desse vetor.
• Hematófagos obrigatório, infectam-se ao sugarem animais silvestres, são reservatórios uma vez que ocorre
transmissão transovariana e transestadial entre os carrapatos mantendo a transmissão da doença. Estudos
mostram que a capivara, embora não seja um reservatório, amplifica e dissemina a bactéria entre os carrapatos.
• Hospedeiro primário: Amblyomma cajennense – larva-ninfa-adulto → antas, capivaras e equinos.
• O carrapato estrela apresenta quatro fases de desenvolvimento ao longo da vida:
o Ovo.
Atenção: Em três fases do desenvolvimento –
o Larva – conhecida como “micum” --: sobrevive no ambiente cerca de
larva (micuim), ninfa (vermelhinho) e adultos -
6 meses sem se alimentar de nenhum animal. o carrapato pode transmitir a FMB!
o Ninfa – conhecida como “vermelhinho”.
o Adulto → extremamente resistente, para eliminar geralmente a dose deve ser DOBRADA.
Observa-se durante o ano que:
• Nunca esmague o carrapato! Com o esmagamento, pode haver liberação das bactérias que estão na saliva do carrapato, as quais
têm capacidade de penetrar através de microlesões na pele.
• Nunca queime o carrapato nem use, álcool, vinagre, ou qualquer substância abrasiva. O estresse sofrido pelo
carrapato faz com que ele libere grande quantidade de saliva, o que aumenta as chances de transmissão da FMB.
• SEMPRE tirar com uma pinça, fazendo torção.
A principal forma de proteção é evitar contato com os carrapatos:
• É fundamental o uso de vestimentas, calçados e EPI’s adequados com especial atenção às técnicas recomendadas
(descritas abaixo) que aumentam significativamente a proteção:
o Calça comprida; meia (preferencialmente de cano longo); bota (se possível, de cano longo. A bota pode
ser substituída por perneira de tecido com elástico); camiseta (se possível, de manga longa); fita adesiva
larga; repelente.
o Para o trabalho de maior exposição o uso de macacão com punhos e barras com elástico (tipo apicultor)
oferece maior proteção.
OBS: a roupa de cor clara facilita a visualização do carrapato que fica aderido ao tecido; colocar fitas adesivas para “segurar” o carrapato.
BORRELIOSE DE LYME
É uma doença multisistêmica causada pela espiroqueta Borrelia burgodorferi.
Foi descrita na cidade de Lyme, Connecticut em 1975.
Carrapatos do gênero Ixodes.
Sinais e sintomas:
• Rash cutâneo.
• Cardiopatas.
• Sintomatologia nervosa. Eritema migratório com típica
• Lesões renais. aparência de alvo.
• Artrite.
A doença possui 3 estágios da doença de Lyme:
1. 2-30 dias após a picada do carrapato – sintomas gripais e lesão de pele → eritema migratório recidivante.
2. 1-4 meses – alterações cardíacas e neurológicas.
Diagnóstico:
MORMO:
É uma zoonose de notificação obrigatória (OIE) de qualquer suspeita – devido aos problemas sérios.
• DECRETO N° 24.548 DE 03/07/1934: – DOENÇA PASSÍVEL DE APLICAÇÃO DAS MEDIDAS PREVISTAS NO REGULAMENTO DE DEFESA SANITÁRIA ANIMAL
(ART. 63 – É OBRIGATÓRIO, POR MOTIVO DE INTERESSE DA DEFESA SANITÁRIA ANIMAL OU DA SAÚDE PÚBLICA, O SACRIFÍCIO DE TODOS OS ANIMAIS
ATACADOS PELA ZOONOSE MORMO).
• A doença foi considerada erradicada no Brasil desde 1968, sendo os últimos focos
relatados oficialmente nos estados do Rio de Janeiro e Pernambuco →
aparecimento da doença em Santo André no ano de 2008; em 2019 caso
confirmado na Bahia em jumentos que seriam abatidos – desde então
começaram a surgir mais casos da doença de mormo, tendo maior sinalização no
MAPA.
• Doença endêmica no norte do Brasil.
Etiologia:
É uma bactéria da família Burkholderiaceae – BRUKHOLDERIA MALLEI.
• Sobrevivência:
o Sensível a luz solar direta, sendo inativado em 24 horas de
exposição e a uma temperatura de 55° durante 10 minutos.
o Sobrevive or mais de 6 semanas a vários meses em áreas contaminadas.
o Pode permanecer viável na água de torneira pelo menos 1 mês.
o Susceptível a dessecação.
o Capaz de secretar uma cápsula de polissacarídeo, como recurso para fugir da fagocitose pelos leucócitos e macrófagos – fator de virulência.
Hospedeiros:
• A infecção ocorre pela ingestão de água e alimentos contaminados, instalação da bactéria em contato direto (menos frequente).
• Alta densidade e a proximidade de animais.
Disseminação:
• Disseminação por alimentos (forragens e melaço), água, fômites, principalmente cochos e bebedoros.
• Forma cutânea da infecção decorre do contato direto com ferimentos por utensílios usados na monta dos animais.
• Vias aéreas superiores e secreções orais e nasais, representam a mais importante via de excreção da B.mallei.
Patogenia:
A doença:
Pode ser de maneira:
Forma pulmonar:
• Febre, dispneia, acessos de tosse ou uma tosse seca persistente, acompanhada de dificuldade respiratória.
• Diarreia e poliúria também podem ocorrer, todos levando a uma perda progressiva da condição – emagrecimento.
• Pode levar vários meses para desenvolver – demora da bactéria para se desenvolver.
• Lesões: forma pulmonar.
o Nódulos de cor clara, rodeadas por uma zona hemorrágica ou como uma consolidação do tecido pulmonar
e pneumonia difusa.
o Evoluem para estado caseoso ou calcificado.
o Eventualmente rompem-se liberando o conteúdo e espalhando a doença para o trato respiratório superior.
o Também encontrados no fígado, baço e rins.
• Começa com tosse e dispneia, geralmente associada com períodos de exacerbação levando a debilitação progressiva.
• Os sinais iniciais podem incluir: febre, dispneia, tosse e aumento dos gânglios linfáticos.
• Lesões: cutâneo mormo.
o Nódulos ao longo do curso dos linfáticos das pernas (rosário), área costal e abdômen ventral e após ruptura liberam exsudato purulento, amarelo
e infeccioso.
Diagnóstico do mormo:
Aspecto de rosário.
• Teste de triagem – fixação de complemento (FC) ou ELISA → procura de anticorpos da doença no animal
– só pode ser coletado por veterinários devidamente equipados com EPI’s.
o Para fins de trânsito internacional, é adotado o teste de fixação de complemento, o que é regulamentado
pela OIE.
o A interdição da propriedade somente será suspensa pelo após sacrifício dos animais positivos e a
realização de dois exames de FC, sucessivos em todo plantel, com intervalos de 45 a 90 dias, com
resultados negativos.
• Teste complementar – teste de Western Bloting (Imunobloting WB) → feito em animais com alto valor ..
• Teste confirmatório – teste de maleinização intrapalpebral com uso de maleína PPD → poderá ser empregada como teste complementar
exclusivamente em equídeos com menos de 6 meses de idade e que apresentem sintomatologia clínica compatível com o mormo, mediante autorização
do DAS/DAS/MAPA.
• Teste de maleína:
o Realizado por médico veterinário do serviço veterinário oficial.
o Aplicação de PPD maleína na dose de 0,1ml por via intradérmica, na pálpebra inferior de um dos olhos do animal.
o Leitura deverá ser realizada 48h após aplicação.
o Positivos: reação inflamatória edematosa palpebral, com secreção purulenta ou não – “animal começa a chorar”.
Profilaxia sanitária:
• Grandes concentrações de equídeos estão associadas a disseminação da bactéria (doença do estábulo) – área rural.
Tratamento:
• Tratamento com ATB – tem sido utilizado nas zonas endêmicas --: pode levar animais ao estado de portador inaparente que poderá infectar humanos
e outros animais.
• Tratamentos experimental eficazes incluem – doxiciclina, ceftrazime, gentamina, estreotomicia e combinações de sulfazine ou sulfamonomethoxine
com trimetoprim.
• A taxa de mortalidade pode chegar a 95% se nenhum tratamento for administrado.
• Para proteção de rebanhos, os produtores devem sempre realizar bom manejo sanitário.
• Adquirir animais de procedência conhecida com exames negativos.
• Só participar de eventos em que todos os animais tenham sido testados.
• Caso os animais apresentem qualquer sintoma respiratório e/ou lesões cutâneas é necessário procurar imediatamente o serviço veterinário oficial.
Diagnóstico diferencial:
Letra B.
Letra B –
- Resultado vai só para o veterinário oficial que enviou a
amostra.
- Desconsiderar 72h.
Letra B.
• Lesão pulmonar primária, assintomática em 1/3 dos casos – devido a inoculação do fungo.
• Meningoencefalite.
• Lesões focais de disseminação: nódulos subcutâneos, articulações, fígado, baço, rins, próstata e em outros tecidos (poucos ou nenhum sintoma).
• Lesões cutâneas.
Transmissão:
• Reservatório – fezes das aves (pombos), matéria orgânica morta presente no solo,
frutas secas, cereais e nas árvores.
• Fungo é digerido pelas pombas, passa pelo sistema digestório, saindo muitas vezes
nas fezes.
• C. neoformans pode passar pelo sistema gastrointestinal dos pombos sem causar
alterações significativas.
• Viável nas fezes de pombos por até 2 anos.
• Criptococose ocorre com menor frequência nos cães em relação aos gatos.
• Sinais clínicos:
o Respiratório.
o Tegumentar.
o Nervoso.
o Pode afetar os olhos, causando retinites, cistos exsudativos e uveíte anterior – gatos piscam e viram os olhos de maneira diferente.
• Sinais respiratórios:
o Descarga nasal uni ou bilateral serosanguinolenta a mucopurulenta.
o Dificuldade respiratória.
o Presença de massa granulomatosa, como um pólipo sendo visível em uma ou ambas as narinas.
• GATO:
o Forma localizada em comparação com os cães e humanos, que apresentam a forma generalizada.
o Lesões mais frequentes: lesões granulomatosas localizadas na cavidade nasal, conhecida popularmente
como “nariz de palhaço”.
Diagnóstico:
• Anamnese.
• Exame físico.
• Hemograma – neutrofilia ou eosinofilia ocasional.
• Bioquímico – órgão envolvido.
• Raio x – destruição do osso nasal.
• Análise citológica:
o Swabs de exsudato nasal ou imprints e aspirados de tumefações nasais.
o Levedura oval e arredondada, intensamente basofílica, com a capsula mucóide
espessa não corada e uma estrutura granular interna que se cora de vermelho á
púrpura.
• Cultura microbiológica:
o 2-3 dias. Análise citológica. Cultura microbiológica.
o Esbranquiçada e mucóide.
Prognóstico:
• Reservado.
• Favorável sem comprometimento do SNC.
• Criptococose cutânea geralmente são auto limitantes.
Prevenção:
Epidemiologia:
• Esse fungo está na terra, quando o gato enterra as fezes, ele acaba saindo com as unhas contaminadas, passando para humanos e outros animais.
• Ferida/ trauma em pele ou mucosa.
• Acidentes com espinhos, palha ou lascas de madeira.
• Contato com vegetais em decomposição.
• Arranhadura ou mordedura de animais doentes – gatos.
• IMPORTANTE: além da transmissão por mordedura ou arranhadura, o S. brasiliensis
pode ser transmitido por tosse, espirro e principalmente por secreções de lesões
cutâneas de gatos doentes.
• Regiões:
o Cefálica 56,8%.
o Plano nasal 28%
o Auricular 21,6%.
o Membros torácicos 13%.
o Mucosas: conjuntival, nasal, oral e genital 35%.
Diagnóstico:
• Anamnese.
• Exame físico.
• Análise citológica.
• Histopatológico.
• Cultura microbiológica.
o Cultivo e isolamento – padrão ouro.
• Sorologia – ELISA.
• Amostras clínicas:
o Swab de exsudato.
o Fragmento de biopsia de pele.
Tratamento:
• Luvas, roupas de mangas longas, calçados em atividades que envolvam o manuseio de material proveniente do solo e plantas.
• EPI – manipulação de animais doentes.
• Animais com suspeita da doença não devem ser abandonados.
• Animal morto não deve ser jogado no lixo ou enterrado em terrenos baldios – contaminação do solo.
• Isolar animal.
• Usar luvas.
• Utensílios, brinquedos e outros objetos precisam ser lavados com água e sabão e desinfetados diariamente.
• Ambiente – hipoclorito de sódio.
Mamíferos marinhos:
• O período de incubação da brucelose em humanos varia entre 5 a 60 dias, ou até meses antes dos primeiros sintomas.
Sintomas:
Bactéria entra, é fagocitada, porém não é eliminada, ocorrendo sua replicação no citoplasma da célula → essas células param em nódulos linfáticos, tropismo
por enzimas, aparelho reprodutivo, enzimas, tendo uma doença disseminada.
Diagnóstico:
Brucelose Bovina:
Perdas para a pecuária:
• Aborto.
• Repetição de cio.
• Bezerros fracos.
• Custos de reposição.
• Diminuição da produção de leite.
• Redução do tempo de vida produtiva.
• Limitação na comercialização de animais.
Patogênese:
Na fêmea vazia os sintomas são quase nulos, sintomas aparecem mais quando
a fêmea está prenha.
Doença na fêmea
Doença no macho
Brucelose Canina:
A brucelose causada pela Brucella canis, constituiu uma infecção sistêmica, caracterizada por bacteremia prolongada e caráter zoonótico que acomete cães. A
infecção por B.canis é responsável por problemas reprodutivos, como abortamento, falhas de concepção, orquite, epididimite e infertilidade, sinais clínicos
não reprodutivos podem ser observados associados aos tecidos ricos em células reticuloendoteliais e infecções assintomáticas também podem ser observadas.
Nos canídeos, a infecção por B.canis é mais comum, sendo considerada uma das principais causas infecciosas de problemas reprodutivos, porém há relatos de
infecção por B.abortus, B.suis e B.melitensis em cães contactantes de bovinos, suínos e caprinos.
• A brucelose canina apresenta importância devido a sua elevada frequencia de ocorrência, principalmente nos canis comerciais.
• Casos de infecção humana por B.canis vem desde então sendo descritos, tanto adquiridos em laboratórios como doença ocupacional.
• O contato com cadelas que abortaram constitui a forma de contágio mais frequente.
• Além da importância do ponto de vista de saúde pública, os prejuízos atribuídos à presença de B. canis em criações de cães também devem ser
considerados. os prejuízos são consequência das perdas econômicas derivadas de abortamento e infertilidade, assim como de perda de patrimônio
genético decorrente da infecção em animais de alto valor genético.
• A prevenção da brucelose em criações de cães deve ser enfatizada, pois a disseminação da doença é a prevenção é a única forma de controle uma vez
que o tratamento curativo é difícil, oneroso e pouco eficiente.
Sintomas:
1. Diagnóstico bacteriológico:
o Isolamento da B.canis.
o Necessita de CO2 → parasita anaeróbio facultativo (necessita de CO2 e O2).
o Fenotipagem, sorologia, PCR, imunohistoquimica, metodo oxidativo.
o Desvantagem: demora, risco de infecção.
• Uma vez o animal infectado, ele terá grande quantidade de imunoglobulinas sendo produzidas pele o resto da vida, facilitando assim a identificação
sorológica → verificar anticorpos.
• Animais vacinados (todas as fêmeas) de 3 a 8 meses de idade → todas as novilhas, bezerras. A resposta vacinal a anticorpos tende a diminuir com o
passar do tempo, não sendo detectável nos testes sorológicos.
Biossegurança:
As brucelas são classificadas como microrganismos nível 3 – porque essas bactérias são patogênicas para o homem → utilização de EPI’s
• Educação sanitária.
• Descarte dos animais reagentes.
• Diagnóstico e quarentena dos animais adquiridos.
• Piquetes de aparição.
• Bezerros imunotolerantes.
• Destruição de fetos, placentas e secreções.
• Consumo de leite e derivados pasteurizados.
• Bacillus anthracis.
• Bacilo grande, gram-positivo, não móvel.
• Duas formas: vegetativa ou esporo.
• Distribuição quase mundial.
1. Esporos: ENCONTRADO NO AMBIENTE, QUANDO ENTRA NO ORGANISMO ELE ESPORULA E CAUSA A DOENÇA.
o Condições para esporulação: extremamente resistente – sobrevive por décadas.
Condições pobres em nutrientes.
Presença de oxigênio.
o Sporos:
Muito resistentes – solo, areia.
Sobrevivem por décadas.
Devem ser ingeridos pelo hospedeiro para germinar.
2. Toxinas:
o B.anthracis tem três principais fatores de virulência:
o Uma cápsula antifagocítica e três exotoxinas denominadas:
o Estas toxinas são responsáveis pelas principais manifestações clínicas: hemorragia, edema, necrose e morte.
ANTRAX EM ANIMAIS:
No ambiente se mantem em forma de espora, mas quando chega em um local onde não encontre nutrientes/ oxigênio, a bactéria esporula, tendo sua forma
vegetativa e liberando toxinas, levando a morte, principalmente em animais em 48h → sepse, necrose, morte súbita.
Transmissão:
Bacilos em forma de esporos no ambiente, quando em contato com animal ele esporula, libera
toxinas e causa sintomatologia → animal edemaciado levando a morte.
Contato direto com a pastagem: animal está se alimentando e os esporos estão presentes.
Manifestações clínicas:
Diagnóstico diferencial:
• Ruminantes:
o Botulismo.
o Envenenamento – plantas, metais pesados, mordida de cobra.
o Babesiose hiperaguda.
Diagnóstico e tratamento:
Prevenção e controle:
• Obrigatório o descarte imediato das carcaças, “camas”, esterco, forragens e outros materiais contaminados:
o Incineração.
o Enterradas profundamente longe de cursos de água.
• Descontaminação do solo.
• Remoção de matéria orgânica.
• Descontaminar equipamentos com formalina 10%.
• Construções lacradas e fumigadas com formaldeído.
• Pulverizar construções com formalina a 5%, deixando agir por 10 horas.
• Vacinação anual, principalmente de bovinos e ovinos, um mês antes de surtos previstos (vigilância).
• Quimioprofilaxia com penicilina de longa ação para animais de grande valor.
• Vacina morta disponível para humanos.
Desinfecção:
• Esporos resistentes ao calor, luz solar, secagem e muitos desinfetantes – Desinfetantes → Formaldeído (5%), Glutaraldeído (2%), Hidróxido de sódio (NaOH) (10%),
Cloro.
• Esterilização por gás ou calor.
• Radiação Gama → não é muito usada.
1. Desinfecção – Formaldeído 10%, Glutaraldeído 4% (pH 8.0-8.5).
2. Limpeza – Esfregar o local com água quente, utilizar roupas proteção.
3. Desinfecção final: (uma das opções) – Formaldeído 10% , Glutaraldeído 4% (pH 8.0-8.5), Peróxido de hidrogênio 3%, Ácido peracético 1%.
TRANSMISSÃO HUMANA:
• Curtumes.
• Moinhos têxteis, classificadores de lã.
• Processadores ósseos, matadouros.
• Trabalhadores de laboratório.
Epidemiologia: Surtos esporádicos da doença tem sido associado à importação de farinha de ossos e carne contaminadas, fertilizantes de origem animal e
couro.
DOENÇA EM HUMANOS:
Antrax cutâneo:
Prevenção e controle:
• Humanos são protegidos através da prevenção da doença nos animais → Vigilância veterinária e restrições comerciais.
• Padrões de mercado aprimorados.
• Práticas de segurança em laboratórios.
• Profilaxia antibiótica pós-exposição/ vacinação.
ZOONOSES - CAROLINE ROMUALDO 107