Terapia Analà Tico-Comportamental em Grupo
Terapia Analà Tico-Comportamental em Grupo
Terapia Analà Tico-Comportamental em Grupo
Comportamental em
Grupo
Maly Delitti*1
1. Introdução
1 M a ly D elitti - D o u to ra e m P s ic o io g ia - P ro fe s s o ra d o D e p a rta m e n to d e M é to d o s e T é c n ic a s
da F a c u ld a d e de P s ic o lo g ia d a P o n tifíc ia U n iv e rs id a d e C a tó lic a P U C -S P . S u p e rv is o ra do
A m b u la tó rio d e A n s ie d a d e - IPq - HC - FM U S P , C o o rd e n a d o ra e T e ra p e u ta d o C e A C -
C e n tro de A n á lis e d o C o m p o rta m e n to , S ã o P a u lo , e -m a il: m a ly d e l@ u o l.c o m .b r
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2. Organização do grupo.
2.1. Planejamento
Antes do início da formação do grupo os terapeutas
deverão decidir e planejar vários aspectos em relação ao grupo,
respondendo as questões que se seguem.
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c) Quantos terapeutas?
Um terapeuta pode atender ao grupo sozinho. Entretanto,
contar com um co-terapeuta tem se mostrado extremamente produtivo.
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2.2.0 início
Em sessões individuais (uma ou duas) antes da primeira
sessão do grupo, os terapeutas~coletàm TnTõfmáçõessobre as
expectativas dos clientes, os comportamentos que estes consideram
como problema e, se possível,, as contingências de aquisição e a
sua manutenção. A!ém djsso, os terapeutas procuram se estabelecer
como audiência não-punitiya, explicando o processo e os princípios
da terapia em grupo. Desde este" primeiro contato, deve-se ter a
preocupação de criar a coesão do grupo, uma condição
indispensável para o seu bom andamento.
Após essas prímeiraa-entrevistas-4fídivlcluaisT--podern jser
jdentifiçadas.diferentes fases na condução dos grupos. Na primeira
sessão, os T criam condições para os participantes se conhecerem,
com cada um dos membros se apresentando e colocando suas
expectativas iniciais. Uma outra forma de começar o grupo é pedindo
a um membro que se apresente à pessoa que está ao seu lado, falando
de suas características pessoais e de seus maiores interesses. Após
a dupla interagir por alguns minutos (2 ou 3) um apresenta o outro
para o grupo, Esta estratégia (duplas) pode facilitar a emissão de
relato verbal em clientes com mais dificuldade. De qualquer forma, o
importante é que os T esteiam atentos para reforçaras verbalizações
de cada cliente e para. mostrar aspectos de semelhança ou d¥
similaridade entre os membros. No início do grupo (nas primeiras 3
ou 4 sessões), os objetivos principais são reforçar o comportamento
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objetivQSJ
a) identificar os comportamentos-alvo e as circunstâncias que
mantêm tais comportamentos;
0 1
00 I
2o 3o 40 5o 6o 7o
1°
LR LR D D N TE N
1 TE
2 TE LR AS D D R TE TE
TE LR LR D D N TE D
3
4 TE AS LR D D N TE TE
CO AS R TE D R C TE
5
6 TE TE R D N R C TE
7 TE AS LR R AS R c TE
8 TE N R D R R TE TE
9 TE N R D TE R C TE
10 TE TE TE D TE R c D
11 TE TE R TE R C TE TE
12 TE TE R D TE D c C
13 TE N R TE TE TE c TE
14 TE N AS CO N D C TE
15 TE TE AS TE N R C TE
16 D TE TE TE N D TE
17 TE TE TE TE N D C
18 D TE TE D N AS TE
19 TE N R D N AS TE
20 TE N TE TE N D TE
21 TE AS R TE N D C
22 R TE AS D N TE C
23 TE TE TE D N TE C
24 R AS D D N TE TE
25 R AS TE D TE D C
26 CO AS LR LR TE D AS
27 R TE LR TE N N AS
28 TE AS LR D N R AS
29 TE LR LR D N CO TE
30 LR LR LR D N TE TE
AS 18 8% LR 16 7%
TE 83 37% C 16 7%
CO 4 2% R 25 11%
D 36 16% N 27 12 %
2 A g ra d e ç o a R e b e c a A y a b e B a ssi p e la o rg a n iz a ç ã o e p e lo e n tu s ia s m o co m os re g istro s
das sessões.
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3 Modeling (inglês) tem sido traduzido por modelação e shaping por modelagem
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6. O término do grupo
A afirmação de Skinner (1953) “uma pequena parte davida
do cliente se passa na presença do terapeuta (...) ocorre uma grande
quantidade de modelagem mútua em encohjos face a face" já citada
neste trabalho, levanta uma pergunta relevante para quem trabalha
em clínica: como facilitar a transposição dos padrões aprendidos
na situação de grupo para a situação natural?
Realmente, no atendimento em grupo assim como na
terapia individual, é importante que o terapeuta crie condições para
a manutenção e generalização dos comportamentos aprendidos na
situação do grupo para a situação natural. “Entretanto ’ aquilo que o
cííérrtêlaz na clínica não é a preocupação básica. O que acontece
lá é uma preparação para um mundo que não está sob controle do
terapeuta.” Skinner Q nhjftttM"» terapeuta não fi.tfir.um
cliente oue se desempenhe bem na sessão ou que sejacompetente
na realização de ensaio de comportamento, mas sim que estes
nnmprtrjamftntns aprendidos sejam emitidos e reforçados em
contingências da vida real e que se mantenham no tempo. Além
flTssnr é im portante também que esses comportamentos se
mantenham após o términoda experiência de oruoo o que pode ser
investigado em entrevistas ó e jo llo w upy por exemplo, seís meses
após a sessão de encerramento. Quando o cliente consegue, em
sua vida cotidiana, aplicar os princípios de cornportamento que
aprendeu no^gaipo-enL-situação natural, pode-se afirmar gue_a
intervenção foi bem sucedida. Entretanto a de generalização (e
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7. Considerações finais
É impossível escrever uma conclusão sobre algo que está
mudando e se desenvolvendo a cada dia, como ocorre com a prática
terapêutica. A avaliação cuidadosa, planejamento e execução de
pesquisas são indispensáveis para que a área continue a se
desenvolver.
Este capítulo (e também este livro) é resultado de como
entendo a análise clínica do comportamento em sua aplicação à
situação de grupo. Trabalho de acordo com o modelo do
behaviorismo radical e meu comportamento tem sido modelado e
mantido por contingências liberadas por meus clientes, meus alunos
e meus colegas. Espero que os leitores aproveitem.
Referências
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