Draft 2 - Caso de Estudo Samsung
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Dezembro 2021
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Breve História da Samsung
Criou então a Samsung, termo coreano que significa "três estrelas", e alcançou tal
sucesso que em pouco mais de 10 anos possuía já um rol de maquinaria de confeção e
moinhos de farinha próprios. Em 1953 a Samsung criou a companhia Cheil Sugar
Manufacturing, que mais tarde viria a tornar-se numa empresa independente, e com ela
estendeu a sua área de atuação ao negócio da produção de açúcar. Cinco anos mais
tarde, em 1958, passou a dedicar-se também ao mercado dos seguros, adquirindo a
"Ankuk Fire & Marine Insurance" (que apenas em outubro de 1993 mudou de nome
para "Samsung Fire & Marine Insurance"), e mais tarde, em julho de 1963, comprou a
"DongBang Life Insurance", uma empresa de seguros de vida que alterou a designação
para "Samsung Life Insurance" em julho de 1989. Em setembro de 1965 lançou o jornal
"Joong-Ang Ilbo", agora uma publicação independente. Em janeiro de 1969 foi criada a
Samsung Electronics Manufacturing, conhecida apenas por Samsung Electronics, após a
mudança de nome em fevereiro de 1984.
Durante toda a década de 1970, a Samsung prosseguiu uma política de forte expansão
em áreas muito diversificadas, como as indústrias pesadas, químicas e petroquímicas, ou
de têxteis, e desde a construção naval até aos eletrodomésticos, cuja exportação iniciou
neste período. Mas foi a partir de 1990, a Samsung levou a sua diversificação além-
fronteiras, adquirindo várias empresas de outros países e iniciando assim um processo
de internacionalização. Em 2005 estava presente em cerca de 58 países diferentes e
empregava mais de 208 000 funcionários, operando em áreas como as
telecomunicações, eletrodomésticos, semicondutores, LCD, e media digital.
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Em 2019, é introduzido o Galaxy Fold, um smartphone dobrável.
Após o nosso estudo, conseguimos definir que a Samsung apresenta uma estrutura
organizacional que assenta no princípio vertical, ou seja, cargos de direção na hierarquia
superior, alargando demais funções de hierarquia para cargos inferiores. Cada
colaborador é responsável por um conjunto de tarefas, como finanças, receção, diretoria,
contabilidades, recursos humanos, etc. Através desta estrutura é criada a organização
entre funcionários, seja por departamento, função ou cargo. E assim como qualquer
estrutura, existem vantagens e desvantagens.
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especialização para cada funcionário, um todo e também pode fazer com que os
cada pessoa tem um supervisor ou uma trabalhadores, na parte inferior do
pessoa com quem falar sobre projetos organograma, se sintam desvalorizados.
específicos e com isto cria um
companheirismo entre funcionários na
mesma área.
Segundo Michael Porter (1985) duas vias para obter vantagem competitiva são: através
de uma estratégia de prática de baixo custo ou diferenciando-se de modo que os
consumidores reconheçam essa diferença e estejam dispostos a pagar mais por isso.
Destas formas de chegar a uma vantagem competitiva resultam três tipos de estratégias,
denominadas genéricas, uma vez que podem ser consideradas em qualquer situação para
melhorar a competitividade. As duas principais são a estratégia de diferenciação e a
estratégia de baixo custo. No entanto, quando se visa um alvo restrito (por exemplo, um nicho
de mercado), define-se uma outra estratégia designada de focalização. Porém, se a estratégia
da empresa não corresponder a nenhuma das três estratégias genéricas acima referidas,
considera-se que está stuck in the middle. Esta posição dificulta a busca, por parte da empresa,
por uma vantagem competitiva sustentável e a sua distinção em relação à concorrência.
Análise comparativa das estratégias de desenvolvimento empresarial da Apple e da Samsung
49 Em relação à estratégia de baixo custo, segundo Michael Porter (1985) é possível identificar
quatro posições derivadas de diferentes aproximações ao preço, sendo estas: Dumping,
Guarda-chuva, Dominação e Recuperação. Começando pela primeira posição, o Dumping,
quando legalmente permitido consiste em vender os produtos por um preço inferior ao custo
de produção. Embora as margens de lucro sejam negativas, espera-se através desta medida
conseguir vender mais quantidade para que os prejuízos sejam menores e, assim, contribuir
para resultados positivos no futuro. A posição de Guarda-Chuva é o oposto da anterior, uma
vez que compreende a prática de preços elevados. Esta medida só pode ser aplicada em caso
de monopólio ou de forte distinção em relação à concorrência por parte dos consumidores,
pois pode causar perda de competitividade se não estiver enquadrada em nenhum destes
casos. Assim, os preços não são condicionados pelo preço de mercado, sendo possível praticar
um preço fixo e elevado, de forma a cobrir o investimento inicial. A Dominação, terceira
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posição identificada por Michael Porter (1985), é caracterizada pela forte redução de custos
em relação ao volume e, consequente redução de preços. A significativa diminuição dos custos
em relação ao volume deve ser o suficiente para que o preço de venda seja sempre superior
aos custos, a fim de obter sempre uma margem positiva. A última posição, Recuperação,
começa por ser uma estratégia de dumping, no sentido em que os produtos ou serviços são
inicialmente vendidos a um preço de venda inferior ao custo. Contudo, a recuperação toma
forma quando o preço passa a ser superior ao custo, pelo aumento do volume que causa a
descida dos custos. Quanto à estratégia de diferenciação, esta estratégia só é possível se o
produto for único no mercado ou se o seu valor for reconhecido pelos consumidores. Assim, as
estratégias de diferenciação definidas por Michael Porter (1985) têm em conta o aumento ou a
diminuição do binómio valor/preço, distinguindo-se a diferenciação por cima (estratégias de
melhoria e de especialização) e a diferenciação por baixo (estratégia de depuração e de
imitação), respetivamente. Por outro lado, as estratégias de melhoria e de depuração têm em
comum o facto de a especificidade da oferta ser valorizada pela totalidade do mercado,
enquanto nas outras duas estratégias, a especificidade da oferta é apenas valorizada por um
segmento de mercado.
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REFERÊNCIAS
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ANEXOS
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ANEXO I
I
a. Negócio único: 95% do volume de negócio provem da mesma unidade de
negócio.
b. Negócio dominante: 70% a 95% do seu volume de negócio provem duma
mesma unidade de negócio.
c. A afinidade forçada: menos de 70% do volume de negócio provem de um
negócio, e as unidades de negócio partilham entre elas valências operacionais,
comerciais e tecnológicas.
d. Afinidade simples: 70% do volume de negócio provem de um negócio
dominante, e as ligações entre as unidades de negócio são limitadas.
e. Diversificação não relacionada, define-se por uma firma em que menos de 70%
do volume de negócio provem de um negócio dominante e não existe ligações
entre as diferentes unidades de negócio.
II
No que respeita à estratégia de diversificação não relacionada, esta supõe uma rutura
entre os novos negócios da empresa e o negócio tradicional da empresa (Rumelt, 1982).
Trata-se duma expansão de vários negócios sem aproveitamento de tecnologia ou de
forças de venda (Oliveira, 1993). Esta estratégia pode ser caracterizada através da
afetação eficiente de recursos de capital (muitas vezes com aquisições), ou através de
reestruturação (muitas vezes são empresas ou indústrias subdesenvolvidas, doentes ou
ameaçadas). Esta estratégia requer um grande grau de exigência, já que é necessária
uma grande capacidade analítica de seleção das empresas, mas também, no caso da
reestruturação, é necessário que se vá mais longe do que simplesmente reestruturar
(Ireland, et al. 2011). Esta estratégia permitiu a proteção da Samsung contra as ameaças
externas, que podiam colocar em perigo as atividades da empresa. Logo o choque das
ameaças externas não é independente do tipo de diversificação, sendo esta estratégia
indicada para empresas em ambientes incertos com evoluções breves e radicais.
Segundo o autor Ireland et al. (2011), podem ser identificados dois tipos de incentivos
para a diversificação: incentivos externos e incentivos internos. Um grande incentivo
externo foi o abrandamento da legislação anti-concentracionista que permitiu um maior
número de aquisições relacionadas. No que respeita aos incentivos internos, podem ser,
nomeadamente, um mau desempenho que pode levar uma empresa à diversificação para
melhores resultados globais, mas também pode ser um incentivo para contrabalançar a
incerteza dos cash flows futuros e reduzir o risco global das operações (Ireland, et al.,
2011). No entanto, além dos incentivos, a Samsung diversifica-se mais facilmente
quando tem os recursos necessários para o fazer, efetivamente a criação de valor
depende mais do uso adequado dos recursos disponíveis que dos incentivos. Outra
grande razão para a diversificação, é a motivação dos gestores, pois para eles a
diversificação significa um aumento dos negócios, aumento das remunerações, mas
também redução do risco de desemprego (Ireland et al., 2011). Assim os motivos para
diversificar existem mesmo se os incentivos e recursos forem insuficientes, pois a
redução do risco administrativo é um grande motivo para a diversificação, este permite
diminuir o risco de perda de emprego dos gerentes (Cannella & Monroe, 1997).
III
Matriz Ansoff
IV
a performance depende se se trata de uma diversificação relacionada ou não
relacionada.
Baush e Pils (2009), afirmam que a relação positiva entre a estratégia de diversificação
e a performance depende se se trata duma diversificação relacionada ou uma
diversificação não-relacionada, efetivamente, a longo prazo a diversificação relacionada
proporcionará performance enquanto a diversificação não-relacionada poderá levar a
um desempenho inferior de uma empresa com uma estratégia de negócio. No entanto
Gary (2005) argumenta que o desempenho da diversificação muito relacionada
apresenta um desempenho inferior em relação à diversificação menos relacionada.
No que respeita ao tema em geral, assumimos que o caso prático se insere em termos do
programa da unidade curricular está de acordo com o caso apresentado.
V
REFERÊNCIAS
VI
Ramanujam, V., Varadarajan P. 1989. Research on corporate diversification: a
synthesis. Strategic Management Journal,10(6): 523-551.
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