3 - Relatorio de Ensaio de Tração - Ensaios Mecanicos
3 - Relatorio de Ensaio de Tração - Ensaios Mecanicos
3 - Relatorio de Ensaio de Tração - Ensaios Mecanicos
ENGENHARIA MECÂNICA
ENSAIOS MECÂNICOS
PROF. RODRIGO PINTO DE SIQUEIRA
ARTHUR PERALTAS
JONATHAN DIEGO DA SILVA
LUCAS DA CRUZ SILVA
NICOLLAS DE SOUZA ALVES
VOLTA REDONDA
DEZEMBRO DE 2021
SUMÁRIO
1. RESUMO .............................................................................................................. 3
2. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 3
3. REVISÃO BIBLIOGRAFICA ................................................................................ 4
4. FUNDAMENTAÇÃO TEORICA ......................................................................... 14
5. MATERIAIS E MÉTODOS.................................................................................. 16
5.1. MATERIAIS ..................................................................................................... 16
5.2. MÉTODOS ...................................................................................................... 16
6. RESULTADOS E DISCUSSÃO ......................................................................... 17
7. CONCLUSÃO ..................................................................................................... 25
8. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................. 26
3
1. RESUMO
Este relatório tem como objetivo determinar quantitativamente algumas
propriedades mecânicas importantes do corpo de prova, que refletirão no
comportamento mecânico do material utilizado. Analisar essas informações
fornecidas no ensaio tem grande relevância na projeção do produto final de acordo
com as propriedades solicitadas para cada aplicação.
Essas informações são obtidas através do ensaio de tração, no qual o corpo de
prova é submetido a tração axial crescente que tende a alongá-lo até que ocorra
ruptura.
Esses ensaios são amplamente utilizados na indústria de componentes
mecânicos, para controle de especificações da entrada de matéria-prima e controle
de processos.
2. INTRODUÇÃO
Um método comum para se conhecer importantes propriedades mecânicas e
observar o comportamento mecânico dos materiais é o ensaio mecânico de tração.
Devido a facilidade de execução e reprodutibilidade dos resultados, este método é
amplamente utilizado.
O ensaio de tração consiste na aplicação de carga de tração axial em um corpo
de prova, promovendo deformação até que ocorra ruptura. Durante o ensaio, é medido
o alongamento do corpo em função da carga aplicada e através desses dados obtém-
se a curva tensão deformação, que nos possibilita analisar quantitativamente as
propriedades mecânicas do material.
Dentre algumas vantagens que fazem esse método ser muito utilizado está a
extensa flexibilidade do método podendo ser aplicado em diferentes perfis de corpo
de prova e em praticamente todos os tipos de materiais, e principalmente a amplitude
de informações fornecidas referentes a caracterização do material.
3. REVISÃO BIBLIOGRAFICA
Através do ensaio de tração é possível obter uma série de informações.
Algumas são registradas diretamente durante a realização do ensaio, e outras são
necessárias análises posteriores das características do corpo de prova. De posse
dessas informações é possível realizar projetos e cálculos de estrutura embasado no
conhecimento do material.
Quando um corpo de prova é sujeito ao ensaio de tração, a máquina gera um
gráfico representando a força aplicada e as deformações ocorridas durante o ensaio.
Através do gráfico intermediário produzido pela máquina, consegue-se calcular as
grandezas que representam propriedades mecânicas do material.
A principal forma de intepretação das propriedades mecânicas é através do
gráfico tensão deformação. Este, estabelece a relação entre a tensão aplicada e as
deformações ocorridas durante o ensaio no material. Uma vez que se utiliza tensão
ao invés da força aplicada, é possível reproduzir os resultados do gráfico de um
mesmo material para diferentes solicitações.
A tensão do material é dada pela relação entre a força aplicada e a área do
material:
𝑃
𝜎=
𝑆
Onde:
𝜎 = tensão (Pa)
𝑃 =carga aplicada (N)
𝑆 =seção transversal original (m²)
𝑙 − 𝑙0
𝜀=
𝑙0
Onde:
𝜀 = deformação (mm/mm)
𝑙 = comprimento final do corpo de prova (mm)
𝑙0 = comprimento inicial do corpo de prova (mm)
𝑙0 − 𝑙𝑓
𝛿=
𝑙0
Nos dias atuais, produtos dos mais diferentes lugares do mundo são
importados e exportados. Assim, torna-se necessário que testes e ensaios dos
materiais possam ser repetidos e reproduzidos com as mesmas condições
independente do país de origem. Para isso, usufrui-se de normas e padronizações.
Para ensaios mecânicos, as normas técnicas mais utilizadas são as que tratam
da especificação dos materiais e do método de ensaio. O método de ensaio irá garantir
que o ensaio foi realizado dentro dos padrões aceitáveis e assim possa validar o
mesmo.
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4. FUNDAMENTAÇÃO TEORICA
O ensaio de tração consiste em aplicar uma força à um corpo de prova, numa
velocidade constante, até a ruptura. O corpo de prova é composto por cabeças e parte
útil. As cabeças são as partes mais extremas, utilizadas para fixar o corpo à máquina.
De forma a não interferir com os resultados, a cabeça do corpo de prova possui
dimensões maiores que o corpo, e uma região de transição arredondada, para não
haver concentradores de discordâncias.
𝐹
σ=
𝐴
Os valores utilizados para calcular a tensão e deformação que o corpo sofre
são coletados direto da máquina, o que reduz os erros de medição no processo. Esses
valores são da carga exercida pela máquina e do alongamento sofrido pela peça,
assim como a velocidade na qual o corpo será deformado.
ε = 𝑙 − 𝑙0
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5. MATERIAIS E MÉTODOS
5.1. MATERIAIS
5.2. MÉTODOS
O ensaio de tração é usualmente realizado em uma máquina universal, que
consegue exercer a força no corpo de prova através de um sistema hidráulico, que
permite uma velocidade de movimento precisa. As máquinas mais recentes permitem
exportar os valores de tensão e alongamento direto para o computador, com o auxílio
de um extensômetro.
Para a realização do ensaio, foram realizadas as seguintes etapas:
6. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Neste tópico serão analisados os resultados obtidos do ensaio para o material
determinado.
Segue os dados das forças aplicadas, do comprimento final do corpo de prova
feito de aço inoxidável 304 e do seu alongamento:
Com essa tabela foi possível realizar um gráfico tensão por alongamento,
facilitando a visualização do comportamento do corpo de prova mediante a uma força
de tração. Segue o gráfico abaixo:
FORÇA X ALONGAMENTO
80
70
60
Carga (KN)
50
40
30
20
10
0
0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00 12,00 14,00 16,00 18,00
Alongamento (mm)
𝐷0 2
𝐴0 = 𝜋
4
𝐹
𝜎𝑒 =
𝐴0
𝐿𝑓 − 𝐿0
𝜀𝑒 =
𝐿0
Onde:
𝐿𝑓 – Comprimento final
𝐿0 – Comprimento inicial
500,00
400,00
Tensão (MPa)
300,00
200,00
100,00
0,00
0,00 5,00 10,00 15,00 20,00 25,00 30,00 35,00
Deformação (%)
20
Como é possível ver pelo gráfico, o material apresenta três fases distintas, a
primeira é a região elástica, a segunda a região de encruamento uniforme e a terceira
a de encruamento não-uniforme.
Finalmente, em seguida foi feito o estudo da tensão por deformação verdadeira,
que utiliza a área instantânea para calcular os valores da tensão real.
𝜎𝑟 = 𝜎𝑒 (1 + 𝜀𝑒 )
𝜀𝑟 = ln (1 + 𝜀𝑒 )
Onde:
𝜎𝑟 – Tensão real
21
𝜀𝑟 – Deformação real
700,00
600,00
Tensão real (MPa)
500,00
400,00
300,00
200,00
100,00
0,00
0,00E+00 5,00E-02 1,00E-01 1,50E-01 2,00E-01 2,50E-01 3,00E-01
Módulo de elasticidade:
O valor dessa propriedade foi encontrado a partir da inclinação da reta existente
na região elástica do gráfico de tensão x deformação de engenharia, sendo igual ao
arc tangente do ângulo, ou pelo coeficiente angular da reta.
22
200,00
150,00
100,00
50,00
0,00
0,00 0,02 0,04 0,06 0,08 0,10 0,12
-50,00
Limite de escoamento:
Valor aproximado da tensão necessária para iniciar o regime plástico de certo
material, normalmente representado por 𝜎 𝑒 . Ele é obtido de forma prática traçando
uma reta paralela à reta de regime elástico começando em 0,2% no eixo x para um
valor de y igual a 0 (esse valor de inicial de x é estipulado para aços e ligas metálicas
não ferrosas mais duras). O valor que obtemos foi de 261,11Mpa (valor obtido no
gráfico de deformação de engenharia.
𝜎 𝑒 = 274,54
250,00
200,00
150,00
100,00
50,00
0,00
0,00% 0,10% 0,20% 0,30% 0,40% 0,50%
Deformação
Limite de ruptura:
O limite de ruptura é visto também de forma prática pelo gráfico, ele será o
ponto de maior valor de tensão da linha do gráfico de deformação de engenharia. Esse
23
LTR = 549.98
500,00
400,00
Tensão (MPa)
300,00
200,00
100,00
0,00
0,00 5,00 10,00 15,00 20,00 25,00 30,00 35,00
Deformação (%)
500,00
400,00
Tensão (MPa)
300,00
200,00
100,00
0,00
0,00 5,00 10,00 15,00 20,00 25,00 30,00 35,00
Deformação (%)
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𝜎𝑟 = 𝑘𝜀𝑒 𝑛 (1)
Obtida a equação (2), ela foi aplicada para todos os pontos da região de
encruamento uniforme da tabela de tensão e deformação real, e em seguida foi
traçada a reta que mais se aproxima de todos os pontos dessa região, obtendo assim
também, a sua equação (3).
Onde:
a – Coeficiente angular da reta
b – Coeficiente linear da reta
Propriedades Valores
7. CONCLUSÃO
Com a realização desta prática pôde-se conhecer e aplicar os procedimentos
dos ensaios de tração e entender a diferenciação das sessões elásticas e plásticas
da deformação de um corpo de prova, assim como os efeitos que levam aos
resultados obtidos.
Assim, permitiu conhecer detalhes do ensaio, as formas de aplicação, e os
resultados obtidos, assim como as preparações necessárias para que se obtenham
resultados precisos.
Na situação qual o ensaio se propôs, foi possível observar que o limite de
resistência de um material como o aço inoxidável 304 permite que ele seja aplicado
amplamente em elementos estruturais, uma vez que seu módulo de Young satisfaz
26
8. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS