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Cultura Da Mandioca

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Universidade Católica de Moçambique

Faculdade de Gestão e Turismo

Curso: Gestão do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais 3º ano, Diurno

Cadeira: Agropecuária e Pesca Sustentável

Tema:

Cultura da Mandioca

Discente: Raila Estevão Patricio Portugal Siane

Docente:

Klaife Geremias

Novembro, 2021

1
Cultura da Mandioca

Raila Estevão Patrício Portugal Siane

Trabalho da Cadeira de Agropecuária e


Pesca Sustentável, Curso de Gestão do
Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
da Faculdade de Gestão e Turismo da
Universidade Católica de Moçambique.

Trabalho de pesquisa de carácter


avaliativo a ser entregue ao Docente:
Klaife Geremias.

Novembro, 2021

2
Índice
Introdução ........................................................................................................................................... 4
1. Cultura da mandioca-Origem da mandioca .................................................................................... 5
1.1. Características .............................................................................................................................. 5
1.2. Variedades.................................................................................................................................... 6
1.3. Variedades de mandioca mais cultivadas em África.................................................................... 6
1.4. Ciclo de crescimento da mandioca............................................................................................... 7
2. Classificacao.................................................................................................................................... 8
3. Sistema de produção da cultura de mandioca ................................................................................. 7
4. Etapas do sistema produtivo da cultura de mandioca ..................................................................... 8
a) Preparação do solo .......................................................................................................................... 8
b) Selecção e preparação da estaca semente para o plantio ................................................................ 8
c) Plantio ............................................................................................................................................. 8
d) Maneio de infestantes ..................................................................................................................... 9
e) Adubação ........................................................................................................................................ 9
f) Poda ................................................................................................................................................. 9
g) Colheita de raízes.......................................................................................................................... 10
h) Clima e solo .................................................................................................................................. 10
i) Tratos culturais .............................................................................................................................. 11
j) Rotação de Cultura ........................................................................................................................ 11
5. Factores que afectam a produção da mandioca ............................................................................. 11
a) A precipitação ............................................................................................................................... 11
b) Preços dos produtos ...................................................................................................................... 11
c) Preços de compra ao produtor....................................................................................................... 11
6. Área de produção da mandioca ..................................................................................................... 11
7.Principais doenças da mandioca .................................................................................................... 12
7.1. Principais pragas da mandioca ................................................................................................... 12
8. Métodos de controlo de pragas e doenças de mandioca ............................................................... 12
a) Controlo cultural ........................................................................................................................... 12
b) Controlo químico .......................................................................................................................... 12
c) Controlo biológico ........................................................................................................................ 13
9. Importância económica da cultura da mandioca ........................................................................... 13
10. Rendimento da cultura ................................................................................................................ 13
11. Contabilidade rural...................................................................................................................... 14
12. Recomendações........................................................................................................................... 14
Conclusão.......................................................................................................................................... 15
Referências Bibliográficas ................................................................................................................ 16

3
Introdução
O presente trabalho da Cadeira de Agropecuária, irá debruçar-se acerca da Cultura da
Mandioca. Antes, iremos trazer alguns conceitos de modo que tenhamos um reflexo ao que se
irá focar.

De salientar que, a agropecuária envolve as atividades humanas destinadas ao cultivo da terra


(agricultura) e à criação de animais (pecuária). Abrange não só a produção de alimentos
destinados ao consumo humano, mas também a alimentação de animais e a produção de
matérias-primas industriais, como as voltadas à produção de energia, de celulose, têxtil e de
borracha.
A agricultura representa o cultivo da terra e inclui todos os trabalhos relacionados com o
tratamento do solo e a plantação de vegetais com vistas à obtenção de produtos que venham a
satisfazer as necessidades humanas.
No actual estágio de desenvolvimento da agricultura, o custo de produção é bastante elevado.
Não se obtém produção aceitável pelo mercado se não são empregues fortes doses de adubação,
sementes seleccionadas, e defensivos agrícolas, todos esses insumos de elevados preços.
Conforme os autores SANTOS, MARION e SEGATTI (2002, p. 23) “a agricultura é definida
como a arte de cultivar a terra, Arte essa decorrente da acção do homem sobre o processo
produtivo à procura da satisfação de suas necessidades básicas”.
Objetivo Geral:

 Conhecer as características da cultura da Mandioca.

Objetivos Específicos:

 Descrever o processo de produção da cultura de mandioca;


 Estudar as variáveis económicas (Custo, Receita e Lucro);
 Avaliar os indicadores de rentabilidade económica de produção da cultura de mandioca.

Palavra-chave: Descrição da Cultura de mandioca.

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1. Cultura da mandioca-Origem da mandioca
De acordo com INSTITUTO DE INVESTIGAÇÃO AGRĺCOLA DE MOÇAMBIQUE (IIAM,
2010), a mandioca de nome científico (Manihot esculenta crantz) é originária da América do
sul. Introduzida em África pelos portugueses por volta do século XVI E XVII procedente da
região de Amazónia no Brasil.
A mandioca é uma das culturas alimentares mais importante na região da África. Esta cultura
denominada por mandioca em países de expressão portuguesa e kassave em países de expressão
inglesa e de yuca no norte de América do sul e América central.
Mundialmente, a produção de raiz de mandioca concentra-se na Tailândia, Brasil e Nigéria,
sendo este o maior produtor mundial, seguido pelo Brasil. O crescimento da produção de
mandioca na África e na Ásia decorreu do grande incentivo que a cultura teve em países como
a Nigéria e Tailândia, respectivamente (MELO, 1995).
O continente mais produtivo é o africano responsável por 42% da produção mundial, seguido
da Ásia com 37% e 21% para América do Sul (FASINMIRIN e REICHERT, 2011).
Em Moçambique a mandioca é a cultura mais importante depois de milho, a cultura de
mandioca desempenha um papel importante na segurança alimentar, é uma fonte de rendimento
para as famílias rurais e podem emprega-la na alimentação humana e animal. Embora cultivada
em todo o país, a mandioca se reveste de maior importância nas regiões Centro e Norte onde
desempenha um papel social muito importante.
Estima-se que as províncias de Zambézia, Nampula e Cabo Delgado apresentam cerca de 85%
da produção total nacional. É maioritariamente produzida pelo sector familiar em áreas que
variam de 0.25 aos 2.0 hectares.
Na zona norte, a mandioca serve de alimento básico e de segurança alimentar para mais de 50
% da população. Dada a sua disponibilidade ao longo de todo ano, tolerante a seca,
possibilidade de armazenamento no solo até cerca de três campanhas consecutivas e de
colheitas parciais, aumenta o seu valor como cultura de reserva alimentar (IIAM, 2010).

1.1.Características
A mandioca (Manihot esculenta Crantz) é uma planta alógama, a altura da planta varia de 1 à
2 m, podendo atingir até 4 m. É um arbusto perene, pertencente à família botânica
Euphorbiaceae.
Exerceu papel relevante para as populações nativas, mantendo a sua posição de principal fonte
de carboidrato do continente.

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1.2.Variedades
As variedades representam um dos principais componentes tecnológicos do sistema de
produção, por sua capacidade de adaptar-se às mais diferentes condições de cultivo, pouca
exigente em água e fertilidade. Na escolha das variedades, é importante levar em consideração
as seguintes características gerais: alta produtividade; resistência a pragas e doenças; primeira
ramificação alta; raízes com facilidade de destaque da touceira.
Para a utilização específica, considerar as seguintes características:
 Variedade para mesa – conhecida também como mandioca mansa ou macaxeira,
devido ao baixo teor de ácido cianídrico nas raízes; com poucas fibras, com sabor e cor
apreciados pelos consumidores; raízes uniformes, tanto no comprimento como no
diâmetro, de fácil cozimento, boa durabilidade no pós-colheita e facilidade de
descascamento.

 Variedade para indústria – conhecida também como mandioca brava, raízes com cor
da película branca; alta produção e produtividade, bom rendimento e qualidade de
farinha e fécula. As variedades mansas também podem ser utilizadas na indústria.
 Variedade para alimentação animal – toda a planta pode ser empregada na
alimentação para os diversos tipos de animais domésticos, como: bovinos, caprinos,
suínos e aves, sendo as características principais destas variedades a alta produtividade
de raízes, elevada produção de massa verde e alto teor de proteína. Importante utilizar
plantas de baixo teor de ácido cianídrico.

1.3.Variedades de mandioca mais cultivadas em África


Em conformidade com o mesmo pensamento, as variedades de mandioca mais cultivadas em
África são as destinadas para o processamento com o ciclo vegetativo, normalmente, de oito a
quinze meses e são bem identificados em solos cuidadosos.

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Actualmente, os cultivos mais utilizados são: cascuda, vassourinha, fécula branca, com teor
amilífero ao redor de 35%.
De acordo com ALLEN (1994), a mandioca apresenta diversas variedades de cultura e
geralmente são classificadas da seguinte forma:
Quanto ao sabor
 Em doces ou
 Amargas,
Quanto a toxidade
 Não tóxicas a muito tóxicas de acordo com o conteúdo de glicosídeos contidos nas
raízes.

1.4.Ciclo de crescimento da mandioca


De acordo com LOZANO (1985), o ciclo de crescimento da mandioca compreende 4 fases
nomeadamente: enraizamento, tuberização, engrossamento e acumulação de matéria seca.
 Enraizamento é a fase de estabelecimento da planta, as estacas brotam, surgem as
primeiras raízes fibrosas de absorção, dá-se a formação das primeiras folhas e o início
do crescimento vegetativo;
 Tuberização inicia com a formação da raiz de reserva e competição em acumulação de
assimilados;
 Engrossamento é a fase de acumulação de assimilados (amido) nas raízes de reserva,
que ocorre quando a área foliar alcança seu máximo;
 Acumulação de matéria seca é a fase de recuperação de produção de folhas.
2. Classificação

A mandioca é classificada como sendo de ciclo precoce a tardio quanto ao seu


desenvolvimento. Para as de ciclo precoce o crescimento ocorre até aos 8 a 15 meses, altura
em que são colhidas e são as mais adequadas para o consumo humano. As variedades do ciclo
tardio o desenvolvimento ocorre até aos 18 a 24 meses e são mais usadas em plantações para
fins industriais ou forrageiros (LOZANO, 1985).

3. Sistema de produção da cultura de mandioca


Segundo FURLANETO et al (2006), o sistema de produção da mandioca é um processo longo
que é realizado com base nas técnicas, etapas, métodos, dentre quais, é aplicado tendo em conta
o preparo, o maneio, a poda, a consorciação, a densidade, a colheita, e vários outros
procedimentos necessários para que ocorra normalmente a produção. Quando se faz a

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consorciação da mandioca é preciso ter em conta o compasso entre as plantas da mandioca que
varia entre 1 metro x 1.5 metros aos 2 x 2 metros respectivamente. E para a cultura em estudo
pode ser feita a consorciação com o cruzamento de feijão nhemba, feijão bóer, feijão jugo,
amendoim, e a consorciação é muito aconselhável porque garante melhora a utilização da área
bem como a conservação dos solos.

4. Etapas do sistema produtivo da cultura de mandioca


De acordo com o IIAM (2008), as etapas do sistema produtivo da cultura de mandioca devem
ser demonstradas da seguinte maneira:

a) Preparação do solo
A preparação do solo constitui a primeira fase do sistema produtivo da cultura da mandioca,
e inicia geralmente próximo da época chuvosa para as condições de sequeiro. O solo pode
ser preparado em forma de sulcos ou camalhões e terra plana, a plantação em sulcos é
comum em solos preparados com tracção animal ou mecanizado, e menos frequente durante
a preparação manual, devido a quantidade de trabalho exigido. A preparação do solo em
sulcos facilita a rega, garante boa aeração das raízes e drenagem adequada, constituindo
uma vantagem quando o campo se localiza em zonas baixas e inclinadas ou solos pesados.
Durante a preparação manual, os sulcos são também feitos para incorporação de restolhos
da campanha anterior, permitindo melhor conservação do solo.

b) Selecção e preparação da estaca semente para o plantio


A Selecção e preparação da estaca semente para o plantio dependem de factores como:
maturação, grossura, número de nós, tamanho e viabilidade. As estacas finas, queimadas pelo
sol, e com gemas danificadas devem ser descartadas. As estacas devem ser obtidas de plantas
livres de doenças ou pragas, de uma parte madura com boas reservas. A queda natural das
folhas a começar da base para o ápice das plantas, em condições normais, é um indicativo da
maturação naquelas porções onde já caíram as folhas. As inspecções regulares do campo de
produção favorecem a avaliação do estudo sanitário de estaca semente. As estacas de mandioca
podem ser plantadas logo após o corte da planta madura ou depois de um período de
armazenamento.

c) Plantio
As estacas podem ser plantadas na posição vertical, inclinada e horizontal. A posição depende
do método do plantio mecanizado ou manual, direcção dos ventos, tipo de solo, capacidade de
retenção de humidade de solo e época de plantio. Em plantação mecanizada geralmente usa-se

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o plantio horizontal. Na posição inclinada, as estacas sementes são enterradas pela base, numa
posição inclinada de 45 a 60 graus. A plantação vertical produz raízes tuberosas mais profundas
em relação a plantação inclinada, enquanto a plantação horizontal produz raízes superficiais.
A forma de plantio influencia também na disposição das raízes do solo, sendo que na plantação
vertical encontra-se de forma compacta.
Para se estabelecer um espaçamento ideal, devem ser observados os fatores: fertilidade do solo,
práticas culturais, variedades e finalidade da exploração. Com o adubo químico, e cobrir com
uma camada de 5 centímetros de terra.

d) Maneio de infestantes
As infestantes devem ser eliminadas sempre que necessário, principalmente nos primeiros 3 a
4 meses depois do plantio. A falta de maneio pode reduzir o rendimento na ordem de 40% a
70% para os cultivos com e sem ramificação, respectivamente. Algumas práticas de maneio
recomendadas são as sachas manuais, o uso de variedades com alto rigor, o uso de herbicidas,
ou combinação de métodos.

e) Adubação
Nessa etapa do sistema produtivo da mandioca, recomenda-se a análise do solo para obter uma
aplicação mais adequada. Os adubos podem estar apresentados em diferentes formulações,
como por exemplo, em forma de ureia, compostos nitrogenados, fosfatados e potássios.
A adubação orgânica, além de reter umidade no solo, é fundamental para fornecimento de
macronutrientes e micronutrientes. As quantidades poderão ser variáveis, dependendo do tipo
de material orgânico. Podem ser utilizados estercos ou adubação verde.

f) Poda
A poda é realizada em cultivos que permanecem no solo por mais do que um ciclo de
crescimento, ou em caso de plantio para a produção de estaca semente. Em plantações na zona
de altitude, como por exemplo em Gorué, onde ocorrem geadas, a poda é realizada antes da
ocorrência deste fenómeno. Podam-se também, as plantas que forem atacadas por brocas do

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caule, e necessitem de uma renovação da parte aérea para atravessarem o segundo ciclo
vegetativo em melhores condições fitossanitárias. Depois de podadas as plantas emitem novos
brotos, devendo fazer-se a limpeza do campo, remoção dos brotos indesejados e garantir que
somente 2 a 3 brotos vigorosos continuem com o desenvolvimento.

g) Colheita de raízes
A colheita das raízes pode ser feita entre 8 a 24 meses, depois do plantio, dependendo da
variedade e objectivo da produção. As variedades doces podem ser colhidas de forma
sequenciada a partir dos 8 meses depois do plantio. Algumas vezes procede-se a colheita parcial
das raízes maiores duma mesma planta, deixando as restantes para completar o
desenvolvimento.
A época mais indicada para a colheita é aquela em que as plantas se encontram em período de
repouso vegetativo, ou seja, quando, pelas condições de clima (época fria e seca) de junho a
agosto, as plantas já perdem a maior parte das folhas, atingiram o máximo de produção de
raízes e de reservas de amido. A colheita pode ser manual e mecanizada, onde a manual é
feita com auxílio de enxada para retirar as raízes do solo, e as raízes são destacadas,
preferivelmente com golpes de faca ou catana.
O processo de colheita poderá ser mecanizado com a utilização de implementos específicos,
para o corte dos ramos e afrouxamento das raízes, e de forma manual, quando a parte aérea é
cortada. Com auxílio de enxada e enxadão a planta é retirada do solo e as raízes destacadas da
touceira.
 Mandioca para mesa
É retirado o excesso de solo aderido às raízes, que serão embaladas para comercialização.
 Mandioca para indústria
É transportada a granel para indústria, onde será feito o processamento. A produtividade
esperada, tanto das variedades para indústria como para mesa, é de 20 a 40 toneladas por
hectare.

h) Clima e solo
A cultura é capaz de alcançar produções satisfatórias sob condições adversas de clima e solo.
É cultivada em todo o território nacional.
Possui desenvolvimento ideal em regiões com altitude entre 600 e 800 metros, temperaturas
anuais entre 20°C e 27°C e precipitação entre 1.000 a 1.500 milímetros por ano, com uma
insolação média anual de 12 horas.

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Em relação ao solo, é importante observar que o desenvolvimento das raízes é melhor em solos
de textura arenosa e média, solos leves, que facilitam a colheita e são livres de encharcamento.
Devido ao seu desenvolvimento inicial mais lento, é importante escolher áreas com inclinação
menor que 8%.

i) Tratos culturais
A cultura deve ser mantida no limpo, por meio de capinas até os 90 dias após o plantio.

j) Rotação de Cultura
Após 2 anos de cultivos sucessivos na mesma área, é necessário elaborar a rotação de culturas,
utilizando: milho soja, arroz ou algodão a fim de evitar infestação de pragas e doenças.

5. Factores que afectam a produção da mandioca


Os principais factores limitantes a produção da cultura de mandioca em Moçambique são as
pragas, doenças, infestantes, factores socioeconómicos, edáficos, agronómicos e inadequado
material de propagação disponível, pobres práticas culturais, uso limitado de variedades e
chuvas irregulares.
Segundo BELLOTTI et al (1994), os factores que afectam a produção da mandioca são:

a) A precipitação
A precipitação é um dos fenómenos naturais que contribui negativamente no crescimento e
desenvolvimento da produção da mandioca. Pois, a mandioca não consegue desenvolver em
boas condições no seu aparecimento em campos de produção.

b) Preços dos produtos


A disponibilidade dos preços de produtos no mercado. Varia de época para época dependendo
da procura e da oferta de produtos no mercado com a descida e a subida de preços.

c) Preços de compra ao produtor


Quando a época de plantio se aproxima, o produtor deve procurar se actualizar no mercado de
insumos, para saber qual a evolução dos preços no mercado, se os preços são constantes ou
aumentaram. O produtor ao possuir insumos agrícolas a baixo custo sai a ganhar pois
beneficiara-se de altos rendimentos de produção.

6. Área de produção da mandioca


A área de produção da mandioca deve ser identificada, trabalhada e bem localizada de modo a
facilitar a sua utilização na produção. A preparação da área de produção inicia geralmente

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próximo da época chuvosa em condições adequadas de modo a ser feita arrumação do campo
antes da plantação.

7. Principais doenças da mandioca


De acordo com CUAMBE (2004) e PERIN (1978), as principais doenças da mandioca em
Moçambique são:
 Mosaico africano da mandioca;
 Listrado castanho da mandioca;
 Podridão mole da raiz; e
 Queima bacteriana.

7.1.Principais pragas da mandioca


 Cochonilha da mandioca;
 Ácaro verde;
 Gafanhoto elegante;
 Bacteriose;
 Térmites.

Folha de mandioca apresentando manchas angulares, de aspecto aquoso,


características de bacteriose.

8. Métodos de controlo de pragas e doenças de mandioca


FARIAS et al (2000), enumerou alguns métodos de controlo de pragas e doenças de mandioca:

a) Controlo cultural
Pode se controlar o ácaro verde através do uso de material de plantação sadio, variedades
tolerantes, rotação com culturas não hospedeiras e destruição de restolhos vegetais.

b) Controlo químico
O uso de acaricidas, tais como comite e Tedion, têm se mostrado eficaz no tratamento de plantas
infestadas de ácaros.

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c) Controlo biológico
Entre os agentes do controlo biológico que regulam as populações de ácaros, destacam-se
alguns coleópteros, principalmente os géneros stethorus e oligota e várias espécies benéficas
da família Phytoseidae como T.Aripo, e a espécie mais importante em África, e em
Moçambique é útil para o controlo biológico.

9. Importância económica da cultura da mandioca


A cultura da mandioca desempenha uma importância económica muito vasta, no que diz
respeito a sua utilização no consumo, e comercialização do produto. Muitos países da África e
do mundo conseguem satisfazer as suas necessidades do mercado através do intercâmbio com
os outros Países que não conseguem produzir, mesmo com capitais financeiros, e muitos deles
não produzem a mandioca devido as suas condições climáticas desfavoráveis. Para o caso de
Moçambique em particular está virada ao mercado de consumo e comercialização do produto.
E hoje em dia, muitas populações conseguem resolver os seus problemas graças a
comercialização do produto (BELLOTTI, etal1994).
Nos estudos feitos pelo IIAM (2008), a mandioca é um alimento importante para várias regiões
do País, as folhas servem para o consumo humano (hortícolas) e alimentação animal (fresca,
silagem, e fenos), as hastes servem como material de plantio, e alimentação animal (fresca,
silagem e fenos), as raízes servem para alimentação humana, em forma fresca, cozida ou
assada, em forma de farinha, para a confecção de chima, e em forma de produtos da indústria
pasteleira, doces e salgados, na alimentação animal, fresca, e desidratada em forma de farinha
e raspas na indústria para o fabrico de amido, e as raízes também são usadas para o fabrico de
amido fermentado para culinária e confeitarias e álcool etílico (combustível, desinfectante,
bebidas e perfumaria).

10. Rendimento da cultura


O rendimento das variedades produzidas no país e no mundo com a aplicação de insumos,
variam de 4 a15 ton/ha ao nível do pequeno produtor, e o potencial destas variedades pode
atingir 20 a 22ton/ha em monocultura e com maneio adequado, e as variedades melhoradas tem
um potencial para atingir cerca de 40 ton/ha, podendo também atingir valores superiores, em
condições óptimas de produção.
O rendimento da mandioca em diferentes variedades de produção para médio e grande produtor
nas regiões de África e do mundo com a aplicação de insumos agrícolas tais como: as enxadas,
o tractor, charrua, tem-se observado um enorme potencial agrícola, dependendo do tipo de

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variedade melhorada aplicada em condições adequadas para a produção da mandioca (IIAM,
2008).

11. Contabilidade rural


Para GOMES (2002, p.21): A contabilidade rural é um instrumento fundamental para o
controle financeiro e económico da propriedade rural;
Segundo ALOE & VALLE (1972), a Contabilidade rural é a parte da contabilidade aplicada às
actividades agrícolas, tendo por objectivo o estudo, registo e controle da gestão económica do
património das empresas que se dedicam a essa actividade.

12. Recomendações
 Ha que Recomendar a todos que queiram se incorporar na pratica das culturas, para que
façam de boa maneira a sacha, e a pulverização, como forma de garantir que estas
actividades não comprometam os rendimentos;
 Não fazer uso excessivo de produtos químicos como herbicidas e insecticidas que
produz efeitos colaterais sobre o solo;
 Evitar a programação tardia para o controlo de plantas invasoras, o que faz com que
haja maior competitividade entre a erva daninha e a planta;
 Evitar o uso de espaçamento abaixo de 1.50 m o que dificulta as operações com tratos
culturais e colheita, além de baixar a qualidade da mandioca;
 Recomendar ainda as Instituições ligadas à agricultura, que possam frequentar com
mais empenho aos campos agrícolas, dando o seu maior contributo na divulgação das
técnicas mais adequadas de maneio e encorajar os agricultores a dedicarem-se mais
nessa actividade agrícola de modo a permitir a obtenção de maiores rendimentos na
cultura da mandioca e esta ser vista como uma cultura de rendimento;
 Recomendar aos Técnicos desta actividade a demonstrar aos produtores como registar
os custos incorridos na produção bem como as receitas obtidas por campanha, para que
implementem práticas recomendadas no maneio da cultura de mandioca, como forma
de minimizar o elevado custo de produção.
Estas etiquetas referenciadas, irão ajudar ao bom desempenho ou utilização das culturas.

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Conclusão
O presente Trabalho foi feito na base de uma pesquisa cientifica, Face ao estudo feito os
resultados levaram a concluir que a produção da cultura de mandioca é uma actividade
indispensável na economia desta propriedade, esta cultura contribui substancialmente para o
rendimento dos proprietários, o sistema de produção da mandioca adoptada pela propriedade
rural e dando um grande benefício a população mundial no consumo da mesma cultura e,
proporcionando os benefícios nutritivas as homens e animais.
De salientar que o plantio da mandioca é realizado no início da estação chuvosa, a qual coincide
com o reinício ou o prosseguimento de um período quente.
Entretanto, a produtividade desta cultura depende de diversos factores, dentre as quais
destacamse: (i) a variedade escolhida, (ii) a fertilidade do solo, (iii) as condições climáticas,
(iv) tratos culturais, (v) controle de pragas e doenças e; (vi) método de plantio. A adequação
destes factores de produção foi importante para a maximização da produção.

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Referências Bibliográficas
INSTITUTO DE INVESTIGAÇÃO AGRÍCOLA DE MOÇAMBIQUE (IIAM). UEM-FAEF
Fichas Técnicas de Culturas. Outubro (2010). 1a ed. Maputo
ALLEM, A.C. 1994. The Origin oferta manihot esculenta Crantz (Euphorbiaceae).Genetic
resource and crop evolution, 41: 133-150.
BELLOTTI, A.C. (2000). Maneio integrado de principais pragas e doenças da mandioca, São
Paulo: Editora Atlas S.A
FURLANETO, P, KANTHACK; M. BONISSONI, R. (2006). Sistema de produção da cultura
da mandioca.

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