M 03 - P 03 OBJETIVO - 01 - Diferenciar Diagnóstico Nosológico de Cinesiológico Funcional Diagnóstico Nosológico (
M 03 - P 03 OBJETIVO - 01 - Diferenciar Diagnóstico Nosológico de Cinesiológico Funcional Diagnóstico Nosológico (
M 03 - P 03 OBJETIVO - 01 - Diferenciar Diagnóstico Nosológico de Cinesiológico Funcional Diagnóstico Nosológico (
É constituída de anamnese com histórico das atividades laborais, biomecânica ocupacional, avaliação
postural com fotogrametria, análise dos exames de imagens e testes específicos para as regiões corpóreas envolvidas
durante a jornada de trabalho.
FINALIDADE!
Os procedimentos da avaliação fisioterapêutica têm como objetivos:
1- Desenvolver um banco de dados que permite estabelecer o nível de função do paciente, identificar o seu
problema e o porquê da sua existência (documentação ao processo de planejamento fisioterapêutico);
2- Permitir fazer comparações entre a avaliação fisioterapêutica inicial e final (avaliar se o tratamento
proposto foi eficaz);
3- Modificar o tratamento e torna-lo adequado ao paciente.
Anamnese
Os dados iniciais da avaliação fisioterapêuticos constituem os elementos da anamnese (história da patologia) que serão
completados durante o 1ºcontato; após isso, os dados fornecidos pelo paciente e pelo prontuário são elementos
indispensáveis à elaboração da história clínica.
Em primeiro momento, o fisioterapeuta assume uma atitude passiva e receptiva, solicitando que o paciente lhe fale
sobre a sua patologia; assim, o fisioterapeuta desenvolve então uma 1º apreciação sobre a situação do paciente, e faz
então um questionamento mais preciso e direto, estruturando-o progressivamente na medida em que as respostas
forem fornecidas.
Primeiramente, pega os dados que devem ser coletados para a identificação do paciente, como:
- Nome do paciente, sexo, data de nascimento, estado civil, nacionalidade-naturalidade, profissão atua e anterior (há
quanto tempo- durante quanto tempo), escolaridade, endereço, telefone, diagnostico/médico responsável/clínica de
origem, fisioterapeuta responsável.
* ao longo da anamnese deve se atentar também para a impressão geral do paciente, como exemplo na questão:
- Descrição geral do 1º contato com o paciente; postura; acessório; expressão; acompanhante.
2º passo é coletar informações dos dados da história clínica:
1- Queixa principal (QP)-> é investigado qual o motivo que levou o paciente a procurar o médico e/ou
fisioterapeuta;
2- História pregressa da moléstia atual (HPMA)-> como e quando iniciou o quadro patológico da dor;
3- História patológica pregressa (HPP)-> são investigados outras patologias ou cirurgias do paciente;
4- História fisiológica pregressa (HFP)-> fornece dados referentes ao desenvolvimento motor, intelectual e ao
sono (se dorme fácil, quantas horas, acorda fácil, acorda cansado, apresenta interrupção no sono) do paciente;
5- História Familiar-> são coletados importantes dados de patologias sobre filhos, pais e colaterais;
6- História socioeconômico/ Hábitos e riscos-> são questionados hábitos sociais, consumo de álcool, cigarro e
drogas;
7- Perfil emocional-> também pode ser analisado, em relação do paciente à fisioterapia e a sua expectativa
dele em relação ao tratamento;
8- Nutrição-> são investigados a utilização de dietas hipocalóricas, dietas hipossódicas, ou mesmo, se o
paciente tem ou teve desnutrição, etc.
9- Por fim, são coletados dados de medicamentos atuais e anteriores utilizados pelos pacientes. São também
anotados os resultados dos exames complementares e radiografias (esse exame radiográfico é utilizado para
confirmar os dados clínicos).
Ainda na HPMA outras questões pertinentes da história clínica auxiliam no diagnóstico fisioterapêutico.
Na avaliação da dor pode ser investigado o local, tipo, período do dia mais comprometido, fatores desencadeantes,
fatores que pioram, fatores que aliviam, intensidade da dor (escala analógica da dor), frequência, periodicidade, outras
regiões acometidas, outros sintomas e sinais.
Inspeção / observação
O fisioterapeuta deve estabelecer um método sequencial para certificar-se de que nada passou despercebido durante
a avaliação.
O objetivo da inspeção/observação é obter dados clínicos de deformidades visíveis, alterações funcionais e
anormalidades do alinhamento corporal; a observação inicia-se na entrada do paciente ao consultório ou sala de
avaliação; o fisioterapeuta deve observar o modo que o paciente se move e sua postura.
Aspectos biopsicossociais
1- História de vida;
2- Personalidade do paciente;
3- Situação socioeconômica;
4- Descrição do ambiente onde reside;
5- Relação familiar;
6- Religião, sexualidade.
OBJETIVO – 03 – Entender a importância do diagnóstico cinésiológico funcional para elaboração do plano terapêutico
Segundo Souza (2001), a peça-chave de um programa de reabilitação é a avaliação inicial, onde são obtidas todas as
informações necessárias para definir a situação funcional do paciente.
Palmer e Epler (2000) afirmam que habilidades cognitivas e psicomotoras são necessárias para que se possa dominar a
avaliação do paciente. Tal processo consiste em identificar quais serão os procedimentos mais apropriados a serem
seguidos, normalmente determinados a partir do prontuário do paciente, de sua história e de outras fontes de
informação.
Em geral o paciente é encaminhado ao fisioterapeuta após consulta ao médico, que investigou previamente o caso,
fornecendo informações importantes ao fisioterapeuta. Mesmo assim, o fisioterapeuta não está dispensado de fazer
uma avaliação detalhada, que fornecerá dados complementares incrementando o conhecimento dos procedimentos
médico-cirúrgicos previamente obtidos.
Os principais objetivos da avaliação inicial, segundo Souza (2001) são:
• conhecer o paciente;
• identificar as estruturas lesadas e o grau da lesão;
• analisar as condições funcionais do segmento estudado, bem como as relações entre as estruturas de diferentes
sistemas;
• fornecer dados necessários à elaboração do programa fisioterapêutico (especificidades) e de seus ajustes, em
conformidade com a evolução funcional;
• orientar condutas que possam ser adotadas em casa pelo paciente;
• orientar sobre aspectos preventivos, durante o tratamento e após a alta fisioterapêutica;
• fazer a análise continuada do caso e o reencaminhamento para o médico de origem quando necessário.
Fonte: SISTEMA DE DIAGNÓSTICO CINESIOLÓGICO FUNCIONAL USANDO RACIOCÍNIO BASEADO EM CASOS – Allan
Dalmarco, 2005.
Plano terapêutico
O plano terapêutico na fisioterapia foi normatizado em 2012 pelo Conselho Federal de Fisioterapia e
Terapia Ocupacional (Coffito), sendo parte obrigatória do prontuário do paciente.
Além de organizar a rotina do profissional, o plano terapêutico é fonte essencial de informação. Segundo o Coffito, a
anotação é obrigatória, pois trata-se de um documento. Dessa forma, resguardam-se os direitos do fisioterapeuta, do
paciente e do serviço de saúde.
A entidade manifesta a “necessidade de haver registro das informações decorrentes da assistência fisioterapêutica que
possibilite a orientação e a fiscalização sobre o serviço prestado e a responsabilidade técnica adotada”.
Além de auxiliar os profissionais com a rotina de atendimentos, o planejamento ainda é um dos conhecimentos que
contam pontos em provas de concursos e de títulos. Saber identificar cada passo da estratégia de cuidados não se trata
de um diferencial, mas um compromisso dos fisioterapeutas.
FONTE: Conheça os benefícios de montar um plano terapêutico na fisioterapia;
https://secad.artmed.com.br/blog/fisioterapia/beneficios-plano-terapeutico-fisioterapia/
Depois da elaboração da lista de problemas e das hipóteses diagnósticas chega o momento do fisioterapeuta traçar
uma prosposta/plano terapêutico, ou seja, após a avaliação, algumas técnicas são indicadas para o paciente.
O plano terapêutico na fisioterapia também é relevante em serviços de saúde multidisciplinares, como atenção
hospitalar e ambulatorial. Nesses casos é comum que o paciente passe por diversas especialidades e, por isso, o
planejamento deve estar devidamente especificado para auxiliar na decisão clínica dos demais profissionais.
O plano terapêutico tem três características importantes e fundamentais:
1- É elaborado de forma multiprofissional; quando isso não é possível (por conta de diversos fatores presentes
no dia a dia dos hospitais), o médico deve formulá-lo. Portanto, é fundamental a participação do corpo clínico;
2- Deve ser realizado o mais precocemente possível, no momento da solicitação da internação ou, no mais
tardar, na admissão do paciente na unidade;
3- Deve ter metas claras e mensuráveis de todo o processo terapêutico, não apenas da alta; ex.
“antibióticoterapia endovenosa por sete dias, sem febre em 48 horas, alta em seguida” ou ainda “extubação em 24
horas, alta da UTI no D2 de pós-operatório”.
O plano terapêutico deve ainda responder à pergunta: “o que queremos para esse paciente?” Esse é um
questionamento inconsciente que todo médico faz ao se deparar com um caso novo ou ao solicitar a internação de
alguém. O problema é que a resposta não pode ficar só com ele, mas deve, sim, ser compartilhada com toda a equipe
multiprofissional e com o próprio paciente.
Logo, conclui-se que o plano terapêutico é uma ferramenta híbrida, com função tanto na comunicação entre
profissionais e pacientes quanto na parte administrativa do gerenciamento de leitos. Ele deve ser revisitado toda vez
que ocorre alguma alteração no quadro clínico ou não se consegue cumprir determinada meta. Precisa contar com
indicadores de adesão (com percentual dos pacientes que têm plano devidamente conhecido) e de performance (com
percentual de metas atingidas). E, finalmente, é necessário que figure nas estratégias de engajamento dos pacientes e
nos processos de humanização, seja com um quadro de metas diárias, seja na avaliação de experiência ou qualquer
outro método utilizado pela instituição.
Fonte: Alexandre Bomfim é médico, gestor de serviços de Saúde, consultor na Papaia Azul Gestão em Saúde, avaliador
pela ONA. https://www.portalgessaude.com.br/plano-terapeutico-todo-paciente-merece-um-para-chamar-de-seu/