2.1 Sinais Semiológicos
2.1 Sinais Semiológicos
2.1 Sinais Semiológicos
SINAIS DE FEBRE
Sinal de Lenander: temperatura retal ultrapassa em 1ºC a temperatura axilar. EX: pelviperitonite
Sinal de Faget: dissociação entre a temperatura corporal e frequência cardíaca. O paciente apresenta febre alta
com bradicardia. Ex: febre tifoide.
SINAIS ICTERÍCIA
Courvoisier-Terrier: presença de vesícula biliar palpável, indolor e síndrome ictérica associada. Ex.: Câncer da
cabeça do pâncreas.
Sinal de Levine: paciente com dor retroesternal aponta a mão com os dedos em garra sobre o esterno. Ex.: IAM.
Sinal de déficit de pulso: quando o numero de pulsações no pulso é menor que a frequência cardíaca. Indica
fibrilação atrial e extrassitolia.
Sinal de Musset: cabeça tende a acompanhar a pulsação aórtica. Ex.: insuficiência aórtica.
Manchas de Koplik: minúsculas manchas esbranquiçadas circundadas por uma aréola vermelha e situadas quase
sempre na bochecha em frente aos molares. Presente no Sarampo.
Dentes de Hutchinson: incisivos superiores com perda dos ângulos, ficando com aspecto de “chave de fenda”.
Causa: sífilis congênita.
Sinal de Nikolsky: deslizamento da pele aparentemente normal próxima da área comprometida (lesão), quando se
faz uma fricção. Indica acantólise. Causas: pênfigo vulgar.
Sinal de Auspitz: ou “orvalho sangrante”, gotículas hemorrágicas correspondentes à proliferação da papila dérmica
e dilatação dos vasos sanguíneos. Causas: lesões em escama, escarlatina.
Sinal de Blumberg: sinal de irritação peritoneal localizada. Dor à descompressão súbita do ponto de Mc Burney.
Ex.: apendicite aguda. Inflamação peritoneal.
Sinal de Murphy: interrupção da inspiração à compressão do ponto cístico. Ex.: colecistite aguda.
Abdome em tábua: abdome não palpável porque é tenso. Significa peritonite difusa/ generalizada.
Sinal de Jobert: timpanismo à percussão do Hipocôndrio direito. Ex.: pneumoperitônio, úlcera péptica.
Sinal de Cullen: equimose periumbilical. Ex.: pancreatite aguda hemorrágica, gravidez ectópica rota.
Sinal de Grey Turner: equimose na região dos flancos. Ex.: pancreatite aguda hemorrágica.
Piparote: pesquisa de ascite de grande volume. Paciente em decúbito dorsal, pede-se que o paciente coloque a
mão sobre a linha alba. Com uma das mãos, examinador golpeia o abdome com piparotes (peteleco) e com a outra
mão espalmada na região contralateral, procura captar ondas liquidas contra a parede abdominal.
Macicez móvel: ascite de pequeno volume. Paciente em decúbito lateral; embaixo maciço à percussão e em cima
timpânico.
Desyree Ramos XXXI
Semicírculo de skoda: ascite de médio volume. Paciente em decúbito dorsal. Centro timpânico e lateral maciça.
Sinal de Courvoisier-Terrier: vesícula palpável sem dor. Associada à icterícia. Câncer na cabeça do pâncreas.
Sinal de Rovsing: compressão da FIE realizada pelo examinador no sentido do cólon ascendente, com dor referida
pelo paciente em FID.
Sinal do musculo Psoas: dor à extensão forçada da perna direita do paciente quando em decúbito lateral esquerdo.
Indica: apendicite aguda.
Sinal do Obturador: dor produzida pela rotação interna da coxa direita fletida sobre o quadril. Indica: apendicite
aguda.
Sinal da Patinhação: obtido com movimentos compressivos rápidos sobre a região episgástrica, utilizando a face
ventral da mão. Estase gástrica: som líquido sacolejando no interior do estômago.
Sinal do Vascolejo: o examinador coloca a mão nos dois flancos do paciente e imprime movimentos de vai e vem,
com o estetoscópio na região epigástrica. Em casos de atonia do estômago e estase gástrica importante.
Diagnostico de estenose pilórica.
SISTEMA RESPIRATÓRIO
Síndrome de Claude-Brenard-Horner: tumor no ápice do pulmão. Miose, ptose palpebral, enoftalmia, anidrose do
lado afetado. Síndrome de Pancoast.
Baqueteamento digital/ hipocratismmo digital: aumento das partes moles sobre a unha, dedo se torna
arredondado como uma baqueta de tambor e a unha se torna convexa como um vidro de relógio. Sinal de
Schamroth. Causa: cardiopatia congênita cianótica, doenças pulmonares, DPOC, cirrose hepática.
Sinal de Schamroth: ao unir as falanges distais de dois quirodáctilos homólogos, não pode ser visualizado o
diamante, formado pela união do ângulo da base das unhas.
Mãos de Crack: sinais de fuligem- queimadura nos dedos, queimadura perioral. Causas: dispneia, hemoptise, dor
torácica, cianose.
Sinal de Boinet: distensão não pulsátil unilateral da veia jugular direita, indica compressão do tronco
braquiocefálico por tumor ganglionar ou aneurisma de aorta.
Sinal de Dorendorf: distensão não pulsátil da veia jugular esquerda com empastamento da fossa supra clavicular;
indica compressão venosa e linfática.
Rosário raquítico: proeminência das junções das costelas e suas cartilagens. Presente no tórax raquítico.
Sulco de Harrison: linha horizontal ao longo da inserção do diafragma na parede torácica. Presente no tórax
raquítico.
Tiragem: retração dos espaços intercostais durante a inspiração. Unilateral: indica oclusão de um brônquico
principal. Bilateral: angina diftérica.
Respiração paradoxal: retração da parede abdominal, ao mesmo tempo em que há expansão da parede torácica
durante a inspiração. Fadiga diafragmática.
Sinal de Hoover: retração acentuada bilateral dos arcos costais durante e espaços intercostais inferiores durante a
inspiração. Indicativo de respiração paradoxal. Causas: obstrução grave do fluxo aéreo- DPOC, asma.
Desyree Ramos XXXI
Sinal de Lemos Torres: abaulamento expiratório dos espaços intercostais localizado nas bases pulmonares, na face
lateral do tórax. Causa: Derrame pleural.
Sinal de Signorelli: som claro timpânico da coluna vertebral apresenta-se maciço. Derrame pleural.
Síndrome de Mallory-Weiss: laceração da mucosa na junção esofagogástrica e no esôfago inferior. Ocorre após
crises de soluço, tosse.
SINAIS EM EDEMA
Sinal de cacifo ou Godet: persistência da compressão da polpa digital em membros edemasiados. Pacientes
acamados: sacro, demais: região tibial posterior.
Sinal de Homans: desconforto ou dor na panturrilha após dorsiflexão passiva do pé. Causada por TVP.
Sinal de Becker: pulsação das artérias retinianas e pupilas. Causa: insuficiência Aórtica.
Prova de Buerger: manobra da palidez da elevação. Elevar os membros (1min) com o paciente deitado. Após, pedir
que sente-se com os membros pendentes. Normal; retorno da coloração em até 10 seg.
Claudicação intermitente: dor que ocorre somente com o esforço muscular desencadeado pela deambulação, que
obriga o paciente a interromper o esforço, desaparecendo assim a dor. Sinal de isquemia arterial crônica.
Teste de Allen: suprimento sanguíneo da mão. Comprime-se as artérias Radial e Ulnar com o paciente com a mão
fechada. Solta-se uma artéria e verifica-se a coloração. Positivo: enchimento é lento em alguma das artérias.
Manobra da isquemia provocada: observa-se a coloração da região plantar com o paciente deitado. Eleva-se os
MMII até um ângulo de 90º por 1min. Volta-se à posição normal e observa a volta da coloração normal.
Teste de Adson: avaliar a permeabilidade da artéria subclávia. Palpação do pulso radial e subclávio de um mesmo
lado com o paciente em pé e o médico atrás do mesmo. Realiza-se a rotação e abdução do braço e pede-se que o
pct vire a cabeça para o mesmo lado. Positivo: diminuição do pulso radial.
Phlegmasia cerúlea dolens: quando a obstrução venosa é extensa e causa dor forte, contínua que compromete
toda a extremidade, acompanhada de edema e cianose.
Desyree Ramos XXXI
Phlegmasia alba dolens: quando a obstrução venosa não é maciça e há presença de circulação colateral leve, dor
menos intensa, palidez.
Manobra de Brodie-Trendelemberg: veia safena dilatada. Paciente em decúbito dorsal, elevar o membro inferior e
esvazias a veia varicosa manualmente. Colocar um garrote próximo á coxa com o membro elevado. Coloca-se o
paciente de pé e retira-se o garrote. Em caso de veia continente, estas se enchem de baixo para cima. Em caso de
veia incontinente, estas se enchem de cima para baixo- insuficiência valvar.
Manobra de Perthès: com o paciente de pé, faz-se o esvaziamento da veia dilatada com um garrote na raiz da coxa
e pede-se para que o paciente caminhe. Caso haja dor e enchimento das varizes: insuficiência venosa profunda.
Caso haja o desaparecimento das varizes: sistema venoso profundo pérvio.
Pernas de bombacha ou Garrafa de Champanhe Invertida: sinal de dermatofibrose- área fibrótica fica estreitada e
área sã fica alargada. Consequência da Insuficiência Venosa Crônica.
Coroa flebectásica: dilatação das veias na região infra e peri malelolar. Associada a varizes de longa duração.
Tríade de Virchow: estase sanguínea; alterações vasculares endoteliais; estado tromboflebítico- hipercoagulação.
Fatores que predispõe a trombose Venosa profunda-TVP.
Sinal de Olow: dor ao pressionar os músculos da panturrilha contra o plano ósseo. Causa: TVP.
Sinal de Denecker-Payr: dor à compressão, com o polegar, da planta do pé contra o plano ósseo. Causa: TVP.
Sinal de Homans: dor/ limitação da dorsiflexão do pé causada pela irritação dos músculos da panturrilha. Não é
exclusivo da TVP.
MMII: Mingazzine: coxa com 90º com o quadril e perna 90º com a coxa.
Sinal do Canivete: resistência inicial ao movimento e abertura posterior. Presente nas Hipertonias Piramidais (AVC,
ELA, mielopatia compressiva).
Sinal da Roda denteada: interrupções sucessivas do movimento, lembrando os dentes de uma cremalheira em
ação. Presente em Hipertonias Extra Piramidais (Doença de Parkinson).
Sincinesia: movimentos anormais que se evidenciam no membro deficitário como um reflexo ao movimento do
membro não acometido. Presente em lesões piramidais- I Neurônio motor ou superior.
Sinal de Babinski: reflexo plantar. Presente em lesões piramidais- I Neurônio motor ou superior.
Prova de Romberg: paciente de pé, pede-se que feche o olho. Caso haja pequenas oscilações: Romberg Negativo.
Caso haja oscilação forte com tendência à queda e desequilíbrio: Romberg positivo. Oscilação para qualquer lado:
lesão nas vias de sensibilidade; oscilação para um mesmo lado: Romberg falso. Utilizado para avaliar equilíbrio
estático.
Sinal de Fukuda: presente na marcha vestibular, paciente de olhos fechados descreve uma estrela quando pedido
para andar.
Prova dedo-nariz: paciente é solicitado a tocar a ponta do nariz com o indicador. Paciente de pé ou sentado.
Primeiro de olhos fechados e após, de olhos abertos. Utilizado para avaliar a coordenação.
Prova calcanhar-joelho: paciente em decúbito dorsal é solicitado a tocar o joelho oposto com o calcanhar do
membro examinado. Inicialmente de olhos abertos e, após fechados. Utilizado para avaliar a coordenação.
Prova dos movimentos alternados (diadococinesia): movimentos rápidos e alternados. Utilizado para avaliar a
coordenação.
Rigidez na nuca- sinal meníngeo: pct em decúbito dorsal, o examinador coloca uma das mão na região da nuca e
tenta fletir a cabeça. Nuca livre: movimento fácil; nuca resistente: movimento difícil ou rigidez. Indicativo de
meningite.
Sinal de Brudzinski – sinal meníngeo: paciente em decúbito dorsal flete os MMII quando a nuca é fletida. Sinal
positivo.
Sinal de Kernig- sinal meningo-radicular: consiste na extensão da coxa fletida em ângulo de 90º sobre a bacia e
perna sobre a coxa. Positivo: quando o pct sente dor ao longo do trajeto no nervo ciático e tenta impedir o
movimento. Diagnostico de meningite, hemorragia subaracnóidea e radiculopatia ciática.
Sinal de Lasègue- sinal radicular: paciente em decúbito dorsal e os MMII estendidos, o examinador tenta levantar
um dos MMII estendidos. Positivo: dor na face posterior do membro logo no inicio do teste. Indica compressão do
nervo ciático
Sinal de Neri- sinal radicular: paciente em posição ortostática se inclina, tentando tocar os pés com as mãos.
Positivo: dor ou flexionar a perna no lado da lesão. Estiramento do nervo ciático.
Sinal do Guaxinim: lesão da lâmina crivosa- pode gerar lesão no I Par craniano- olfatório.
Sinal de Bell: paciente fecha o olho e ocorre lagoftalmo e íris se esconde dentro da pálpebra.
Sinal de Negro: paciente olha pra cima e íris some para dentro da pálpebra.
Sinal de Souqués: fechar o olho com força e os cílios não somem por falta de força.
Manobra de Jendrassik ou reflexo patelar: percute-se o tendão patelar. Resposta em pêndulo: lesões cerebelares.
Clônus: movimento repetitivo quando há estimulação de um tendão ou músculo. Presente em lesões piramidais.
Escápula alada: lesão no nervo torácico longo, com paralisia do musculo serrátil.
Sinal de Chvostek: pesquisado pela percussão do nervo facial, adiante no pavilhão auricular. Quando há
hipocalcemia, aparece contração da musculatura da face e do lábio superior.
Dedo em pescoço de cisne: hiperextensão da articulação interfalângica proximal e flexão da interfalângica distal.