Super Live Series #1 – Psicologia “O ser humano, aquele que esquece”

Na primeira aula do curso aprendemos que precisamos lembrar do que é fundamental. Há diferença
entre o que é infinito e o que é finito, o que é infinito não acaba, mesmo que todos os registros sobre
acabem, ele não deixa de existir.
O real é aquilo que é e aquilo que poderia ser. Quando uma coisa é, ela pode se desenvolver.
Uma pessoa humana é instável e por quê? Porque temos um conjunto de coisas que não são
instáveis.
Há um exercício que devemos fazer que é o de calar e observar, pois na maioria das vezes temos
uma atenção quase que desatenta, quando precisamos estar atentos para aquilo que realmente é e
se faz real. O olhar da meditação/ contemplação.
A conversa pressupõe a intimidade que é uma conquista.
O ser humano possui 3 eu.
Só se consegue ter uma expectativa sobre o que de fato é. E o terapeuta te ajuda a lembrar quem
você é profundamente.
Escrever um diário é focar no seu eu profundo.
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A matriz de entrada será feita através do simbolismo.
O símbolo tem a função de abertura da percepção.
Tarô é um jogo que também pode ser usado de oraculo adivinhatório.

Astrologia, tarô e alquimia é uma das bases teóricas da psicologia moderna.

Usado pelo Jung para criação do seu edifício teórico.

Tarô é uma chave de compreensão da realidade. Os 22 arcanos maiores contam uma história desde
a iniciativa até o fim do mundo.
O maior sofrimento do nosso tempo é a perda do olhar.
Ser humano significa: Aquele que esquece. De tudo? Não. Apenas do fundamental. As perguntas
básicas, de onde vim para onde vou, de que sou composto...

França o lugar onde ainda se faz ciência com esse conhecimento: hermetismo.
Taro é uma explicação de alguns saberes herméticos.

Freud: jogava taro todas as terças para saber se existia liberdade ou não. Freud estava imerso em
estudos de satanismo e angélicas da cultura judia. Sem saber isso é difícil entender alguns pontos.

O tarô não se sabe de onde veio, mas o oriental e o ocidental têm os mesmos desenhos.
Existem coisas que precisamos ter SEMPRE em nossa memória. 2+2 é 4, após passarmos por isso,
nunca mais voltaremos. Sem saber isso, ficamos desorientados no mundo.
1° principio: qual o tamanho do mundo? Ou é limitado ou ilimitado; finito ou infinito.
Qual o tamanho possível das nossas sensações, sentidos, amores... dependendo se achamos que o
mundo é finito, temos uma ideia. Se achamos que é infinito, temos outra.

Se eu falo que existe um limite: o que está para além desse limite?
Na própria matemática existe algo que não termina: a sequência dos números naturais.
Existe alguma coisa que não termina. Mas é só isso?
Eu estou vendo essa aula agora, amanhã não estarei. Mas AGORA eu estou assistindo, amanhã
quando eu lembrar desse ato. Eu terei que declarar “eu fiz aquilo, aquilo aconteceu”, aonde está isso?
Na minha memória: não, isso é a lembrança do ato. Independente se você lembrar ou não, isso
aconteceu. Aonde está isso?
Algum dia isso terá deixado de ocorrer? Não. Aquilo sempre estará presente. Aquilo é. E o que é,
tem ser.
A história é a lembrança de coisas que aconteceram e não a coisa em si. Se todos esquecerem da 2°
G.M, o holocausto ainda ocorreu.

Esse é o vislumbre de o que é “eternidade”. Um ato que houve nunca deixará de ter acontecido.
Qualquer abordagem psicológica que esqueça o tamanho verdadeiro do mundo, ele está olhando
algo que não é real. Ele está olhando só para uma pequena parte.
Tudo o que eu fiz, e pensei: é. Tudo o que eu não fiz e não pensei: também é.
Tudo o que acontece e o que poderia ter acontecido e não aconteceu, tudo isso é a densidade
do ato.

Isso é o símbolo da lemniscata que o Mago tem na cabeça.

Sem essa noção do infinito, somos incapazes de entender as series seguintes.
O chapéu do infinito protege a nossa visão das coisas passageiras, para que possamos olhar ao
transcendente.

Lemniscata; uma cruz com os pontos ligados. Indica o ritmo e um traçado completo: cima, baixo e
traçado na 3° dimensão. Isso nos dá todas as possibilidades do ser.

Aquilo que não foi feito e que estava nas nossas possibilidades é o que também está na nossa
possibilidade. E as coisas que eu faço em ato e tem coisas que são só possibilidades.

Algumas coisas podem ser e sabemos disso, mesmo que não seja. A pessoa pode me amar, mesmo
que não ame. Um cachorro pode morder, mesmo que não morda.
O real é aquilo que acontece e o que poderia acontecer.
Se só podemos ver o real sem expectativa, veríamos tudo como um manequim de loja.
Vemos atualidades e virtualidades.
É impossível ser materialista: as coisas podem acontecer mesmo que não aconteçam. Isso é o
conjunto do real.
O conjunto das possibilidades universais nos sempre acessível ou pode acontecer sem que
teremos esse conhecimento?
Um cachorro na rua é só um bicho parado ou é algo que pode nos morder, ou também esperar um
afeto nosso? Se ele não tiver essas e outras dezenas de opções, ele não é um cachorro.

A possibilidade vale até para coisas remotas; é possível eu ser avo mesmo que ainda nem tenha
filhos.
Esse lugar que as coisas que nos acontecem e podem acontecer, tudo isso está dentro do LOGOS; é
a realidade daquilo que pode vir a ser. A filosofia também chama esse ente de Ser em Ato Puro. Nele
tudo é. Ele pode dar ser a tudo, aqui as coisas já eram, como possibilidades.

O olho precisa ganhar uma acuidade, é preciso ver as coisas antes de ver os termos complexos.
(O ser em ato puro é só ato, se potência. Nele tudo é.)

1° carta: Mago.
Tem uma amplitude de infinito que protege a nossa visão da cegueira da finitude.
Na escolástica (XII) existem coisas que escapa, não tem lugar para o Espirito, ela
só trata de matéria e alma.
Se houve um ser humano que foi valente, humilde, herói. Então essa pessoa na
sua frente pode ser também. Se você não é capaz de ver isso é porque ainda não
tem o chapéu da infinitude.

“O que está abaixo é como o que está acima, e o que está acima é como o que
está abaixo”
(Quod est inferius est sicut quod est superius, et quod est superius est sicut quod est inferius)

O menos não pode dar o mais, só podemos dar aquilo que temos.
Coisa não tem dignidade, um cachorro tem mais dignidade do que um prédio.
O ápice da criação de um homem, é um filho.
O circulo de possibilidade de uma criança é maior do que qualquer coisa.

O cachorro é um indivíduo, mas não uma pessoa.

Um ser com potência não pode criar algo só em Ato.
É obvio que aquele que nos deu o ser, é pessoa.
O ser em ato puro é pessoa, porque ele criou pessoa. Ele não pode ser menos que isso, pois foi isso
que ele criou.
A pessoa humana é instável. Por mais que haja uma conduta no relacionamento, é necessário estar
sempre observando a mudança das pessoas.
O ato puro é 100% estável, nos não. Nos temos um monte de coisas que ainda não são. Nós vamos
nos atualizando sempre. É sempre possível a nossa mudança, somos instáveis.

Existe um conjunto ESTÁVEL de forma de lidar com um ser em ato puro, isso é o que se chama
religião.
Isso é a relação pessoal com o ser em ato puro.

Religião faz com que a nossa razão alcance o que precisamos fazer.
Religião pratica para desenvolver a razão a ponto dela se tornar fé. Fé é um upgrade da razão.
Fé se baseia na razão e avança no relacionamento com o ser em ato puro.

A fé e a razão são duas asas necessárias para alcançar voo.

Jung: teologia da quaternidade.

Olhar: atenção ou desatenção perfeita. Ele está desatentamente atento. Ele já está no ritmo perfeito.
Goethe: Quer ter sucesso? Máximo de força no ponto mínimo.
Ives Gandra: começa cedo e faz só aquilo.

O sujeito que quer ter força sempre em tudo, logo. Não consegue ter força em nada, nunca, jamais.
Isso é o problema da atenção.
O que é disperso se enfraquece.

Monges trapistas: cale a sua boca.

Pitagóricos: silencio total por 5 anos.
Olavo: silencio em matéria de opinião por 10 anos.

Mihaly Csikszentmihalyi, a teoria do Flow: é necessário estar desse jeito. Em algumas coisas, o
trabalho vira jogo. Ali tudo é automático e ao mesmo tempo, natural.
A desatenção necessária para isso, vem após o domínio total dessas habilidades.
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Conversa pressupõe intimidade: só conversamos com quem é íntimo.
Intimidade é conquista.
A intimidade com o Deus é uma conquista da religião bem praticada que eleva a razão ao estado de
fé.
E em algum momento a voz dele te alcança. CASO ELE QUEIRA.
São Joao da cruz passou 40 anos sem ouvir Deus: Noite escura da alma.
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Eu: tem ao menos três camadas de acepção.

1) Eu narrativo - O que está fazendo as coisas, superfície do eu. Eu estou escrevendo. Esse
eu narrativo é o que se manifesta, você consegue falar sobre ela.
Nem tudo o que sabemos, somos capazes de mostrar isso. Dai vem a importância de um diário, para
deixar físico aquilo que temos interiormente.

2) Eu substancial - O que você carrega, suas percepções, o eu profundo, ainda que você não
consiga falar. Você sabe, isso permanece.
Esse é o eu de verdade. Uma coisa que te aconteceu e que é você, mas ainda não está presente
naquele momento.

3) Eu social - O que aparece para o outro. O eu dar expectativas para o outro.

Diferente do cachorro, é esse que fala o EU. Eu sinto algo.
Quando eu apareço para o outro e ele aparece para mim, criamos expectativas. Esse “EU” é
alienante.
A consistência do eu não pode ser feito só pela expectativa, se não, nada seria feito.
É agir de acordo com as expectativas.

É do eu profundo que vem o eu narrativo e o ou social.

O ser humano é um universo e mesmo assim, às vezes, não o adentramos. O olhar do mago nos
mostra tudo isso. Ele agiu a partir daquilo que ele é, ele age pelo horizonte do ser. Quando o raio nos
bate na cara se não estamos com o chapéu do infinito, isso nos faz perder esse olhar ao
transcendente.

Você age a partir do seu eu profundo.

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Igreja de Pedro: Exotérica.
João toca no peito do Logos (Cristo) e escuta a batida do coração do mestre: igreja interior.
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Cada um dos 4 discípulos tem um símbolo.
Joao = Águia. Voa olhando para o sol, realeza do Logos divino.
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Maior do que ser amado é viver amando.
Super Live Series #2 – Psicologia

Apenas hoje que achamos que a psicologia é só algumas ferramentas mecanicistas. Ignoram a
importância filosófica e simbólica. Jung falava por horas sobre a criação do mundo pelas
Mandalas.
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Azeite grego é o melhor do mundo.
Grécia, país pobre e de agricultores é o berço da filosofia.
Azeitona: azeite; conserva e prepara para a batalha.
Figo: Cristo amaldiçoa a figueira.
Vendo uma figueira à beira do caminho, aproximou-se dela, mas nada encontrou, a não ser
folhas. Então lhe disse: "Nunca mais dê frutos! " Imediatamente a árvore secou.
Ao verem isso, os discípulos ficaram espantados e perguntaram: "Como a figueira secou tão
depressa? "
Jesus respondeu: "Eu lhes asseguro que, se vocês tiverem fé e não duvidarem, poderão fazer
não somente o que foi feito à figueira, mas também dizer a este monte: ‘Levante-se e atire-se
no mar’, e assim será feito.
E tudo o que pedirem em oração, se crerem, vocês receberão".
Mateus 21:19-22
Por que ele amaldiçoa a arvore ao invés de a fazer dar frutos?

Figo; dezenas de sementes.

Azeitona; uma semente.

Um idiota consegue fazer mais perguntas do que mil idiotas conseguem responder.
Figo: disperso, não tem uma forma clara. São dezenas de ideias conflitantes.
Azeitona: a pergunta perfeita. A criação de uma arvore por uma única semente.

Para entendermos as coisas importantes, uma hora teremos que voltar a filosofia grega.
Sócrates; não temos registro dele, apenas por Platão.
Platão; texto feitos em diálogos.
Aristóteles; pensamos aristotelicamente. A filosofia que negue Aristóteles é só um ateu contra o
cristianismo, não cria nada, apenas vai contra o movimento base da sociedade.
Aristóteles é um dos mais importantes para a forma que pensamos.

A lua tem fases, pense em quantas gerações de homens precisaram a observar para a estabilizar em
forma clara e simples: minguante, cheia, nova e crescente.

A história da filosofia inteira foi feita assim: ainda sem uma estabilidade.
Doxa (opinião); a opinião dos sábios sobre determinados assuntos.
Disputacio (escolástico); confrontação de pontos de vista com o fim de encontrar a verdade.
Sofistas; escola de pensadores que desenvolve honestamente as questões sobre algum tema.
Hoje o sofista é mal pois a forma de encontrar a verdade já foi encontrado.
Criar alguma ideia estável e confrontar esses doxas.
Dialética; confronto de doxas.
Hamlet em nenhum momento confunde raiva com vingança. É necessário estabilizar o símbolo
através da poesia, isso é função da arte poética e simbólica. Ali está focado em o que a coisa é e
não em como o autor ver aquilo.
Na arte moderna não é sobre o mundo é como o autor vê o mundo.
Cubismo: ver os 6 lados do cubo ao mesmo tempo.

Polock: mostra a incapacidade de acharmos o centro de algo. Não vemos o começo e nem o fim.
Existem pensamentos tão confusos que você não vê o começo e o fim, não temos o fio da meada.
Essa é a confusão do nosso mundo. O quadro do Polock é nós. Isso é arte contemporânea.

Arte contemporânea mostra o que é belo para nós, mas ali tem algo.
O mal não tem substancia. É a falta de algo. A degeneração está em algo bom.
O mal não subsiste pois não tem substancia “as portas do inferno não prevalecerão”.

A.C mostra a medida das nossas misérias.

Quando os símbolos estão estabilizados, aí sim, podemos começar a falar dele.

Retorica; sofistas olham para os símbolos e o descrevem e é feito um confronto de dois
estabilizadores de símbolos.
“A paz vem da guerra e da luta pela verdade” “Si vis pacem, para bellum”
A opinião agora é tão honesta, que ela é gloriosa. E isso é a doxa.
A dialética criada por Aristóteles é o confronto dessas duas ideias.
E isso agora terá uma consistência, o nome disso é “Aletheia” verdade.

Lethen: o rio que nos faz esquecer. E nos banhamos sempre nesse rio.
Aletheia: é o que nos faz não esquecer do que aprendemos mesmo após entrar nesse rio, essa é a
verdade.
Isma: o esquecente. Aquele que esquece.
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Registro simbólico e poético:
Retorica; O desenvolvimento do símbolo.
O confronto do doxa; após tudo isso, se chega na Aletheia.
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Não tem confronto e sim, um desenvolvimento natural entre os sofistas, poetas e Aristóteles.
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Existem vários níveis de discurso, inclusive o poético. Alguns acabam por se expressar desse modo.
Um dos segredos para tratamento é saber se é poético, retorico ou é dialético?
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Não há nada mais desastroso do que um mago sem chapéu.
Sem isso, poderemos querer tratar pessoas que estão interiormente melhor que nós. E chegar
ao ponto de um cego guiar uma pessoa que enxerga.

O mago sem chapéu é um charlatão: mestre dos magos é um charlatão.

Discurso poético;
Discurso retorico;
Discurso dialético;
Discurso analítico; (falar sobre a verdade)
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4 causas de um ente.
Matéria x Forma
Alguém fez x Para algo.
Conectar os 4 é sabermos o infinito das coisas. Mais uma vez o chapéu do mago.
Feita de mármore: forma de homem: por alguém: para algo.
Causa material: causa formal: causa eficiente: causa final.

Quem fez a escultura é uma das causas da escultura.

Se eu sou o artífice, eu fiz isso para algo.
Se esquecermos um desses 4, não estamos falando da estátua: a causa eficiente e a causa final foi
esquecida pelo nosso tempo. Falamos da forma e da matéria apenas.

Ser humano
Causa material: carne e osso. (igual em tudo)
Causa formal: forma não é figura externa. É o que só aquilo pode ser.
7 faculdades humanas são a forma de homem.
-- senso comum -- apetite irascível
-- razão -- vontade
-- apetite concupiscível -- intelecto agente
intelecto paciente

Causa eficiente:
Causa final.

Quando falamos que estamos tristes e o psicólogo diz que está faltando serotonina, ele não está
errado, mas está vendo o homem apenas pelo lado material. Ele está amputado. Um sujeito como o
Caruso, é o psicólogo que diz que os problemas vêm da repressão da consciência moral: você sabe o
que é certo, mas não faz. Isso é um homem gigante, mas só olha pela causa formal. Isso é o máximo
que se chega hoje.

“É que a filosofia no fim do século XX se contentou em ser apenas mais uma ciência.”

Alguém que fecha só o horizontal