Relatório 4 - Eletromag Final

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Turma: PU8A Data: 09/12

Nome: Heidy Martins de Vasconcelos e Melissa Silva Ozaki

RESISTÊNCIA INTERNA DE UM VOLTÍMETRO


Objetivo:
Determinar a resistência interna de um voltímetro.
Introdução Teórica:
O voltímetro é um instrumento de medida da diferença de potencial (ddp), ou seja, a
sua tensão elétrica, que pode medir tensões contínuas ou alternadas, a depender do
aparelho. Ao se conectar um capacitor a uma fonte de tensão ou corrente, o potencial
gerado pela fonte se acumula no capacitor até atingir a tensão máxima da fonte. Quando
neste circuito é colocado um resistor, ao atingir a tensão máxima, o circuito inicia o
processo de descarga, até que a tensão chegue a zero.
Em um circuito elétrico os valores de tensão e corrente ao serem medidos com um
voltímetro sofrem mudança, essa mudança decorre da resistência interna dos aparelhos
utilizados na medição e, portanto, para conhecer o valor real de tensão é necessário
encontrar os valores de resistência interna dos aparelhos.
Para calcular essa resistência interna, utilizaremos alguns conceitos que
desenvolvemos ao estudar o funcionamento de um circuito RC. Sendo assim podemos
determinar que a tensão em um capacitor varia segundo a equação:
(1)
E que o tempo de carga ou descarga de um capacitor correspondente a 𝝉 = 𝑹𝑪 (2)
Olhando para a figura 1 do anexo, vemos uma curva exponencial que por meio da
linearização, sua equação permite ser escrita como:
𝐥𝐧(𝒚) = 𝐥𝐧(𝒃) + 𝒂𝒙 (𝟑)
Método:
Para este experimento utilizamos uma fonte de tensão contínua para carregar o
circuito, cabos para a conexão, um capacitor eletrolítico de alta capacitância (2200±44)
µF e voltímetro analógico para medir esta diferença de potencial. Com estes materiais foi
feita a montagem do circuito RC (representado pela figura 1), onde inicialmente uma
fonte de tensão foi ligada ao circuito para carregar o capacitor. Após feito isso, a fonte foi
desconectada para iniciar o processo de descarga, o tempo do processo de descarga foi
cronometrado com o auxílio de um cronômetro, os dados de tensão e tempo registrados
em uma tabela (tabela 1 do anexo), que foram linearizados (tabela 2 do anexo) e plotados
em um gráfico (gráfico 1 do anexo) para melhor visualização.
Resultados:
Com os dados foi feita a linearização dos dados (tabela 2) e construído o gráfico
(gráfico 1 do anexo)
Sabendo que:
e 𝒚 = 𝒃. 𝒆𝒂𝒙 (4)
Podemos igualar as duas equações
−𝟏
−𝟏 −𝟏
𝒆𝑹𝑪.𝒕 = 𝒆𝒂𝒙 onde t = x e 𝑎 = 𝑹𝑪 ou reescrevendo 𝑅𝐶 = (5)
𝒂

Dados
C= (2200±44) µF
A = (-0,00847±0,00008)

𝑹 = (𝟓𝟑, 𝟔𝟕 ± 𝟏, 𝟏𝟗) 𝒌Ω
Para o cálculo da Corrente:
e 𝑉0 = 𝐵 (6)
𝑉0 = e3,18 => (𝟐𝟒, 𝟎𝟓 ± 𝟎, 𝟎𝟖) 𝑽𝒐𝒍𝒕𝒔

𝝏eB
∆𝑉0 = √( ) ² ∆B²
𝝏B

e3,18
∆𝑽𝟎 = √( ) ² ∙ 0,01² = √57,18 ∙ 1x10-4 = 0,08 Volts
3,18

𝜏 = 𝑅𝐶
𝜏 = 53,67.103 . 2200. 10−6 = 118,07 𝑠

𝝉 = (𝟏𝟏𝟖, 𝟏 ± 𝟑, 𝟓) 𝒔
Discussão:
Com base nos dados disponibilizados e nas relações estabelecidas conseguimos calcular
a resistência interna no valor de (53,67 ± 1,19) 𝑘Ω com um erro percentual de 2,22%,
um erro pouco significativo que pode ser explicado pela utilização de um cronômetro para
a medição de tempo o que pode levar a erros devido falha humana na medição, além da
própria faixa de incerteza do voltímetro. Uma forma de correção proposta é a utilização
de meios digitais como programas de computador ou equipamentos para a medição de
tempo. Todavia a incerteza obtida não é expressivamente significativa, portanto, podemos
dizer que o método foi suficientemente preciso para determinar a resistência interna de
um voltímetro. Vale a pena ressaltar que o valor da fonte sob o qual o capacitor foi
previamente carregado é aproximadamente 24,05 Volts, assim como a constante de tempo
capacitiva é de(118,1 ± 3,5) 𝑠.
Apesar do experimento ter se mostrado eficaz para determinar a resistência elétrica
de um voltímetro analógico, ele não deve ser utilizado para determinar resistência interna
de voltímetros digitais. Isso ocorre porque os voltímetros digitais são dispositivos
sensíveis a valores discretos de potencial elétrico. Dessa forma, os sensores captam o
potencial presente no circuito e transmitem esse sinal para um conversor A/D (analógico
para digital) que compara tais valores discretos de tensão gerados internamente. Ou seja,
seu funcionamento é baseado em circuitos mais complexos de medição, envolvendo
circuitos integrados e outros elementos de circuito. Diferentemente do voltímetro
analógico (utilizado na prática) que normalmente é um galvanômetro (um dispositivo
sensível a alterações magnéticas). Esse dispositivo contém espiras que, ao circular uma
corrente, criam um capo magnético forte o suficiente para modificar o ponteiro do
voltímetro, proporcionalmente ao módulo do campo gerado. Para que esse voltímetro, ao
ser colocado em paralelo com o circuito, não o altere globalmente de forma significativa,
desviando para sua espira a corrente circulante, é inserido um resistor de alta impedância,
que reduz a corrente desviada para um valor próximo ao desprezível, interferindo
minimamente no circuito.

Conclusão:
O objetivo do experimento era determinar a resistência interna de um voltímetro
analógico e devido ao baixo erro percentual encontrado (2,22%), o presente método se
mostrou eficaz. Esse erro percentual pode ter sido causado provavelmente devido à falha
humana na medição. Assim, o valor encontrado da resistência nessa prática foi de
(53,67 ± 1,19) 𝑘Ω.
ANEXO 1

Figura 1 – Capacitor Ligado à uma fonte

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