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Armando Carlos Mathe

Carlota António Nhabau

Vinícius Ferreira

Análise do Ciclo Operacional

Caso de estudo: EMOSE - Empresa Moçambicana de Seguros, SA. (2015 – 2019)

Licenciatura em Contabilidade e Gestão Financeira

4º Ano, Laboral

Universidade Pedagógica de Maputo

Maputo

2021
Armando Carlos Mathe

Carlota António Nhabau

Vinícius Ferreira

Análise do Ciclo Operacional

Caso de estudo: EMOSE - Empresa Moçambicana de Seguros, SA. (2015 – 2019)

Licenciatura em Contabilidade e Gestão Financeira

4º Ano, Laboral

O presente trabalho será apresentado no


departamento da FEG na disciplina de
Estágio Técnico Profissional II para
efeitos de avaliação.

Docente: Prof. Doutor Raimundo Alfândega Mateco & Dr Emílio Uanzo

Universidade Pedagógica de Maputo

Maputo

2021
Índice
CAPÍTULO I.....................................................................................................................1
1.1. Introdução...............................................................................................................1
1.2. Objectivos...............................................................................................................1
1.2.1. Objectivo geral.................................................................................................1
1.2.3. Objectivos específicos......................................................................................1
1.3. Metodologia............................................................................................................2
2. Descrição da EMOSE - Empresa Moçambicana de Seguros, SA.................................3
2.1. Enquadramento histórico e surgimento..................................................................3
2.2. Enquadramento no mercado...................................................................................4
2.3. Planeamento Estratégico da Emose, SA.............................................................5
2.3.1. MISSÃO......................................................................................................5
2.3.2. VISÃO.........................................................................................................5
2.3.3. VALORES...................................................................................................5
2.4. Organograma da EMOSE - Empresa Moçambicana de Seguros, SA................6
CAPÍTULO III: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.........................................................6
3.1. Ciclo Operacional...................................................................................................6
3.1.1. Prazo médio de Recebimento...........................................................................6
3.1.2. Prazo médio de Pagamento..............................................................................7
3.1.3. Prazo médio de Stock.......................................................................................7
3.2. Demonstrações Financeiras................................................................................8
3.2.1. Objectivo das Demonstrações Financeiras..................................................8
3.2.2. Principais elementos das Demonstrações Financeiras................................9
3.2.3. Conjunto completo das Demonstrações Financeiras...................................9
CAPÍTULO IV - METODOLOGIA DE PESQUISA.....................................................10
4.1. Metodologia......................................................................................................10
4.1.1. Quanto a forma de abordagem do problema.............................................10
4.1.2. Quanto ao procedimento............................................................................11
4.1.3. Quanto as técnicas de recolha de dados....................................................11
CAPÍTULO V: ANÁLISE DO CICLO OPERACIONAL DA EMOSE, SA (2015-2019) -
ESTUDO DE CASO.......................................................................................................11
5.1. Análise dos resultados..........................................................................................11
Referências Bibliográficas...............................................................................................13
1

CAPÍTULO I

1.1. Introdução
O mercado competitivo em que as empresas estão inseridas faz com que elas procurem
melhores técnicas administrativas, buscando tornarem-se cada vez mais competentes em seu
processo administrativo, almejando melhores resultados no mercado em que atuam.
Grande parte das empresas têm dificuldades em identificar as situações económico-
financeiras da sua organização. Muitas vezes, a falta de planeamento e falha na gestão
financeira dificulta o processo de tomada de decisão. Essa falta de planeamento e gestão
financeira é uma das principais causas para o insucesso empresarial. Sendo assim, saber se
planear financeiramente é essencial para poder se manter competitivo no mercado (GAZOLA,
2004).
Para muitos empresários a escassez de recursos aliada à alta taxa de juros no país faz com que
as empresas se limitem ao pagamento de impostos e gerenciamento de fluxo de caixa. No
entanto é fundamental o conhecimento dos instrumentos de gestão financeira no processo
decisório da empresa.
Os gestores precisam tomar suas decisões em curto prazo e, para isso precisam de um
conjunto de dados e informações confiáveis, diminuindo a possibilidade de cometer erros.
Matarazzo (2008, p. 19) salienta que, “os relatórios de análise devem ser elaborados como se
fossem dirigidos a leigos, ainda que não o sejam, isto é, sua linguagem deve ser inteligível por
qualquer dirigente de nível médio de empresa”.
Neste ambiente, Iudícibus (1998, p. 21) destaca que, “a Contabilidade Gerencial está voltada
única e exclusivamente para a administração da empresa, procurando suprir informações que
se ‘encaixem’ de maneira válida e efetiva no modelo decisório do administrador”. Por esse
motivo é importante obter o conhecimento do ciclo operacional, pois com informações como
fluxo de caixa, os recebimentos, os pagamentos, stocks, entre outros, o gestor terá uma ampla
visão de sua administração e da sua real necessidade de capital de giro.
Neste contexto, o presente trabalho visa analisar o ciclo operacional da EMOSE, SA.
1.2. Objectivos
1.2.1. Objectivo geral
 Analisar o ciclo operacional de Seguros de Moçambique, SA., no período de 2015 –
2019.
2

1.2.3. Objectivos específicos


 Descrever a empresa;
 Contextualizar o ciclo operacional;

1.3. Metodologia
De acordo com Amaral (1995:22) apud Parruque (2010 pp.6) “a metodologia é a parte do
trabalho onde se descreve de forma breve e clara as técnicas e processos empregues na
pesquisa” para o alcance dos objectivos propostos no projecto de pesquisa. Portanto, neste
capítulo serão apresentados os métodos de procedimentos, o método de abordagem, técnicas
de colecta e interpretação de dados e o tipo de amostragem.

Este estudo é de carácter qualitativo, porque a temática que está a ser analisado é meramente
social. Para a recolha de dados recorreu-se a técnica de pesquisa bibliográfica, Tomando em
conta a pesquisa bibliográfica, dizer que esta técnica consistiu na busca por informações e
fundamentações a partir de livros e artigos científicos.
3

2. Descrição da EMOSE - Empresa Moçambicana de Seguros, SA.


2.1. Enquadramento histórico e surgimento
Criada por Decreto-Lei Nº. 3/77 de 13 de Janeiro, com a designação de EMOSE - Empresa
Moçambicana de Seguros, E.E., dotada de personalidade jurídica, autonomia financeira, com
a natureza de empresa pública, dependendo directamente do Ministério das Finanças, resultou
da fusão de três ex-Companhias de Seguros nomeadamente, Companhia de Seguros Nauticus,
S.A.R.L., Companhia de Seguros Lusitana, S.A.R.L. e Companhia de Seguros Tranquilidade
de Moçambique, S.A.R.L., cujas carteiras de seguros e reservas respectivas, bem como todos
os seus valores activos e passivos foram nela integrados.

 Com efeitos a 1 de Janeiro de 1977, data em que, simultaneamente, cessaram as suas funções
as ex-companhias, e a nova empresa iniciou a sua actividade, tornando-se na maior e única
companhia de seguros na então República Popular de Moçambique, com um capital social de
150.000.000,00 MT, inteiramente subscrito pelo Estado Moçambicano.

A EMOSE - Empresa Moçambicana de Seguros, E.E., deteve o monopólio da actividade


seguradora até o ano de 1991, altura em que se liberalizou o sector na República de
Moçambique (Lei 24/91 de 31 de Dezembro), embora o surgimento das primeiras seguradoras
privadas se tenha verificado a partir do ano de 1995.  

Em 1998, é transformada em EMOSE, S.A.R.L., ao abrigo do Decreto 50/98, com o capital


social de 157.000.000,00 meticais, integralmente subscrito e realizado, retendo 80% o Estado
e 20% os Trabalhadores, encontrando-se representado por 1.570.000 acções de 100 meticais
cada uma.

Em 2016 torna-se Membro fundador da AMS – Associação Moçambicana de Seguradores.

Em 2007, Participa com uma quota de 10%, no capital social da primeira Resseguradora no
país " ZIMRE MOÇAMBIQUE, S.A., hoje "MOZRE MOÇAMBIQUE, SA." e, entra para a
BOLSA DE VALORES - Emissão de acções obrigacionista no valor de 135 milhões de
meticais, equivalente a 5 milhões de dólares. 

Em 2009 adopta a designação de EMOSE, SA e são alterados os seus Estatutos, publicados no


4 Suplemento, 3ª Serie e BR nº.50 de 22 de Dezembro de 2009, onde o Estado passa a deter
49%, o IGEPE 31% e a GETCOOP 20%.

A EMOSE detém várias participações no capital social de empresas nacionais, destacando-se:


4

 Cimentos de Moçambique;
 Sociedade Noticias;
 Soc. Desenvolvimento do Corredor de Maputo;
 MOZRE Moçambique.

A sua Sede encontra-se situada em Maputo, na Av. 25 de Setembro No. 1383, no Edifício
EMOSE, e é a única seguradora nacional posicionada em todas as capitais provinciais e em
algumas capitais distritais, nomeadamente Maputo, Matola, Xai-Xai, Chókwè, Inhambane,
Maxixe, Chimoio, Beira, Tete, Songo, Quelimane, Gúruè, Nampula, Nacala, Angoche,
Lichinga, Cuamba e Pemba, e com posicionamento na maioria das fronteiras terrestres
nacionais, designadamente Ponta D´ouro, Goba, Namaacha, Ressano Garcia, Machipanda,
Mussurize, Cuchamano, Kassakatiza, Calómuè, Zóbuè, Milange e Mandimba. Este
posicionamento geográfico constitui uma mais-valia, na assistência e atendimento aos seus
clientes, sobretudo em casos de sinistros.

Há 40 anos que a EMOSE opera no mercado nacional, com uma vasta carteira de seguros,
dispondo de cerca de 35 produtos, cujas coberturas se equiparam aos produtos vendidos em
mercados internacionais.

A EMOSE possui uma carteira de seguros com mais de 200.000 apólices.

Para além disso, a EMOSE S.A, segura uma vasta frota de navios, aviões e muito mais.

No âmbito das suas actividades, a EMOSE, S.A., relaciona-se com todas as Corretoras do
mercado nacional, e congratula-se por ter parceria com a primeira Resseguradora
Moçambicana, a MOZRE, SA, e com as mais prestigiadas Resseguradoras do Mercado
Internacional, nomeadamente, Munich Re (Alemanha, África do Sul e Maurícias), Swiss Re
(Suiça e África do Sul), a ZEP RE, Tan-Re, Africa Re, East Africa, e muitas outras, detendo,
igualmente, acções numa delas, nomeadamente a ZEP RE.

2.2. Enquadramento no mercado1


 Produto
o Seguro Despesas de Funeral
o Seguro de Viagem 
o Assistência em Viagem
o Seguro de Farmácia

1
https://www.emose.co.mz/
5

o Seguro Xitique
o Seguro de Farmácia
o Seguro de Automóvel
o Seguro Acidentes de Trabalho 
o Seguro Acidentes Pessoais
o Seguro Multirriscos (Industrial, Comercio E Serviços E Habitação)
o Seguro de Transportes, Engenharia e Aviação
o Seguro de Vida
o Seguro de Saúde

2.3. Planeamento Estratégico da Emose, SA.


2.3.1. MISSÃO
Segurar pessoas, bens e negócios com total garantia, contribuindo activamente para o
desenvolvimento sócio-econômico nacional.
2.3.2. VISÃO
Ser a seguradora preferida das pessoas e organizações, hoje e sempre.
2.3.3. VALORES

 Profissionalismo;
 Flexibilidade;
 Confiança;
 Inovação;
 Ética.

Segundo o último relatório de contas publicado na Bolsa de Valores de Moçambique (BVM),


a EMOSE, SA. possui 364 colaboradores.
6

2.4. Organograma da EMOSE - Empresa Moçambicana de Seguros, SA.

CAPÍTULO III: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

3.1. Ciclo Operacional


Segundo Conde et al (2015), o ciclo operacional inicia-se, a empresa sendo uma indústria,
com a compra dos recursos destinados à produção, enquanto nas empresas de comércio, o
ciclo começa com a estocagem de mercadorias para revenda.

Gitman (2001, p. 459) define ciclo operacional como “a transição recorrente do capital de giro
de uma empresa do caixa, para os estoques, para duplicatas a receber e de volta ao caixa”.
Para Matarazzo (2010), o ciclo operacional é entendido como a soma do período médio de
giro do estoque (estoque/custo das mercadorias vendidas) com período médio de
recebimentos de vendas (duplicatas a receber)
Dentro do ciclo financeiro e operacional podem-se encontrar alguns prazos e índices como,
por exemplo: prazo médio de pagamento de compra e prazo médio de recebimento de vendas.
Ciclo operacional é o período desde a aquisição da matéria-prima até o recebimento de caixa.
3.1.1. Prazo médio de Recebimento
O Prazo Médio de Recebimento (PMR), também chamado de “prazo médio de cobrança”
(PMC), é usado para avaliar as contas a receber e é calculado dividindo-se as vendas médias
7

diárias em contas a receber para descobrir o número de dias de vendas que estão vinculados às
contas a receber. Assim o PMR representa a extensão média de tempo entre uma venda e o
recebimento do pagamento, o qual constitui o prazo médio de cobrança. Em suma, o PMR
constitui o índice calculado ao dividir as contas a receber pelas vendas médias diárias; indica
a extensão média de tempo entre a realização de uma venda e o recebimento do pagamento.
O prazo médio de recebimento demonstra quantos dias ou meses, em média, a empresa leva
para receber suas vendas. Segundo Padoveze (2010, p. 214), “este indicador tem por objetivo
dar um parâmetro médio de quanto tempo em média a empresa demora a receber suas vendas
diárias”. Para calcular esse índice utiliza-se, conforme Matarazzo (2008), a seguinte fórmula:
Clientes
PMC= ×360 dias
Vendas Líquidas

3.1.2. Prazo médio de Pagamento


Em relação ao prazo médio de pagamento, Padoveze (2010, p. 215) menciona que, “a
finalidade deste indicador é mostrar o prazo médio que a empresa consegue pagar seus
fornecedores de materiais e serviços”. Nesse sentido Assaf Neto (2010), ao estudar as práticas
relacionadas aos indicadores de atividade revela que para a empresa é mais atrativo ter um
prazo de pagamento mais longo, pois pode financiar sua necessidade de capital de giro com
recursos menos custosos.
Fornecedores
PMP= × 360 dias
Compras

Onde:

Compras=Consumo + Existências finais−Existências iniciais

A resultante do cálculo do prazo médio de pagamento apresenta-se em dias, sendo assim,


quanto maior o indicador, melhor será a situação financeira da empresa. “O período médio de
pagamento, ou idade média das duplicatas a pagar, é calculado da mesma maneira que o prazo
médio de recebimento” (GITMAN, 2004, p. 48). É importante analisar o prazo médio de
recebimento e prazo médio de pagamento isoladamente, mas a comparação entre os dois é que
vai determinar se a posição da empresa é favorável ou desfavorável.
3.1.3. Prazo médio de Stock
O índice utilizado para analisar o tempo médio para a renovação dos estoques é o prazo médio
de estocagem. Para Assaf Neto (2010, p. 105), “o prazo médio de estocagem indica o tempo
necessário para a completa renovação dos estoques da empresa”.
8

Custo de Mercadoria Vendida


Rotação de Stock=
Stock
360 dias
PMS=
Rotação de Stock
Ou
360 dias
PMS=
Custo de MercadoriaVendida
Stock
Stock
Logo; PMS= × 360 dias
Custo de MercadoriaVendida

Estrutura do ciclo operacional2

3.2. Demonstrações Financeiras


3.2.1. Objectivo das Demonstrações Financeiras
Segundo o Plano Geral de Contabilidade, decreto nº 70/2009 de 22 de Dezembro, as
demonstrações financeiras são uma representação estruturada da posição financeira e do
desempenho financeiro de uma entidade. O objectivo das demonstrações financeiras é o de
proporcionar informação sobre a posição financeira, o desempenho financeiro e os fluxos de
caixa de uma entidade que seja útil a um conjunto alargado de utilizadores quando tomam
decisões económicas.

2
Aula indicadores liq ativ.pdf
9

Para conseguir este objectivo, as demonstrações financeiras de uma entidade prestam


informação sobre os activos, os passivos, o capital próprio, os rendimentos e os gastos, os
fluxos de caixa e as contribuições dos, e aos, detentores do capital.

3.2.2. Principais elementos das Demonstrações Financeiras


Marion, (2009 p. 159) afirma que os principais elementos das demonstrações financeiras são:
Ativo - É um recurso controlado pela entidade como resultados de eventos passados e do qual
se espera que resultem futuros benefícios econômicos para a entidade.
Passivo - É uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos já ocorridos, cuja
liquidação se espera que resulte em saída de recursos capazes de gerar benefícios econômicos.
Patrimônio Próprio – É o valor residual dos ativos da entidade depois de deduzidos todos os
seus passivos.
Receitas - São aumentos nos benefícios econômicos durante o período contábil sob a forma
de entrada ou aumento de ativos ou diminuição de passivos que resultam em aumentos do
patrimônio líquido e que não sejam provenientes de aporte dos proprietários da entidade.
Despesas – São decréscimos nos benefícios econômicos durante o período contábil sob a
forma de saída ou redução de ativos ou incrementos em passivos, que resultam em
decréscimos do patrimônio líquido e que não sejam provenientes de distribuição de resultado
ou de capital aos proprietários da entidade.

3.2.3. Conjunto completo das Demonstrações Financeiras


Segundo o PGC decreto nº 70/2009, um conjunto completo de demonstrações financeiras
compreende:

 Balanço;
 Demonstração dos resultados;
 Demonstração de Fluxo e Caixa
 Demonstração das variações de capital próprio, e;
 Notas às demostrações financeiras.

3.2.3.1. A demonstração de resultados do exercício


A demonstração de resultados do exercício é uma demostração que resume as receitas e
despesas da companhia durante um determinado período contábil, geralmente um ano
(Brigham, 2000:34). Assim, pode-se afirmar que a demonstração de resultados do exercício é
um documento que mostra a situação económica duma empresa, isto é, a síntese dos efeitos
financeiros das operações realizadas pela empresa num específico período contabilístico ou
10

num dado período económico (em quanto é que contribuíram os financiamentos para o
aumento do valor/riqueza da empresa).

3.2.3.2. Balanço patrimonial


O balanço pode ser definido em duas ópticas; contabilística e financeira.
 Contabilisticamente, balanço é um mapa bipartido que mostra por um lado bens e
direitos, e por outro, obrigações que a empresa possui para com terceiros e,
evidenciando a situação líquida.
 Financeiramente, balanço é um documento que mostra as origens e aplicações de
fundos; por um lado mostra também a área onde foram aplicados os fundos e por
outro, o tipo e origens desses fundos, sumarizando a posição duma empresa num
determinado momento.
O balanço é um instrumento predominantemente financeiro dada a sua própria definição na
óptica financeira, ao mostrar as origens e as aplicações dos recursos financeiros. Assim, o
balanço é a demonstração da situação financeira da empresa em um ponto específico de
tempo (Brigham, 2000:35).

CAPÍTULO IV - METODOLOGIA DE PESQUISA

4.1. Metodologia
De acordo com Amaral (1995:22) apud Parruque (2010 pp.6) “a metodologia é a parte do
trabalho onde se descreve de forma breve e clara as técnicas e processos empregues na
pesquisa” para o alcance dos objectivos propostos no projecto de pesquisa. Portanto, neste
capítulo serão apresentados os métodos de procedimentos, o método de abordagem, técnicas
de colecta e interpretação de dados e o tipo de amostragem.

Segundo Lakatos e Marconi (1992), a especificação da metodologia deve ser capaz de


responder ao mesmo tempo as seguintes questões: como? Com quê? Onde? Quanto?

Para Gil (2008), o método é o caminho para se chegar a determinado fim. Portanto, os
métodos usados para a recolha de dados nesta pesquisa possibilitaram a obtenção de
informações no campo da análise.

4.1.1. Quanto a forma de abordagem do problema

Segundo Gil (2008), o método hipotético – dedutivo, é um método segundo o qual os


conhecimentos sobre determinado assunto são insuficientes para a explicação de um
determinado fenómeno. Na tentativa de explicar a dificuldade expressa no problema, será
11

usado esse método que evidencia a formulação de hipóteses, onde das hipóteses se deduzem
as consequências que deverão ser testadas.

Este método será aplicado para analisar as hipóteses formuladas e explicar a problemática da
demonstração de fluxos de caixa como ferramenta de gestão na análise financeira. A recolha
de dados, será efectuada a partir de investigação com aplicação de técnicas bem como dos
instrumentos, para permitir uma abordagem minuciosa do campo de análise.

4.1.2. Quanto ao procedimento

Monográfico ou estudo de caso. O método de procedimentos visa a constituição de etapas


mais concretas da investigação com a finalidade mais restrita em termo de explicação geral de
fenómenos menos abstractos. (Lakatos, 1992).

“Um estudo de caso é uma investigação empírica que investiga um fenómeno contemporâneo
dentro do seu contexto da vida real, especialmente quando os limites entre o fenómeno e
contexto não estão claramente definidos” (YIN, 2001, pp.32).

4.1.3. Quanto as técnicas de recolha de dados

Observação directa intensiva das demonstrações financeiras da empresa Emose, S.A com
mais enfoque na demonstração do fluxo de caixa e consulta bibliográfica que fundamenta-se
com a revisão de diversos autores sobre o tema em estudo com o objectivo de saber se o que a
teoria diz tem alguma relação com o que é realizado na prática, isto porque a falta de
conhecimento de alguns aspectos previstos na teoria são a principal causa de fracasso e de
falta de sucesso de algumas empresas.

CAPÍTULO V: ANÁLISE DO CICLO OPERACIONAL DA EMOSE, SA (2015-2019) -


ESTUDO DE CASO.
O estudo de caso é uma metodologia de investigação particularmente apropriada quando
procuramos compreender, explorar ou descrever acontecimentos e contextos complexos.

5.1. Análise dos resultados


5.1.1. Análise do ciclo operacional da Emose, SA

Cálculo dos indicadores de ciclo operacional

 Prazo médio de Pagamento (dias)


Fornecedores
PMP= × 360 dias
Compras
12

 Compras=Consumo + Existências finais−Existências iniciais


 Período Médio de Stock (dias)
Custo de MercadoriaVendida
PMS= × 360 dias
Stock
 Período Médio de Recebimentos (dias)
Clientes
PMC= ×360 dias
Vendas Líquidas
 Ciclo Operacional (dias)
CO=PMR+ PMS
13

Referências Bibliográficas
 ASSAF, Neto, Alexandre; Finanças Corporativas e Valor; 5. Edição; Atlas, São Paulo,
2010.
 GITMAN, Lawrence Jeffrey. Princípios de Administração Financeira; 10. Edição;
Addison Wesley, São Paulo. 2004
 MATARAZZO, Dante Carmine. Análise Financeira de Balanços. Abordagem Básica e
Gerencial; 6. Edição; Atlas, São Paulo, 2008.
 PADOVEZE, Clóvis Luis; Contabilidade Gerencial. Um enfoque em sistema de
informação contábil; 7. Edição; Atlas, São Paulo, 2010.
 Plano geral de Contabilidade; Sistema de Contabilidade para o Sector empresarial em
Moçambique; Decreto nº 70/2009, de 22 de Dezembro.
 YIN, R.K. estudo de caso: planeamento e métodos. 2ª ed. Porto alegre. Bookman. 2002
 https://www.emose.co.mz/

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